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Resumo Direito Constitucional II av2 Estacio 2018

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Resumo Direito Constitucional II – av2
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FEDERALISMO
 1. TERMOS ANÁLAGOS: FEDERALISMO, FEDERAÇÃO E ESTADO FEDERADO.
  Não há o que se falar de federalismo sem se ater às Formas de Estado, classificado pela maioria dos doutrinadores como: Estado Unitário, Estado Federado e Estado Confederado.  Brevemente, pode-se dizer que o conceito deEstado Unitário remete a soberania única adotada por uma nação, seja em sua ordem interna ou externa (Ex. Quando em uma nação existem várias províncias, regiões ou departamentos, mas um só Estado e autoridade máxima na nação). Aqui não existem entes autônomos e consequentemente distribuição de competências. Já o Estado Confederado ou Confederação, diferente do Estado unitário e do Estado Federado, possui uma forma composta de organização política onde em uma nação coexistem várias soberanias (Ex. Quando há a junção de vários Estados, que mediante pacto, tratado ou convenção visam um bem comum entre todos).
Ao federalismo atribui-se o significado de Sistema político que consiste na associação de vários Estados (Unidades Federativas) numa Federação[1]. Como visto anteriormente, é justamente dentro do tema Formas de Estado(forma como o poder político é distribuído dentro de determinado território) que se encontra a Federação. 
      A Federação consiste em uma união perpétua e indissolúvel de Estados autônomos, mas não soberanos, sob a égide de uma Constituição e que, revestidos dessa forma, passam a constituir uma pessoa de direito público internacional[2]. Diferente da maioria dos países europeus, que adotam a Forma de Estado Unitário, o Brasil utiliza a Forma de Estado Federado ou Federação e retrata bem esta forma em sua Carta Magna, já no 1º artigo, “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
A Forma de Estado Federado é caracterizada por ser um modelo dedescentralização política, a partir da repartição constitucional de competênciasentre as entidades federadas autônomas que o integram. O poder político, em vez de permanecer concentrado na entidade central, é dividido entre as diferentes entidades federadas dotadas de autonomia[3]. 
2. HISTÓRICO
A forma federativa de Estado foi criada nos EUA pela Constituição de 1787, para substituir a Confederação surgida em 1776 com a independência das 13 Colônias. As ex-colônias abriram mão de ser Estados soberanos e se uniram num único Estado soberano, dividido em estados federados com autonomia política e administrativa. A Guerra da Secessão (1861-1865) estabeleceu o princípio da indissolubilidade do pacto federativo[4].
3. TIPOS DE FEDERALISMO
            São várias as tipologias concernentes ao federalismo. Em síntese, destacam-se as conceituações abaixo:
a)     Quanto a Formação história ou Surgimento:
  Agregação: Estados independentes deixam de lado sua soberania, agregam-se formando um novo Estado Federado. É o caso dos Estados Unidos.
  Desagregação: Ocorre quando determinado Estado unitário decide se descentralizar. É o caso do Brasil.
b)     Quanto ao modo de separação de atribuições ou repartição de competências:
  Dual: A separação de competências entre os entes federados é rígida e não existe cooperação entre ambos. Os Estados Unidos em seu estágio inicial.
  Cooperativo: Existe uma aproximação entre os entes federados que atuam em conjunto. Como acontece no Brasil
c)      Quanto à concentração do poder:
  Centrípeto: Observa-se o fortalecimento do poder central do Estado em relação aos Estados Membros.
  Centrífugo: Observa-se a preservação dos poderes dos Estados Membros e aquisição de maior autonomia em relação ao Estado.
Os termos, centrípeto e centrifugo, devem ser analisados de forma cautelosa, pois divergem em seu sentido quando utilizado no contexto de origem do federalismo e em sua classificação quanto à tipologia. Acima, observa-se seu sentido quanto às tipologias da federação. No contexto Histórico ou de origem é utilizado, por exemplo, para explicar a formação dosEstados Unidos que decorre de um movimento Centrípeto, de fora para Dentro, quando os Estados soberanos cedem parte de sua soberania e se agregam. No Brasil a formação resultou de um movimento centrífugo, de dentro para fora, um Estado unitário foi descentralizado[5].
d)     Quanto à decorrência de vários fatores ou sistematização da repartição de competências:
  Simétrico: Homogeneidade de fatores culturais e linguísticos dentre outros. Ex. No Brasil o MPF é espelho para o MPE.
