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ANÁLISE SISTÊMICA E INTELIGÊNCIA COMPETITIVA NA INDÚSTRIA Jackson Schirigatti G es tã o A N Á L IS E S IS T Ê M IC A E I N T E L IG Ê N C IA C O M P E T IT IV A N A I N D Ú S T R IA Ja ck so n S ch iri g at ti Curitiba 2018 Análise Sistêmica e Inteligência Competitiva na Industriaú Jackson Schirigatti Diagramação Evelyn Caroline dos Santos Betim Sumário Carta ao Aluno | 5 1. Introdução a Análise Sistêmica e a Inteligência Competitiva | 7 2. Análise do ambiente externo setorial | 23 3. Análise ambiental SWOT e os movimentos competitivos | 31 4. Planejamento Estratégico x Administração Estratégica | 43 5. Missão e Visão | 51 6. Estratégia direcionada para compradores e fornecedores | 57 7. Análise Estratégica para competitividade, produtividade, criatividade e inovação | 67 8. Fonte de dados para mensuração de produtividade e competitividade. | 81 Referências | 89 Prezado(a) aluno(a), Em nossa disciplina iremos compreender como a análise sistêmica e a inteligência competitiva podem trazer grandes benefícios com a articulação das estratégias na competitivi- dade empresarial. As oito etapas do estudo da disciplina forne- cerão métodos, ferramentas e orientações práticas para auxiliar na compreensão da análise macroambiental, setorial, interna e externa da organização, para assim definir, analisar e colocar em prática as estratégias competitivas de acordo com o negócio. No primeiro momento iremos realizar uma introdução à análise sistêmica e a inteligência competitiva visando compreender os cenários hipercompetitivos e o ritmo da competição das indús- Carta ao Aluno – 6 – Análise Sistêmica e Inteligência Competitiva na Indústria trias. Em um segundo momento, iremos apresentar metodologias e ferra- mentas para investigar e analisar estes cenários hipercompetitivos, bem como o ambiente interno e externo da empresa. Veremos a importância da compreensão das forças internas e externas que influenciam e afetam o negócio da organização e a geração de ações estratégicas ofensivas e defensivas de crescimento, desenvolvimento, manutenção e sobrevivên- cias para o combate as forças ambientais. Após a compreensão das for- ças ambientais, veremos neste contexto de influencias, os movimentos competitivos de ataque e defensivos e como os movimentos competitivos podem trazer vantagem competitiva a organização. Finalmente nas últi- mas aulas iremos compreender como as estratégias de diferenciação e de redução de custo podem dar a empresa um posicionamento exclusivo com relação ao concorrente. O autor.1 1 jacksonschirigatti@hotmail.com.br, Minha formação e trajetória acadêmica e empresarial são direcionadas para as áreas de sistemas e negócios. Sou formado em Sistemas de Informação, especialista em Engenharia de Negócios, especialista em Tutoria e gestão em EAD, Mestre em Engenharia Elétrica pela UFPR, e pós-graduando em Gestão de TI. Atualmente professor de graduação e pós-graduação nas áreas de sistemas de informação, gerenciamento de projetos e qualidade da informação. Autor de vários livros didáticos nas áreas de Educação, gerenciamen- to de projetos em banco de dados, metodologias ágeis e Lean de desenvolvimento de software e Gerenciamento de transações e concorrência de banco de dados. No campo empresarial atuei como programador de sistemas corporativos, analista de sistemas e analista de negócios em vários ramos industriais. 1 Introdução a Análise Sistêmica e a Inteligência Competitiva Introdução a Análise Sistêmica e Inteligência Competitiva Análise do ambiente externo setorial Análise ambiental SWOT e movimentos competitivos Planejamento Estratégico x Administração Estratégica Nesta aula veremos como a competitividade nos dias atuais se comporta e quais as suas origens. Na sequencia veremos a importância da formulação das estratégias neste cenário hiper- competitivo. Esta formulação depende de uma compreensão e visão sistêmica do processo de análise do ambiente de ameaças e oportunidades. Veremos que tal ambiente é composto de fatores de influência para o ambiente de negócios, contudo as empresas necessitam analisar estes fatores e questionar sobre o motivo da sua existência e sobre o seu negócio. Somente assim será possí- vel determinar ações para que se possam alcançar os objetivos propostos, superar os desafios do mercado e da concorrência e atingir o desempenho adequado. Este contexto de diagnóstico e análise ambiental, o planejamento e a formulação de ações futu- ras é a forma do pensar sistematicamente. Em outro momento iremos compreender a importância do planejamento estratégico Análise Sistêmica e Inteligência Competitiva na Indústria – 8 – empresarial e da administração estratégica para o desempenho da organi- zação e como os processos de análise, formulação de estratégias e objeti- vos estão inseridos nesta técnica de planejamento e administração. A análise sistêmica ou pensamento sistêmico vem do conceito de pensar de forma sistêmica ou perceber as organizações como sistemas abertos. A teoria que trata este contexto chama-se Teoria Geral de Siste- mas formulada por Karl Ludwig Von Bertalanffy (1950) coma publicação The theory of open system in physiscs and biology que influenciou as escolas da administração e que envolve princípios unificadores das diver- sas ciências (naturais ou sociais) com o objetivo da unidade da ciência. Os principais princípios da TGS é que os sistemas existem dentro de sis- temas, que estes sistemas são abertos, ou seja, “que os sistemas abertos são caracterizados por um processo de intercâmbio infinito com o seu ambiente para trocar energia e informação” (CHIAVENATO, 2002, p. 321). E que as funções de um sistema dependem de sua estrutura, ou seja, cada sistema tem um objetivo na intercambialidade com o outro sistema dentro do meio ambiente. A TGS considera que as organizações são sistemas que transformam insumos (recursos) em produtos e/ou serviços e que as partes do sistema ou departamentos se inter-relacionam, sofrendo intervenções e intervindo no ambiente externo e interno (FARIAS, 2013, p. 27). Da teoria Geral de Sistemas advém a teoria da contingência, que segundo CHIAVENATO (2011) apud FARIAS (2013, p. 27) ela apresenta os aspectos como: 2 A organização é um sistema aberto; 2 As características organizacionais apresentam interação entre si e com o ambiente; 2 As características ambientais funcionam como variáveis inde- pendentes, enquanto as características organizacionais são vari- áveis dependentes. A variável independente no sistema contingencial é o ambiente geral, vasto e complexo, fora da organização, também denominado macroam- biente, comum a todas as organizações de características: tecnológicas, econômicas, políticas, legais, ecológicas, culturais e demográficas. – 9 – Introdução a Análise Sistêmica e a Inteligência Competitiva 1.1 Introdução à natureza e ao ritmo da competição das indústrias No século XXI a natureza fundamental e o ritmo da competição em várias indústrias no mundo estão se alterando, isto devido aos avanços da tecnologia globalizada, das redes de comunicação e das mudanças tec- nológicas. Os gestores devem adotar uma nova mentalidade, há da valo- rização da flexibilidade, velocidade, inovação, integração e dos desafios devido as constantes mudanças. O quadro 1 apresenta uma comparação entre os principais paradigmas para o Século XX e Século XXI. Quadro 1 – Comparação entre os principais paradigmas entre o Séc. XX e XXI: Paradigmas para o Século XX Paradigmas para o Século XXI Estabilidade, previsibilidade Descontinuidade, melhoria contínua. Porte e escala