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Manejo Integrado de Pragas na Fruticultura Temperada Alunas: Daniele, Maíra, Nathalia e Surian MAÇÃ - ROSACEAE Maçã • A macieira é considerada a frutífera de clima temperado mais exigente em frio para a indução do florescimento. • Produção 2011 = 1,339 milhão de ton. em uma área colhida de 38.077 ha (IBGE, 2012). * Fuji e Gala -> 800 - 1000 h frio = o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná * Com o avanço das pesquisas, foram sendo lançadas novas variedades com menor exigência de frio como as variedades Eva, Princesa, Condessa, Baronesa e Julieta. • A produção brasileira de maçã concentra-se especialmente nos três estados da região Sul. - Vacaria - Rio Grande do Sul, - Fraiburgo - São Joaquim, Santa Catarina, - Palmas, no Paraná. Maçã Pragas da Macieira I. Mosca-das-frutas II. Lagarta – enroladeira III. Grafolita IV. Ácaro-vermelho V. Burrinho-da-macieira VI. Pulgão-lanígero VII. Cochonilha escama vírgula Mosca-das-frutas Grafolita Lagarta – enroladeira Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus) • Ovos - Alongados e esbranquiçados, depositados sob a epiderme dos frutos. • Larvas – Alongadas, passam por três estádios, se alimentando da polpa das frutas. • Pupários – Oblongos e de coloração marrom. • Adultos – Coloração amarelada-castanha, com faixas características nas asas (S e V). Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus) Macho Fêmea DANOS E SINTOMAS • Deformações: Danos mecânicos resultantes da atividade de oviposição e da alimentação das larvas. • Galerias: Provocadas pelas larvas durante sua alimentação da polpa dos frutos Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus) Frutos deformados devido a oviposições Galerias no fruto MONITORAMENTO • Armadilhas – McPhail plásticas. • Atrativo – Suco de uva a 25% (1 parte de suco: 3 de água). Duração do atrativo: 1 semana. Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus) Atrativo McPhail Número de ha Número de frascos < 2 4 2 – 20 4 frascos + 1frasco a cada 2 ha > 20 14 frascos + 1 frasco a cada 5 ha Número de armadilhas - MONITORAMENTO * As avaliações devem ser realizadas 2x por semana, peneirar os insetos, e contar o n° de moscas capturadas (machos + fêmeas). * O n° de armadilhas varia em função do tamanho e localização do pomar. Importância econômica: Fraiburgo e São Joaquim (SC): perdas em torno de 0,2% e Vacaria (RS): danos até 1,0%. Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus) Período – Outubro a abril NIVEL DE CONTROLE • 0,5 mosca/frasco/dia cumulativo para a primeira pulverização. CONTROLE QUÍMICO • Iscas tóxicas (atrativo alimentar + inseticida). Diminuem a população de adultos no pomar e evitam a oviposição e o dano físico às maçãs. Aplicações são semanais. Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus) Produto Ingred. ativo Formulação Dose do Produto Decis 25 EC deltametrina (piretróide) Concentrado Emulsionável 40 ml/100 L água ELEITTO neonicotinóide + éter difenílico Dispersão de óleo 50 – 60 ml/100 L água Imidan 500 WP fosmete (organofosforado) Pó Molhável 150 – 200 g/100 L água + 5kg melaço Malathion Prentiss malationa (organofosforado) Concentrado Emulsionável 400 ml + 5kg melaço/100L água Fonte: Agrofit CONTROLE CULTURAL • A coleta e a destruição dos frutos maduros na planta ou caídos no chão devem ser realizadas para impedir a emergência de adultos das moscas-das-frutas (deverão ser colocados em uma vala, de 50 a 70 cm de profundidade, ou serem destinados à alimentação animal). - controle das moscas em plantas hospedeiras, cultivadas ou nativas, próximas aos plantios. - eliminação de hospedeiros alternativos que possam favorecer o desenvolvimento populacional da praga. Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus) CONTROLE BIOLOGICO • Técnica do Macho Estéril: são esterilizados por meio de radiação gama, para serem liberados na área de produção. • Tratamento Hidrotérmico: que consiste em imergir os frutos em água a 46ºC por 75 ou 90 minutos, para frutos com pesos até 425 g e de 426 a 650 g, com o objetivo de matar ovos e/ou larvas de moscas-das-frutas presentes. Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus) • Uso de parasitóide exótico (Diachasmimorpha longicaudata): A fêmea percebe a vibração da larva ao se alimentar e realiza a postura no interior do corpo da larva. • Na fase de pupa no solo, o conteúdo corporal é consumido pela larva do parasitóide, se transforma-se em pupa dentro do pupário da mosca. Assim, ao invés de emergir um adulto de mosca-das-frutas, emerge um parasitóide. Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus) • A largarta-enroladeira é uma das principais pragas da maçã no sul do Brasil e Uruguai. Está presente durante todo o ano com diferentes densidades populacionais, levando a diversas aplicações de inseticidas. • Culturas Afetadas: Ameixa, Maçã, Nectarina, Nespera, Pêra, Pêssego Lagarta-enroladeira (Bonagota salubricola) • Postura - forma uma massa contendo em média 40 ovos, a qual e recoberta por uma fina camada gelatinosa -> cor amarelada, mas próximo a eclosão tem cor preta. • Lagartas – 1° instar apresentam a cabeça escura e o restante do corpo de cor amarelo-claro (pode variar predominando uma cor esverdeada). Lagarta-enroladeira (Bonagota salubricola) • Pupa - Inicialmente de cor esverdeada que se altera para o marrom-escuro próximo a emergência dos adultos. • Adulto - são de coloração cinza- claro, medindo cerca 7 - 10 mm de comprimento. Em geral, os machos são menores e mais claros que as fêmeas. Pupas fêmea Pupas macho Lagarta-enroladeira (Bonagota salubricola) DANOS E SINTOMAS • As lagartas constroem abrigos aglomerando folhas, grudando-as nos frutos. Nos frutos raspam a casca na região do cálice ou do pedúnculo. Lagarta-enroladeira (Bonagota salubricola) * Partes afetadas: Folhas, Frutos MONITORAMENTO • Através de observações visuais das lagartas nas plantas ou utilizando armadilhas com auxílio de atrativos sexuais sintéticos. asa (P215-Trap Pack) diamante com grelha (P001-Trap) * Período - Agosto a maio e nos meses seguintes