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Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
Procedimento de jurisdição contenciosa: 
Com a reforma processual o novo CPC adotou a sistemática de um processo de conhecimento que pode ocorrer de 
forma comum ou especial, isto é, o procedimento pode se dar seguindo um rito comum de um rito especial. 
Os procedimentos especiais por sua vez podem ser jurisdição contenciosa ou de jurisdição contenciosa. 
Processo: é um procedimento em contraditório, através do qual cria-se uma relação jurídica processual. 
Procedimento: é a materialização, são atos processuais, pode seguir uma ordem comum ou especial. 
São especiais porque o procedimento vai se adequar a um direito material discutido e a partir daí os atos 
processuais seguem as determinações legais para cada tipo de ação. 
Jurisdição contenciosa: quando já uma dúvida, um conflito, onde o juiz tem que solucionar. 
Jurisdição voluntária: art. 719. Exemplo: divórcio consensual onde o juiz irá homologar, já tem o acordo, ele só da a 
sentença. Não possui conflito. 
Art. 719. Quando este Código não estabelecer procedimento especial, regem os procedimentos de jurisdição voluntária 
as disposições constantes desta Seção. 
 
AÇÕES POSSESSÓRIAS 
Introdução 
- propriedade 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem 
quer que injustamente a possua ou detenha. 
§ 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de 
modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, 
o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. 
§ 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela 
intenção de prejudicar outrem. 
§ 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou 
interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente. 
§ 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse 
ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, 
em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. 
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a 
sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores. 
- direito real 
- posse 
 A posse é um fato juridicamente protegido. 
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes 
inerentes à propriedade. 
- subjetiva: corpus/animus 
- objetivo: corpus – basta a questão física, contato com o bem (teoria adotada). 
 Algumas situações têm subjetiva e objetiva. Na prática será objetiva. 
1) defesa da propriedade: 
Ius possiendi = defesa da propriedade 
Ações petitórias 
Causa de pedir = propriedade 
Exemplo: ação demarcatória (não quer que tenha conflitos fronteiriços, nunca foge da causa de pedir). 
Imissão de posse – proprietário (de qualquer bem de que o proprietário não tinha a posse) . Ocorre quando o 
proprietário nunca teve a posse do bem, imóvel ou móvel. 
Quem nunca teve a posse da coisa 
Ação reivindicatória: é a ação do proprietário (que tinha a posse) para o reconhecimento da propriedade e 
restituição da coisa. Aqui já tinha a posse, para ser restituída a coisa. 
2) defesa da posse: 
Ius possesiones 
É o direito de defender a posse, que pode ser defendida através da autotutela. 
- jurisdição: ações possessórias; interditos proibitórios. 
Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
- autotutela: resolver com as próprias mãos. Turbação e esbulho; forma de maneira moderada. Estado através de 
força policial. 
Fundamentos: do mais grave para o menos grave: 
> esbulho – perda da posse – ex: derrubou a cerca e avançou com ela, pegou um “pedaço” da terra do vizinho. Pode 
ser total ou parcial. É muito mais célere a reintegração de posse. 
> turbação – incomodo - ex: derruba a cerca e começa a pegar frutos ou utilizar do rio, como se fosse servidão. Aqui 
não perdeu a posse, mas tem uma turbação constante. Ação de manutenção da posse. 
> ameaça – está na iminência que terá a posse invadida. Interdito proibitório. 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado 
de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. 
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça 
logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. 
§ 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. 
3) características das ações possessórias: 
Fungibilidade: pode trocar uma pela outra. As vezes a situação não permite definir certo qual é. Juiz pode fazer a 
conversão, analisa o que é mais viável. Circunstância pode não ser exata. 
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e 
outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. 
§ 1o No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação 
pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a 
intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria 
Pública. 
§ 2o Para fim da citação pessoal prevista no § 1o, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, 
citando-se por edital os que não forem encontrados. 
§ 3o O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1o e dos respectivos 
prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na 
região do conflito e de outros meios. 
Caráter dúplice: vai contestar, não precisa reconvir, faz sua defesa e já faz o seu pedido. Tem efeito duplo 
(DEFENDE/CONTESTA + PEDE). Não é obrigado a pedir, mas pode ser na mesma ação. Exemplo: não está 
importunando porque é a única passagem, se apropriou de uma área que não era dele. 
Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e 
a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor. 