  Assimétrico: Heterogeneidade ou diversidade de fatores culturais e linguísticos dentre outros.
e)     Quanto ao federalismo orgânico: O Estado é visto como organismo onde se busca a manutenção do todo em detrimento da parte. Os estados membros só têm a perder nessa relação em que são apenas reflexos do poder central.
f)      Quanto ao Federalismo de integração: Observa-se a supremacia do Governo central sobre os entes federativos (quebrando a autonomia entre si). Aqui o modelo federativo é atenuado.
g)     Quanto ao federalismo de equilíbrio: A ideia que se tem é a de entes federativos mantendo-se em harmonia, fortalecendo as instituições.
h)     Quanto ao federalismo de segundo grau: No Estado brasileiro temos uma ordem central, ordem regional e ordem local, representadas respectivamente por União, Estados e Municípios (Tríplice Estrutura do Estado - contrário do modelo norte americano que reconhece somente a união e os estados membros). O Município, ao se organizar, deve observar a Constituição Federal e a Constituição do seu respectivo Estado.
3. CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO
  Descentralização Política (Autonomia entre Entes Federados);
  Repartição de Competências (Autonomia e Equilíbrio entre Entes Federativos);
  Constituição rígida como base jurídica (Garante distribuição de competências);
  Inexistência do direito de secessão (Princípio da indissolubilidade do vínculo federativo);
  Soberania do Estado federal (A soberania é característica de todo país);
  Intervenção (Em situações de crise garante o equilíbrio federativo);
  Auto-organização dos Estados-membros (Constituições estaduais);
  Órgão representativo dos Estados-membros (Senado);
  Guardar a Constituição (STF);
  Repartição de receitas (Equilíbrio entre Entes Federativos).
TABELA 1: DIFERENÇAS ENTRE FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃO.
	FEDERAÇÃO
	CONFEDERAÇÃO
	Constituição
	Tratado
	Autonomia
	Soberania
	Indissolubilidade (vedada a secessão)
	Dissolubilidade (direito de secessão)[6]
Processo Legislativo
O processo legislativo está descrito na Constituição Federal dentro da subsessão I, II e III da seção V.
O processo legislativo compreende a elaboração de:
Emenda Constitucional  (art. 60 CF)
Têm poderes de iniciativa para propor emendas à Constituição:
1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
Presidente da República;
Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação (com manifestação da maioria simples dos membros de cada uma).
A proposta é discutida e votada em cada Casa (Senado e Câmara) em dois turnos e é aprovada se obtiver, em ambos, o voto favorável de 3/5 dos seus membros, isto é 308 deputados e 49 senadores.
A Emenda Constitucional é promulgada pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. E não é permitido que matéria rejeitada ou prejudicada seja objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Também não é permitido que o objeto da Emenda tente abolir:
A forma federativa de Estado;
O voto direto, secreto, universal e periódico;
Direitos e garantias individuais.
Outrarestrição é emendas na vigência de: intervenção federal ou estado de defesa.
Leis Complementares (art. 69 CF)
Somente são leis complementares aquelas que assim tiverem sido nomeadas na Constituição. Como o próprio nome indica, complementam o texto constitucional.
Para serem aprovadas devem obter o voto da maioria absoluta dos senadores e dos deputados.
Lei Ordinária  (art. 61 CF)
São atos legislativos que a Constituição trata, simplesmente por "leis", sem qualquer qualificativo, diferentemente do que prevê para as leis complementares e para as leis delegadas.
A iniciativa para propor leis ordinárias cabe a:
Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional;
Presidente da República;
Supremos Tribunal Federal;
Procurador-Geral da República;
Cidadãos (por projeto subscrito por 1% do eleitorado, distribuído por 5 Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um dos Estados).
