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1 AULA 3 – CUSTEIO VARIÁVEL E ESTOQUES CONTABILIDADE DE CUSTOS AULA 3 CUSTEIO VARIÁVEL E ESTOQUES Autor: Prof. 2 AULA 3 – CUSTEIO VARIÁVEL E ESTOQUES 3.0 INTRODUÇÃO ocê sabe como acontece a dinâmica de movimentação dos estoques e de que modo é feito o controle desses, tanto de forma física quanto financeira? Qual a metodologia que uma empresa deve escolher? E em relação aos custos, acredita que há mais de uma maneira de apurá-los ou apenas uma? Essas questões serão abordadas nesta unidade, que irá descrever e empregar ações sobre o custeio variável e os estoques e a forma de se fazer o controle físico e financeiro de todas as movimentações de mercadorias de uma empresa. Os estoques desempenham uma importante função no contexto empresarial e são responsáveis por vários aspectos cruciais para os negócios, visto que as empresas não conseguem obter todos os insumos e componentes utilizados no formato e tempo necessários. Nesse contexto, você perceberá que ocorrem entradas e saídas de mercadorias nos estoques de forma repetitiva, dentro de uma lógica baseada no processo de produção ou de vendas, que tem início com o abastecimento do almoxarifado com os produtos, através do relacionamento entre a empresa e os seus fornecedores. Assim, pela relevância que os estoques têm, o processo de operacionalizá-los de forma eficiente é essencial, e para que isso ocorra são utilizados vários critérios de avaliação, dentre eles os métodos PEPS, UEPS e pela média ponderada, que você conhecerá detalhadamente. A segunda parte desta unidade tratará, brevemente, dos tributos no Brasil, em especial sobre os impostos inseridos nos produtos para estoques, já que a tributação representa uma porção representativa e costuma gerar o maior passivo financeiro para as empresas, pois originam grandes custos tanto para essas quanto para o consumidor. Por fim, esta unidade mostrará o custeio variável, que é utilizado quando se deseja alocar com destaque o valor desse aos produtos. Nessa metodologia, os custos fixos são separados, computados como despesas do período, e também são considerados como custos variáveis. O objetivo desta unidade, depois de você conhecer todos esses temas, é de que você consiga, ao seu final: operacionalizar os critérios de avaliação de estoques pelo método PEPS; interpretar os critérios de avaliação de estoques pelo método UEPS; interpretar os critérios de avaliação de estoques pelo método da média ponderada, além de apontar brevemente os impostos inseridos nos produtos para estoques; descrever o custeio variável. v 3 AULA 3 – CUSTEIO VARIÁVEL E ESTOQUES 3.1. Critérios de Avaliação de Estoques: Método PEPS (FIFO) Você, com certeza, já ouviu falar em estoques, mas sabe como é feito o controle físico e financeiro desses ou conhece as diferentes metodologias que as empresas utilizam? Pela importância que os estoques têm no contexto empresarial, os processos de controle de entrada e saída de qualquer tipo de mercadoria precisam ser eficientes, o que leva à utilização de diversos métodos de avaliação. Neste tópico você vai conhecer o método PEPS, que faz o acompanhamento e registro das movimentações que acontecem nos estoques de vários materiais – tanto insumos quanto as próprias matérias-primas e demais mercadorias – adotando o critério de que o lote que chega primeiro deve ser comercializado ou, então, entrar no processo de produção em primeiro lugar. Espera-se que, ao final deste tópico, com a explanação que você verá, tenha capacidade de: operacionalizar os critérios de avaliação de estoques pelo método PEPS. 3.1.1. Estoques: Método PEPS (FIFO) Figura 1 – Os estoques são muito importantes para o contexto dos negócios das empresas. Fonte: Shutterstock (2014). 4 AULA 3 – CUSTEIO VARIÁVEL E ESTOQUES Até existem mecanismos administrativos e ferramentas de processo que possibilitam que os estoques sejam os mínimos possíveis, mas nem todas as organizações conseguem aplicá-los ao seu contexto. Desse modo, a utilização desses se torna importante para que as empresas possam ter os insumos e demais materiais que necessitam para atingir os seus objetivos, bem como quando necessitam armazenar os seus produtos acabados, ou seja, aqueles que irão para o mercado consumidor, mas que ainda não foram comercializados. Apesar das vantagens que os estoques proporcionam, como a possibilidade de atendimento às necessidades da produção, como no caso das matérias-primas e demais insumos, que ficam estocados esperando pelo momento de serem utilizados, e também pela proteção que a empresa obtém por tê-los no seu almoxarifado, visto que podem ocorrer falhas na entrega pelos fornecedores ou outros imprevistos, como greves de funcionários e prestadores de serviços, alta de preços e deterioração pelo transporte, são grandes geradores de custos, visto que oneram o processo produtivo pela sua existência, principalmente no aspecto da armazenagem e movimentação das mercadorias estocadas. Dessa maneira, os estoques são utilizados para atender a essas necessidades, principalmente pelo fato da existência da incerteza e dos riscos relacionados à demanda. Portanto, a análise e interpretação dos estoques no processo da contabilidade de custos são necessárias por ocorrer uma complexa movimentação de insumos e demais componentes no processo empresarial, bem como é preciso se efetuar os devidos registros desse vaivém de mercadorias. Figura 2 – O processo dinâmico dos estoques. Fonte: Marcomini (2014). 5 AULA 3 – CUSTEIO VARIÁVEL E ESTOQUES Visualize, na Figura 2, que quando o estoque é abastecido, os níveis do mesmo chegam ao limite, ou seja, existe uma grande quantidade de produtos, materiais e outros insumos à espera do momento ideal para cumprir a sua função, tanto na produção quanto no processo de vendas. Esse ponto é chamado de nível máximo de estoque. Conforme acontece o processo de produção, as mercadorias que estão nos estoques são direcionadas a esse e, como consequência, com o passar do tempo, o consumo torna-se constante e cíclico e a quantidade disponível diminui, até chegar ao seu completo esgotamento. Nesse ponto é atingido o nível mínimo de estoque ou nível zero e a empresa terá que reabastecê-lo novamente com os seus diversos fornecedores. Nesse contexto, para desenvolver a contabilidade de custos dos estoques é preciso adotar algumas ferramentas que permitem que se tenha o controle dos itens que entram e saem, já que esse setor da empresa tem grande impacto no negócio pelos custos que causa. Existem várias estratégias que podem ser implantadas com o intuito de controlar e registrar as movimentações dos estoques com vistas a ter-se o resultado adequado, dentre as quais os métodos PEPS, UEPS e média ponderada são os mais utilizados. O MÉTODO PEPS Figura 3 – A metodologia PEPS é usada na maioria dos tipos de estoques. Fonte: Shutterstock (2014). O método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai) consiste em fazer o acompanhamento e registro das movimentações que acontecem nos estoques de vários materiais, tanto insumos quanto as próprias matérias-primas e demais 6 AULA 3 – CUSTEIO VARIÁVEL E ESTOQUES mercadorias, através de procedimentos para que o lote que chega antes seja comercializado ou então entre no processo de produção também em primeiro lugar. Em períodos inflacionários elevados e duradouros, o método de avaliação de estoques mais indicado é o PEPS, pois diminui as chances de perdas com a desvalorização dos produtos.