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SIGLAS MAIS USADAS: 
Tto = tratamento 
DD = diagnóstico dieferencial / decúbito dorsal 
DL = decúbito lateral 
DV = decúbito ventral 
Rot ext = rotação externa 
Rot int = rotação interna 
EF = exame físico 
QC = quadro clínico 
EIAS = espinha ilíaca antero-superior 
EIAI = espinha ilíaca antero inferior 
Artic = articulação 
Lig = ligamentopa 
ADM = arco de movimento 
LCA = ligamento cruzado anterior do joelho 
LCP = ligametno cruzado posterior do joelho 
LCL = ligamento colateral lateral do joelho 
LCM = ligamento colateral medial do joelho 
 
 
NÍVEIS DE EVIDÊNCIA 
PARA ESTUDOS 
PROGNÓSTICOS 
 
I: 
- estudo prospectivo de alta qualidade 
- todos os pacientes incorporados ao 
estudo no mesmo ponto na doença 
- >80% de seguimento dos participantes 
do estudo 
II: 
- estudo retrospectivo de alta qualidade 
- controles não tratados de um ensaio 
controlado randomizado 
- estudo prospectivo de menor qualidade 
- pacientes incorporados ao estudo em 
diferentes pontos na doença 
- < 80% de seguimento dos participantes 
do estudo 
- revisão sistemática de estudos de nível I 
 
III: estudo de caso-controle 
 
IV: série de casos 
 
V: opinião de especialista 
 
 
EMBRIOLOGIA 
 
O sistema esquelético desenvolve-se do 
mesoderma. O mesoderma de cada lado da linha 
média forma blocos de células para originar os 
somitos, uma série de segmentos repetidos ao longo 
do eixo do embrião. Cada somito se diferencia em 
uma parte ventromedial (o esclerótomo) e uma 
parte dorsolateral (o dermomiótomo). Por volta da 
4a. semana, células do esclerótomo tornam-se 
polimorfas e formam um tecido frouxo, o 
mesênquima, ou tecido conjuntivo embrionário. 
Ocorre ossificação endocondral, e com a formação 
dos gomos vasculares ocorre migração das células 
osteoprogenitoras que se diferenciam em 
osteoblastos e formam os primeiros núcleos de 
ossificação (8a. semana). 
 Os modelos de cartilagem crescem de forma 
aposicional (largura) e intersticial (comprimento). 
 A medula é formada por reabsorção da parte 
central de cartilagem por invasão de células 
mielóides precursoras trazidas por gomos capilares. 
 Os centros secundários de ossificação se 
desenvolvem nas extremidades dos ossos formando 
os centros epifisários de ossificação (placas de 
crescimento), que são responsáveis pelo crescimento 
longitudinal de ossos imaturos. Durante este estágio 
de desenvolvimento, surge uns suprimentos arteriais 
rico, compostos por uma artéria epifisária (que 
termina na zona proliferativa), artérias metafisárias, 
artérias nutrícias e artérias pericondrais. 
 
 
O OSSO 
 
O osso é formado por tecido conectivo 
especializado. Sua medula dá origem a células do 
sangue e sua substância compacta acumula íons de 
cálcio e fosfato. 
 O osso formado onde não existe é chamado de 
osso heterotópico. 
 
Ossos longos: são os quais o comprimento excede a 
largura e a espessura. O corpo é chamado de 
diáfise e as extremidades de epífise. As epífises de 
um osso em crescimento são cartilaginosas e 
quando já tem ossificação são separados da diáfise 
por um disco epifisial cartilagíneo. A parte mais 
larga adjacente ao disco epifisial, e que contém a 
zona de crescimento é chamada de metáfise. A 
epífise e a metáfise consistem de anastomoses 
irregulares das traves ou trabéculas formando o osso 
esponjoso ou retinacular. 
 A diáfise do osso longo é envolvida por uma 
lâmina de tecido conectivo chamado periósteo, que 
é formado por uma camada fibrosa externa e outra 
camada interna celular osteogênica. 
 A superfície interna do osso é forrada por uma 
camada celular chamada de endósteo. 
 
Ossos curtos: suas dimensões são iguais, 
encontrados nas mãos e nos pés e formado por osso 
esponjoso e medula óssea. 
 O osso sesamóide é um tipo de osso curto 
alojado na intimidade de tendões ou cápsulas 
articulares. Alguns servem para alterar o ângulo de 
tração do tendão. 
 Os ossos acessórios são os que não estão 
presentes regularmente. 
 
Ossos planos: compreendem as costelas, o esterno, 
a escápula e alguns ossos do crânio. São delgados e 
comumente recurvados. 
 
Ossos irregulares: são os que não estão incluídos em 
outra classificação (ossos do crânio, vértebras e os 
ossos da bacia). São constituídos de osso esponjoso 
envolto por uma delgada lâmina de osso compacto. 
 
TIPOS: 
Osso lamelar cortical: 
Osso lamelar esponjoso: 
Osso entrelaçado imaturo: 
Osso entrelaçado patológico: 
 
BIOLOGIA CELULAR: 
Osteoblastos: 
Osteócitos: 
Osteoclastos: 
Células progenitoras: 
 
MATRIZ: 
 
REMODELAÇÃO ÓSSEA: 
Lei de Wolff: o osso remodela em resposta ao 
estresse mecânico. O aumento do estresse mecânico 
leva a um ganho significativo de osso. 
 Removendo o estresse mecânico externo pode 
levar à significante perda óssea, no qual é reversível 
em casos de remobilização. 
 
Cargas piezoelétricas: o osso remodela em resposta 
a cargas elétricas. O lado que sofre compressões é 
eletronegativo, estimulando osteoblastos. O lado 
que sofre tensão é eletropositivo, estimulando 
osteoclastos. 
 
Lei de Hueter-Volkmann: 
 
VASCULARIZAÇÃO ÓSSEA: 
Anatomia: 
 
Fluxo: o fluxo arterial de osso maduro é centrífugo, 
resultado do efeito da alta pressão do sistema 
arterial nutrício (sistema endosteal), e a baixa 
pressão do sistema periosteal. 
 No caso de fraturas completamente deslocadas 
com ruptura do sistema endosteal, o gradiente de 
pressão inverte, tornando o fluxo centrípeto. 
 Nos ossos imaturos o sistema é centrípeto, pois 
o periósteo é altamente vascularizado. 
 
OSTEOGÊNESE: todos os ossos começam como 
proliferação do mesênquima, que aparece cedo no 
período embrionário. 
 
Ossificação endocondral: a maioria dos ossos, se 
desenvolve como ossos cartilagíneos. As 
proliferações mesenquimais (com células 
indiferenciadas) se condrificam, e suas células 
depositam matriz cartilagínea (se diferenciando em 
condrócitos) e formam cartilagens hialinas que têm a 
forma dos futuros ossos. A matriz se mineraliza e é 
invadida por gomos vasculares que trazem células 
osteoprogenitoras. Os osteoclastos reabsorvem a 
cartilagem calcificada, enquanto os osteoblastos 
formam o osso. 
Essas cartilagens são, então, substituídas por 
osso. O osso refaz o modelo cartilaginoso (ele não é 
convertido!!). 
 Exemplos de ossificação endocondral: 
- formação embriogênica de osso longo 
- crescimento longitudinal (fise) 
- calo fraturário 
- osso formado com uso de matriz óssea 
desmineralizada 
A fise é formada por 2 placas de crescimento, 
uma horizontal (fise propriamente dita) e outra 
esférica (permite crescimento da epífise). As 2 
placas tem o mesmo padrão de zonas, porém a 
esférica é mais desorganizada. As zonas de 
cartilagem da fise são: 
- de reserva ou germinativa: camada mais 
próxima da epífise. Serve para estoque e 
produção de matriz. 
- proliferativa: serve como proliferação de 
condrócitos (crescimento longitudinal), e 
também produção de matriz. 
- de maturação ou hipertrófica: faz a 
mineralização normal da matriz na zona 
mais baixa. Os condrócitos crescem (5x 
seu tamanho), acumulam cálcio em suas 
mitocôndrias e então morrem (soltando 
cálcio das vesículas da matriz). É 
subdividida em: 
o zona de maturação 
o zona degenerativa 
o zona de calcificação 
- de ossificação 
A periferia da fise é composta por 2 
elementos: 
- canais de Ranvier: supre condrócitos 
para a periferia da placa de crescimento 
para o crescimento lateral 
- anel pericondral de LaCroix: tecido denso 
e fibroso que é a primeira barreira que 
ancora e suporta a periferia da fise 
Existem 2 tipos de epífises nas extremidades 
dos ossos, as de pressão e as de tração (também 
chamadas de apófises). 
As fises são estabilizadas externamentepor um 
resistente anel pericondral e internamente por 
ondulações correspondentes aos processos 
mamilares. 
 
Ossificação intramembranosa: nos ossos 
membranosos (como a clavícula, mandíbula e alguns 
ossos do crânio) as células indiferenciadas se 
agregam em camadas ou membranas e diferenciam-
se em osteoblastos que depositam a matéria 
orgânica (matriz) que se mineraliza (chamada 
osteóide). Os sais ósseos são, então, depositados na 
matriz. 
 A ossificação ocorre sem o modelo 
cartilaginoso. 
 
 
A CARTILAGEM 
 
É um tecido conectivo resistente e elástico, 
composto de células e fibras dispostas numa matriz 
intercelular firme e gelatinóide. 
 Um grupo de células se desenvolve de uma 
simples célula precursora, chamada de condroblasto. 
Um componente importante da matriz é um 
mucopolissacarídeo, que é um dos ácidos 
condroitino-sulfúricos. As células da cartilagem 
(condrócitos) estão situadas em lacunas, algumas 
vezes isoladamente, outras vezes em grupos. 
Na cartilagem adulta não há nervos e, 
usualmente, também faltam vasos sangüíneos. As 
substâncias nutritivas devem, portanto, difundir-se 
pela matriz, para alcançarem as células. Ao contrário 
dos ossos, a difusão é muito precária nas cartilagens 
calcificadas. Quando a cartilagem se calcifica, os 
condrócitos geralmente morrem e a cartilagem é 
reabsorvida e substituída por osso. 
As fibras implantadas na matriz são colágenas 
ou elásticas. A natureza e o arranjo dessas fibras 
são, parcialmente, a base da classificação da 
cartilagem em três tipos: hialina, fibrosa 
(fibrocartilagem) e elástica. 
 
 
ARTICULAÇÕES 
 
Termo usado para as conexões existentes 
entre partes rígidas do esqueleto (osso ou 
cartilagem). 
 Variam em estrutura e forma e são 
especializadas para desempenhar determinadas 
funções. 
 
