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GAMETOGÊNESE
Processo de formação e desenvolvimento dos gametas masculinos (espermatozóides) pela espermatogênese e gametas femininos (ovócitos) pela ovogênese.
Fases: Formação de CGP (células germinativas primordiais/gonócitos/linhagem genética); Mitose; Meiose; Maturação funcional
Processos comuns nos 2 sexos:
2˚ semana (disco bilaminar): 
3˚ semana (disco trilaminar):
4˚ semana (dobramentos):
Espermatogênese (4 ciclos de 16 dias: 64 dias): 
Ocorre no interior dos Túbulos Seminíferos (constituem as gônadas masculinas: testículos; possuem lâmina basal, células de sertoli, espermatogônia, espermatócito, espermatozóide e Células de Leydig: produzem muita testosterona e pouco estrógeno, estimula a espermatogênese, responsável pelos caracteres secundários do homem), entre as Células de Sertoli (maiores células germinativas no epitélio do túbulo seminífero, com caráter de defesa, nutrição, fagocitose, síntese de ABP e suporte às celulas espermatogênicas).
Inicia durante o desenvolvimento embrionário. Nos testículos do embrião, as CGP diplóides sofrem sucessivas divisões mitóticas e originam espermatogônias, que continuam a se dividir por mitose durante a vida do homem. O processo é lento até a puberdade, intensifica e declina na velhice.
* Corte do Túbulo seminífero:
* Fases da espermatogênese (1: multiplicação; 2: crescimento; 3: maturação; 4: diferenciação ou espermiogênese)
* O espermatozoide: é produzido nos testículos e armazenado no epidídimo
* Aparelho reprodutor masculino: Gônadas (testículo); Vias genitais (intratesticular: TS, TR, RT, TE); extratesticular: epidídimo e ducto efetente); Genitália externa (pênis e saco escrotal); Glândulas acessórios (vesícula seminal, próstata e túbulo retal)
4˚/5˚ semana (no homem):
Ovogênese (antes do nascimento até a menopausa)
4˚/5˚ semana (na mulher):
12˚ semana:
* Aparelho reprodutor feminino: Gônadas (2 ovários); Vias genitais (tuba uterina, útero e vagina); Genitália externa (grandes e pequenos lábios, clítoris, monte pubiano e vulva); Glândulas acessórias (mamárias e gesticulares)
* O ovário:
* Fases da ovogênese:
Folículos primordiais: células foliculares planas e ovócito primário; Folículos primários: única camada de células cúbicas ovócito primário, zona pelúcida (camada acelular, de glicoproteínas, que envolve o ovócito). Folículos secundários: 2 camadas de células cúbicas, zona pelúcida e ovócito 1; Folículos terciários, maduros ou de Graaf: ovócito 2, zona pelúcida, antro folicular (cavidade preenchida com líquido), células granulosas, tecas foliculares que envolvem a camada granulosa (dividias em duas: a teca externa- que apresenta aspecto fibroso - e a teca interna - apresenta vasos sanguíneos), e o cumullus oophorus, uma camada de células foliculares que circundam o ovócito secundário. Nesse estágio os folículos já estão enormes só esperando o momento pra a liberação do ovócito. Folículos atrésicos: como em cada ovulação só um ovócito é liberado, os que não são liberados entram em atresia, ou seja, em apoptose (morte celular programada). 
Após a ovulação, as células foliculares (camada granulosa) e as da teca interna dão origem a uma glândula endócrina temporária, denominada corpo lúteo, sendo responsável por produzir esteróides - a progesterona (em maior quantidade) e estrógenos - que estimulam a secreção da mucosa uterina, além de impedir o desenvolvimento de novos folículos. Tem elevada importância para a maturação e preparação do endométrio uterino para a ocorrência da implantação do gameta, caso aja fecundação.
* Ciclo menstrual: período durante o qual o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina. Os hormônios produzidos pelos folículos ovarianos e pelo corpo lúteo (estrógeno e progesterona) causam mudanças cíclicas no endométrio, o qual é um espelho do ciclo ovariano porque responde de maneira sistemática às concentrações flutuantes de gonadotrofinas e hormônios ovarianps. O ciclo menstrual médio é de 28 dias, sendo o primeiro dia menstrual é o primeiro dia do ciclo.