manter instaladas 10% das armadilhas. Lagarta-enroladeira (Bonagota salubricola) Armadilha Delta (AGROFIT, 2013) Atrativos sexuais registrados no Ministério da Agricultura NIVEL DE CONTROLE • 20 machos/armadilha/semana ou 50% cumulativo acima do nível (leitura atual + leitura anterior). CONTROLE QUÍMICO • Os inseticidas mais eficientes são o clorpyrifós e o tebufenozide (regulador de crescimento de insetos). Fenitrothion, methidathion e o phosmet podem ser utilizados com uma eficiência média. Produto Empresa Ingrediente ativo Dose do produto Agree Bio Controle Bacillus thuringiensis 0,75 a 1 kg p.c./ha Delegate Dow AgroSciences Espinetoram 15 a 20 g p.c./100 L Splat Cida Grafo Bona Isca Tecnologias Acetato insaturado; Álcool insaturado; Piretróide sintético 1 a 3 kg p.c./ha Lagarta-enroladeira (Bonagota salubricola) CONTROLE CULTURAL • Prática de raleio de frutos é de fundamental importância para diminuir a incidênciade danos ocasionados por essa praga. Reduz-se o número de frutos por cacho, minimizando o índice de danos pela alimentação do inseto, além de deixar as lagartas mais expostas à ação dos inseticidas e de inimigos naturais. • O ensacamento dos frutos também pode ser uma alternativa para o controle da lagarta-enroladeira sem afetar a qualidade do produto Lagarta-enroladeira (Bonagota salubricola) Raleio de frutos Ensacamento de frutos Lagarta-enroladeira (Bonagota salubricola) CONTROLE BIOLOGICO • Parasitoides associados ao inseto são pouco conhecidas, sendo os principais inimigos naturais pertencentes às famílias Anthocoridae, Braconidae, Chalcididae, Ichneumonidae, Tachinidae, Trichogrammatidae e Vespidae. • A espécie Itoplectis brasiliensis. • O gênero Trichogramma, apresentou um bom desenvolvimento biológico e alta capacidade de parasitismo em posturas de B. salubricola. Grafolita (Grapholita molesta) • Ovos - São redondo-ovalados e medem 0,7 mm de diâmetro. Têm coloração branca a acinzentada e são colocados isoladamente. • Lagartas – de coloração branco-creme a levemente amarelada, possuem cabeça e placa cervical negras. Nos estádios finais adquirem coloração rosada ou creme (10-12 mm de comprimento). *Culturas Afetadas: Ameixa, Maçã, Marmelo, Nectarina, Nespera, Pêra, Pêssego. • A pré-pupa tece um casulo de teia de seda em fendas da casca das árvores, nos pontos de inserção de ramos, na região da base do pedúnculo da fruta ou no solo sob a projeção da copa. • Adultos - Coloração cinza-escuro, com linhas onduladas escuras nas asas. Medem de 12 mm a 15 mm de envergadura. Os machos são menores que as fêmeas. Grafolita (Grapholita molesta) Grafolita – Mariposa Oriental (Grapholita molesta) DANOS E SINTOMAS • Danos: prejuízos causados pelas lagartas, que atacam os ponteiros, ramos e frutos. • Procuram os tecidos mais tenros para penetrar, construindo galerias no interior dos ramos, provocando murchamento e secamento. Torna os frutos impróprios para a comercialização. Grafolita (Grapholita molesta) MONITORAMENTO • Armadilhas - Delta com piso adesivo. • As armadilhas devem ser instaladas entre 1m e 1,5m do nível do solo e na periferia do pomar. • Atrativo - Feromônio sexual sintético da grafolita. *Período do monitoramento - Agosto a maio Feromônio sexual Delta com piso adesivo Grafolita (Grapholita molesta) NIVEL DE CONTROLE • 20 machos/armadilha/semana ou 50% cumulativo acima do níve (leitura atual + leitura anterior). CONTROLE QUÍMICO • Os inseticidas mais eficientes são o clorpyrifós, o tebufenozide e o fenitrothion. O methidathion e o phosmet podem ser utilizados com eficiência média Produto Empresa Ingrediente Ativo Dose do produto Agree Bio Controle Bacillus thuringiensis 0,6 a 1,2 kg p.c./ha Altacor Du Pont Clorantraniliprole 10 g p.c./100 L de água Altacor BR Du Pont Clorantraniliprole 10 g p.c./100 L de água Alverde Basf Metaflimizona 800 a 1000 mL p.c./ha OUTRAS ALTERNATIVAS DE CONTROLE • Alternativas estão em desenvolvimento, visando diminuir a aplicação de inseticidas em cobertura como o atrai-e-mata e a confusão sexual. • Na confusão sexual está sendo utilizado, ainda de forma experimental, o feromônio microencapsulado pulverizado sobre as plantas em mistura com água. Grafolita (Grapholita molesta) PÊRA - ROSACEAE Pêra • O Brasil produz apenas 17.000 toneladas anuais de peras das espécies Pyrus communis e P. serotina -> consome quase dez vezes mais = 1,2 kg por pessoa. • Quase a totalidade da pêra consumida no Brasil é importada da Argentina e Chile e em menor escala, dos Estados Unidos e da Europa. • Há dois grupos de variedades: - EUROPÉIAS: mais exigentes em horas de frio/ano - ORIENTAIS (japonesas): menos exigente ao frio e mais granulosa, arenosa. Pêra • Três de pereira são cultivadas comercialmente no Brasil: a Pyrus communis, conhecida como européia ou manteigosa; a Pyrus pyrifolia, conhecida como oriental, japonesa ou asiática; e a híbrida. européia asiática Híbrida - cultivar Carrick Pragas da Pereira I. Piolho de São José II. Ácaro vermelho europeu III. Mosca das frutas IV. Grafolita Ácaro vermelho europeu Piolho de São José • A fêmea adulta possui cor amarela, é vivípara, final de maio, dá à luz a 8 a 10 larvas por dia. O período de posturas pode durar de 6 a 8 semanas. • As larvas, móveis, fixam-se e instalam os seus estiletes nas células vegetais. Formam crostas sobre os ramos, folhas e frutos. Cochonilha - Piolho de São José (Quadraspidiotus perniciosus) *Culturas Afetadas: Maçã, Pêra, Pêssego, Uva -> não possui o estádio de ovo, depositando diretamente sob a forma de ninfas • Após duas mudas (março e maio), dão machos e fêmeas. • O pico máximo da população de larvas móveis ocorre durante o mês de maio (1° geração), enquanto na 2ª geração se verifica em Julho. Cochonilha - Piolho de São José (Quadraspidiotus perniciosus) DANOS E SINTOMAS • Sintomas: são fáceis de reconhecer, os ramos e troncos das árvores ficam revestidos por uma crosta de escama dos coccídeos. • Danos: nos frutos pintas vermelhas. Deformação dos órgãos vegetais, a queda das folhas, colorações da epiderme e perecimento dos ramos colonizados (As picadas p/ alimentação -> injeta