TIPOS: 
Fibrosas: os ossos estão unidos por tecido fibroso, 
sendo elas as suturas e sindesmoses 
 
Cartilagíneas: também chamado de sincondrose 
representa uma união temporária. A maioria das 
articulações de cartilagem hialina se oblitera, sendo 
substituída por osso. As articulações 
fibrocartilagíneas são unidas por fibrocartilagens, 
como a sínfise púbica e entre os corpos das 
vértebras 
 
Sinoviais: frequentemente denominados diartroses, 
possuem uma cavidade que permite movimento. Os 
ossos são cobertos por cartilagem (geralmente 
hialina) e unidos por cápsula e ligamentos. A cápsula 
é forrada por tecido conectivo vascularizado 
(membrana sinovial), que produz o líquido sinovial, o 
qual ocupa a cavidade articular. Os tipos são: 
- plana: superfícies planas. Permitem 
deslizamentos em qualquer plano ou a torção 
de um osso sobre o outro 
- gínglimo (dobradiça): articulação uniaxial, com 
movimento em um plano 
- condilar: consiste de duas superfícies 
articulares distintas. Embora semelhante ao 
gínglimo, permite outras modalidades de 
movimento 
- elipsóide: se parece com o esferóide, 
possuindo um eixo longo e outro curto. A artic 
radiocárpica é um exemplo 
- esferóide (enartrose): a superfície esferóide 
move-se dentro de um “receptáculo”, segundo 
3 eixos. 
- pivô: é uniaxial, tendo um osso girando dentro 
de um anel ósseo ou osteoligamentar (como a 
radio ulnar proximal) 
- selar: a artic tem forma de sela e é biaxial 
(como a carpometacárpica do polegar) 
 
 
OUTROS TECIDOS 
 
 
MÚSCULOS: 
 
TENDÕES: são constituídos de fibroblastos maduros 
(tenócitos) envolvidos numa matriz de colágeno, 
mucopolissacarídeos e glicoproteínas. 
 Os tenócitos e as fibras de colágeno estão 
alinhados em feixes compactos, circundados por 
colágeno de revestimento (endotendão). Os feixes 
são cobertos por tecido conectivo frouxo 
(epitendão). O tendão é envolvido por uma camada 
denominada paratendão, que é penetrado por uma 
série de vínculas transversas que servem como 
condutores de vasos sangüíneos. 
 
BOLSAS: do latim bursa, são sacos de tecido 
conjuntivo de superfície interna escorregadia e 
cheias de líquido sinovial, estão presentes onde os 
tendões sofrem atrito com os ossos, ligamentos ou 
outros tendões. 
 
FÁSCIA: 
 
LIGAMENTOS: 
 
NERVO: 
 
 
 
A MARCHA 
(Exame Físico em Ortopedia) 
 
 A locomoção humana tem o objetivo de 
translar o corpo de um lugar para o outro por meio 
da marcha. 
 O ato de caminhar é uma atividade dinâmica e 
repetitiva; ele ocorre em uma seqüência rítmica 
definida de eventos que acontecem durante o ciclo 
da marcha e que, se dentro dos parâmetros de 
normalidade, são processados de maneira 
relativamente fácil, com um gasto mínimo de 
energia. 
 ainda pode ser definida como “uma ação 
recíproca constituída de perda e recuperação do 
equilíbrio, na qual o centro de gravidade do corpo 
muda constantemente”. 
 
COMPONENTES DA MARCHA: 
Ciclo da marcha: período em que o calcâneo toca o 
solo e o próximo impacto do calcâneo do mesmo 
membro. 
 
Comprimento da passada: distância percorrida por 
um ciclo da marcha. 
 
Comprimento do passo: distância que vai do 
calcâneo de um pé ao calcâneo do pé oposto, 
durante a fase de apoio duplo dos pés (aprox. 
metade do comprimento da passada). 
 
Cadência: número de passos/minuto. 
 
Velocidade da marcha: velocidade de movimento em 
uma mesma direção em centímetros/segundo. 
 
Centro de gravidade: é o ponto no corpo no qual 
pode-se considerar concentrado seu peso. 
 
FATORES QUE ALTERAM A MARCHA: padrão 
individual, influências sociais e ambientais, forças 
externas (como a fricção do solo), processos 
patológicos, mecanismos de defesa, entre outros. 
Ainda pode ser afetada por mecanismos corporais 
como: balanço do tronco, balanço dos braços, 
movimento da cabeça e também depende de vários 
reflexos (postural, labiríntico e de endireitamento). 
 
CICLO DA MARCHA: é feito em duas fases: 
- fase de apoio: quando o pé está em contato 
com o solo e o MI está apoiando todo ou parte 
do peso do corpo. Ocupa cerca de 60% do 
ciclo. 25% de todo o ciclo se dá com ambos os 
pés apoiados. Ainda se subdivide em: 
o apoio do calcanhar 
o aplanamento do pé: 
o acomodação intermediária: fase 
em que a pessoa está equilibrada 
sobre a perna de apoio. O joelho 
se torna estendido. 
o desprendimento do calcanhar (fase 
de impulso): 
o desprendimentos do hálux e dos 
dedos (fase de impulso): 
- fase de oscilação: quando o pé não está 
tocando o solo. Ocupa 40% do ciclo e 
subdivide-se em: 
o aceleração (balanço inicial): é feita 
flexão máxima do joelho e do 
quadril, encurtando o membro e 
evitando que ele toque no chão 
o oscilação intermediária (balanço 
médio): começa quando o membro 
ultrapassa o membro oposto em 
apoio; o joelho estende, e o trajeto 
do pé é um arco de balanço para 
frente. Esse período ocupa 80% da 
fase de oscilação 
o desaceleração (balanço final): é 
quando a gravidade e a 
musculatura travam suavemente o 
movimento de balanço e termina 
quando o calcâneo toca o solo 
 
CENTRO DE GRAVIDADE: situa-se na intersecção 
do plano frontal com o sagital, a 55% da sua altura 
no plano transverso a partir do solo (5cm adiante de 
S2). 
 
Deslocamento vertical: o centro se desloca 
verticalmente durante a marcha por 4,5cm e sua 
altura mínima ocorre no momento do choque do 
calcanhar, e a altura máxima na fase de 
acomodação intermediária 
 
Deslocamento horizontal: o centro também se 
desloca lateralmente por cerca de 4,3cm. O 
deslocamento se faz em direção ao membro de 
apoio e alcança o limite lateral na fase de 
acomodação intermediária. 
 A combinação dos movimentos horizontal e 
vertical descreve uma curva sinusoidal dupla. 
 
PROPRIEDADES DA MARCHA: 
Largura da base: não deve exceder 5-10cm de um 
calcanhar a outro. Amplia-se a base em casos de 
cerebelopatias ou diminuição da sensibilidadeplantar, além de etilismo. 
 
Ritmo: tem média de 90-120 passos/minuto 
 
Consumo de energia: 100 calorias por 1,5km. 
Qualquer alteração na uniformidade de coordenação 
da marcha aumenta o consumo de energia. 
 
Comprimento do passo: é de cerca de 40cm e pode 
diminuir na presença de dor, fadiga, piso 
escorregadio, ou velhice, resultando em maior 
conservação de energia. 
 
PADRÕES DE MOVIMENTO: 
Rotação pélvica: a pelve roda em um eixo vertical 
(rotação horizontal), alternativamente com desvios 
laterais, diminuindo os desvios do centro-de-
gravidade e reduzindo o impacto do início da fase de 
apoio. 
 
Amortecimento do quadril: o lado contralateral ao 
apoio cai 5 graus, reduzindo o desvio superior 
 
Joelho na fase de apoio: o joelho flete 15 graus para 
amortecer o impacto na carga inicial 
 
Pé e tornozelo: através da articulação subtalar 
ocorre o amortecimento da carga, levando à 
estabilidade durante a fase de acomodação e 
aumentando a eficiência à propulsão durante a fase 
de impulso 
 
Joelho em movimento: trabalha junto com o pé e o 
tornozelo diminuindo movimento desnecessário do 
membro. O joelho flete no contato inicial e estende 
na fase de acomodação. 
 
Deslocamento lateral da pelve: está relacionado à 
transferência do peso do corpo para o membro. 
 
AÇÃO MUSCULAR NA MARCHA: a maior parte 
das contrações são excêntricas (aumento do 
comprimento muscular durante a contração). 
 
Fase de apoio: atingem sua atividade máxima no 
choque do calcâneo e cedem antes que termine os 
primeiros 10% da fase de apoio. 
- apoio do calcanhar: ocorre contração 
excêntrica (absorção de choque) do 
quadríceps, dos glúteos (que equilibram a 
pelve), e dos dorsiflexores do pé 
- aplanamento do pé: 
- acomodação intermediária: os fibulares se 
contraem e o tibial posterior relaxa para o pé 
ficar em valgo 
- fase de impulso: atuam os eretores da coluna 
e os adutores do quadril. A ação importante 
está nos flexores plantares do pé (flexores 
longo do hálux, dedos, tríceps sural) além dos 
fibulares e do tibial posterior (que faz varo do 
retropé). 
 
Fase de oscilação: trabalham principalmente nos 
10% finais da fase de oscilação 
- aceleração: os dorsiflexores do pé contraem-se 
afastando o pé do solo. O iliopsoas, sartório e 
tensor da fáscia lata flexionam o quadril. 
- oscilação intermediária: basicamente não há 
atuação muscular. Quem age é a gravidade. 
- desaceleração: ocorre contração excêntrica 
dos extensores do quadril (grácil, 
semimembranoso, semitendinoso e bíceps 
femoral). Os dorsiflexores do pé atuam para 
fazer apoio controlado do pé. 
 
Função e ação muscular: 
Músculo Ação Função 
Glúteo 
médio 
Excên Controla o tilt pélvico na 
acomodação (evita o 
Trendelemburg) 
Glúteo 
máximo 
Conc Estende o quadril 
Ilio-psoas Conc Flete o quadril 
Adutores 
do quadril 
Excên Controla o balanço lateral 
(fase final do apoio) 
Abdutores 
do quadril 
Excên Controla o tilt pélvico (fase 
de acomodação) 
Quadríceps Excên Estabiliza o joelho no apoio 
do calcanhar 
Isquio-
tibias 
Excên Controla o grau de 
extensão do joelho (apoio) 
Tibial 
anterior 
Conc Dorsoflexão do pé na fase 
de oscilação 
 “ Excên Desacelera o grau de flexão 
plantar (apoio do 
calcanhar) 
Tríceps 
sural 
Excên Desacelera o grau de 
dorsoflexão no apoio 
 
MARCHA NA CRIANÇA: os marcos cronológicos 
são: sentar aos 6 meses, engatinhar aos 9, 
deambular com auxílio aos 12, deambular sem 
auxílio aos 15 e correr aos 18. 
 
Características: a base é alargada, quadris e joelhos 
têm flexão excessiva. A dorsoflexão do pé está 
prejudicada. O impacto do pé ocorre sem o toque do 
calcâneo. A cadência é rápida e os passos são 
curtos. 
 O centro de gravidade é mais alto, o que 
dificulta mais o equilíbrio. 
 O padrão adulto da marcha desenvolve-se 
entre os 3 e 5 anos de idade. 
 
