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ALEGAÇÕES FINAIS, POR MEMORIAIS

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INTRODUÇÃO 
O artigo 403 do CPP, objetivando dotar de maior celeridade 
processual, estabelece que, no procedimento comum de rito 
ordinário, na regra geral, as alegações finais da acusação e 
da defesa serão orais. Todavia, quando o juiz entender que o 
caso é complexo ou possui um grande número de acusados ou 
há pedido de diligência de uma das partes cuja necessidade 
se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução 
criminal, poderá determinar a apresentação das alegações 
finais por escrito, também chamada de memoriais. 
 
PROCEDIMENTO 
Encerrada a instrução, o procedimento para alegações finais orais será o seguinte: 
1º) A acusação tem 20 minutos, por acusado, podendo esse 
tempo ser prorrogável por mais 10 minutos para oferecer 
alegações finais orais, tendo o assistente de acusação, caso 
exista, 10 minutos, para oferecer essas alegações finais 
(Art. 403, caput e § 2º, do CPP). 
Destaca-se que a legislação processual penal não prevê a 
possibilidade de prorrogação do tempo do assistente de acusação. 
2º) A defesa tem 20 minutos, também por acusado, podendo 
ser prorrogável por mais 10 minutos para oferecer 
alegações finais orais. No caso de ter existido manifestação 
do assistente de acusação, a defesa terá mais 10 minutos 
para suas alegações finais orais (Art. 403, caput e § 2º, do CPP)
 
OBSERVAÇÃO 
Havendo mais de um acusado, o tempo será computado 
individualmente, nos exatos termos do art. 403, § 1º, do CPP. 
Ou seja, em havendo, por exemplo, dois acusados, cada um 
dos acusados terá o prazo de defesa de 20 minutos podendo 
ser prorrogável por mais 10 minutos para as alegações finais 
orais. 
MEMORIAIS 
Alegações finais por escrito, também chamada de 
memoriais, na verdade é uma exceção, tendo em vista que 
ela somente poderá ser apresentada de forma escrita, como 
já mencionado, quando o juiz entender que o caso: 
- é complexo; 
- possui um grande número de acusados; 
- tem pedido de diligência de uma das partes cuja necessidade se origine de 
circunstâncias ou fatos apurados na instrução criminal. 
O juiz poderá conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias 
sucessivamente para a apresentação dos memoriais. Além 
disso, o juiz terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a 
sentença, como bem elucida o art. 403, § 3º e art. 404, 
parágrafo único, ambos do Código de Processo Penal. 
 
PRAZO 
O prazo é sucessivo de 5 (cinco) dias. A abertura dos prazos dos 
memoriais é SUCESSIVO, ou seja, primeiro há apresentação dos 
memoriais pela acusação, depois é que haverá os memoriais por 
parte da defesa, no prazo de 5 dias. 
 
 
 
OBSERVAÇÃO 
Ministério Público e advogado do réu tem sempre o prazo 
de 5 dias, já o defensor público terá o prazo de 10 dias. Vale 
ressaltar que em relação ao defensor nomeado (dativo) a 
jurisprudência entende que ele será intimado pessoalmente, 
mas que o prazo permanecerá de 05 dias, não sendo contado 
em dobro. 
OBRIGATORIEDADE DE CONCEDER MEMORIAIS 
O juiz NÃO está obrigado a conceder a apresentação dos 
memoriais, cabendo ao magistrado, em ocorrendo as situações 
acima apresentadas, decidir se concederá ou não a apresentação 
dos memoriais. Ou seja, os memoriais são uma determinação do 
juiz, a parte não escolhe se as alegações finais serão na forma 
escrita ou oral, é o juiz que determina se será cabível ou não as 
alegações finais na forma escrita, cabendo a parte tão somente 
requerer. 
 
