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RESUMO HOBBES

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HOBBES
CONTRATUALISTA- ou jusnaturalistas: afirmavam que a origem do Estado e/ou da sociedade está num contrato ou pacto social. 
POLÍTICA - A política só será uma ciência se soubermos como o homem é de fato; (...) só com a ciência política será possível construirmos Estados que sustentem, em vez de tornarem permanente a guerra civil; Na ciência política: se existe Estado é porque o homem o criou; A concepção de ciência em Hobbes era matemática, conhecemos o que criamos. O Estado e a sociedade pode ser conhecida porque é uma criação nossa, fruto do contrato social;
NATUREZA HUMANA - Imutável; Opaca, pouco transparente; Racional; Homem não é um ser social – “O homem é lobo do homem”; São tão iguais que a diferença não permite que nenhum triunfe sobre o outro;
DERIVAM DA NATUREZA HUMANA: 03 CAUSAS DE DISCÓRDIA: A competição - busca do lucro; A desconfiança - busca da segurança; A glória – busca do reconhecimento, da reputação. A honra é o valor atribuído a alguém em função das aparências externas. Para Hobbes a convivência entre os homens é tensa, não existindo uma relação harmônica entre os mesmos. Acreditar que o homem é sociável por natureza é um mito. Daí a necessidade de um Estado forte, que se sustente sem que vivamos em uma permanente guerra civil. 
LEVIATÃ - Principal obra de Hobbes; O Estado tem de ser absoluto; monstro bíblico que aparece no livro de Jó; 
IDÉIA CENTRAL - é a constituição contratual da soberania do Estado, em que as noções de ‘pacto social’’ e ‘pacto de domínio’ coincidem em um pacto de poder, que juntos garantem a organização racional da sociedade. Ainda, a soberania, deve dar-se em forma de poder absoluto para ser posta a serviço de uma sociedade liberal.
HOBBES E O CONTRATO SOCIAL - Três conceitos fundamentam o contrato social ou o pacto:
•Estado de natureza;
•Direito de natureza;
• Lei natural;
ESTADO DE NATUREZA - Reflete um estado de guerra permanente, onde os homens vivem em constante temor, com o medo de sofrerem uma morte violenta e repentina. Nesta condição hipotética, todo homem está suscetível a invasão da sua vida e propriedade, sendo tomado de assalto pela liberdade que os outros tem de fazer o que bem entendem ou, aquilo que a razão lhes determina, para a proteção de si mesmos. O objetivo primordial desse conceito é mostrar e demonstrar que os homens devem fazer o necessário para evitar esse estado de guerra.
DIREITO DE NATUREZA - O direito de natureza é estabelecido em termos da liberdade que cada homem tem de usar tudo que estiver ao seu alcance para conservar a sua própria vida, fazendo tudo aquilo que a sua razão considere como os meios mais aptos, ou necessários, para alcançar esse fim, para se defender. Neste sentido, a razão vem em auxilio do homem, assinalando os meios para superar a situação de anarquia e de perigo em que se encontra, não correndo o risco de ser surpreendido a qualquer momento. Seguindo nesta direção, todo homem deve buscar a paz, tendo a esperança de alcançá-la; e quando não poder obtê-la deve buscar e utilizar toda ajuda e vantagens da guerra. Buscar a paz e segui-la, defendendo-se por todos os meios possíveis”.
LEI NATURAL - A lei natural se constitui na concretização do direito de natureza em forma de regras prescritivas com as quais todo homem deve estar de acordo. É com base em tais termos que Hobbes fundamenta a necessidade de um Estado Civil, na medida em que introduz um ideal de sociedade projetado a partir de um sujeito racional, que coletivamente tem que permanecer vigilante para garantir o bem estar comum. É um preceito ou, regra geral, estabelecido pela razão, mediante o qual se proíbe ao homem fazer tudo o que possa destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preservá-la; A lei determina ou obriga a uma dessas duas coisas: Lei primeira ou fundamental da natureza – procurar a paz e segui-la. Deriva da 1ª lei, a 2ª lei – a renuncia do seu direito a todas as coisas. Trata-se da proibição daquilo que a natureza compele o indivíduo a fazer contra os outros, para preservar a paz e a sua própria vida; E a limitação da sua liberdade de lutar contra os outros, contanto que os demais façam o mesmo;
CONFLITO - O mito do homem sociável por natureza impede de identificar o conflito e de contê-lo; O homem vive basicamente da imaginação e dela decorrem perigos, porque ele se põe a fantasiar o irreal. Para findar o conflito Hobbes busca uma base jurídica derivada da lei de natureza e que fornece as bases do contrato social.
DIREITO ≠ LEI: Estado de natureza é uma condição de guerra, porque cada um se imagina (com ou sem razão) poderoso, perseguido, traído, ameaçado...
Direito de natureza – ocorre no estado de natureza, liberdade do ser humano de usar seu próprio poder da maneira que quiser...
Direito (jus)– Direito consiste na liberdade de fazer ou omitir; 
Derivado da lei primeira e fundamental da natureza está a suma do direito de natureza – por todos os meios que pudermos, defendermo-nos a nós mesmos.
LEI (Lex) - Lei de natureza – é um preceito ou regra geral, estabelecido pela razão, mediante o qual se proíbe a um homem fazer tudo o que possa destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preservá-la;
a lei determina ou obriga a uma dessas duas coisas.
