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Resumo Completo Imunologia (1)

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1 – SISTEMA IMUNE INATO (CÉLULAS, ORIGEM, FUNÇÃO E MECANISMOS DE AÇÃO). 
• Primeira linha de defesa contra infecções. 
• Seus mecanismos existem antes do encontro com microrganismos e são ativados rapidamente, antes do 
desenvolvimento das respostas imunes adquiridas. 
• É Inespecífica, rápida e aguda. 
• Ativa a e contribui com a imunidade adquirida, através de citocinas e coestimulação. 
•Tem três funções: 
- Evitar a infecção do hospedeiro. (Barreiras, anticorpos naturais) 
- Eliminar microrganismos, mesmo nas respostas imunes adquiridas. 
- Estimular respostas imunes adquiridas para torna-las mais eficazes. 
• Alguns mecanismos agem ainda antes da infecção. São as barreiras, representadas pelas superfícies epidérmicas e 
mucosas. 
RECONHECIMENTO: 
• Os componentes da imunidade inata reconhecem estruturas características dos patógenos microbianos. 
• Essas estruturas são os padrões moleculares associados aos patógenos (PAMPs: RNA viral dupla-hélice, LPS, ác 
lipoteicoico). 
• Moléculas endógenas liberadas por células danificadas/mortas também são reconhecidas. São os padrões 
moleculares associados a danos (DAMPs). 
• Receptores de Fagócitos (estimulam produção de citocinas e a migração dos leucócitos). 
- TLRs: Receptores toll-like (receptores de reconhecimento padrões PRR) reconhecem PAMPs. Ex: LPS bactéria gram-
negativa, manose, RNA dupla-hélice. 
- Receptor de manose (no antígeno, o PRR é a lectina). 
- Receptor de citocinas (como interferon). 
BARREIRAS NATURAIS 
• Superfícies epiteliais formam barreiras físicas entre os micro-organismos do ambiente externo e os tecidos do 
hospedeiro, além disso, as células epiteliais produzem substancias químicas antimicrobianas que impedem a entrada 
de microrganismos. 
• As principais interfaces entre o ambiente e o hospedeiro são a pele e as superfícies mucosas dos tratos 
gastrointestinal, respiratório e genitourinario. 
• A perda de integridade dessas camadas epiteliais, por traumas ou outras razões, predispões o indivíduo a 
infecções. 
• A função da barreira protetora é, em grande parte, física. (células epiteliais são muito próximas bloqueiam a 
passagem de microrganismos). 
• A camada externa de queratina, que se acumula com a morte dos queratinócitos da superfície cutânea, bloqueia a 
penetração microbiana em camadas mais profundas da epiderme. 
• O muco, presente em células epiteliais, é uma secreção que contém glicoproteínas chamadas mucinas e impede, , 
a invasão microbiana e facilita a remoção de microrganismo pela ação ciliar da árvore brônquica e do peristaltismo 
intestinal. 
• Células epiteliais, assim como alguns leucócitos, produzem peptídeos que apresentam propriedades 
antimicrobianas. Duas famílias distintas de peptídeos antimicrobianos são as defensinas e as catelicidinas: 
1) Defensinas: 
• pequenos peptídeos produzidos por células epiteliais de superfícies de mucosa e por leucócitos contendo grânulos, 
incluindo neutrófilos, células NK e linfócitos T citotóxicos. 
• possuem efeitos tóxicos aos microrganismo. 
2) Catelicidinas: 
• produzidas por neutrófilos e diversas barreiras epiteliais. 
• efeitos tóxicos diretos a uma ampla gama de microrganismos e a ativação de diversas repostas em leucócitos. 
OBS: As barreiras epiteliais também contem os linfócitos T intraepiteliais, que reconhecem e atuam na defesa do 
organismo através da secreção de citocinas, da ativação de fagócitos e da morte de células infectadas. 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE INATO Estão presentes no sangue, na linfa, nos órgãos linfoides e nos tecidos. 
FAGÓCITOS:Tem função de fagocitar e destruir microrganismos. Neutrófilos são responsáveis pelas respostas 
imediatas e macrófagos agem em respostas mais tardias. 
NEUTRÓFILOS: 
• Produzidos pela medula. 
• São granulócitos circulantes mais abundante entre os glóbulos brancos. 
• núcleo multilobulado. 
• vida 6h – 8h e quando fagocita morre. 
• primeira célula que chega no caso de inflamação tecidual. 
• No caso de infecção duradoura, a medula não consegue repor efetivamente. 
• Assim, são liberadas formas imaturas destes (pró-mielócitos – mielócitos – meta-mielócitos – bastonetes – 
segmentados [maduros]): desvio à esquerda (referência à hematopoese, só está liberando sangue jovem). 
• Contém dois tipos de grânulos: enzimas degradativas (lisozimas, colagenase e elastase) e azurófilos (lisossomas). 
• Se não recrutado para um sítio de inflamação, sofrerá apoptose ou é fagocitose por macrófagos do fígado/baço. 
MACRÓFAGOS/MONÓCITOS: 
• Além de fagócitos, atuam como APC. 
• São agranulócitos. 
• Além de fagocitar microrganismos, também ingerem células mortas, limpando o organismo após infecção/lesão. 
• Produzem citocinas que auxiliam no processo inflamatório. 
• Monócitos se desenvolvem na medula óssea e podem permanecer na circulação por extensos períodos. 
• Depois de entrarem nos tecidos, diferenciam-se em macrófagos teciduais, que ficam residentes: 
- no tecido conjuntivo subepitelial, 
- no revestimento dos sinusóides vasculares do fígado e do baço e 
- nos seios linfáticos dos linfonodos. 
• Ou seja, estão dispostos em todos os sítios onde pode haver entrada de microrganismos. 
• Respondem quase ao mesmo tempo que neutrófilos, mas persistem mais tempo nos sítios de inflamação. 
OBS: Monócitos participam da composição de granulomas (tuberculose, hanseníase, filariose). 
• A ativação dos macrófagos também ocorre quando receptores na membrana plasmática se ligam a opsoninas na 
superfície do microrganismo. OPSONINA: é uma molécula que age como facilitadora de ligação no processo 
de fagocitose. Revestem os microrganismos e aumentam a capacidade de englobamento por parte dos fagócitos, 
como os neutrófilos e macrófagos. (Ex: de opsoninas: anticorpos, proteínas do sistema complemento e lectinas). 
Obs: na imunidade adaptativa os macrófagos são ativados por citocinas e proteínas de membrana de linfócitos T. 
GRANULÓCITOS: Mastócitos, basófilos e eosinófilos: característica em comum: presença de grânulos 
citoplasmáticos preenchidos por mediadores inflamatórios e antimicrobianos. 
MASTÓCITOS: 
• não circulante. MO. Pele e epitélio das mucosas. 
• Grânulos de histamina e citocinas, que promovem alterações nos vasos sanguíneos e auxiliam a inflamação. 
• Importante para o processo alérgico. Defesa contra helmintos. São responsáveis por sintomas alérgicos. 
• Expressam receptores de membrana para anticorpos IgE e IgG e são revestidos por esses anticorpos. 
OBS: IgEs disparam resposta efetora dos mastócitos contra alérgenos e helmintos. (auxílio do Th2). 
• Quando os anticorpos presentes na superfície do mastócito se ligam ao antígeno, são induzidos eventos de 
sinalização intracelular que acarretam a liberação do conteúdo dos grânulos citoplasmáticos pra o espaço 
extracelular. 
• Expressam TLR e os ligantes de TLR podem induzir sua desgranulação. 
• Também expressam receptores que reconhecem proteínas do complemento. 
BASÓFILOS: 
• Granulócito circulante, grânulos possuem histamina e heparina. 
• muitas semelhanças estruturais e funcionais com os mastócitos. 
• constituem menos de 1% dos leucócitos do sangue. 
• embora não estejam presentes nos tecidos, podem ser recrutados para alguns sítios inflamatórios. 
• Assim como os mastócitos, expressam receptores para Fc de IgG e IgE e podem ser estimulados pela ligação do 
antígeno à IgE presente em sua superfície. 
EOSINÓFILOS: 
• Granulócito circulante, 
• eliminação de parasitas 
IPC: Baseada principalmente em mecanismos desencadeados por linfócitos T padrão Th2, os eosinófilos tem um 
importante papel no combate aos helmintos. O Th2 estimula a mudança de isótipo para IgA nos linfócitos B. Essesanticorpos se ligam aos helmintos. Os eosinófilos se ligam a estes anticorpos através de seus receptores Fc e 
disparam uma resposta efetora dos IgAs fixados na superfície do helminto, secretando enzimas que destroem o 
parasita. 
• vida de 8 a 12 dias. 
• Seus grânulos possuem enzimas danosas às paredes celulares de parasitas que também podem lesionar tecidos do 
hospedeiro. 
OBS: Atua como Fagócito não-profissional. 
APCs ligam a imunidade inata à adquirida, podendo ser consideradas componentes de ambos os sistemas. 
CDS: 
• Não circulante; pele e mucosas, tecidos linfoides. 
• Fazem parte da linhagem Mielóide e podem se diferenciar em monócitos. 
• Possuem capacidade fagocítica. 
• São, através dos seus TLRs, os mais versáteis sensores de PAMP e DAMP do organismo. 
• Capturam antígenos proteicos microbianos, processam e depois, nos gânglios linfáticos, apresentam-nos para os 
linfócitos T virgens, para que sejam ativados, reconhecendo os peptídeos protéicos associados ao MHC de classe I ou 
II em sua superfície. 
OBS: a sinalização por TLR induz a CD a expressar moléculas, como as citocinas, que são necessárias, além do 
antígeno, à ativação de linfócitos T virgens e à sua diferenciação em células efetoras. 
CDs FOLICULARES: 
• derivadas de precursores da MO. 
• capturam antígenos complexados com anticorpos ou produtos do complemento e apresentam antígenos para LB. 
• Importante para a seleção de linfócitos B, cujo receptores ligam-se aos antígenos apresentados com alta afinidade. 
CDs PLASMOCITOIDES: secretam IFN-1 em resposta a infecções virais. 
CÉLULAS NK 
• um tipo de linfócito, natural do sistema imunológico. 
• Granulócitos. 