Se a lei for emendada volta a casa iniciadora. O silêncio da casa implica sanção da lei.
Aprovado em uma cada é revisto na outra em um só turno de discussão e votação. O Presidente da República em 15 dias úteis para vetar o projeto e comunicar ao Presidente do Senado em 48 horas o motivo do veto. Se o veto não for mantido, o Presidente da República tem 48 horas para promulgar, senão o Presidente do Senado deve fazê-lo em 48 horas e caso não o faço o Vice-Presidente do Senado deverá promulgar a lei.
O veto à lei é apreciado em sessão conjunta dentro de 30 dias, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta.
Lei Delegada (art. 68 CF)
A Constituição permite que o Congresso Nacional delegue poderes ao Chefe do Poder Executivo, por sua solicitação, para a elaboração de leis. A Constituição veda que seja objeto da delegação matérias sujeitas a lei complementar, matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional ou de competência privativa da Câmara ou do Senado Federal.
A Lei delegada tem a forma de resolução do Congresso Nacional. Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única vetada emendas.
Medidas Provisórias (art. 62 CF)
As medidas provisórias foram uma inovação da Carta de 1988. São de autoria exclusiva do Presidente da República, que deverá submetê-las ao Congresso para sua conversão em lei, no prazo de 60 dias. Esgotado esse prazo sem sua conversão em lei, perdem a eficácia desde a edição, cabendo ao Congresso Nacional, nesse caso, disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.
Confira informações adicionais sobre medidas provisórias!
Decretos Legislativos (art. 49 CF)
O art. 49 da Constituição Federal alinha as matérias que são da exclusiva competência do Congresso Nacional, ou seja, sua iniciativa cabe aos membros ou Comissões da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, e sua tramitação se restringe ao âmbito do Congresso Nacional.
O Congresso Nacional dispõe sobre essas matérias por meio de decretos legislativos.
Resoluções (art. 68§ 2º CF)
As resoluções dispõe sobre matérias de competência provativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional.
Os projetos de resolução do Senado têm sua tramitação iniciada pelos Senadores ou Comissões da Casa.
Medidas Provisórias 
É um dispositivo que integra o ordenamento jurídico brasileiro, que é reservada ao presidente da República e se destina a matérias que sejam consideradas de relevância ou urgência pelo Poder Executivo. Tal "ferramenta" jurídica é regulada de forma exclusiva pelo artigo 62 da Constituição Federal em vigor, que determina:
"Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional, que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em Lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo o Congresso nacional disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes."
Ao receber a medida provisória para sua aprovação, cada uma das casas do Congresso analisará o mérito da mesma e irá se pronunciar sobre a presença ou não de todos os pressupostos constitucionais no texto em análise. Quem emite o parecer sobre todos estes detalhes é uma comissão mista de deputados e senadores, que então enviam o texto ao plenário de cada uma das casas do Congresso para apreciação e votação, em sessões separadas.
Veda-se terminantemente a reedição de medida provisória em uma mesma seção legislativa, caso esta tenha sido rejeitada ou ainda o seu prazo de vigência tenha expirado. Vale dizer ainda que as medidas provisórias são também matéria passível de arguição de inconstitucionalidade.
Desse modo, temos, além do Congresso Nacional, que realiza um controle preventivo de tal dispositivo, o poder judiciário, representado pelo Supremo Tribunal Federal também exerce controle de constitucionalidade repressivo no tocante à matéria.
 - Limitações
O art. 62 da Constituição da República veda a edição de medidas provisórias sobre matéria:
Relativa a nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
Relativa a direito penal, processual penal e processual civil;
Relativa a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
Relativa a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
Que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;
Reservada a lei complementar;
Já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
- Medida Provisória e Instituição ou Majoração de Impostos
O parágrafo 2º do art. 62 estende o princípio constitucional tributário da anterioridade às medidas provisórias, assim, a medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Lembrando que as exceções são os impostos sobre:
Sobre importação de produtos estrangeiros (II);
Sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE);
Sobre produtos industrializados (IPI);
Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF);
Instituído na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
- Prazo de Eficácia e Conversão em Lei
As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 do art. 62, perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
Assim, prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.