 
 
 
MOMENTO DE APRESENTAÇÃO DOS MEMORIAIS 
A apresentação dos memoriais será SEMPRE ao final da 
instrução probatória. Por esta razão, dificilmente é possível 
errar uma peça de memoriais, tendo em vista que a questão 
prática mencionará que houve o término da instrução 
probatória, com a apresentação de memoriais por parte da 
acusação, sendo a defesa intimada para apresentar a peça 
processual cabível, que só poderá ser as alegações finais na 
forma escrita. 
MEMORIAIS E RITOS PROCESSUAIS 
Vale lembrar que no rito comum ordinário existe previsão 
legal expressa de cabimento de memoriais no art. 403, § 3º 
do Código de Processo Penal. Já em relação ao rito sumário, 
sumaríssimo (Juizados Especiais) ou do Tribunal do Júri 
NÃO existe previsão legal expressa de cabimento dos 
memoriais. Todavia, entende a doutrina e a jurisprudência ser 
este procedimento perfeitamente cabível, somente o que vai 
mudar é a indicação da autoridade competente, devendo os 
memoriais serem fundamentados também no art. 403, 
parágrafo 3º do Código de Processo Penal por analogia. 
ENDEREÇAMENTO 
O endereçamento dos memoriais é bastante simples, tendo em vista que ele 
sempre será endereçado para o juiz que determina o feito. 
PEDIDO PRINCIPAL 
O que se pede nos memoriais como pedido principal é a absolvição, com 
fundamento no art. 386 do Código de Processo Penal, existindo apenas uma 
diferenciação no rito do Tribunal do Júri que será abordado posteriormente. 
PEDIDOS SUBSIDIÁRIOS 
Sempre se deve fazer pedidos subsidiários, como de aplicação da pena 
mínima prevista em lei, ou pela aplicação de atenuante, se for o caso. 
ARROLAMENTO DE TESTEMUNHAS 
É de suma importância esclarecer que nos memoriais NÃO se faz o pedido de arrolamento 
de testemunhas, pois já houve a instrução probatória e este foi o momento oportuno para 
fazer tal pedido de arrolamento. 
DICAS 
As partes devem fazer a fundamentação de mérito mais completa possível nos memoriais, 
pois esta será a última oportunidade de convencer o magistrado sobre seu pleito. 
 
 
 
 
 
DIFERENÇAS ENTRE OS PEDIDOS NOS MEMORIAIS DO RITO COMUM 
OU SUMÁRIO E OS DO TRIBUNAL DO JÚRI 
MEMORIAIS NO RITO COMUM ORDINÁRIO E SUMÁRIO 
- Será pedida a absolvição com base no art. 386 do Código de Processo 
Penal. Vamos à análise do artigo. 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, 
desde que reconheça: 
I – Estar provada a inexistência do fato; 
Neste caso, no decorrer da instrução criminal, prova-se que o fato imputado 
NÃO ocorreu. 
Ex. Estão acusando o réu do cometimento de lesão corporal gravíssima, mas 
a vítima aparece na instrução de julgamento sem nenhum sinal de lesão. 
Ex. Réu é acusado de furtar relógio da vítima, na instrução criminal a própria 
vítima aparece com o suposto relógio subtraído. 
Ex. Sujeito está sendo acusado de cometer extorsão mediante sequestro, mas, 
no curso da instrução probatória, aparece a vítima, com boa saúde, 
alegando que na verdade tinha viajado. 
II – não haver prova da existência do fato; 
Neste caso, o Ministério Público não tem elementos de materialidade para 
provar que o fato existiu. Não se consegue provar se o fato ocorreu ou não. 
Ex. A vítima afirma que foi furtada pelo réu. 
Mas, no decorrer do processo, a acusação NÃO consegue provar que houve 
efetivamente um furto. 
 III – não constituir o fato infração penal; 
Ocorre quando o fato é atípico, não sendo previsto como crime pela legislação 
pátria. Ou seja, não existe um tipo penal para a conduta narrada nos autos. 
Até pode ter ocorrido o fato, entretanto, ele não constitui crime. 
Ex. Ocorrência de induzimento ao suicídio em que resultam apenas lesões 
leves, neste caso a conduta é atípica, já que só existe crime se, ao menos, 
resultar em lesão corporal de natureza grave. 
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; Neste caso, 
no decorrer da instrução criminal, fica claro que houve o crime, mas está 
provado que o acusado NÃO concorreu para o cometimento do delito, ou seja, 
resta provado que o réu não foi autor ou partícipe do crime. 
Ex. O réu foi acusado de praticar o crimede lesão corporal praticado no dia 
12/01/2010, mas neste mesmo dia o réu não estava no local do crime, estava 
viajando, sendo acostadas aos autos a passagem e a hospedagem em nome 
do réu. V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; No 
decorrer da instrução criminal fica reconhecido que o crime ocorreu, mas neste 
caso a acusação NÃO consegue demonstrar que o réu cometeu o crime como 
autor ou partícipe. Ou seja, a acusação não consegue provar de forma 
inequívoca o vínculo do réu com o fato criminoso. 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena 
(arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo 
se houver fundada dúvida sobre sua existência; Se tiver tratando de qualquer 
circunstância que exclui o crime ou isenta de pena será este o inciso a ser 
embasado. 
Neste caso o próprio inciso traz as hipóteses de exclusão do crime ou de 
isenção de pena, que são as seguintes: 
• Erro de Tipo (art. 20 do CP) – exclui o crime. 
• Descriminante putativa por Erro de tipo (art. 20, § 1º, do CP) – isenta de pena. 
• Erro de proibição (art. 21 do CP) – isenta de pena. 
• Coação irresistível e obediência hierárquica (art. 22 do CP) – isenta de pena. 
• Excludentes da ilicitude do fato (art. 23 do CP) – exclui o crime. 
• Inimputabilidade (art. 26 do CP) – isenta de pena 
• Embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, quando 
o sujeito era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento (art. 28, § 1º, do CP) – isenção de pena. 
VII – não existir prova suficiente para a condenação. 
Esta é uma manifestação do in dúbio pro reo. No caso, a acusação não 
consegue demonstrar peremptoriamente que o réu cometeu crime. Esta 
hipótese tem uma natureza eminentemente residual. 
 