Fases do ciclo: 
1)Menstrual: a camada funcional da parede uterina desintegra e é expelida com o fluxo menstrual que nornalmente dura de 4 a 5 dias. O sangue descartado pela vagina é misturado com pequenos fragmentos de tecido endometrial. Após a menstruação, o endométrio erodido está delgado. 
2)Proliferativa: dura aprox. 9 dias e coincide com o crescimento dos folículos ovarianos, sendo controlada pelo estrogênio secretado por esses folículos. Ocorre um aumento de 2 a 3x na espessura do endométrio e no seu conteúdo de água durante essa fase de reparo e proliferação. 3)Lútea/Secretora: dura aprox. 13 dias e coincide com a formação, crescimento e funcionamento do corpo lúteo. A progesterona produzida pelo corpo lúteo estimula o epitélio glandular a secretar um material rico em glicogênio. As glândulas tormam-se amplas e o endométrio se espessa devido ao estrogênio e progesterona do corpo lúteo. As anastomoses arteriovenosas são características dessa fase. OBS: se a fecundação não ocorre: o corpo lúteo se degenera, os níveis de progesterona e estrogênio caem e o edométrio entra na fase isquêmica, ocorre menstruação.
4)Isquêmica: ocorre quando o ovócito não é fecundado. A isquemia (redução do suprimento sanguíneo) ocorre quando as artérias se contraem, dando ao encométrio um aspecto pálido e resultando num decréscimo da secreção de hormônios pelo corpo lúteo em degeneração, o que resulta em perda de líquido intersticial e retração do endométrio. As paredes dos vasos se rompem, o sangue penetra no tecido conjuntivo e ocorre sangramento e em 3 a 5 dias toda camada do endométrio é eliminada na menstruação. OBS: Se a fecundação ocorre: inicia a clivagem do zigoto, formação do blastocisto e implantação no endométrio (dia 20 de 28 dias de ciclo), a gonadotrofina coriônica (hormônio produzido pelo sinciciotrofoblasto) mantém o corpo lúteo, estrogênio e progesterona, a fase lútea prossegue e não ocorre menstruação.	
5)Gravidez: os ciclos menstruais cessam e ao terminar a gravidez os ciclos ressurgem após 6 a 10 semanas se a mulher não estiver amamentando.
FERTILIZAÇÃO E CLIVAGEM (1˚ semana de desenvolvimento)
A fecundação é uma sequência de eventos moleculares coordenados que se inicia com o contato do espermatozóide e um ovócito e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira meiose do zigoto. Acontece na ampola da tuba uterina e leva aprox. 24h.
 A fecundação estimula o ovócito penetrado a completar a segunda meiose; restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto; resulta na variação da espécie humana por meio da mistura de cromossomos maternos e paternos; determina o sexo cromossômico do embrião; causa ativação metabólica da oótide (ovócito quase maduro) e inicia a clivagem do zigoto (divisões mitóticas sucessivas)
* Fases da fecundação: 
1) Vencer a coroa radiata: Os espermatozoides liberam hialuronidase, que reage com o ác. hialurônico da coroa, tornando o meio ácido. Muitos espermatozoides morrem. O espermatozoide "selecionado"gera hiperventilação através de batimentos, aumentando a concentração de O2 para sua sobrevivência. A coroa desaparece e o espermatozoide se depara com a zona pelúcida.
2) Vencer a zona pelúcida e seus filamentos descontínuos: A ZP1 organiza os filamentos para formar uma barreira e evitar a passagem de outros espermatozoides. O ovócito libera protease e a ZP2 libera acrosina para formar um túnel para passagem do espermatozoide. A ZP3 promove a imobilização e morte dos outros espermatozoides (reação zonal e bloqueio da poliespermia: torna a zona pelúcida impermeável para entrada de outros espermatozoides). 5 dias após a fecundação a ZP desaparece e o trofoblasto adere ao endométrio.