O prazo previsto no parágrafo anterior contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.
Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.
Não editado o decreto legislativo de aprovação da medida em até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídase decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
- Procedimento
A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.
Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
- Edição por Estado e Município
De acordo com a doutrina e a jurisprudência, os Estados e Municípios podem editar medida provisória, desde haja previsão na Constituição do Estado ou na Lei Orgânica, respectivamente.
Tribunal de Contas da União
O Tribunal de Contas da União tem como objetivo zelar pelo patrimônio público de modo que o dinheiro público não seja desperdiçado. Por ter esse tipo de atribuição (sustar a execução de determinado ato, por exemplo) que esse órgão merece o nome de Tribunal. O ato de sustação de um contrato não será nos moldes do art. 71, X, mas sim do art. 71, §1º. Como o contrato é um ato bilateral, o Congresso deve adotar o ato de sustação e deve falar com o Executivo. Se o Tribunal solicitar a sustação ao Congresso e est e nada fizer, ou que o Executivo não efetive as medidas previstas, o §2º permite que o Tribunal tome tais medidas.
(exerce o controle administrativo, financeiro da união. Não exerce jurisdição, nada judicial. A sua competência esta no art 71, CF e a composição art 73, CF. É composto por 9 pessoas, e são indicadas pelo presidente da republica e 6 pelo congresso nacional. O controle do TCU, não investigam querendo prevenir nada, só investigam quando há um ato administrativo errado, ai eles vão fiscalizar. Relacionado a contabilidade, área financeira, orçamental, patrimônio... )
Intervenção Federal 
PREVISTA NOS ARTIGOS.34 AO 36 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
A UNIÃO VAI REALIZAR INTERVENÇÃO EM ALGUÉM INFERIOR A ELA. ESTADO MEMBRO, DF, OU AINDA EM MUNICÍPIO LOCALIZADO EM TERRITÓRIO FEDERAL.
A intervenção  Federal ocorre por meio de DECRETO do chefe do poder executivo.
Fundamento:  inciso XI do Artigo 84 da Constituição Federal:
“Compete privativamente ao Presidente da República:
X – decretar e executar a intervenção federal”;
1- INTERVENÇÃO FEDERAL COMUM:
FUNDAMENTO ESTÁ NO ARTIGO 34 DA CF. É AQUELA REALMENTE POSSÍVEL DE EXECUÇÃO. PODE ACONTECER NA PRÁTICA.
É A INTERVENÇÃO FEDERAL REALIZADA NOS ESTADO MEMBROS OU NO DISTRITO FEDERAL. SÃO UNIDADES QUE EXISTEM.
DOUTRINA DIVIDE A INTERVENÇÃO FEDERAL COMUM EM:
1.1. INTERVENÇÃO FEDERAL DE OFÍCIO:
Presidente da República toma a iniciativa de realizar a intervenção.
Quais situações autorizam esta intervenção?
Hipóteses dos incisos I, II, III E V DO ARTIGO 34.
1.2- INTERVENÇÃO FEDERAL POR SOLICITAÇÃO DOS PODERES:
QUEM PODE SOLICITAR: PODER EXECUTIVO, LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO.
FUNDAMENTAÇÃO: ARTIGO 34, INCISO IV da CF.
“IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação”;
Executivo, legislativo e judiciário vão solicitar a intervenção federal. Se houver coação no poder legislativo e executivo, o presidente da assembléia legislativa ou da câmara legislativa no caso do DF, e o governador de estado ou do DF, respectivamente, podem solicitar DIRETAMENTE ao Presidente da República a intervenção federal.
OBSERVAÇÃO: Se o poder judiciário estiver coagido (NÃO CONSEGUE FAZER VALER SUAS DECISÕES JUDICIAIS), NÃO PODE
PEDIR DIRETAMENTE PARA O PRESIDENTE. Deve solicitar, enviar um ofíco ao STF que, por sua vez, deverá requisitar intervenção federal.