• Constituem 5% a 15% das células mononucleares do sangue. 
• Desempenham funções na resposta imune inata, principalmente contra vírus e bactérias intracelulares. 
• Reconhecem células infectadas e sob estresse. 
• Realizam sua função de morte sem necessidade de expansão clonal e diferenciação, ao contrário dos CTL. 
• sua ativação é regulada pelo equilíbrio entre sinais gerados por receptores de ativação e de inibição. 
• Estes receptores interagem e reconhecem moléculas na superfície de outras células e geram sinais de ativação ou 
inibição que promovem ou inibem as respostas das células NK. 
- receptores de ativação: reconhecem ligantes em células infectadas e danificadadas. 
- receptores de inibição: reconhecem ligantes que são normalmente expressos nas células saudáveis normais. 
• Funções efetoras: 
- matar células infectadas: Quando as células NK são ativadas, a exocitose de seus grânulos liberam essas proteínas 
na proximidade das células alvo. Uma das proteínas presentes nos grânulos da célula NK, chamada perforina, facilita 
a entrada das granzimas (sinalização para eventos da apoptose da célula), no citoplasma das células-alvo. 
- ativar macrófagos para destruição dos microrganismos por fagocitose: As células NK respondem à IL-12 produzida 
por macrófagos e secretam IFN-y, que induz os macrófagos a matar os microrganismo fagocitados. 
RESPOSTA IMUNE INATA 
• Principais formas de atuação do sistema imune inato: INFLAMAÇÃO (aprofundada mais a frente e DEFESA ANTI-
VIRAL (reação de citocinas em que as células adquirem resistência à infecção viral e acontece a destruição de células 
infectadas por vírus pelas NK. 
• Após as alterações vasculares e o recrutamento de leucócitos promovidos pela inflamação, haverá o 
reconhecimento dos patógenos pelas células da imunidade inata como os neutrófilos e macrófagos. 
• Receptores dos fagócitos permitem o reconhecimento de produtos microbianos (TLR). 
• A migração de leucócitos é estimulada pelas citocinas e mediada pelos receptores dos leucócitos e pelos ligantes 
endoteliais para esses receptores. 
• TNF e quimiocinas são produzidas pelos macrófagos e pelas células endoteliais em resposta a infecção. 
• O TNF dos macrófagos estimula as células endoteliais a expressarem selectina-E em cerca de 1h a 2h de exposição. 
• As selectinas (epitélio) medeiam a fraca ligação dos leucócitos às vênulas nos sítios de inflamação. 
• O fluxo sanguíneo diminuído envia os leucócitos para a periferia dos vasos e causa um rolamento destas células ao 
longo da superfície endotelial. 
• Com 6 a 12h depois da exposição ao TNF, surge, no endotélio, a VCAM-1 (molécula-1 de adesão as células 
vasculares), que é ligante para a integrina VLA-4 e o ICAM-1, que é ligante para o LFA-1 e para as integrinas Mac-1. 
•As integrinas (fagócito) medeiam a inserção estável dos leucócitos ao endotélio. 
• A adesão estável é seguida pela migração através de espaços interendoteliais para o tecido extravascular. 
• As quimicionas promovem a adesão dos leucócitos ao endotélio e estimulam a quimiotaxia (locomoção) dentro 
dos tecidos. 
• Quimiocinas são são produzidas por macrófagos ativados, células T ativadas e células endoteliais ativadas pelo TNF 
e pela IL-1. 
FAGOCITOSE: 
• Neutrófilos e macrófagos ingerem os microrganismos para vesículas, onde são destruídos. 
• Um fagócito se liga a um microrganismo através de seus receptores PRR como o TLR. 
• Após a ligação, essas células estendem uma projeção de membrana caliciforme em volta do antígeno, deslocando-
o para o seu interior, formando uma vesícula intracelular, o fagossoma. 
• Depois eles matam os microrganismos fagocitados pela fusão dos lisossomas com os fagossomas. 
• vários mediadores como as enzimas lisossômicas atuam matando os microrganismos. 
HEMATOPOIESE 
• É a formação, desenvolvimento e maturação dos elementos do sangue. 
• Células tronco se diferenciam em células maduras e amadurecem na medula (exceto linfócito T, originam na 
medula e se diferenciam no timo). 
• Linha linfoide (linfócito T ou B, NK) e linha mieloide (monócito, neutrófilo, eosinófilo, basófilo, plaquetas). 
2 – SISTEMA IMUNE ADQUIRIDO. 
• Se desenvolve em resposta a infecções e se adapta à infecção. 
• Possui alta especificidade para distinguir as diferentes moléculas e microrganismos e uma habilidade de se 
lembrar e responder com mais intensidade a exposições subsequentes ao mesmo microrganismo. 
• Principais componentes da imunidade adquirida: linfócitos e seus produtos, como os anticorpos. 
Tipos de respostas imunológicas adquiridas 
Imunidade humoral: 
• Principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas toxinas. 
• Mediada por anticorpos (moléculas presentes no sangue – produzidas por linfócitos B). 
• Anticorpos: reconhecem antígenos, neutralizam sua infecciosidade e os preparam para serem eliminados. 
• Anticorpos são especializados e podem ativar mecanismos efetores diferentes. 
Ex: alguns anticorpos promovem a fagocitose de microrganismos por células do hospedeiro (opsonização), enquanto 
outros se ligam e estimulam a liberação de mediadores da inflamação nas células. 
Imunidade celular: 
• É mediada pelos linfócitos ou células T. 
• Microrganismos intracelulares, como os vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam no interior de fagócitos 
e outras células do organismo, onde estão protegidas dos anticorpos. 
• Assim, a defesa contra tais infecções cabe à imunidade celular, que promove a destruição dos microrganismos 
localizados em fagócitos ou a destruição das células infectadas. 
CARACTERÍSTICAS DAS RESPOSTAS IMUNES ADQUIRIDAS 
Especificidade: 
• As respostas imunológicas são específicas para cada antígeno, uma vez que os linfócitos expressam receptores que 
distinguem diferenças discretas na estrutura dos mais variados antígenos. 
• As partes desses antígenos que são reconhecidas pelos linfócitos são chamadas de determinantes/EPÍTOPOS. 
• Indivíduos não imunizados apresentam clones de linfócitos com especificidades diversas, sendocapazes de 
reconhecer e responder a antígenos estranhos. 
• O número de especificidades antigênicas dos linfócitos de um indivíduo (repertório linfocitário) é muito grande. 
• Ou seja, existem vários clones linfocitários que diferem na estrutura de seus receptores de antígenos e, 
consequentemente, em sua especificidade para antígenos, criando um repertório total que é extremamente diverso. 
• Linfócitos específicos para um grande número de antígenos existem antes da exposição ao antígeno; quando o 
antígeno entra no organismo, ele seleciona linfócitos específicos e os ativa (seleção clonal). 
• De acordo com essa hipótese, antes mesmo da exposição ao antígeno, já existem diversos grupos de clones de 
linfócitos específicos para os mais variáveis antígenos. 
• Cada grupo de clones específicos para um antígeno, possui receptores antigênicos idênticos e que diferem dos 
receptores de outros clones. 
• Estima-se que há mais de 106 especificidades diferentes de linfócitos T e B. 
Memória 
• Cada exposição a um antígeno gera células de memória de vida longa, específicas para o antígeno. 
• Respostas imunológicas secundárias costumam ser mais rápidas e intensas. 
• Linfócitos B de memória produzem anticorpos que se ligam com maior afinidade. 
• Células T de memória reagem muito mais rapidamente e com mais vigor. 
Expansão clonal 
• Após a seleção clonal, Os linfócitos sofrem proliferação em seguida à exposição ao antígeno e seleção clonal. 
• É um aumento no número de clones de células que expressam receptores idênticos para o antígeno. 
• Esse aumento de células mantém uma resposta aos patógenos infecciosos que estão se dividindo rapidamente. 
Autolimitação e homeostasia A manutenção da homeostasia, após a resposta imunológica, ocorre principalmente 
porque essas respostas são desencadeadas por antígenos e a sua função é eliminá-los, terminando, assim, com o 
estímulo essencial para a ativação e sobrevivência dos linfócitos, que morrem por apoptose. 
Tolerancia a antígenos própios 
• A autotolerância, é mantida por meio de vários mecanismos, como: 
- capacidade de eliminar linfócitos que expressam receptores para antígenos próprios. 
- capacidade de permitir que os linfócitos encontrem outros antígenos seja eliminando-os ou suprimindo essas 
células através das ações de outra (reguladores). 
• Anormalidades nessa característica levam a doenças auto imunes. 
COMPONENTES CELULARES DO SISTEMA IMUNOLÓGICO ADQUIRIDO 
LINFÓCITOS B: 
• Mediadores da imunidade humoral. 
• Produzem anticorpos. 
• Estágios iniciais de maturação ocorrem na medula óssea. 
• Reconhecem antígenos extracelulares através dos anticorpos presentes em sua membrana como o IgD e o IgM, 
bem como pelo receptor de antígenos BCR. 
• Diferenciam-se em plasmócitos secretores de anticorpos, atuando como mediadores da imunidade humoral. 
• Divididos em LB foliculares, LB da zona marginal e células B-1. 
• APC: célula dendrítica FOLICULAR. 
LINFÓCITOS T: 
• Mediadores da imunidade celular. 
• Reconhecem os antígenos de microrganismos intracelulares, associados ao MHC I ou II. 
• Ajudam os fagócitos a destruir esses microrganismos (citocinas Tcd4) ou matam as células infectadas (CTL). 
• Seus precursores se originam na MO, migram e sofrem maturação no timo. 
• Reconhecem e respondem a antígenos associados à superfície celular MHC, mas não a antígenos solúveis. 
• Divididos em linfócitos T CD4+ auxiliares e linfócitos T CD8+ citotóxicos (CTL), que expressam um receptor de 
antígenos em MHC (classe I ou II) chamado receptor TCR. 
LINFÓCITOS T CD4+: secretam citocinas que estimulam a proliferação e diferenciação das próprias células T e ativam 
outras células, inclusive as B, os macrófagos e outros leucócitos como as CDs. (licenciamento). Se subdividem em 
Th1, Th2 e Th17. 
