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Apostila Gestão de Negócios

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Unidade de Educação a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPREENDEDORISMO E PROJETOS 
EMPRESARIAIS 
 
 
 
 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE / 2013 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
2 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
ESTRUTURA FORMAL DA UNIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÃNCIA 
 
REITOR 
JOÃO PAULO BARROS BELDI 
 
VICE-REITORA 
JULIANA SALVADOR FERREIRA DE MELLO 
 
COORDENAÇÃO GERAL 
SINARA BADARÓ LEROY 
 
DESIGNER INSTRUCIONAL 
JUCÉLIA SOARES COELHO 
 
EQUIPE DE WEB DESIGNER 
FILIPE AFONSO CALICCHIO SOUZA 
LUCIANA REGINA VIEIRA 
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
FERNANDA MACEDO DE SOUZA ZÓLIO 
RIANE RAPHAELLA GONÇALVES GERVÁSIO 
 
AUXILIAR PEDAGÓGICO 
FABÍOLA MARIA FERREIRA 
MARÍLIA RODRIGUES BARBOSA 
 
REVISORA DE TEXTO 
MARIA DE LOURDES SOARES MONTEIRO RAMALHO 
 
SECRETARIA 
LUANA DOS SANTOS ROSSI 
MARIA LUIZA AYRES 
 
MONITORIA 
ELZA MARIA GOMES 
 
AUXILIAR ADMINISTRATIVO 
MARIANA TAVARES DIAS RIOGA 
THAYMON VASCONCELOS SOARES 
 
AUXILIAR DE TUTORIA 
FLÁVIA CRISTINA DE MORAIS 
MIRIÃ NERES PEREIRA 
VANESSA OLIVEIRA BARBOSA 
 
 
 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
3 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
 
 
Sumário 
 
 
Unidade 1: Introdução ao Empreendedorismo 8 
Unidade 2: Projetos: A Estrutura e as Etapas do Projeto 25 
Unidade 3: Análise de Mercado 44 
Unidade 4: Localização 60 
 Unidade 5: Desenvolvimento do Projeto 74 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
4 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
 
 
Legenda 
 
 
 
 
 
Nosso Tema 
 
 
 
 
 
 
Sintese 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
 
 
 
Saiba mais 
 
 
 
 
Reflexão 
 
 
 
Material complementar 
 
 
Atividade 
 
 
 
 
Dica 
 
 
 
 
 
Importante 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
5 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
Nosso Tema 
 
 
No contexto atual, a atividade empreendedora tem se destacado como um fenômeno social de larga 
abrangência, devido principalmente ao fato de ser um instrumento de realização pessoal. A cada dia, 
pessoas dedicam seus recursos e seu tempo a desenvolver e aprimorar suas ideias originais. Diante 
deste contexto, vamos abordar assuntos importantes relacionados ao empreendedorismo, como: 
 
 Compreender o que é empreendedorismo; 
 Visualizar a importância do papel empreendedor para a sociedade; 
 Identificar as fases do ciclo de vida de um produto ou serviço desde a sua concepção 
até o seu posicionamento no mercado. 
 
Portanto, procure assimilar os conceitos de nosso curso, compreendendo e identificando todos os 
aspectos relacionados ao tema, procurando, também, relacionar os conceitos aprendidos com o 
ambiente em que você está contextualizado. O esquema, abaixo, apresenta uma visão geral sobre a 
criação de um novo negócio. Analise-o, procurando identificar e contextualizar, com o atual momento 
do empreendedorismo no Brasil, cada um dos itens elencados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
6 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
Veremos conceitos importantes sobre a atividade empreendedora e o seu posicionamento em 
relação ao momento atual face às aceleradas mudanças que a sociedade contemporânea tem 
experimentado. Perceberemos que o contexto global mudou e que o empreendedorismo tem se 
adaptado a essas mudanças. 
 
O conteúdo do curso está distribuído em 5 unidades, com uma estrutura organizada no intuito de 
abordar os principais conceitos associados ao Empreendedorismo, procurando expor uma definição 
clara de empreendedorismo e a distinção entre seus conceitos e os das demais atividades 
relacionadas ao mundo dos negócios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
7 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
 
 
Reflexão 
 
 
 
O nosso país tem tido muitas experiências positivas em termos de crescimento econômico. Porém, 
uma realidade bem preocupante tem influenciado a vida de muitas pessoas: o elevado número de 
empresas que, após serem inseridas no mercado, fecham suas portas devido ao insucesso no 
mundo dos negócios. 
 
Segundo dados do SEBRAE-MG, a maioria absoluta das empresas recentemente criadas não 
consegue superar os primeiros quatro anos de vida. Uma realidade alarmante que deve ser 
combatida com técnicas de planejamento e de gestão. 
 
Provavelmente, você conhece ou pelo menos ouviu comentários de alguém que instituiu um negócio, 
dedicou-se a ele e não conseguiu prosperar. Por outro lado, também podemos perceber na 
sociedade casos de empresas de extremo sucesso devido à energia e dedicação de seus fundadores 
e colaboradores. 
 
Assim, você deve estar se perguntando: 
 
Qual a diferença entre as empresas que fecham as portas 
prematuramente e as que conseguem se manter estabelecidas? Existe 
algum segredo entre uma situação e outra? 
 
É o que vamos trabalhar em nosso curso de forma transparente e objetiva. Vamos começar? 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
8 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
Unidade 1: Introdução ao Empreendedorismo 
 
 
1. Conteúdo Didático 
 
A necessidade do ser humano de se posicionar na sociedade como um ser produtivo e próspero tem 
levado muitas pessoas a iniciarem novos negócios para satisfazerem tal necessidade. Sem dúvida, 
um empresário bem sucedido tem destaque na sociedade, o que faz com que muitos se projetem no 
mundo empresarial. 
 
No Brasil, pós Plano-Real, a crescente estabilidade inflacionária permitiu que muitos, antes com os 
sentidos obscurecidos pelos altos índices de inflação, visualizassem novas oportunidades e 
projetassem um futuro promissor em termos de lucros. Baseadas nessas expectativas, milhares de 
empresas foram criadas nos últimos anos com o intuito de que os lucros esperados se tornassem 
reais. 
Outro fator que, no Brasil, também contribuiu para que muitas empresas (ou 
pelo menos muitos novos negócios) fossem criadas foi o aumento da taxa de 
desemprego. Pessoas eram demitidas de seus empregos e, ao receberem as 
indenizações, aventuraram-se em novos empreendimentos. 
 
Porém, a realidade é mais dura do que se esperava. Estima-se que 60% das empresas, abertas no 
Brasil, fecham nos quatro primeiros anos de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
Com tantas informações relevantes a respeito do tema, vamos buscar compreender como o 
empreendedorismoestá situado em relação às perspectivas brasileiras e globais. 
 
1.1. Globalização, ecologia, ética, qualidade e competitividade. 
 
Os estudos, apresentados pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor) em 2.000, disseram que, nos 
Estados Unidos, estima-se que 1 em cada 10 habitantes adultos iniciam um novo negócio. Na 
Austrália, 1 em cada 12; na Suécia, 1 em cada 50; e, no Japão, 1 em cada 100. 
 
Esses mesmos estudos informaram que o Brasil aparece encabeçando a lista, com uma relação que 
diz que 1 em cada 8 habitantes adultos começam um novo negócio, fato sobre o qual podemos 
E qual seria o motivo para um percentual tão alarmante? 
Certamente, o despreparo dos “novos empresários” figura entre 
os problemas com maior incidência entre os motivos dos 
fracassos das empresas. 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
9 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
concluir que o empreendedorismo no Brasil, país com altos índices de desemprego, exerce um papel 
fundamental na economia do país. 
 
Quer saber mais sobre os estudos apresentados pelo GEM? 
Então, acesse http://www.gemconsortium.org/ 
Mas, atenção! O site está em inglês! 
 
Talvez o próprio desemprego, acima citado, seja um dos propulsores do elevado número de 
empresas abertas no Brasil. Um fator que pode estar contribuindo para o desemprego no Brasil é a 
falta de capacitação das pessoas em relação ao avanço tecnológico. 
 
 
 
As novas tecnologias e a velocidade 
da comunicação têm exigido da 
sociedade adaptação aos novos 
ambientes de comercialização, 
resultando em maior conforto e 
 comodidade. 
 
 
Atualmente, os concorrentes não são apenas aqueles que fisicamente estão perto, mas são todos 
aqueles que se posicionaram diante do público-alvo das empresas. O consumidor, com tantas 
ofertas, passou a ser mais exigente em termos de qualidade de atendimento e dos próprios produtos. 
Se por um lado, esse fato passou a ser uma ameaça para muitas empresas, por outro lado passou a 
ser visto como uma oportunidade para outras tantas empresas e até mesmo para novos possíveis 
empresários. 
 
