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Obriga��es - modalidades 3.pptx

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Das modalidades da obrigação
Classificação quanto ao objeto
Obrigação de dar;
Obrigação de fazer;
Obrigação de não fazer.
Espécies de prestação de coisa, obrigação de dar coisa certa e incerta, de restituir, de contribuir, de solver dívida em dinheiro, de fazer e de não fazer, líquida e ilíquida
Vide artigos 621, 631,632 e 645 do CPC.
São três os elementos constitutivos da obrigação
Os sujeitos:
Ativo e passivo
Objeto
Vínculo jurídico
Obrigação simples:
simples é aquela cuja prestação recai somente sobre uma coisa (certa ou incerta) ou sobre um ato (fazer ou não fazer); destina-se a produzir um único efeito, liberando-se p devedor quando cumprir a prestação a que se obrigara;
Obrigação composta:
é uma relação obrigacional múltipla, por conter 2 ou mais prestações de dar, de fazer ou de não fazer, decorrentes da mesma causa ou do mesmo título, que deverão realizar-se totalmente, pois o inadimplemento de uma envolve seu descumprimento total.
Obrigações compostas se dividem em:
Cumulativas – Chamadas de conjuntivas, ligadas ´pela conjunção “e” e se exige a participação de todos.
Alternativas – Também chamadas de disjuntivas os objetos se ligam pela disjuntiva ‘OU” e estão ligados por mais de uma obrigação.
Facultativa – É a obrigação simples, cabendo ao devedor uma única prestação, só ele responde definitivamente por sua obrigação.
Obrigações por multiplicidade de sujeitos:
Obrigação divisível: é aquela cuja suscetível de cumprimento parcial, sem prejuízo de sua substância e de seu valor; trata-se de divisibilidade econômica e não material ou técnica; havendo multiplicidade de devedores ou de credores em obrigação divisível, este presumir-se-á dividida em tantas obrigações, iguais e distintas (CC, art. 890).
Obrigação indivisível: é aquela cuja prestação só poder ser cumprida por inteiro, não comportando sua cisão em várias obrigações parceladas distintas, pois, uma vez cumprida parcialmente a prestação, o credor não obtém nenhuma utilidade ou obtém a que não representa parte exata da que resultaria do adimplemento integral; pode ser física (obrigação restituir coisa alugada, findo o contrato), legal (concerne às ações de sociedade anônima em relação à pessoa jurídica), convencional ou contratual (contrato de conta corrente), e judicial (indenizar acidentes de trabalho).
Obrigação solidária: é aquela em que, havendo multiplicidade de credores ou de devedores, ou uns e outros, cada credor terá direito à totalidade da prestação, como se fosse o único credor, ou cada devedor estará obrigado pelo débito todo, como se fosse o único devedor (art. 896, § único); se caracteriza pela coincidência de interesses, para satisfação dos quais se correlacionam os vínculos constituídos; quatro são os seu carcteres: a) pluralidade de sujeitos ativos ou passivos; b) multiplicidade de vínculos; c) unidade de prestação; d) co-responsabilidade dos interessados; a solidariedade pode ser ativa, passiva e recíproca ou mista.
Solidariedade ativa: é a relação jurídica entre vários credores de uma obrigação, em que cada credor tem o direito de exigir do devedor a realização da prestação por inteiro, e o devedor se exonera do vínculo obrigacional, pagando o débito a qualquer um dos cocredores; extinguir-se-á se os credores desistirem dela, estabelecendo, por convenção, que o pagamento da dívida se fará pro-rata, de modo que cada um deles passará a ter direito apenas à sua quota-parte.
Solidariedade passiva: é a relação obrigacional, oriunda de lei ou de vontade das partes, com multiplicidade de devedores, sendo que cada um deles responde pelo cumprimento da prestação, como se fosse o único devedor; cada devedor está obrigado à prestação na sua integralidade, como se tivesse contraído sozinho o débito; desaparecerá com o óbito de um dos coobrigados, em relação aos seus herdeiros, sobrevivendo quanto aos demais codevedores solidários.