LINFÓCITOS T CD8+: Se diferenciam em CTL, através do licenciamento indireto promovido por LTCD4+ e destorem as 
células que exibem peptídeos antigênicos associados ao MHC de classe I. 
LINFÓCITOS T REGULADORES: inibem respostas imunológicas nos órgãos linfoides periféricos, impedindo a 
proliferação excessiva de linfócitos T e estimulando uma auto-tolerância. 
OBS: Proteínas de membrana (sistema CD) são utilizadas como marcadores fenotípicos para distinguir populações de 
linfócitos. Esses marcadores também desempenham diversas funções nas células que os expressam. 
 Desenvolvimento dos linfócitos: todos passam por estágios complexos de maturação durante os quais expressam 
receptores antigênicos e adquirem características funcionais e fenotípicas de células maduras. As células B e T 
maduras são chamadas linfócitos virgens ou naive. Após ativação pelo antígeno, os linfócitos sofrem alterações 
sequenciais no fenótipo e na capacidade funcional. Na resposta imune adaptativa, os linfócitos virgens que emergem 
da MO ou do timo migram para os órgãos linfoides secundários, onde são ativados pelos antígenos a proliferar e 
diferenciarem-se em células efetoras e de memória. 
LINFÓCITOS VIRGENS OU NAIVE: 
- São células T ou B maduras que residem nos órgãos linfoides periféricos ou na circulação e que nunca encontraram 
o antígeno correspondente. 
- São considerados, juntamente com os de memória, linfócitos em repouso, já que não estão desempenhando 
funções efetoras. 
- Citocinas são essenciais para a sobrevivência desses linfócitos. IL-7 é a citocina mais importante. 
LINFOBLASTOS: linfócitos ativados. Maiores, mais citoplasma e mais organelas. 
LINFÓCITOS EFETORES: 
• Produzem moléculas que atuam para eliminar o antígeno. 
• Incluem os Th1, Th2 e Th17, CTL e plasmócitos secretores de anticorpos. 
• A maioria dos linfócitos T efetores diferenciados tem vida curta e não é autorrenovável. 
OBS: Plasmócitos se desenvolvem nos órgãos linfoides e nos sítios de resposta imune. Alguns deles migram pra 
medula óssea, onde podem sobreviver e secretar anticorpos por longos períodos. 
LINFÓCITOS DE MEMÓRIA: 
• Podem sobreviver após a eliminação do antígeno, por meses ou anos sem a necessidade de estimulação. 
• Linfócitos B de memória expressam IgG, IgE ou IgA, enquanto células B virgem expressam somente IgM e IgD. 
• As células T de memória expressam altos níveis do receptor de IL-7, assim como as virgens. (sobrevivência). 
APCs: 
• São os macrófagos, células dendríticas e linfócitos B. 
• Capturam antígenos microbianos e os transportam até os órgãos linfoides, apresentando-os aos linfócitos T 
virgens, que iniciam as respostas imunológicas. 
CÉLULAS NKT: As células NK apresentam funções efetoras semelhantes às das CTL, mas seus receptores são distintos 
dos observados em células B e T. Já as células NKT representam uma pequena população de linfócitos T e são assim 
chamadas em razão da expressão de uma molécula de superfície tipicamente encontradas em células NK. Essas 
células expressam receptores antigênicos semelhantes ao de células T e B. 
A IMUNIDADE ADAPTATIVA 
• Utiliza de três estratégias para combater a maioria dos microrganismos. 
- Anticorpos: ligam-se aos microrganismos extracelulares, bloqueiam a sua capacidade de infectar células do 
hospedeiro e promovem sua ingestão e subsequente destruição pelos fagócitos (opsonização). 
• Células T auxiliares: aumentam a capacidade microbicida dos fagócitos, que ingerem os microrganismos e os 
destroem, além de ativar células B, CD, e LTCD8+, indiretamente. 
• CTLs: destroem as células infectadas inacessíveis aos anticorpos e a destruição fagocítica. 
ETAPAS: 
1 – Captura e apresentação dos antígenos microbianos: 
• CDs, macrófagos e linfócitos B são as APCs que apresentam os peptídeos microbianos aos linfócitos T CD4+ e CD8+ 
virgens, iniciando respostas imunológicas. 
• Elas capturam os microrganismos,digerem suas proteínas em peptídeos e expressem, em sua superfície, os 
peptídeos ligados a moléculas MHC. 
• Elas transportam sua carga antigênica até os gânglios linfáticos regionais e estabelecem residência nas mesmas 
regiões por onde os linfócitos T virgens recirculam continuamente. 
2 – Reconhecimento dos antígenos: 
• O antígeno entra em contato com vários clones de linfócitos T nos linfonodos, através das APCs. 
• Até que encontra os clones de linfócitos T específicos para ele e os ativam (Hipótese de Seleção Clonal). 
• Uma característica do sistema consiste na geração de um numero muito grande de clones durante a maturação 
dos linfócitos, maximizando, assim, o potencial de reconhecimento de diversos microrganismos. 
• Após o reconhecimento dos clones específicos, ocorre a expansão clonal, que é a divisão desses linfócitos para 
acompanhar a rápida multiplicação microbiana. 
• A ativação dos linfócitos virgens exige o reconhecimento de complexos peptídeo-MHC apresentados pelas APCs. 
• Essa característica é necessária, juntamente com a necessidade de coestimulação para que as células T respondam 
a microrganismos, e não a substâncias inofensivas. 
• A ligação dos MHC I ou II das APCs aos receptores TCR dos receptor, bem como dos coestimuladores B7 ao CD28 
dos Linfócitos, desencadeiam a ativação, diferenciação e a proliferação dos linfócitos. 
3 – Memória Imunológica: 
• Além das células efetoras, a ativação dos linfócitos gera células de memória de vida longa, que podem sobreviver 
durante anos após a infecção. 
• Essas células são mais efetivas no combate aos microrganismos do que linfócitos naive. 
• Sua maior eficiência deve-se também ao fato de que essas células representam um reservatório maior de linfócitos 
específicos para um determinado antígeno e respondem mais rapidamente e de modo mais efetivo contra o 
antígeno do que as células virgens. 
ÓRGÃOS E TECIDOS LINFOIDES 
Órgãos linfoides geradores ou primários: onde os linfócitos são gerados (MO: LT e LB) e maturados (MO: LB, Timo: 
LT). 
Órgãos linfoides periféricos: onde os linfócitos são ativados. São os gânglios linfáticos, baço, sistema imunológico 
cutâneo e mucoso. 
MEDULA ÓSSEA: 
• sítio de geração da maioria das células sanguíneas circulantes (hematopoese). 
• sítio dos eventos iniciais da maturação da célula B. 
• Quando ela é lesionada ou quando ocorre uma demanda excepcional de novas células sanguíneas, o fígado e o 
baço frequentemente tornam-se os locais preferenciais de hematopoese extramedular. 
• Eritócitos, granulócitos, monócitos, células dendríticas, plaquetas, linfócitos B e T e células NK originam-se da 
célula-tronco hematopoiética (HSC) na medula óssea. As HSC são pluripotentes e autorrenováveis. 
• Elas dão origem a dois tipos de células multipotentes, o progenitor linfoide comum e o progenitor mieloide 
comum. 
• Progenitor linfoide comum: fonte de precursores de linhagem comprometida com as células T, B e NK. 
• Progenitores mieloides comuns: dão origem aos progenitores de linhagem única, comprometidos com as linhagens 
eritroide, megacariocítica, granulocítica e monocítica, que originarão células maduras, respectivamente eritrócitos, 
plaquetas, granulócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos) e monócitos. 
• A proliferação e a diferenciação das células precursoras na medula óssea são estimuladas por citocinas (TNF, IL-1 a 
15, eritropitina, etc. 
• A medula contém também numerosos plasmócitos (linf B) secretores de anticorpos. 
• Alguns linfócitos T de memória de longa duração também migram e podem se estabelecer na medula óssea. 
TIMO: é o sítio de maturação da célula T. Órgão bilobado situado no mediastino anterior. Dividido em lóbulos. Cada 
lóbulo consiste em um córtex externo e uma medula interna. 
Córtex: coleção densa de linfócitos T 
Medula: população mais dispersa de linfócitos. 
Síndroma de DiGeorge: deficiência de células T em razão de mutação nos genes necessários para o desenvolvimento 
no timo. 
Sistema Linfático: consiste em vasos especializados que drenam os líquidos dos tecidos para os gânglios linfáticos e 
desses para o sangue, é essencial para a homeostase dos líquidos teciduais e das respostas imunes. O sistema 
linfático capta antígenos microbianos do sítio de entrada e transporta-os aos gânglios linfáticos, onde podem 
deflagrar a resposta imune adaptativa. 
GÂNGLIOS LINFÁTICOS: 
• órgãos linfoides secundários vascularizados e encapsulados. 
• situados ao longo dos vasos linfáticos por todo o corpo. 
• Tem acesso aos antígenos encontrados nos epitélios e provenientes do liquido intersticial na maioria dos tecidos. 
• Os linfáticos aferentes desembocam no seio subcapsular do qual a linfa é drenada diretamente para o seio 
medular conectado e sai do gânglio linfático pelos vasos linfáticos eferentes. 
Organização Anatômica dos linfócitos B e T: 
• Localizam-se em regiões distintas do córtex dos gânglios. 
• Os folículos são as zonas da células B localizadas no córtex dos gânglios. 
- Os folículos primários contem a maioria dos linfócitos B virgens maduros. 
- Os centros germinativos desenvolvem-se em resposta a estimulação antigênica. 
- São sítios de notável proliferação de células B, seleção de células B produtoras de anticorpos de alta afinidade e 
geração de células B de memória e plasmócitos de longa. 
• Os linfócitos T estão localizados mais centralmente em relação aos folículos, nos cordões paracorticais. 
• As citocinas que determinam em que local as células B e T residirão no gânglio linfático são do tipo quimiocinas, as 
quais se ligam aos receptores de quimiocinas nos linfócitos. 
BAÇO: 
• Retira da circulação células sanguíneas lesionadas e senescentes e partículas (hemocaterese). 
• Inicia as respostas imunológicas adaptativas aos antígenos capturados do sangue. 
• O parênquima esplênico é dividido em polpa vermelha e polpa branca. 