A aproximação entre empresas e consumidores devido a fatores tecnológicos que resultaram na 
ampliação dos ambientes de negócios, aumentou a necessidade de ideias inovadoras, exigindo um 
aumento na qualidade dos produtos oferecidos e dos serviços prestados. Ao planejar um novo 
negócio, o candidato a empreendedor deve considerar a concorrência oferecida pela internet aos 
seus produtos, bem como a qualidade e o atendimento oferecidos por esse tipo de concorrência e 
também de aspectos éticos que têm sido monitorados por uma grande parte dos consumidores. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura1 
Fonte: Disponível em: 
<http://mdemulher.abril.com.br/dinheiro/reportagem
/seu-dinheiro/clique-seu-409038.shtml Acesso em: 
8/10/10 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
10 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Do ponto de vista de quem quer empreender um negócio, em que maior parte de seus clientes terá 
que se deslocar fisicamente até o seu negócio, a comodidade da internet deve ser superada com alto 
nível de qualidade no atendimento e nos produtos oferecidos. 
 
Outros fatores devem ser considerados como, por exemplo, o custo de manutenção do espaço físico 
da loja (ou do negócio como um todo) em face aos baixos custos relacionados aos negócios da rede. 
Do ponto de vista de quem quer empreender um negócio utilizando a própria internet, pontos 
importantes como a logística, a segurança do site, o diferencial no atendimento devem ser 
considerados. 
 
Não devemos deixar de analisar que grandes empresas já estão bem 
posicionadas estrategicamente na internet, o que torna, ainda mais, 
desafiadora a tarefa de empreender um negócio de sucesso nessa amplitude 
de atuação. 
 
Em relação ao aspectos éticos citados anteriormente, observa-se que esses têm sido valorizados por 
toda a sociedade nos vários relacionamentos (sociais, comericiais, ...) e, também, devem estar 
presentes em todos os processos relacionados ao empreendedorismo. Cada vez mais percebemos 
empresas preocupadas em manter padrões de atendimento que consideram as normas morais de 
conduta do ser humano, principalmente no que diz respeito ao cumprimento dos acordos 
estabelecidos com seus parceiros e, especialmente, com seus clientes. 
 
Por outro lado, cada vez mais se percebe que os consumidores têm considerado padrões éticos ao 
selecionarem seus fornecedores. Diante desse contexto, o empreendedor, ao planejar seu novo 
negócio, deve considerar que sua empresa deve atender aos padrões éticos exigidos pela sociedade 
no que se refere a todo tipo de relacionamento com terceiros e com seus próprios colaboradores 
internos. 
 
Figura2 
Fonte: Disponível em: < 
http://www.portalaz.com.br/blogs/etccom/2> 
Acesso em: 8/10/10 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
11 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
Um assunto, também, importante que deve ser considerado em relação ao empreendedorismo 
refere-se à sustentabilidade, que considera a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, 
humanos, culturais e ambientais. É crescente o número de empresas que tem demonstrado 
preocupações com o meio ambiente, considerando investimentos que minimizem os prejuízos 
ambientais causados pelo desenvolvimento econômico. Da mesma forma, a sociedade tem se 
posicionado favorável a esse tema, promovendo discussões e articulações que visem à prática de 
conceitos relacionados à sustentabilidade nos governos, nas famílias e nas organizações. 
 
Podemos tomar como exemplo o fato de que, recentemente, a Newton Paiva implantou um software 
disponibilizado a todo o seu público acadêmico, que permite a comunicação entre seus funcionários e 
principalmente entre professores e alunos. O software permite que trabalhos que normalmente 
deveriam ser impressos pelos alunos e entregues aos professores, passem a ser “postados” no 
software e, em seguida, corrigidos pelos professores sem a necessidade de impressão. 
 
Paralelamente, a instituição inciou um processo de redução de cotas de impressão, o que resultará 
na diminuição significativa de utilização de papéis por parte de toda a comunidade acadêmica. 
Mesmo tendo investido um volume significativo de recursos para implantação do software, a 
instituição espera ter retorno sobre este investimento em médio prazo e, principalmente, está 
tomando medidas “ecologicamente corretas”. 
 
Um outro exemplo que podemos citar, é a contínua atuação do Banco Real-Santander em promover a 
sustentabilidade. São diversos programas que procuram estimular o surgimento de novas ideias que 
envolvam o comprometimento tanto das empresas quanto dos cidadãos com a sustentabilidade. Um 
desses programas é o “Desafio Santander de Sustentabilidade”, um concurso cultural que estimula 
alunos universitários a proporem ideias sustentáveis para sua sustentabilidade. 
 
Caso você queira saber mais detalhes sobre esse progrma clique no link 
http://www.caminhoseescolhas.com.br/desafiosustentabilidade/ 
 
 
Agora que já temos um embasamento sobre nosso tema, vamos passar a estudar outros tópicos 
relacionados que são de grande importância para um conhecimento amplo dos conceitos 
relacionados ao empreendedorismo . 
 
 
1.2. Conceituandoempreendedorismo e sua relação com o 
desenvolvimento econômico 
 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
12 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
Para inicar o estudo desse tema proponho a seguinte reflexão: Como você 
definiria um empreendedor? Pense um pouco sobre esse assunto depois 
análise o que vamos apresentar a seguir. 
 
Segundo Dornelas (2001, p. 37), “o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente 
pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela 
exploração de novos recursos e materiais”. 
 
O Empreendedorismo pode ser definido com uma atividade que cria novos negócios, mas pode 
também inovar dentro dos novos negócios existentes, atividade esta que exige do empreendedor 
habilidades técnicas e gerenciais. Por isso, é necessário que ele desenvolva ações coordenadas, 
que têm o objetivo de criar um negócio que não existia, agindo de forma inovadora, organizada e 
gerenciada, com objetivos claros e definidos de alcançar lucratividade como consequência dessas 
ações, pode ser definida como Empreendedorismo. 
 
A geração de riquezas é um objetivo encontrado constantemente em uma 
sociedade capitalista. Quando se diz que alguém está empreendendo algo 
novo, essa afirmação tem fatores intrínsecos como assumir riscos, 
criatividade, iniciativa, motivação, oportunidade, vocação e, principalmente, 
a busca pela prosperidade. 
 
OO eemmpprreeeennddeeddoorriissmmoo éé ...... 
IIddeennttiiffiiccaarr uummaa 
ooppoorrttuunniiddaaddee 
 
DDiirreecciioonnaarr rreeccuurrssooss 
AAssssuummiirr rriissccooss 
CCrriiaarr uumm nnoovvoo nneeggóócciioo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor 
 
Portanto, podemos entender como empreendedorismo o método de trabalho que, motivado pelo 
desejo de auto-realização dos empreendedores, tem o objetivo de introduzir novos produtos ou 
serviços através da identificação de oportunidades, da organização e gestão de forma criativa de 
todos os recursos disponíveis para um mesmo objetivo. Os participantes do processo de empreender 
Fonte: Disponível em: < 
http://blog.campe.com.br/wp-
content/uploads/2009/08/emp
reendedor.jpg> 
Acesso em: 25/10/10 
 
Fonte: Disponível em: 
<http://www.cienciahoje.pt/ind
ex.php?oid=37054&op=all> 
Acesso em: 25/10/10 
 
Fonte: Disponível em: 
<http://www.ingestao.net/2009/10/14/20-
dicas-rapidas-de-economia-para-pequenas-
empresas-e-home-offices/> 
Acesso em: 25/10/10 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
13 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
têm a consciência e aceitam assumir riscos calculados e a possibilidade de fracassos. No próximo 
tópico, vamos analisar esses desafios com que o empreendor se deparará. Vamos avançar em 
nossos estudos? 
 
 
1.2.1. Desafios do Empreendedor 
 
De acordo com o que nós consideramos até agora, você pode perceber que empreender não é uma 
tarefa simplificada, a partir desse momento vamos apresentar a você alguns fatores que devem ser 
analisados. Veja, a seguir, os três níveis de decisões que podemos distinguir no âmbito empresarial: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em relação às decisões operacionais, o empreendedor deve considerar todos os requisitos 
necessários para que a empresa consiga oferecer seus produtos e serviços de acordo com o que 
está sendo oferecido ao mercado e dentro de padrões aceitáves de qualidade. Já em relação às 
decisões administrativas, o planejamento deve se embasar na estrutura organizacional que a 
empresa deverá ter para que suas funções sejam cumpridas. Por fim, as decisões estratégicas 
devem ser tomadas de acordo com o contexto mercadológico no qual a empresa irá atuar. 
 
O principal desafio do planejamento em relação a estas decisões está relacionado ao fato de que, 
como se trata de um novo negócio, o empreendedor pode não ter conhecimento e experiência em 
relação aos elementos necessários para que o planejamento seja eficaz. Portanto, haverá a 
necessidade por parte do empreendedor de identificar e mensurar adequadamente todos os 
componentes necessários que o processo seja conduzido com sucesso. 
 