3) Forma-se o espaço perivitelino entre a ZP e o ovócito
4) Fusão da membranado ovócito e espermatozoide e desaparecimento do FMI (consequentemente, conclusão da 2˚ meiose do ovócito, perda da carioteca, descondensação dos cromossomos e formação do pronúcleo feminino). Desaparecimento do espaço perivitelino e reaparecimento da membrana. Redução do tamanho do pronúcleo e formação do corpúsculo polar (resto do citoplasma).
5) Formação do pronúcleo masculino, separação da cabeça e cauda do espermatozoide. Perda da carioteca, descondensação dos cromossomos e fusão dos pronúcleos.
OBS: o ovócito contendo 2 pronúcleos é oótide e quando os pronúcleos se fundem a oótide torna-se um zigoto.
6) Fecundação/Fertilização!: Formação do zigoto unicelular na tuba, que sofre mitoses sucessivas (clivagem/segmentação) até formar a blástula.
OBS: o crossing-over dos cromossomos por relocação dos segmentos dos cromossomos maternos e paternos mistura os genes, produzindo uma recombinação do material genético.
OBS: os espermatozoides ficam na tuba de 24h-48h e o ovócito de 12h-24h (viabilidade)
A clivagem do zigoto (mitoses sucessivas) ocorre normalmente quando o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero. Durante a clivagem o zigoto situa-se dentro da zona pelúcida e a divisão do zigoto em blastômeros inicia-se cerca de 30h após a fecundação. Após 12 a 32 blastômeros, o ser humano é chamado de mórula, que se forma cerca de 3 a 4 dias após a fecundação, com células circundadas por trofoblastos (camada delgada). Após 9 células, os blastômeros se agrupam firmemente formando uma bola compacta (compactação), possibilitando maior interação célula-célula, pré requisito para segregação das células internas que formam o embrioblasto (massa celular) do blastocisto.
IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO(2˚ semana de desenvolvimento)
É o momento em que o embrião penetra o revestimento endometrial do útero, promovendo transformações cruciais. Aconrece no endométrio, no sítio de implantação e colo embrionário. A implantação termina no fim da 2˚ semana.
OBS: as moléculas de adesão celular (integrinas), citocinas, prostaglandinas, hormônios hGB e progesterona, fatores de crescimento, matriz extracelular e enzimas ajudam a tornar o endométrio receptivo.
Estruturas extraembrionárias formadas na 2˚ semana: cavidade amniótica, âmnio, vesícula umbilical, pedículo de conexão e saco coriônico
Vesícula umbilical primitiva se forma e o mesoderma extraembrionário e celoma extraembrionário (mais tarde se tornará cavidade coriônica) se desenvolvem
Vesícula umbilical primitiva diminui e a secundária se forma.
Cavidade amniótica surge como espaço entre citotrofoblasto e embrioblasto e é envolvida pelo âmnio
Embrioblasto se diferencia em disco bilaminar (epiblasto, voltado para a cavidade amniótica e hipoblasto, voltado para a cavidade exocelômica. Eles revestem o âmnio e o saco vitelino)
Placa precordal desenvolve como um espessamento do hipoblasto, que indica a futura região cefálica do embrião e futuro local da boca e organizador da cabeça.
Córion é formado pelo mesoderma somático e duas camadas de trofoblasto, e o córion forma o saco coriônico, dentro do qual o embrião, saco amniótico e vesícula umbilical estão suspensos pelo pedículo.
Pedículo de conexão (cordão umbilical primordial): conecta o disco embrionário ao trofoblasto enquanto o alantoide é incorporado.
O blastocisto entra no sítio de implantação com ação do TF (I e II), seus trofoblastos se rompem e o blastocisto começa a se diferenciar em camada interna mitoticamente ativa (citotrofoblasto, que erode os vasos sanguíneos endometriais e permitem uma circulação uteroplacentária) e externa (sinsiciotrofoblasto, que é expansivo, invasivo, produz Prostaocidina e Fas ligante, que inibem a formação de coágulo dentro dos vasos e forma o hormônio hCG, que mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário durante a gravidez)
OBS: o sincicio cresce muito no endométrio e rompe o tecido, formando cavidades (lacunas) e em torno de 7 dias surge uma camada de células (hipoblasto/ endoderma primitivo)
*Fases do sincicio: 1)Lacunar (surgem cavidades); 2) Rede de lacunas (trabecular e esponjoso, cavidades se ligam e estabelece-se o 1˚ contato materno-fetal com a circulação embrionária primtiva; 3)Vilosidades (primária, secundária e terciária)
OBS: Reação decidual é a adaptação dos tecidos às mudanças que o endométrio passa para ocorrer a implantação do blastocisto, que encontra um lugar imunologicamente detalhado para colocar o embrião e fornecê-lo nutrição.