• A função da polpa branca é promover as respostas imunes adaptativas contra antígenos provenientes do sangue. 
• Uma região de células cercando o seio marginal, chamada zona marginal, forma um limite entre a polpa vermelha 
e a polpa branca. 
• A Zona marginal situada por fora do seio marginal é uma região composta por células B e macrófagos. 
• As células B da zona marginal são funcionalmente distintas das células B foliculares, e tem um repertorio limitado 
de especialidades antigênicas. 
• Os antígenos no sangue são levados ao seio marginal por células dendríticas circulantes ou são encontrados pelos 
macrófagos na zona marginal. 
• Folículo primário: linfócitos B inativos. 
• Secundários: já ativados, serão diferenciados em linfócitos que vão ser produtores anticorpos. 
• Folículos: grupos de linfócitos B. 
• Antígeno chega pela artéria esplênica na zona marginal da polpa branca e encontra APCs, que apresenta o 
antígeno aos linfócitos T e NK. 
Tecidos Linfóides Associados a Mucosa (Malt): superfícies mucosas dos tratos gastrointestinal e respiratório são 
colonizadas por linfócitos e APCs que iniciam as respotas imunológicas contra os antígenos ingeridos e inalados. No 
intestino: Placas de Peyer (GALT). 
3 – INTERPRETAÇÃO DO LEUCOGRAMA 
Neutrófilos: Aumento indica infecção bacteriana. 
Eosinófilos: Aumento ocorre em pessoas alérgicas, asmáticas ou em caso de infecção intestinal por parasitas. 
Basófilos: Aumento indica processos alérgicos e estados de inflamação crônica. 
Linfócitos 
Monócitos: Níveis elevados indicam casos de infecção crônica, como tuberculose. 
LEUCÓCITOS 
LEUCOCITOSE: 
• É o aumento do número global de leucócitos circulantes. 
• Pode ocorrer por reação a várias infecções, processos inflamatórios e a processos fisiológicos (estresse extremo).• É mediada por várias moléculas liberadas em resposta a eventos estimuladores, tais como o fator estimulador de 
colônias de macrófagos (GM-CSF); interleucinas 1, 2 e 3; TNF, entre outros. 
• A leucocitose está presente na resposta de fase aguda a muitas doenças, incluindo-se infecções: bactérias, vírus, 
fungos protozoários. 
LEUCOPENIA: 
• Diminuição do número de leucócitos circulantes em virtude de fatores como destruição ou degeneração medular. 
• Está associada a uma ampla variedade de infecções virais e bacterianas. 
• Quando causada por uma doença viral (p. ex. hepatite A e B, rubéola), geralmente, as alterações agudas são 
notadas dentro de 1 a 2 dias de infecção e muitas vezes podem persistir durante várias semanas. 
• Considerar a presença de infecção por salmonela, estafilococos e micobactérias. 
• Nos portadores de drepanocitose (anemia falciforme), o leucograma geralmente encontra-se entre 12.000 e 
15.000 células/mm3 . Esta elevação decorre da mobilização dos granulócitos periféricos para o sistema circulatório. 
A contagem de neutrófilos segmentados costuma aumentar nas crises vaso-oclusivas e nas infecções bacterianas. 
Reação leucemóide: São elevações dos números de leucócitos acima de 50.000/mm3 levando às vezes à confusão 
com leucemia. Existem muitos casos de reações leucemóides que podem ser mielóide ou linfóide. 
Avaliação Quantitativa Leucopenia X Leucocitose 
Avaliação Qualitativa Alterações morfológicas e/ou funcionais e reacionais; 
Granulações Tóxicas 
 
Granulações mais intensas (mais evidenciadas). 
São produzidas por quadro de infecção, principalmente bacteriana, que estimulam a produção de maior número de 
neutrófilos além de aumentar o seu conteúdo proteolítico (alteração reacional). 
Vacuolização 
 
Halo branco bem formado no citoplasma do neutrófilo. Pode ser um ou mais. 
Podem atingir também linfócitos e monócitos. 
A perda da estabilidade das membranas é sinal de morte celular. 
A primeira membrana destruída é dos lisossomos o que leva a fermentação celular gerando a formação de “gases” 
que é o responsável pelos vacúolos formados. 
Sugestivos de Septicemia. 
Hipersegmentação Nuclear (Neutrofílica) 
 
Presença de Neutrófilos apresentando mais de 5 segmentos 
Associado a deficiência de Vitamina B12 e Ácido Fólico. Importante porque permite fazer o diagnóstico precoce. 
Linfócitos Atípicos (Síndrome de Downey) 
 
Sinônimos: Linfócitos virócitos ou reativos 
Normalmente presentes nas infecções virais (ex.; citomegalovirus, rubéola, hepatite viral, mononucleose infecciosa.) 
Tipos: 
Linfocitóide 
Monocitóide 
Plasmocitóide 
NEUTRÓFILOS: Células móveis, fagocíticas, com a função especializada de destruir microrganismos. São produzidos e 
armazenados na medula óssea e liberados para o sangue periférico através de mediadores químicos produzidos pelo 
processo inflamatório. Podem circular (população flutuante = metade) ou permanecer marginados ao endotélio dos 
vasos sanguíneos (população marginal). 
NEUTROFILIA: principal causa da leucocitose 
• Certos estímulos mobilizam a população marginal, produzindo neutrofilia, sem necessariamente envolver liberação 
pela medula óssea: adrenalina e os corticosteróides (estresse, medicamento). 
• Outro dado importante: lactentes com menos de 3 meses de idade possuem uma reserva muito pequena de 
neutrófilos e, na presença de infecções graves, podem apresentar neutropenia ao invés de neutrofilia. 
• É importante salientar que crianças com síndrome de Down frequentemente apresentam leucocitose, neutrofilia, 
desvio para a esquerda e presença de formas imaturas (blastos) no sangue periférico. Na maioria dos casos, trata-se 
de um distúrbio mieloproliferativo transitório, mas alguns pacientes podem evoluir para leucemia posteriormente. 
Desvio à esquerda: A resposta inicial da medula óssea frente ao processo infeccioso é a liberação da população de 
neutrófilos de reserva. Ocorrerá também aceleração do processo de maturação e liberação das células levando 
como resultado o desvio à esquerda: 
que é a presença de maior quantidade de bastonetes e (ou) de células mais jovens da série granulocítica 
(metamielócitos, mielócitos, promielócitos e mieloblastos). 
A presença de mais de 500 bastões/mm3 constitui indicação de infecção. O desvio à esquerda reacional ao processo 
infeccioso é caracteristicamente escalonado, isto é, com proporção de células maduras maiores que as células 
jovens. 
O desvio à esquerda não escalonado traduz, fisiopatologicamente, a liberação de granulócitos jovens em processo 
de produção não hierarquizado associado à disfunção da medula óssea. 
OBS: desvio a direita: hipersegmentação neutrofílica, que pode indicar anemia (deficiência de B9 ou B12) 
NEUTROPENIA: principal causa da leucopenia 
- Drogas (Agranulocitose) 
- Produtos químicos 
- Infecções (Ex. Epstein-Barr e tuberculose). 
- Infiltração da M.O. por células neoplásicas ou leucêmicas. 
- Deficiências nutricionais (An. Megaloblástica) 
- Doenças autoimunes 
- Neutropenia idiopática adquirida 
Neutropenia: (neutrófilos < 1.500/mm3 ) Dados citológicos dos neutrófilos quase sempre estarão presentes no 
desvio à esquerda: granulações tóxicas ou grosseiras, corpos do Döhle e vacuolizações citoplasmáticas 
(analogicamente, imagine que este é o equipamento do soldado para a guerra). 
EOSINÓFILOS: 
Eosinofilia: 
- Infecções parasitárias 
- Asma 
- Febre do feno 
- Processos inflamatórios associados a alergias 
- Radioterapia 
- Leucemia eosinofílica 
- Distúrbios cutâneos alérgicos 
Eosinopenia: aparece em: 
- situação de estresse agudo como resultante da estimulação de doses farmacológicas de corticóides 
- Infecções bacterianas agudas. 
- recrutamento dos eosinófilos para áreas inflamatórias. 
LINFÓCITOS: Combatem vírus. Por serem intracelulares, deve ocorrer destruição da célula hospedeira. Os linfócitos 
são células que respondem de forma específica aos antígenos. A atuação do linfócito através da produção de 
anticorpos (linfócitos B) ou por citotoxidade (linfócitos T) somente ocorre após o reconhecimento de um 
determinado antígeno por um linfócito, predeterminado a reconhecê-lo como tal. 
LINFOCITOSE: 
- Fisiológica: crianças 
- Patológicas: Várias infecções virais e algumas bacterianas . Síndromes linfoproliferativas 
Muitas infecções virais (mononucleose infecciosa, citomegalovírus, varicela, hepatites, adenovírus, sarampo, 
parotidite epidêmica) e doenças como a tuberculose, toxoplasmose e brucelose podem apresentar linfocitose 
absoluta (>5.000/mm3 ). Os pacientes com mononucleose infecciosa ou coqueluche podem apresentar linfocitose 
extremamente elevada (> 15.000/mm3 ). As presenças de linfócitos atípicos acompanham freqüentemente as 
linfocitoses secundárias a processos infecciosos (na mononucleose infecciosa pode ser superior a 20% do total de 
linfócitos). A linfocitose com presença concomitante de anemia, quadro purpúrico, plaquetopenia e (ou) dores 
ósseas deve levantar a suspeita clínica de leucemia linfoblástica aguda. 
LINFOPENIA: 
- Doenças inflamatórias/ infecções graves 
- Após radioterapia 
- Drogas imunossupressoras: corticóide em dose alta 
- AIDS 
- Síndromes genéticas raras 
Na reação de fase aguda, o hemograma freqüentemente demonstrará linfocitopenia absoluta (<1.500/mm3 ) 
refletindo a mobilização dos linfócitos em nível tecidual para o reconhecimento antigênico. Na fase de 
convalescença, a contagem de linfócitos pode se elevar discretamente, retornando aos níveis normais 
posteriormente. Ocorre linfocitopenia também em situações de estresse ou uso de corticosteróides. 
