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apostila de CIÊNCIA POLÍTICA 2014

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CIÊNCIA POLÍTICA C/ TEORIA GERAL DO ESTADO
I – CIÊNCIA POLÍTICA
	* Aristóteles: tinha por objeto os princípios e as causas.
* Santo Tomás de Aquino: assimilação da mente dirigida ao conhecimento da coisa.
* Wolff e Bacon: o hábito de demonstrar assertos, isto é, de inferi-los, por conseqüência legítima, de princípios certos e imutáveis.
* Kant: toda série de conhecimento sistematizados ou coordenados mediante princípios.
*Noção contemporânea de ciência reside no escopo próprio de sua atuação, ou seja, na busca, constante e permanente, pela verdade (ou, ainda, em outras palavras, na perene explicação evolutiva dos diversos fenômenos naturais e sociais).
* A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente[regras lógicas e procedimentos técnicos], sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza[objetos pertencentes a mesma realidade].(Ander-Egg)
*Conjunto de conhecimentos e pesquisas com suficiente unidade e generalidade, capazes de levar a conclusões concordantes, que não resultem de convenções arbitrárias, nem de gostos e interesses individuais comuns, e sim de relações objetivas que se descobrem gradualmente e são configuradas por métodos definidos de verificação.(Lalande-Voc.de la Philk, 5.ª ed.)
	
Ciência 
* Conceituação erudita: a arte de conquistar manter e exercer o poder, o governo (Nicolau Maquiavel).
* Orientação ou atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas de interesse público. Ex. política financeira, educacional, social, do café, etc.
* Conceito Atual se divide em 2 correntes: 1ª -Ciência do Estado [conhecimento de tudo o que se relaciona com a arte de governar um Estado]; 2ª Ciência do Poder [força que se dispõe e com a qual se pode obrigara outrem a ouvir e a obedecer]. (Darcy Azambuja)
* Ciência dos fenômenos referentes ao Estado; Arte de bem governar os povos; princípio doutrinário que caracteriza a estrutura constitucional do Estado; Posição ideológica a respeito dos fins do Estado. (Dicionário Aurélio)
 
	Política – Conceitos
	
A Teoria Geral do Estado, na sua exata conceituação, compreende um conjunto de ciências aplicadas à compreensão do fenômeno estatal, destacando-se principalmente a Sociologia, Política e o Direito. Daí o seu desdobramento, geralmente aceito, em Teoria Social do Estado, Teoria Política do Estado e Teoria Jurídica do Estado. 
TEORIA SOCIAL DO ESTADO, quando analisa a gênese e o desenvolvimento do fenômeno estatal, em função dos fatores históricos, sociais e econômicos; 
TEORIA POLÍTICA DO ESTADO, quando justifica as finalidades do governo em razão dos diversos sistemas de cultura; e 
TEORIA JURÍDICA DO ESTADO, quando estuda a estrutura, a personificação e o ordenamento legal do Estado. 
Uma análise brilhante e objetiva desse tríplice aspecto é apresentada pelo Prof. Miguel Reale, acentuando que a Teoria Geral do Estado pressupõe a Filosofia do Direito e do Estado, mas não se confunde com ela. Focaliza amplamente o Estado nos seus três aspectos – material, formal e teológico – ao mesmo tempo em que analisa o fenômeno do poder como realidade social, política e jurídica. 
Assim não entendem as correntes monistas e estatistas, para as quais a doutrina do Estado se reduz à ordem jurídica simplesmente, já que Estado e Direito se confundem numa só realidade. É uma verdade parcial. 
Quer quanto ao Direito em particular, quer quanto ao estado em geral, a teoria tridimensional reúne as verdades parciais numa verdade integral, oferecendo o conceito amplo e exato da Teoria Geral do Estado. 
FONTES 
As fontes da Teoria Geral do Estado se classificam em diretas e indiretas: 
As fontes diretas, segundo as explanações de Gropalli, compreendem os dados da paleontologia e da paleoetnologia, os dados da história e as instituições políticas passadas e vigentes. Os mais antigos documentos que esclareceram o estudo da matéria são o "Código de Hamurabi", rei da Babilônia (2.300 a.C.), as leis de Manu da Índia (XII século), o "Código da China" (XI século), as leis de Zaleuco, Charondas e Sólon (VII século), as leis de Gortina (V século) e a "Lei das XII Tábuas" (541 a.C.). 
As fontes indiretas ou subsidiárias compreendem: 
o estudo das sociedades animais; 
o estudo das sociedades selvagens contemporâneas; e 
o estudo das sobrevivências.
Histórico:
A política, como área do pensamento, é de remota tradição, se com o termo englobarmos os filósofos da política, os pensadores políticos, outros estudiosos da área das Ciências Sociais que iniciaram um estudo sistemático do fenômeno político, a exemplo de Aristóteles, Platão, Santo Agostinho, Maquiavel, Hobbes e tantos outros. Todavia, com a específica denominação de Ciência Política, no geral, quer-se referir a uma área do conhecimento que se institucionalizou no âmbito acadêmico anglo-saxão, particularmente nos Estados Unidos, com desdobramentos nos países desenvolvidos da então Europa Ocidental, chegando, em seguida, aos países do chamado Terceiro Mundo.