AVALIAÇÃO DA MARCHA: pede-se ao paciente 
que ande normalmente, sobre a ponta dos pés, 
sobre os calcanhares, que corra ou suba escadas. 
 Para pesquisa de distúrbios neuromusculares, 
pede-se para andar com um pé atrás do outro, para 
frente e para trás, olhos fechados e abertos, 
caminhe de lado e ao redor de uma cadeira. 
 Realizar inspeção dos sapatos notando os 
desgastes da sola. Se estiver com muletas ou 
órteses, deve ser observado caminhando com eles. 
 
MARCHAS PATOLÓGICAS POR DEBILIDADE 
MUSCULAR: 
 
 
MARCHAS PATOLÓGICAS POR DEFORMIDADE 
ÓSTEO-ARTICULAR: 
 
 
MARCHAS PATOLÓGICAS POR DEBILIDADE 
NEUROLÓGICA: 
Marcha espástica: 
 
Marcha atáxica: 
 
Marcha distrófica: 
 
MARCHA ANTÁLGICA: o paciente encurta o tempo 
da fase de apoio no membro afetado. A fase de 
oscilação do membro contra-lateral é mais rápida 
 
 
 
ESTUDOS DE IMAGEM NA 
ORTOPEDIA 
 
 
RADIOGRAFIAS CONVENCIONAIS: 
 
TOMOGRAFIA CONVENCIONAL 
(PLANIGRAFIA): 
 
ARTROGRAFIA: 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: 
 
DENSITOMETRIA ÓSSEA: 
 
ULTRA-SONOGRAFIA: 
 
CINTILOGRAFIA: 
Tecnécio-99m: reflete aumento de fluxo sangüíneo e 
aumento de metabolismo, sendo absorvido nos 
cristais de hidroxiapatita do osso em áreas de 
infecção, trauma, neoplasia, etc... 
 Estudos fásicos podem ser úteis em casos de 
distrofia simpático-reflexa e osteomielite: 
- fase 1: dispõe o fluxo sangüíneo através do 
sistema arterial 
- fase 2 (30 min): é o reservatório de sangue. 
Dispõe o equilíbrio dos traçados através do 
volume intravascular 
- fase 3 (4 horas): dispõe os locais no qual os 
traçados se acumulam 
 
Gálio-67: 
 
Índio-111: 
 
Tecnécio – células brancas marcadas: 
 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR: usa 
pulsos radiofrequêntes em um campo magnético. A 
RNM alinha núcleo que tem diferença numérica de 
prótons / nêutrons. Os pulsos de radiofreqüência 
refletem essas partículas nucleares em momentos 
magnéticos resultando em uma imagem. 
 
Tempo de excitação e tempo de relaxamento: o 
tempo de relaxamento de T1 é baixo (<1000) 
enquanto em T2 é alto (>1000). 
 O tempo de relaxamento é usado para 
descrever o retorno de prótons de volta ao equilíbrio 
após aplicação do pulso de radiofreqüência. 
 
 T1 T2 Densidade de 
prótons 
Tempo de 
estímulo 
 Baixo 
(30ms) 
Alto 
(90ms) 
Baixo 
Tempo de 
repouso 
Baixo 
600ms 
Alto 
>1000ms 
Alto 
 
 A supressão de gordura é usada para 
valorizar edemas e é usado para todos os tipos. 
 A sequencia STIR é sequencia de inversão e 
recuperação 
 
Utilidade: é um excelente estudo para avaliar tecidos 
moles e medula óssea. Não é tão efetivo em avaliar 
osso trabecular e cortical (devido ao fato de que o 
osso tem virtualmente pouco núcleo de hidrogênio). 
 Imagens em T1 mostram mais gordura e são 
melhores para demonstrar a estrutura anatômica. 
 Imagens em T2 mostram mais água, e são 
melhores para contrastar tecidos normais contra 
tecidos anormais. 
 
 T1 T2 
Osso cortical Preto Preto 
Osso medular Branco Cinza 
Gordura Branco Cinza 
Cartilagem Cinza Branco 
Fibrocartilagem Cinza-escuro Cinza-escuro 
Tendões Preto Preto 
Músculos Intermediário Intermediário 
Água Cinza Brilho 
 
 
 
 
ENXERTIA ÓSSEA 
(Muller) 
 
 
PROPRIEDADES: enxertos ósseos possuem 4 
propriedades importantes. 
 
Osteocondução: o osso atua como um cadafalso ou 
uma estrutura em qual o crescimento ósseo ocorre. 
 
Osteoindução: fatores de crescimento como o BMP 
ou TGF-beta que sinalizam fatores locais para 
estimular formação de osso. 
 
Células osteogênicas: inclui células primitivas 
osteogênicas, osteoblastos e osteócitos. 
 
Integridade estrutural 
 
QUALIDADE DOS ENXERTOS: 
Origem: 
- autógenos: da própria pessoa 
- alógenos: de outra pessoa 
- sintéticos 
 
Tipos: 
- osso cortical: é mais usadopara defeitos 
estruturais. Tem excelente integridade 
estrutural 
- osso esponjoso: excelente osteocondução e 
quantidade de células osteogênicas. Boa 
osteoindução. 
 
 
 
AN. COLUNA VERTEBRAL 
(Thompson, Müller, Rockwood, Gray) 
 
 
ANATOMIA: 
Osteologia geral: a coluna vertebral é composta por 
33 vértebras, sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 
lombares, 5 sacrais (fundidas) e 4 coccígenas. 
Geralmente (com exceção de C1 e C2) as vértebras 
são constituídas de: 
- corpo: tem cartilagem articular nas 
regiões superior e inferior 
- arco posterior: formado por 2 pedículos 
(que conectam o corpo à lâmina) e 
lâmina 
- processos: 
o espinhoso 
o transverso 
o costiforme 
o mamilar 
- forames: 
o vertebral: por onde corre a 
medula espinhal 
o intervertebral: é limitado 
pelos pedículos das vértebras 
adjacentes, pelo corpo e a 
massa lateral articulares 
o transverso: este presente nos 
processos transversos das 
vértebras cervicais até C6. 
Este forame contém a artéria 
vertebral. 
O pars interarticulares é uma conexão de 
estrutura cortical tubular, que fica na junção entre o 
pedículo com a lâmina. Contém medula óssea 
esponjosa, e separa os processos articulares 
superior e inferior. 
 
Osteologia da coluna cervical superior (CCS): 
compreende a base do crânio (côndilos occipitais), o 
atlas (C1) e o áxis (C2). 
 Os côndilos occipitais são recobertos por 
cartilagem hialina e assemelham-se à terça parte de 
um cilindro cortado tangencialmente. 
 O atlas (C1) consiste de um anel ósseo, com 
duas massas ósseas laterais contendo uma faceta 
articular superior e outra inferior (ambas com formas 
côncavas sagitalmente orientadas). Na parte lateral 
destas massas encontram-se os processos 
transversos, que contém o forame transverso. Os 
arcos anterior e posterior completam o anel. Não 
possui corpo vertebral ou processo espinhoso. 
 50% da flexão e extensão total do pescoço 
ocorre na articulação atlanto-occipital. 
 O áxis (C2) apresenta 2 características: uma 
grande protuberância óssea (processo odontóide, ou 
“dente” do áxis) e a pars interarticularis (ou parte 
interarticular). Os forames transversos (que ficam 
dentro dos processos transversos) estão localizados 
na face lateral das massas vertebrais. O forame 
vertebral tem variações de tamanho. 
 50% da rotação total do pescoço ocorre na 
articulação atanto-axial (diartrodial). 
 O processo odontóide é corticoesponjoso e 
mede de 2-3cm com colo e ponta mais espessa. Se 
encaixa em um recesso atrás do arco anterior do 
atlas e fica entre as duas massas ósseas do atlas. 
 
Osteologia da coluna cervical inferior (CCI): 
compreende as vértebras cervicais de C3 à C7. 
 O corpo é relativamente pequeno e os 
processos espinhosos são bífidos. Os forames 
intervertebrais são estreitos (propensos à 
compressão nervosa). 
 Seus processos transversos possuem foramens 
(C2 a C7), por onde corre a artéria vertebral (C1-
C6). 
 O diâmetro do canal espinhal é normalmente 
de 17mm e a medula se torna comprometida 
quando este diâmetro se reduz para 13mm. 
 
Osteologia da coluna torácica: o corpo da vértebra 
torácica é côncavo em todos os 4 lados e pedículo 
com formato tubular. 
 O que a diferencia das demais, é a presença de 
facetas costais (presente no corpo das 12 vértebras 
e no processo transverso de T1 a T9) e um forame 
vertebral circular. 
É a região mais rígida do esqueleto axial. 
 
Osteologia da coluna lombar: o corpo vertebral da 
vértebra lombar é maior e tem a superfície anterior 
e laterais côncavas. O pedículo é oval. O processo 
espinhoso é maior que no torácico e não segue o 
mesmo grau de projeção para baixo. O processo 
transverso é menor e na base existe uma pequena 
saliência conhecido como processo mamilar. 
 
Osteologia do sacro e cóccix: ver Bacia. 
 
Articulações e ligamentos: os ligamentos incluem o 
longitudinal anterior, longitudinal posterior, 
ligamento amarelo, o supra-espinhoso, inter-
espinhoso e ligamento inter-transverso. 
 Os corpos vertebrais são unidos pelo forte 
ligamento longitudinal anterior (LLA) e pelo 
mais fraco ligamento longitudinal posterior 
(LLP). 
O LLA é geralmente espesso no centro e afila 
nas laterais. o LLA resiste à hiperextensão. 
O LLP se estende desde o occípito (membrana 
tectorial) até o sacro posterior. Ele é separado do 
centro do corpo vertebral por um espaço que deixa 
passar ramos dorsais da artéria e veias espinhais. 
O ligamento amarelo é um ligamento forte e 
elástico que conecta a faces anteriores das lâminas 
dos arcos vertebrais, estando constantemente em 
tensão. A hipertrofia deste ligamento pode contribuir 
para compressão de raiz nervosa. 
 A artic atlanto-occipital é elipsóide e 
estabilizada pela membrana tectória (que é um 
prolongamento do ligamento longitudinal posterior e 
possui parte superficial e profunda) e pelas cápsulas 
anterior e posterior. 
 A artic atlanto-axial mediana é trocóide e 
está envolvida em movimentos de rotação. 
Estabiliza-se pelos ligamentos: 
- alar: conectam a superfície medial dos 
côndilos occipitais à ponta lateral do 
processo odontóide. Impede a rotação 
excessiva da cabeça. 
- transverso: liga as massas laterais do 
atlas (uma à outra) e ao dente do áxis. 
- apical: se estende do ápice do dente até 
o basion. 
- longitudinal superior (ou cruzado): fica 
entre a membrana tectorial e o lig apical. 
Une o basion ao corpo do áxis 
- longitudinal inferior: liga o dente ao 
corpo do áxis 
Posteriormente as estruturas não são bem 
desenvolvidas, como os ligamentos interespinhais e 
o ligamento amarelo. 
A CCI tem um complexo ligamentar posterior é 
formado pelas cápsulas das facetas, pelo ligamento 
nucal (interespinhal) e o ligamento supra-espinhal 
(que conecta a ponta dorsal dos grandes processos 
espinhosos da C7 até o occipício). 
As articulações dos processos (facetas) 
articulares (articulações zigoapofisiais) são 
planas e permite maior mobilidade à coluna 
vertebral e estabiliza-se pela cápsula articular. A 
orientação é diferente em cada região da coluna: 
 
Região Plano Sagital Plano Coronal 
Cervical 35o em C2 
aumentando para 
55o em C7 
neutro 
Torácica 60o aumentando 
para 70o 
20o posterior 
Lombar 137o graus em L1 
diminuindo para 
118o em L5 
45o anterior 
 
A artic costo-vertebral (Luschka) é 
estabilizada pela cápsula articular, pelo ligamento 
intra-articular da cabeça da costela e pelo ligamento 
radiado da cabeça da costela (reforçando a artic 
anteriormente). 
 