BASÓFILOS: Contém grânulos com grande quantidade de heparina ehistamina. Ocorrem aumentos nos pacientes 
com leucemia mielógena crônica, colite ulcerativa, artrite reumatóide juvenil, deficiência de ferro, insuficiência renal 
crônica e após radioterapia. 
Basofilia: 
Reações alérgicas 
Neoplasias (leucemia mieloide crônica) 
Basopenia 
Tratamento prolongado com glicocorticóides 
Infecção aguda 
MONÓCITOS: Exercem fagocitose (com capacidade para fagocitar partículas maiores). Apresentam antígenos às 
células T auxiliares (CD4+). Secretam citocinas (IL-1, IL-3, interferons e TNF-α) e fatores de crescimento (GM-CSF, G-
CSF, M-CSF) 
Os monócitos têm grande importância no processo inflamatório em nível tecidual devido a sua importância na 
fagocitose, eliminação de microorganismos e, principalmente, como célula apresentadora de antígenos. 
Monocitose: Na fase aguda apresenta pouca alteração, mas observamos a monocitose na fase de convalescença e 
cronificação da doença. Doenças infecciosas de evolução crônica como a tuberculose, paracoccidioidomicose, sífilis, 
endocardite bacteriana subaguda, febre tifóide e por protozoários a presença de monocitose é comum. 
A monocitose também incluem a leucemia mielomonocítica, leucemia monocítica, doença de Hodgkin, fases de 
recuperação de episódios de neutropenia ou infecções agudas, doenças auto-imunes (p.ex.: lúpus eritematoso 
sistêmico, artrite reumatóide, retocolite ulcerativa, etc) e sarcoidose. 
- Acompanha a neutrofilia em processos inflamatórios 
- Doenças infecciosas (endocardite subaguda, tuberculose, brucelose, AIDS e outras) 
- Leucemia mielomonocítica crônica 
- Convalescença de processos infecciosos. 
Monocitopenia 
- Achado incomum 
- Aplasia medular 
- A monocitopenia pode ocorrer secundariamente a endotoxemia ou no uso farmacológico de glicocorticóides. 
4 – IMUNIZAÇÃO ATIVA E PASSIVA (ADJUVANTES). 
IMUNIDADE ATIVA: Capacidade de produzir uma resposta imunológica mediante a exposição patogênica. Essa 
capacidade pode ser adquirida de forma natural ou artificial. 
Natural: ocorre por meio do contato com um agente infeccioso quando há uma invasão ao organismo 
Artificial: ocorre quando o desenvolvimento da imunidade é feito através de vacinas, em que o indivíduo que a 
recebe é estimulado pela mesma a produzir anticorpos para combater os agentes patogênicos. 
OBS: Esse tipo de imunidade cria memória imunológica, por outro lado, ela não é uma resposta imediata. Por isso, 
as vacinas, normalmente são aplicadas sem antes haver uma exposição, participando da imunidade preventiva. 
IMUNIDADE PASSIVA: É a imunidade conferida pela transferência de anticorpos ou linfócitos T específicos para 
determinados antígenos. Sua relevância se dá quando há deficiência na síntese de anticorpos ( defeito nas células 
B), ou, em caráter de urgência, quando não há tempo para a imunização (ex: tétano). 
Natural: é representada pela transferência de anticorpos pela via placentária, pelo colostro ou durante a 
amamentação nos primeiros meses do recém nascido. 
Artificial: ocorre pela introdução de anticorpos produzidos por outro organismo. Ex: soro com anticorpos (usado 
para evitar a DHRN). Neste tipo de imunização, a resposta é imediata, porém não cria memória. 
5 – VACINAS: 
• Estimulam o organismo para a produção de anticorpos dirigida, contra o agente infeccioso 
• Além disso, desencadeiam uma resposta imune específica mediada por linfócitos e formam células de memória. 
• É um meio artificial de se adquirir imunidade ativa sem contrair uma doença infecciosa. 
• As vacinas contêm um ou mais agentes imunizantes (vacina isolada ou composta), sob diversas formas: bactérias 
ou vírus atenuados, vírus inativados, bactérias mortas e componentes de agentes infecciosos purificados ou 
modificados quimicamente ou geneticamente. 
• Atualmente, a maioria das vacinas em uso induz a imunidade humoral. 
• Os anticorpos constituem o único mecanismo imunológico que previne infecções através da neutralização e 
eliminação dos microrganismos antes que consigam se estabelecer no hospedeiro. 
• As melhores vacinas são aquelas que estimulam o desenvolvimento de plasmócitos de vida longa, produtores de 
anticorpos de alta afinidade, assim como células B de memória. 
Composição: O produto em que a vacina é apresentada contém, além do agente imunizante: 
Líquido de suspensão: constituído geralmente por água destilada, podendo conter proteínas. 
Conservantes, estabilizadores e antibióticos: pequenas quantidades de substancias antibióticas ou germicidas são 
incluídas nas vacinas para evitar o crescimento de contaminantes (bactérias e fungos). 
ADJUVANTES: 
• utilizados para aumentar o poder imunogênico das vacinas, amplificando o estimulo dos agentes imunizantes. 
• sais de alumínio são um exemplo. Eles potencializam a produção de anticorpos, concentrando o antígeno nos 
locais adequados. Além de possuírem uma função depósito, induzindo pequenos granulomas nos quais o antígeno é 
retido. 
• Podem ser úteis em pacientes imunocomprometidos que fracassam nas respostas as vacinas normais. 
• São agentes que aumentam a resposta inflamatória. 
• Agem como grandes PAMPs. 
Vacinas bacterianas e virais atenuadas 
• compostas de microrganismos não patogênicos intactos 
• são produzidas pelo tratamento do microrganismo de modo que não possa causar doença (abaixa a virulência). 
• Vantagem: induzem todas as respostas imunológicas inatas e adaptativas que o microrganismo desencadearia, 
sem causar danos. 
Ex vacinas virais: febre amarela, sarampo, rubéola. 
Ex vacinas bacterianas: BCG (tuberculose). 
Vacinas inativadas: o agente infeccioso é inativado e torna-se incapaz de se multiplicar, mas apresenta sua 
estrutura e seus componentes, preservando a capacidade de estimular o sistema imunológico. Ex: raiva, pólio(salk) e 
hepatite A. 
Vacinas frações do agente infeccioso: utiliza-se partículas do agente infeccioso fragmentadas. São necessárias 3 a 5 
doses e reforços para induzir uma resposta imunológica. Ex: tétano, meningite e pneumonia. 
6 – ANTICORPOS. [tipos, funções, características]. 
• São proteínas circulantes produzidas pelos linfócitos B em resposta a antígenos extracelulares estranhos. 
• São os mediadores primários da imunidade humoral. 
• Anticorpos, BCR, MHCs e receptores de antígenos dos linfócitos T (TCR) são as classes de moléculas usadas pelo 
sistema imune adaptativo para ligação de antigenos. 
Podem existir em 3 formas: 
• Ligados a membranas na superfície de linfócitos B, atuando como receptores de antígenos (IgD e IgM). 
• Ligados às membranas de mastócitos em reações de hipersensibilidade, como receptores de antígeno (IgE). 
• Secretados na circulação, nos tecidos e nas mucosas, onde neutralizam toxinas, impedem a entrada e 
disseminação de patógenos, opsonizam microrganismos e os eliminam. 
FUNÇÕES EFETORAS: 
- Neutralização dos microrganismos ou produtos microbianos tóxicos 
- Ativação do Sistema Complemento (IgG, IgM, IgA) 
- Opsonização de patógenos, aumentando a fagocitose (IgG). 
- Citotoxicidade mediada por células dependentes de anticorpos (marcadores) (imunidade contra helmintos). 
- Ativação de mastócitos que elimina vermes parasitas e alérgenos. 
- Aglutinação – IgM e IgA, cadeia J, mais de um antígeno pode se ligar. 
 
• LB são as únicas células que se diferenciam em plasmócitos e sintetizam anticorpos. 
IgG 1, 2, 3 e 4. 
Infecção crônica 
IgA 1 (soro), IgA 
2 
Resposta 
primária, Infecção 
aguda 
Características gerais da Estrutura de Anticorpos: 
 Fc, sítio de resposta efetora, que fica exposta 
após a sensibilização do antigeno, podendo realizar suas funções efetoras. 
• Todas os anticorpos compartilham as mesmas características estruturais básicas, masapresentam enorme 
variabilidade na região de ligação aos antígenos. 
• Isto se deve a capacidade de diferentes Ig se ligarem a um número elevado de Ag estruturalmente diversos. 
• A região C da cadeia pesada interagem com outras moléculas efetoras e células do sistema imune, portanto, 
medeiam a maioria das funções biológicas dos anticorpos, mas não participam do reconhecimento do antígeno. 
• As moléculas de anticorpos são divididas em classes e subclasses distintas com base nas diferenças estruturais de 
suas regiões C da cadeia pesada (constante). Essas classes são: IgA, IgD, IgE, IgM e IgG, que podem, ainda serem 
subdivididas em IgA1, IgA2, IgG1, IgG4, etc. 
• Diferentes isótipos e subtipos de anticorpos realizam diferentes funções efetoras. 
• Isso se deve ao fato de que a maioria das funções efetoras dos anticorpos é mediada pela ligação das regiões C da 
cadeia pesada a receptores de Fc (fragmento cristalizável) em diferentes células (fagócitos, proteínas do 
complemento). 
• Como os isótipos possuem diferentes regiões C, cada uma delas se liga a diferentes células e executam funções 
efetoras diversas. 
OBS: Mudança de isótipo: Quando um LB é maturado, ele é programado para produzir especificamente as IgMs, 
porém, quando há a apresentação de antígeno via MHC de classe II para os linfócitos TCD4+, bem como após a 
ligação CD40 com seu ligante, esses linfócitos vão emitir um sinal para os LB iniciarem o que se chama de eccisão 
nucleotídica de segmentos que codificam a cadeia pesada das imunoglobulinas M. Assim, essas alterações nos genes 
responsáveis pela expressão da cadeia pesada das IgM, vão gerar novos isótipos, de acordo com o estímulo 
antigênico. 
OBS: DHRN: Teste de coombs indireto: teste realizado com o sangue da mãe para ver se possui anticorpos anti-RH, 
ou seja, se já houve o reconhecimento do antígeno pela mãe. 