O estímulo ao desenvolvimento da Ciência Política dar-se-ia já à época da Primeira Guerra Mundial e, principalmente, ao final da Segunda Guerra Mundial. Nesse período, os EUA assumiram a posição de nova potência hegemônica mundial e, nos organismos internacionais, no âmbito das Nações Unidas, passaram a irradiar sua influencia. As missões de manutenção da paz e a preservação ou construção da democracia, em nome da qual o país participara da guerra, eram elementos que contribuíam para aumentar a demanda de especialistas na área da Política, o que fez proliferar cursos da disciplina de Ciência Política em universidades norte-americanas.
Objeto:
	O objeto da ciência política são os fatos ou fenômenos políticos, que são conceituados como: fato, ato ou situação concernente à formação, estrutura e atividade do poder do Estado. (Darcy Azambuja)
Conceito:
 	Ciência Política é o estudo da política, dos sistemas políticos, das organizações políticas e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de governo, ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. Os cientistas políticos podem estudar instituições como corporações(ou empresas, no Brasil), uniões (ou sindicatos, no Brasil), igrejas, ou outras organizações cujas estruturas e processos de ação se aproximem de um governo, em complexidade e interconexão.
Disciplina que dedica-se ao estudo dos fenômenos políticos. Avançando sobre esta definição básica, podemos associar a ciência política ao campo de estudos sobre governo, em todos os níveis, suas instituições e atores (políticos). De fato, é no contexto do aparato estatal que a política se torna mais visível. Porém, a atividade política é geral, ocorrendo em todas as organizações, sejam elas empresas, sindicatos, igrejas, etc.
Para Mário Lúcio Quintão Soares a Ciência Política é concebida como conhecimento ordenado, racional, objetivo e metódico de uma realidade política, a ser recepcionado pela Teoria do Estado, permitindo-se se saber se é possível, e de que modo, o Estado deve atuar em mundo globalizado como uma estrutura real e histórica. 
Objetivo:
A Ciência Política preenche uma função essencial, que é a de ajudar os cidadãos a adquirir melhor compreensão dos fenômenos políticos e, assim, exercerão maior influência sobre sua comunidade e sobre a sociedade como um todo. Quanto ao estudioso, a ciência política reserva uma valiosa gama de referenciais teóricos, pois não há produção científica sem teoria, e o pensamento político clássico e contemporâneo, fornece ferramentas importantes para entender e explicar o complexo mundo social. 
Para Darcy Azambuja, o objetivo mor da Ciência Política é a procura da verdade.
Ciência Política e as dificuldades terminológicas:
A ciência política é indiscutivelmente aquela onde as incertezas mais afligem o estudioso,por decorrência de razões que a crítica de abalizados publicistas tem apontado à reflexão dos investigadores, levando alguns a duvidar se se trata aqui realmente de ciência.
		Quais são essas razões?
* Caráter movediço e oscilante do vocabulário político;
* As variações semânticas dos termos de que se serve o cientista social de país para país, com as mesmas palavras valendo para os investigadores do mesmo tema, coisas inteiramente distintas, como, por exemplo, a palavra democracia, a que se emprestam variadíssimas acepções.
* A expressão Estado, devido as incertezas e objeções, apresentadas por diversos estudiosos da área, quanto à determinação exata do significado de que se reveste.
* Apresentar um conceito simples e inteligível, claro, sobre governo, nação, liberdade democracia, etc.
* Variações de um país para o outro, até mesmo na prática de um mesmo regime político; ou de um a outro século de uma ou outra geração.
* Dificuldade do observador neutralizar-se perante o fenômeno que estuda, para daí retirar conclusões válidas, lícitas, imparciais, objetivas, que não sejam frutos de inclinações emocionais, ou de juízos pré-formados na mente do observador.
* Realidades apresentadas em épocas distintas
O material de que se serve o cientista social cria pela extrema mutabilidade de sua natureza, não somente óbices quase invencíveis ao estudioso, como torna penosíssimo senão impossível o reconhecimento da Ciência Política.
Portanto, onde entram atos e sentimentos humanos, só a consideração despretensiosa dos aspectos históricos, jurídicos, sociológicos e filosóficos, ontem e hoje, neste ou naquele Estado, dará à problemática política da sociedade o aproximado teor de certeza, tomando em conta a medida contingente das verdades que se extraem do comportamento dos grupos e da dinâmica das relações sociais.
Prisma filosófico:
Tem-se a filosofia como o estudo que se caracteriza pela intenção de ampliar incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la na sua totalidade, quer pela busca da realidade, quer pela definição do instrumento capaz de apreender a realidade. A Ciência Política inserida neste contexto apresenta-se, em sentido lato, tendo por objeto o estudo dos acontecimentos, das instituições e das idéias políticas, tanto em sentido teórico (doutrina) como em sentido prático (arte), referido ao passado, ao presente e às possibilidades futuras.
Tanto os fatos como as instituições e as idéias, matérias desse conhecimento, podem ser tomados como foram ou deveriam ter sido (consideração do passado), como são ou devem ser (compreensão do presente) e como serão ou deverão ser (horizontes do futuro).