Disco intervertebral: é fibrocartilaginoso, circundado 
por ânulo fibroso composto por colágeno tipo I, e 
um centro mais macio, o núcleo pulposo composto 
por colágeno tipo II. O núcleo pulposo possui 
polissacarídeos e 88% de água. 
 Idade avançada resulta em perda de água e 
conversão para fibrocartilagem. Os discos contam 
por 25% da altura total da coluna. Eles são unidos 
aos corpos vertebrais por cartilagem hialina, que é 
responsável pelo crescimento vertical da coluna. 
 A pressão intradiscal é depende da posição: 
menor com o corpo em supino e maior, sentada e 
fletindo para frente com peso nas mãos. 
 
Medula espinhal: entre o corpo vertebral e a lâmina 
fica o canal vertebral (canal medular), que contém a 
medula espinhal. 
A medula ocupa aproximadamente 35% do 
canal medular no nível do atlas e aproximadamente 
50% nas demais regiões. Seu diâmetro é variável e 
se alarga nas regiões cervical e lombar. 
As raízes nervosas saem da medula, 
percorrendo o canal pelo forame vertebral e 
atravessa o forame intervertebral. 
Abaixo do nível do cone medular (que contêm 
os mielômeros sacrais e coccígeos), o canal medular 
é preenchido com raízes motoras e sensitivas, que 
saem caudalmente atravésdo respectivo forame. 
Esta região onde termina os mielômeros 
lombrossacrais é chamada de cauda eqüina e 
localiza-se próximo ao disco intervertebral L1-L2. 
 
Raízes nervosas: 31 pares de raízes nervosas 
compõe a coluna: 8 cervicais, 12 torácicas, 5 
lombares, 5 sacrais e 1 coccígeno. 
 Forma-se à partir de ramo dorsal e ventral da 
medula. Ele se torna extradural quando se aproxima 
do forame intervertebral em todos os níveis acima 
de L1. Abaixo deste nível as raízes ficam dentro da 
cauda eqüina. 
 Com exceção dos ramos torácicos, as raízes 
são agrupadas em plexos antes de mandar suas 
funções sensorio-motoras. 
 Na coluna cervical, a raiz numerada sai em 
nível acima do pedículo da vértebra correspondente 
(por exemplo, a raiz de C2 sai entre C1-C2). A partir 
de T1 a raiz sai abaixo do pedículo. 
 Hérnias discais frequentemente atinge a raiz 
atravessada e a articulação facetária. Uma hérnia de 
disco em L4-L5 poderá causar compressão da raiz de 
L5, resultando em sinal positivo de tensão 
(Lasegue). 
 Já uma hérnia discal lateral de L4-L5 irá causar 
compressão da raiz descendente L4 resultando em 
sinal positivo de tensão (teste do nervo femoral). 
 
BIOMECÂNICA: a CCS não tem estabilidade 
inerente, sendo a estabilidade quase totalmente 
proporcionada pelos ligamentos. Ela funciona como 
uma unidade funcional integrada e é responsável por 
60% da rotação do pescoço, 40% da flexo-extensão 
e 45% dos movimentos gerais. 
 As faces articulares da CCI contribuem melhor 
para a flexo-extensão. 
 A orientação das facetas da coluna torácica 
(60o no plano axial e no plano frontal com inclinação 
de 20o) possibilita uma rotação axial relativamente 
maior que a flexo-extensão. A rotação atinge o 
ponto máximo em T8-T9. A cifose fisiológica da 
coluna torácica tem valor normal de 20o a 45o. 
Na junção toracolombar e na coluna lombar, as 
facetas articulares estão orientadas no plano sagital 
e possibilitam flexo-extensão relativamente maior 
que a rotação axial. 
A coluna lombar possui lordose com valor 
normal de 40o a 60o, com ápice em L3, com maior 
parte da lordose devida aos espaços discais 
intervertebrais. O ponto máximo da lordose (66%) 
ocorre de L4 ao sacro. 
 A coluna torácica é muito mais rígida que a 
coluna lombar, em flexo-extensão sagital e lateral. 
Isto se deve ao efeito limitador da caixa torácica (a 
caixa torácica formada pelas costelas proporciona 
mais estabilidade à coluna torácica), e aos discos 
intervertebrais mais finos que restringe o arco de 
movimento. 
 
Amplitude de movimento: depende da posição (ereto 
ou deitado), da flexibilidade e da idade. 
 A flexo-extensão da coluna torácica alta tem 
mobilidade média de 4o, da coluna toracolombar de 
6o a 12o, e do segmento lombar de 12o a 16o. A 
inclinação lateral na coluna torácica baixa e região 
lombar variam em torno de 60o. 
 
Forças: os corpos e discos vertebrais têm a função 
de resistir a cargas compressivas, enquanto os 
processos parecem mais bem adaptados às forças 
tênseis. 
 
ACESSOS CIRÚRGICOS À COLUNA CERVICAL: 
Abordagem posterior: 
 
Abordagem transoral: indicado quando o paciente 
apresenta compressão da medula espinhal 
decorrente de efeito de massa dos elementos 
anteriores da CCS, ou uma consolidação viciosa e 
hipertrófica do dente do áxis. 
 
Abordagem anterior: 
 
 
AN. OMBRO 
(Thompson, Müller, Rockwood, Gray, Cohen) 
 
 
A cintura escapular é formada por 3 
articulações diartrodiais (glenoumeral, 
acromioclavicular e esternoclavicular), além de 2 
espaços de deslizamento (escapulotorácico e 
acromioumeral). 
 
ANATOMIA: a clavícula conecta a escápula ao 
tórax por meio da artic esternoclavicular. Funciona 
como extenso ponto de fixação muscular e 
ligamentar. Também protege os vasos subclávios, 
que passam sob sua curva antero-medial, e atua 
como fulcro para os músculos axioumerais. No plano 
transverso se assemelha a um S itálico. A curva 
medial é convexa anteriormente e a curva lateral 
convexa posteriormente. 
 Seus 2/3 mediais tem 3 faces (ant, post e inf), 
sendo seu terço distal achatado composto de 2 faces 
(sup e inf). 
A escápula é uma fina lâmina óssea, de 
formato triangular (bordas superior, medial e 
lateral), com anteversão de 30o. Possui um corpo, 
um processo chamado de espinha (que termina 
lateralmente no acrômio) e um processo coracóide. 
Possui na sua borda superior uma incisura, que é 
fechada pelo ligamento transverso, por onde passa o 
nervo supra-escapular. 
A escápula funciona como ponto de fixação de 
vários músculos: 
- superior: omoióide 
- medial: elevador da escápula, rombóides 
maior e menor e serrátil anterior 
- posterior: supra-espinhal, infra-espinhal 
- anterior: subescapular 
- lateral: cabeça longa do tríceps, 
redondos maior e menor, grande dorsal 
A espinha é uma lâmina triangular que divide 
a região posterior da escápula em duas fossas: a 
supra-espinhal e a infra-espinhal. As duas fossas se 
comunicam lateralmente por meio da incisura 
espinoglenoidal. 
A espinha serve como fixação do trapézio e 
parte do deltóide. 
 O processo coracóide está localizado 
anteriormente, e funciona como anteparo (de 
proteção) da face anterior da articulação 
glenoumeral. Serve como ponto de fixação do 
tendão conjunto (cabeça curta do bíceps, 
coracobraquial e peitoral menor) e de vários 
ligamentos (coracoumeral, coracoacromial, 
trapezóide e conóide). 
 O acrômio é uma continuação da espinha, 
que se projeta anterior e lateralmente à escápula, 
para se articular com a clavícula. Ele protege a 
cabeça do úmero superiormente e atua como braço 
de alavanca para o músculo deltóide. Tem íntima 
relação com o manguito rotador. 
 A placa epifisária do acrômio costuma fechar 
aos 25 anos, porém em cerca de 7-8% dos 
indivíduos permanecerá aberta, determinando o os 
acromiale. De acordo com a localização da placa 
epifisária, os acromiale se divide em regiões: pré-
acrômio, meso-acrômio, meta-acrômio e baso-
acrômio. 
 A cavidade glenóide tem forma de uma 
vírgula de cabeça pra baixo. Cobre cerca de 25% da 
superfície da cabeça umeral. Possui um lábio 
fibrocartilaginoso (labrum), que aumenta sua 
concavidade. Tem retroversão de 4-12o em relação à 
escápula em 75% dos casos. Nos outros 25% 
apresenta anteversão 2-10o. No plano vertical, ela 
possui desvio de 15o medialmente em relação à 
escápula, tendo importância no mecanismo de 
elevação do braço. 
A glenóide pequena e rasa confere pouca 
estabilidade com o úmero (grande e esférico), 
necessitando de vários mecanismos para a sua 
estabilidade. 
A parte proximal do úmero consiste em 
cabeça, colo anatômico, tubérculos maior e menor. 
A cabeça do úmero é pouco menor que uma 
esfera. Tem retroversão de 15-30o em relação ao 
tórax e ao eixo dos epicôndilos do cotovelo, além de 
inclinação de 130o vertical em relação à diáfise. 
Apenas 1/3 da circunferência da cabeça se articula 
com a glenóide, conferindo grande instabilidade. A 
metade anterior da cabeça se localiza ligeiramente à 
frente do acrômio. 
O colo anatômico é uma ligeira constrição 
adjacente à cabeça, que fica acima dos tubérculos, 
entre a margem articular da cabeça e o acoplamento 
da cápsula articular. 
O sulco bicipital unido pelo ligamento umeral 
transversal, está localizado 30o lateralmente à linha 
média do úmero, e separa a grande tuberosidade da 
pequena tuberosidade. Estão presentes o tendão da 
cabeça longa do bíceps e a artéria arqueada (ramo 
da circunflexa umeral anterior). 
 A grande tuberosidade se localiza 
lateralmente, além do acrômio. É coberto pelo 
deltóide e apresenta 3 facetas onde se inserem os 
tendões do supra-espinhal, infra-espinhal e redondo 
menor. 
 A pequena tuberosidade forma a parte mais 
anterior e serve de inserção do músculosubescapular. 
 O colo cirúrgico conecta a parte proximal do 
úmero à diáfise, ficando pouco abaixo dos 
tubérculos maior e menor, na dilatação metafisária. 
 