GASTRULAÇÃO (3˚ semana)
Processo pelo qual ocorre uma invaginação nos tecidos do embrião na 3˚ semana e o disco embrionário antes bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar, formando os folhetos embrionários: endoderma, que origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas; mesoderma, que origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados, dos órgãos reprodutores e excretor e ectoderma, que origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico e várias outras estruturas.
Eventos importantes: Simetria/ Linha primitiva/ Processo notocordal/ Área cartogênica/ Placa neural.
Linha primitiva: migração das células/ Nó primitivo: condensação das células/ Sulco primitivo: evolução da linha primitiva, apoptose das células centrais/ Fosseta primitiva: evolução do nó primitivo, formação de cavidade.
Após a formação da linha, nó, fosseta e sulco ocorre a invaginação de células do epiblasto, que originarão as 3 camadas germinativas do embrião: mesoblasto (mesoderma indiferenciado); mesoderma intra-embrionário e endoderma intra-embrionário (células que deslocam o hipoblasto). As demais células que permanecem no epiblasto formam o ectoderma intra-embrionário. 
Teratoma sacrococcígeo: tumor benigno, composto pelas 3 camadas de células germinativas e com origem na falha de migração das células pluripotenciais que se originam no nó primitivo. Se dá pela formação de uma bolsa de células mesenquimais que podem se diferenciar em diversos tecidos.
O processo notocordal é um cordão celular mediano formado pela migração de células mesenquimais cefalicamente do nó e da fosseta primitiva. A notocorda surge pela transformação do bastão celular do processo notocordal, pelo dobramento da placa notocordal, é a invaginação do sulco e fosseta / ela define o eixo do embrião, é base para a formação do esqueleto axial e é o futuro local dos corpos vertebrais.
Alantóide é um anexo embrionário que surge no 16° dia na parede caudal do saco vitelino. Durante a maior parte do desenvolvimento, o alantóide persiste como uma linha que se estende da bexiga urinária até a região umbilical. 
A formação da placa neural é induzida pela notocorda em desenvolvimento. No 18° dia, a placa neural se invagina ao longo do eixo central, formando o sulco neural mediano, com pregas neurais em cada lado. No fim da 3˚ semana, as pregas neurais começam a aproximar-se e a se fundir, formando o tubo neural, primórdio do SNC.  Este se separa do ectoderma da superfície, se diferencia e forma a epiderme da pele. 
Durante a formação da notocorda e do tubo neural, o mesoderma intra-embrionário se divide em: mesoderma paraxial, intermediário e lateral (contínuo com o mesoderma extra-embrionário). Próximo ao fim da 3° semana de gestação, o mesoderma paraxial diferencia-se e forma os somitos. No fim da 5° semana 42 a 44 pares de somitos estão presentes e avançam cefalocaudalmente dando origem à maior parte do esqueleto axial e músculos associados, assim como a derme da pele adjacente. 
Somatopleura e esplancnopleura são estruturas criadas durante a embriogênese quando a mesoderme lateral se divide em duas camadas a partir do celoma intra-embrionário. A camada externa, ou somática, torna-se aplicada à superfície interna da ectoderme, com ela formando a somatopleura, enquanto a camada interna une-se a endoderme formando a esplancnopleura. 
A superfícieda bolsa amniótica é recoberta por projeções chamadas vilosidades coriônicas, que penetram no endométrio. Ao redor das vilosidades formam-se lacunas onde circula o sangue materno. Assim ocorrem trocas entre o sangue do embrião, que circula nas vilosidades, e o sangue materno, que circula nas lacunas. Alimento e gás oxigênio passam do sangue da mãe para o do filho, enquanto excreções e gás carbônico fazem o caminho inverso. 