	Aristóteles conclui na Grécia um ciclo de estudos políticos conscientemente especulativos.
	
Platão, seu predecessor, evoluiu passando do Estado ideal e hipotético ao Estado real e histórico, com considerações de índole sociológica, antecipações que deixam de ser puramente filosóficas.
	Já na Europa medieva a filosofia se enlaça com a teologia ao ocupar-se de temas políticos.
A Filosofia conduz para os livros de Ciência Política a discussão de proposições respeitantes à origem, à essência, à justificação e aos fins do Estado, como das demais instituições sociais geradoras do fenômeno do poder, visto que nem todos aceitam circunscrevê-lo apenas à célula mater, embriogênica, que no caso seria naturalmente o Estado, acrescentando-lhe os partidos, os sindicatos, a igreja, as associações internacionais, os grupos econômicos, etc.
Prisma sociológico
Outra dimensão importantíssima que toma a Ciência Política é a de cunho sociológico.
O estudo do Estado, fenômeno político por excelência, constitui um dos pontos altos e culminantes da obra de Max Weber
O profundo sociólogo fez com o Estado aquilo que Ehrlich fizera já com a sociologia jurídica. Deu-lhe a consistência do tratamento autônomo.
Com efeito, na sociologia política de Max Weber, abre-se o capítulo de fecundos estudos pertinentes à política científica, à racionalização do poder, à legitimação das bases sociais em que o poder repousa: inquire-se ali da influência e da natureza do aparelho burocrático; investiga-se o regime político, a essência dos partidos, sua organização, sua técnica de combate e proselitismo, sua liderança, seus programas; interrogam-se as formas legítimas de autoridade, como autoridade legal, tradicional e carismática; indaga-se da administração pública, como nela influem os atos legislativos, ou como a força dos parlamentos, sob a égide de grupos sócio-econômicos poderosíssimos, empresta à democracia algumas de suas peculiaridades mais flagrantes.
Aqui a Ciência Política revela-se predominantemente social, segundo o binômio Direito e Sociedade.
Prisma jurídico
Tem sido também a Ciência Política objeto de estudo que a reduz ao Direito Político, a simples corpo de normas.
Tendência de cunho exclusivamente jurídico vem representada por Kelsen, que constrói uma Teoria Geral do Estado, onde leva às últimas conseqüências, no estudo da principal instituição geradora de fenômenos políticos.
O Estado, segundo Kelsen, pertencendo ao mundo do dever ser, do sollen, se explica pela unidade das normas de direito de determinado sistema, do qual ele é apenas nome ou sinônimo.
Quem elucidar o direito como norma elucidará o Estado. A força coercitiva deste nada mais significa que o grau de eficácia da regra de direito, ou seja, da norma jurídica.
O Estado, organização de poder, para Kelsen, se esvazia de toda a substantividade. Os elementos materiais que o compõem – território e população – se convertem, respectivamente, na típica e revolucionária linguagem do antigo professor vienense, em âmbito espacial e âmbito pessoal de validade do ordenamento jurídico.
A doutrina de Kelsen tem sua originalidade em banir do Estado todas as implicações de ordem moral, ética, histórica, sociológica, criando o Estado como puro conceito, agigantando-lhe o aspecto formal, restritamente jurídico, escurecendo a realidade estatal com seus elementos constitutivos, materiais, conforme vimos. 
Tendências contemporâneas para o tridimensionalismo
A orientação que toma na Ciência Política a Filosofia, a Sociologia e o Direito com predominância ou exclusividade vem cedendo lugar ao emprego da análise tridimensional, que abrange a teoria social jurídica e a teoria filosófica dos fatos, das instituições e das idéias, expostas em ordem enciclopédica, de modo a dar inteira e unificada visão daquilo que é objeto desta disciplina.
Fez o publicista alemão Hans Nawiasky, da Baviera, o esforço mais competente e idôneo que se conhece por ultrapassar o unilateralismo e bilateralismo dos cientistas políticos que o antecederam, dando à sua Teoria Geral do Estado tratamento tridimensional, ao estudar o Estado como idéia, como fato social e como fenômeno jurídico.
Juristas da envergadura de Duverger, Vedel, Marcel de La Bigne de Villeneuve acompanham a tendência de adotar o estudo da Ciência Política sob o aspecto tridimensional, abrangendo por conseguinte a consideração jurídica, sociológica e filosófica.
Não há um consenso dos escritores políticos quanto ao âmbito de atuação da Ciência Política e a Teoria Geral do Estado. Tanto que, para alguns, por haver equivalência de áreas e de objeto, seria a mesma matéria, apenas com nomes distintos. A simpatia na escolha, para os que raciocinam dessa forma, recai naturalmente sobre a Teoria Geral do Estado, cujas raízes, a despeito da origem, se aprofundaram com mais força que as da Ciência Política.O nome desta, soprado ultimamente com intensidade, através da leitura e influência de autores americanos e ingleses ganha todavia larguíssimo terreno. 
Diferenciação entre Ciência Política e Teoria Geral do Estado
	Devido as diversas posições adotadas pelos escritores políticos quanto âmbito de atuação da Teoria Geral do Estado e da Ciência Política podemos perceber que, uns tendem a adotá-las como disciplinas idênticas uma vez há equivalência de áreas e de objeto, tratando-seportanto da mesma matéria.