saliva tóxica). Cochonilha - Piolho de São José (Quadraspidiotus perniciosus) Danos nos frutos e ramos MONITORAMENTO O uso de armadilhas com feromônios permite detectar a presença da praga pela Revoada dos machos na área monitorada -> instalação das armadilhas em setembro e avaliação pelo menos uma vez por semana. CONTROLE QUÍMICO • Durante o tratamento de quebra de dormência, adicionando-se ao óleo mineral um inseticida fosforado; Dispersão de ninfas. Cochonilha - Piolho de São José (Quadraspidiotus perniciosus) Produto Empresa Ingrediente Ativo Dose Iharol Iharabras Óleo mineral 1 a 2 L p.c. / 100 L de água Malathion 1000 EC Cheminova FMC - Campinas Malathion 100 mL p.c./100L água Triona Basf Óleo mineral 1 a 1,5 L p.c. / 100 L de água CONTROLE BIOLÓGICO • O controle biológico com inimigos naturais pode auxiliar na redução populacional da praga, sendo o gênero Aphytis (Hymenoptera: Aphelinidae) o mais comum. Cochonilha - Piolho de São José (Quadraspidiotus perniciosus) Ácaro vermelho europeu (Panonychus ulmi) • A fêmea adulta tem o corpo globoso, coloração vermelho-escura (deposita ~ 3 ovos p/dia -> 70 ovos durante sua vida). Os machos são cor mais clara. • Do ovo, nasce a larva de coloração alaranjada -> início da alimentação, adquire uma coloração verde-escura (varia com alimentação). As demais fases jovens apresenta 4 pares de pernas. *Culturas Afetadas: Maçã, Pêra, Pêssego, Uva • Os ovos de verão são depositados principalmente na face inferior das folhas -> cor vermelha. • Os ovos de inverno são colocados em troncos, ramos, ao redor das gemas, pontos de inserção de ramos -> cor vermelho-escura Ácaro vermelho europeu (Panonychus ulmi) DANOS • Alimentação -> insere estiletes através da epiderme folhar retirando o conteúdo celular do mesófilo. Somente as células perfuradas com os estiletes são danificadas. • Danos: bronzeamento das folhas-> diminui atividade fotossintética e favorecendo a queda prematura. Pode ocorrer também uma redução no crescimento dos ramos, queda de frutos, diminuição da coloração. Ácaro vermelho europeu (Panonychus ulmi) MONITORAMENTO • Retirar oito a dez folhas por planta em 1% das plantas do pomar, considerando uma densidade média de 1000 árvores por hectare. Contar o n° de formas móveis com o auxílio de uma lupa. Ou pela amostragem seqüencial de presença-ausência. NÍVEL DE CONTROLE • Média de três a cinco ácaros por folha, deve-se iniciar a aplicação de acaricidas. O controle deve ser iniciado quando 72% das folhas apresentarem ácaros -> p/ amostragem seqüencial de presença-ausência. Ácaro vermelho europeu (Panonychus ulmi) CONTROLE QUÍMICO • Pulverizações de acaricidas específicos, registrados para as culturas. CONTROLE BIOLÓGICO • Várias espécies nativas e introduzidas de ácaros predadores da família Phytoseiidae assumem importância no momento em que se reduz a eficiência dos acaricidas em virtude resistência. Produto Empresa Ingrediente Ativo Dose Abadin 72 EC CropChem Abamectina (avermectina) 18,75 a 25 mL p.c./100L água Acarit Adama Propargito (sulfito de alquila) 100 mL p.c./100L água Altima ISK Fluasinam (Fenilpiridinilamina) 100 mL p.c./100L água Assist Basf Óleo mineral 2 L p.c. / 100 L de água Cascade 100 Basf Flufenoxuron (benzoiluréia) 100 mL p.c./100L água Ácaro vermelho europeu (Panonychus ulmi) Videira (Vitaceae) Uva • Principais espécies comerciais do gênero Vitis: V. vinifera V. labrusca V. rupestris V. berlandiere V. rotundifolia • Zonas de maior produção no Brasil: Pragas da Videira I. Pérola-da-terra II. Filoxera III. Vespas e Abelhas IV. Traça-dos-cachos V. Cochonilhas VI. Ácaros VII. Mosca-das-frutas VIII. Formigas cortadeiras IX. Cigarrinha-das-frutíferas X. Besouros desfolhadores da Videira XI. Gorgulho do Milho XII. Lagarta-das-frutíferas Pérola-da-terra (Eurhizococcus brasiliensis) • Principal praga da Videira; • Cochonilha subterrânea que ataca as raízes; • Praga que ocorre principalmente na região Sul do país; • Prejudicial apenas no 1° e 2° instares; • Adultos desprovidos de aparelho bucal; Pérola-da-terra nas raízes. • Desenvolvem-se corpos globosos sobre as raízes, denominados cistos os quais irão se romper. • 1° instar: ocorre a liberação das ninfas móveis após o rompimento dos cistos, estas caminham de forma ativa até acharem uma raiz para se fixar e se alimentar. Eclosão das ninfas Cistos brancos Ninfas móveis • 2° instar: ninfas perdem suas pernas e permanecem no interior da cutícula, a qual se converte em uma capsula protetora com formato esférico. Fêmea móvel Cisto amarelo Macho alado Ninfas podem passar por dois instares: pré-pupa e pupa para originar machos alados que vivem no máximo dois dias, servem apenas para copular as fêmeas móveis. Pérola-da-terra: Danos e sintomas • A sucção da seiva causa: Definhamento da videira; Redução da produção; Morte das plantas; Parreirais adultos - folhas amarelecem entre as nervuras, folhas encarquilham-se para dentro, ocorrendo, queimaduras nas bordas; Baixo vigor, entre nós curtos. Folhas amareladas Pérola-da-terra: Monitoramento • Melhor época no início da brotação; • Deve-se realizar o arranque das plantas suspeitas, menos vigorosas, e observar a presença do inseto nas raízes. Pérola-da-terra: Métodos de controle • Controle cultural: Fazer análise do solo; Corrigir e adubar corretamente a área; Não utilizar áreas infestadas para plantio; Utilizar variedades e porta-enxertos resistentes; Mudas de boa procedência; Controlar plantas invasoras hospedeiras da praga; Revolver o solo, com o objetivo de expor o inseto aos raios solares. Pérola-da-terra: Métodos de controle • Controle Biológico: Mosca Prolepsis lucifer (Diptera: Asilidae); Larva de primeiro instar ataca os cistos devorando a fêmea e os ovos da praga; Em pequenas propriedades, o uso de galinhas d'Angola podem auxiliar na predação, principalmente das fêmeas ambulatórias. Larva de Prolepsis lucifer predando cistos da pérola- da-terra. Pérola-da-terra: Métodos de controle • Controle Químico: Vespas e abelhas (Synoeca syanea e Apis mellifera) • Devido à escassez de alimentos durante o verão, acabam indo buscar nos