 
Neste caso, é possível fazer os seguintes pedidos: 
1º) Absolvição Sumária – art. 415 do Código de Processo Penal. 
As hipóteses de absolvição sumária no rito do tribunal do júri estão 
previstas no art. 415 Código de Processo Penal e esta absolvição sumária é 
ao final da instrução probatória e vai ser pedida em MEMORIAIS. 
Cuidado que a absolvição sumária do art. 415 do Código de Processo Penal 
difere da absolvição sumária prevista no art. 397 do mesmo diploma legal 
que também é aplicada no rito do tribunal do júri de forma analógica, mas 
para a resposta à acusação. 
Vamos a análise de cada inciso deste dispositivo. 
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, 
quando: 
I – provada a inexistência do fato; 
Neste caso fica provado que o fato NÃO existiu. 
Ex. Sujeito é acusado de homicídio, mas no decorrer do processo a suposta 
vítima aparece viva. 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; 
Admite-se que houve o fato, restando este provado, mas provou-se que o réu 
NÃO foi nem autor nem partícipe do fato. 
Ex. Mataram um sujeito, restando provado este fato. O réu foi acusado de ter 
matado o sujeito, entretanto, provou-se no curso da instrução criminal que o 
réu estava em outra cidade na hora do crime. 
III – o fato não constituir infração penal; 
Demonstra-se que o fato NÃO é crime, não possuindo tipificação legal 
respectiva. 
Ex. Sujeito é acusado de cometer o crime de suicídio, crime inexistente no 
ordenamento jurídico, tendo em vista que somente existe o crime de 
induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. Caso 
fique demonstrado que o réu está amparado por uma causa de exclusão de 
ilicitude ou de culpabilidade será alegado este inciso. 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo 
ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei nº 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a 
única tese defensiva. 
A inimputabilidade é uma exceção, pois neste caso deve ser proferida uma 
sentença absolutória imprópria, sendo o agente inocentado, mas submetido a 
uma medida de segurança. Porém, desta exceção, caberá outra exceção, no 
caso de se configurar tese única de defesa. Nesse sentido, pode haver a 
absolvição sumária mesmo se tratando de inimputabilidade. Vale ressaltar que 
pode haver a absolvição sumária com base no inciso IV do art. 415 do CPP 
em decorrência de obediência hierárquica ou embriaguez involuntária 
proveniente de caso fortuito ou forca maior, pois estas causas isentam de pena 
do acusado e conduzem à exclusão da culpabilidade. 
2º) Impronúncia – art. 414 do CPP 
A impronúncia ocorrerá quando não há certeza quanto a prova da 
materialidade e os indícios suficientes de autoria. Ela é uma sentença que não 
resolve mérito, sendo chamada de sentença interlocutória e o processo fica 
em suspenso diante da ausência destes requisitos. Porém, se aparecer fato 
novo pode haver o prosseguimento do processo enquanto o crime ainda não 
estiver prescrito e poder o Estado punir o agente. Destaca-se que a pronúncia 
ocorre quando o juiz, ao analisar o caso concreto, verificar que existem prova 
da materialidade do fato e de indícios suficientes de autoria. Ela é também 
chamada de sentença interlocutória, pois ela não pode adentrar no mérito. O 
juiz simplesmente não poderá condenar, será o tribunal do júri que poderá 
fazê-lo. 
3º) Desclassificação – art. 419 do CPP 
No caso o juiz diz que houve o crime, com indícios suficientes de autoria e 
materialidade, o acusado é responsável pelo crime, mas o crime 
simplesmente NÃO é da competência do Tribunal do Júri. Com isso, o juiz 
desclassifica o crime e remete para o juiz competente, ela é chamada de 
desclassificação própria. 
Ex. Ao final da instrução probatória percebe-se que houve o crime de 
latrocínio e NÃO de homicídio. A desclassificação NÃO gera nulidade dos 
atos anteriores praticados, NÃO zera o processo, tudo que foi feito será 
aproveitado pelo juízo competente. Este é que proferirá sentença. 
 