Proteção/indenização: Exemplo: que não modique a cerca e pedir indenização que gastou para fazer a 
nova/reformar cerca – tudo feito na contestação. Autor e réu podem dentro da mesma ação. 
4) objeto das ações possessórias 
Bens materiais: imóvel, móvel, semoventes – pode ser objeto de ação possessória. 
Bens imateriais: não pode ser objeto de ação possessória. 
SÚMULA N. 228: É inadmissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral. 
 
PROCEDIMENTOS POSSESSÓRIOS 
➢ Competência: 
o Bens móveis: 
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em 
regra, no foro de domicílio do réu. 
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. 
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for 
encontrado ou no foro de domicílio do autor. 
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será propostano foro de 
domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. 
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer 
deles, à escolha do autor. 
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar 
onde for encontrado. 
o Bens imóveis: 
Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da 
coisa. 
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair 
sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de 
obra nova. 
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem 
competência absoluta. 
➢ Petição inicial: 
Possessórias discutindo turbação e esbulho (até ano e dia) = ação de forma nova, é especial. Antecipa efeitos 
finais = tutela de urgência, mas com outros requisitos, aqui não tem perigo da demora, basta ter o simples 
elemento da posse, ou provar que é possuidor, dará o direito a liminar. Mas esse direito é somente de ano e 
dia, se passar esse período não terá mais direito. Ou seja, esbulhou tem 1 ano e 1 dias para adentrar com 
ação. Exemplo: autor pede reintegração e manutenção da posse + perda e danos e indenização por frutos. 
Art. 319. A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a 
residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao 
juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for 
possível a citação do réu. 
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a 
obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: 
I - condenação em perdas e danos; 
II - indenização dos frutos. 
Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para: 
I - evitar nova turbação ou esbulho; 
II - cumprir-se a tutela provisória ou final. 
➢ Citação: Se todos os elementos plausíveis estão presentes o juiz deferirá a liminar, assim já determina que 
autor faça citação do réu. Citação decorre da liminar. Quando não deferiu ainda profere audiência de 
justificação onde terá que constituir mais provas, testemunhas e autor citar réu para comparecer a 
audiência. Não é uma audiência de instrução e sim uma audiência de justificação prévia. Serve para ouvir o 
autor e trazer sua defesa. 
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do 
mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique 
previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada. 
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a 
reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais. 
➢ Contestação 15 dias: o réu é citado para contestar, tem caráter de ação dúplice pois o réu alega que posse é 
sua na própria contestação e já pede que não se repita. Caso o polo passivo seja com grande numero de 
pessoas, citará os que estão presentes e os demais por edital, não consegue determinar quem é o réu (só 
vale quando for forma nova = ações propostas em ano e dia). 
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido 
e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. 
§ 1o No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a 
citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, 
determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de 
hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. 
Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
§ 2o Para fim da citação pessoal prevista no § 1o, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma 
vez, citando-se por edital os que não forem encontrados. 
§ 3o O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1o e dos 
respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da 
publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. 
Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção 
possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor. 
➢ Litigio coletivo: não segue prosseguimento especial, será procedimento comum. Tem tutela, mas não terá 
somente que demonstrar a posse, tem que demonstrar o perigo da demora e a probabilidade de direito. No 
prazo de 15 dias. Juiz instrui e já profere a sentença. Antes de proferir a liminar tem que fazer uma audiência 
de mediação (partes + MP em 30 dias). Defensoria pública quando tiver beneficiário da Justiça Gratuita. 
Sistema agrário: conflito rural = órgãos federativos (Incra, secretarias vinculadas) serão intimados. Quando a 
terra não cumpre com a função social. 
Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial 
houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, 
deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 
2o e 4o. 
§ 1o Concedida a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data de distribuição, 
caberá ao juiz designar audiência de mediação, nos termos dos §§ 2o a 4o deste artigo. 
§ 2o O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a Defensoria Pública será intimada 
sempre que houver parte beneficiária de gratuidade da justiça. 
§ 3o O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua presença se fizer necessária à efetivação da 
tutela jurisdicional. 
§ 4o Os órgãos responsáveis pela política agrária e pela política urbana da União, de Estado ou do Distrito 
Federal e de Município onde se situe a área objeto do litígio poderão ser intimados para a audiência, a fim de 
se manifestarem sobre seu interesse no processo e sobre a existência de possibilidade de solução para o 
conflito possessório. 
§ 5o Aplica-se o disposto neste artigo ao litígio sobre propriedade de imóvel. 