Teste de Coombs direto: teste realizado com o sangue do bebe , para ver se o filho possui anticorpos da mãe ligados 
aos seus eritrócitos. 
Anticorpos Monoclonais: 
• São anticorpos de qualquer especificidiade desejada. 
• sintetizados por células imortalizadas produtores de anticorpos de um animal imunizado com um antígeno 
conhecido. 
• Um tumor de plasmocitos (mieloma ou plasmocitoma) é monoclonal e, portanto, produz Ig de uma única 
especificidade. 
• Os anticorpos monoclonais possuem muitas aplicações práticas na pesquisa e no diagnóstico e na terapia médica: 
Imunodiagnóstico, detecção de tumores e terapia. 
• Esses Ig, por sua grande especificidade, podem ser direcionados a células e moléculas envolvidas na patogênese de 
muitas doenças, através da análise funcional de moléculas secretadas ou ancoradas à superfície. 
Meia-vida dos anticorpos: diferentes isótipos de Ig apresentam meias-vidas bastante variáveis na circulação. 
- IgE: na circulação, cerca de 2 dias. Quando a IgE está ligada a célula e associada a seu receptor de alta afinidade nos 
mastócitos apresenta meia-vida muito longa. 
- IgA: cerca de 3 dias. 
- IgM: cerca de 4 dias. 
- IgG: cerca de 21 a 28 dias. A longa meia-vida das IgGs é atribuída a sua capacidade de ligação a receptores de Fc 
específicos, denominados receptores neonatais de Fc (FcRn), envolvidos no transporte da IgG da circulação materna 
através da barreira placentária e na transferência da IgG materna pelo intestino dos neonatos. O FcRn é 
estruturalmente simular as moléculas de MHC classe I. É encontrado na superfície de células endoteliais. Não 
direciona a IgG para os lisossomos, mas a sequestra por um período e, então, a devolve a circulação, ao voltar a 
superfície celular, liberando-a em pH neutro. Este sequestro intracelular da IgG impede que sua degradação seja tão 
rápida quanto a das demais proteínas séricas. 
Características dos ANTICORPOS relacionadas ao reconhecimento do antígeno 
• Todas as características de reconhecimento do Ag refletem as propriedades das regiões V da imunoglobulina. 
• Especificidade: 
- são muito específicos para os antígenos, distinguindo-os por pequenas diferenças em sua estrutura química. 
- reconhecem todas as classes de moléculas. 
- A estrutura bioquímica dos seres vivos é similar, então, esse alto grau de especificidade é necessário para que as Ig 
geradas em resposta a um Ag de um microrganismo não reajam contra uma estrutura própria similar. 
- Reatividade cruzada: Igs produzidos contra um Ag se ligam a Ag diferentes, mas similares. Quando isso acontece 
com Ag próprios, pode ser a base de doenças imunes. 
• Diversidade: capacidade dos Ig de se ligar de forma específica a um grande número de diferentes Ag. 
• Maturação de afinidade: IPC 
- No início da resposta, há Ag suficiente para interagir com LB tanto de alta quanto de baixa afinidade e os anticorpos 
produzidos são heterogêneos. 
- No decorrer da resposta, quantidades maiores de anticorpos se ligam ao Ag diminuindo sua disponibilidade. 
- Nessa fase, os LB com Ig de maior afinidade, que interagem melhor com o determinante antigênico, são 
preferencialmente estimulados. 
- Esse processo é denominado maturação da afinidade. 
- O aumento da afinidade de anticorpos para um dado Ag, durante a progressão da resposta humoral T dependente, 
é resultado de mutação somática nos genes de Ig durante a expansão clonal. 
- Algumas destas mutações vão gerar células capazes de produzir anticorpos de alta afinidade, contudo, outras 
podem resultar na diminuição ou mesmo na perda da capacidade de ligação com o antígeno. 
- Nesse processo é fundamental a interação CD40/CD40L bem como a presença de fatores solúveis derivados dos 
linfócitos T e por isso a maturação de afinidade ocorre somente na resposta aos antígenos T dependentes.1,2,3 
• Pelo fato de que persistem LB de memória após uma exposição a antígenos T dependentes, os anticorpos 
produzidos numa resposta secundária apresentam afinidade média mais alta que os produzidos na primária. Esse 
processo é importante na eliminação de antígenos persistentes ou recorrentes.1 
Características relacionadas às Funções Efetoras 
• Muitas das funções efetoras dos anticorpos são mediadas pelas porções Fc destas moléculas. 
• Isótipos de anticorpos que diferem quanto a tais regiões Fc desempenham funções distintas. 
• Um mecanismo efetor da imunidade humoral dependente de Fc é a ativação da via clássica do sistema 
complemento. 
• Este sistema gera mediadores inflamatórios e promove a fagocitose e a lise de microrganismos. 
• A via clássica do sistema complemento é iniciada pela ligação de uma proteína denominada C1q a porções Fc de 
IgG ou IgM complexadas ao antígeno. 
• As funções efetoras dos anticorpos são iniciadas apenas por moléculas que já se ligaram ao Ag, e não por Ig livres. 
• Depois que os linfócitos B são ativados, há uma perda gradual da expressão de anticorpos ligados a membrana e 
maior expressão de Ig como proteínas secretadas. 
7 – SISTEMA COMPLEMENTO. 
• É um dos principais mecanismos efetores da imunidade humoral e também da imunidade INATA. 
• Consiste em proteínas séricas e de superfície celular que interagem umas com as outras e com outras moléculas do 
sistema imune para gerar produtos que tem a função de eliminar microrganismos. 
• As proteínas do complemento (plasmáticas) normalmente se encontram inativas, somente são ativadas sob 
condições particulares para gerar produtos que medeiam funções efetoras do complemento. 
Características da ativação do complemento: 
• É ativado por microrganismos e por anticorpos ligados a microrganismos. 
• Sua ativação envolve a proteólise sequencial de proteínas para gerar complexos enzimáticos com atividade 
proteolítica. 
• Seus produtos de ativação tornam-se covalentemente ligados às superfícies celulares dos microrganismosou aos 
anticorpos ligados a microrganismos. 
• A ativação e as funções do sistema complemento são limitadas às superfícies microbianas ou aos locais de ligação 
de anticorpos aos antígenos e não ocorrem no sangue. 
• A ativação do complemento é inibida por proteínas reguladoras presentes nas células normais do hospedeiro e 
ausente nos microrganismos. 
• Produto final: C5b6789, complexo de ataque à membrana - MAC (lise das células) 
Vias de Ativação do Complemento: 
• Diferem da maneira como são iniciadas, mas todas resultam na geração de complexas enzimas que podem clivar a 
maioria das proteínas do complemento, C3. 
• As vias lectina e alternativa são mecanismos efetores da imunidade INATA. 
• Já a via clássica é o principal mecanismo efetor da imunidade HUMORAL adaptativa. 
• O evento central na ativação do complemento é a proteólise da proteína do complemento C3 para gerar produtos 
biologicamente ativos e a subsequente ligação covalente de um produto de C3, o C3b, às superfícies celulares 
microbianas ou ao anticorpo ligado ao antígeno. 
• A ativação do complemento depende da geração de dois complexos proteolíticos: a C3-CONVERTASE, que cliva C3 
em C3a e C3b, e a C5-CONVERTASE, que cliva a C5 em C5a e C5b. 
Via Alternativa: ( reconhece LPS) 
• Imunidade inata. 
• Resulta da proteólise de C3 e na ligação estável de seu produto de clivagem C3b a superfícies microbianas, sem a 
participação de anticorpos. 
• Se não houver formação dessas ligações, o C3b permanece na fase fluida e a ligação tio éster reativa e agora 
exposta é rapidamente hidrolisada, tornando a proteína inativa. 
• Assim, a ativação do complemento não pode prosseguir. 
• C3b sofre alteração conformacional pós-clivagem, exposição de um sítio de ligação para o fator B, liga-se então à 
proteína C3b aderida a superfície de um microrganismos. 
Via das Lectinas: (reconhecem PAMPs) 
• Imunidade inata. 
• Ocorre na ausência de anticorpos. 
Importante saber: diferença das vias, funções, regulação. 
• Ligação de polissacarídeos microbianos às lectinas circulantes, como a lectina ligadora de manose plasmática 
(MBL) ou às ficolinas. 
• As MBL e as ficolinas se associam às serinoproteases associadas a MBL (MASP) incluindo MASP1, MASP2 e MASP3. 
• As proteinas MASP são homólogas às proteínas C1r e C1s e clivam C4 e C2 para ativar o complemento. 
VIA CLÁSSICA: 
• imunidade adquirida 
• É iniciada pela ligação da proteína C1 do complemento aos domínios Ch2 de IgG ou aos domínios Ch3 de IgM que 
possuem antígenos ligados; 
• C1 é um complexo composto das subunidades C1q, C1r e C1s. C1q se liga ao anticorpo e C1r e C1s são proteases. 
• A ligação de duas ou mais cabeças globulares de C1q às regiões Fc de IgG ou de IgM leva á ativação enzimática do 
C1r, o qual cliva e ativa o C1s. 
Etapas finais da ativação do complemente: 
• As c5-convertases geradas pelas vias alternativa, clássica ou das lectinas iniciam a ativação dos componentes finais 
do sistema complemento, que culmina na formação do complexo de ataque a membrana (MAC) com atividade 
lítica. 
• Proteínas envolvidas: C5a, C5b, C6, C7, C8 e C9. 
• Essa via comum resulta na formação de poros, por C9 polimerizados, que são similares aos poros de membrana 
formadas por perforina, a proteína granular citolítica encontrada nos linfócitos T citotóxicos e nas células NK. 
• Esses poros permitem a entrada de água, resultando no aumento de volume osmótico e na ruptura das células em 
cujas superfícies houve deposição de MAC. 
Funções do Complemento 
• Este sistema gera mediadores inflamatórios e promove a fagocitose e a lise de microrganismos. 