OBSERVAÇÃO 
Na desclassificação imprópria, o juiz diz que houve o crime, o acusado é o 
autor do delito, mas o problema é que o crime NÃO é o que foi imputado ao 
agente, embora continue sendo de competência do tribunal do júri. Neste 
caso deve o juiz adotar o procedimento do art. 384 do Código de Processo 
Penal. Este artigo traz o instituto da mutatio libelli, esta ocorre quando o juiz 
entender que o crime que efetivamente ocorreu é diferente do narrado na peça 
acusatória. 
Como o réu defende-se dos FATOS apresentados, deve o juiz mandar que 
o Ministério Público proceda ao aditamento da denúncia, da peça acusatória. 
Caso não haja esse aditamento o juiz irá adotar o procedimento previsto ao 
art. 28 do Código de Processo Penal, remetendo o processo ao Procurador 
Geral de Justiça. 
Ex. Mulher é acusada do crime de infanticídio, mas no curso da instrução 
probatória ficou provado através de perícia que a mulher NÃO estava em 
estado puerperal. Logo, ela deverá responder pelo crime de homicídio, 
havendo uma desclassificação imprópria. 
 
 
 
 
 
 
Pode-se fazer a seguinte diferenciação: 
► Desclassificação própria – o processo SAI da competência do Júri. 
► Desclassificação imprópria – o processo NÃO sai da competência do 
Tribunal do Júri, mas deverá adotar o procedimento da do Art. 
384 do Código de Processo Penal. 
 
DICA! 
Deve-se pedir: 
1º) Absolvição Sumária 
2ª) Subsidiariamente se for o caso – Impronúncia 
3ª) Subsidiariamente se for o caso – Desclassificação. 
 
MEMORIAIS E CRIMES PREVISTOS NA LEI DE LICITAÇÃO 
São cabíveis, ainda,os memoriais, de acordo com a Lei 8.666/93, em seu art. 105 que 
prevê também o prazo de 05 dias para a sua propositura. 
Destaca-se que o prazo será sucessivo de 5 dias a cada parte. Assim sendo, os 
memoriais para os crimes previstos na lei de Licitação terão a fundamentação no artigo 
105 da Lei 8.666/93. 
MEMORIAIS E CRIMES PREVISTOS NO CÓDIGO ELEITORAL 
São cabíveis memoriais para os crimes previstos no Código Eleitoral – Lei nº 
4.737/65. Em seu artigo 360, o CE prevê o prazo de 5 dias para cada uma das partes - 
acusação e defesa - para a propositura de alegações finais. Assim sendo, a 
fundamentação dos memoriais quando se referir a crimes eleitorais será com base no 
artigo 360 do Código Eleitoral. 
FUNDAMENTAÇÃO DOS MEMORIAIS 
 