Esquema de classificação
Das obrigações de dar:
a prestação do obrigado é essencial à constituição ou transferência do direito real sobre a coisa; a entrega da coisa tem por escopo a transferência de domínio e de outros direitos reais; tal obrigação surge, por exemplo, por ocasião de um contrato de compra e venda, em que o devedor se compromete a transferir o domínio para o credor do objeto da prestação, tendo este, então, direito à coisa, embora a aquisição do direito fique na dependência da tradição do devedor.
Das 0brigações de dar a coisa certa:
tem-se quando seu objeto é constituído por um corpo certo e determinado, estabelecendo entre as partes da relação obrigacional um vínculo em que o devedor deverá entregar ao credor uma coisa individuada; se a coisa, sem culpa do devedor, se deteriorar, caberá ao credor escolher se considera extinta a relação obrigacional ou se aceita o bem no estado em que se encontra, abatido no seu preço o valor do estrago (art. 866); perecendo a coisa, por culpa do devedor; ele deverá responder pelo equivalente, isto, pelo valor que coisa tinha no momento em que pereceu, mais as perdas e danos (art. 865), que compreendem a perda efetivamente sofrida pelo credor (dano emergente) e o lucro que deixou de auferir (lucro cessante); deteriorando-se o objeto poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se achar, com direito de reclamar, em um ou em outro caso, indenização de perdas e danos (art. 867).
Impossibilidade de entrega da coisa diversa;
Tradição como transferência dominial;
A tradição:
Real;
Simbólica;
Ficta.
Real, Simbólica e Ficta:
Entrega efetiva e material da coisa da coisa;
Traduz a entrega, a alienação, as chaves do móvel e imóvel;
- Constitutio possessório, (cláusula CONSTITUTI) , locação, transferindo o domínio da coisa
Direitos aos melhoramentos acrescidos:
É a tradição. Obrigação de dar a coisa certa (compra e venda), e restituição ou (comodato). Os dois são a tradição.
Espécies de acréscimos:
Vide: art. 237 CCB e parágrafo único.
Distinção: Melhoramentos x Acrescidos x Frutos: “ Melhoramento é tudo quanto opera mudança para melhor, em comodidade, na condição e no estado físico da coisa. Acrescido é tudo que se ajunta, que se acrescenta à coisa, aumentando-a. Frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz. Nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe a destruição no todo ou em parte, como o café, os cereais, as frutas das árvores, o leite, as crias dos animais etc.” Pertenças – (art. 93 do CC) não se incluem no conceito de “acessório”. 
Ex: “se o objeto da obrigação for um animal, e este der cria, o devedor não poderá ser constrangido a entregá-la. Pelo acréscimo, tem o direito de exigir aumento do preço, se o animal não foi adquirido juntamente com a futura cria”
Observação: Vide art. 242, 242, 629 e 1.435, IV do estatuto civil.
- Melhoramentos já existentes no momento da celebração do negócio: Pressupõe-se, entretanto, que esses melhoramentos e acrescidos pelos quais se pode exigir aumento de preço não existiam ao tempo da assunção da obrigação, isto é, que surgiram depois de assumida a obrigação pelo devedor, donde o direito de exigir aumento no preço. Se o acessório já existia agregado na coisa principal ao tempo do negócio, não pode o devedor recusar-se a entregá-lo, salvo se o contrário resultar do título. 
Ex: Se os contratantes já sabiam que a égua vendida estava prenha, o vendedor não poderá exigir um acréscimo no preço em razão do nascimento do potro antes da entrega da égua.
Hipóteses de boa e má fé do devedor: Vide art. 1.219 e 96 do CCB. Vide art. 745 do cpc.