• Opsonização – frações grandes (B) 
• Formação de MAC-citolítico que causa a lise celular 
• Induzir inflamação e quimiotaxia (C5a, C3a e C4a) 
• Estimular a produção de anticorpos 
• Remoção de imuno = complexos 
• Os produtos da ativação do complemento facilitam a ativação de linfócitos B e a produção de anticorpos (C3d)/ 
• Opsonização e Fagocitose: Os microrganismos sobre os quais o complemento é ativado pela via alternativa ou 
clássica tornam-se cobertos por C3b, iC3b ou C4b e são fagocitados pela ligação dessas proteínas a receptores 
específicos em M0 e N0. C3b e iC3b agem como opsoninas pelo fato de se ligarem especificamente a receptores em 
neutrófilos e macrófagos. 
• Estimulação das Respostas Inflamatórias: 
- Os fragmentos proteolíticos do complemento C5a, C4a e C3a induzem inflamação aguda por meio da ativação de 
mastócitos e neutrófilos. 
- Induzem a desgranulação dos mastócitos, fazendo com que ocorra a liberação de mediadores vasoativos como a 
histamina. 
- São chamados de anafilatoxinas. 
- C5a pode agir diretamente nas células endoteliais vasculares e induzir aumento da permeabilidade vascular e 
expressão de P-selectina, que promove a ligação de neutrófilos. 
- C5a é o mediador mais potente da degranulação de mastócitos. 
- o receptor de C5a é expresso em neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos, macrófagos, mastócitos, células 
endoteliais, células musculares lisas, células epiteliais e astrócitos. 
8 – INFLAMAÇÃO 
• A principal forma pela qual o sistema imune INATO lida com infecções e lesões teciduais é através da inflamação 
aguda, que é o acumulo de leucócitos, proteínas plasmáticas (PCR, MBL, SC) e fluidos derivados do sangue em um 
sítio de infecção ou lesão no tecido extravascular. 
• Principal leucócito recrutado: do sangue aos sítios de inflamação aguda: neutrófilo. 
• mas monócitos circulantes, se transformam em macrófagos nos tecidos, e tornam-se cada vez mais proemientes. 
• A chegada destes componentes sanguíneos ao sitio inflamatório depende de alterações nos vasculares dos tecidos 
infectados ou danificados: 
- aumento do fluxo sanguíneo no tecido pela dilatação dos vasos, 
- maior adesão dos leucócitos circulantes ao revestimento endotelial das vênulas 
- e aumento da permeabilidade de capilares e vênulas às proteínas plasmáticas e aos fluidos. 
• Estas alterações são induzidas por citocinas e por mediadores como histamina e óxido nítrico, derivados de células 
residentes nos tecidos, como Mastócitos, macrófagos e células endoteliais, em resposta à estimulação de PAMP ou 
DAMP. 
ATIVAÇÃO DO ENDOTÉLIO: Para que ocorra a inflamação é necessário a ativação do endotélio, promovida por 
citocinas e mediadores como o TNF, IL-1 a histamina, o óxido nítrico e que é caracterizada por: 
- Retração celular (alteração a nível do citoesqueleto, que aumenta os espaços interendoteliais). 
- Vasodilatação (fluxo sanguíneo diminui e os leucócitos que se encontravam no centro, se marginalizam). 
- Exsudação plasmática: formação de edema e fenestrações. 
- Expressão de moléculas de recrutamento: selectinas(E-S e P-S) e integrinas-ligantes (ICAM-1 e VCAM-1). 
Histamina 
• Fonte principal: mastócnitos. 
• Também é encontrada em basófilos e nas plaquetas do sangue. 
• A histamina é liberada dos grânulos dos mastócitos em resposta à lesão/inflamação, causando dilatação das 
arteríolas e aumentando a permeabilidade das vênulas. 
Óxido nítrico 
• gás solúvel produzido pelas células endoteliais, macrófagos e por alguns neurônios do cérebro. 
• Age nas células-alvo iniciando eventos que levam ao relaxamento das células musculares lisas, causando 
vasodilatação. 
• Com o desenvolvimento do processo inflamatório, os mediadores podem ser derivados de leucócitos recém-
chegados e ativados e de proteínas do sistema complemento. 
CITOCINAS pró-inflamatórias: TNF, IL-1 e IL-6 
• Uma das primeiras respostas do sistema imune inato a infecções/lesões é a secreção de citocinas por células, que é 
extremamente importante nas respostas inflamatórias agudas. 
• Três das mais importantescitocinas pró-inflamatórias do sistema imune inato são o TNF, a IL-1 e a IL-6. 
• Os macrófagos e os mastócitos teciduais são as principais fontes destas citocinas, apesar de que outras células, 
como as endoteliais e epiteliais, possam também produzir IL-1 e IL-6. 
1) FATOR DE NECROSE TUMORAL (TNF) 
• É um mediador das respostas inflamatórias agudas a bactérias e outros microrganismos infecciosos. 
• Além de inibir e matar células tumorais, também infectadas, também estimula a resposta de inflamação e 
outras citocinas que causam febre e combatem infecções. 
• É produzido por macrófagos, CDs e outros tipos celulares, em estimulação a PAMPs e DAMPs. 
• Os dois receptores de TNF são encontrados na maioria das células e são expressos na membrana plasmática. 
• A ligação da citocina aos receptores de TNF (como TNF-RI, TNF-RII e CD40), leva ao recrutamento de proteínas 
chamadas fatores associados ao receptor de TNF (TRAF) aos domínios citoplasmáticos dos receptores. 
• Os TRAF ativam fatores de transcrição (estimulam a proliferação de LB e aumento de síntese de anticorpos após a 
ligação do CD40 dos LB ao CD40L dos CD4+) e levam ao recrutamento de uma proteína que desencadeia a apoptose. 
• Assim, receptores de TNF podem induzir a expressão gênica (na ligação de CD40 de LB, levam à síntese de 
anticorpos) ou a morte celular. 
OBS: o CHOQUE SÉPTICO ou SIRS É a falência circulatória aguda por causa infecciosa, que é resultado de uma falha 
do sistema imune e de altas concentrações de TNF no corpo devido a uma infecção que se alastra pelo corpo e gera 
da inicio a uma coagulação disseminada, bem como a insuficiência de vários órgãos. 
2) INTERLEUCINA 1 (IL-1) 
• desempenha ações similares ao TNF, estimulando a resposta inflamatória. 
• A principal fonte de IL-1, assim como TNF, é formada por fagócitos mononucleares ativados. 
• Diferentemente do TNF, a IL-1 é produzida, além dos macrófagos, por neutrófilos, células epiteliais e endoteliais. 
• Age através da ligação ao seu receptor de membrana (receptor de IL-1 do tipo I), expresso por muitas celulas, 
como as endoteliais, epiteliais e leucócitos. 
3) INTERLEUCINA 6 (IL-6) 
• apresenta efeitos locais e sistêmicos, como: 
- indução da síntese hepática de diversos outros mediadores inflamatórios 
- estimulação da produção de neutrófilos na MO. 
- diferenciação de linfócitos T CD4+ em Th17, produtores de IL-17. 
• A IL-6 é sintetizada por fagócitos mononucleares, células endoteliais, fibroblastos e outras células em reposta a 
PAMP, IL-1 e TNF. 
Término da inflamação 
• O processo inflamatório é um potente meio de defesa que tem capacidade de causar dano tecidual. 
• A inflamação termina quando o patógeno é eliminado e os mediadores secretados são destruídos ou dispersos. 
• Além disso, conforme a inflamação se desenvolve, ela desencadeia vários sinais que atuam para terminar a reação: 
- liberação de citocina anti-inflamatória, o fator transformante de crescimento beta (TGF-beta), dos macrófagos e 
outras células. 
- e impulsos neurais (descarga colinérgica) que inibem a produção de TNF nos macrófagos. 
INFLAMAÇÃO AGUDA: 
• A inflamação aguda se inicia rapidamente e tem uma duração relativamente curta (minutos a horas ou dias). 
• É caracterizada por alterações vasculares e infiltração leucocitária. 
• Suas principais características são a exsudação de fluido e proteínas plasmáticas e a migração de leucócitos, 
predominantemente de neutrófilos. 
• possui três componentes principais: 
1 - alterações vasculares para aumento do fluxo sanguíneo. 
2 - alterações de permeabilidade da circulação que permitem que proteínas e leucócitos deixem essa circulação 
3 - emigração e adesão de leucócitos da circulação e seu acumulo no foco de infecção/lesão e sua ativação. 
SEVERIDADE DA REAÇÃO: a causa e o tecido envolvido podem trazer variações morfológicas nos padrões básicos: 
1) Inflamação Serosa: Inflamação leve. Há o extravasamento de um fluido com baixo conteúdo proteico e celular. 
2) Inflamação fibrinosa: Com lesões mais graves e a maior permeabilidade vascular que elas acarretam, moléculas 
maiores, como o fibrinogênio, passam a barreira vascular, formando a fibrina, que se deposita no espaço 
extravascular. Quando a fibrina não é removida (macrófagos), pode estimular a proliferação de fibroblastos, levando 
à formação de tecido de cicatrização. 
3) Inflamação purulenta: Ocorre em inflamação severa, geralmente por agente etiológico infeccioso. É caracterizada 
por um líquido amarelado, rico em neutrófilos que liberaram enzimas proteolíticas e radicais livres, e que morreram 
ao fagocitar microrganismos, formando o Pus: fragmentos celulares e microrganismos mortos. 
RESULTADOS da inflamação aguda: A inflamação aguda pode ter um de três resultados finais possíveis, que são: 
1) Resolução completa: a inflamação termina com a restauração da normalidade do local atingido por ela. 
2) Cicatrização: Ocorre quando: há grande destruição tecidual ou quando a lesão inflamatória envolve tecidos 
incapazes de se regenerar. Assim, o tecido destruído é reabsorvido e substituído por fibrose. 
3) Progressão: A transição de aguda para crônica ocorre quando não há uma resolução da resposta inflamatória 
aguda devido à persistência do agente nocivo. 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA: 
• tem uma duração maior e está histologicamente ligada a presença de linfócitos e macrófagos, à proliferação de 
vasos sanguíneos , fibrose e necrose tissular. 
• ocorre após a inflamação aguda caso a infecção não seja eliminada ou em resposta à lesão tecidual prolongada. 
• Embora os estímulos imunológicos inatos possam contribuir para o desenvolvimento da inflamação crônica, o 
sistema imune adaptativo pode também estar envolvido, já que as citocinas produzidas por linfócitos T são potentes 
indutores da inflamação. 