	Observa-se, entretanto, o professor Dalmo de Abreu Dallari que há uma distinção existente entre as matérias. Enquanto a Ciência Política faz o estudo da organização política e dos comportamentos políticos sem levar em conta os elementos jurídicos, a Teoria Geral do Estado volta-se ao estudo do Estado sob todos os aspectos, inclusive o jurídico. 
“A Ciência Política faz o estudo da organização política e dos comportamentos políticos, tratando dessa temática à luz da Teoria Política, sem levar em conta os elementos jurídicos. Tal enfoque é de evidente utilidade para complementar os estudos de Teoria do Estado, mas, obviamente, é insuficiente para a compreensão dos direitos, das obrigações e das implicações jurídicas que se contêm no fato político ou decorrem dele.”(Dallari)
Outro fato importante a ser observado é que os objetos das disciplinas são distintos, enquanto a Ciência Política cuida dos fenômenos políticos (já estudados), a Teoria Geral do Estado cuida do estudo do Estado sob todos os aspectos, incluindo a origem, a organização, o funcionamento e as finalidades, compreendendo-se no seu âmbito tudo o que se considere existindo no Estado e influindo sobre ele. 
	
II – A CIÊNCIA POLÍTICA E AS DEMAIS CIÊNCIAS
A Ciência Política e o Direito Constitucional:
São apertadíssimos os laços que prendem a Ciência Política ao Direito Constitucional. Entre os publicistas célebres da França, no século XX, autores há que se preocuparam menos com o aspecto jurídico da Ciência Política do que propriamente com suas raízes na filosofia e nos estudos sociais.
Naquele país, a Ciência Política, antes de chegar à maioridade como disciplina autônoma, esteve quase toda contida no Direito, mormente no Direito Constitucional. A despeito do cisma operado, este ainda é o ramo da Ciência Jurídica cujo influxo mais pesa sobre a Ciência Política.
Observa-se ademais que nos países subdesenvolvidos, os golpes de Estado, a violação contumaz do Direito Constitucional, o fermento revolucionário oriundo da insatisfação social, a luta de classes, brutalmente exacerbada pelo privilégio ou por violentas discrepâncias econômicas, compõem um quadro onde o processo político e a realidade do poder escapam não raro aos limites modestos da autoridade institucionalizada. É então nessas circunstâncias que o Direito Constitucional pode ser tomado ou interpretado como “um conjunto formal de regras das quais a vida se ausentou”, conforme disse Burdeau, e a Ciência Política aparece “como disciplina apta a prestar contas da realidade”, pois sua “promoção se faz concomitantemente ao declínio do Direito Constitucional. 
Tem-se portanto que o Direito Constitucional representa apenas uma faceta da Ciência Política.
Ciência Política e Economia:
	O fato econômico representa o fato fundamental de polarização da sociedade.(Burdeau)
	O mesmo Burdeau nos ensina que a conexidade entre os dois ramos (Ciência Política e Economia) em nada se alterou, podendo-se, em verdade, passar da análise econômica a uma política econômica, e da política econômica para uma ação política, racionalmente apoiada num programa de sustentação e metas econômicas, traçadas de antemão, com o propósito de promover por exemplo fins desenvolvimentistas, ou combater o atraso de estruturas sociais e econômicas, reconhecidamente arcaicas. 
	Portanto o conhecimento econômico se faz mais interessado e o Estado não o emprega unicamente para explicar ou conhecer o modo porque se satisfazem as necessidades materiais de uma sociedade, senão que os emprega cada vez mais, para criar instrumentos novos e direitos de aço, vinculando-os a um programa de governo ou a uma política econômica específica. Objetivando sempre a paz social, tida como aquela que resulta da atenuação da luta de classes e da distribuição mais eqüitativa do poder econômico numa sociedade, mediante a prática da justiça social.
Ciência Política e a História:
	Tomando a história como acumulação crítica de fatos experiências vividas, fácil se torna perceber a importância de seu estudo para a Ciência Política.
	É importante destacar que determinadas proposições da Ciência Política nada mais são do que generalizações da experiência histórica, portanto a história representa fonte importantíssima para a explicação dos fenômenos políticos. 
Com o incremento das investigações sociológicas e com o maior espaço concedido a certas ciências do comportamento, como a Psicologia Social e a Antropologia, “esfriou” o interesse por uma Ciência Política fundamentada unicamente na História. Como as demais concepções já examinadas – filosófica, jurídica e econômica – padeceria esta também o deplorável vício da unilateralidade.
Sendo ademais a Ciência Política co-artífice ou coconstitutiva da realidade mesma que investiga, faz-se válida a afirmativa de Burdeau, segundo a qual “as idéias sobre os fatos são mais importantes que os fatos mesmos”, razão por que cumpre ter sempre presente às indagações da Ciência Política, para fazê-las de todo fecundas e compreensíveis, a história das idéias.
A Ciência Política e a Psicologia:
Se há esfera de modernidade ou atualidade no problema de relações da Ciência Política com outras ciências sociais, essa esfera pertence agora a psicólogos políticos, que intentam impor suas técnicas de investigação e operar uma redução sistemática da Ciência Política à disciplina da qual procedem e pela qual sempre se orientaram. Aí estão os “behavioristas” para atestá-lo, formando já escola e fundando a chamada nova Ciência Política, tão em voga nos Estados Unidos.
