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Atualidades Cuba pós Fidel Castro

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3
Cuba pós Fidel Castro
Em 24 de fevereiro de 2008, Raúl Modesto Castro Ruz, 
conhecido como Raúl Castro, assume a presidência do 
Conselho de Estado da República de Cuba no lugar de 
seu irmão, Fidel Castro, que se encontrava enfermo e 
sem forças para liderar a ilha.
Durante o governo comunista de Raúl Castro, 
importantes reformas econômicas foram realizadas a 
fim de tirar Cuba de uma enorme recessão econômica 
que teve início no fim da Guerra Fria, após a dissolução 
da União Soviética.
Para entendermos melhor o período pós Fidel 
Castro, é importante traçar um breve histórico da Re-
volução Cubana.
Breve histórico - A Revolução 
Cubana e Fidel Castro
Durante seus estudos na Faculdade de Direito da 
Universidade de Havana, em Cuba, Fidel Castro (13 
de agosto de 1926 - 25 de novembro de 2016) teve 
contato com autores marxistas que influenciaram seu 
pensamento político de esquerda e anti-imperialista 
(anti-americano).
A leitura de intelectuais marxistas levou Castro 
a elaborar um plano de guerra para derrubar o então 
presidente/ditador de Cuba, Fulgêncio Batista , com o 
objetivo de instaurar o regime socialista. Até Batista, 
Cuba era um país capitalista, aliado político e econômi-
co dos Estados Unidos.
Em 1953, Fidel planejou o ataque ao quartel ge-
neral Moncada, na tentativa de derrubar o governo de 
Batista, sem êxito, foi exilado no México onde organi-
zou o grupo revolucionário, o Movimento 26 de Julho, 
com a ajuda de seu irmão, Raúl Castro e Che Guevara.
A partir disso, Fidel passou a ser o principal líder 
do movimento revolucionário que organizou o ataque 
bem sucedido ao exército de Batista em 1959, na região 
de Sierra Maestra. A vitória de Sierra Maestra levou à 
Revolução Cubana, ou seja, a tomada do poder pelos 
militantes do Movimento 26 de julho, que após a Revo-
lução, passou a compor o Partido Comunista de Cuba.
Fidel Castro passou a ser o líder do Partido Co-
munista (o único partido de Cuba) e Presidente da Re-
pública até 2008, quando por motivos de saúde, passou 
a presidência e liderança do Partido Comunista ao seu 
irmão, Raúl Castro.
Che Guevara e Fidel Castro
As principais reformas de 
Fidel Castro
Entre as reformas socialistas realizadas por Fidel, no 
campo econômico podemos destacar a nacionalização 
das indústrias e dos negócios (setor de serviços), que 
levou a fuga de parte da população cubana que não 
apoiou a Revolução, como também, dos investidores 
estrangeiros aliados ao bloco capitalista, que até o go-
verno de Batista mantinham negócios na ilha.
Em contrapartida à fuga de investidores capita-
listas e o embargo econômico promovido pelos Estados 
Unidos em 1961, a União Soviética (URSS) passou a ser 
o principal parceiro econômico e político de Cuba. A ex-
portação de mercadorias para URSS passou a ser uma 
das fontes de arrecadação de dinheiro.
As reformas no campo social, embora questio-
nada pelos críticos ao Governo Castro, merecem desta-
que. Vultuosos recursos foram direcionados à formação 
de médicos nas Universidades, o que fez do sistema 
de saúde público e gratuito cubano um dos melhores 
do mundo, como resultado, desde a Revolução, houve 
a redução das taxas de mortalidade infantil (uma das 
baixas no mundo).
Além disso, a educação pública e gratuita tam-
bém merece destaque. Uma boa parte do Produto In-
terno Bruto (PIB) passou a ser destinado também para 
4
o aumento do número de escolas, desde a implantação 
do regime socialista são registrados os menores índices 
de analfabetismo, os índices cubanos chegam próximos 
a de países desenvolvidos.
Período pós Fidel Castro - 
Governo de Raúl Castro
Raúl Castro assume a Presidência de Cuba em 24 
de Fevereiro de 2008, após diagnósticos médicos 
desfavoráveis a Fidel Castro que o obrigaram a dei-
xar da presidência da ilha. Raúl continuou o regime 
socialista e obteve em alguns momentos, um certo 
êxito econômico para ilha.
Fidel Castro e Raúl Castro
Desde o fim da Guerra Fria, com a dissolução da União 
Soviética, os cubanos perdem seu principal parceiro 
político e econômico, o que resultou em uma grande 
queda de arrecada de dinheiro, o PIB cubano no período 
mencionado caiu 75%, o que revelou a grande depen-
dência econômica da ilha. 
Sem outros grandes parceiros comerciais, devido, 
principalmente, ao embargo americano (que limita o co-
mércio entre Estados e Cuba), desde a década de 1990 
até os dias atuais, a ilha encontra grandes dificuldades 
para desenvolver sua economia.
A partir de meados dos anos 2000, passou a rea-
lizar acordos econômicos, ligados ao setor da saúde, com 
governos latino-americanos com tendência à uma política 
de esquerda, como Venezuela e Brasil (até o governo Dil-
ma) a fim de fugir da crise econômica.
Uma das saídas econômicas encontradas foi o 
investimento vultuoso na área da saúde. Do governo 
Fidel Castro até o de Rául, boa parte do PIB, cerca de 
10,57%, foi destinado para a formação de médicos e 
desenvolvimento da ciência, investimento maior que o 
realizado por países como os Estados Unidos, Alema-
nha, França e Espanha.