Para compreendermos as perspectivas do trabalho empreendedor, é importante entendermos, de 
forma objetiva, a distinção objetiva entre o administrador e o empreendedor. 
O administrador tem suas ações direcionadas para o planejamento, execução, supervisão, controle, 
acompanhamento e, principalmente, gerenciamento das atividades empresariais. Por se tratar de um 
visionário, as atividades do empreendedor estão voltadas para a análise de oportunidades e 
definições estratégicas que direcionarão o futuro da empresa. 
 
decisões operacionais que estão ligadas ao processo de transformação da 
empresa, ou seja, decisões que definem aspectos relativos aos produtos ou 
serviços comercializados pela empresa; 
decisões administrativas que são relacionadas à estrutura organizacional da 
empresa e 
decisões estratégicas que são voltadas ao relacionamento entre a empresa 
e o ambiente em que atua. 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
14 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
Creio que nada impede que uma mesma pessoa seja definida como um administrador e um 
empreendedor ao mesmo tempo, mas é importante diferenciar os papéis, pois um empreendedor que 
conhece como ninguém seu negócio pode se ver em apuros se não tiver o preparo necessário para 
conduzir a sua idéia ao sucesso. Da mesma forma, o administrador pode estar muito voltado para o 
controle dos aspectos gerenciais internos, sem perceber que precisa ampliar seus horizontes para 
além das perspectivas internas da empresa. 
 
São muitas as oportunidades latentes no mercado, porém a grande maioria não consegue percebê-
las por estarem presos a padrões de comportamento predefinidos e limitados. Ao identificar uma nova 
oportunidade, o empreendedor passa a acreditar que pode transformar um sonho em realidade, 
busca explorar ao máximo as oportunidades que surgem, pois tem a energia necessária para isso. 
Mas quais qualidades o que habilitarão para desenvolver esse trabalho? Vamos considerear isso a 
seguir, esteja antento. 
 
1.2.2. Atitudes empreendedoras 
 
O senso de oportunidade é fator característico no empreendedor. Transformar as oportunidades em 
negócios de sucesso envolve percorrer um caminho de superação. A concepção de um negócio 
ocorre devido à influência de diversos fatores externos (ambientais, culturais, sociais, entre outros), 
como também devido a fatores pessoais como aptidões e necessidades pessoais. O somatório 
desses diversos fatores impulsiona o empreendedor a assumir riscos, operacionalizando suas ideias. 
 
Impulsionado pelas circunstâncias, o empreendedor deve direcionar suas energias e seus esforços 
para os produtos ou serviços a serem oferecidos, de forma que as competências necessárias sejam 
alcançadas para que os produtos alcancem a lucratividade desejada. 
 
Ao planejar estrategicamente os limites e os recursos do novo negócio, o empreendedor não pode se 
deixar levar por situações que o façam perder os pontos principais de seus objetivos. Toda a sua 
percepção, direção, dedicação, talento e trabalho devem convergir ao foco principal predefinido na 
concepção do negócio. É muito comum conhecermos casos em que grandes idéias não saíram do 
papel, ou apenas deram os primeirospassos e, em seguida, ficaram estagnadas. Geralmente, isso 
acontece porque o principal mentor do projeto perdeu o foco e teve seus objetivos desviados do 
objetivo principal. Para que você entenda melhor esse assunto observe atentamente o exemplo que 
será apresentado a seguir. 
Um visionário sonhador 
Certa vez, fui contratado por um empresário para elaborar um Plano de Negócio baseado em uma de suas idéias. Consegui 
perceber claramente o aspecto sonhador de sua personalidade, pois ela “pulava para fora” dos olhos dele. Foi uma grande 
experiência, pois ele enxergava o óbvio em meio a uma multidão que não conseguia alcançar a sua visão do negócio. Havia 
uma grande preocupação por parte dele no que se refere à segurança da ideia dele. De maneira alguma, ele queria que as 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
15 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
informações “vazassem” antes do tempo e outra pessoa ficasse com o seu possível futuro empreendimento. O que ele não 
conseguia perceber era que por mais que muitos tentassem, não iriam conseguir vislumbrar o que somente um visionário 
consegue. 
De tão empolgado com a ideia, ele resolveu contratar uma equipe para desenvolver o seu Plano de Negócio, pois entendia que 
a empolgação dele poderia atrapalhar considerações técnicas que eram inerentes ao negócio. 
Fonte: Autor 
 
Sempre podemos encontrar pessoas sonhadoras, mas o que não se consegue com tanta facilidade é 
encontrar um sonhador que tem a energia e a proatividade interagindo com o mesmo objetivo. A 
concepção de um empreendimento, por muitas vezes, nasce de uma combinação de fatores como 
conhecimento do negócio, criatividade, inovação, criatividade e dedicação. Agora vamos observar um 
outro caso, analise como foi mais fácil elaborar um plano de negógio para o cliente. 
 
Um visionário articulador 
Em outra oportunidade, um empresário também me contratou para elaborar um Plano de Negócio. Nesse caso, era mais fácil 
perceber que tanto a idéia quanto a operacionalização do negócio já estavam totalmente articuladas na cabeça, o apoio que 
ele desejava era para a concepção técnica do negócio. 
A idéia era de comercializar uma peça de marketing, montada a partir da associação com outras empresas, que forneceriam os 
componentes e o apoio tecnológico necessários para a efetivação do negócio. Com o público-alvo já definido, o trabalho da 
equipe responsável pela elaboração do Plano de Negócios era basicamente estudar a amplitude do mercado e documentar 
todas as projeções necessárias para a viabilização do negócio. Como o mentor da ideia era mais precavido, a patente ideia já 
havia sido registrada. 
Fonte: Autor 
 
Não se pode ignorar o fato de que otimismo, organização, networking (rede 
de relacionamentos) e planejamento estratégico são pontos fundamentais 
na transformação de uma ideia em realidade. Mas podemos perceber que o 
grande desafio do empreendedor é superar os obstáculos que surgem no 
caminho entre a sua ideia original e a efetivação do negócio. 
 
. 
 
 
 
 
1.2.3. O Processo Empreendedor 
 
No decorrer das últimas décadas, a conjuntura social, política, econômica e cultural de nosso país 
contribuiu para que muitas empresas fossem fechadas, mas contribuiu também para outras novas 
empresas fossem abertas. Decidir sobre a criação de um novo negócio, em muitos casos, foi 
Figura 3 
Fonte: Disponível em: < 
http://www.dasmatheus.com.br/artigos.php?
opt=T&categ=52> > 
Acesso em: 18/10/10 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
16 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
resultado da pressão de uma situação desfavorável como desemprego, por exemplo. Mas há casos 
também em que o empreendedor identificou uma oportunidade e, saindo de sua “zona de conforto”, 
correu riscos e transformou-se de empregado a empregador. 
 
Segundo Dornelas (2001, p. 39), “o processo empreendedor inicia-se quando um evento gerador 
desses fatores possibilita o início de um novo negócio”. 
 
 
Tanto fatores pessoais quanto fatores organizacionais e ambientais exercem influência em todas as 
fases do empreendedorismo. Portanto, a consideração de tais aspectos não deve ser deixada de 
lado, mesmo que alguns desses itens apresentem dificuldade em sua mensuração. Finalizamos 
nossas considerações sobre a conceitulização do empreendedorismo e sua relação com o 
desenvolvimento econômico. O nosso próximo passo será definir as ideias de negócios dentro das 
organizações. Aguardo você no próximo tópico. 
 
1.3. Definição de ideias e oportunidades de negócios dentro de 
organizações 
 
A complexidade de se criar um novo negócio está diretamente ligada ao número de variáveis sobre 
as quais não se tem controle. Inovar nem sempre é tão simples quanto parece. Dentro de uma 
empresa já existente, podem existir diversas oportunidades “pedindo para serem descobertas”. O 
conhecimento do negócio nem sempre é suficiente para que todas as oportunidades sejam 
exploradas. Em diversos casos, a criatividade tem sido o diferencial para que um empreendimento se 
torne um sucesso. Vamos observar um exemplo dessa situação a seguir, leia com atenção. 
 
Um caso de sucesso 
Um exemplo interessante que pude notar como professor universitário foi o caso de um aluno dono de uma distribuidora de 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
17 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
bebidas. Em sociedade com o irmão, ele abriu uma empresa para comercializar refrigerantes e outros produtos do ramo. O 
tempo foi passando, o negócio prosperando até que ele percebeu um tipo de cliente bastante presente em sua loja: o vendedor 
ambulante de hot dog. A observação incitou sua criatividade e ele criou um sistema de atendimento especial ao nicho de 
mercado percebido. Contratou um “vendedor-motoqueiro” e passou a visitar os vendedores de hot dog da região. Resultado: 
prosperou e, em pouco tempo, já estava abrindo uma filial para ampliar sua área de atuação. 
Fonte: Autor 
 
 
Analisando esse caso, percebemos que muitos empreendedores têm como foco principal a 
identificação da oportunidade, sem se atentar com muita ênfase aos riscos do negócio. Citar um caso 
de sucesso é sempre um motivador, mas devemos aprender também com os insucessos, 
principalmente pelo fato de eles representarem a maioria. 
 