➢ Fazenda pública pode ser ré? 
o Praticar esbulho/turbação pode entrar com possessória, procedimento especial. Não cabe liminar 
contra a fazenda pública. Primeiro é necessário a audiência de justificativa, para demonstrar que 
está fazendo isso em virtude de interesse público – desapropriação indireta (decorreu do processo). 
➢ Interdito proibitório: ameaça – entra para evitar algo, pede para juiz um mandado proibitório. Exemplo: 
greve na justiça dotrabalho. Mecanismo de coerção é a multa, que será determinada pelo juiz, chamada de 
“astreintes” (multa diária). 
Obs.: locador x locatário não é reintegração da posse, será ação de despejo (ação específica), ocorre nos casos de 
não pagar o aluguel. Locatário x locador será turbação/esbulho. 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
1) Conceito: 
Movimentação se dá por atos diferenciados. Na consignação inverte a ordem das partes. O processo é o mesmo, o 
que muda é como serão praticados os atos. O código civil (art. 335 cc) traz que tem que cumprir a obrigação de 
forma geral. As vezes se recusa a receber, para se livrar da dívida faz a consignação em pagamento. É o caso dos 
credores recusarem o recebimento. 
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a 
consignação da quantia ou da coisa devida. 
§ 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, 
oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de 
recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. 
§ 2o Decorrido o prazo do § 1o, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, 
considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada. 
§ 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro 
de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa. 
§ 4o Não proposta a ação no prazo do § 3o, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante. 
Art. 335. A consignação tem lugar: (código civil) 
Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; 
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; 
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de 
acesso perigoso ou difícil; 
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; 
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
As vezes o credor é incapaz, se cumprir a obrigação não cumprirá corretamente. Em alguns casos tem duvida para 
quem tem que pagar. Ou até mesmo sabe para quem tem que pagar mas credores estão brigando entre si. 
➢ Tipos: 
o Credor conhecido; 
o Dívida sobre quem é o credor; 
➢ Bens que podem ser consignados: “quem paga errado paga duas vezes” 
A consignação em virtude de aluguel não segue a regra do CPC, deve verificar a lei de locação). 
o Móveis; 
o Imóveis; 
o Dinheiro. 
➢ Mora do credor que se recusa em receber o pagamento ou pela omissão em ir buscar o pagamento (credor): 
no contrato é estipulado quem deve ir pagar ou quando o credor tem que ir receber. 
➢ Obrigações quesíveis – credor: o credor determina que o devedor que deve ir pagar. O credor procura. 
Exemplo: banco já entra o carnê. Se nada falar em contrario essa é a regra. O credor que da o título 
obrigacional. 
➢ Obrigações portáveis – obrigação do devedor procurar o credor: o devedor tem que procurar o credor. 
exceção. Somente ocorre com previsão em contrato. 
➢ Regra: exemplo – vence dia 10 e não pagou, é o devedor que está em mora, vai acertar o credor se recusa a 
receber. Pode consignar. Multar + juros podem incidir. 
➢ Exceção: mesmo em mora o devedor pode consignar: 
➢ Inutilidade para credor: é necessário analisar o motivo da recusa do credor, pois quando não for mais útil ele 
poderá recusar. Mas é necessário demonstrar que perdeu utilidade. Exemplo: convite de casamento, não é 
obrigação receber fora do prazo. 
➢ O credor já ajuizou a demanda: Danos materiais + morais alegados através de reconvenção. Se o credor já 
ajuizou a demanda cobrando tudo que atrasou e a ruptura do contrato, o devedor quer depositar em juízo, 
mas perderá o efeito. 
2) Procedimento: 
➢ Competência relativa: se o autor ajuíza em local incorreto e nada fizer passa a ser competente. Embora a 
competência seja relativa tem um padrão a se seguir. Necessário analisar cumprimento da obrigação. 
o Portável: domicilio do réu (credor), ou seja, o devedor tem que procura-lo. 
o Quesível: domicilio do autor (devedor), aqui quem tinha que ir atrás era o credor, entra com ação no 
domicilio do autor que será o devedor em seu próprio domicilio. 
➢ Legitimidade 
o ativa: devedor, sucessores, herdeiros, terceiro interessado ou não (sub-roga no crédito). 
o passiva: herdeiros, sucessores. 