Quer isso significar que, a boa-fé que se almeja na busca de uma decisão justa, deve se exteriorizar através da observância de deveres previamente estabelecidos em nossa legislação processual civil, mais precisamente no art. 14, incisos I a V, do Código de Processo Civil, que possui regra específica e dirigida a todos aqueles que participam do processo, sobre o agir em Juízo, dispondo:
“Art. 14. São deveres partes e de todos
aqueles que de qualquer forma participam do processo:
Para ilustrar, alguns outros dispositivos também podem ser acrescentados como exemplos práticos que preveem o agir processual, como os arts. 339 e 340 do Código de Processo Civil, que estabelecem:
“Art. 339. Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade”.
“Art. 340. Além dos deveres enumerados no art. 14, compete à parte:
Abrangência dos acessórios: Vide art. 233 do CCB.
Principal: è o bem que tem existência própria, que existe por si só.
Acessório: é aquele que depende do principal para existir.
I) OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR:
Se antes da entrega da coisa, sobrevêm a esta melhoramentos/acrescidos (cômodos ou vantagens produzidas pela coisa) não contratados, tem o devedor o direito de exigir o aumento respectivo no preço e, em caso de discordância do credor, poderá resolver a obrigação, retornando as partes à situação original. Assim, do mesmo modo com que arca com os riscos da deterioração e perecimento da coisa antes da tradição, o devedor se beneficiará com eventual acréscimo ou melhoramento sofrido por esta. 
Ex: “o exemplo clássico é o da venda da vaca que, naquele lapso temporal, fica prenha. O bezerro em gestação é um melhoramento, porque aumenta o valor da vaca” (Fábio Ulhoa), assim, o vendedor pode pleitear o aumento no preço da venda e, caso não ocorra a concordância do comprador, o negócio será desfeito.
Perecimento e deterioração: Vide Res Perit Domino Vide : art. 492 do CCB.
O 1º é a danificação total da coisa antes de ser entregue e o 2º deterioração, é a danificação parcial da coisa que deverá ser entregue como garantia.
Observação: Perecimento com culpa e sem culpa do devedor: Vide artes. 234, 125 e 402 do CCB. Deterioração com culpa e sem culpa do devedor: Vide art. 235 e 236 do CCB. 
Melhoramentos que autorizam o aumento do preço: se até a entrega o vendedor ergue benfeitorias, ou faz adornos por sua livre vontade, não poderá impor a complementação do preço, posto que a aquisição não se fez do imóvel modificado ou mais valorizado. Daí admitir a melhor exegese que os melhoramentos autorizadores da complementação do preço devem corresponder, no máximo, àqueles constituídos de benfeitorias necessárias e úteis, ou àqueles advindos do evento natural ou fatos da natureza (Arnaldo Rizzardo). No mesmo sentido: Sílvio Venosa, Carvalho Santos, Pontes de Miranda e Paulo Nader
Ex (entendimento doutrinário): Se o vendedor, antes da tradição do imóvel, faz reparos no telhado, que está prestes a desabar, terá direito de receber o valor gasto do comprador, já que fez melhoria (benfeitoria) necessária. No entanto, se coloca uma estátua no jardim, como forma de embelezar o imóvel, não fará jus ao ressarcimento do valor empregado. 
OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR:
- os frutos percebidos (aqueles que já foram colhidos pelo proprietário) antes da tradição pertencem ao devedor, já que, quando separados da coisa principal (colhidos), ganham existência autônoma e deixam de ser acessórios, pertencendo ao proprietário desta. Ex: aquele que vende ações tem direito ao recebimento dos dividendos destas até o dia da entrega.
- os frutos pendentes (aqueles que se encontram presos ou ligados a coisa)– são considerados acessórios e, portanto, pertencem ao credor. Ex: os dividendos de ações a serem pagos após a tradição.