A formação dos vasos sanguíneos (sistema cardiovascular) inicia-se com a agregação das ilhotas sanguíneas. Pequenas cavidades vão se formando dentro das ilhotas, os angioblatos se achatam e originam o endotélio primitivo. Essas cavidades se unem formando redes de canais endoteliais. O coração e os grandes vasos provêm de células mesenquimais da área cardiogênica. Durante a 3° semana os tubos endocárdicos se fundem, originando o tubo cardíaco primitivo. No fim da 3° semana o sangue já circula e desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária.
MORFOGÊNESE/ ORGANOGÊNESE (4˚ a 8˚ semana)
É o desenvolvimento das formas e estruturas características de uma espécie a partir do embrião da 4˚ a 8˚ semana.
Fases do desenvolvimento embrionário: Crescimento (aumento de tamanho: divisão celular; elaboração de produtos celulares); Desenvolvimento da forma (morfogênese; movimento da massa celular; formação de tecidos e órgãos); Maturação/ diferenciação dos processos biológicos
As estruturas do aparelho faríngeo participam na formação da face e do pescoço, iniciando a sua formação na 4 ˚ semana do desenvolvimento e contribuem para a aparência externa característica do embrião. O aparelho faríngeo é formado por arcos faríngeos, bolsas faríngeas, sulcos faríngeos (fendas faríngeas) e membranas faríngeas. 
Cada arco faríngeo consiste num centro de tecido mesenquimatoso coberto externamente por ectoderme e internamente por endoderme. 1˚ arco: Único arco revestido totalmente por ectoderme (por sua posição anterior à membrana bucofaríngea), apresenta uma porção dorsal, o processo maxilar e uma ventral ou mandibular, origina toda uma série de ossos da face. 2˚ arco: Origina ventralmente o corno menor do osso hioide e a parte superior do corpo. Os músculos são ventre posterior do digástrico, auriculares e da expressão facial. O nervo para o 2º arco é o facial. 3˚ arco: A cartilagem deste arco origina a parte inferior do corpo do hioide e os cornos maiores. 4˚ e 6˚ arcos: Originam as cartilagens da laringe. Os músculos do 4º arco são inervados pelo ramo laríngeo superior do nervo vago. Externamente os arcos faríngeos são revestidos por ectoderma. Os demais sulcos ficam numa depressão semelhante a uma fenda – o seio cervical – e são normalmente obliterados junto com o seio à medida que o pescoço se desenvolve. 
As membranas faríngeas se formam onde os epitélios endodérmicos das bolsas faríngeas e o epitélio ectodérmico dos sulcos faríngeos se aproximam um do outro. Somente um par de membranas contribui para a formação de estruturas no adulto. Este fato decorre da proliferação ativa do tecido mesenquimal no 2˚ arco, obliterando o segundo, terceiro e quarto sulcos faríngeos que perdem o contato com o exterior. 
As bolsas faríngeas separam internamente os arcos faríngeos e se desenvolvem em uma sequência cefalocaudal. Existem 4 pares bem definidos, sendo o quinto par rudimentar ou até mesmo ausente. O revestimento epitelial endodérmico das bolsas faríngeas dá origem a órgãos importantes da cabeça e no pescoço. 
A língua surge a partir de 3 protuberâncias endodérmicas. Tem 1 broto mediano e 2 brotos laterais (o ducto tireoglosso se localiza no encontro desses brotos). O broto mediano dá origem a porções de língua mais anteriores, enquanto que os brotos laterais dão origem a porções mais anteriores da língua. A especialização epitelial final ocorrerá no final do período fetal (8° semana). Com as papilas, o feto já possui reação à estímulos gustativos.
Fendas palatinas a fissura labiopalatal é uma abertura na região do lábio e/ou palato do recém-nascido ocasionada pelo não fechamento destas estruturas na fase embrionária, isto é, entre a 4ª e a 12ª semana de gestação.
Os dobramentos formam o cordão umbilical, sistemas e órgãos.