No caso dos irmãos-sócios, eles perceberam a oportunidade e agiram baseados na experiência que 
já tinham, “arriscaram” investindo recursos e conseguiram atingir um nicho mercadológico ainda 
inexplorado (pelo menos na região em que atuavam). E os fatores macro e micros econômicos? E a 
concorrência? E o potencial de Mercado? E a análise de viabilidade do negócio? Bem, essa ficou 
comprovadamente positiva devido ao sucesso do negócio. 
 
Mas nem sempre é assim. Existem muitos casos de insucesso que, se tivessem sido estudados 
preliminarmente, não teriam saído do papel. 
 
O momento atual, em que estamos contextualizados, realmente pode ser chamado de momento do 
empreendedorismo, pois diversos empreendedores têm superado obstáculos culturais, inovando nas 
relações comerciais, despedaçando paradigmas e contribuindo para o crescimento econômico do 
país. A seguir, vamos analisar um outro exemplo de empreendimento. 
 
Um caso de insucesso 
Acompanhei um caso de uma senhora, muito habilidosa na elaboração de “Cestas com produtos de chocolate”. Ela mesma 
criava e produzia em casaos produtos da cesta, que era decorada de forma especial para cada um de seus clientes. Feliz e 
otimista com o sucesso de seu produto, ela resolveu investir na ampliação do seu negócio. Alugou uma loja, contratou uma 
linha telefônica exclusiva para melhor atendimento a seus clientes, assumiu compromissos e, infelizmente, em poucos meses 
seu negócio “naufragou”. 
O motivo? O faturamento da empresa não suportou os novos gastos inseridos no negócio pela proprietária, o que fez com que 
a empresa funcionasse apenas no período em que a habilidosa senhora conseguiu manter seu crédito sem restrições. 
Enquanto ela teve crédito no mercado, conseguiu “rolar” suas dívidas, até o momento em que a situação se tornou insuportável 
e a empresa teve que fechar. Resultado: ela teve que voltar a trabalhar em casa, porém, nesse segundo momento, com o 
CPF cheio de restrições, com o crédito comprometido e, principalmente, com uma frustração que pode refletir em suas “ações 
empreendedoras” no resto de sua vida. 
Fonte: Autor 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
18 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
Analisando esse segundo caso, percebemos que o despreparo gerencial (que envolve planejamento, 
concepção, controle e acompanhamento) é um fator decisivo para o sucesso ou não de um novo 
empreendimento. 
 
 
 
Mas cabe observar que toda a experiência vivida pela habilidosa 
empreendedora lhe serviu como aprendizado e ela tomou uma atitude que 
pode mudar drasticamente o destino de um possível novo empreendimento: 
ela procurou o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas 
Empresas). 
 
Como, no Brasil, uma parcela minoritária da sociedade tem acesso a cursos universitários gerenciais, 
a maioria da população não tem acesso a informações fundamentais para a criação de um novo 
negócio. Muitos micro e pequenos empresários constituem suas empresas baseados apenas na 
motivação de se tornar uma pessoa próspera e auto-realizada. Não há conhecimento de técnicas 
gerenciais como controle de fluxo de caixa, controle de qualidade, atendimento ao cliente e controle 
de gastos. 
 
Trabalhando como professor e como orientador de estágio em cursos de gestão, tenho percebido um 
diagnóstico alarmante presente na maior parte das mais de 100 empresas que foram analisadas. 
 
O diagnóstico, em termos gerais, pode ser resumido em quatro pontos principais: 
 
I. a empresa não tem controle exato de suas receitas; 
II. não tem controle sobre seus desembolsos (poucas têm algum controle); consequentemente 
III. não têm informações corretas sobre seus lucros; e 
IV. os sócios misturam as despesas e contas bancárias pessoais com as despesas e contas 
bancárias da empresa. 
 
A partir da criação do Sebrae, o Brasil passou a experimentar uma nova era na criação de micro e 
pequenas empresas, pois a instituição é responsável pelo suporte técnico gerencial ao pequeno 
empresário e tem atuado de forma decisiva no apoio aos novos empreendedores. 
 
 
Você sabia que o Sebrae-MG disponibiliza aos interessados cursos, 
palestras, consultorias, resultados de pesquisas, informações sobre 
legislação e até mesmo um manual e um software para desenvolvimento de 
um Plano de negócio? Acesse: 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
19 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
http://www.sebraemg.com.br/Home/HomePortal.aspx e confira! 
 
O processo de geração de um novo negócio, identificado por muitos como Empreendedorismo, 
resulta em experiências próprias e de terceiros que devem se consideradas ao se projetar um novo 
negócio. 
 
Creio que o problema se inicia no raciocínio inserido na cabeça de muitos: “tenho $ XX mil, o que eu 
posso abrir?”, sendo que o raciocínio correto deveria ser: “quais negócios têm lucro satisfatório? O 
capital que tenho é suficiente para abrir este negócio e me sustentar até que o próprio negócio possa 
se sustentar e me sustentar?” 
 
Raciocínio 11 
“ tenho $ XX mil, o que eu posso 
abrir ?”, 
 
 
 
 
 
Raciocínio 22 
 
“que negócios têm lucro 
satisfatório? O capital que tenho 
é suficiente para abrir esse 
negócio e me sustentar até que 
o próprio negócio possa se 
sustentar e me sustentar ?” 
 
 
 
 
 
QQuuaall ddooss ddooiiss llhhee ppaarreeccee mmaaiiss ccooeerreennttee ?? ((11)) oouu ((22))?? 
Fonte: Autor 
 
Pode-se perceber que o planejamento incorreto ou mesmo a falta de planejamento prévio é um 
problema mais ligado a habilidades a serem conquistadas pelo ser humano do que a falta de técnicas 
de planejamento. Observando os empreendimentos públicos, visualizamos esse fato de forma mais 
clara. Podemos citar, como exemplo recente, a realização dos Jogos Pan-americanos do Rio de 
Janeiro em 2007. O custo inicial orçado para os jogos girava em torno de R$ 532 milhões e o custo 
final ficou perto de R$ 3 bilhões. Mas esse não é um problema apenas brasileiro. O “Boston Central 
Figura 4 
Fonte: Disponível em: < 
http://www.emduvida.com/como-juntar-
dinheiro/> Acesso 25/10/10 
Figura 5 
Fonte: Disponível em: < 
http://www.blogdosempreendedores.com.
br/2010/03/06/dez-decisoes-que-podem-
matar-uma-pequena-empresa//> Acesso 
25/10/10 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
20 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
artery”, um suntuoso conjunto de vias elevadas, construído nos Estados Unidos, tinha custo inicial 
orçado em US$ 2,3 bilhões, mas o custo final esteve perto da casa dos US$ 14,6 bilhões. 
 
Creio que, em ambos os casos, o problema maior está ligado à falta de detalhamento na concepção 
dos projetos. Não houve erros que inviabilizassem operacionalmente os empreendimentos e sim, 
erros de planejamento que deixaram tão distantes os custos orçados dos reais. A grande diferença é 
que, no caso dos empreendimentos públicos, a vontade política supera a viabilidade financeira do 
negócio, o que resulta em novas injeções de capital, mesmo com prejuízo financeiro. Já no caso 
privado, considerando também os pequenos empreendedores, a fonte de recursos não é tão 
abundante e muitos negócios, literalmente, fecham antes mesmo de se firmarem no mercado. 
 
Observando as experiências vividas por outras pessoas, podemos ser motivados ou desmotivados a 
criar um novo negócio. A questão principal está relacionada ao processo através do qual devemos 
analisar e decidir sobre a viabilidade ou não de um negócio. É certo que muitos empreendimentos de 
sucesso não tiveram qualquer tipo de planejamento prévio, mas, em termos atuais, com os 
concorrentes se fortalecendo e, consequentemente, a concorrência acirrando, esses casos estão 
diminuindo e tendem a se tornar inexistentes no mercado. 
 
Fonte: Autor 
 
Empreender um novo negócio envolve muito mais fatores do que podemos observar analisando as 
estatísticas. Empreender certamente envolve riscos, porém eles devem ser analisados e calculados 
com base em estudos de viabilidade coerentes e o mais próximo possível da realidade. Desde o 
surgimento da ideia de um novo negócio até a sua concretização, existem várias etapas para serem 
cumpridas que auxiliarão o Empreendedor na difícil tarefa de executar seu Plano de Negócios. 
Portanto, ao se planejar um novo negócio, devem-se identificar todos os aspectos relacionados a este 
negócio, procurando avaliar as condições para sua implantação e execução.Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Unidade de Educação a Distância | Newton 
Finalizamos esta primeira etapa de nossos estudos conscientes de que estamos no caminho correto, 
porém ainda temos muito a percorrer... Não deixe de visitar as seções seguintes, pois elas são 
importantes para complemento de nosso aprendizado. 
 