- Nessa situação, pois, não terá o devedor direito ao aumento do preço, já que os frutos são incrementos previstos e esperados da coisa e, como destacava Clóvis (Código Civil dos Estados Unidos do Brasil comentado, p. 13), quando as partes se obrigaram já sabiam da existência dos frutos em formação, tanto que podiam estabelecer relação negocial específica quanto a eles, conforme prevê o art. 95 (Renan Lotufo). 
- Isso mesmo que se encontrem maduros ou aptos para serem colhidos. Todavia, no tocante aos que se venceram antes da tradição, e apenas não satisfeitos, como aluguéis de imóveis, ou juros de mútuo formalizado através de um título de crédito, a titularidade é do devedor. (Arnaldo Rizzardo). 
- Frutos percipiendos (aqueles que poderiam ter sido colhidos, mas ainda não foram) - O artigo é omisso. Parte da doutrina entende que, assim, como os pendentes, eles pertencem ao credor (neste sentido: Ricardo A. Gregório). 
II) OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR:
não decorrentes de despesa/trabalho do devedor: caso os melhoramentos/acréscimos1 não sejam derivados de despesa ou trabalho realizado pelo devedor, estes caberão ao credor, sem direito de indenização àquele. Aliás, conforme dispõe o artigo 97 do CC, se não há intervenção do proprietário/possuidor, não se consideram benfeitorias os melhoramentos/acréscimos sobrevindos ao bem.
Exemplo: Considere que durante o prazo de vigência do arrendamento, o imóvel rural valorizou em razão da construção de uma auto-estrada nas vizinhanças. Este melhoramento não derivou de nenhum ato do possuidor e, por isso, deve ser integralmente incorporado ao patrimônio do proprietário (Fábio Ulhoa).
b) decorrentes de despesa/trabalho do devedor: Nesta hipótese, aplicam-se as regras gerais do Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa e má-fé, inclusive o direito de retenção.
Assim, se estiver de boa-fé (art. 1.219), o devedor terá direito a ser indenizado pelos melhoramentos e acréscimos úteis e necessários e ao levantamento dos voluptuários, sem detrimento para a coisa, salvo se o credor preferir ficar com estes, pagando a devida indenização. Se atuou de má-fé, terá direito apenas aos acréscimos necessários (vide art. 1.210 e seguintes) 
FRUTOS3 DA COISA: (vide art. 95 e 1.214/1.216) – são bens acessórios que pertencem ao proprietário da coisa (art. 1.232).
Vide artigos 238, 239, 240 e 241
Aplica-se inteiramente o principio “res perit domino” (a coisa perece ao dono).
Restituir significa devolver. Nas obrigações de restituir, o devedor devolve coisa certa, recebendo o credor o que já lhe pertencia.
Antes da entrega houve um “sinistro” e a coisa se perdeu, sem culpa do dono, o prejuízo é do credor (que é o dono).
Perecimento com culpa e sem culpa do devedor. Deterioração com culpa e sem culpa do devedor.
OBS: Perdas e Danos: É tudo que ele perdeu e tudo o que ele deixou de ganhar.
OBS2: Indenizar ≠ Restituir
Indenizar é cobrar perdas e danos devido uma conduta culposa. Restituir é voltar ao estado original, sem perdas e danos.
OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR: aplicam-se as regras gerais acerca do possuidor de boa ou má-fé (art. 1.214 e seguintes). Assim:
- Devedor de boa-fé: pertencem ao devedor os frutos percebidos (ex: aluguel, colheita) enquanto estiver na posse da coisa, antes da tradição, salvo estipulação em contrário. Do mesmo modo, os frutos pendentes pertencem ao credor, descontadas as despesas de produção e custeio. 
- Devedor de má-fé: deve restituir os frutos colhidos e percebidos, bem como os que, por sua culpa, deixou o credor de perceber (percipiendos), abatidas as despesas de produção e custeio. 