Características das semanas de desenvolvimento:
4˚= cabeça grande; vesícula óptica e auditiva; 4 pares de arcos faríngeos; cauda
5˚= encéfalo médio; seio cervical; broto do membro superior com aspecto de remo e do membro posterior com aspecto de nadadeira
6˚= grande saliência cardíaca; olho pigmentado; digitais; placas das mãos e cotovelos
7˚= ossificação dos membros superiores; cavidade abdominal
8˚= definição da face (aspeto humano); ossificação dos membros posteriores
PERÍODO FETAL
O período fetal vai desde a 9˚ semana até o nascimento, e é marcado por crescimento e refinamento contínuo das estruturas cujos fundamentos foram estabelecidos durante o período embrionário, as estruturas corpóreas do organismo, bem como o sistema nervoso e circulatório, se tornam mais capazes de automanutenção e de responder independentemente ao ambiente. Embora o período normal de gestação do ser humano seja de 40 semanas, o feto já se acha suficientemente desenvolvido 28˚.
9˚ semana: rápido crescimento do corpo; diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas; redução di crescimento da cabeça; ganho de peso; face larga (olhos separados, pálpebras fundidas, orelhas com implantação baixa, pernas curtas e coxas pequenas)
10˚ - 11˚semana: alças intestinais visíveis; intestino retorna ao abdôme
12˚ semana: definição da genitália externa; formação da urina; reabsorção do líquido, fígado e baço; comprimento do corpo; ossificação primária iniciada
14˚ semana: movimentos coordenados tênues sentidos pela mãe, visíveis pelo ultrassom; movimentos oculares lentos visíveis; genitália externa reconhecida
16˚ semana: ossificação do esqueleto fetal (ossos visíveis); ovários diferenciados e com folículos primordiais; feto com características humanas; olhos na posição anterior da face; orelhas próximas e definidas nos lados da cabeça
17˚-20˚ semana: crescimento reduzido; membros atingem proporções finais; pele coberta por vérnix caseoso (localizado na sobrancelha/ proteção contra abrasoes e rachaduras); sobrancelhas e cabelos visíveis; inicia-se a decida de tecidos; aparecimento do lanugo; gordura parda (oxidação de ácidos graxos); útero formado e canalização da vagina (OBS: feições humanas completas, soluços, dormir e acordar...No feto masculino os testículos começam a descer!)
21˚-25˚ semana: feto ainda magro, porém mais proporcional; pele enrugada e mais translúcida; sangue visível nos capilares; movimentos oculares rápidos e respostas de piscar ao susto; células epiteliais secretoras (pneumatócitos) das paredes intralveolares do pulmão; unhas dos dedos das mãos aparecem
26˚-29˚ semana: feto sobrevive se nascer prematuro; pulmões capazes de respirar; vasos pulmonares e pulmões desenvolvidos; SN amadurecido; olhos bem abertos; unhas dos pés visíveis; hematopoiese desepenhada pela medula óssea ao invés de pelo baço.
30˚-34˚ semana: reflexox pupilares à luz; pele rosada e lisa; membros superiores e inferiores rechonchudos; desenvolve-se o tecido celular subcutâneo, conferindo ao bebê o aspecto gordo e saudável.
35˚-38˚ (final da gestação): preensão palmar firme e existe orientação expontânea à luz; SN executa funções integrativas; fetos roliços; pele rosa-azulada; testículos na bolsa escrotal (exceto em prematuros); lanugo não é mais evidente.
Viabilidade fetal é a capacidade de um feto sobreviver fora do útero. A viabilidade fetal está ligada ao grau de amadurecimento de seus órgãos e aos recursos disponíveis para a assistência ao nascido prematuramente. De uma maneira geral, os fetos com mais de 34 semanas de gestação (8 meses e meio) apresentam significativas condições de sobrevivência. Classificam-se os prematuros em pré-viáveis (de 22 a 25 semanas de gravidez) e viáveis (de 26 a 36 semanas de gravidez).
Fatores que influenciam o crescimentofetal: fumar, álcool, cafeína, drogas ou remédios herbais, nutrição, exercício, cuidado pré-natal, múltiplos parceiros sexuais, doenças cardíacas...