• é uma inflamação prolongada, que pode durar de semanas a meses. 
• Apesar de poder ser a continuação de uma inflamação aguda, a inflamação crônica frequentemente começa de 
maneira insidiosa como uma reação intensa, geralmente assintomática. 
• Esse ultimo tipo de inflamação crônica é a causa de dano tecidual em algumas das doenças humanas mais comuns, 
como a artrite reumatoide, arterosclerose, tuberculose e doenças pulmonares crônicas. 
Inflamação granulomatosa: É um padrão distinto de reação inflamatória crônica caracterizada pelo acumulo focal de 
macrófagos ativados, que gerelamente desenvolvem uma aparência semelhante ao epitélio. 
DIFERENÇAS: 
INFLAMAÇÃO  AGUDA CRÔNICA 
Agente causal  patógenos orgânicos/traumas auto-imunidade, persistência do estimulo inf. 
Cél. Envolvidas  neut., monoc., mastócitos macrófagos e linfócitos 
9 – FEBRE 
• Qualquer pessoa que tenha uma infecção grave, desenvolve efeitos sistêmicos da inflamação aguda. 
• Esses efeitos são reações às citocinas, cuja produção se deve aos estímulos inflamatórios. 
• Uma dessas alterações, em resposta da fase aguda, é a febre: 
• É caracterizada por uma elevação da temperatura corporal (1 a 4 graus). 
• uma das manifestações mais proeminentes da resposta da fase aguda, especialmente quando a inflamação está 
associada a uma infecção. 
• A febre é produzida em resposta a substancias chamadas de PIRÓGENOS, que agem estimulando a síntese de 
prostaglandinas nas células vasculares e perivasculares do hipotálamo. 
• Produtos bacterianos como o LPS (pirogenios exógenos), estimulam os leucócitos a liberarem citocinas, como IL-1 
e TNF (pirogenios endógenos), que aumentam as enzimas (cicloxigenases) que convertem o ácido aracdônico em 
prostaglandinas. 
• O mediador responsável pela regulação térmica é o hipotálamo. Ele é a principal estrutura constituída de células 
nervosas capazes de sentir a temperatura do sanguearterial e a partir de então, agir conforme necessário. 
IPC: 
• No hipotálamo, as prostaglandinas, especialmente a PGE2, estimulam a produção de neurotransmissores como o 
AMP-cíclico, que vai ativar o SNA simpático para atuar sobre anastomoses cutâneas e provocar a sua vasodilatação, 
para que assim possa aumentar a retenção de calor e aumentar a temperatura corporal. 
• A febre potencializa os mecanismos de defesa do organismo através de importantes funções como: 
- Aceleração da quimiotaxia de neutrófilos e da secreção de substancias antibacterianas (peróxidos, lisozima). 
- Aumento da produção de interferons e amplificação de suas ações antiviral e antitumoral. 
- diminuição da disponibilidade de ferro, a qual limita a proliferação bacteriana e de alguns tumores. 
- estimula a fagocitose e a apresentação de antígenos. 
- estimula a produção das proteínas do choque térmico (HSP). São proteínas que conferem proteção às células à 
própria hipertermia. 
• A febre é característica nas respostas de fase aguda. 
• Duas proteínas assumem um papel importante nessas respostas: 
- Proteína C reativa (PCR): que pode se ligar à parede celular de algumas bactérias e fungos (Opsonização, ativação 
do complemento). 
- Lectina ligadora de manose (MBL) que ativa o sistema complemento pela via das lectinas. 
10 – RECRUTAMENTO – MIGRAÇÃO DE CÉLULAS 
“Resumo: Recrutamento dos Leucócitos para os sítios de infecção” 
• O recrutamento dos leucócitos do sangue para os tecidos ocorre como parte da respostas inflamatória. 
• As citocinas TNF, IL-1 e IL-6 e as quimiocinas, que são secretadas nos sítios de infecção/lesão, têm vários efeitos 
sobre as células endoteliais, leucócitos e a MO, que, juntos, aumentam a concentração local de células que 
combatem os patógenos. 
TNF e IL-1: 
- induzem as células endoteliais a expressar a E-selectina e aumenta a expressão integrinas-ligantes (ICAM-1 e 
VCAM-1). 
- estimulam a secreção de quimiocinas por diversas células, que se ligam aos receptores de neutrófilos e monócitos 
e aumentam a afinidade das integrinas (LFA-1 e VLA-1)desses leucócitos ao seus ligantes nas superfícies endoteliais, 
estimulando o movimento direcionado de leucócitos. 
- Induzem a expressão de P-selectina nas células endoteliais (juntamente com a histamina e a trombina). 
• O resultado da maior expressão de selectinas, integrinas e quimiocinas é o aumento da adesão de leucócitos às 
células endoteliais e sua transmigração através da parede vascular. 
OBS: quantidades inadequadas de TNF(tratamento com bloqueadores de TNF), a consequência pode ser a falha do 
controle das infecções. 
• O TNF, a IL-1 e a IL-6 produzidos nos sítios inflamatórios podem cair no sangue e chegar à medula óssea, onde 
aumentam a produção de neutrófilos, aumentando o suprimento de células que podem ser recrutadas aos sítios de 
infecção. 
MIGRAÇÃO dos Leucócitos para os Tecidos 
• O tecido imunológico possui uma propriedade singular, o movimento constante e regulado dos seus principais 
componentes celulares pelo sangue e tecidos. Esse movimento tem três funções: 
1) Transportar leucócitos (mieloides) da medula óssea para locais da infecção/lesão. 
2) Transportar os linfócitos de seus locais de maturação (medula óssea ou timo) para os órgãos linfoides 
secundários, onde entram em contato com antígenos e sofrem diferenciação em linfócitos efetores. 
3) Transportar os linfócitos efetores dos órgãos linfoides secundários onde foram ativados, até os locais de infecção. 
• A migração de um leucócito para um tecido infectado/lesionado é denominada endereçamento de leucócitos, e o 
processo de movimento dessas células do sangue para os tecidos é conhecido como recrutamento. 
IPC: Para que a migração de leucócitos ocorra, é necessário que estas células sejam ativadas por estímulos externos, 
como produtos de microrganismos e células mortas. Além disso, as células endoteliais nos locais de infecção/lesão 
também são ativadas, principalmente em resposta a citocinas secretadas por macrófagos e por outras células 
teciduais nesses locais. Essa ativação endotelial resulta em aumento da adesão das células endoteliais aos leucócitos 
circulantes. 
• O recrutamento dos leucócitos depende da adesão destes aos revestimento endotelial das vênulas e do 
movimento através do endotélio para o tecido extravascular 
MOLÉCULAS DE ADESÃO DOS LEUCÓCITOS E DAS CÉLULAS ENDOTELIAIS 
• A migração dos leucócitos do sangue para os tecidos envolve um processo de adesão entre os leucócitos 
circulantes e as células endoteliais vasculares como um evento preliminar ao movimento dos leucócitos dos vasos 
para os tecidos. 
• Os leucócitos, usualmente são encontrados no centro dos vasos sanguíneos, onde o fluxo é mais rápido. 
• Em condições inflamatórias, a redução do fluxo sanguíneo permite o deslocamento dessas células para a periferia 
dos vasos, próximos ao revestimento endotelial. 
• Após a marginalização, os leucócitos necessitam se aderir ao endotélio vascular para atravessá-lo. 
• A adesão e migração de leucócitos são determinados pela ligação a moléculas específicas de adesão expressas na 
superfície endotelial. Essas moléculas podem pertencer a 3 famílias distintas: selectinas, integrinas e 
imunoglobulinas. 
• A expressão e avidez de tais moléculas, tanto sobre leucócitos quanto sobre células endoteliais, são controlados 
por mediadores químicos endógenos e exógenos. 
SELECTINAS: 
• Localizadas nas células endoteliais. 
• São moléculas de adesão que se ligam a carboidratos da membrana plasmática mediando assim a etapa inicial da 
adesão dos leucócitos circulantes com as células endoteliais. 
• As células endoteliais expressam dois tipos de selectinas: 
- P-SELECTINA: é armazenada em grânulos citoplasmáticos das células endoteliais e é rapidamente distribuída pela 
superfície da célula, em resposta a produtos microbianos, citocinas, histamina e trombina. 
- E-SELECTINA: é expressa na superfície da célula endotelial dentro de 1 a 2 horas, em resposta às citocinas IL-1 e 
TNF, bem como LPS bacteriano. 
• Os ligantes nos leucócitos que se ligam à P-S e à E-S são grupos de carboidratos complexos que contêm SIALIL. 
OBS: L-selectina: é expressa por muitos tipos de leucócitos, mas não nas células endoteliais. Atua ligando leucócitos 
a vênulas endoteliais. 
INTEGRINAS: 
• Proteínas de superfície celular dos leucócitos que medeiam a adesão dos leucócitos. 
• As integrinas mais importantes são duas integrinas expressas em leucócitos denominadas LFA-1 (antígeno 
associado a função leucocitária 1) e VLA-4 (antígeno de expressão tardia 4). 
• LFA-1 se liga à ICAM-1 (molécula de adesão intercelular 1) das células endoteliais ativadas. 
• O VLA-4 se liga à VCAM-1 (molécula de adesão da célula vascular 1) das células endoteliais ativadas, sendo 
importante para o reconhecimento dos leucócitos nos locais de inflamação. 
• MAC1: é um tipo de integrina dos monócitos, liga-se à ICAM-1 e medeia a adesão ao endotélio, além de ser um 
receptor do complemento, intensificando assim a fagocitose. 
• As integrinas respondem, após ativação em resposta a quimiocinas e sinais intercelulares, podem, através de um 
rápido aumento de sua afinidade com seus ligantes, intensificar a adesão leucócito:endotélio. 
QUIMIOCINAS: 
• Formam uma grande família de citocinas que funcionam como quimioatrantes de leucócitos, essenciais para o 
recrutamento dessas células dos vasos sanguíneos para os locais extravasculares (tecidos). 
• Os leucócitos circulantes são apresentados às quimiocinas através de seus receptores de quimiocinas, e se ligam a 
superfície endotelial através de interações com moléculas de adesão. 
• A deposição dessas quimiocinas sobre a membrana endotelial proporciona uma alta concentração

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