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Desgaste, de uma maneira geral, pode ser definido como uma perda progressiva ou deslocamento de material de uma superfície devido ao movimento relativo desta com uma outra superfície. EXEMPLO DE DESGASTE- FERRAMENTA EM CONTATO COM A PEÇA USINADA A Norma ISO 3685 (1977) define desgaste em ferramentas como sendo: “mudança de sua forma original durante o corte, resultante da perda gradual de material”. Em tribologia, Hutchings (1992), em seu clássico livro sobre o assunto, define desgaste como sendo “a destruição de uma ou de ambas superfícies que compõem um sistema tribológico, geralmente envolvendo perda progressiva de material”. DESGASTE DA FERRAMENTA 2 Prof. Marcelo AVARIA DA FERRAMENTA Avaria é um processo de destruição da ferramenta de corte que ocorre de maneira repentina e inesperada, causado pela quebra, lasca ou trinca da ferramenta de corte. A quebra e a lasca levam à perda de uma quantidade considerável de material da ferramenta de corte instantaneamente, enquanto a trinca promove a abertura de uma fenda no corpo da ferramenta de corte. A quebra é mais comum em ferramentas com baixa tenacidade, como as cerâmicas e os ultraduros. A AVARIA PODE SER CONSEQUÊNCIA DO DESGASTE 3 Prof. Marcelo VB - Largura média de desgaste de flanco. VBmáx - Largura máxima de desgaste de flanco. SVa - Deslocamento lateral do gume na direção do flanco. KB - Largura de cratera. KF - Largura do lábio no desgaste de cratera. KM - Distância da borda da ferramenta ao centro da cratera. KT - Profundidade de cratera. SVg - Deslocamento lateral do gume na direção da face. Desagaste na ferramenta de usinagem 4 Prof. Marcelo 5 Prof. Marcelo DESGASTE DA FERRAMENTA Tipos de desgaste •Abrasivo •Adesão. •Oxidação •Difusão 6 Prof. Marcelo MECANISMOS E TIPOS DE DESGASTE EM FERRAMENTAS Difusão Abrasão Oxidação Adesão De sg as te T ot al Temperatura de Corte (Velocidade de Corte; Avanço e outros fatores) 7 Prof. Marcelo MECANISMOS E TIPOS DE DESGASTE EM FERRAMENTAS Neste diagrama os mecanismos de abrasão, adesão, difusão e oxidação são apresentados em função da temperatura de corte, ou qualquer parâmetro que a influencia, principalmente a velocidade de corte. Em baixas temperaturas apenas os mecanismos de adesão e abrasão estão presentes e a adesão é predominante, enquanto que em temperaturas elevadas, a adesão perde lugar para os novos mecanismos de difusão e oxidação. Observa-se que estes dois mecanismos vão crescendo em participação com o aumento da temperatura e que a difusão cresce numa escala exponencial. Este diagrama também salienta que o desgaste total cresce muito com o aumento da temperatura de corte. 8 Prof. Marcelo 1) DESGASTE ABRASIVO •Desgaste por abrasão corresponde à remoção do material de uma superfície por um material mais duro, que se choca ou arrasta sobre essa superfície. •Tal processo pode ocorrer entre dois ou três corpos. Abrasão de dois corpos ocorre quando a partícula abrasiva se encontra presa, ou faz parte de uma das superfícies em contato. •No caso de três corpos, as partículas abrasivas atuam entre as superfícies em movimento relativo. Tais partículas podem ser impurezas no sistema, ou ter sido removidas das superfícies como resultado de desgaste ou corrosão. 9 Prof. Marcelo 1) DESGASTE ABRASIVO 10 Prof. Marcelo 2) DESGASTE POR ADESÃO Resulta a adesão entre ferramenta e a peça 11 Prof. Marcelo 3) DESGASTE POR DIFUSÃO Resulta na difusão, por exemplo, de material da ferramenta PARA A PEÇA , que ocorre com a ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA 4) DESGASTE POR OXIDAÇÃO Resulta da oxidação, por exemplo, de material da ferramenta, que ocorre com a ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA 12 Prof. Marcelo 5) DESGASTE DE CRATERA O Desgaste de Cratera ocorre na superfície de saída da ferramenta onde ocorre solicitação mecânica de alta intensidade e simultaneamente alta temperatura, durante o corte . Os mecanismos responsáveis por este modo de desgaste dependem principalmente do par material da ferramenta e material de trabalho, assim como também da velocidade de corte e do avanço, dentre outros. Um mecanismo de deformação plástica superficial por cisalhamento foi identificado como sendo o mecanismo principal responsável pela formação da cratera em ferramentas de corte de aço rápido na usinagem de aços carbono [TRENT, 1984]. O modelo proposto para este mecanismo se baseia na diminuição da resistência à deformação plástica da ferramenta devido a altas temperaturas associadas nesta região. 13 Prof. Marcelo 5) DESGASTE DE CRATERA 14 Prof. Marcelo 6) DESGASTE DE FLANCO O Desgaste de flanco resulta da perda do material na superfície perto da quina da ferramenta 15 Prof. Marcelo 6) DESGASTE DE FLANCO 16 Prof. Marcelo Desgaste de cratera e de flanco (VB) VB - Largura média de desgaste de flanco. VBmáx - Largura máxima de desgaste de flanco. SVa - Deslocamento lateral do gume na direção do flanco. KB - Largura de cratera. KF - Largura do lábio no desgaste de cratera. KM - Distância da borda da ferramenta ao centro da cratera. KT - Profundidade de cratera. SVg - Deslocamento lateral do gume na direção da face. 17 Prof. Marcelo 18 Prof. Marcelo Vida da ferramenta 19 Prof. Marcelo Conceito de vida da ferramenta: Período no qual uma ferramenta pode ser mantida usinando de forma econômica. A vida é relacionada a um certo critério de fim de vida sob certas condições de usinagem. O critério econômico pode ser relacionado principalmente com: ● tolerâncias dimensionais ● tolerâncias geométricas ● qualidade superficial da peça ● nível de vibrações no processo ● nível de esforços no processo ● possibilidade de reafiação da ferramenta ● outros Vida da ferramenta 20 Prof. Marcelo São critérios que são utilizados para determinar quando uma ferramenta deve ser substituida no processo. Critérios de fim de vida Esses critérios é relacionado ao nível de desgaste na ferramenta, e suas consequências diretas : ● desvios nas tolerâncias dimensionais ● desvios nas tolerâncias geométricas ● perda de qualidade superficial da peça ● aumento no nível de vibrações no processo ● aumento no nível de esforços no processo ● aumento do custo de reafiação da ferramenta 21 Prof. Marcelo Principais critérios de fim de vida •Falha completa da ferramenta •Falha preliminar da ferramenta •Desgaste de flanco (VB) ou de cratera (KT) •Vibrações (monitoramento) • Acabamento superficial ruim •Rebarbas •Alterações nos cavacos •Alterações nas dimensões de corte •Alterações nas forças de usinagem (monitoramento) •Aumento nas temperaturas 22 Prof. Marcelo
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