O irracionalismo, não raro observado em atividades de governos ou relações de Estados, fortalece por igual a convicção dos psicólogos sociais de que fora das motivações psicológicas não é possível lograr uma compreensão plenamente satisfatória do processo político. Com efeito, segundo afirma Xifra Heras, de forma lapidar, “a Ciência Política opera com material humano e os fundamentos do poder e da obediência são de natureza psicológica”.12
Se erro existe entre os que adotam essa posição, decorre isso em larga parte do empenho de alguns em quererem reduzir a Ciência Política a simples capítulo da Psicologia Social, o que inevitavelmente resultaria num encurtamento intolerável do seu campo. 
A Sociologia Política, uma nova ameaça à Ciência Política? (Visão de Paulo Bonavides)
Desde que se constituiu ciência autônoma, a Sociologia passou a representar um obstáculo ao desenvolvimento da Ciência Política. Basta atentar-se para o fato de que suas indagações se concentravam na unicidade do social (exclusão conseqüente da autonomia do político) e na investigação da sociedade como totalidade, obsessão que em Augusto Comte desembocara no conceito de humanidade.
Numa segunda fase porém os positivistas, pais da Sociologia, fazendo mais fecunda a investigação sociológica, volveram de preferência suas vistas menos para o unitarismo da sociedade do que para o seu pluralismo, menos para a 
investigação da sociedade do que das sociedades, menos para o conhecimento do todo do que das partes (os agregados sociais).
O influxo que o fator político pode exercer sobre o social e vice-versa forma o núcleo de uma Sociologia Política. Por isso, somente após vencer certas relutâncias foi que a Sociologia se volveu para a sociedade política do nosso tempo, deixando de lado o exclusivismo com que se consagrara ao exame do fenômeno do poder nas sociedades primitivas.
Em verdade, autores do prestigio de Duverger, Catlin, Aron e Bertrand de Juvenel fazem a Sociologia Política coincidir com a Ciência Política ou empregam critérios rigorosamente sociológicos para análise de todos os fenômenos que se prendem à realidade política. O ponto de vista em que se colocam poderá redundar, conforme já redundou em Duverger, na inteira identidade entre ambas as ciências, com a resultante absorção da Ciência Política pela Sociologia Política.
Afigura-se-nos porém inaceitável essa redução. A Ciência Política possui âmbitomais largo que a Sociologia Política. Posto que conservem inumeráveis pontos de contato ou partilhem ambas um terreno comum e vasto, verdade é que se não confundem as duas disciplinas.
A Ciência política vai além, tomando rumos que a sociologia ignora, e que admitidos, favorecem o traçado de fronteiras: a direção normativa. Uma Sociologia Política não poderia, sem descrédito, entrar na esfera do “dever ser”, do “sollen”, ser uma ciência dos valores, segundo três sentidos que a valoração comporta: o empírico, o normativo e o subjetivo, ganhando aquela amplitude que a Ciência Política tem ostentado, através de suas tendências mais recentes.[1: Empirismo: doutrina ou atitude que admite, quanto à origem do conhecimento, que este provenha unicamente da experiência, seja negando a existência de princípios puramente racionais, seja negando que tais princípios, existentes embora, possam, independentemente da experiência, levar ao conhecimento da verdade. [Opõe-se a racionalismo.] (Dicionário Aurélio)Teoria Geral do Estado 
INTRODUÇÃO Para abordamos o assunto Teoria Geral do Estado é preciso defini-la como uma ciência teórica, especulativa, que se propõe a estudar o Estado em si mesmo, no que tem de essencial e permanente no tempo.Teoria Geral do Estado recebe dados das diferentes ciências particulares, e depois os reelabora, para chegar a uma síntese de elementos constantes e essenciais, com exclusão do acessório e secundário. O objetivo do trabalho é introduzir o assunto sobre teoria geral do Estado sobre a sociedade política, ministrando conhecimentos sobre a origem dos elementos, formas e dos fins do Estado, sob uma perspectiva sociológico-jurídica, investigando o fenômeno do poder e das nacionalidades, em uma visão básica das formas e sistemas de governo, regime democrático e Estado constitucional, visando prepará-lo para o estudo do Direito Constitucional.A metodologia usada no trabalho foram qualitativa, pura e descritiva. No primeiro capítulo veremos a definição sobre teoria geral do Estado em seguida veremos a origem da sociedade, o seu poder e política e finalizaremos o capítulo falando sobre a sociedade civil e o Estado.No segundo capítulo o assunto é sobre a origem do Estado, no terceiro capítulo é sobre o Estado e direito onde iremos falar sobre a política e a nação.E para finalizar o trabalho abordaremos o Estado moderno e a democracia. 