Como resultado desta política, a saúde tem sido 
usada como ferramenta diplomática e econômica, pois, 
de um lado, há o reconhecimento internacional da ex-
celência da formação dos médicos cubanos e o desen-
volvimento de ciência e, de outro, há o envio de briga-
das médicas mediante contratos específicos com cada 
país, o que rendeu aos cofres cubanos no ano de 2014, 
cerca de 8,2 bilhões de dólares, valor maior do que o 
gerado pela atividade do turismo.
Como exemplos desses acordos podemos citar 
o realizado no Brasil durante o Governo Dilma, o Pro-
grama Mais Médicos, que trouxe um bom número de 
médicos para atuar na saúde pública brasileira e, o in-
tercâmbio bilateral realizado entre Cuba e o Governo 
venezuelano, que previa a troca de médicos cubanos 
por barris de petróleo venezuelanos, o que contribuiu 
para um ligeiro aumento do PIB da ilha.
Curiosidades sobre a medicina 
cubana e o desenvolvimento 
da ciência
Médicos Cubanos
 § Segundo matéria publicada no jornal El País em 
1985, os médicos cubanos desenvolveram a pri-
meira e única vacina para meningite B;
 § Vem desenvolvendo novos tratamentos para 
combater doenças como a hepatite B, o vitiligo 
e psoríase;
5
 § Desenvolveu uma vacina para câncer de pulmão 
que está sendo testada nos Estados Unidos;
 § Segundo dados da Organização Mundial de Saú-
de (OMC) de 2015, foi o primeiro país do planeta 
a eliminar a transmissão materno-infantil de HIV.
A morte de Fidel Castro
Era pouco antes da meia-noite de sexta-feira quando o 
presidente Raúl Castro apareceu na televisão de surpre-
sa para dar a notícia que a maioria dos cubanos sabia 
que, mais cedo ou mais tarde, viria. Foram menos de 
dois minutos de um discurso seco, até a imagem de Raúl 
ser cortada quando as palavras começaram a falhar. Aos 
poucos, a notícia da morte de Fidel Castro, líder da Re-
volução Cubana, foi calando a festa e o barulho perma-
nente em Havana. A polícia fechou o acesso à Praça da 
Revolução, na capital, e o governo decretou nove dias 
de luto oficial. O jornal “Granma”, órgão oficial do Par-
tido Comunista de Cuba (PCC), demorou quase cinco 
horas para atualizar sua primeira página com a notícia 
que rapidamente se espalhou pelo mundo – depois de 
tantos boatos, desta vez era verdade.
Fidel morreu aos 90 anos, exatamente 60 depois 
de ter zarpado do México no iate Granma com 81 ho-
mens para derrotar a ditadura de Fulgencio Batista. Do-
ente e afastado da política desde 2006, até as primeiras 
horas de sábado, ninguém sabia as circunstânciasde 
sua morte, apenas a vontade do líder de ser cremado. 
Suas cinzas percorrerão 13 das 15 províncias da ilha 
em uma caravana de cerca de mil quilômetros, que se 
estenderá por quatro dias e terminará com seu sepulta-
mento, daqui a uma semana, na cidade de Santiago de 
Cuba, a 960 km de Havana.
O comandante já não mandava, pelo menos não 
diretamente. Foi seu irmão, Raúl, o grande responsável 
pelas mudanças recentes no país, após a histórica rea-
proximação com os Estados Unidos, em 2014. Mas sua 
presença pairava de um extremo a outro da ilha, após 
mais de meio século de um governo controverso – ama-
do por uns e odiado por outros. 
A aproximação diplomática 
entre Cuba e os Estados 
Unidos
O dia 17 de dezembro de 2014 marcou mais um capí-
tulo na história das relações de Cuba com os Estados 
Unidos, na ocasião, o presidente Barack Obama, reali-
zou um pronunciamento em rede nacional que acena-
va para o início da retomada diplomática do país com 
Cuba e o possível fim do embargo econômico que vigo-
ra desde a década de 1960.
A condição para a retomada diplomática estava 
na troca de presos políticos acusados de espionagem, 
tanto Cuba como Estados Unidos deveriam liberar seus 
presos para seus respectivos países. Feito isso, os ame-
ricanos se comprometeriam em reabrir a embaixada 
cubana nos estados unidos.
A reabertura da embaixada cubana em solo es-
tadunidense, marcou o início da aproximação entre os 
dois países. Sobre o assunto, o presidente Raúl Castro 
declarou: "Acertamos o reestabelecimento das relações 
diplomáticas. Isto não quer dizer que o principal tenha 
sido resolvido: o bloqueio econômico" .
O futuro Incerto das relações 
entre Cuba e Estados Unidos
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Se durante o governo de Barack Obama a aproximação com a ilha cubana parecia possível, no atual governo de 
Donald Trump, eleito em 6 de novembro de 2016, o futuro é incerto.
As primeiras declarações do controverso presidente americano apontavam para um eventual rompimento 
nas relações da aproximação entre os países, contudo, a tática do novo presidente parece ser a de dificultar o 
turismo estadunidense, o que deve gerar um grande impacto na economia cubana.
O certo é que as relações entre Cuba e Estados Unidos ainda estão sendo traçadas pela nova gestão do país.
bibliografia
Oglobo.globo.com
Istoe.com.br
redelatinamerica.cartacapital.com 
Brasil.elpais.com

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