RITO/PROCEDIMENTO ---------------------------------------------FUNDAMENTAÇÃO 
Rito Ordinário--------------------------------------- 
Rito Sumário----------------------------------------- 
Rito Sumaríssimo---------------------------------- 
Tribunal do Júri-------------------------------------
Crimes previstos na lei de licitações-------- 
Crimes previstos no Código Eleitoral------- 
 
 
 
ESTRUTURA DOS MEMORIAIS 
Endereçamento: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL 
DA COMARCA DE __________ (Regra Geral) 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA CRIMINAL DA 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE __________ (Crimes da Competência da Justiça Federal) 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DO 
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE ________ (Regra geral) 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA DO TRIBUNAL 
DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _________________ (Crimes da Competência 
da Justiça Federal) 
 
Porém, se a comarca for a CAPITAL do Estado coloque: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL 
DA COMARCA DE ____ CAPITAL DO ESTADO DE __ EXCELENTÍSSIMO SENHOR 
DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA DE 
__________ (Juizado Especial Criminal – excepcional) 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ ZONA ELEITORAL 
DA COMARCA DE ____ (crimes eleitorais). 
Processo número: Coloque 4 dedos ou 3 dedos de espaçamento. 
 
Qualificação: 
(Fazer parágrafo) Nome, já qualificado nos autos do processo às folhas ( ), por seu 
advogado e bastante procurador que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, 
vem, muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 
403, parágrafo 3º do Código de Processo Penal (não colocar abreviatura) apresentar 
(sem saltar linhas) MEMORIAIS pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
(Pula-se uma linha) 
1. Dos Fatos 
O candidato deve externar os fatos de forma sucinta. Não copie igual aos fatos, se a 
questão deu 20 linhas para os fatos devem-se usar menos linhas, umas 10, por exemplo. 
Deve-se fazer uma síntese, trazer os fatos de forma resumida. Os períodos devem ser 
sempre curtos, 5 ou 6 linhas. Recomenda-se primeiro narrar os fatos e depois arguir as 
preliminares no próximo ponto, tendo em vista que é melhor primeiro mencionar os fatos 
para depois se arguir eventuais defeitos decorrentes dos fatos. 
2. Das Preliminares 
Buscam-se falhas, defeitos que possam inviabilizar a defesa. NÃO se deve entrar no 
MÉRITO. Nas alegações das preliminares basta fazer um parágrafo apontando a 
preliminar, esta é uma indicação inicial de um erro, de um equívoco existente no processo. 
Ela é uma indicação de ordem técnica, devendo mencionar o fundamento legal. Como já 
foi explicado existe uma sequência a ser seguida. Abra os artigos na seguinte sequência: 
1º) Art. 107 CP – Causas extintivas de punibilidade. 
2º) Art. 109 CP – Prescrição 
3º) Art. 564 CPP – Nulidades 
4º) Art. 23 CP Causas de exclusão de ilicitude. 
5º) Deve-se buscar todo e qualquer outro defeito que levaria a ocorrência rejeição 
liminar da peça acusatória. 
OBS.: Com já foi dito, as preliminares são apenas mencionadas, no mérito e que se 
poderá aprofundar alguma tese das preliminares, como no caso da preliminar de exclusão 
da ilicitude. 
3. Do Mérito 
Deve-se alegar o que mais salta aos olhos, devendo demonstrar conhecimento. Se nas 
preliminares citou-se o instituto jurídico, por exemplo, da legitima defesa, deve discorrer 
sobre os requisitos da legitima defesa. Deve-se discorrer sobre os institutos demonstrando 
os requisitos do instituto. Não se deve discorrer sobre temas controversos, deve-se falar 
o que todo mundo sabe. Use ideias fáceis, simples e que todos conhecem. Lembre-se 
também que toda vez que se mencionar uma preliminar, deve-se falar no mérito sobre ela 
em um parágrafo. OBS.: Ao elaborar sua tese de defesa tente sempre demonstrar a 
necessidade de absolvição do réu. 
4. Dos Pedidos 
Pedido de Absolvição = Pedido Principal 
No pedido de memoriais a regra é o de absolvição, no caso do rito comum ordinário, 
sumário ou sumaríssimo pede-se a absolvição com base no art. 386 do Código de 
Processo Penal. Já nos casos do rito do tribunal do júri pede-se a absolvição sumária 
com base no art. 415 do mesmo diploma legal. 
Pedidos Secundários. 
Deve-se atentar para a possibilidade de alegação dos pedidos secundários, lembrando 
que também é necessário discuti-los no mérito. 
 