Procedimentoa de avaliação do estado fetal: » Análise da urina: exame rotineiro para levantar informações sobre a saúde da mulher; » Ecografia: ultrassonografias realizadas para observar o desenvolvimento do feto;» Cardiotocografia: exame realizado nos últimos meses da gravidez para avaliar se o feto tem ou não condições de enfrentar um parto normal;» Amniocentese: procedimento realizado para a visualização do feto quando o médico suspeita de algum risco que o mesmo possa estar sofrendo.
ANEXOS EMBRIONÁRIOS, PLACENTA e CORDÃO UMBILICAL
Anexos: 
Âmnio: estrutura que se forma na 2 semana que envolve o feto e é caracterizada como uma bolsa localizada acima do disco embrionário, cujo assoalho é a ectoderme embrionária. Externamente, é revestido pela mesoderme extra-embrionária, e esta, forma um pedúnculo que conecta a bolsa amniótica ao córion, que passará a ser o cordao umbilical futuramente. Devido aos movimentos de flexão e dobras do disco embrionário, a bolsa amniótica é puxada, passando a envolver todo o embriao. O desenvolvimento embrionário fará com que o âminio ocupe toda a cavidade celômica extra-embionária, fundindo-se com o córion. No interior da cavidade amniótica, encontra-se o líquido amniótico, que se acredita ter origem materna. Este possui a função de lubrificação do embrião, impedindo sua aderência de tecidos fetais entre si e com a parede do saco coriônico; funciona como amortecedor de choques, serve para armazenar as excretas do feto e lubrifica as vias fetais no momento do nascimento. Sua quantd reduzida pode formar má formaçao congenita.
Saco vitelinico: Oriundo do embrioblasto(epiblasto: C.A; hipoblasto: SV). O teto do saco vitelínico origina-se da endoderme e forma o revestimento epitelial do tubo digestivo primitivo. Nos mamíferos este anexo possui pouca importância, pois a manutenção do embrião é feita pela placenta. No entanto, nos peixes, aves e répteis a nutrição do embrião depende das reservas acumuladas nesta estrutura.
Córion (placenta): A placenta é um órgão constituído tanto por parte materna (derivada do endométrio e formada por decídua basal) quanto fetal (derivada do saco corionico e formada por córion viloso) que possuem a função de transportar nutrientes e gases da circulação da mãe para o feto. Sintetiza glicogênio, colesterol e ác. graxos como fonte de nutrientes e energia para o embriãp/feto. Sendo assim, este anexo proporciona ao indivíduo em desenvolvimento a garantia de suas necessidades básicas, como: nutrição, produçao hormonal, respiração e eliminação de suas excretas através dos mecanismos de transporte: difusão simples, facilitada, transporte ativo e pinocitose. Ela é formada na 2˚ semana pela mesoderme extra-embrionária e duas camadas de trofoblasto que envolvem o embriao e as outras membranas, vilosidades corionicas e saco corionico (mensura a idade gestacional; cresce muito entre a 5 e 10 semana; a sua área espessa representa o córion viloso). 
As vilosidades coriônicas invadem o endométrio para permitir a transferência de nutrientes do sangue materno para o feto e cobrem o saco corionico até a 8 semana, até serem degeneradas e formarem o córion liso. 
A decídua é o endométrio uterino de uma mulher gestante, é a camada funcional do endométrio que se separa do útero após o parto; possii regioes: decídua basal (forma a parte materna da placenta)/ decidua capsular (parte superficial)/ decidua parietal (partes restantes). Muitas células da decídua degeneram proximo ao saco corionico no sinciciotrofoblasto para proteger o tecido materno contra invasao do sincicio na produçao hormonal. 
