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Analise das relações entre o contexto histórico da Europa nos séculos XVIII e XIX e a constituição da economia e da sociologia

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Analise das relações entre o contexto histórico da Europa nos séculos XVIII e XIX e a constituição da economia e da sociologia.
É possível observar que a relação entre o contexto histórico da Europa nos séculos XVIII e XIX e a constituição da economia e da sociologia, foi movida por manifestação e mudanças ocorridas por revoluções. Houveram várias transições de ambas em sua economia, política e sociedade, como a queda do absolutismo no fim do século XVIII, ocorrendo assim a relação entre ambas marcadas por mudanças como a visão científica da economia e da sociedade baseada na existência de leis, na constituição da mesma.
Colocando como ponto de partida o desenvolvimento do conceito de “economia” que antes se referia a certas atividades sociais específicas dos cidadãos comuns relacionadas ao ordenamento do lar ou como as pessoas deveriam ou não agir. Posteriormente ocorre a mudança no uso do termo “economia”, se resumindo na acumulação de capital, vender com lucro e poupar para investir. Elias destaca que a primeira mudança no significado da palavra “economia” derivou de um deslocamento do termo que passou do campo privado para o da administração pública, provocando uma mudança dos recursos domésticos para o gerenciamento do país, passando o termo a ser tratado de “economia política”. Ele usa este detalhe para pontuar a importante mudança no padrão de concepção da sociedade. Nessa trajetória de mudanças do termo “economia”, os fisiocratas demonstraram por meio de evidências, que a sociedade, da mesma forma que a natureza, tinha leis específicas que não podiam ser negligenciadas sem prejuízos. Os fisiocratas e Adam Smith foram influenciados pela crença de que a ação das leis naturais asseguraria o bem-estar e a prosperidade dos homens, mas usaram dados que foram observados ao longo do tempo para demonstrar essas “leis”, como por exemplo as vantagens práticas da divisão do trabalho antes desse conceito ser usado para demonstrar o mecanismo social auto-regulador da livre concorrência por Adam Smith. Com isso, as inovações intelectuais dos fisiocratas e de Adam Smith foram proezas de síntese, por conectarem com os elementos observados, o que antes era uma crença filosófica, ganhando, assim, a função de uma hipótese científica.
Elias destaca a coragem da sociedade em demonstrar que ela possuía suas leis, independentes das normas estabelecidas pelos governantes, repousando nisso os primórdios do conceito de “sociedade” como algo distinto do “Estado”. A diferença de atitude entre os fisiocratas e os economistas clássicos da primeira metade do século XIX em relação ao governo aponta para a conexão entre a alteração no uso do termo “economia” e mudanças na distribuição de poder na sociedade.

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