Podendo haver, por exemplo, os seguintes pedidos subsidiários: 
• Desclassificação do Crime; 
• Afastamento de qualificadora; 
• Reconhecimento da atenuação da pena; 
• Reconhecimento de causa de diminuição de pena no momento; 
• Se o juiz entender pela condenação que seja aplicada a pena mínima ou que seja 
aplicada pena restritiva de direito. 
OBS.: Cuidado que, como já abordado, os pedidos secundários no caso de rito do 
júri será o de impronúncia ou desclassificação, conforme o caso concreto, além da 
possibilidade do pedido de anulação da instrução probatória em virtude de alguma 
preliminar arguida. 
Após terminar os pedidos pula 1 linha e coloque: 
Nestes termos, (no canto da página) 
Pede deferimento. (em outra linha sem saltar) 
Após salte 2 ou três linhas, vá para o meio da página e coloque 
Comarca, data (Centralizado) 
Advogado, OAB 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DE SÃO PAULO CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
Processo número: 
Ronaldo, já qualificado nos autos do processo às folhas ( ), por seu advogado e bastante 
procurador que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, vem, muito 
respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 403, § 3º 
do Código de Processo Penal apresentar os seus MEMORIAIS pelos motivos de fato e de 
direito a seguir aduzidos. 
1. Dos Fatos 
Consta na inicial acusatória que o agente teria supostamente privado a liberdade da sua 
esposa, visto ter deixado-a trancada em casa, levando a chave, impedindo, assim que ela 
saísse. Em sede de inquérito, as testemunhas nada souberam informar, apenas 
sustentando que o acusado não mantinha um bom relacionamento com a esposa, 
testemunho esse modificado em juízo. Recebida a denúncia pelo juiz foi apresentada 
resposta e marcada audiência de instrução e julgamento, ocasião em que a vítima foi 
ouvida negando toda acusação, informando ter o réu apenas esquecido de deixar a chave 
com o vizinho, não tendo a intenção de privar a sua liberdade, depoimento confirmado 
pelo acusado em seu interrogatório. 
2. Das Preliminares 
Preliminarmente, cumpre esclarecer a falta de pressuposto ou condição para o exercício 
da ação, em virtude da inexistência do crime na sua modalidade culposa, com fundamento 
no art. 395, II do Código de ProcessoPenal. Ainda em sede de preliminar, é imperioso 
elucidar que não há justa causa para o exercício da ação penal, razão pela qual a 
denúncia sequer deveria ter sido recebida, nos termos do artigo 395, III do Código de 
Processo Penal. 
3. Do Mérito 
 Cumpre esclarecer ao douto julgador a inocorrência do crime capitulado no art. 148, § 
1º, I do Código Penal. Entende a melhor doutrina que para a configuração do delito em 
análise, faz-se a necessidade do dolo por parte do agente em querer privar a liberdade da 
vítima, tendo-se o elemento subjetivo do tipo o dolo, não havendo previsão para a 
modalidade de natureza culposa. 
 No caso concreto em análise, o agente saiu de casa para trabalhar e terminou se 
esquecendo de deixar a chave para que a sua mulher saísse posteriormente, já que 
apenas possuíam uma chave de entrada, inexistindo a figura do dolo por parte do suposto 
acusado, que agiu com culpa ao ter se esquecido de deixar a chave. 
 É mister destacar, ainda, que o crime cárcere privado previsto no art. 148 do Código 
Penal apenas admite a modalidade dolosa, seja o dolo, sendo inadmissível como 
elemento subjetivo do tipo a culpa, por falta de previsão legal. Com isso, o juiz sequer 
deveria ter recebido a inicial acusatória, pois não há no ordenamento jurídico esse tipo 
penal, nos termos do artigo 395, II do Código de Processo Penal. Com isso, o processo 
penal não terá um fim útil, já que não será aplicada uma pena privativa de liberdade ao 
final do processo, devendo a denúncia ter sido rejeitada liminarmente. 
 As testemunhas prestaram depoimentos perante a autoridade policial e ao juízo 
competente, nada sabendo informar acerca do crime questionado. Além disso, a vítima 
informou em juízo que o seu marido não a deixou trancada dentro de casa, apenas fechou 
saindo do domicílio com a chave e esquecido de deixá-la na casa do vizinho, para que 
este pudesse abrir a porta no horário em que a depoente sairia de casa, já que só 
possuíam uma chave e Ronaldo sempre saía mais cedo de casa por conta do trabalho. 
 Nesse caso, não há que se falar em justa causa para o exercício da ação penal porque, 
para a sua configuração, é necessário e imprescindível o binômio prova da materialidade 
do fato mais indícios suficientes de autoria. A ausência de qualquer um deles 
descaracteriza a justa causa, o que já deveria ter causado a rejeição da inicial acusatória. 
 Ainda é necessário esclarecer, excelência, que não entendendo pela absolvição do 
agente, é possível a aplicação da pena mínima abstratamente prevista ao delito, qual seja, 
dois anos, podendo este ser beneficiado pela substituição da pena privativa de liberdade 
pela restritiva de direitos, já que preenchidos os requisitos previstos no artigo 44 do Código 
Penal. 
 Apenas a título de esclarecimento, em caso de negativa da substituição da pena, seria 
possível o início do regime aberto como cumprimento de pena, já que a pena mínima 
cominada ao crime seria de dois anos de reclusão, conforme preceitua o artigo 33, § 2º, 
“c” do Código Penal. 
4. Dos Pedidos 
 Diante de todo exposto, requer-se a Vossa Excelência a absolvição do réu, com 
fundamento no artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal, visto o fato 
evidentemente não constituir infração penal. 
 Apenas por cautela, não sendo acolhido o pedido de absolvição, o que não se espera, 
requer-se ao douto julgador seja decretada a anulação da instrução probatória em virtude 
da ocorrência manifesta falta de pressuposto processual ou condição, bem como ausência 
de justa causa para o exercício da ação penal, nos termos do artigo 395, II e III, do Código 
de Processo Penal. 
 Por fim, não sendo acolhidos os pedidos acima, seja aplicada a pena mínima 
cominada ao delito, sendo, nesse caso, substituída a pena privativa de liberdade pela 
restritiva de direitos, nos termos do artigo 44 do Código Penal. 
 Ainda, não aceitando Vossa Excelência na substituição dela pena restritiva de direitos, 
possa o agente iniciar no regime mais benéfico no cumprimento de pena, respeitando-se 
o artigo 33, § 2º, “c” do Código Penal. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
São Paulo, capital do Estado de São Paulo, 26 de agosto de 2014. 
Advogado, OAB 
 