Ligamentos e articulações: a artic 
esternoclavicular é selar, diartrodial, com 
superfícies planas. Possui um disco e os ligamentos 
esternoclaviculares (anterior e posterior mais forte 
que anterior), interclavicular e costoclavicular (este 
mais forte). Esta articulação roda 30 graus que 
movimentos do ombro. 
A artic glenoumeral é uma enartrose frouxa, 
instável, estabilizada dinamicamente pelo manguito 
rotador e estaticamente pelo labrum e pelos 
ligamentos glenoumerais e coracoumeral. 
A artic glenoumeral é esferóide, sendo uma 
articulação extremamente instável, isso porque ela 
tem o maior arco de movimento do corpo. 
Existem 5 ligamentos entre a escápula e o 
úmero: coracoumeral, glenoumerais (GU) superior, 
médio, ântero-inferior e póstero-inferior: 
- coracoumeral: se origina na base do 
processo coracóide e tem sua inserção 
pouco determinada na cápsula articular 
(próximo à tuberosidade menor). Tem 
formato trapezóide e serve para limitar a 
rot ext e a migração inferior da cabeça 
umeral no braço aduzido. Ele faz parte 
do arco acromial (junto com a artic. 
acromioclavicular e o acrômio). 
- lGU superior: tem origem na borda 
ântero-superior da glenóide e insere-se 
na fóvea da cabeça, acima da pequena 
tuberosidade. Ele é o restritor primário 
que impede a translação inferior do 
ombro aduzido, e a rot ext no braço 
aduzido ou pouco abduzido. 
- GU médio: tem origem no tubérculo 
supraglenoidal e insere-se medial à 
pequena tuberosidade. Tem grande 
variedade anatômica (30% das pessoas 
abstém). Limita a translação anterior da 
cabeça umeral em abdução de 45o. 
- complexo GU inferior: pode fixar-se à 
maneira de um colar ao redor do colo do 
úmero. É o principal estabilizador 
estático das translações anterior e 
inferior quando o ombro está abduzido 
entre 45-90o. Alguns autores relatam 
também estabilização posterior. É 
formado pelo feixe superior, banda axilar 
anterior e banda axilar posterior. 
 A artic acromioclavicular é diartrodial, 
plana, incongruente e de deslizamento, possuindo 
um disco fibrocartilaginoso intrarticular. Quando o 
braço está em máxima elevação, ocorre cerca de 5-8 
graus de rotação. Participam os seguintes 
ligamentos: 
- acromio-claviculares: são os ligamentos 
superior, inferior, anterior e posterior. 
São incorporados à cápsula e promovem 
estabilidade AP (horizontal). O ponto de 
inserção dos ligamentos fica a aprox. 
1,5cm de distância da artic. 
- coraco-claviculares: promovem 
estabilidade vertical (previne 
deslocamento superior). Suas fibras 
partem da superfície ínfero-externa da 
clavícula até a base do coracóide. São 2: 
o conóide: mais póstero-medial 
e mais forte. Tem a forma de 
cone com sua base no 
coracóide 
o trapezóide: antero-lateral 
A artic escapulotorácica não é uma artic 
verdadeira. Porém sua proximidade promove 
movimentos da escápula contra a caixa costal 
posterior. É fixada primariamente por musculatura 
escapular. 
Os ligamentos intrínsecos da escápula 
incluem: 
- ligamento transverso escapular superior: 
encerra a incisura supraescapular 
protegendo o nervo supraescapular 
- ligamento transverso escapular inferior: 
na incisura espinoglenoidal 
- coraco-acromial: origina-se no acrômio e 
insere na extremidade do coracóide. 
Impede a translação súpero-anterior nas 
deficiências do manguito rotador. Ramos 
da artéria toracoacromial passam medial 
a este. 
O lig transverso do úmero une o tubérculo 
maior ao menor. 
 
Bursas: as mais constantes são a subdeltóide, 
subacromial e subcoracóide. 
 A bursa subacromial está localizada entre o 
acrômio e a cabeça do úmero. Ela protege o 
manguito rotador e a cabeça longa do bíceps. 
 
Músculos: 5 músculos ajudam a conectar o MS à 
coluna vertebral: 
- trapézio 
- grande dorsal 
- rombóides 
- elevador da escápula 
4 músculos conectam o MS à parede torácica: 
- os peitorais 
- subclávio 
- serrátil anterior 
6 músculos agem na artic do ombro 
intrinsecamente: 
- deltóide 
- redondo maior 
- os 4 músculos do manguito 
Os rotadores internos do ombro (peitoral 
maior, latíssimo dorsal e subescapular) são mais 
fortes que os rotadores externos (redondo menor e 
infraespinhal). 
O ombro apresenta 4 camadas: 
(1) deltóide, peitoral maior 
(2) fáscia clavipeitoral, tendão conjunto, 
cabeça longa do bíceps e coraco-braquial 
(3) camada profunda da bursa subdeltóide, 
músculos do manguito 
(4) cápsula glenoumeral e ligamento 
coracoumeral 
O bíceps tem 2 origens. A cabeça longa do 
bíceps se origina na porção superior da glenóide ou 
no labrum superior, passa sob o ligamento 
coracoacromial e entre os músculos subescapular e 
supra-espinhal, descendo através do sulco bicipital. 
Tem o desempenho de abaixar e comprimir a cabeça 
umeral de encontro à glenóide. 
 O manguito rotador é formado pelos 
músculos subescapular, supra-espinhal, infra-
espinhal e redondo menor. Ele serve como mais um 
estabilizador, pois “agarra” a cabeça do úmero por 
todos os lados, abraçando 2/3 da cabeça umeral, 
evitando a ascensão da mesma. Esses músculos 
junto com a cápsula articular formarão o manguito 
musculotendíneo. 
O músculo subescapular se insere na 
pequena tuberosidade, enquanto que os demais se 
inserem na grande tuberosidade. Ele tem origem na 
porção anterior da escápula. O supra-espinhal, se 
origina da fossa supra-espinhal, e os músculos 
infra-espinhal e redondo menor se originam da 
fossa infra-espinhal e da porção latero-inferior da 
escápula respectivamente. 
O peitoral maior é um importante rotador 
interno do ombro. Possui origens no esterno e nas 
costelas, junto com a porção medial da clavícula, e 
se insere na parte lateral ao sulco intertubercular do 
úmero, encobrindo a cabeça longa do bíceps. 
O peitoral menor tem origem nas costelas 3-
5 e se insere no processo coracóide fazendo 
estabilização da escápula. 
O serrátil anterior tem origem nas costelas 
1-8 e se insere na margem ântero-medial da 
escápula mantendo-a junto à parede torácica. 
O grande dorsal também faz parte da 
mecânica do ombro, realizando rot ext do mesmo, 
além de adução e extensão do braço. Tem origem 
em nos processos espinhosos de T7-T12 e crista 
ilíaca se inserindo no sulco intertubercular do úmero. 
O deltóide tem origem na clavícula, acrômio e 
espinha, se inserindo na tuberosidade do deltóide 
(que se localiza lateralmente ao úmero). Ele é o 
responsável pela elevação do braço anterior 
(anteflexão) ou lateralmente (abdução). 
O redondo maior tem origem no ângulo 
inferior da escápula, se inserindo no sulco 
intertubercular do úmero e auxilia na rot int do 
ombro e adução. 
O trapézio tem origem nos processos 
espinhosos de C8-T12 se inserindo na clavícula, 
acrômio e espinha da escápula, fazendo parte da 
elevação e rotação da escápula. Este é inervado pelo 
XI par craniano. 
O elevador da escápula como o nome já diz 
eleva a escápula, tendo origem nos proc. espinhosos 
de C1-C4 e inserido na parte medial superior da 
escápula. 
Outros músculos que estão inseridos na parte 
medial da escápula e que fazem adução da mesma 
são os rombóides menor (origem em C7-T1) e 
maior (origem em T2-T5). 
 O espaço quadrangular é formado pelos 
músculos redondo maior e menor, cabeça longa e 
cabeça lateral do tríceps, e é local onde atravessa o 
nervo axilar e artéria circunflexa posterior do úmero. 
 O espaço triangular (mais medial ao 
quadrangular) é formado pelos músculos redondo 
maior e menor e cabeça longa do tríceps, e é local 
por onde atravessa a artéria circunflexa da escápula. 
 O intervalo triangular (mais inferior aoespaço quadrangular) é um local que tem íntima 
relação com a artéria braquial profunda e o nervo 
radial, sendo formado pelos músculos redondo 
maior, e cabeças longa e lateral do tríceps. 
 
Lábio: o lábio da cavidade glenoidal é um anel 
fibrocartilaginoso que serve para aprofundar (formar 
concavidade) e permitir a origem dos ligamentos GU 
e tendão do bíceps. 
 
Nervos: o nervo supraclavicular (C2-C3) divide-se 
em 3 ramos e tem ação sensitiva sobre a clavícula. 
O plexo braquial tem origens de C5-T1 
dividindo-se em vários ramos. Seus ramos saem 
entre os músculos escalenos anterior e médio 
fazendo trajeto com a artéria subclávia na bainha 
axilar, e dividindo-se posteriormente à clavícula. 
O plexo inicialmente possui 2 ramos. O nervo 
dorsal da escápula (C3-C5) que inerva os 
músculos elevador da escápula, os rombóides maior 
e menor, além do nervo torácico longo (C5-C7) 
que é motor do serrátil anterior. 
Sua cascata de divisões se dá inicialmente 
pelos troncos: 
- superior (C5-C6): possui outros 2 ramos 
o n. supra-escapular (C5-C6) 
que passa através da incisura 
da escápula abaixo do 
ligamento transverso, e 
também dentro da incisura 
espinoglenoidal. É sensitivo 
para as artic gleno-umeral e 
acromioclavicular, e motor 
para o supra-espinhal e infra-
espinhal 
o n. subclávio (C5-C6) motor 
ao músc. subclávio 
- médio (C7) 
- inferior (C8-T1) 
Os troncos se dividem anteriormente e 
posteriormente cada, formando 3 fascículos: 
- lateral (formado pelos troncos S e M): 
o peitoral lateral (C5-C7): 
motor para o peitoral maior e 
menor 
o musculocutâneo (C5-C7) 
o mediano (raiz lateral) 
- posterior (formado pelos 3 ramos 
posteriores dos troncos): 
o subescapular superior (C5-
C6): motor para o 
subescapular 
o toracodorsal (C7-C8): motor 
para o grande dorsal 
o subescapular inferior (C5-
C6): motor para os músc. 
subescapular e redondo 
maior 
o axilar (C5-C6): entra no 
espaço quadrilátero e emite 
os ramos sensitivo para a 
região lateral superior do 
braço (por meio do nervo 
cutâneo lateral superior), e 
motor para o deltóide e 
redondo menor 
o radial (C5-T1) 
- medial (formado pelo tronco inferior): 
o peitoral medial (C8-T1): 
motor para peitoral maior e 
menor 
o cutâneo medial do braço (C8-
T1) 
o cutâneo medial do antebraço 
o mediano (raiz medial) 
o ulnar (C8-T1) 
 
Artérias: a aorta emite 3 ramos. O tronco 
braquiocefálico (que se divide em carótida comum 
direita e subclávia direita), a carótida comum 
esquerda e subclávia esquerda. 
 A subclávia emite a artéria dorsal da escápula e 
continua como artéria axilar que se divide em 3 
partes determinados pelo peitoral menor: 
- I: 
o torácica superior 
- II: 
o tóraco-acromial: 
 clavicular 
 acromial 
 deltóide 
 peitoral 
o torácica lateral 
- III: 
o subescapular: com os ramos: 
 circunflexa da 
escápula 
 toracodorsal 
o circunflexa anterior do 
úmero: passa na borda 
inferior do m. subescapular 
o circunflexa posterior do 
úmero: entra no espaço 
quadrilátero e emite 2 ramos: 
 ascendente 
 descendente 
A artéria axilar irá continuar como artéria 
braquial, depois que passa pela margem inferior do 
músculo redondo maior. 
 