cachos de uva em maturação. • Rompem a película das bagas para sugar o suco, até secar todo o cacho; • Principais vespas e abelhas que atacam a videira: Synoeca cyanea Polistes spp. Polybia spp. Apis mellifera Trigona spinipes Vespas e Abelhas: Métodos de Controle • Controle Cultural: Plantio de áreas marginais aos vinhedos com trigo mourisco ou girassol, que florescem no mesmo período de maturação da videira; Fornecer alimentos artificias as abelhas em comedouro coletivo; Ensacar os cachos de uvas próximo à colheita; Matas próximas com reflorestamento de espécies como: eucalipto, pau marfim, cambuim, maricá, palmeiras. Filoxera (Daktulosphaira vitifoliae) • Inseto sugador de 0,3 mm a 3mm de comprimento; • Apresenta diferentes formas; • Todas as formas aparecem apenas em videiras americanas; • Este ataca folhas e raizes das plantas; Filoxera na raiz Filoxera na folha • Na primavera : eclosão das ninfas que causam galhas nas folhas; • Fêmeas galícola oviposita 500-600 ovos no interior de cada galha; • Eclosão dos ovos, podem gerar: Fêmeas galícolas (irão completar várias gerações durante o ano); Fêmeas radícolas (migram para as raizes das plantas). • Final do verão: alguns ovos de fêmeas radícolas originam formas aladas, as quais abandonam o solo e retornam para as folhas. • Esta forma oviposita 2 tipos de ovos: Um menor que é de machos ápteros; Um maior de fêmeas ápteras; Forma alada Filoxera: Danos e Sintomas • Enxertos sensíveis a galícola, forma-se galhas na superficie foliar; Este ataque impede: • Desenvolvimento das brotações; • reduz a atividade fotossitética; • Pode chegar a paralisar o desenvolvimento da planta Filoxera: Danos e Sintomas Filoxera: Danos e Sintomas • Ataque na raiz: são observadas nodosidades resultantes do intumescimento dos tecidos das radicelas. • Resultando: Em menor capacidade de absorção de nutrientes; Serve como porta de entrada para podridões de raízes; Planta reduz o desenvolvimento, podendo morrer. Filoxera na raiz Filoxera: Monitoramento • Observar a presença das galhas nas folhas principalmente dos portas enxertos; • Nas raízes observar o crescimento nos pontos de alimentação da praga. Filoxera: Métodos de Controle • Controle Cultural: Uso de porta-enxertos resistentes á praga; • Controle Químico: Não existe nenhuma forma eficaz no combate as infecções radícolas. Traça-dos-cachos (Cryptoblabes gnidiella) • É um microlepidóptero; • Mariposas: o 10 mm de comprimento e 22 mm de envergadura; o Coloração cinza; • Lagartas: o Cerca de 10 mm de comprimentoo Coloração escura. • Os adultos possuem hábitos crepusculares e noturnos, • Fêmeas: Colocam em média 110 ovos; Oviposição ocorre à noite; Forma isolada nos pedúnculos das folhas e na superfície dos frutos; O ciclo biológico (ovo-adulto) tem duração média de 36 dias; • Adultos vivem em média 7 dias. Traça-dos-cachos (Cryptoblabes gnidiella) Traça-dos-cachos: Sintomas e Danos • As lagartas podem se alojar no interior das inflorescências ou dos cachos ainda verdes, causando: Murchamento do engaço; Secamento das bagas; Queda das uvas. • Quando o ataque ocorre próximo à colheita ocorre: Rompimento das bagas; Extravasamento do suco sobre o qual proliferam bactérias que provocam a podridão ácida. Traça-dos-cachos: Sintomas e Danos Traça-dos-cachos: Monitoramento • Realizado utilizando-se armadilhas tipo delta com feromônio sexual sintético específico, visando à detecção do momento da ocorrência de insetos adultos no parreiral. • Nível de dano: Seu nível de ação ainda não foi definido. Traça-dos-cachos: Métodos de Controle • Controle Biológico: Sob baixos níveis de infestação, o controle biológico natural, realizado por parasitoides, pode impedir o aumento da população desta praga. Elachertus sp. Brachymeria pseudo Horismenus sp. Traça-dos-cachos: Métodos de Controle • Controle Quimíco: Ameixa • A ameixa é uma fruta redonda com caroço produzida por uma árvore da família das Rosáceas; • Dentre as mais de 100 variedades existentes, as mais conhecidas você encontra nas cores vermelha, amarela e roxa; • De sabor doce, ligeiramente mais ácida na parte da polpa próxima ao caroço, pode ser consumida fresca, seca ou utilizada na preparação de geleias e outros tipos de doce. Nome comum: • Ameixa; • Ameixeira; • Ameixa-vermelha; • Ameixa-amarela; • Ameixa-japonesa. Benefícios da ameixa • Ajuda a emagrecer; • Ajuda na manutenção e ganho de massa muscular; • Ajuda a manter níveis adequados de glicose no sangue; • Protege contra o envelhecimento precoce, câncer e doenças do coração; • Reduz o colesterol; • Regula o funcionamento intestinal; • Melhora a saúde dos ossos; • Previne anemia e melhora a resistência imunológica; Principais pragas na ameixeira • Grafolita ou broca-dos-ponteiros (Grapholita molesta - Lepidoptera: Tortricidae); • Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus - Diptera: Tephritidae). Grafolita ou broca-dos-ponteiros • É uma das mais importante praga da ameixeira europeia; • O dano ocorre tanto nos ponteiros quanto em frutos; • O ataque em ponteiros afeta principalmente plantas em formação enquanto que em plantas adultas esse dano apenas reduz o crescimento; • Em frutos o ataque da praga ocorre principalmente até o período de início da maturação; Monitoramento • O monitoramento é efetuado com armadilhas Delta utilizando como atrativo o feromônio sexual sintético numa distribuição de uma armadilha para 5 ha e pelo menos, duas armadilhas na área monitorada. • A troca do feromônio deve ser feito cada 30 dias e o piso adesivo quando este perder a adesividade; • As avaliações (leituras) das armadilhas devem ser efetuadas duas vezes por semana, contando os exemplares, anotando em planilha e retirando do piso adesivo os insetos presos. Controle • O controle químico é recomendado quando se observar uma captura média de 20 machos/armadilha/semana; • Quando o nível populacional estiver baixo recomenda- se o controle químico quando a soma das médias de várias semanas ultrapassar 30 machos/armadilha; • O controle deve ser efetuado sempre com produtos registrados para a cultura e obedecendo a carência