➢ Depósito: 
o Judicial: feito através de um processo, ajuizando uma ação. 
o Extrajudicial: banco (art. 539, §1º CPC). Somente para depositar dinheiro, respeitando a uma 
documentação específica. O banco mandará uma carta com aviso de recebimento. Assim que AR 
volta começa a correr o prazo de 10 dias. O silencio implica em aceitação do valor depositado. Se 
depositar e não concordar tem que fazer uma manifestação fundamentada direta no banco. Se não 
aceitar devedor levanta o pagamento. Se não aceitar tem um mês para ajuizar ação, pois interrompe 
mora e prescrição. Pode deixar o dinheiro depositado e entra com ação, interrompe a mora pois o 
dinheiro já estará a disposição. 
➢ Petição inicial 
o Requisitos: art. 319 
Art. 319. A petição inicial indicará: 
Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de 
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço 
eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, 
requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o 
inciso II, for possível a citação do réu. 
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se 
a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
➢ Depósito: 5 dias 
➢ Citação/ receber ou contestar edital 
 
PROCEDIMENTO MONITÓRIO 
Uso menor na prática. Costuma cair mais em concursos, questões teóricas. Não existe corrente majoritária, tem 7 
correntes. Em aula utilizará a corrente mais atual, pois todas são corretas. 
Art. 702. Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, nos próprios autos, no prazo previsto no 
art. 701, embargos à ação monitória. 
§ 1o Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no procedimento comum. 
§ 2o Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que 
entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado da dívida. 
§ 3o Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos serão liminarmente rejeitados, 
se esse for o seu único fundamento, e, se houver outro fundamento, os embargos serão processados, mas o juiz deixará 
de examinar a alegação de excesso. 
§ 4o A oposição dos embargos suspende a eficácia da decisão referida no caput do art. 701 até o julgamento em 
primeiro grau. 
§ 5o O autor será intimado para responder aosembargos no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 6o Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de reconvenção à reconvenção. 
§ 7o A critério do juiz, os embargos serão autuados em apartado, se parciais, constituindo-se de pleno direito o título 
executivo judicial em relação à parcela incontroversa. 
§ 8o Rejeitados os embargos, constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, prosseguindo-se o processo em 
observância ao disposto no Título II do Livro I da Parte Especial, no que for cabível. 
§ 9o Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou rejeita os embargos. 
§ 10. O juiz condenará o autor de ação monitória proposta indevidamente e de má-fé ao pagamento, em favor do réu, 
de multa de até dez por cento sobre o valor da causa. 
§ 11. O juiz condenará o réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória ao pagamento de multa de até dez por 
cento sobre o valor atribuído à causa, em favor do autor. 
1) Conceito: é um procedimento (forma como praticam atos processuais). É um processo de conhecimento que tem 
um procedimento especial. Fundamento em documento escrito sem força de titulo executivo onde há possibilidade 
de uma obrigação de pagar, entregar ou fazer. 
Entrará com um processo comum, entra com rito comum, juiz tem que investigar. É obrigatória a fundamentação 
em documento escrito. Não tem força de titulo executivo. 
Exemplo1: termo de confissão sem assinatura das testemunhas. 
Exemplo2: cheque que não foi cobrado em época oportuna, o documento comprova que está devendo, mas 
não pode cobrar devido transcorrido o prazo. Pode fazer procedimento monitório. 
Em regra, a ação de cobrança sempre será pelo rito comum, mas acaba levando mais tempo. Mas tudo que envolver 
obrigação pode ajuizar ação monitória. 
2) Objetivo: formar um título executivo. Se transformou em título executivo o objetivo é executar. “Pula” a etapa de 
contestação, já irá direto para a execução. É o que acontece quando o devedor não se manifesta. Ou seja, tenta 
transformar o que está prescrito em titulo judicial. 
Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
3) Natureza jurídica: de acordo com o STJ não é um processo, é um mero procedimento. Adota um procedimento 
especial, mas o processo em si é o mesmo. Não é um terceiro tipo de processo, é um processo de conhecimento. 
4) Procedimento: a petição inicial para ser analisada pelo juiz precisa ter um documento escrito. No pagamento tem 
que especificar, demonstrar atualização. O objeto tem que ser especificado. 
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título 
executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: 
I - o pagamento de quantia em dinheiro; 
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; 
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. 
§ 1o A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos termos do art. 381. 
§ 2o Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso: 
I - a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo; 
II - o valor atual da coisa reclamada; 
III - o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido. 
§ 3o O valor da causa deverá corresponder à importância prevista no § 2o, incisos I a III. 