1. TEORIA GERAL DO ESTADO: CONCEITO É o conjunto de ciências aplicadas à compreensão do fenômeno estatal que disciplina de caráter teórico e geral, que tem por objeto o estudo do Estado como fenômeno social e histórico, não só quanto ao seu conteúdo econômico-social como no tocante às suas formas jurídicas e, inclusive, às suas manifestações ideológicas. A Ciência Política faz o estudo da organização política e dos comportamentos políticos, tratando dessa temática à luz da Teoria Política, sem levar em conta os elementos jurídicos. Tal enfoque é de evidente utilidade para complementar os estudos de Teoria Geral do Estado, mas, obviamente, é insuficiente para a compreensão dos direitos, das obrigações e das implicações jurídicas que se contêm no fato político ou decorrem dele. A questão do relacionamento da Teoria Geral do Estado com a Ciência Política é de interesse mais acadêmico do que prático. Entretanto, modificação recente imposta pela burocracia federal do ensino do Brasil pode dar a impressão de que algo de importante aconteceu e pode, eventualmente, suscitar dúvidas. Até recentemente era obrigatório o ensino da Teoria Geral do Estado nos cursos jurídicos e essa disciplina era expressamente referida como parte do Direito Constitucional. Por decisão do governo federal, a partir de dezembro de 1994 o ensino da Teoria Geral do Estado continuou a ser obrigatório, mas de maneira ambígua, o ato governamental menciona, entre as disciplinas fundamentais do curso jurídico, "Ciência Política (com Teoria Geral do Estado)". Uma vez que são disciplinas diferentes, a conclusão lógica é que se tornou obrigatório ensinar Ciência Política junto com Teoria Geral do Estado. Apesar da obscuridade, fica fora de dúvida que continua sendo obrigatório o ensino de Teoria Geral do Estado. 1.1 ORIGEM DA SOCIEDADE A sociedade é o produto de um simples associativo natural e da cooperação da vontade humana, segundo os atores contratulistas a sociedade é mesmo um produto, mas de vontade, ou seja, um contrato hipotético celebrado entre os homens. A sociedade para ser reconhecida como um agrupamento humano é necessário obter três elementos que são: finalidade ou valor social; manifestação de conjunto ordenado e o poder social.O fator determinante para a multiplicação da sociedade é devido aos homens que buscam os mesmos fins e tendem a agrupar para conseguir o mesmo. Existem três categorias de grupos sociais, onde o primeiro as sociedades que perseguem fins não determinados e difusos com o estado, o segundo as sociedades perseguem fins determinados e são voluntárias e a último grupo social é a sociedade que perseguem fins determinados e são involuntárias.Além das três categorias de sociedades existentes a sociedade possui duas espécies que são: a de fins particulares onde possui uma finalidade definida e a de fins gerais onde o objetivo é criar condições necessária para os indivíduos e demais sociedades. A sociedade política são aquelas que visando a criar condições para a consecução dos fins particulares de seus membros, ocupando-se das ações humanas, coordenando-as em função de um fim comum e determina todas as ações humanas. 1.2 O PODER E A POLÍTICA O Poder é correlato a duas ou a mais vontades (bilateral ou plurilateral), predominando a mais forte. Poder é a imposição real e unilateral de uma vontade. Estruturado na coação física (vis corporales) ou moral (vis compulsiva). São várias as modalidades de poder: social, político, religioso, familiar, econômico, etc.  Poder é a capacidade de impor obediência. A palavra tem origem no latim arcaico potis esse, contraída em posse e, daí, potere. Poder, então, é possibilidade, é potência, potencialidade para a realização de algo. O poder não é ação, é potência. O poder é, também, a força a serviço de uma idéia, suas características são: a) relação entre homens (bilateralidade); b) deliberação (determinação); c) autoridade; d) justificação (elemento de manutenção do poder). À força, costuma-se associar a idéia de algo que se encontra próximo e presente. Ela é mais coercitiva e imediata do que o poder. Fala-se, enfatizando-a, em força física. O poder, em seus estágios mais profundos e animais, é antes força.Dispondo de mais tempo, a força transforma-se em poder. Mas no momento crítico que, então, invariavelmente chega – o momento da decisão e da irrevogabilidade, volta a ser força pura. A força, com efeito, é inerente ao poder. A possibilidade de sua aplicação efetiva chama-se coercibilidade. A coerção é o emprego efetivo da força inerente ao poder; temos, aqui, a vis materialis ou corporalis. A simples expectativa do emprego da força chama-se coação (vis compulsiva).As formas de poder pode ser real e formal; legítimo e ilegítimo; disciplinar e controlador; macropoder e micropoder; poder político-jurídico (estatal); poder social; poder econômico. Denominaremos de macropoder aquele conjunto de faculdades de controle exercidas por um órgão de dominação sobre a totalidade de indivíduos de um dado