RESUMINDO: O JUDICIÁRIO VAI SOLICITAR AO STF, que vai fazer um julgamento e se for o caso, vai requisitar a intervenção federal.
O presidente é obrigado a realizar a intervenção federal? Sim, se não realizar, comete crime de responsabilidade, passível de processo de impeachment.
1.3. INTERVENÇÃO POR REQUISIÇÃO JUDICIAL:
OCORRE QUANDO HÁ VIOLAÇÃO DOS INCISOS VI E VII DO ARTIGO 34 DA CF.
CHAMADOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SENSÍVEIS:
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)”. OBS: HIPÓTESE DE A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA FEDERAL.
QUAIS TRIBUNAIS PODEM REQUISITAR A INTERVENÇÃO FEDERAL?
STF, STJ E TSE. 36, INCISO II.
2-INTERVENÇÃO FEDERAL ANÔMALA OU INCOMUM: NOME DADO PELA DOUTRINA. TEM PREVISÃO EXPRESSA NA CF, PORÉM NÃO É POSSÍVEL REALIZAR NO DIA DIA PORQUE NÃO EXISTE MAIS TERRITÓRIOS FEDERAIS.
MAIS SE VOLTAREM A EXISTIR, PODERÁ SER FEITA, PORÉM SERÁ INTERVENÇÃO FEDERAL COMUM.
FUNDAMENTAÇÃO: ARTIGO 35 PARTE FINAL. ESTÁ PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, PORÉM NÃO
TEM EXECUÇÃO, NÃO TEM EFETIVIDADE. NÃO CONSEGUE SER REALIZADA NO PLANO FÁTICO.
EX: INTERVENÇÃO DA UNIÃO EM MUNICÍPIO LOCALIZADO EM TERRITÓRIO FEDERAL.
3- INTERVENÇÃO ESTADUAL: HIPÓTESE DO ARTIGO 35, PRIMEIRA PARTE DA CF.
INTERVENÇÃO DOS ESTADOS NOS MUNICÍPIOS.
“Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território
Federal, exceto quando:
I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior,
por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar
a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. (IV- HIPÓTESE DE ADIN INTERVENTIVA ESTADUAL. Governador vai intervir por meio de decreto)”.
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL não faz menção a intervenção distrital e municipal, mesmo porque no DF não tem municípios.
Existe controle político sobre a intervenção federal?
Sim. É feito pelo poder legislativo. Fundamento: Artigo 36, £ 1º:
“§ 1º – O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas”
RESUMINDO:
INT. FEDERAL: CONTROLE: CONGRESSO NACIONAL
INT. ESTADUAL: CONTROLE: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA RESPECTIVA.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DEVE CONSULTAR OS CONSELHOS DA REPÚBLICA E DE DEFESA NACIONAL E DEPOIS QUE OUVIR, ELE VAI DECRETAR, E ESTE DECRETO VAI SE SUBMETIDO AO CONGRESSO NACIONAL.
IMPORTANTE: EMBORA O PRESIDENTE CONSULTE OS CONSELHOS, ESTA AUTORIZAÇÃO NÃO É PRÉVIA. 
A AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE ATO DO PODER EXECUTIVO PELO CONGRESSO NACIONAL OCORRE SOMENTE PARA A DECRETAÇÃO DO ESTADO DE SÍTIO.
FUNDAMENTAÇÃO DO ESTADO DE SÍTIO: 137 AO 139 DA CF.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTÍSSIMA:
SE FOR INTERVENÇÃO FEDERAL POR REQUISIÇÃO JUDICIAL, NÃO EXISTE CONTROLE POLÍTICO FEITO PELO CONGRESSO NACIONAL. PRESIDENTE DA REPÚBLICA DECRETA A INTERVENÇÃO NOS TERMOS DA DECISÃO JUDICIAL. NÃO PRECISA OUVIR OS DOIS CONSELHOS (CONSELHOS DA REPÚBLICA E DE DEFESA NACIONAL).
