167 pág.
Pré-visualização | Página 8 de 50
lesão Bankart e póstero-inferior (7 horas). AN. BRAÇO (Thompson, Müller, Rockwood, Gray) ANATOMIA: a diáfise umeral compreende 3/5 de todo o úmero e começa na borda superior da inserção do peitoral maior e termina na crista supracondilar. O corpo do úmero possui 3 faces: anterolateral, anteromedial e posterior. São separadas pelas bordas - anterior: começa na área anterior do tubérculo maior e termina na fossa coronóide - medial: começa no tubérculo menor e termina na crista supracondilar medial - lateral: começa na parte posterior do tubérculo maior e termina na crista supracondilar lateral A face posterior é marcada pelo sulco do nervo radial, que se dirige para baixo e lateralmente. A face anterolateral apresenta uma grande área áspera (a tuberosidade do deltóide) para a inserção do músculo deltóide. O canal do úmero alarga-se proximamente, de forma circular, mas estreita-se distalmente cada vez mais, e de forma triangular na diáfise distal, até terminar em uma extremidade romba próxima à fossa do olécrano, se enchendo de osso denso 1,5cm acima da fossa. Músculos: o músc. coracobraquial tem origem no processo coracóide e se insere na parte média do úmero. Além de fletir, aduz o braço. Outros músculos serão divididos em flexores e extensores do antebraço: - flexores: o braquial: tem origem na parte distal anterior do úmero e se insere na tuberosidade da ulna. é duplamente inervado pelo musculocutâneo e radial o bíceps: insere-se na tuberosidade do rádio e também faz supinação do antebraço. Possui 2 cabeças e suas origens: Longa: tubérculo supraglenoidal curta: processo coracóide - extensores: o tríceps: insere-se na parte proximal do olécrano. Possui 3 cabeças e suas origens: Longa: tubérculo infraglenoidal Lateral: posterior ao úmero proximamente Medial: posterior ao úmero distalmente Nervos: os nervos podem estar muito íntimos em relação ao úmero e podem ser lesados em casos de fraturas. O musculocutâneo perfura o m. coracobraquial e se localiza entre o bíceps e músculo braquial no terço médio do braço. É motor para coracobraquial, braquial e bíceps. Emite o ramo cutâneo lateral do antebraço. O mediano acompanha a artéria braquial e ao se aproximar do cotovelo desce medial à mesma. O cutâneo medial do braço acompanha a veia basílica. Sensitivo para parte medial do braço O ulnar faz trajeto acompanhando a veia basílica e passa do compartimento ant para post através do septo intermuscular medial (arcada de Struthers) 8cm acima do epicôndilo medial. Desce junto com a artéria colateral ulnar, anterior à cabeça medial do tríceps até atingir a parte posterior do epicôndilo medial O radial faz trajeto com a artéria braquial profunda no “intervalo” triangular, abaixo do redondo maior, e acompanha a superfície profunda do tríceps, ao longo do intervalo entre as cabeças longa e lateral. Depois de mandar seus ramos para o tríceps migra para o sulco do nervo radial do úmero (a 15 cm do cotovelo), único local onde o nervo fica apoiado diretamente no úmero. Atravessa o septo intermuscular lateral do braço, entrando no compartimento anterior e dirige-se anteriormente para a fossa cubital entre o músc. braquial e braquiorradial, à frente do epicôndilo lateral. Emite vários ramos antes de chegar ao cotovelo (como o cutâneo posterior do antebraço) e divide-se em seus ramos terminais (superficial e profundo) ao nível ou abaixo do epicôndilo lateral. É sensitivo para a parte lateral e posterior do braço através de nervos cutâneos e motor para o tríceps e ancôneo. O nervo radial fica separado do osso por 1-5cm de massa muscular, ficando apoiado diretamente no úmero apenas em um curto trecho próximo à crista supracondilar. Artérias: a artéria braquial é continuação da axilar (iniciando após passar pelo redondo maior). Começa medialmente no braço perto da axila, e curva-se lateralmente para entrar na fossa cubital. Emite 7 ramos: - braquial profunda: faz trajeto com o nervo radial no sulco do nervo radial emitindo 2 ramos o colateral radial: anastomosa com a recorrente radial o colateral média: anastomosa com a recorrente interóssea - nutrícia do úmero - colateral ulnar superior: faz trajeto com o nervo ulnar e anastomosa com a recorrente ulnar posterior - colateral ulnar inferior: faz anastomose com a recorrente ulnar anterior - ramos musculares - radial: ramo terminal - ulnar: ramo terminal Compartimentos: os septos fasciais dividem em 2: - anterior: aloja os flexores do cotovelo (bíceps braquial, braquial e coracobraquial). Encontram-se também a artéria braquial, os nervos musculocutâneo e mediano. O nervo ulnar tem origem no anterior - posterior: dominado pelo tríceps. O nervo radial se inicia posterior. A irrigação é proveniente da artéria braquial profunda ACESSOS CIRÚRGICOS: Acesso antero-lateral ao úmero: o plano intermuscular do úmero é feito entre o deltóide (nervo axilar) e peitoral maior proximamente, e entre as fibras do músculo braquial (nervo radial e musculocutâneo). Paciente em DV. A incisão se inicia no processo coracóide, avança em direção do tubérculo do deltóide e prolonga-se distalmente ao longo da margem lateral do bíceps. Acessos menores iniciam no tubérculo do deltóide. A abertura da fáscia profunda e a retração do bíceps irá expor o músculo braquial, que recobre anteriormente o úmero. O nervo musculocutâneo irá emergir entre o bíceps e o braquial. A incisão das fibras do braquial irá expor o úmero e proteger as fibras mediais inervadas pelo musculocutâneo e as fibras laterais inervadas pelo radial. Os nervos radial e axilar estão em risco quando submetidos à tração excessiva. Os vasos umerais circunflexos anteriores podem precisar ser ligados no acesso proximal. Abordagem posterior ao úmero: o plano fica entre a cabeça longa e lateral do tríceps, chegando entre as fibras da cabeça medial do tríceps. Paciente em DD. A incisão é longitudinal em linha média, atravessando a pele e as fáscia até expor o tríceps. Proximalmente encontra-se o intervalo entre as cabeças longa e lateral que permitirá identificar o nervo radial. Deve-se identificar o tronco do nervo e as estruturas vasculares que o comparam (a artéria braquial profunda, adjacente ao nervo). Estas estruturas irão limitar o acesso superior. Distalmente ao trajeto do nervo radial a cabeça medial (profunda) envolve posteriormente o úmero. As fibras terão que ser incisadas e afastadas do osso. O nervo ulnar poderá estar em perigo se houver dissecção meticulosa do úmero. AN. COTOVELO (Thompson, Müller, Rockwood, Gray) Conjunto articular formado por 3 ossos (úmero, rádio e ulna) e 3 articulações. ANATOMIA: a porção distal do úmero possui 2 côndilos: - côndilo lateral: o epicôndilo lateral o capítulo o fossa radial - côndilo medial: o epicôndilo medial o tróclea o túnel cubital: revestido pela fáscia de Osbourne o fossa coronóide O epicôndilo lateral dá origem aos músculos supinador, extensores do antebraço e ancôneo. O capítulo limita-se às faces anterior e inferior da extremidade, se articulando com a cabeça do rádio. Ambos (tróclea e capítulo) tem projeção de 40o. anterior em relação à diáfise. O ângulo de carregamento, que é formado pela linha tangencial da superfície articular em relação ao eixo da diáfise, tem aprox. 170o. O epicôndilo medial mais proeminente que o lateral. Dá origem aos músculos flexores do antebraço, pronador redondo, palmar longo e do ligamento colateral medial. Tem íntima