Vamos para a próxima etapa ! 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Unidade de Educação a Distância | Newton 
 
 
2. Teoria na Prática 
 
 
Este é um momento em nosso curso que você poderá mensurar o quanto você assimilou do 
conteúdo. Vejamos a questão a seguir: 
 
Considere que você recebeu um capital que não estava esperando e está decidindo se deve 
empreender um novo negócio ou não. Para tentar se posicionar sobre o assunto, responda ao quadro 
abaixo, complete a frase posicionada no final do quadro e siga as instruções seguintes: 
 Concordo Discordo 
As perguntas de 1 a 7 se referem a questões de entendimento 
sobre o empreendedorismo. 
T
o
ta
lm
e
n
te
 
B
a
s
ta
n
te
 
P
o
u
c
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N
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 c
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rd
o
 
N
e
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 D
is
c
o
rd
o
 
P
o
u
c
o
 
B
a
s
ta
n
te
 
T
o
ta
lm
e
n
te
 
1 
Você acha que tem condições de empreender um novo 
negócio utilizando técnicas específicas de planejamento? 
7 6 5 4 3 2 1 
2 
Você entende que o empreendedorismo pode ser aprendido e 
que um empreendedor é aquele que consegue transformar 
ideias em negócios de sucesso? 
7 6 5 4 3 2 1 
3 
Você aceitaria uma proposta de criação de um novo negócio 
em que você tem grande conhecimento, sabe que a 
possibilidade de lucro é enorme, mas que outra pessoa tentou 
e fracassou? 
7 6 5 4 3 2 1 
4 
Você entende que os negócios que deram certo no passado, 
precisariam ser reavaliados e adaptados de acordo com o 
contexto atual para que pudessem conseguir o mesmo sucesso 
? 
7 6 5 4 3 2 1 
5 
Você entende como possível alguém, que já fracassou 
algumas vezes como empreendedor, aprender técnicas de 
planejamento e gestão e se tornar um grande empreendedor ? 
7 6 5 4 3 2 1 
6 
Você aconselharia uma pessoa capacitada e criativa, por 
quem você tem grande amizade e apreço, a deixar o seu 
emprego e investir recursos financeiros e tempo em um 
negócio altamente rentável ? 
7 6 5 4 3 2 1 
7 
Você está disposto a assumir riscos, deixando sua zona de 
conforto, e se tornar um empreendedor, desde que tenha 
informações suficientes ? 
7 6 5 4 3 2 1 
Total 
Total Geral 
A expectativa em me tornar um empreendedor é de ____ % . 
 
 
Fonte: Autor 
 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Unidade de Educação a Distância | Newton 
Atividade : 
 
 Após responder ao quadro pela primeira vez, responda a ele novamente, porém considerando as 
informações que você tinha antes de estudar esta unidade. 
 Após responder ao quadro e completar a frase pela segunda vez , compare os percentuais da 
duas respostas. 
 
Resposta: 
 
A figura do “empreendedor nato” é apenas um mito. Mesmo aquele que nasce com aptidões para 
negócios deve procurar desenvolver tais aptidões, buscando conhecimentos sobre planejamento e 
gerenciamento durante todo o tempo em que se envolver com negócios. Da mesma maneira, o que 
tem dificuldades iniciais para empreender um negócio pode buscar conhecimento suficiente sobre o 
assunto para se tornar um grande empreendedor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Unidade de Educação a Distância | Newton 
 
3. Síntese 
 
 
Quantos assuntos importantes vimos nesta unidade, não é mesmo? Se voltarmos no tempo e 
considerarmos todo o conteúdo discutido, poderemos perceber de forma clara como o 
empreendedorismo está inserido na sociedade e como ele tem sido importante na economia de nosso 
país. 
 
No transcorrer da unidade, conceituamos o empreendedorismo e aprendemos a distinguir o papel do 
empreendedor do papel do administrador. Contextualizamos a atividade empreendedora em meio a 
uma sociedade altamente dependente da tecnologia, bem como o seu papel diante da nova situação 
de proximidade entre os mercados, devido à inclusão de recursos tecnológicos. 
 
Procuramos, também, abordar aspectos referentes ao papel do empreendedor em relação a todo 
processo, destacando alguns casos de sucesso e insucesso, como forma de exemplificar as diversas 
funções das atividades empreendedoras, tentando explicar como elas podem ser direcionadas e 
organizadas para que o empreendedor alcance o sucesso pretendido. Da mesma forma, utilizamos os 
casos para conscientizar o leitor sobre a importância de não cometer erros primários que podem 
comprometer todo o empreendimento. 
 
Finalmente, passamos a discutir a diferença entre ideias e oportunidades, discutindo, também, 
algumas técnicas de identificar e avaliar as oportunidades, minimizando, dessa forma, os riscos de 
insucesso na atividade empreendedora. 
 
De forma geral, os temas abordados foram: 
 O empreendedorismo e a sua inserção no contexto atual; 
 O papel do empreendedor e os desafios que o esperam; 
 O processo de criação de um empreendimento, bem como suas fases distintas desde 
a sua concepção até a efetivação do negócio. 
Portanto, esperamos que todo o nosso esforço tenha contribuído para que você seja mais uma 
pessoa apta a discernir os riscos de empreender um novo negócio, sem deixar que eles 
desestimulem a criatividade e capacidade inserida no ser humano. 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Unidade de Educação a Distância | Newton 
Unidade 2: Projetos: A Estrutura e as Etapas do Projeto 
 
 
1. Conteúdo Didático 
 
 
O Plano de negócios pode ser considerado como um norteador das ações a serem tomadas por 
quem deseja empreender um novo negócio. Após ter a ideia bem concebida e delineada em sua 
mente, o empreendedor deve procurar obter informações sobre o mercado em que pretende atuar, 
tais como seu possível público-alvo, concorrentes, fornecedores, diferenciais estratégicos, formas de 
distribuição e comercialização, processos produtivos envolvidos, enfim deve buscar todas as 
informações necessárias para avaliar seu negócio antecipadamente. 
 
Segundo Dornelas (2001, p. 96), “o Plano de Negócios é um documento usado para descrever um 
empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um 
processo de aprendizagem e autoconhecimento, e, ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu 
ambiente de negócios”. 
... O Plano de Negócios é um 
documento que registra todas as 
informações referentes à concepção 
de um novo negócio, de maneira 
organizada e estruturada. 
 
 
 
 
 
 
 
1.1. O Projeto no Processo de planejamento e desenvolvimento de novos 
negócios 
 
A referência que muitas pessoas têm de negócio está ligada a uma organização, gerenciada por 
pessoas, com objetivos de produção e/ou comercialização de produtos ou serviços, objetivando 
resultados econômicos e financeiros. 
 
A compreensão do que significaa “definição de um negócio” é um aspecto estratégico de 
fundamental importância para o sucesso de uma organização. Apesar de parecer uma definição 
simples, muitos não têm o conhecimento necessário sobre o tema. Vejamos dois exemplos para 
ilustrar o tema: 
 
Fonte: Disponível em: 
http://jornale.com.br/mirian/wp
content/uploads/2009/05/plane
jamento.jpg Acesso 
em:280/01/2010 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Unidade de Educação a Distância | Newton 
 
Exemplo 11 
 
Um exemplo que ilustra claramente a compreensão sobre a definição do 
negócio é o caso de uma entrevista dada por um grande empresário, 
presidente de uma indústria de relógios conhecida mundialmente pelo 
requinte e luxo de seus produtos. Durante a entrevista, o repórter fez uma 
das mais clássicas perguntas do meio empresarial: “Qual o segredo de se 
fabricar e vender relógios?” O empresário prontamente respondeu: “Eu não 
vendo relógios, eu vendo Status”. 
 
 
 
Exemplo 22 
Outro exemplo para ilustrar o tema é uma espécie de parábola: 
Um vendedor de máquinas de lavar roupas bateu na porta de uma “dona de 
casa” e ofereceu seu produto de última geração. Apresentou os recursos 
técnicos do equipamento, a sua capacidade, a qualidade, a garantia... Por 
fim, a dona de casa, bastante ocupada, agradeceu a atenção do vendedor e 
o despediu sem adquirir a moderna máquina. 
Alguns dias depois, um segundo vendedor de máquinas de lavar roupas 
bateu na mesma porta e perguntou a estimada dona de casa : “A senhora 
não gostaria de ter mais tempo para se arrumar para seu esposo, para 
cuidar de seus filhos, para ir passear com a família, ir ao cinema ou ao 
parque ?” a senhora respondeu muito animada : “É claro! quem não 
gostaria?” e o vendedor lhe retrucou :”Pois é, tenho para oferecer para a 
senhora uma máquina de lavar roupas que fará grande parte do serviço da 
casa, e a senhora, comprando esta máquina, terá tempo para fazer tudo 
isso que deseja.” Animada com as novas possibilidades, rapidamente a 
valorosa senhora adquiriu o produto oferecido. 
 