universo estatístico. O macropoder é geral, abarcante, abrangente, podendo ser, em alguns casos, identificado com o Estado, em outros, até com entidades transestatais. O macropoder para se sustentar necessita de poderes menores, poderes subalternos que, em cada escaninho da realidade social, reproduzam seu discurso. É preciso que cada destinatário aceite os comandos e, ele mesmo, sem o saber, se torne agente do macropoder em relação a outros destinatários. Poder atual é quando um ser age sobre outro. Quando há um ato intencional que visa modificar o comportamento de terceiro e há a correspondência desse terceiro modificando o seu comportamento comum nexo entre os dois, que é o conhecimento, pelo sujeito passivo, de manifestação do sujeito ativo. Poder Potencial é quando não há uma relação entre o sujeito ativo e o passivo, mas um acumulo ou uma quantidade de condições em um ser que o possibilita a ação do poder, ou seja, quando se refere à capacidade do sujeito ativo de condicionar o comportamento do outro sem que esteja efetivamente condicionado e o poder social que é aquele formado a partir do homem com o homem. Formado à medida que os seres humanos fazem o uso de recursos disponíveis nas relações sociais de condicionar outros seres humanos. A política é a relação do poder decorrente da organização da força ou de consentimentos garantido pelo direito e o seu grau de evolução indicam que a democracia e a construção da sociedade predominante do futuro entre outros é a principal evolução da sociedade política. 1.3 SOCIEDADE CIVIL E O ESTADO A sociedade é o conjunto de indivíduos reunidos por um fim comum e subordinados a uma organização destinada à realização deste fim. A sociedade divide-se em sociedades de fins gerais onde os seus fins são genéricos, não são individualizados e de uma forma ou de outra vão interagir nas relações políticas e a sociedade de fins particulares que são constituídas pelas pessoas para a realização de um fim especifico. A Sociedade Civil é o conjunto social que, no plano formal do Estado contemporâneo, não ocupa uma função oficial da estrutura pública, é também o conjunto social que completa, como sujeito passivo, a relação de poder político interno do Estado como a igreja, a empresa, a família, o partido político e a mídia.Quanto à natureza do poder político elas podem dividir em: Sociedades Governativas têm por essência a função de tomar as decisões, orientam os rumos da vida em sociedades e as sociedades privadas que assumem funções que não são decisórias, de governo. O Estado é uma sociedade governativa de fins gerais, que se propõe a um comportamento político e a promover o governo, o principal conjunto preponderante para a política e o direito do Estado é o Poder. O Estado é o sujeito ativo e a sociedade civil é o sujeito passivo de uma relação de poder político, ou seja, o Estado é o sujeito com condições para modificar o comportamento da sociedade civil. 
2. ORIGEM DO ESTADO Estado teve origem em causas econômicas ou patrimoniais onde o Estado seria formado para se aproveitarem os benefícios da divisão de trabalho ele também teve origem no desenvolvimento interno da sociedade.O Estado não existe sem território e as cinco evoluções do Estado são: Estado Antigo, Grego, Romano, Medieval e Moderno. Soberania é o poder absoluto e perpétuo de uma república, palavra que se usa tanto em relação aos particulares quanto aos que manipulam todos os negócios de Estado de uma república é quando o Estado dá a sua última palavra. A Soberania pode ser uma quando não se admite em um mesmo Estado a convivência de duas soberanias; indivisível quando se aplica à universalidade dos fatos ocorridos no Estado; inalienável, pois aquele que a detém desaparece quando fica sem ela, seja o povo, a nação ou o Estado; imprescritível porque jamais seria verdadeiramente superior se tivesse prazo certo de duração; originária porque nasce do próprio momento em que o Estado nasce; exclusiva porque só o Estado o possui; Coativa no seu desempenho, o Estado não só ordena, mas dispõe de meios para fazer cumprir suas ordens coativamente. Território é um âmbito de validade da ordem jurídica soberana, mas ele só foi necessário para compor o Estado Moderno através de duas noções que é a da soberania e a do território.Os territórios se classificam em fronteiras mortas que há estão definidas; fronteiras vivas as que estão em questionamento e as fronteiras esboçadas sem muito interesse. Povo é o conjunto dos indivíduos que, através de um momento jurídico, se unem para constituir o Estado, estabelecendo com este o vinculo jurídico de caráter permanente, participando da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano adquirindo a condição de cidadãos.População é mera expressão numérica, demográfica, ou econômica, que abrange o conjunto das pessoas que vivam no território de um Estado ou mesmo que se achem nele temporariamente.Nação é uma expressão usada inicialmente para indicar origem comum, ou comunidade de nascimento. 