Percepção antecipada dos frutos: não se admite que o devedor, no intuito de obter os frutos, busque a percepção antecipada destes (ex: colheita de frutos não maduros, recebimento antecipado de aluguel). 
1 - Hipótese ocorrível de valorização encontra-se nos arrendamentos. Havendo plantações de culturas duráveis, como árvores frutíferas, ou bananais, ou cafezais, a valorização das terras não poderá importar em indenização, eis que o tipo de exploração impôs o cultivo que acresceu um valor ao bem. Da mesma forma se o imóvel for empregado para a plantação de arroz, em que se exige o valetamento e aplainamento da terra. É da natureza do uso o beneficiamento introduzido. (Arnaldo Rizzardo).
3 Frutos: podem ser definidos como utilidades que a coisa principal periodicamente produz, cuja percepção não diminui a sua substância (ex: a soja, a maça, o bezerro, os juros, o aluguel). Se a percepção da utilidade causar a destruição total ou parcial da coisa principal, não há que se falar, tecnicamente, em frutos. (Pablo
Gagliano e Rodolfo P. Filho). 
- Naturais denominam-se os frutos quando originados da própria força orgânica da coisa; industriais são aqueles produzidos pelo bem principal através da participação do engenho humano, como as mercadorias provenientes de fábricas; já os civis correspondem aos constituídos de rendimentos resultantes da utilização do bem principal, como se dá com aluguéis e juros. (Arnaldo Rizzardo).
Direito de retenção: é uma faculdade negativa. O que detém a coisa, legitimamente, pode manter essa retenção até que seja indenizado das despesas e dos acréscimos que fez. (Sílvio Venosa).
Das obrigações pecuniárias
Obrigação pecuniária é obrigação de entregar dinheiro, ou seja, de solver dívida em dinheiro. Como ocorre no contrato de mutuo, em que o tomador do empréstimo obriga-se a devolver, dentro de determinado prazo, a importância levantada.
        Preceitua o art. 315 do Código Civil que:
 “as dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes”,... 
...que preveem a possibilidade de corrigi-lo monetariamente.
princípio do nominalismo, pelo qual se considera como valor da moeda o valor nominal que lhe atribui o Estado, no ato da emissão ou cunhagem. Assim, o devedor de uma quantia em dinheiro libera-se entregando a quantidade de moeda mencionada no contrato ou título da dívida, e em curso no lugar do pagamento, ainda que desvalorizada pela inflação.
cláusula de escala móvel, pela qual o valor da prestação deve variar segundo os índices de custo de vida, que podiam ser aplicados sem limite temporal. A Lei n. 10.192, (de 14-2-2001), pretendendo desindexar a economia, declarou “nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a um ano” (art. 2º, § 1º).
A escala móvel ou critério de atualização monetária, que decorre de prévia estipulação contratual, ou da lei, não se confunde com a teoria da imprevisão, que poderá ser aplicada pelo juiz quando fatos extraordinários e imprevisíveis tornarem excessivamente oneroso para um dos contratantes o cumprimento do contrato, e recomendarem sua revisão.
- Quando, no entanto, o dinheiro não constitui objeto da prestação, mas apenas representa seu valor, diz-se que a dívida é de valor.
- A obrigação de solver dívida em dinheiro abrange além das dívidas pecuniárias (que têm por objeto uma prestação em dinheiro) e das dívidas de valor, as dívidas remuneratórias, representadas pelas prestações de juros.
- Os juros constituem, com efeito, remuneração pelo uso de capital alheio, que se expressa pelo pagamento, ao dono do capital, de quantia proporcional ao seu valor e ao tempo de sua utilização. 
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR A COISA INCERTA
Preceitua o art. 243 do Código Civil:
“A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade”.
A expressão “coisa incerta” indica que a obrigação tem objeto indeterminado, mas não totalmente, porque deve ser indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. É, portanto, indeterminada, mas determinável. Falta apenas determinar sua qualidade. Sendo  indispensável, portanto, nas obrigações de dar coisa incerta, a indicação, de que fala o texto. Se faltar também o gênero, ou a quantidade (qualquer desses elementos), a indeterminação será absoluta, e a avença*, com tal objeto, não gerará obrigação.