Lei primeira ou fundamental da natureza – procurar a paz e segui-la.
Deriva da 1ª lei, a 2ª lei – a renuncia do seu direito a todas as coisas. 
ESTADO - O fundamento jurídico não é o suficiente para garantir a paz é preciso algo que assegure o direito e preserve a lei. O Estado dotado de espada, armado faz-se necessário para forçar os homens ao respeito a lei. Os pactos sem a espada não passam de palavras, sem força para dar qualquer segurança a ninguém; Por isso o poder do Estado tem de ser pleno; O Estado é a própria condição de existência da sociedade.
ESTADO - O Estado será definido como um ente de cujos atos uma grande multidão, por pactos mútuos realizados entre si tem se instituído por cada um como autor, sendo que este poderá utilizar a fortaleza e meios de todos como julgar oportuno, para assegurar a paz e a defesa comum. O titular deste ente se denomina soberano e se diz que tem poder soberano (irrevogável, absoluto e indivisível).
FUNÇÃO DO ESTADO (soberano) - Compete ao soberano exercer o controle sobre a propriedade, sobre a terra e os recursos disponíveis ao seu povo, limitando a pretensão da classe burguesa de fazer com elas o que bem entendam. Na sua visão de Estado, ele não pode apenas garantir a sobrevivência dos indivíduos, mas lhe proporcionar uma melhor condição material – a paz e o conforto; O soberano governa pelo temor que inflige a seus súditos; porque sem medo ninguém abrirá mão de toda a liberdade que tem naturalmente; Mas, o Estado não aterroriza, quem faz isso é o estado de natureza; Estado é também esperança de ter uma vida melhor e mais confortável.
SOCIEDADE - Nasce com o Estado. A única maneira de instituir tal poder comum (...) é conferir toda a sua força e poder a um homem, ou a uma assembléia de homens, que possa reduzir suas diversas vontades, por pluralidade de votos, a uma só vontade. Feito isso, à multidão assim unida numa só pessoa se chama Estado, em latim civitas. É esta a geração daquele grande Leviatã, pois graças a autoridade que lhe é dada por cada indivíduo no Estado, é-lhe conferido tal poder e força que o terror assim inspirado o torna capaz de conformar as vontades de todos eles, no sentido da paz em seu próprio país;
SOBERANO - Uma pessoa cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum
ASSOCIAÇÃO OU SUBMISSÃO - Na tradição contratualista normalmente há uma distinção entre esses tipos de contrato; Hobbes fundi os dois num só, porque não existe primeiro a sociedade e depois o Estado (poder). O poder tem de ser absoluto pois é a autoridade máxima, portanto não pode haver umpoder maior que este para julgá-lo; Em decorrência o soberano não assina o contrato, pois no momento em que é firmado entre os homens essa figura não existe. O soberano é criado e gerado pelo contrato; Disso resulta que ele está fora de qualquer obrigação ou compromisso instituído pelo contrato. Porém todos os direitos e faculdades do soberano é derivado do Estado e conferido pelo consentimento do povo reunido (contrato);
IGUALDADE E LIBERDADE - A igualdade é o fator que leva à guerra de todos, pois esses iguais podem querer a mesma coisa e competir por ela; A liberdade ganha uma outra concepção para que deixe de ser um valor; LIBERDADE SIGNIFICA A AUSÊNCIA DE OPOSIÇÃO (ENTENDO POR OPOSIÇÃO OS IMPEDIMENTOS EXTERNOS DO MOVIMENTO).
A LIBERDADE QUE RESTA AO HOMEM - O homem abriu mão do direito de proteger a sua própria vida; O soberano ganhou poder para instaurar a paz, caso não proteja a vida do súdito desaparece a razão que levava o súdito a obedecer; A liberdade do súdito está em desobedecer para proteger a sua própria vida; O que desfaz a sujeição política é que o governante não confia mais no súdito, e prendendo-o com ferros liberta-o das obrigações jurídicas que assumiu para com ele. 
ESTADO, MEDO E PROPRIEDADE - O soberano governa pelo temor que inflige a seus súditos; porque sem medo ninguém abrirá mão de toda a liberdade que tem naturalmente. Mas, o Estado não aterroriza, quem faz isso é o estado de natureza; Estado é também esperança de ter uma vida melhor e mais confortável; A propriedade é controlada pelo soberano;
ALGUNS PONTOS: Deixados sem governo, os homens aterrorizam uns aos outros num estado de natureza no qual os indivíduos não se detêm por nada em sua busca de autopreservação ou autopromoção. No estado de natureza a condição do homem é a condição de guerra de todos contra todos. Para evitar chegar ao estado de natureza, os homens devem entrar num contrato social, submetendo-se à autoridade e à proteção do soberano. O soberano deve ser um governante absoluto com poderes individuais e ilimitados para prevenir a luta sectária e o caos. Se o soberano falhar em seu dever, rompe-se o contrato social, e os indivíduos podem agir, o que os leva de volta ao estado de natureza. No estado de natureza todos os homens estão em guerra uns contra os outros e vivem num constante estado de medo. Com o contrato social, o povo investe todo o poder num terceiro elemento, o soberano, em troca de segurança e do estado de direito.

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