 Imunidades Parlamentares 
A Constituição Federal estabelece que “são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. (Art. 2º)
Perceba quea CF assegura independência aos Poderes. Em virtude disso, alguns instrumentos terão de ser previstos visando dar efetividade à cláusula de independência. É desse contexto que se extraem as imunidades.
As imunidades são meios de garantir a independência do poder. Elas não são privilégios pessoais. Conforme destacado, o objetivo é assegurar que os membros de poder atuem com independência, em especial, frente aos demais poderes.
No artigo 53 de nossa Lei Maior, encontramos a disciplina mais relevante acerca de nosso tema. É desse dispositivo que partiremos para comentar sobre as imunidades material e formal.
1 – Imunidade material ou inviolabilidade (freedom of speech)
O caput do art. 53 estabelece que: Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação da EC 35/2001)
Eis aí a chamada imunidade material (ou inviolabilidade) por meio da qual os parlamentares (por enquanto, referimo-nos a deputados federais e senadores) não serão responsabilizados, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos que profiram em razão do mandato. (liberdade em relação às palavras)
A atividade parlamentar é essencialmente marcada pelo debate, pela discussão, pela expressão de pensamentos e ideias. Dessa forma, a imunidade material visa assegurar a liberdade de expressão no exercício dessa atividade.
Com a redação dada pela Emenda Constitucional 35/2001, nota-se que os parlamentares não serão responsabilizados civil (danos morais) ou penalmente (crimes de palavra – calúnia, injúria ou difamação) pelas manifestação proferidas em razão do mandato. Há uma verdadeira excludente constitucional de ilicitude ou tipicidade.
Como decorrência dessa imunidade, os Deputados e Senadores também não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. (imunidade testemunhal)
Essa imunidade material possui eficácia sobre as manifestações parlamentares proferidas dentro ou fora do parlamento.
Nessa linha, o STF tem entendido que:
– as manifestações proferidas dentro do parlamento estão acobertadas pela imunidade, pois presume-se que tudo o que aconteça dentro do parlamento é “em razão do mandato”; (não há necessidade de comprovar nexo de causalidade entre as palavras e o exercício do mandato)
“Imunidade parlamentar material: ofensa irrogada em plenário, independente de conexão com o mandato, elide a responsabilidade civil por dano moral. Precedente:RE 210.917, 12-8-1992, Pertence, RTJ 177/1375.”
– as manifestações proferidas fora do parlamento somente estarão acobertadas pela imunidade se ficar comprovado que foram proferidas em razão do mandato.
Neste último caso, poderíamos citar uma entrevista concedida por uma senador a uma rede de televisão, fora do parlamento. Se o senador é entrevistado nessa condição, suas manifestações estarão imunes, civil e penalmente, conforme destacado anteriormente. (nesse caso, há necessidade de comprovação do nexo de causalidade)
“A cláusula de inviolabilidade constitucional, que impede a responsabilização penal e/ou civil do membro do Congresso Nacional, por suas palavras, opiniões e votos, também abrange, sob seu manto protetor, as entrevistas jornalísticas, a transmissão, para a imprensa, do conteúdo de pronunciamentos ou de relatórios produzidos nas Casas Legislativas e as declarações feitas aos meios de comunicação social, eis que tais manifestações – desde que vinculadas ao desempenho do mandato – qualificam-se como natural projeção do exercício das atividades parlamentares.” 
Devemos ressaltar, no entanto, que essa imunidade não impede a responsabilidade do parlamentar, no âmbito da própria Casa a que pertença, por quebra de decoro parlamentar.
O § 1º do artigo 55 dispõe que “é incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas”.
Essa imunidade material também é assegurada aos deputados estaduais (conforme § 1º do artigo 27), aos deputados distritais (conforme § 3º do artigo 32) e aos vereadores (Art. 29, VIII).
Em relação ao Poder Legislativo municipal, o inciso VIII do artigo 29 diz que a inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato restringe-se à circunscrição do Município no qual o vereador exerça o mandato.