Fonte: Autor 
 
Através desses dois exemplos, podemos compreender que a definição de um negócio vai muito além 
da simples definição de venda de um produto ou serviço tangível. Muitas pessoas, ao adquirirem um 
produto, estão realizando sonhos e, compreender os valores agregados ao produto do ponto de vista 
do mercado, também, faz parte da definição do negócio. 
 
A definição do negócio deve compreender as necessidades das pessoas, mas também deve saber 
discernir necessidades de desejos e demandas. Uma pessoa tem necessidades quando está privada 
de alguma satisfação básica em sua vida (roupas, alimentos, moradia,...). Estando com necessidade 
de um alimento, por exemplo, uma pessoa pode atender a essa sua necessidade através da 
realização do desejo por uma refeição completa ou mesmo um sanduíche. Demandas são desejos 
por determinado produto ou serviço, apoiados pela capacidade de aquisição por parte dos 
compradores. 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Unidade de Educação a Distância | Newton 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obtendo informações suficientes sobre as demandas existentes, os empreendedores devem buscar 
meios para mensurar e atender a essas demandas. Conhecidas e identificadas as intenções e 
aspirações de sua organização, deve-se, então, definir as formas de atuação no mercado, utilizando 
todos os recursos disponíveis para que se possa atender ao público-alvo. 
 
Portanto, para se definir um negócio, é necessário que haja uma compreensão clara das demandas 
existentes por parte do possível mercado em potencial, tendo, também, a compreensão de que os 
benefícios agregados aos produtos e/ou serviços que estão sendo ofertados atendem essas 
demandas. Para fazer um levantamento das demandas é necessário ter um bom planejamento, a 
seguir vamos considerar esse assunto. Fique atento! 
 
1.1.1. A importância do Planejamento 
 
 
Para iniciar esse tópico, sugiro que você pare um pouco e pense sobre o 
que é planejamento. 
 
 
 
 
Fonte: Disponível 
em:<http://melanyverissimo.blog
spot.com/2010_07_01_archive.h
tml> Acesso em: 28/10/2010 
Fonte: Disponível em:< 
http://blogs.shoptour.com.br/casa
seapartamentos/files/2010/04/Ca
sa_propria3.jpg> Acesso em: 
28/10/2010 
Desejo 
Fonte: Disponível em: 
<http://www.nossofuturo.com/seu
dinheiroreal > Acesso em: 
30/10/2010 
Demanda 
Muitas pessoas desejam 
comprar sua casa própria, 
porém a demanda é 
caracterizada por aquelas 
pessoas que desejam 
comprar e têm recursos 
disponíveis para tal intento. 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
28 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
 
A palavra planejamento nos traz a ideia de fazer planos, projetar. Para 
planejar nossas atividades semanais, por exemplo, podemos imaginar todas 
as nossas atividades semanais, estimar o tempo exigido por cada uma 
dessas atividades, e projetarmos nossas tarefas semanais de acordo com o 
tempo total disponível. E os imprevistos? “Imprevistos” que acontecem toda 
semana não são mais imprevistos, portanto devemos considerá-los em 
nossas projeções. O mesmo acontece em relação aos meses, semestres, 
anos ou a qualquer período para o qual desejamos planejar. 
 
Muitas atividades nossas não necessitam de planejamento, mas muitas delas (as mais complexas) 
precisam. O planejamento é essencial para que seus objetivos sejam alcançados. Quando vamos 
viajar de férias, por exemplo, pensamos na hospedagem, no transporte, nos recursos financeiros. Os 
profissionais, que trabalham em empresas com horários fixos, têm suas atividades planejadas pelas 
próprias necessidades da empresa. Já os profissionais liberais e os que trabalham externamente à 
empresa devem ter mais atenção ao planejamento. Fique atento ao exemplo que vou apresentar a 
seguir. 
 
Um exemplo de planejamento profissional semanal 
Vamos tomar, como exemplo, um representante de uma indústria farmacêutica, que tem como 
atividade principal a visita periódica a médicos para apresentar os medicamentos que ele 
representa e suas indicações. Com dias (ou até semanas) de antecedência, ele já sabe toda a 
sua programação de visitas de segunda a sexta, horário por horário. Semestralmente (ou 
anualmente, conforme a empresa), ele tem encontros regionais e nacionais para reciclagens e 
outros assuntos. 
Considerando o contexto apresentado, no início de cada ano, ele já sabe todas as atividades e 
reuniões institucionais e, no início de cada mês, ele já consegue visualizar toda a sua agenda 
de visita semanal. No planejamento das visitas semanais, há a preocupação de se 
programarem as visitas aos médicos, conciliando horários e locais, ou seja, em um mesmo 
turno (manhã ou tarde), os médicos que atuam em uma mesma região são visitados pelo 
mesmo representante. 
A seguir, um exemplo de uma planilha de planejamento de visitas médicas que pode ser 
utilizada por esse tipo de profissional. 
 
Fonte: Autor 
 
Na tabela 1, podemos verificar um exemplo de um quadro de planejamento de visitas do 
departamento comercial de uma empresa. Neste quadro semanal, podemos observar que, antes do 
início da semana, o representante da empresa já tem uma agenda de visitas programadas para os 
Fonte: Disponívelem:< 
http://www.fundamig.org.
br/2009/newsletter_ver.p
hp?id=77> Acesso em: 
29/10/2010 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
29 | P á g i n a 
Unidade de Educação a Distância | Newton 
dois primeiros dias da semana. Através dessa agenda, além de se preparar para os contatos com 
seus clientes, o representante poderá marcar novas visitas com antecedência, otimizando o seu 
trabalho e evitando desperdícios de recursos financeiros de tempo: 
 
 
Tabela 1 
Fonte: Autor 
 
Analisando a tabela 1, percebemos como um simples planejamento pode contribuir para o sucesso de 
um profissional e da organização que representa. Porém, a falta de hábitos de planejamento é um 
ponto que todos devem considerar. Imagine se o mesmo representante exemplificado acima saísse 
de casa na quarta-feira “para visitar clientes” sem uma agenda predefinida. Ele poderia incorrer em 
erros como ir a uma região da cidade na segunda e voltar na mesma região na terça (desperdiçando 
tempo e dinheiro), não encontrar o cliente na organização, etc. Se multiplicarmos esse raciocínio, 
considerando o número de visitas que uma empresa que atende mercearias e supermercados (por 
exemplo) tem que fazer, podemos imaginar o tamanho do prejuízo financeiro que esta empresa terá. 
Quanto maior a empresa, maior será a necessidade de que haja um planejamento adequado para a 
execução de suas operações. Se considerarmos aspectos comportamentais, chega a ser uma 
questão cultural. A maioria das pessoas não tem o hábito de planejar seu dia, sua semana, seu mês 
e menos ainda seu ano. 
Considerando que as empresas são formadas por pessoas e existem para as pessoas (sejam elas os 
clientes, os funcionários ou os sócios), as empresas passam pelos mesmos problemas referentes à 
falta de planejamento, porém em uma amplitude maior. 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Unidade de Educação a Distância | Newton 
 
O planejamento deve ser um dos principais focos de atenção de toda a 
direção das empresas. Pensando em termos de estratégia, ele permite aos 
gestores projetar possíveis contextos futuros, e se anteciparem as possíveis 
reações negativas ou positivas do mercado, face às ações estratégicas da 
empresa. É através dele que as empresas poderão se antecipar a situações 
mercadológicas, evitando resultados indesejáveis. Assim, pode-se aplicá-lo 
a organizações de todos os setores, porte organizacional e abrangência 
mercadológica. 
 
Em ambientes mercadológicos, onde existem altos riscos de investimento, o processo de 
planejamento torna-se mais complexo e importante. Após a aprovação de um projeto de investimento 
devidamente planejado, ações de correção e até de adaptação do planejamento podem ser tomadas 
em tempo hábil de se evitarem problemas com os objetivos do projeto. Imagine uma indústria 
automobilística que planeja o lançamento de um novo veículo: se considerarmos desde a concepção 
do projeto até a venda do produto final, há vários pontos a considerar como: programação da fábrica, 
contratação de funcionários, compra de componentes, testes, distribuição dos veículos por todo o 
país, etc. São várias ações que, mesmo sendo bem planejadas, necessitarão de ajustes. 
 
A inexistência de planejamento pode ser considerada um dos principais fatores de insucesso dos 
gestores empresariais seja na concepção ou condução de um empreendimento. Agora que você já 
sabe qual é a importância de um bom planejamento, vamos analisar o conceito e a estrutura de um 
projeto. Dessa forma, você conseguirá fazer projeções mais assertivas. Vamos lá! 
 