Veias: a veia cefálica está localizada no sulco 
deltopeitoral e tem a função de drenagem do 
deltóide. 
 
BIOMECÂNICA: 
Estabilizadores da artic gleno-umeral: 
- passivos (estáticos): 
o congruência articular 
o pressão intra-articular inferior 
à pressão atmosférica 
o adesão-coesão entre as 
superfícies articulares 
o barreira 
capsulolabioligamentar 
(cápsulas, labrum, lig 
coracoumeral e 
glenoumerais) 
- ativos: 
o cabeça longa do bíceps 
o manguito rotador 
o movimento escapulotorácico 
 
Articulação escapulotorácica: não é uma verdadeira 
articulação, mas um sistema de deslizamento da 
superfície interna da escápula com o gradil costal. 
Apresenta movimentos de elevação, depressão, 
abdução, adução, rot int e rot ext. 
 Por meio da ação do serrátil anterior e 
trapézio, a escápula acompanha a cabeça umeral na 
elevação do braço, favorecendo a ação dos 
ligamentos glenoumerais. 
Elevando-se o úmero até 60o no plano 
escapular, a escápula permanece estável. A partir 
daí o ritmo escapuloumeral é de 1:2. 
 
Manguito rotador: possui as funções de: 
estabilidade, mobilidade e nutrição da articulação 
glenoumeral. 
Seus músculos abraçam o úmero proximal, 
como um “jogador de beisebol abraça a bola com 4 
dedos” fazendo um compartimento “à prova d’água”, 
contendo o líquido sinovial. 
A cabeça longa do bíceps tem como função 
primária à estabilização anterior da cabeça do 
úmero, sendo a função secundária, a depressão da 
cabeça do úmero quando este estiver em rotação 
externa. 
 
ACESSOS CIRÚRGICOS: 
Acesso deltopeitoral (Henry): explora o intervalo 
entre o deltóide (nervo axilar) e o peitoral maior 
(nervo peitoral maior e menor). 
A incisão começa no processo coracóide até a 
prega axilar anterior. Abaixo da pele há o músculo 
deltóide. O deltóide anterior passa sobre a veia 
cefálica e o processo coracóide, encostando-se ao 
peitoral maior. Divide-se o deltóide e o peitoral 
maior, medialmente à veia. O processo coracóide 
será o “sinalizador”, onde indica que medialmente a 
ele está o plexo braquial. 
Logo abaixo da camada fascial está o músculo 
subescapular. Ele pode ser dividido preservando as 
fibras mais inferiores para proteger o nervo axilar. 
O nervo axilar passa anteriormente ao 
músculo subescapular, entrando lateralmente no 
espaço quadrangular (o nervo é a estrutura mais 
freqüentemente lesionada na cirurgia). Adução e rot 
ext do braço ajuda a afastar o nervo do campo. 
O nervo musculocutâneo localiza-se na 
superfície profunda dos músculos que se inserem no 
processo coracóide (tendão conjunto). Ele penetra 
nos músculos cerca de 5-8 cm abaixo do coracóide 
 A camada seguinte é o manguito rotador, e 
seus tendões fundem-se com a cápsula. O “intervalo 
rotador” está entre o supra-espinhal e o 
subescapular. Junto pode-se ver o lábio contornando 
a cavidade glenoidal, demonstrando seus defeitos 
caso ocorra. 
 
Acesso posterior à articulação gleno-umeral (Judet): 
usa o intervalo entre o infraespinhoso (nervo 
supraescapular) e redondo menor (nervo axilar). 
A incisão é feita a 2,5 cm do acrômio, 
prolongando-se 7,5cm para baixo em direção à 
prega axilar posterior. 
 São visualizadas as fibras do deltóide. 
Identifica-se um ponto 2,5cm medial ao ângulo 
posterior do acrômio e fende-se o deltóide 
acompanhando as fibras musculares. 
O músculo infra-espinhal é a “porta de trás” do 
ombro. Para expor a cápsula, deve-se ter cuidado 
com o nervo e a artéria supra-escapulares. Se o 
tendão do infra-espinhal for dividido, deve-se evitar 
um excessivo afastamento medial para não lesar o 
nervo. 
 Após o intervalo destes músculos está a 
cápsula articular. 
 
Acesso transdeltóide (lateral): envolve dividir o 
músculo deltóide ou fazer uma ressecção 
subperiosteal de sua parte anterior no acrômio. 
 O deltóide não deve ser dividido por mais que 
5cm abaixo do acrômio para não danificar o nervo 
axilar. Logo abaixo o tendão supra-espinhoso fica 
exposto. 
 
ARTROSCOPIA: os portais incluem: 
lateral: 1-2 cm distal a borda lateral do acrômio. 
Nervo musculocutâneo em risco 
anterior: Lateral e inferior ao processo coracóide. 
Deve ficar acima do subescapular e lateral ao tendão 
conjunto 
posterior: fica 2cm distal e medial à borda postero-
lateral do acrômio. Primariamente usado para visão. 
Nervo axilar em risco 
outros: inclui o supraespinhoso (Neviaser), para a 
glenóide anterior, anterolateral (Wilmington), 
postero-lateral (útil para SLAP e manguito), 
anteroinferior (5 horas) útil paralesão Bankart e 
póstero-inferior (7 horas). 
 
 
 
AN. BRAÇO 
(Thompson, Müller, Rockwood, Gray) 
 
 
ANATOMIA: a diáfise umeral compreende 3/5 de 
todo o úmero e começa na borda superior da 
inserção do peitoral maior e termina na crista 
supracondilar. 
O corpo do úmero possui 3 faces: 
anterolateral, anteromedial e posterior. São 
separadas pelas bordas 
- anterior: começa na área anterior do 
tubérculo maior e termina na fossa 
coronóide 
- medial: começa no tubérculo menor e 
termina na crista supracondilar medial 
- lateral: começa na parte posterior do 
tubérculo maior e termina na crista 
supracondilar lateral 
 A face posterior é marcada pelo sulco do 
nervo radial, que se dirige para baixo e lateralmente. 
A face anterolateral apresenta uma grande 
área áspera (a tuberosidade do deltóide) para a 
inserção do músculo deltóide. 
O canal do úmero alarga-se proximamente, de 
forma circular, mas estreita-se distalmente cada vez 
mais, e de forma triangular na diáfise distal, até 
terminar em uma extremidade romba próxima à 
fossa do olécrano, se enchendo de osso denso 
1,5cm acima da fossa. 
 
Músculos: o músc. coracobraquial tem origem no 
processo coracóide e se insere na parte média do 
úmero. Além de fletir, aduz o braço. 
Outros músculos serão divididos em flexores e 
extensores do antebraço: 
- flexores: 
o braquial: tem origem na 
parte distal anterior do 
úmero e se insere na 
tuberosidade da ulna. é 
duplamente inervado pelo 
musculocutâneo e radial 
o bíceps: insere-se na 
tuberosidade do rádio e 
também faz supinação do 
antebraço. Possui 2 cabeças 
e suas origens: 
 Longa: tubérculo 
supraglenoidal 
 curta: processo 
coracóide 
- extensores: 
o tríceps: insere-se na parte 
proximal do olécrano. Possui 
3 cabeças e suas origens: 
 Longa: tubérculo 
infraglenoidal 
 Lateral: posterior 
ao úmero 
proximamente 
 Medial: posterior 
ao úmero 
distalmente 
 
Nervos: os nervos podem estar muito íntimos em 
relação ao úmero e podem ser lesados em casos de 
fraturas. 
 O musculocutâneo perfura o m. 
coracobraquial e se localiza entre o bíceps e músculo 
braquial no terço médio do braço. É motor para 
coracobraquial, braquial e bíceps. Emite o ramo 
cutâneo lateral do antebraço. 
O mediano acompanha a artéria braquial e ao 
se aproximar do cotovelo desce medial à mesma. 
O cutâneo medial do braço acompanha a 
veia basílica. Sensitivo para parte medial do braço 
O ulnar faz trajeto acompanhando a veia 
basílica e passa do compartimento ant para post 
através do septo intermuscular medial (arcada de 
Struthers) 8cm acima do epicôndilo medial. Desce 
junto com a artéria colateral ulnar, anterior à cabeça 
medial do tríceps até atingir a parte posterior do 
epicôndilo medial 
O radial faz trajeto com a artéria braquial 
profunda no “intervalo” triangular, abaixo do 
redondo maior, e acompanha a superfície profunda 
do tríceps, ao longo do intervalo entre as cabeças 
longa e lateral. Depois de mandar seus ramos para o 
tríceps migra para o sulco do nervo radial do úmero 
(a 15 cm do cotovelo), único local onde o nervo fica 
apoiado diretamente no úmero. Atravessa o septo 
intermuscular lateral do braço, entrando no 
compartimento anterior e dirige-se anteriormente 
para a fossa cubital entre o músc. braquial e 
braquiorradial, à frente do epicôndilo lateral. Emite 
vários ramos antes de chegar ao cotovelo (como o 
cutâneo posterior do antebraço) e divide-se em seus 
ramos terminais (superficial e profundo) ao nível ou 
abaixo do epicôndilo lateral. É sensitivo para a parte 
lateral e posterior do braço através de nervos 
cutâneos e motor para o tríceps e ancôneo. O nervo 
radial fica separado do osso por 1-5cm de massa 
muscular, ficando apoiado diretamente no úmero 
apenas em um curto trecho próximo à crista 
supracondilar. 
 