3. ESTADO E DIREITO O Estado na personalidade jurídica é atribuída ao contratualistas, que através da idéia de coletividade ou povo como unidade, dotada de interesses diversos dos de cada um de seus componentes e onde o Estado é a personificação da ordem jurídica. Assim como o direito pode atribuir ou não personalidades jurídicas aos homens, o mesmo pode fazer em relação às comunidades que encontra diante de si. O Estado é uma organização destinada a manter, pela aplicação do direito, as condições universais de ordem social. O Direito é o conjunto das condições existenciais da sociedade, que ao Estado cumpre assegurar.Em relação ao direito existem três grupos doutrinários que são: A Teoria Monística ou estatismo jurídico onde só admite a existência do Direito estatal que confundem-se em uma só realidade onde o Estado é a fonte única do direito, porque quem dá vida ao Direito é o Estado através da "força coativa".Teoria Dualística ou pluralística que sustenta que o Estado e o Direito são duas realidades distintas, independentes e inconfundíveis e para os dualistas, o Estado não é a fonte única do Direito nem com este se confunde, provindo do Estado apenas uma categoria especial do Direito.Teoria do Paralelismo que preconiza que o Estado e o direito são realidades distintas, porém necessariamente interdependentes. 3.1 O ESTADO, DIREITO E A POLÍTICA O relacionamento do Estado com o direito é quando o Estado deve o máximo de juridicidade. Assim é que se acentua o caráter de ordem jurídica do Estado e da existência de limites jurídicos à ação do Estado. Enquanto sociedade política voltada para fins políticos, o Estado participa da natureza jurídica, influenciando-a e sendo influenciada, devendo, portanto, exercer um poder político. Poder Político é o poder social que se focaliza no Estado, tratando da obtenção do controle dos homens para o fim de influenciar o comportamento do Estado. Política é o conjunto de esforços feitos com vistas a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado.A função do Estado é o seu caráter político lhe dá a função de coordenar os grupos e os indivíduos em vista de fins a serem atingidos, impondo a escolha dos meios adequados. 3.2 O ESTADO E A NAÇÃO O estado é uma sociedade e a nação é uma comunidade, o conceito de nação surgiu com um artifício para envolver o povo em conflitos de interesses alheios, jamais teve significação jurídica, entretanto, como realidade sociológica, a nação é de inegável importância, influindo sobre a organização e o funcionamento do Estado. A diferença entre Estado e Nação é que o primeiro é uma sociedade, enquanto a nação é a comunidade. Estabelecida essa distinção pelo sociólogo alemão Ferdinand Tonnies onde a sua teoria é a indicação da sociedade e da comunidade com as suas possibilidades irredutíveis de convivência humana e todo grupo social que tenha existência permanente será ou uma sociedade ou uma comunidade. 
4. O ESTADO MODERNO E A DEMOCRACIA Estado democrático moderno é a noção de governo do povo, revelada pela própria etimologia do termo democracia ela nasceu das lutas contra o absolutismo, sobretudo através da afirmação dos direitos naturais da pessoa humana.Existe três grandes movimentos político-sociais que transpõem do plano teórico para o prático que iriam conduzir ao Estado Democrático que são: A revolução Inglesa, que influenciada por Locke e que teve sua expressão mais significativa no Bill of Rights em 1689; A Revolução Americana, cujos princípios foram expressos na Declaração de Independência das treze colônias americanas em 1776; A Revolução Francesa, que teve sobre os demais a virtudede dar universalidade aos seus princípios, os quais foram expressos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em 1789. Quanto à Revolução Inglesa, dois pontos básicos podem ser apontados, a intenção de estabelecer limites ao poder absoluto do monarca e a influencia do protestantismo, ambos contribuindo para a afirmação dos direitos naturais dos indivíduos, nascidos livres e iguais, justificando-se o governo da maioria. A democracia surgiu a partir de três pontos fundamentais da síntese dos princípios dos Estados que são: A supremacia da vontade popular que colocou o problema da participação popular no governo, suscitando acesas controvérsias e dando margem às mais variadas experiências, tanto no tocante à representatividade, quanto à extensão do direito de sufrágio e aos sistemas eleitorais e partidários; A preservação da liberdade que entendida, sobretudo como o poder de fazer tudo o que não incomodasse o próximo e como poder de dispor de sua pessoa e de seus bens, sem interferência do Estado; A igualdade de direitos entendida como a proibição de distinções no gozo de direitos, sobretudo por motivos econômicos ou de discriminação entre classes sociais. Na República Democrática Direta governa a totalidade dos cidadãos, deliberando em assembléias populares, como faziam os gregos no antigo Estado ateniense.O governo popular direto se reduz atualmente a uma simples reminiscência histórica e está completamente abandonado, em face da evolução social e da crescente complexidade dos problemas governamentais. A República Democrática Indireta ou Representativa é a solução racional, apregoada pelos filósofos dos séculos XVII e XVIII e concretizada pela Revolução Francesa. Firmado o princípio da soberania nacional e admitida à impraticabilidade do governo direto, apresentou-se a necessidade irrecusável de se conferir, por via do processo eleitoral, o poder de governo aos representantes ou delegados da comunidade. É o que se denomina sistema representativo, que estudaremos nos pontos seguintes, quanto às suas diversas modalidades.  A república democrática Semidireta é a solução originária da democracia direta e o regime representativo, surge uma terceira expressão denominada democracia semidireta ou mista. Consiste esse sistema em restringir o poder da assembléia representativa, reservando-se ao pronunciamento direto da assembléia geral dos cidadãos os assuntos de maior importância, particularmente os de ordem constitucional. 
CONCLUSÃO Segundo as informações básicas obtidas através de leitura de autores sobre a teoria geral do estado, consta-se da importância do estado para o país, o seu conceito, a sua origem e de como ele é formado. A existência do estado é de fundamental importância para o país e nação, como alunos da disciplina de inst. De direito público e privado chegamos à conclusão de que não existe um país sem o estado e o estado não existe sem o território e que o Estado possui várias conclusões variando de autor para autor e, além disso, ele possui várias classificações. ]
Em rigor, a Sociologia Política é que constitui parte da Ciência Política, não o inverso. A Ciência Política é o todo, a Sociologia Política a parte; ali o gênero, aqui, a espécie. Fora dessa compreensão, seria falso, vindo em dano da Ciência Política, falar de identidade ou. 
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