§ 4o Além das hipóteses do art. 330, a petição inicial será indeferida quando não atendido o disposto no § 2o deste 
artigo. 
§ 5o Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, 
querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento comum. 
§ 6o É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública. 
§ 7o Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o procedimento comum. 
Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa 
ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o 
cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa. 
§ 1o O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no prazo. 
§ 2o Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não 
realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II 
do Livro I da Parte Especial. 
§ 3o É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese do § 2o. 
§ 4o Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos previstos no art. 702, aplicar-se-á o disposto no art. 
496, observando-se, a seguir, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial. 
§ 5o Aplica-se à ação monitória, no que couber, o art. 916. 
➢ A petição será analisada pelo juiz, que se entender que direito é evidente já irá fazer a citação (qualquer 
tipo) contemplando a sua decisão, já emite um mandado (de acordo com posicionamento majoritário esse 
ato do juiz é uma decisão interlocutória). 
➢ Mandado para: pagamento; entrega; fazer – no prazo de 15 dias. 
➢ Se estiver “OK” > evidente conteúdo do direito do autor > citação (mandado de pagamento, entrega, fazer 
no prazo de 15 dias) 
Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
➢ Se fizer pagamento no prazo os honorários 
serão de apenas 5% (incentivo) e não haverá 
pagamento de custas processuais. 
➢ Se não cumprir torna titulo executivo judicial. Se 
ainda assim não pagar, o réu passa a ser 
executado sem ter direito de defesa. 
➢ A defesa do réu será na impugnação do 
cumprimento de sentença. 
➢ Será intimado para pagar em 15 dias sob pena 
de penhora. 
➢ Se embargar transforma mandado monitório 
em rito comum. Os embargos monitórios 
possuem natureza de defesa, como se fosse 
uma “contestação”, pois além de se defender 
pode reconvir (contesta e apresenta 
reconvenção = CPC permite) 
➢ Quando embarga está discutindo o mérito. 
Como será rito comum analisará o que está 
sendo apresentado. O que for matéria de direito julga antecipadamente, não precisa de prova. Mas pode 
não ser matéria de direito e tem que sanear. Tudo dependerá do réu. 
Sentença = apelação 
➢ O silêncio do réu implica em ação de cumprimento. 
➢ O juiz quando decide analisará os dois lados. 
➢ Na tutela de urgência a cognição do juiz é sumária, por isso é decisão interlocutória. 
➢ O juiz julgando improcedente e vendo que houve má-fé condenará o autor a multa de até 10% do valor da 
causa. Se juiz sentenciar monitório procedente poderá atribuir multa ao réu que embargou de má-fé pois 
sabia que realmente devia. 
 
 JUIZADOS ESPECIAIS 
1) Fundamentos legais: 
Lei 9.099/1995 – Juizado Especial Civil (JEC) 
Lei 10.259/2001 – Juizado Especial Federal (JEF) 
Lei 12.153/2009 – Juizado Especial da Fazenda Pública (JEFP) 
2) Princípios: 
 2.1. Oralidade: regra – atos são orais sendo o essencial reduzido a termo. 
Exemplo: inicial – oralidade (art. 14 lei 9.099/95) 
 Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado. 
§ 1º Do pedido constarão, de forma simples e em linguagem acessível: 
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes; 
II - os fatos e os fundamentos, de forma sucinta; 
III - o objeto e seu valor. 
§ 2º É lícito formular pedido genérico quando não for possível determinar, desde logo, a extensão da obrigação. 
§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito pela Secretaria do Juizado, podendo ser utilizado o sistema de fichas ou 
formulários impressos. 
 É um processo de conhecimento com procedimento especial. São diferentes do início ao fim.Esses juizados 
existem devido o princípio da oralidade, dão ênfase a atos processuais orais. Raramente tem “papel” no JEC. Se juiz 
entender necessário reduzirá a termo. 
➢ Mandado do advogado – art. 9º §3º: até mesmo o mandado, salvo para poderes especiais. 
Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por 
advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. 
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecer assistida por advogado, ou se o réu for pessoa jurídica 
ou firma individual, terá a outra parte, se quiser, assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao Juizado 
Especial, na forma da lei local. 
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio por advogado, quando a causa o recomendar. 
Prazo de 15 dias
Pagar
Extingue obrigação, 
extingue processo 
com resolução do 
mérito
Não cumprir
Decisão do juiz 
torna-se título 
executivo judicial
Adota o cumprimento 
de sentença, intimado 
para pagar novamente = 
fase de ação de 
execução
Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
§ 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto aos poderes especiais. 