Artérias: a artéria braquial é continuação da axilar 
(iniciando após passar pelo redondo maior). Começa 
medialmente no braço perto da axila, e curva-se 
lateralmente para entrar na fossa cubital. Emite 7 
ramos: 
- braquial profunda: faz trajeto com o 
nervo radial no sulco do nervo radial 
emitindo 2 ramos 
o colateral radial: anastomosa 
com a recorrente radial 
o colateral média: anastomosa 
com a recorrente interóssea 
- nutrícia do úmero 
- colateral ulnar superior: faz trajeto com 
o nervo ulnar e anastomosa com a 
recorrente ulnar posterior 
- colateral ulnar inferior: faz anastomose 
com a recorrente ulnar anterior 
- ramos musculares 
- radial: ramo terminal 
- ulnar: ramo terminal 
 
Compartimentos: os septos fasciais dividem em 2: 
- anterior: aloja os flexores do cotovelo 
(bíceps braquial, braquial e 
coracobraquial). Encontram-se também a 
artéria braquial, os nervos 
musculocutâneo e mediano. O nervo 
ulnar tem origem no anterior 
- posterior: dominado pelo tríceps. O 
nervo radial se inicia posterior. A 
irrigação é proveniente da artéria 
braquial profunda 
 
ACESSOS CIRÚRGICOS: 
Acesso antero-lateral ao úmero: o plano 
intermuscular do úmero é feito entre o deltóide 
(nervo axilar) e peitoral maior proximamente, e 
entre as fibras do músculo braquial (nervo radial e 
musculocutâneo). 
Paciente em DV. A incisão se inicia no processo 
coracóide, avança em direção do tubérculo do 
deltóide e prolonga-se distalmente ao longo da 
margem lateral do bíceps. Acessos menores iniciam 
no tubérculo do deltóide. A abertura da fáscia 
profunda e a retração do bíceps irá expor o músculo 
braquial, que recobre anteriormente o úmero. 
 O nervo musculocutâneo irá emergir entre o 
bíceps e o braquial. 
 A incisão das fibras do braquial irá expor o 
úmero e proteger as fibras mediais inervadas pelo 
musculocutâneo e as fibras laterais inervadas pelo 
radial. 
 Os nervos radial e axilar estão em risco quando 
submetidos à tração excessiva. 
 Os vasos umerais circunflexos anteriores 
podem precisar ser ligados no acesso proximal. 
 
Abordagem posterior ao úmero: o plano fica entre a 
cabeça longa e lateral do tríceps, chegando entre as 
fibras da cabeça medial do tríceps. 
 Paciente em DD. A incisão é longitudinal em 
linha média, atravessando a pele e as fáscia até 
expor o tríceps. 
 Proximalmente encontra-se o intervalo entre as 
cabeças longa e lateral que permitirá identificar o 
nervo radial. Deve-se identificar o tronco do nervo 
e as estruturas vasculares que o comparam (a 
artéria braquial profunda, adjacente ao nervo). Estas 
estruturas irão limitar o acesso superior. 
 Distalmente ao trajeto do nervo radial a cabeça 
medial (profunda) envolve posteriormente o úmero. 
As fibras terão que ser incisadas e afastadas do 
osso. 
 O nervo ulnar poderá estar em perigo se 
houver dissecção meticulosa do úmero. 
 
 
AN. COTOVELO 
(Thompson, Müller, Rockwood, Gray) 
 
 
 Conjunto articular formado por 3 ossos (úmero, 
rádio e ulna) e 3 articulações. 
 
ANATOMIA: a porção distal do úmero possui 2 
côndilos: 
- côndilo lateral: 
o epicôndilo lateral 
o capítulo 
o fossa radial 
- côndilo medial: 
o epicôndilo medial 
o tróclea 
o túnel cubital: revestido pela 
fáscia de Osbourne 
o fossa coronóide 
O epicôndilo lateral dá origem aos músculos 
supinador, extensores do antebraço e ancôneo. 
 O capítulo limita-se às faces anterior e inferior 
da extremidade, se articulando com a cabeça do 
rádio. 
 Ambos (tróclea e capítulo) tem projeção de 
40o. anterior em relação à diáfise. 
 O ângulo de carregamento, que é formado pela 
linha tangencial da superfície articular em relação ao 
eixo da diáfise, tem aprox. 170o. 
O epicôndilo medial mais proeminente que o 
lateral. Dá origem aos músculos flexores do 
antebraço, pronador redondo, palmar longo e do 
ligamento colateral medial. Tem íntimarelação com 
nervo ulnar (limite proximal do túnel cubital). 
 A tróclea tem forma de carretel e se articula 
com a ulna. Seu eixo de rotação está anterior à 
diáfise do úmero, e forma um ângulo de 
“carregamento” de cerca de 170o com o braço. 
Existem 3 fossas: 
- radial: é rasa, anterior, imediatamente 
acima do capítulo, acomodando a borda 
da cabeça do rádio 
- coronóide: anterior, acima do colo da 
tróclea acomodando o proc. coronóide 
- olecraniana: mais larga e profunda, 
posterior, acomodando o olecrano 
A parte proximal da ulna possui 2 
proeminências interpostas por 1 incisura, além de 
uma tuberosidade. 
O olécrano é uma proeminência recurvada da 
parte proximal e posterior da ulna. É local de 
inserção do tríceps e mais profundo a este há o 
recobrimento da cápsula articular. 
O coronóide é a proeminência proximal e 
anterior da ulna. 
A tuberosidade da ulna fica inferiormente ao 
coronóide e serve de inserção para o músculo 
braquial. Medialmente ao coronóide há o tubérculo 
para o ligamento colateral ulnar e flexor superficial 
dos dedos. 
A incisura sigmóide (semilunar) da ulna é 
a incisura que se encontra no intervalo entre a ponta 
do olécrano e o processo coronóide. Articula-se com 
a tróclea no plano antero-posterior, propiciando 
estabilidade ao cotovelo. 
A região proximal do rádio possui cabeça, 
colo e tuberosidade. 
A cabeça é intra-articular, de formato cilíndrico, 
apresentando uma fossa radial côncava que se 
articula com o capitulo. 
O colo tem bordas cilíndricas se articulam com 
a fossa sigmóide menor da ulna sendo unidas pelo 
ligamento anular. 
O colo e a cabeça apresentam 15o de 
angulação em relação à diáfise. 
A tuberosidade do rádio serve de inserção para 
o bíceps. 
 
Ordem de ossificação do cotovelo: frase mnemônica: 
Capitão Roy Manda em Todos Os Legionários. 
 
Capítulo 1 ano 
Rádio (cabeça) 4 anos 
Medial (epicôndilo) 4-6 anos 
Tróclea 9-10 anos 
Olécrano 10 anos 
Lateral (epicôndilo) 12 anos 
 
Ligamentos e articulações: a artic umero-ulnar é 
um gínglimo unindo a tróclea à ulna (incisura 
semilunar). É estabilizada pelo ligamento colateral 
medial que é mais espesso que o lateral e mais 
forte. Tem origem no epicôndilo medial e é 
constituído por 3 feixes. 
- anterior se insere no processo coronóide 
- posterior se insere na superfície medial 
do olécrano. 
- transverso: é um reforço do lado medial, 
na inserção capsular. Origina-se no 
processo coronóide, e se insere na parte 
posterior da base do olecrano. 
A artic umero-radial é do tipo trocóide (pivô) 
e une o capítulo à cabeça do rádio. É estabilizada 
pelo ligamento colateral lateral, que é um 
espessamento da cápsula e tem forma de leque, 
originando-se no epicôndilo lateral e inserindo-se no 
ligamento anular. Tem 2 partes: 
- ulnar: dá estabilidade póstero-lateral 
- radial 
A artic radio-ulnar proximal articula a 
cabeça do rádio com a incisura radial da ulna. Possui 
3 ligamentos: 
- anular do rádio: mantém a cabeça do 
rádio na incisura 
- corda oblíqua 
- quadrado: sustenta os movimentos 
rotatórios 
 
Fossa cubital: é um espaço em forma de V na parte 
anterior do cotovelo, formado pelo úmero distal, 
pelo braquiorradial (lateralmente) e pronador 
redondo (medialmente). O limite superior do espaço 
são os epicôndilos. O assoalho da fossa é formado 
pelo braquial e o supinador. A cobertura é feita pela 
fáscia com reforço da aponeurose biceptal. 
 O conteúdo da fossa inclui (de lateral para 
medial): 
- nervo radial 
- tendão do bíceps 
- artéria braquial 
- nervo mediano 
 
VIAS DE ACESSO: 
Acesso posterior: incisão sobre o eixo longitudinal do 
membro, contornando suavemente a face lateral do 
olécrano acompanhando em seguida a ulna proximal 
(ao longo de 2,5cm). 
 Em seguida é feita osteotomia em “V” do 
olecrano, sendo este e tríceps liberados 
delicadamente pelos tecidos moles e rebatidos 
proximalmente como uma unidade. 
 
Acesso antero-lateral (extensão de Henry): utiliza o 
plano entre o braquial e braquiorradial, com o 
pronador redondo. 
 Paciente em DD. O braquial (nervo 
musculocutâneo) é afastado proximalmente, e o 
pronador redondo (nervo mediano), e braquiorradial 
distalmente. 
O nervo antebraquial cutâneo lateral deve ser 
protegido, além do nervo radial e seus ramos 
(supinar o antebraço). 
Adicionalmente, a artéria braquial (que cai 
sobre a aponeurose do bíceps) deve também ser 
protegido. Ramos da artéria recorrente radial devem 
ser ligados. 
 
Acesso lateral: explore o intervalo entre o tríceps e 
o braquiorradial elevando-se uma porção do 
tendão conjunto extensor de sua origem no 
epicôndilo lateral. 
Uma extensão proximal da incisão põe em risco 
o nervo radial. 
 
Acesso póstero-lateral (Kocher): usa o intervalo 
entre o músculo ancôneo (nervo radial) e os 
músculos de origem extensora (nervo interósseo 
posterior). 
 A pronação do antebraço move o nervo 
anteriormente e radialmente, e a cabeça do rádio é 
buscada através das fibras proximais do supinador. 
 Estendendo a incisão distalmente ao ligamento 
anular aumenta o risco de lesar o nervo. 
 
Acesso medial: explora-se o intervalo entre o 
braquial (nervo musculocutâneo) e o tríceps 
(nervo radial) proximalmente e o braquial e 
pronador redondo (nervo mediano) distalmente. 
 Os nervos antebraquiais ulnar e medial estão 
no campo e devem ser protegidos. 
 
ARTROSCOPIA: usam-se os seguintes portais: 
Antero-lateral: colocado após tração articular, 1cm 
distal e 1cm anterior ao epicôndilo lateral. Os nervos 
cutâneo lateral antebraquial e radial estão em risco. 
Antero-medial: colocado sob visualização direta 2cm 
distal e 2cm anterior ao epicôndilo medial. Os nervos 
cutâneo medial antebraquial e mediano estão em 
risco. 
Postero-lateral: colocado 2cm proximal ao olecrano e 
justa-lateral ao tendão do tríceps 
Posterior direto: através do tendão triceptal. 
 