1.2. Conceito e Estrutura de Projetos 
 
Você já conhece sobre projetos? Já conseguiu elaborar algum plano que foi 
bem sucedido? Reflita sobre esse assunto, depois analise as informações 
sobre esse importante assunto. 
 
O conceito de projetos está associado ao alcance de objetivos em prazos e custos predeterminados. 
Eles envolvem gastos, ações e pessoas em um processo único com previsão de início e término e 
com resultados predeterminados. Suas características diferem daquelas dos trabalhos contínuos por 
se tratarem de empreendimentos temporários e com objetivos específicos. Os projetos são 
executados por pessoas, restringidos por recursos limitados e são planejados, executados e 
controlados. 
 
A partir de agora, vamos observar como o conceito de projetos aplica-se na rotina empresarial. A 
construção de um novo galpão para uma empresa é considerada como um projeto por ter um tempo 
determinado (previsão de início e término da obra); por ter um objetivo exclusivo (a construção do 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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galpão); e por ter flexibilidade em seu processo de planejamento (o planejamento ser reorganizado 
durante a execução do projeto para adaptação a novas situações, por exemplo). 
 
PROJETOS 
 
X 
 
TRABALHO OPERACIONAL 
 
TEMPORÁRIO 
 
CONTÍNUO 
 
 
 
EXCLUSIVO 
 
REPETITIVO 
 
 
PLANEJAMENTO 
PROGRESSIVO 
 
 
 
PREVISÍVEL 
 
Tabela 2 
Fonte: Autor 
 
Projetos podem ser implementados para empreender um novo negócio ou como meio de realizar o 
plano estratégico de uma organização. Quanto maior o número de variáveis a serem analisadas, 
maior a complexidade do projeto. Da mesma maneira, quanto menor o volume de informações 
disponíveis, maior a incerteza quanto ao projeto. 
 
Por exemplo, se uma indústria automotiva, que comercializa carros 
populares no mercado, tiver interesse em lançar mais um modelo de carro 
popular, ela poderá utilizar várias informações sobre esse mercado em favor 
do novo produto, visto que ela atua nele e, consequentemente, já tem um 
grande volume de informações disponíveis. Se, por outro lado, essa mesma 
indústria quiser lançar um veículo em uma classe em que ela não tem 
experiência, ela terá maiores dificuldades em posicionar esse produto no 
mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Disponível em: 
<http://dennysfs.blogs
pot.com/2010/08/os-
projetos-na-
construcao-civil.html 
> Acesso em: 
29/10/2010 
Fonte: Disponível em: 
http://liveinformationnew
s.blogspot.com/2009/12/
bateria-de-papel-pode-
ser-dobrada-e.html > 
Acesso em: 29/10/2010 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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1.2.1. As áreas de conhecimento da gerência de projetos 
 
Segundo o PMI
1
, são nove as áreas de conhecimento em gerência de projetos, sendo que oito delas 
refletem a maturidade, a estrutura e as competências requeridas nos projetos e uma área diz respeito 
à integração dessas áreas em prol dos objetivos do projeto. 
O gerente de projetos deve trabalhar para que essas nove áreas funcionem de forma alinhada com 
os objetivos do projeto. Vejamos cada uma dessas áreas: 
1 
Gerência 
da 
Integração 
 
Esta área tem suas atividades voltadas para o desenvolvimento do Plano do 
Projeto, sua execução, acompanhamento e encerramento do projeto. 
É responsável pela criação de condições que favoreçam o desenvolvimento do 
projeto, considerando seu ambiente de execução, sendo também responsável 
pelo fornecimento das informações necessárias para controle e alterações da 
operacionalização. 
 
2 
Gerência 
do EscopoO escopo do projeto está relacionado à definição das intenções, dos limites, das 
justificativas, dos objetivos e, principalmente, do produto do projeto, sendo que, 
em nosso curso o foco principal é a elaboração do Plano de Negócios. 
A declaração do escopo do projeto deve fornecer informações detalhadas sobre o 
mesmo, que poderão ser utilizadas como base para tomada de decisões durante a 
execução do projeto. 
 
3 
Gerência 
do Prazo 
 
A definição inicial do prazo e a concentração e estruturação de esforços para que o 
prazo preestabelecido não seja superado durante a execução do projeto, são 
tarefas estratégicas para o gerente de projetos. 
A definição das atividades e do cronograma do projeto são fundamentais para que, 
durante a realização do projeto, o gerente possa direcionar sua gestão no sentido 
do cumprimento dos prazos definidos. 
 
4 
Gerência do 
Risco 
 
A identificação dos riscos é um aspecto importante a ser considerado pelo gerente de 
projetos. Variações sazonais ou mesmo do ambiente no qual o projeto será executado, 
que podem exercer influência significativa em seus resultados, devem ser mensurados 
pelo gerente de projetos de forma qualitativa e quantitativa. 
Durante a execução do projeto, o monitoramento desses riscos deve ser feito 
continuamente e, quando necessário, medidas corretivas devem ser tomadas para que 
se possam evitar situações indesejadas. 
 
 
1
 PMI – Project Management Institute : é um órgão de atuação mundial que capacita e credencia gerentes de projetos. 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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5 
Gerência da 
comunicação 
 
A maior parte dos problemas das organizações está relacionada a problemas na 
comunicação. O gerente de projetos deve criar um sistema de comunicação que 
garanta que as informações transmitidas cheguem ao seu destino de forma clara e 
ágil. 
Da mesma maneira, relatórios de desempenho devem ser elaborados para que cada 
fase do projeto seja cumprida dentro dos padrões preestabelecidos. 
 
6 
Gerência da 
Qualidade 
 
Tanto a qualidade do projeto quanto do produto do projeto são aspectos 
determinantes para o sucesso do mesmo. Para que os objetivos de qualidade de um 
projeto sejam alcançados, é importante que todas as informações que embasam seu 
processo de elaboração sejam confiáveis. Alcançando essa situação, o gerente de 
projetos pode determinar as atividades necessárias para execução do projeto e seus 
respectivos custos, com vistas ao alcance da qualidade desejada. 
 
 
7 
Gerência do 
Custo 
 
Se os custos financeiros de um projeto forem estimados de forma errada, todo o 
projeto corre o risco de não ser executado e grandes perdas financeiras podem 
ocorrer. 
Cada etapa do projeto deve ter seu custo estimado de forma concisa e, de acordo 
com o cronograma de atividades, deve ser elaborado um cronograma de desembolsos 
para todo o período do projeto. 
No decorrer da execução do projeto, o gerente deve monitorar todos os custos para 
que não haja grandes distorções que inviabilizem o mesmo financeiramente. 
 
8 
Gerência de 
Suprimentos 
 
Imagine uma equipe de trabalho a postos para iniciar determinada tarefa, 
porém sem os materiais e equipamentos necessários para a sua execução. 
Quais seriam as consequências dessa situação? Entre as principais 
consequências estariam sem dúvida o desperdício de tempo e de recursos 
financeiros. 
Por isso os suprimentos necessários para cada atividade devem estar 
disponibilizados de acordo com o cronograma de atividades do projeto. O 
gerente de projetos não deve economizar esforços para evitar contratempos. 
em relação ao suprimento das necessidades do projeto. 
 