§ 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido 
de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício. (Redação 
dada pela Lei nº 12.137, de 2009) 
 
➢ Contestação pedido contraposto: pedido contraposto não é reconvenção. Na própria defesa faz um pedido. 
➢ Prova oral – gravada: os depoimentos pessoais são gravados. 
➢ Embargos de declaração: os embargos de declaração podem ser orais. 
➢ Prova pericial não é admitida, podendo o juiz inquirir técnicos. 
2.2. Simplicidade/informalidade: o objetivo é a celeridade, simplicidade, informalidade e imediatidade. 
➢ Instrumentalidade das formas: visa que o ato atinja sua finalidade. Ou seja, os atos são válidos mesmo que não 
sigas os requisitos legais, bem como não podem gerar prejuízo a uma das partes ou as partes. 
➢ Gravações: exemplo de simplicidade é que os depoimentos são gravados. 
➢ No JEC até 20 salários mínimos o advogado é facultativo. 
➢ No JEF/JEFP: sempre facultativo 
Obs.: as leis mais novas trazem que independente do valor o advogado é facultativo. 
2.3. Celeridade: 
Lei 9.099/95: 
 Não cabe reconvenção: para não ter demora no processo. 
 Não cabe intervenção de terceiro: salvo em caso de incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 
 Não se admite perícia: para não atrapalhar o andamento. 
 Não há reexame necessário: (o reexame necessário ocorre em decisões envolvendo a Fazenda Pública). 
3) Competência: 
➢ JEC: é uma opção ou também poderá entrar pelo procedimento comum, mas JEC é mais célere. 
➢ JEF/JEFP: competência absoluta – se tem JEF e tem ação de até 60 salários mínimos deverá ingressar no JEF. 
3.1. Valor da causa: 
➢ JEC: até 40 salários mínimos 
➢ JEF/JEFP: até 60 salários mínimos 
Obs.: caso ingresse com valor incorreto, antes de extinguir ação o juiz tem que intimar a parte para confirmar o 
valor, só depois de confirmado que poderá extinguir sem resolução do mérito. 
3.2. Em razão da matéria: nos termos no art. 1063 do CPC, até edição de lei específica, os JEC’s podem julgar as 
causas previstas no art. 275, II do CPC/1973, que são as causas de rito sumário, independentemente do valor. (não 
existe mais no NCPC). A doutrina e a jurisprudência defendem que o valor não pode ultrapassar os 40 salários 
mínimos. 
Art. 1.063. Até a edição de lei específica, os juizados especiais cíveis previstos na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 
1995, continuam competentes para o processamento e julgamento das causas previstas no art. 275, inciso II, da Lei 
no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. 
Exemplos: arrendamento rural/parceria; cobrança de condomínio; ressarcimento por danos (imóveis ou 
acidentes de veículos terrestres); ação de despejo para uso próprio. 
➢ NÃO! : natureza alimentar; falência fiscal; acidente de trabalho; interesse da fazenda pública; art. 3º da lei 
9.099/95. 
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor 
complexidade, assim consideradas: 
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; 
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; 
III - a ação de despejo para uso próprio; 
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. 
§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução: 
I - dos seus julgados; 
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º 
do art. 8º desta Lei. 
§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de 
interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das 
pessoas, ainda que de cunho patrimonial. 
Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido 
neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação. 
Acidente de trabalho: já está em alta, mas teve redução de capacidade laborativa, se INSS não quer pagar terá 
que ingressar com ação na Justiça Estadual e não no JEC. 
➢ JEF: art. 109 CF – até 60 salários mínimos 
Salvo art. 109, II, III e XI: mandado de segurança; desapropriação; ação popular sobre bens imóveis, etc.; art. 3º 
§1º da lei 10.259/01 
 Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal 
até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. 
§ 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as causas: 
I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as ações de mandado de segurança, de 
desapropriação, de divisão e demarcação, populares, execuções fiscais e por improbidade administrativa e as 
demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos; 
II - sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais; 
III - para a anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e o de 
lançamento fiscal; 
IV - que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou de sanções 
disciplinares aplicadas a militares. 
§ 2o Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial, a soma de 
doze parcelas não poderá exceder o valor referido no art. 3o, caput. 
§ 3o No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua competência é absoluta. 
➢ Autores no JEC e JEF: 
o Somente pessoas físicas capazes; 
o Microempresas; 
o Empresas de Pequeno Porte; 
o Condomínios: são entes despersonalizados, por lei não são aceitos, mas a jurisprudência aceita. 
