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Estado Civil e Domicílio - ana viola

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DO ESTADO CIVIL
No direito romano, dava-se grande importância ao estado das pessoas, 
sendo considerado qualidade particular que determinava a capacidade. O 
status apresentava-se então sob três aspectos: liberdade, cidade e família
(status libertatis, status civitatis e status familiae). Gozava de capacidade 
plena o indivíduo que reunia os três estados. A sua falta acarretava a capitis 
diminutio, que podia ser mínima, média e máxima.
 No direito moderno, sobreviveram apenas os dois últimos, nacionalidade 
ou estado político e o estado familiar. Contudo, influenciada pela tríplice 
divisão adotada no direito romano, a doutrina em geral distingue três 
ordens de estado:
a) o individual ou físico - é o modo de ser da pessoa quanto à idade, 
sexo, cor, altura, saúde (são ou insano e incapaz) etc. Diz respeito a 
aspectos ou particularidades de sua constituição orgânica que exercem 
influência sobre a capacidade civil (homem, mulher, maioridade, 
menoridade etc.).
b) o familiar - é o que indica a sua situação na família, em relação ao 
matrimônio (solteiro, casado, viúvo, divorciado) e ao parentesco, por 
consanguinidade ou afinidade (pai, filho, irmão, sogro, cunhado etc.). 
Malgrado os autores em geral não considerem o estado de companheiro, a 
união estável é reconhecida como entidade familiar pela Constituição 
Federal.
c) o político - qualidade que advém da posição do indivíduo na sociedade 
política, podendo ser nacional (nato ou naturalizado) ou estrangeiro, como 
explicita o art. 12 da Constituição Federal. A Lei n. 6.815, de 19 de agosto 
de 1980, que define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, por sua vez 
dispõe, no art. 95, que “o estrangeiro residente no Brasil goza de todos os 
direitos reconhecidos aos brasileiros, nos termos da Constituição e das leis”
LINS= Lugar incerto não sabido.
PERDA DO DOMICÍLIO
Perde-se o domicílio, porém, não só pela sua mudança mas também por 
determinação de lei (quando venha a ocorrer uma hipótese de domicílio 
legal que prejudique o anterior) e pela vontade ou eleição das partes, nos 
contratos, no que respeita à execução das obrigações deles resultantes (CC, 
art. 78
NACIONALIDADE X CIDADANIA
Cumpre distinguir nacionalidade de cidadania, 
adverte Washington de Barros Monteiro. Em 
nosso sistema legislativo, segundo afirmam 
Espínola e Espínola Filho, o conceito de 
cidadania está reservado à qualidade de possuir 
e exercer direitos políticos. Cidadão e eleitor são, 
pois, palavras sinônimas em nossa Constituição. 
Quem não é eleitor, não é cidadão, posto tenha 
a nacionalidade brasileira
DOMICÍLIO
Sede jurídica da pessoa, onde ela se presume 
presente para efeitos de direito. Art. 70, 74 e 76 
a 78 CC.
Residência é um dos elementos do domicílio.
morada ou habitação, local que a pessoa 
ocupa esporadicamente, como a casa de praia 
ou de campo, o hotel em que passa uma 
temporada ou mesmo o local para onde se 
mudou provisoriamente até concluir a reforma 
de sua casa. É mera relação de fato, de menor 
expressão que residência
 “Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, 
quanto às relações concernentes à profissão, o lugar 
onde esta é exercida.
 Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em 
lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio 
para as relações que lhe corresponderem.
DOMICÍLIO PRESUMIDO
preceitua o art. 73 do Código Civil: 
“Ter-se-á por domicílio da pessoa 
natural, que não tenha residência 
habitual, o lugar onde for encontrada”. 
É o caso, por exemplo, dos ciganos e 
andarilhos ou de caixeiros viajantes, 
que passam a vida em viagens e hotéis 
e, por isso, não têm residência 
habitual. 
VÁRIOS DOMICÍLIOS
uma pessoa pode ter um só domicílio e mais de uma 
residência. Pode ter também mais de um domicílio, 
pois o Código Civil brasileiro, adotando o critério das 
legislações alemã, austríaca, grega e chilena, dentre 
outras, e afastando-se da orientação do direito 
francês, admite a pluralidade domiciliar. Para tanto, 
basta que tenha diversas residências onde, 
“alternadamente, viva”, como dispõe o art. 71, ou, 
além do domicílio familiar, tenha também domicílio 
profissional, como prescreve o art. 72 do Código 
Civil.
http://www.mapadaprova.com.br/questoes/de/direito-civil/pessoas/domicilio
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, 
o marítimo e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou 
assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer 
permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da 
Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar 
imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver 
matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
De <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm> 
DOMICÍLIO NECESSÁRIO
domicílio necessário ou legal é o 
determinado pela lei, em razão da 
condição ou situação de certas pessoas. 
Nesses casos, deixa de existir liberdade 
de escolha. O art. 76 do Código Civil 
DOMICÍLIO VOLUNTÁRIO
é aquele que depende da vontade exclusiva do interessado. 
Qualquer pessoa, não sujeita a domicílio necessário, tem a 
liberdade de estabelecer o local em que pretende instalar a sua 
residência com ânimo definitivo, bem como de mudá-lo, quando 
lhe convier (CC, art. 74).
 Domicílio voluntário especial: pode ser o do contrato, a que 
alude o art. 78 do Código Civil, e o de eleição, disciplinado no art. 
111 do Código de Processo Civil
Estado Civil e Domicílio
quarta-feira, 1 de abril de 2015 22:31
 Página 1 de Teoria Geral Direito Civil I

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