dos mesmos para evitar resíduos na fruta colhida. Produto Empresa Ingrediente Ativo Agree Bio Controle Bacillus thuringiensis Altacor Du Pont Clorantraniliprole Altacor BR Du Pont Clorantraniliprole Alverde Basf Metaflimizona Antrimo TM Basf Teflubenzuron Biographolita Bio Controle álcool laurílico Biolita Bio Controle acetato de (Z)-8- dodecenila Cetro Basf acetato de (E)-8- dodecenila, acetato de (Z)-8-dodecenila COSTAR Iharabras Bacillus thuringiensis var. kurstaki cepa SA-12 Decis 25 EC Bayer deltametrina Delegate Dow AgroSciences Espinetoram Dipel WG Sumitomo Bacillus thuringiensis Produto Empresa Ingrediente Ativo ELEITTO Iharabras Acetamiprid, Etofenprox Gallaxy 100 EC Adama Novaluron Imidan 500 WP Cross Link fosmete Intrepid 240 SC Dow AgroSciences Methoxyfenozide Iscalure Grafolita Isca Tecnologias (Z)-8-dodecenol, acetato de (E)-8- dodecenila, acetato de (Z)-8- dodecenila Malathion 1000 EC Cheminova FMC - Campinas Malathion Match EC Syngenta Lufenuron Meothrin 300 Sumitomo Fenpropathrin Mospilan Iharabras Acetamiprid Mospilan WG Iharabras Acetamiprid Nomolt 150 Basf Teflubenzuron Porcel 100 EC Rotam piriproxifem Mosca-das-frutas • Ataca todas as fruteiras temperadas; • O dano na ameixa européia, quando ocorre, é observado no período de maturação dos frutos; • Na cultivar "Stanley", em vários anos de observação, foi observado um ataque muito leve da mosca-das-frutas em anos de alta população no período de maturação; • Na maioria dos anos não tem sido observado dano por mosca-das-frutas na cultivar; • Em condições de laboratório obteve-se infestação, oferecendo frutos em maturação para fêmeas em idade de oviposição. Isto define o potencial de ataque da praga demonstrando a necessidade do monitoramento para indicar a presença da praga. Danos de mosca-das-frutas • Causam deformação dos frutos; • Oviposição; desenvolvimento das larvas - Desenvolvimento larval: formação de galerias; • Deterioração da polpa; • Queda dos frutos, • Queda da produção; • Prejuízo na comercialização; • Mancha parda. Monitoramento • O monitoramento deve ser efetuado com armadilhas caça- mosca modelo McPhail utilizando suco de uva a 25% (diluído em água) ou proteína hidrolisada a 5% (diluído em água). • As avaliações devem ser realizadas duas vezes por semana, peneirando os insetos, e contando o número de moscas capturadas (machos + fêmeas); • Recomenda-se trocar o suco semanalmente e apenas completando o volume na avaliação intermediária; • O número de armadilhas deve variar em função do tamanho e localização do pomar; • Pomares pequenos requerem mais armadilhas (por exemplo, em um pomar de um ha o produtor deve instalar 4 armadilhas) assim como pomares próximo a áreas nativas. Com base no comportamento e na biologia da mosca-das-frutas, alguns aspectos devem ser observados para um correto monitoramento: • Localização no pomar: As armadilhas devem ser instaladas nas fileiras próximas às bordas do pomar, principalmente nas divisas com a mata nativa, pois os indivíduos responsáveis pelo início da infestação são provenientes de áreas adjacentes, onde existem hospedeiros nativos; É importante destacar que as armadilhas devem ser distribuídasem todos os talhões ou quadras do pomar, nos diferentes cultivares. • Altura da armadilha: as armadilhas devem ser posicionadas nas plantas a uma altura de 1,5 a 1,7m em relação ao nível do solo, evitando-se a incidência direta do sol e da chuva; • Avaliação: as armadilhas devem ser avaliadas duas vezes por semana. Para tanto, o líquido atrativo deve ser passado numa peneira para permitir a contagem dos insetos capturados. Seguir a reposição dos atrativos conforme a recomendação (Tabela 2). Controle • O controle deve iniciar quando observar-se mais de 0,5 mosca/frasco/dia e o fruto estiver na fase de maturação; • Recomenda-se aplicações de isca tóxica para reduzir a infestação; • Além da isca tóxica é necessário efetuar tratamentos complementares com inseticidas que apresentam ação de profundidade; • Aplicar somente os produtos registrados para a cultura (intervalo entre a última aplicação e colheita) e observar o residual (intervalo entre aplicação dos inseticidas) e a carência para evitar resíduos na fruta colhida. Medidas para auxiliar no controle da mosca-das-frutas dentro e fora dos pomares, recomenda-se: • Controlar plantas silvestres localizadas próximas ao pomar que sejam constantemente infestadas por mosca-das-frutas; • Retirar os frutos temporões (que crescem fora de época), evitando que eles amadureçam na planta e se tornem foco de infestação; • Eliminar do pomar os frutos caídos e os provenientes de raleio, enterrando-os a cerca de 20 a 30cm de profundidade; • Eliminar pomares que não estejam mais em produção, evitando o abandono, a fim de não torná-los focos de infestação; Nectarina • Nome botânico é Pronus pérsica nurcipersica pertencente à família Rosaceae; • São frutas semelhantes aos pêssegos e diferem-se deles por conter a casca lisa; • É uma fruta muito saborosa, de cor atraente, de formato oval ou redondo, com uma polpa suculenta, aromática e de cor amarela, branca ou avermelhada; • O nome nectarina vêm de "néctar" devido ao seu sabor delicioso e doce. • A árvore de nectarina é de pequeno porte, possuem folhas longas e estreitas, que têm margem muito finamente serrilhada; • Preferem climas quentes e secos que contenha solo arenoso e bem drenado. Benefícios á saúde • Antioxidante; • vitamina A, vitamina B3, vitamina C e potássio; • Fonte de fibras alimentares; • previnem a constipação, • reduzem o risco de se adquirir cancro de cólon. Principais pragas na nectarina Mariposa Oriental - Grapholita molesta (Busck) (Lepidoptera: Tortricidae) • O adulto é uma mariposa de coloração pardo-escura, com envergadura de asas entre 10 a 15 mm e comprimento do corpo variando de 5,5 a 7 mm; • O acasalamento ocorre ao entardecer, sendo que os ovos são depositados isoladamente na face inferior de folhas novas ou diretamente sobre ramos não lignificados; • Logo após a eclosão, as lagartas penetram nos ponteiros ou frutos; • Uma única lagarta pode se alimentar de 