(“cheira” prova hahah) 
➢ Não podem ser autores e réus no JEC: 
o Empresas públicas da união; 
o Massa falida (processo comum e depois procedimento de falência); 
o Incapazes; 
o Presos; 
o Pessoa Jurídica Pública; (confirmar) 
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de 
direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. 
§ 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: (Redação dada pela Lei nº 12.126, de 
2009) 
I - as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas; (Incluído pela Lei nº12.126, de 2009) 
II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno 
porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;(Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos 
da Lei no9.790, de 23 de março de 1999; (Incluído pela Lei nº 12.126, de 2009) 
IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro 
de 2001. (Incluído pela Lei nº 12.126, de 2009) 
§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de 
conciliação. 
➢ As sociedades de economia mista podem ser rés no JEC. 
➢ Réus no JEF: 
o União; 
o Autarquias; 
o Empresa pública; 
o Fundações públicas; 
o Federais. 
Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
➢ No JEF não há restrição no polo ativo (autores) para os incapazes e os presos. Podendo ambos serem 
representados e no caso dos incapazes também podem ser assistidos. Exemplo: INSS; fato de estar preso não 
retira direito aos benefícios. 
PROCEDIMENTO JUIZADO ESPECIAL 
 1) Juiz, Conciliadores e Juízes leigos: no JEC tem 3 figuras, o juiz (também conhecido como juiz togado), 
conciliadores e juízes leigos. 
➢ Quem acompanha o processo e assina por ele é o juiz, por mais que a gente não o veja. Mesmo que tenha a 
figura dos conciliadores (são aquelas pessoas em que preferencialmente são bacharelados em direito. Só 
atuam na audiência de conciliação) e juízes leigos (advogado com ao menos 05 anos de experiência jurídica). 
Se for um juiz leigo não pode atuar no JEC da sua comarca. O juiz leigo pode conduzir o processo e fazer a 
sentença, mas quem assina é o juiz. Na Fazenda Pública é necessário apenas 02 anos de experiencia. No 
âmbito Federal (JEF) não há juízes leigos. 
Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para apreciá-las 
e para dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica. 
Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da 
lei e às exigências do bem comum. 
Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, 
entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de cinco anos de experiência. 
Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, 
enquanto no desempenho de suas funções. 
2) Petição Inicial: A petição inicial não precisa ser formal, ou seja, pode ser escrita ou verbal, pois em ações de até 
20 salários mínimos não precisa de advogado. É como se fizesse um pedido de forma oral. O próprio servidor que 
reduzirá a termo simbolicamente. 
Detalhe: não pode deixar de atribuir o valor da causa, é importante para saber se precisa de advogado, para 
determinar também se é JEC ou JEF. 
➢ Uma vez feito o pedido terá a sistemática de andamento processual em que o réu deverá ser citado. 
 3) Citação/intimação: o réu será citado via correio, através de AR por mão própria, também pode ser por oficial de 
justiça (caso carteiro não consiga entregar). Não cabe citação por edital. 
➢ Pessoa física tem que ser citado em mão própria. 
➢ Pessoa jurídica pode ser entregue para porteiro ou outros, desde que identifique a pessoa que está recebendo a 
citação. 
4) Revelia: uma vez citado o demandado deve comparecer as audiências, sob pena de revelia, seja qual for o tipo de 
audiência. Caso não possa comparecer deve justificar o motivo antes. Em algumas situações pode-se fazer 
representar por um preposto específico para aquele ato (têm entendimentos nesse sentido). Mas a lei é clara que 
em caso de não comparecimento aplica-se a pena de revelia (regra). 
➢ Exemplo: se foi na audiência de conciliação e não foi na de instrução mesmo assim será considerado revel. 
➢ A revelia não é somente a falta de contestação, é a falta do comparecimento da parte (réu) em qualquer uma 
das audiências. 
5) Conciliação: a audiência de conciliação é feita pelo conciliador ou juiz leigo. Caso o réu não compareça será 
decretada a revelia. Se marcou a audiência de conciliação, não havendo acordo pode continuar a audiência como 
instrução. 
Obs.: pode existir arbitragem no juizado especial civil (JEC), na prática não é muito usual. Não deu certo pela 
conciliação já nomeia um arbitro para resolver o conflito. 