(contrato*)
Exemplo:
        Não pode ser objeto de prestação, por exemplo, a de “entregar sacas de café”, por faltar a quantidade, bem como a de entregar “dez sacas”, por faltar o gênero.
        Mas constitui obrigação de dar coisa incerta a de “entregar dez (quantidade) sacas de café gênero)”, porque o objeto é determinado pelo gênero e pela quantidade. Falta determinar somente a qualidade do café. Enquanto tal não ocorre, a coisa permanece incerta.
  A principal característica dessa modalidade de obrigação reside no fato de o objeto ou conteúdo da prestação, indicado genericamente no começo da relação, vir a ser determinado por um ato de escolha, no instante do pagamento.
        Portanto, coisa incerta não é coisa totalmente indeterminada, ou seja, não é qualquer coisa, mas uma parcialmente determinada, suscetível de completa determinação oportunamente, mediante a escolha da qualidade ainda não indicada.
A definição a respeito do objeto da prestação, que se faz pelo ato de escolha passa a se chamar concentração depois da referida definição, e compete ao devedor a escolha, se outra coisa não se estipulou. A escolha só competirá ao credor se o contrato assim dispuser. Sendo omisso nesse aspecto, ela pertencerá ao devedor.
Obrigação de dar a coisa incerta e de dar a coisa certa:
 Preceitua o art. 243 do Código Civil:
“A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade”.
 Enquanto não determinada a obrigação, se a coisa se perder, não se poderá alegar culpa ou força maior. Só a partir do momento da escolha é que ocorrerá a individualização e a coisa passará a aparecer como objeto determinado da obrigação. Antes, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração, ainda que por força maior ou caso fortuito, pois o gênero nunca perece (genus nunquam perit).
 
A expressão antes da escolha tem sido criticada pela doutrina, pois:
 “Não basta que o devedor separe o produto para entregá-lo ao credor, sendo mister realize ainda o ato positivo de colocá-lo à disposição deste”. 
A prestação não é determinada, mas determinável dentre uma pluralidade de objetos; A prestação tem logo conteúdo determinado pois é específico a um objeto singular e individualizado.
Determinada a qualidade, torna-se a coisa individualizada, certa (completando-se com a cientificação do credor). Antes da escolha, permanece ela indeterminada, clamando pela individuação, pois a só referência ao gênero e quantidade não a habilita a ficar sob um regime igual à obrigação de dar coisa certa. 
 INDICAÇÃO DO GÊNERO E DA QUANTIDADE
 indicação ao menos do gênero e quantidade é o mínimo necessário para que exista obrigação, havendo a definição quanto ao gênero e a quantidade, a obrigação é útil e eficaz, embora falte a individuação da res debita. Que será satisfeito com a determinação da qualidade da coisa incerta, que deverá em princípio ser intermediária. Não estando o devedor obrigado a presta a melhor coisa, e nem tão pouco poderá prestar a pior qualidade.  Se, no entanto, da coisa a ser entregue só existirem duas qualidades, poderá o devedor entregar qualquer delas, até mesmo a pior.
GENERO LIMITADO E ILIMITADO
        Dispõe o art. 246 do Código Civil:
“Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito”.
        Os efeitos da obrigação de dar coisa incerta devem ser apreciados em dois momentos distintos: 
i)                    a situação jurídica anterior 
ii)                  e a posterior à escolha.
        Determinada a qualidade, torna-se a coisa individualizada, certa (completando-se com a certificação do credor). Antes da escolha, permanece ela indeterminada, clamando pela individuação, pois a só referência ao gênero e quantidade não a habilita a ficar sob um regime igual à obrigação de dar coisa certa.

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