3 a 7 ramos diferentes na mesma planta, geralmente próximos entre si; • O ataque aos frutos pode ocorrer durante o movimento das lagartas entre ramos; • As pupas medem entre 5 e 7 mm localizando-se geralmente sob fendas da casca no tronco, na região da base do pedúnculo dos frutos ou no solo, na área de projeção da copa; • As primeiras mariposas que dão origem ao novo ciclo anual são procedentes das lagartas que passaram o inverno em diapausa; • As fêmeas iniciam a oviposição de um a três dias após o acasalamento ovipositando de 30 a 40 ovos; Fase Duração (dias) Ovo 3,1 Lagarta 12,3 Pré-pupa 3,4 Pupa 7,7 Adulto 14,8 Pré-oviposição 2 a 3 Sintomas e danos • Podem ser observados nas brotações do ano e frutos sendo a intensidade de ataque dependente da geração da praga e do período de desenvolvimento da cultura; • O dano nos ramos é significativo em pomares jovens; • O dano aos frutos pode ser provocado por lagartas desenvolvidas, oriundas das brotações e que migram para os frutos, ou por lagartas recém-eclodidas; • Um orifício de entrada relativamente grande, geralmente apresentando uma folha aderida ao mesmo; • A penetração ocorre na região do pedúnculo, sendo de difícil percepção; • No interior do fruto as lagartas formam galerias em direção ao caroço, liberando os excrementos na superfície, tornando-os imprestáveis para o comércio; • Um prejuízo adicional do ataque da mariposa oriental é o dano indireto, resultante da abertura de porta de entrada para a podridão parda causada pelo fungo Monilinia fructicola, que eleva as perdas durante a fase de amadurecimento dos frutos nos pomares e ainda durante o armazenamento. Monitoramento Armadilha Delta para monitoramento da G. molesta Flutuação populacional dos adultos da Grapholita molesta em pomares de pessegueiro na Serra do Rio Grande do Sul com indicação dos períodos de controle (PC). Bento Gonçalves, RS, 2002. Ilustração: M. Botton. Controle Mosca-das-frutas sul americana - Anastrepha fraterculus (Wiedemann) (Diptera: Tephritidae) Estágio Período (dias) Ovo 2,8 Larva 12,7 Pupa 14,1 Adulto 55,5 Ciclo biológico 29,6 Sintomas de Ataque e Danos • Os danos causados pelas larvas resultam na ação conjunta da flora bacteriana do inseto, que ajuda a desdobrar os componentes nutricionais da fruta em substratos assimiláveis pelas larvas; • Normalmente são encontradas diversas larvas dentro dos frutos atacados; • Na nectarina , a infestação larval não é perceptível externamente, pois os frutos permanecem com aspecto inalterado, mas apalpando-se, percebe-se a perda de consistência. Monitoramento • Ser instaladas cerca de 30 dias antes do período de inchamento dos frutos em locais estratégicos onde há maior probabilidade de captura; • As armadilhas devem ficar situadas preferencialmente à sombra, a uma altura entre 1,5 a 2,0 m. Recomenda-se o uso de 2 a 4 armadilhas/ha. Controle • O controle com isca tóxica deve ser iniciado assim que for observada a captura das primeiras moscas nas armadilhas; • A isca deve ser preparada com melaço (10%) ou proteína hidrolisada (5%), adicionando-se inseticidas fosforados (na dosagem recomendada em pulverização. a aplicação é feita com pulverizador empregando-se gotas grossas obtidas através do uso de bicos de maior vazão a baixa pressão, ou através da retirada do difusor, permitindo a saída de um jato contínuo; • Gasta-se de 100 a 150 mL de calda/planta, aplicada preferencialmente durante as primeiras horas da manhã, quando as moscas têm maior atividade alimentar; • A aplicação deve ser dirigida às folhas, numa faixa de cerca de 1 m de largura, em fileiras da borda do pomar e 25% das plantas de seu interior; • O intervalo entre aplicações é de 7 a 10 dias antes do inchamento e de 3 a 5 dias a partir do inchamento dos frutos. Quando a população de adultos capturados nas armadilhas ultrapassar 0,5 adultos/frasco/dia, deve ser empregado inseticidas em cobertura total visando adultos e larvas; • A coleta de frutos caídos nos pomares e a destruição de frutos silvestres hospedeiros. Cochonilha-branca- Pseudaulacaspis pentagona (Hemiptera: Diaspididae) • As fêmeas adultas são de coloração rósea e amarela, medindo de 0,8 a 0,9mm de comprimento por 1,2 a 1,3 mm de largura, sendo protegidas por um escudo, de cor branca; • Os machos adultos são alados, não apresentam aparelho bucal desenvolvido e sobrevivem não mais que 24 horas. • As fêmeas adultas iniciam a oviposição aproximadamente duas semanas após o acasalamento (25°C) e ovipositam por oito ou nove dias. Sintomas e Danos • Suga grande quantidade de seiva, enfraquecendo a planta; • Pode provocar rachaduras no tronco e ramos, permitindo a penetração de patógenos; Monitoramento • Identificação visual dos focos de infestação Controle • O método de controle mais efetivo para a cochonilha- branca é o biológico através do emprego do microhimenóptero Encarsia (Prospaltella) berlesei, que ataca os estágios ninfais e, principalmente, fêmeas jovens. • Mantendo-se os galhos podados infestados nas entrelinhas do pomar por um período de 30 a 40 dias; • Esta prática permite o desenvolvimento dos parasitóides que irão reduzir a população da praga; • Deve-se evitar apenas que os ramos podados fiquem em contato direto com as plantas, para evitar que as cochonilhas não parasitadas retornem as plantas; • Outra medida que pode ser utilizada é a escovação dos ramos infestados pelo inseto; • O controle químico da cochonilha-branca deve ser realizado pulverizando-se somente as plantas infestadas empregando-se inseticidas associados a óleo mineral ou vegetal; • O tratamento normalmente é empregado durante o inverno ou no período de ocorrência das ninfas primárias. Pulgões-Brachycaudus schwartzi • Os pulgões se reproduzem por partenogênese telítoca, sem a ocorrência de machos; • As fêmeas são vivíparas, sendo que para M. Persicae, cada uma pode gerar cerca de 80 indivíduos; • O desenvolvimento completa-se em aproximadamente 10 dias, com os insetos passando por quatro ecdises. Sintomas de ataque e danos • Encarquilhamento das folhas; • A grande quantidade de excrementos açucarados atrai