➢ Caso ocorra a conciliação o processo será extinto com resolução do mérito. O juiz homologará, ou seja, esse ato 
resulta em uma sentença com resolução do mérito. Dessa decisão não cabe recurso, pois o juiz homologou a 
vontade das partes. Se essa sentença não for cumprida teremos um titulo executivo judicial. 
6) Instrução/Julgamento: a audiência de instrução e julgamento pode ocorrer no mesmo dia ou alterar para daqui a 
15 dias, quando entender ser prejudicial a defesa do réu. A resposta do réu pode ser oral ou escrita e sem 
formalidades, essa resposta do réu é contestação, mas não cabe reconvenção, se alegar suspensão ou impedimento 
então será necessário seguir o CPC, ou seja, terá que aplicar exceções, pois o JEC não tem figura específica para 
impedimento e suspeição. 
➢ Continuar com a audiência de instrução logo após a audiência de conciliação atrapalha a defesa do réu, pois ele 
foi citado para conciliar e provavelmente não levou suas testemunhas. Normalmente o juiz por opção adota a 
Beatriz Ruiz – 10º semestre – Prof. Ricardo 
segunda ideia da lei, que é remarcar para uma data que seja no mínimo 15 dias depois, justamente para que o 
réu possa preparar sua defesa, conseguir suas testemunhas e provas documentais. Mas cuidado, pois a lei 
permite que seja feita a audiência de instrução no mesmo dia. 
➢ Não cabe reconvenção por se tratar de uma nova ação. Nesse caso deverá fazer um pedido contraposto feito na 
própria contestação, deve respeitar o valor da causa. Passou de 20 salários mínimos é necessário a presença de 
advogado. 
➢ Sempre terá um advogado de plantão no JEC, caso uma das partes não consiga arcar com um advogado. Como o 
mandado pode ser verbal, o próprio conciliador ou juiz leigo nomeará advogado para a parte que está sem. 
➢ Impedimento/suspeição = exceção 
➢ Testemunhas: 
o 3 para cada parte; 
o Regra: não precisa de intimação, ou seja, cada parte é responsável por levar a sua testemunha à 
audiência. Caso precise intimar a requisição tem que ser com 5 dias de antecedência. 
7) Sentença: a sentença não tem relatório, deve apresentar apenas um breve resumo do que foi pedido e 
contestado. Se a sentença for condenatória por quantia (a pagamento) a sentença deve trazer o valor liquidado. Ou 
seja, não pode ser sentença condenando por quantia ilíquida. 
8) Recurso: são admissíveis dois tipos de recursos, os embargos de declaração (que também pode ser verbal) e o 
recurso inominado (será julgado por uma turma de 3 juízes da 1ª instancia, chamado de colégio recursal, no prazo 
de 10 dias). No processo comum tem apelação no prazo de 15 dias e endereçado ao tribunal. 
➢ Obrigatória a presença de advogado, pois o recurso deverá ser assinado por um advogado. Independentemente 
do valor não se pode recorrer sem a presença de um advogado. 
➢ O recurso não pode ser verbal, tem que ser escrito. 
➢ Prazo: 10 dias. 
➢ Preparo: não precisa recolher no ato da interposição, tem prazo de 48 horas depois de interposto para recolher. 
9) Execução: caso não seja cumprida a decisão transitada em julgado segue a execução no próprio JEC, porem com 
as regras do CPC. – Cumprimento de sentença.10) Despesas: as regras das despesas estão no artigo 54, no qual em primeiro grau não pagará nada. Até a sentença 
não pagará nada, independentemente de pagar ou perder. Mas se quer recorrer tem que fazer pagamento do 
preparo e terá que pagar as custas que até então não precisou pagar. 
Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou 
despesas. 
Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º do art. 42 desta Lei, compreenderá todas as despesas 
processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição, ressalvada a hipótese de assistência 
judiciária gratuita. 
Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários de advogado, ressalvados os 
casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e honorários de advogado, que 
serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor de condenação ou, não havendo condenação, do valor 
corrigido da causa. 
Parágrafo único. Na execução não serão contadas custas, salvo quando: 
I - reconhecida a litigância de má-fé; 
II - improcedentes os embargos do devedor; 
III - tratar-se de execução de sentença que tenha sido objeto de recurso improvido do devedor. 
➢ Se o recurso for improcedente e não recorrer, não pagará nada. Mas se der litigância de má-fé terá que pagar as 
custas e honorários. 
➢ O recorrente vencido (aquele que apresenta o recurso) que perder tem que pagar as custas e honorários.

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