Circulação placentária: as circulações do feto e da mãe são separadas pela membrana placentária e a troca de substância ocorre pelas ramificações das vilosidades corionicas. Placentária-fetal: Sangue pouco oxigenado passa pelas artérias umbilicais, que se dividem em artérias coriônicas e os vasos sanguíneos formam um sistema arteriocapilar-venoso, deixando o sangue fetal perto do sangue materno e fornecendo uma área de superfície bastante ampla para troca de produtos metabólicos e gases. O sangue fetal bem xigenado passa por veias de paredes finas que seguem as artérias coriônicas ao cordão umbilical e convergem ao local de formação da veia umbilical, que transporta sangue rico com oxigênio ao feto. OBS: não ocorre contato entre o sangue materno e fetal, mas quantidades pequenas de sangue fetal podem entrar na circulação materna. Placentária-materna: o sangue entra de forma pulsátil no espaço interviloso através de várias artérias endometriais na decídua basal, de lacunas na capa citotrofoblástica. O sangue que chega possui uma pressão maior que a do espaço interviloso e é lançado em direção à placa coriônica e flui lentamente aolongo das vilosidades, possibilitando a troca de produtos metabólicos e gases com o feto. O sangue retorna através de veias endometriais à circulação materna. OBS: reduções na circulação útero-placentária resultam na hipoxia fetal (níveis de O2 abaixo do normal) e restrições do crescimento intrauterino. 
Membrana placentária: estrutura composta po tecidos extrafetais separando o sangue materno do fetal. Até a 20˚ semana é formada por 4 camadas: sinciciotrofoblasto (aumenta a área de superfície para a troca entre circulações materna e fetal), citotrofoblasto, tecido conjuntivo viloso e endotélio de capilares fetais. Após a 20˚ semana possui 3 camadas: sincicio, tecido conjuntivo viloso e endotélio. A membrana age como uma barreira somente quando a molécula é de tamanho, configuração e carga específicos.
Alantoide: é importante na formação inicial sanguínea entre a 3 e 5 semana; fonte primária de nutrientes; fonte de células germinativas primordiais; incorporado como intestino primitivo.
Cordão umbilical: é um anexo que tem origem no saco vitelinico após os dobramentos; constituído por 2 artérias, 1 veia e Geleia de Wharton (mantém os vasos juntos e impede que entrem em colapso); defeitos: longos (prolapso-hipoxia) e curtos (tendencia a separação prematura da placenta com o útero). Função: permite a comunicação entre embrião e placenta para garantir a nutrição do feto e trocas gasosas. A veia umbilical transporta sangue rico em oxigênio proveniente da placenta e as artérias umbilicais transportam sangue pobre em oxigênio, assim a placenta é responsável em exercer o papel dos pulmões, já que os mesmos ainda não estão funcionando.
ANOMALIAS ANATÔMICAS ou DEFEITOS CONGÊNITOS
São diversas e acontecem durante o desenvolvimento e podem levar até o nascimento. São termos usados frequentemente para descrever perturbações do desenvolvimento presentes no nascimento. Os fatores genéticos, normalmente, são as causas mais importantes das anomalias congênitas. 
Anomalias causadas por fatores genéticos: não-disjunção (numéricas, ex: Síndrome de Turner, Síndrome de Down/Trissomia 21, Síndrome de Edwards/Trissomia 18, Síndrome de Patau/Trissomia 13, Síndrome de Klinefelter e estruturais/quebras cromossomicas, ex: Translocação, Deleção)
Peíodo de maior vulnerabilidade: 4˚ e 8˚ semana (morfogênese), porque é onde começam a se formar os sistemas.
Má formação: é um defeito morfológico
Perturbação: agente ambiental provoca perturbação no desenvolvimento, tem como causa na maioria das vezes a exposição do embrião à teratógenos (agentes como drogas e vírus que influenciam o desenvolvimento)
Deformação: forma ou posição anormal de uma parte do corpo resultante de forças mecânicas, causada por insuficiência de líquido amniótico
Displasia: células apresentam um comportamento não esperado, pois o tecido recebeu uma informação diferencidada.
Classificação das causas das anomalias: Etiologia desconhecida/ Herança multifuncional/ Aberrações cromossômicas/ Genes mutantes (ex: Síndrome do X frágil)/ Agente ambiental
Classificação dos seres defeituosos: Hemitérios (pequenos defeitos)/ Monstros(grandes efeitos)
Classificação por agentes teratogênicos: responsáveis pelo aparecimento de anomalias congênitas. Podem ser de natureza genética ou ambiental. (ex: cigarro, cafeína, ácool, antibióticos, anticoagulantes...)
OBS: quando se considera a teratogenicidade de um agente, 3 importantes princípios são considerados: os períodos críticos do desenvolvimento; a dose da droga ou da substância química; o genótipo do embrião.

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