formigas doceiras, formando-se uma relação de protocooperação entre estas e os pulgões; • Sobre os excrementos açucarados que são espalhados na planta, ocorre o desenvolvimento da fumagina; • No final do inverno e início da primavera os pulgões podem atacar as flores da nectarina; • O ataque é mais acentuado em períodos secos. Monitoramento • Identificação visual dos focos de infestação. Controle • De modo geral, os pulgões são muito atacados por inimigos naturais, pois vivem em colônias e tem pouca mobilidade; • Além disso, geralmente o ataque ocorre em pomares com aplicações elevadas de nitrogênio; • Por isso, o uso racional do nitrogênio mantendo as plantas sem vigor excessivo é um método de controle eficaz; • Caso seja necessário o controle químico, as aplicações devem ser direcionadas aos focos de infestação, antes que ocorra o encarquilhamento. Ácaros - Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) e Panonychus ulmi (Acari: Tetranychidae • Os ácaros vivem em colônias, ocorrendo formas jovens e adultas, especialmente na face inferior da folha, onde se localizam, principalmente junto à nervura central. Sintomas de ataque e danos • Amarelecimento das folhas; • Queda das folhas; • A incidência da praga depende das condições climáticas sendo mais intenso quando ocorrem temperaturas elevadas e longas estiagens; • Excesso de adubações nitrogenadas, grande número de aplicações de inseticidas piretróides e fosforados para o controle da grafolita e mosca-das-frutas, são fatores que favorecem o aumento populacional da praga na cultura. Monitoramento • O monitoramento deve ser realizado avaliando-se com auxílio de lupa (10 vezes) de 10 a 40 folhas/planta num total de 10 plantas/pomar. Controle • A racionalização do controle das pragas-chave, bem como a utilização de inseticidas seletivos aos inimigos naturais, favorecem o estabelecimento dos ácaros predadores, regulando a população dos ácaros fitófagos; • A manutenção de vegetação nas entrelinhas do pomar auxilia no manejo da praga; • O controle químico deve ser realizado quando forem encontradas, em média, seis formas moveis por folha. Brocas-das-rosáceas - Coleoptera: Scolytidae • Os adultos são pequenos coleópteros, de tamanho variável conforme a espécie (de 1 até 9 mm); • Apresentam corpo cilíndrico, coloração marrom-escura, quase preta e mandíbulas muito fortes e denticuladas, permitindo ao inseto penetrar na madeira; • As larvas são desprovidas de pernas, de coloração branco- amarelada, corpo arqueado, cabeça redonda e mandíbulas fortes e denteadas; • As fêmeas fazem galerias no interior do tronco e ramos, até atingirem os vasos condutores de seiva; • Outra galeria estreita, longitudinal (1,5 a 3 cm) e lateral é escavada e nela são depositados os ovos; • Quando eclodem, as larvas abrem uma galeria em direção ao exterior, havendo no final desta um alargamento onde ocorre a pupação; • Os adultos emergem da perfuração das camadas de tecidos internos e da casca. Sintomas de ataque e danos • Pequenos orifícios por onde ocorre a penetração dos insetos); • Ataque ocorre nos ramos laterais inferiores e pode generalizar-se por toda a planta; • As plantas infestadas apresentam folhas cloróticas ocorrendo um debilitamento progressivo, que pode levar a morte; • Sofreram algum tipo de estresse (excesso de produção, deficiência nutricional, baixo vigor, excesso de água no solo, geadas precoces ou tardias, etc.). Monitoramento • Não existem sistemas de monitoramento definidos; • Estes insetos são atraídos por substâncias voláteis liberadas pelas plantas, entre as quais os álcoois parecem ser os mais atrativos; • A planta sob estresse têm seu metabolismo modificado, passando a liberar metabólitos e, nessas plantas percebe-se o forte cheiro de álcool; • Tal fato reforça a idéia de que os insetos atacam preferencialmente plantas nestas condições; • Entretanto, o ataque da praga é observado através das perfurações características das espécies; Controle • Adubação balanceada; • Escolha de locais não suscetíveis a encharcamento, entre outras que visem manter um estado nutricional e sanitário adequado; • Poda e remoção dos ramos atacados evitam a disseminação da praga no pomar; • Os resíduos da poda e partes da planta atacadas devem ser queimados, para evitar que sirvam de foco de multiplicação para o inseto; • O controle químico tem demonstrado reduzida eficácia nessa praga; • Em infestações iniciais, é possível injetar inseticidas fosforados nos orifícios de entrada do inseto; • Em ataques severos pode-se utilizar pulverizações em cobertura total; • Porém, o máximo que poderá ocorrer é a mortalidade dos adultos que estejam sobre as plantas visto que os insetos que estão dentro das galerias dificilmente serão atingidos por pulverizações em cobertura. AMORA PRETA - ROSACEAE PRINCIPAIS PRAGAS I. Broca-da-amora II. Mosca-das-frutas sul-americana I. Formigas cortadeiras Os adultos medem cerca de 3mm de comprimento e possuem coloração preta com manchas brancas e marrons. Danos: formação das galerias nos ramos, destrói os tecidos internos da planta, dificultando a translocação de seiva. As plantas crescem com menos vigore os ramos começam a secar, o que levam a sua morte. Estágios do ciclo biológico de Eulechriops rubi : (A) Larva; (B) Pupa; (C) Adulto. Broca-da-amora (Eulechriops rubi) Fonte: Muller, C. É na fase de larva que a praga causa o maior dano à planta, pois ela vai abrindo galerias pode percorrer o interior da haste em sentido descendente. Fonte: Muller, C. Broca-da-amora (Eulechriops rubi) Os adultos podem ser visualizados principalmente na face abaxial das folhas da amoreira, onde se alimentam deixando pontos que necrosam e formam numerosos orifícios circulares. Fonte: Muller, C. Broca-da-amora (Eulechriops rubi) Monitoramento e manejo: É realizado através da observação da presença de galerias nas hastes, ou de adultos na face abaxial de folhas jovens. Não há nível de controle estabelecido para a praga. Devido ao potencial de dano, recomenda-se o manejo quando o inseto for observado nos pomares. Broca-da-amora (Eulechriops rubi) CONTROLE