2 – Imunidade Formal (incoercibilidade pessoal relativa) – (freedom from arrest)
A imunidade formal está vinculada ao processo ou a questões relativas à prisão.
2.1 – Imunidade formal quanto ao processo – foro por prerrogativa de função e possibilidade de sustação de processo
Quanto ao processo, o § 1º do artigo 53 diz que os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (foro criminal por prerrogativa de função – Art. 102, I, b)
Esse prerrogativa se aplica às infrações penais comuns – gênero – , do qual os crimes comuns, as contravenções penais, os crimes eleitorais são espécies.
Além disso, nossa Carta estabelece que recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
Fique atento!!! O STF não precisa de autorização para poder processar um parlamentar. A EC 35/2001 suprimiu essa exigência.
O texto constitucional apenas diz que o STF, após o recebimento da denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, deve dar  ciência à Casa respectiva, para que esta, se assim o desejar, decida pela sustação (suspensão) do processo.
Essa possibilidade de sustação do processo somente se aplica para os crimes que tenham ocorrido após a diplomação.
O pedido de sustação dar-se-á por iniciativa de partido político  representado na casa respectiva e depende de voto da maioria (absoluta) de seus membros.
Em havendo pedido de sustação, o pedido será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. Por fim, é relevante sublinhar que a sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
2.2 – Imunidade formal quanto à prisão
O § 2º do art. 53 diz que” desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, resolva sobre a prisão”.
Perceba!!! A regra é: desde a diplomação, os deputados e os senadores não poderão ser presos. Essa regra proibitiva, contudo, não é absoluta. Vimos que se o deputado ou senador for encontrado em flagrante de crime inafiançável, poderá haver  a prisão. (ver artigo 5º, incisos XLII a XLIV)
Nesse caso, o auto de prisão deve ser remetido dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, resolva sobre a prisão.
Essa imunidade também é assegurada aos deputados estaduais (conforme § 1º do artigo 27) e aos deputados distritais (conforme § 3º do artigo 32).
Os vereadores não possuem imunidade formal quanto à prisão.
Em linha conclusiva, é importante destacar que a incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. (imunidade de incorporação às forças armadas)
Por fim, conforme ressaltamos, as imunidades são meios constitucionais de garantir a independência do poder. Dessa forma, essas imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensasmediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, noscasos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
Poder Judiciário Brasileiro e Jurisdição
Jurisdição vem do latim juris e dicere, que significa “dizer o direito”.
É ao mesmo tempo poder, dever, função e atividade do ESTADO.
Poder- capacidade de impor sua vontade – IMPERATIVIDADE ESTATAL
Dever- dever do estado em prestar a TUTELA JURISDICIONAL
Função – promover a pacificação dos conflitos
Atividade- complexo de atos jurídicos praticados pelo juiz no processo
É o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a autoridade da leiA jurisdição atua por meio dos juízes de direito e de tribunais regularmente investidos. A Jurisdição é atividade do juiz, quando aplica o direito, em processo regular, mediante a provocação de alguém que exerce o direito de ação.
As características da jurisdição são:
Imparcialidade- Não pode haver preferencias ao aplicar o direito.
monopólio do Estado – Só o Estado pode dizer o direito
lide - conflito de interesses qualificado pela resistência a uma pretensão
Inercia: A jurisdição só é exercida quando provocada, para que se garanta a imparcialidade. Juiz inerte.
substitutividade - O Estado chamou para si o poder-dever de dizer o direito aplicável, eliminado a vingança privada (autotutela). O Estado substitui a vontade das partes.
definitividade - As decisões judiciais são protegidas pelo manto da coisa julgada.