9 
Gerência de 
Recursos 
Humanos 
 
Todos os colaboradores que compõem a equipe responsável pela execução do 
projeto devem estar distribuídos de acordo com uma relação hierárquica, baseada nas 
funções necessárias ao projeto. 
Para isso, tanto a definição da equipe quanto a capacitação da mesma, devem ser 
feitas com vista ao atendimento das necessidades do projeto relacionadas a prazos, 
custos e principalmente aos objetivos. 
Devido à importância dessa área, no item anterior, foram feitas várias considerações 
importantes sobre a gerência de equipes em projetos. 
Fonte: Autor 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Analisando essas nove áreas, percebemos as diversas habilidades e competências necessárias para 
que o gerente de projetos consiga sucesso em suas ações. É uma função que, constantemente, 
exige superação de desafios por parte de seus executores. Vamos analisar, a seguir, mais alguns 
aspectos sobre esse assunto, portanto fique atento! 
1.2.2. Gerenciando equipes 
Agora vamos considerar o aspecto mais complexo em qualquer empreendimento: os recursos 
humanos. Um equipamento, por mais avançado tecnologicamente que seja, no caso de apresentar 
problemas, esses podem ser solucionados através da substituição de uma ou mais peças ou até 
mesmo do equipamento como um todo. 
Recursos financeiros podem ser levantados através de financiamentos ou investimentos próprios ou 
de terceiros. É óbvio que a relação custo x benefício deve ser avaliada, mas a partir do momento em 
que ela se torne favorável, a obtenção de recursos é favorecida. 
O grande desafio de todos os gerentes de projetos (e dos demais gerentes 
também) é administrar sua equipe de forma a obter o máximo de 
rendimento da mesma. Para tal intento é importante que cada integrante da 
equipe esteja adequadamente adaptado à sua função e motivado a 
exercê-la da melhor maneira possível. A seguir vamos considerar esses 
dois aspectos fique atento. 
Para que um membro da equipe esteja adequado à sua função, ou seja, esteja colocado na posição 
em que tem habilidade suficiente para exercê-la, é necessário que o gerente tenha consciência das 
atividades inerentes à função (veja o esquema 1) e confronte com as características pessoais desse 
membro da equipe. Seja no desenvolvimento e execução de projetos ou em outras atividades, se o 
recrutamento e a seleção de uma pessoa para determinada função resultar em uma contratação 
equivocada, todos os resultados relacionados a essa função (inclusive os das funções 
correlacionadas) estarão comprometidos. 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Esquema 1 
Fonte: autor 
Portanto, o gerente de projetos precisa estar atento, devendo também investir tempo no estudo das 
características de sua equipe, para que possa adequar o posicionamento de cada um de seus 
membros, de forma a obter a maior eficácia possível. 
No quadro abaixo, encontramos uma ilustração da relação entre as metas pessoais de um 
colaborador com seu esforço e desempenho de acordo com os objetivos da organização na qual 
trabalha. É papel do gerente criar um ambiente em que seus colaboradores compreendam que, ao 
colaborarem com o alcance dos objetivos organizacionais, também estarão colaborando com o 
alcance de suas metas pessoais. 
 
 
 
 
 
Fonte: Disponível em: < 
http://6arroba.blogspot.com/
2010_04_01_archive.html> 
Acesso em:5/11/2010 
 
Fonte: Disponível em: < 
http://www.easylink.com.br/
suportetelex.html> 
Acesso em: 5/11/2010 
 
Fonte: Disponível em: < 
http://domingosleao.wordpr
ess.com/> 
Acesso em: 5/11/2010 
 
Remuneração Trabalho 
Capacidade 
Em funções estratégicas, a capacidade deve estar um pouco acima do 
trabalho executado, que, por sua vez, deve ser remunerado de forma justa. 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Esquema 2 
 
Fonte: Robbins, Ano 2003 p.355 
 
A motivação é outro fator fundamental para que o ser humano consiga se superar em termos de 
resultado. A motivação é um valor interno do ser humano e por isso o líder precisa estar consciente 
de que deve criar meios para que o seu colaborador se motive em favor dos objetivos da equipe. 
Para tanto, é importante que as “recompensas” que este colaborador irá receber, decorrentes de seus 
esforços, favoreçam a satisfação de alguma necessidade que ele tenha individualmente. 
 
Uma teoria bastante conhecida no meio empresarial e 
utilizada para criar sistemas de motivação, visando à 
maximização do desempenho dos colaboradores é “A 
Hierarquia de Necessidades de Maslow”, desenvolvida 
por Abraham Maslow
2
. 
 
Segundo a teoria de Maslow, as necessidades 
“fisiológicas”, “de segurança” e “sociais” são 
necessidades ligadas à sobrevivência do indivíduo, 
sendo que as necessidades de “estima” e “auto-
realização” referem-se ao seu crescimento pessoal. 
A busca do ser humano pela satisfação de suas necessidades pode ser utilizada como um fator 
motivacional que resulte em benefícios para o próprio ser humano e para a organização na qual 
trabalha. Considerando a teoria de Maslow, de acordo com o nível hierárquico em que as 
necessidades de sua equipe se encontram, as ações do gerente podem ser direcionadas para a 
 
2
 Maslow, A. Motivation and Personality (Nova Iorque: Harper & Row, 1954) 
 
Esforço 
Individual 
Desempenho 
Individual 
Recomendações 
Organizacionais 
1 
2 
3 
2 
3 
Metas 
Pessoais 
 
1 Relação esforço-desempenho 
Relação desempenho -recompensas 
Relação recompensas- metas pessoais 
A Hierarquia de 
Necessidades de Maslow 
Fonte: Robbins, Ano 2003 p.344 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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melhor performance do grupo. No próximo tópico, vamos considerar como isso pode ser feito, gestor. 
Vamos lá? 
 
1.2.3. Delegações e responsabilidades 
O gerente de projetos pode e deve delegar atividades, mas nunca responsabilidades. O gerente de 
projetos deve conhecer os limites entre delegar uma atividade a um colaborador e o acúmulo 
excessivo de tarefa para si mesmo. Se por um lado ele não deve transferir a sua responsabilidade 
para terceiros, por outro lado ele não deve executar um volume de tarefas de tal forma que ele fique 
impossibilitado de gerenciar todo o projeto de forma adequada. 
Por se tratar de uma função diretamente responsável pelo sucesso ou insucesso de um projeto, a 
gerência de projetos deve ser tratada com muita seriedade e precisão. Um projeto fracassado pode 
ter consequências desastrosas tanto para as organizações quanto para as pessoas envolvidas. Um 
erro estratégico pode tomar proporções gigantescas em termos de resultado. Por isso o gerente de 
projetos deve ter suas atividades priorizadas em termos de resultados. 
Quanto maior a percepção geral do projeto por parte do gerente, inicialmente 
em relação ao seu planejamento e, posteriormente, em relação ao 
acompanhamento entre o planejado e o realizado, maiores serão as 
possibilidades de que o projeto seja bem sucedido. 
O gerente de projetos deve ter a consciência dos fatores que merecem a maior parte de sua atenção, 
bem como daqueles que, em caso de distorções, terão menor impacto nos objetivos do projeto. 
Conhecidos esses aspectos, seu monitoramento deve priorizar as atividades e funções críticas do 
projeto, ou seja, aquelas que se forem negligenciadas influenciarão de forma negativa e 
comprometedora todo o processo. 
É importante que não haja um “entrelaçamento” de funções e que o gerente tenha uma visão geral de 
todas as funções de sua equipe e da importância para o sucesso deste projeto. Dessa forma, as 
correções que se acharem necessárias serão feitas com maior precisão e em menor espaço de 
tempo. Conscientes da importância dos aspectos relacionados às responsabilidades de cada membro 
da equipe, partimos para outro item fundamental para a compreensão de nossa disciplina: as Etapas 
do Projeto. 
 
 
 
 
 
Disciplina: Empreendedorismo e Projetos Empresariais 
Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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1.3. As etapas do Projeto (Plano de Negócios) 
 
O Plano de Negócios é um documento que permite a projeção e a análise de um possível futuro 
empreendimento. Para facilitar inicialmente sua compreensão, é importante que tenhamos uma 
visualização prévia de todo o documento, bem como de suas características e estrutura. A seguir, um 
modelo de estrutura de um Plano de Negócios. 
Podemos perceber, através da estrutura apresentada, que todo o Plano de Negócios é desenvolvido 
com objetivo de analisar a viabilidade da proposta de um novo empreendimento. 
Podemos dividir a elaboração de um Plano de Negócios (PN) em quatro grandes etapas: 
Apresentação; Definições e Descrições; Planejamento estratégico; e Análises. Vejamos cada uma 
delas. 
A etapa de Apresentação deve expor a ideia do novo negócio de forma clara e objetiva. 
 
 Apresentação 
 
 
 
Capa: É o “cartão de visitas” do Plano de Negócios. Através de uma capa organizada e bem 
apresentada, pode-se ter uma boa “primeira impressão” do que será visto no documento. 
Sumário: O sumário oferece uma listagem de todos os itens do documento, com a respectiva 
indicação das páginas em que se encontram. 
Sumário Executivo: Esse item do plano de negócios deve ser direcionado a todos os 
interessados (stakeholders) do Plano de Negócios. O sumário executivo deve expor os 
objetivos a serem alcançados com a apresentação do documento (financiamentos, 
parcerias,...) ao público-alvo definido para apresentação do projeto. Devido a sua importância 
e abrangência, é fundamental que o sumário executivo seja desenvolvido após a finalização 
de todos os demais itens do documento. 
Introdução: A introdução é uma breve apresentação de todo o documento. A introdução 
deve expor como, onde, com quais recursos e por quem foi feito o Plano de Negócios. 
Objetivo Geral: É uma apresentação do principal objetivo do Plano de Negócios. Deve expor 
com clareza qual o produto final a ser apresentado pelo documento. 
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Autor: Sergio Rafacho 
 
 
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Objetivos Específicos: É o desmembramento do Objetivo Geral em “subobjetivos”, 
permitindo uma melhor organização e estruturação dos objetivos a serem alcançados. É 
importante ressaltar que o alcance de todos os objetivos específicos resultará no alcance do 
Objetivo Geral. 
A etapa seguinte é a de Definições e Descrições: 
 
Definições e 
Descrições 
 
 
Definição do Mercado: A definição

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