PUNÇÃO ARTICULAR: são mais facilemnte 
realizadas com o ctovelo fletido 90o e o antebraço 
em repouso sobre o tórax ou apoiado sobre uma 
mesa. A agulha será introduzida no meio do 
triângulo formado pelo epicôndilo lateral, cabeça do 
rádio e ponta do olecrano (correspondedno ao 
recesso infracondilar). 
 
 
AN. ANTEBRAÇO 
(Thompson, Müller, Rockwood, Gray) 
 
 
ANATOMIA: possui 2 ossos importantes: o rádio e 
ulna 
 O rádio é mais curto e mais lateral. Seu corpo 
possui 3 faces: 
- anterior: possui uma linha áspera como a 
crista do pronador. Serve de área de 
inserção da artéria nutrícia 
- posterior 
- lateral 
A borda interóssea separa a face anterior da 
posterior e serve como inserção da membrana 
interóssea e do lig. oblíquo. 
A ulna possui 3 faces: 
- anterior: local onde a crista do pronador 
e onde se insere os vasos nutrícios 
- posterior 
- medial 
A borda interóssea é cortante proximalmente. 
A borda posterior (ou subcutânea) une a parte 
posterior do olécrano até a estilóide ulnar, sendo 
facilmente palpável e separa os músculos flexores 
dos extensores do antebraço. 
 
Músculos: os músculos flexores superficiais tem em 
comum sua origem no epicôndilo medial. São eles: 
- pronador redondo: tem uma cabeça 
umeral e outra ulnar. Se insere no 1/3 
médio da região lateral do rádio. Faz 
pronação e flexão do antebraço. 
- flexor radial do carpo: se insere na base 
do 2o. e 3o. metacarpos. Faz flexão da 
mão e desvio radial. 
- flexor ulnar do carpo: passa através do 
pisiforme, se insere no hâmulo do 
hamato e base do 5o. metacarpo. É o 
flexor da mão mais forte e faz desvio 
ulnar. 
- palmar longo: se insere no lig transverso 
e aponeurose palmar e faz flexão da 
mão. 
- flexor superficial dos dedos: também tem 
origem na parte ântero-proximal do 
rádio. Se insere na falangemédia dos 
dedos e flexiona a articulação IFP. 
Os flexores profundos são: 
- flexores profundos dos dedos: origem na 
ulna e memb IO, com inserção nas 
falanges distais. Tem a função de fletir 
as artic IFD. São suscetíveis à contratura 
de Volkmann 
- flexor longo do polegar: tem origem na 
região anterior do rádio e processo 
coronóide, com inserção na falange distal 
do polegar. Também é suscetível ao 
Volkmann 
- pronador quadrado: fica distalmente no 
antebraço com origem na ulna e inserção 
no rádio. É o pronador primário do 
antebraço. 
Os extensores superficiais tem origem no 
epicôndilo lateral, com exceção do braquiorradial e 
do extensor radial longo dos dedos (que tem origem 
na parte supracondilar lateral). São eles: 
- ancôneo: se insere na parte proximal 
posterior da ulna, fazendo extensão do 
antebraço. 
- braquiorradial: se insere na parte distal 
lateral do rádio e ao contrário dos 
demais, faz flexão do antebraço 
- extensor radial longo do carpo: se insere 
na base do 2o. MC e faz extensão da 
mão 
- extensor radial curto do carpo: se insere 
na base do 3o. MC com extensão da mão 
- extensor dos dedos e do dedo mínimo: 
se insere nas falanges distais fazendo 
extensão dos dedos 
- extensor ulnar do carpo: se insere na 
base do 5o. MC com extensão e adução 
da mão. 
Os músculos extensores profundos são: 
- supinador: é proximal e tem origem na 
região medial da ulna com inserçào na 
parte lateral do rádio. Exerce supinação. 
- abdutor longo do polegar: origem 
posterior do rádio/ulna e inserção na 
base do 1o. MC com abdução e extensão 
do polegar carpometacarpiano 
- extensor curto do polegar: origem 
posterior ao rádio e inserção na base da 
falange P do polegar. Faz extensão do 
polegar na MCF 
- extensor longo do polegar: origem 
posterior na ulna e inserção na base da 
falange D do polegar. Faz extensão do 
polegar na IF 
- extensor do indicador: origem posterior 
na ulna e inserção na falange D do 
indicador. Faz extensão do dedo. 
 
Nervos: os nervos importantes do antebraço são: 
O nervo musculocutâneo no antebraço é 
sensitivo da região lateral do antebraço (por meio do 
nervo cutâneo lateral). 
- nervo cutâneo lateral: passa lateral à 
veia cefálica e emerge lateralmente entre 
o biceps e o braquiorradial na altura do 
cotovelo. 
O cutâneo medial do antebraço parte 
direto do fascículo medial (do plexo braquial) faz 
trajeto com a veia basílica e é sensitivo para a região 
medial do antebraço 
O ulnar passa por trás do epicôndilo medial e 
depois entre o flexor ulnar do carpo e flexor 
profundo dos dedos, acompanhando a seguir abaixo 
do flexor ulnar do carpo até se tornar mais 
superficial e no punho entrar no canal de Guyon. É 
motor para o flexor ulnar do carpo e dos flexores 
profundos do 4o. e 5o. dedos. 
O mediano próximo ao cotovelo, na fossa 
cubital, é coberto pela aponeurose do bíceps. Passa 
entre as cabeças do pronador redondo, depois migra 
junto com a artéria mediana (entre os flexores dos 
dedos superficial e profundo), passando atrás do 
arco tendíneo formado pelo flexor superficial dos 
dedos. Quando se aproxima do pulso, emerge entre 
os flexores superficiais penetrando no túnel do 
carpo. É motor para o pronador redondo, flexor 
radial do carpo, palmar longo e flexor superficial dos 
dedos, além do abdutor curto do polegar. 
- interósseo anterior: surge na fossa 
cubital e desce anteriormente à 
membrana interóssea junto com a artéria 
interóssea anterior e termina inervando 
(motor) o pronador quadrado. Também 
é motor para o flexor profundo dos 
dedos (2o. e 3o.) e flexor longo do 
polegar 
O radial na verdade apenas seus ramos 
terminais fazem parte da inervação do antebraço 
- nervo cutâneo posterior do antebraço: é 
um ramo que se inicia quando o radial 
está saindo de medial para lateral no 
braço. É sensitivo para a parte posterior 
do antebraço 
- superficial: é sensitivo. Acompanha a 
artéria radial abaixo do braquiorradial e 
na porção distal do antebraço (terço 
distal) torna-se subcutâneo, passando 
entre o braquirradial e o extensor radial 
longo do carpo. Inerva a parte lateral do 
dorso da mão, incluindo a tabaqueira 
anatômica e emite ramos digitais. 
- profundo: abaixo do braquiorradial, 
dirige-se medialmente, em torno do 
rádio entre as camadas do supinador 
(túnel radial), passando para a região 
posterior do antebraço entre os 
extensores superficiais e profundos, 
denominando-se interósseo posterior. 
O radial será motor para os músculos 
ancôneo, braquiorradial, supinador e 
extensores radiais do carpo, enquanto 
que o interósseo será motor para os 
demais músculos extensores do 
antebraço e abdutor longo do polegar. 
 
Artérias: a artéria braquial entra na fossa cubital 
acompanhado do nervo mediano e na altura do cólo 
do rádio se ramifica em artérias: 
- radial: passa sobre o pronador redondo e 
sob o braquiorradial, indo até o punho 
entre este e o flexor radial do carpo. 
Seus ramos incluem: 
o recorrente radial (arcada de 
Henry): vai subir e 
anastomosar com a colateral 
radial 
o ramos musculares 
- ulnar: mais largo dos 2 ramos, é coberto 
pelo flexor radial do carpo 
proximalmente, e dpeois passa entre os 
flexores superficial e profundo dos 
dedos. Distamente, a artéria fica 
localizada entre o flexor profundo dos 
dedos e o flexor ulnar do carpo 
(adjacente ao nervo ulnar). Emite os 
ramos: 
o recorrente ulnar anterior: 
anastomosa com a colateral 
ulnar inferior 
o recorrente ulnar posterior: 
anastomosa com a colateral 
ulnar superior 
o interóssea comum: emite a 
interóssea anterior, 
interóssea posterior e a 
recorrente interóssea 
o ramos musculares 
 
Compartimentos: divide-se em 2: 
- volar: formado pelos pronadores do 
antebraço e flexores do punho. A 
irrigação provém das artérias radial e 
ulnar 
- dorsal: formado pelos extensores do 
punho e dos dedos 
- coxim extensor: formado pelo 
braquiorradial e extensores radiais do 
carpo é considerado um comaprtimento 
à parte 
 
ACESSOS CIRÚRGICOS: 
Acesso anterior (Henry): utiliza o intervalo entre o 
braquiorradial (nervo radial) e o flexor radial do 
carpo (nervo mediano) distalmente e o pronador 
redondo proximalmente. 
 Proximalmente é necessário isolar e ligar os 
ramos arteriais radiais, e subperiostealmente 
descolar o supinador de sua inserção. 
 É essencial proteger o ramo superficial do 
nervo radial (retrai lateralmente) e o braquirradial. 
Distalmente é necessário dissecar o flexor longo do 
polegar e o pronador quadrado. 
 A supinação desloca o interósseo posterior 
para o lado ulnar. 
 
Acesso posterior (Thompson): usa o intervalo entre 
o extersor radial curto do carpo (nervo radial) e 
o extensor comum dos dedos, ou extensor longo 
do polegar distalmente (protegendo o nervo 
interósseo posterior). 
 O acesso tem como parâmetros o epicôndilo 
medial do úmero, em direçào à proeminência do 
estilóide radial. 
 durante o acesso deve-se identificar o nervo 
interósseo posterior e protegê-lo. Retração 
excessiva do supinador pode prejudicá-lo. 
 
Acesso à ulna: o acesso à ulna é posterior, local 
onde ela está subcutaneamente localizada. 
 O acesso usa o intervalo entre o extensor 
ulnar do carpo (interósseo posterior) e o flexor 
ulnar do carpo (nervo ulnar). 
 
 
 
AN. PUNHO 
(Thompson, Müller, Rockwood, Gray) 
 
 
ANATOMIA: a parte distal do rádio é dilatada e 
possui inclinação ulnar de 22o, volar de 14o e 
comprimento (medida entre a ulna e a estilóide 
radial) de 9mm. 
Ela possui 4 faces: 
- anterior: lisa 
- medial: possui a incisura ulnar 
- dorsal: convexa e possui o tubérculo 
dorsal 
- lateral: apresenta o processo estilóide 
onde se insere o lig colateral

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