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As diferentes escolas de classificação das plantas

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As diferentes escolas de classificação das plantas
(Evolução da Taxonomia Vegetal)
“Do hábito às moléculas”
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PORQUE NÓS CLASSIFICAMOS OS ORGANISMOS?
CLASSIFICAR é uma ação inerente ao comportamento humano e tem o sentido básico de ORGANIZAR. Classificar facilita a referência aos organismos e a transmissão de informações acerca deles.
Ex. um supermercado.
A classificação biológica é desenhada para servir as necessidades das ciências biológicas e para ser usada pelo maior número possível de pessoas que trabalham com os organismos.
Os organismos são agrupados com base em algum critério. Esses agrupamentos, visam a sistematização do conhecimento e resultam em SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO.
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ALGUNS CONCEITOS
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História da Classificação Botânica 
Theophrastus
(370-285 AC)
- Grego - 1º a deixar uma classificação escrita
- Pai da Botânica
- Discípulo de Platão e Aristóteles
- De Historia Plantarum
- Descreveu cerca de 500 taxas usando principalmente hábito (posição do ovário e fusão do perianto) 
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História da Classificação Botânica 
Pedanius Dioscoridis
(Sec. I DC)
Grego - Médico da Armada Romana
- Plantas de uso medicinal (descreveu mais de 600 plantas)
- De Materia Medica
- Vigorou até o sec. XVI
Rosa lutea: Rose
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Otto Brunfels
(1530)
Leonhart Fuchs
(1542)
Os herbalistas 
- Herbolário – aquele que conhece as plantas
- Herbanário – aquele que vende as plantas
Herbais ou herbários (herba) – as obras conhecidas
- Mito e Supertição – Plantas tinham sido oferecidas pelo criador ao homem, para que ele aproveitasse suas virtudes 
- O estudo das plantas em relação ao seu valor para o homem.
- Os primórdios da farmacognosia
- Primeiras contribuições ilustradas
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Os primeiros taxonomistas – Inicio do século XVI
Andreas Caesalpino
(1509-1603)
- Italiano - 1º taxonomista na verdadeira acepção do termo
- De Plantis (1583) – 1500 espécies
- Hábito, florais, forma de frutos e sementes
- Delimitou grupos reconhecidos até hoje (Asteraceae)
Gaspar Bauhin
(1560-1624)
Suiço - Listou mais de 6000 espécies bem como todos os sinônimos conhecidos colocando alguma ordem na confusão nomenclatura
A ele é atribuído o reconhecimento da categoria genérica e, sobretudo, a introdução da nomenclatura binomial.
- Pinax Theatri Botanici - 1623
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Joseph Pitton de Tournefort 
(1656-1708)
Francês – Levou ainda mais longe o conceito de gênero de Bauhin
Institutiones Rei Herbariae -1700 – Publicou 9000 ssp, 698 gêneros e 22classes
Sua classificação manteve-se em vigor até a publicação dos trabalhos de Lineu.
- Continuou sendo utilizada na França, país onde a obra de Lineu nunca foi inteiramente reconhecida
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Carolus Linnaeus
(1707 - 1778)
Considerado como Fundador da taxonomia moderna, botânica e Zoológica 
Sua maior contribuição foi colocar ordem na confusão de sistemas de classificação então existentes e ordenar o conhecimento produzido pelos incontáveis autores anteriores a ele
Sistema Sexual – atribuía um grande significado à então redescoberta da reprodução sexual das plantas 
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- Duas importantes obras: Genera Plantarum (1737) e Species Plantarum (1753).
-O uso de seu sistema foi muito variável – nomenclatura polinomial
- Seus discípulos (apóstolos), propagaram sua obra.
- Após a morte do filho de Lineu, sua coleção foi comprada por J.E. Smith e enviada para Inglaterra, sendo fundada a Linnean Society em 1788.
Carolus Linnaeus
(1707 - 1778)
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 SISTEMAS NATURAIS PÓS-LINEU
No final do Século XVIII, a maioria dos botânicos já tinham percebido que existiam “afinidades naturais” entre as plantas
Iniciou-se um período de oposição às “doutrina” de Lineu.
- De uma forma gradual abandonou-se:
 O uso de um único caráter para classificar as plantas
 A seleção de caracteres baseadas em teorias
- As classificações passaram a tentar refletir relações naturais e que simultaneamente, puderam ser usadas na identificação. O sistema natural tentava refletir e expressar o “plano de criação de Deus” e não linhagens 
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Michael Andanson (1727-1806) – Francês
Viajando pela áfrica tropical, cedo constatou as deficiências da taxonomia baseada num pequeno número de caracteres.
Foi um dos primeiro botânicos a advogar que um sistema de classificação deveria ser baseado no maior número possível de caracteres 
- Descreveu grupos semelhantes as atuais ordens e 58 famílias.
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Antoine Laurent Jussieu
(1748-1836)
A família Jussieu deu grandes contribuições à botânica da época:
1. Antonie (1688-1758) – Diretor do Jardim Botânico de Paris
2. Joseph (1704-1779) – Explorador e coletor da América do Sul
3. Bernard (1699-1777) – Fundador do Jardim Botânico de Versailles
4. Antonie-Laurent (1748-1836) – Fundou o Museu de História Natural de Paris
-1763 – Antonie-Laurent de Jussieu e Bernard trabalham no agrupamento natural das Plantas do Jardim.
Publicou Genera plantarum secundum ordines naturales disposita, reconhece 100 ordens de plantas (hoje famílias).