Unidade – É uma e indivisível
Os princípios que regem a jurisdição são os seguintes:
Inafastabilidade – Veda que a lei suprima do da jurisdição qualquer ameaça ao direito
Investidura – Quem exerce deve estar investido no cargo de juiz
indelegabilidade – Não se pode delegar a terceiros a tarefa de solucionar os conflitos
A função do Poder Judiciário é garantir os direitos individuais, coletivos e sociais e resolver conflitos entre cidadãos, entidades e Estado. Para isso, tem autonomia administrativa e financeira garantidas pela Constituição Federal. Entretanto, três são os fatores que devem ser levados em consideração para quem procura a Jurisdição:
A incerteza do direito
A lentidão
O alto custo de funcionamento da maquina pública
Esses fatores levam a consequências: a falta de realização dos ideais de justiça, sentimento de desconfiança da opinião pública em relação a efetividade da tutela jurisdicional.
RESUMO DOS ÓRGÃOS DO P.J
Supremo Tribunal Federal (STF) O STF é o órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro. Sua principal função é zelar pelo cumprimento da Constituição e dar a palavra final nas questões que envolvam normas constitucionais. É composto por 11 ministros indicados pelo Presidente da República e nomeados por ele após aprovação pelo Senado Federal.
Abaixo do STF está o STJ, cuja responsabilidade é fazer uma interpretação uniforme da legislação federal. É composto por 33 ministros, nomeados pelo Presidente da República, escolhidos em uma lista tríplice elaborada pela própria Corte. Os ministros do STJ também têm de ser aprovados pelo Senado antes da nomeação pelo Presidente do Brasil
A Justiça Federal comum pode processar e julgar causas em que a União, autarquias ou empresas públicas federais sejam autoras, rés, assistentes ou oponentes – exceto aquelas relativas à falência, acidentes de trabalho e aquelas no âmbito da Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. É composta por juízes federais que atuam na primeira instância, nos Tribunais Regionais Federais (segunda instância) e nos Juizados Especiais Federais, que julgam causas de menor potencial ofensivo e de pequeno valor econômico.
A Justiça do Trabalho julga conflitos individuais e coletivos entre trabalhadores e patrões. É composta por Juízes Trabalhistas que atuam na primeira instância e nos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT), e por ministros que atuam no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
JUSTIÇA ELEITORAL - Com o objetivo de garantir o direito ao voto direto e sigiloso, preconizado pela Constituição, a Justiça Eleitoral regulamenta os procedimentos eleitorais. Na prática, é responsável por organizar, monitorar e apurar as eleições, bem como por diplomar os candidatos eleitos. Também pode decretar a perda de mandato eletivo federal e estadual e julgar irregularidades praticadas nas eleições. Os juízes eleitorais atuam na primeira instância e nos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) e os ministros que atuam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A Justiça Militar é composta por juízes militares que atuam em primeira e segunda instância e por ministros que julgam no Superior Tribunal Militar (STM). Sua função é processar e julgar os crimes militares.
Justiça estadual -A organização da Justiça estadual é competência de cada estado da federação e do Distrito Federal. Nela atuam Juízes de Direito (primeira instância) e Desembargadores, (nos Tribunais de Justiça, segunda instância). A função da Justiça estadual é processar e julgar qualquer causa que não esteja sujeita à Justiça Federal comum, do Trabalho, Eleitoral e Militar. A Justiça estadual se divide pela organização judiciária de cada estado fixando as competências das Varas Cíveis, Criminais, Empresariais, de Família, Juizados Especiais Cíveis e Criminais etc.
O Ministério Público (MP) OU PARQUET é responsável pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, de acordo com o artigo 128 da CF. O MP abrange o Ministério Público.
REPRESENTAÇÃO JURÍDICA DOS NECESSITADOS- A Defensoria Pública que tem por dever a representação jurídica dos necessitados, na forma do artigo 5º, LXXIV, assegura a gratuidade de justiça aos que comprovarem insuficiência de recursos. Existe Defensoria Pública na União e nos Estados
ADVOCACIA PÚBLICA: Advocacia geral da união que representa a união, judicial e extrajudicialmente e as procuradorias do Estado e do DF (ART 131 e 132 CF).
ADVOCACIA: De acordo com o art 133 da CF o advogado é indispensável a adm. pública, sendo inviolável os seus atos e manifestações no exercício da profissão nos limites da lei.

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