 
 
 
RESPOSTA DO CASO PRÁTICO PROPOSTO 
• Peça: MEMORIAIS, com fundamento no art. 403, § 3º, do Código de Processo Penal. 
• Competência: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 15ª VARA 
CRIMINAL DA COMARCA Z DO ESTADO BETA 
• Teses: 
 Indicação da preliminar de nulidade por falta de intimação do advogado do réu para a 
audiência de instrução e falta de nomeação de defensor público ao réu presente, nos 
termos do art. 564, III, “c” e IV do Código de Processo Penal e art. 5º, LV, da Constituição 
Federal. 
Indicação da preliminar por falta de condição para o exercício da ação penal, nos termos 
do art. 395, II, do Código de Processo Penal. 
Desenvolvimento fundamentado acerca da existência do erro de tipo, art. 20, caput, do 
Código Penal. 
Desenvolvimento fundamentado acerca da nulidade por falta de intimação do advogado 
do réu para a audiência de instrução e falta de nomeação de um defensor público ao réu 
presente, nos termos do art. 564, III, “c” e IV do Código de Processo Penal e art. 5º, LV, 
da Constituição Federal. 
Desenvolvimento fundamentado acerca da falta de condição da ação para o exercício da 
ação penal, nos termos do art. 395, II, do Código de Processo Penal. 
 