ALTERNATIVO • Indicações para o controle é a realização da poda pós-colheita, retirada dos ramos do local e posterior queima deste material. • Utilização de mudas livres que utilizem materiais vegetativos de pomares sem a presença da praga. • Outro fator importante para diminuir o dano é a realização de adubação adequada, aumentando o vigor das plantas. Broca-da-amora (Eulechriops rubi) • Os adultos medem cerca de 8 mm de comprimento, coloração amarelada e asas maculadas. • Os ovos são postos no interior dos frutos, levemente curvados e de coloração branca. Geralmente são postos de 1 a 3 ovos por cavidade. Fonte: Nava, D. Mosca-das-frutas sul-americana (Anastrepha fraterculus) Danos: O principal dano causado é devido à oviposição realizada nos frutos. Ocorrendo o extravasamento do líquido, escurecimento e apodrecimento, o que inviabiliza o consumo. Além disso, quando a amora-preta é colhida contendo larvas de mosca, estas tendem a deslocar-se para a superfície no fruto em baixas temperaturas (câmaras-frias de transporte, por exemplo). Mosca-das-frutas sul-americana (Anastrepha fraterculus) Monitoramento • O monitoramento pode ser realizado por meio de armadilhas bola contendo suco de uva ou proteína hidrolisada (5%) como atrativo. • Podem ser confeccionadas pelo produtor com garrafas PET perfuradas. Mosca-das-frutas sul-americana (Anastrepha fraterculus) * As principais medidas para o manejo da mosca nos pomares é a prevenção. Produtos químicos: 200 a 300 g/ha 1,0 litro/ha Mosca-das-frutas sul-americana (Anastrepha fraterculus) • As formigas cortadeiras, tanto as saúvas (Atta spp.) quanto as quenquéns (Acromyrmex spp.), são pragas importantes para a cultura na fase de implantação do pomar Formigas cortadeiras Monitoramento e manejo • O monitoramento deve ser realizado através de observações diárias do produtor, verificando a presença de formigas, trilhas, plantas danificadas ou formigueiros. • Dentre os principais métodos de controle de formigas, destacam-se as iscas formicidas e o emprego de inseticidas em pó. • A aplicação deve ser realizada com tempo seco para evitar que ocorra degradação dos grânulos devido à umidade Formigas cortadeiras Danos Os danos causados pelas saúvas são facilmente reconhecidos pelo tipo de corte que elas fazem nas folhas, em formato de meia-lua ou arco, como pela desfolha completa da copa. Formigas cortadeiras Produtos químicos 20 a 40 mL/ha 6 a 10 g/m² de solo revolvido pelas formigas Formigas cortadeiras PÊSSEGO - ROSACEAE I. Cochonilha-branca-do-pessegueiro II. Pulgões-do-pessegueiro III. Lagarta-das-fruteiras IV. Mosca-das-frutas sul americana V. Mariposa Oriental PRINCIPAIS PRAGAS Mariposa Oriental (Grapholita molesta) Danos • Orifício de entrada com uma folha aderida ao mesmo. No interior do fruto as lagartas formam galerias em direção ao caroço, liberando os excrementos na superfície, tornando-os imprestáveis para o comércio. Controle químico Mariposa Oriental (Grapholita molesta) 300 a 600 g/ha 500 a 600 mL/ha Mosca-das-frutas sul americana (Anastrepha fraterculus) Controle químico 400 mL/ha 200 a 300 g/ha Lagarta-das-fruteiras (Argyrotaenia sphaleropa) Sintomas e danos: As lagartas raspam a epiderme dos frutos geralmente na região de inserção do pedúnculo ou em locais de contato entre folhas e frutos, abrindo porta de entrada para doenças fúngicas. Fonte: M. Botton Lagarta-das-fruteiras (Argyrotaenia sphaleropa) Monitoramento: é realizado com armadilhas de feromônio sexual no Uruguai. No Brasil, o feromônio do inseto não está disponível comercialmente estando ainda em fase de pesquisa. A presença da praga nos pomares é observada na colheita, estimando-se o nível de perda nos pomares. Lagarta-das-fruteiras (Argyrotaenia sphaleropa) Produtos químicos 500 g/ha 200 a 300 g/ha Lagarta-das-fruteiras (Argyrotaenia sphaleropa) Cochonilha-branca-do-pessegueiro (Pseudaulacaspis pentagona) Danos: A cochonilha branca suga grande quantidade de seiva, enfraquecendo a planta podendo provocar rachaduras no tronco e ramos, permitindo a penetração de patógenos. Os focos de infestação são facilmente reconhecidos devido à cor esbranquiçada característica dos machos. Plantas altamente infestadas pelo inseto podem morrer. Monitoramento: Identificação visual dos focos de infestação Controle: O método de controle mais efetivo para a cochonilha- branca é o biológico através do emprego do microhimenóptero Encarsia (Prospaltella) berlesei, que ataca os estágios ninfais e, principalmente, fêmeas jovens. Cochonilha-branca-do-pessegueiro (Pseudaulacaspis pentagona) *Pulverizando-se empregando-se inseticidas associados a óleo mineral ou vegetal. Produtos químicos 20 litros/ha 15 a 20 litros/ha Cochonilha-branca-do-pessegueiro (Pseudaulacaspis pentagona) Pulgões-do-pessegueiro (Brachycaudus schwartzi) Danos • Os pulgões sugam a seiva das plantas, principalmente nas zonas de crescimento, provocando o encarquilhamento das folhas. • As formigas se alimentam dos excrementos açucarados e atuam dispersando e protegendo as colônias de seus inimigos naturais. • O ataque é mais acentuado em períodos secos. Monitoramento: Identificação visual dos focos de infestação Controle: De modo geral, os pulgões são muito atacados por inimigos naturais, pois vivem em colônias e tem pouca mobilidade. Além disso, geralmente o ataque ocorre em pomares com aplicações elevadas de nitrogênio. Pode ser utilizado como controle alternativo, água de fumo. Pulgões-do-pessegueiro (Brachycaudus schwartzi) Produtos químicos 250 a 500 mL/ha 35 a 40 kg/ha Pulgões-do-pessegueiro (Brachycaudus schwartzi) Referências <http://www.unisalesiano.edu.br/salaEstudo/materiais/p296 820d7717/material2.pdf> Acesso em 29 de Outubro de 2017. https://www.agrolink.com.br/culturas/problema/lagarta-das- fruteiras_2934.html > Acesso em 29 de Outubro de 2017. <https://www.agrolink.com.br/culturas/problema/acaro-da- macieira_2032.html> Acesso em 29 de Outubro de 2017. <https://www.agrolink.com.br/culturas/problema/mariposa- oriental_1505.html> Acessoem 29 de Outubro de 2017.
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