Divide o reino vegetal em três grupos:
1. Acotyledones – criptógamas e algumas momocot.
2. Monocotyledones – Monocotiledôneas
3. Dycotiledones – Dicotiledôneas e gimnospermas
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De Candolle
(1778-1841)
J.B.P. de Lamark (1744-1829) – Francês
Tentou explicar a idéia da Evolução
Família de Condolle – Franco-Suiço
Augustin Pyramus de Condolle (1778-1841)
Publicou “Theorie elementaire de la botânique” – divide as plantas em dois grupos: Acellularis (avasculares) Vasculaires (vasculares)
-Sua maior contribuição – 1816 até sua morte – “Prodromus systematis naturalis regni vagetabilis,17 vol. 7 antes de sua morte, os últimos dez escritos por diferentes autores. Tentou escrever todas as espécies de plantas, não inclui as monocotiledôneas e contam-se 58.000 espécies de dicotiledôneas agrupadas em 161 famílias. 
S.L. Endicher (1805-1849) – Alemão 
- Classificou 6800 gêneros de plantas na obra “Genera plantarum”, tendo separado as Tallophytas (algas e fungos) das Cormophytas (plantas superiores)
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Joseph Dalton Hooker
(1817-1911)
George Bentham
(1800-1884)
Benthan & Hooker
Publicaram entre 1862 a 1883 a obra “Genera Plantarum”-3 vol.
- Dividiram as Dicotiledôneas em Polypetalae (pétalas livres), Gamopetalae (pétalas fundidas) e Monochlamydae (apétalas), às quais se seguiram as Gimnospermas e Monocotiledõneas.
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- Em 24 de Novembro de 1859, Charles Darwin publica sua obra “The Origin of Species”. A teoria evolutiva teve um enorme impacto e os taxonomistas começaram a integrar conceitos evolutivos nas Classificações. Tenta-se arranjar as plantas em grupos naturais, numa seqüência evolutiva.Os sistemas de classificação, assim construídos, passam a ser designados Filogenéticos.
SISTEMAS FILOGENÉTICOS 
PÓS-DARWINIANOS
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August Wilhelm Eichler (1839-1887) – Desenvolve um novo sistema, que rapidamente é aceito por todos.
- Divide o reino vegetal em Cryptogamae – plantas sem sementes (algas, fungos, briófitas e pteridófitas) e Phanerogamae – plantas com sementes – Gimnospermas e Angiospermas (Monocotiledôneas e Dicotiledôneas).
-Não aceitou a idéia da redução secundária.
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Adolf Engler (1844-1930) – Publicou “The Natürlichen Pflanzenfamilien” – Incluem chaves e ilustrações para todas as famílias de plantas. Sistema de classificação da moda, devido ao seu valor prático e pormenores descritivos.
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 SISTEMAS FILOGENÉTICOS
- No início do século XX, a força da teoria de Darwin e o impacto da genética eram enormes e as classificações que se propunham, eram intencionalmente filogenéticas.
- Tanto filosoficamente quanto metodologicamente a Sistemática cresce em complexidade.
- Novas tecnologias vêm sendo absorvidas e adaptadas ao conhecimento biológico.
- Uma conseqüência direta e imediata é um aumento
exponencial dos dados disponíveis e a construção de metodologias que permitam analisar e correlacionar esses dados.
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Charles Edwin Bessey
(1845-1915)
- Apresentou um sistema que era uma modificação do de Benthan & Hooker, arranjou as plantas e fez inferências sobre a evolução dos caracteres morfológicos (mais e menos evoluídos), conhecidos como os 22 princípios de Bessey.
John Hutchinson (1868-1932) – Propunha um sistema de classificação semelhante ao de Bessey, mas diferindo em alguns pontos.
- Deriva as angiospermas de um hipotético ancestral denominado “proangiospérmicas” – plantas de transição entre Angiospermas e Gimnospermas.
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Robert F. Thorne
(1920- )
Taxonomista americano
Publicou – A synopsis of a putatively Phylogenétic system of Classification of Flowering Plants.
- Dados fitoquimicos, morfológicos, anatomia, micro-estrutura, embriologia, citologia ...etc...
SISTEMAS CONTEPORÂNEOS
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Rolf Dahlgren
( 1932-1985 )
Dinamarquês da Universidade de Copenhague
Publicou – 1981 - A revised Classification of the Angiosperms with Comments on the correlation between Chemical and other Character.
- Seu sistema foi mais utilizado para as Monocotiledôneas.
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Arthur Cronquist
( 1919-1992 )
-Taxonomista americano
- 1981 publica The Integrated System of Classification of Flowering Plants
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 Seqüenciamento de bases do DNA do genoma nuclear e de organelas (cloroplastos e mitocôndrias, analisados sobre as técnicas da cladísticas, trouxe novas perspectivas e abordagens na elaboração de classificação.
- O termo filogenia molecular é o estudo das relações evolutivas entre organismos, através do estudo do DNA e RNA.
Técnicas Moleculares
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Asteridae (incluindo Ericales, Primulares, Ebenales, Santalales, Apiales, Cornales e algumas Rosales
Rosidae (incluindo Violales, Malvales, e parte das Hamamelidae
Caryophyllids
Gunneraceae
Hamamelids
Ranunculids
Paleoervas II
Magnoliales
Laurales
Monocots
Paleoervas I
Ceratophyllaceae
Gnetophytes
Outras coníferas
Pinaceae
Ginkgo
Cycads
Filogenia das Angiospermas 
segundo Chase et al. 1993
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APG 1993
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APG 2003
- A qualidade mais importante de um sistema de Classificação é que ele retrate, tão fielmente quanto possível a árvore da vida.

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