• Pedidos: 
Pedido de absolvição com fundamento no art. 386, VI, do Código de Processo 
Penal. 
Pedido de anulação da instrução probatória em virtude da existência de 
nulidade por falta de intimação do advogado do réu para a audiência de 
instrução e falta de nomeação de defensor público ao réu presente, nos termos 
do art. 564, III, “c” e IV do Código de Processo Penal e art. 5º, LV, da 
Constituição Federal. 
Pedido de anulação da instrução probatória por falta de condição para o 
exercício da ação penal. 
Pedido de aplicação da pena do réu no mínimo legal e o regime inicial de 
cumprimento de pena no semiaberto. 
Não sendo acolhido o pleito de pena mínima, que seja reconhecida a 
atenuante prevista nos art. 65, I, do Código Penal, em virtude de o réu ser 
menor de 21 anos na data do fato. 
QUESTÕES PREJUDICIAIS
 ARTIGO 92 DO CPP
Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de 
controvérsia, que o juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil 
das pessoas, o curso da ação penal ficará suspenso até que no juízo 
cível seja a controvérsia dirimida por sentença passada em julgado, 
sem prejuízo, entretanto, da inquirição das testemunhas e de outras 
provas de natureza urgente. 
Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, 
quando necessário, promoverá a ação civil ou prosseguirá na que 
tiver sido iniciada, com a citação dos interessados. 
ARTIGO 93 do CPP 
Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de 
decisão sobre questão diversa da prevista no artigo anterior, da 
competência do juízo cível, e se neste houver sido proposta ação 
para resolvê-la, o juiz criminal poderá, desde que essa questão seja 
de difícil solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, 
suspender o curso do processo, após a inquirição das testemunhas 
e realização das outras provas de natureza urgente. 
§ 1º O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá ser 
razoavelmente prorrogado, se a demora não for imputável à parte. 
Expirado o prazo, sem que o juiz cível tenha proferido decisão, o juiz 
criminal fará prosseguir o processo, retomando suacompetência 
para resolver, de fato e de direito, toda a matéria da acusação ou da 
defesa. 
 
§ 2º Do despacho que denegar a suspensão não caberá recurso. 
§ 3º Suspenso o processo, e tratando-se de crime de ação pública, 
incumbirá ao Ministério Público intervir imediatamente na causa cível, 
para o fim de promover-lhe o rápido andamento. 
EXCEÇÕES PROCESSUAIS
COISA JULGADA
LITISPENDÊNCIA
ARTIGO 95 DO CPP 
 
EXTINÇÃO DO PROCESSO 
NULIDADE 
Poderão ser opostas as exceções de: 
I - Suspeição; 
II - Incompetência de juízo; 
III - Litispendência; 
IV - Ilegitimidade de parte; 
V - Coisa julgada. 
 
 
 
NULIDADES GERA NULIDADE 
 
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, 
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá 
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não 
esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os 
demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.
– ART. 157 DO CPP 
NULA 
DESENTRANHAMENTO 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as 
provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas 
constitucionais ou legais. 
§ 1° São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando 
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as 
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. 
§ 2° Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os 
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, 
seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
§ 3° Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada 
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes 
acompanhar o incidente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
I - pela morte do agente; 
II - pela anistia, graça ou indulto; 
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como 
criminoso; 
IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos 
crimes de ação privada; 
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
VII - pelo casamento do agente com a vítima, nos crimes contra 
os costumes, definidos nos Capítulos I, II e III do Título VI da 
Parte Especial deste Código; 
VIII - pelo casamento da vítima com terceiro, nos crimes 
referidos no inciso anterior, se cometidos sem violência real ou 
grave ameaça e desde que a ofendida não requeira o 
prosseguimento do inquérito policial ou da ação penal no prazo 
de 60 (sessenta) dias a contar da celebração; 
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
TESES DE MÉRITO 
 
1° ABSOLVIÇÃO PRÓPRIA 
 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, 
desde que reconheça: 
I - estar provada a inexistência do fato; O Crime sequer existiu 
II - não haver prova da existência do fato; INDUBIO PRO REO 
III - não constituir o fato infração penal; 
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; 
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; 
INDUBIO PRO REO 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de 
pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou 
mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; INDUBIO PRO REO 
VII - não existir prova suficiente para a condenação. INDUBIO PRO REO

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