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CENTRO UNIVERSITARIO CINECISTA DE OSORIO – UNICNEC GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA PROJETO INTEGRADOR 4 ISABELA MACHADO LUCAS VIERA MELISA RISSO RAINER SILVA OSÓRIO,2018 CENTRO UNIVERSITARIO CINECISTA DE OSORIO – UNICNEC GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA PROJETO INTEGRADOR 4 DEPRESSÃO INFANTIL Trabalho apresentado como requisito para a obtenção da nota semestral da disciplina de Projeto integrador 4 do curso de Bacharelado em Psicologia do Centro Universitário Unicnec de Osorio, orientado e revisado pelo Professor Dra. Dionéia Mendes. OSÓRIO,2018 RELÁTORIO ENTREVISTA A entrevista semiestruturada sobre depressão infantil foi realizada na manhã do dia vinte e cinco de outubro de 2018, em Tramandaí, com a psicóloga clinica Renata Camargo, que tem em seu currículo quinze anos de formação no curso de psicologia pela ULBRA Gravataí, especializada na área de infância e adolescência, também especializada na área de adultos, em psicanalise, pelo instituto contemporâneo, doutora em psicanalise pela Universidade de Salvador e membro da Sociedade Brasileira de Psicanalise. A psicóloga foi questionada sobre vários pontos do tratamento utilizado para crianças com depressão. Começamos perguntando quais os sintomas e como diagnosticar uma criança em estado depressivo, ela disse que essa resposta se torna subjetiva por depressão infantil ser um quadro muito comum, e que os sintomas podem se manifestar de diversas formas, mas que uma criança para estar em depressão ela precisa ter um nível de sofrimento que atrapalhe no curso do desenvolvimento normal. Renata ainda ressaltou a importância da diferença dos sintomas tristeza e agressividade. Na lista de duvidas estavam também perguntas sobre quanto tempo a depressão infantil demora para ser diagnosticada, como é formado o vínculo terapêutico e como é a aderência ao tratamento. Ela diz que um bom tempo para um diagnóstico de depressão infantil é de quatro sessões, pois é necessário observar a variação humor do paciente, sobre o vínculo terapêutico e a aderência do tratamento é dito que o tratamento feito por ela é baseado no afeto e dessensibilizarão de situações traumáticas ou tristes porem ela também relata que o êxito do tratamento só é dado se a criança consegue se ligar ao psicólogo, e que cada criança tem um tipo de padrão para fazer esta ligação, cabe ao psicólogo estar aberto aos tipos de ligação que cada criança vai impor. Seguimos a entrevista questionando sobre quais as dificuldades do portador da patologia e os pontos importantes para ele ter uma melhora. Foi dito pela psicóloga que patologia seria um termo muito forte para tratar sobre a questão, já que falávamos de crianças depressivas e este quadro ainda pode se inverter pelo fato da criança ainda estar em processo de formação, disse também que a dificuldade nesses casos é a incompreensão das motivações, dos comportamentos e atos das crianças. Enfatizou ainda a diferença drástica entre limite e castração, falou também sobre a importante função do psicólogo de instruir e ensinar a família a lidar com questões que influenciaram essa criança a agir de tal maneira. A última questão a ser feita foi sobre os pontos importantes para a criança ter a melhora. Ela destaca que para haver a melhora em um quadro de depressão infantil é necessário que haja três pilares que falem a "mesma língua" sendo os três: psicoterapia, família e escola. O trabalho com a criança para que ela consiga elaborar e dessensibilizar o grau de sofrimento em determinados aspectos da vida dela, um trabalho com a família onde eles possam entender o que é buscado e trabalhado nas consultas para que eles modifiquem em casa o contexto social em que a criança está inserida e por último que a escola entenda e aceite o diagnostico dado e consiga ter uma linha de trabalho onde os outros dois pontos, psicoterapia e família, se encaixem. CONSIDERAÇÃO HISTÓRICA Quevedo et.al(2008, p.17) salientam que “as primeiras descrições de estados de alteração do humor podem ser encontradas nas escrituras bíblicas e na mitologia”. De acordo com Dalgalarrondo (2008) o humor triste e o desânimo, do ponto vista psicológico, são os elementos mais acentuados das síndromes depressivas. Para o autor, eles se caracterizam por uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos cognitivo, relativos a autovalorização, a vontade e a psicomotricidade.(VENSON, 2017) A criança na idade média, era vista como um pequeno adulto, sem propriedades que a distinguissem, e desconsiderada como alguém merecedor de cuidados especiais. Não se tinha consciência das particularidades intelectuais, comportamentais e emocionais que posteriormente foram consideradas inerentes e naturais às crianças (COSTA, 2010). Por aproximadamente 50 anos, as crianças deixaram de ser diagnosticadas com depressão, devido aos trabalhos influentes de Sigmund Freud. Em 1917, Freud considerava que a depressão incluía, entre outros sintomas, a “diminuição do sentimento de autoestima” e “expectativas ilusórias de punição”. Para ele, crianças não tinham capacidade de autoestima (função do superego) ou a habilidade de vislumbrar o futuro a ponto de ter sentimentos de desesperança. Com isso, não podiam ficar deprimidas (MILLER, 2003). John Bowlby descobriu na década de 60 que crianças entre seis meses e três anos exibiam reclusão, uma expressão triste, murmúrios e uma recusa a comer quando separadas de suas mães (ZIMERMAN, 2007). De acordo com Bahls (2002) foi apenas em 1975 que o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA (NIMH) reconheceu oficialmente a existência da depressão em crianças e adolescentes, atraindo um crescente interesse durante as duas últimas décadas em pesquisas neste período da vida. As investigações a respeito da depressão infantil têm recebido destaque apenas recentemente, uma vez que, até a década de 60, não se acreditava na possibilidade de sua existência nessa faixa etária. Acreditava-se que as crianças não tinham maturidade psicológica e estrutura cognitiva necessária para experimentar esse problema (SON & KIRCHNER, 2000). ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) A depressão é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo. De acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015. A falta de apoio às pessoas com transtornos mentais, juntamente com o medo do estigma, impede muitas pessoas de acessarem o tratamento de que necessitam para viver vidas saudáveis e produtivas.(OMS, 2015) As novas estimativas foram divulgadas pouco antes do Dia Mundial da Saúde, no dia 7 de abril, que tem como ponto alto a campanha anual da OMS, "Depressão: vamos conversar". O objetivo geral da campanha é que mais pessoas com depressão, em todo o mundo, busquem e obtenham ajuda.(OMS, 2015) Margaret Chan, Diretora-Geral da OMS, afirmou: "Estes novos números são um sinal de alerta para que todos os países repensem suas abordagens à saúde mental e tratem-na com a urgência que merece".(OMS, 2015) Nas Américas, cerca de 50 milhões de pessoas viviam com depressão em 2015, ou seja, cerca de 5% da população. "A depressão afeta a todos nós. Não discrimina por