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idade, raça ou história pessoal. Isso pode prejudicar os relacionamentos, interferir na capacidade das pessoas de ganhar a vida e diminuir seu senso de autoestima", disse a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne. No entanto, "mesmo a depressão mais grave pode ser superada com o tratamento adequado. E o primeiro passo para obter tratamento é conversar", acrescentou.(0MS, 2015) "O estigma contínuo associado ao transtorno mental foi a razão pela qual decidimos nomear a nossa campanha de “Depressão: vamos conversar", alegou Shekhar Saxena, Diretor do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS.(OMS, 2015) A OMS identificou fortes ligações entre a depressão e outras doenças e transtornos não transmissíveis. A depressão aumenta o risco de transtornos de uso de substâncias e de doenças como diabetes e cardíacas. O oposto também é verdadeiro, o que significa que as pessoas com essas outras condições têm um maior risco de depressão. A depressão também é um fator de risco importante para o suicídio, que acaba com centenas de milhares de vidas a cada ano.(OMS, 2015) SINTOMAS Nos últimos anos, há uma tendência em que se acredita é que a depressão na criança emerge de forma semelhante à depressão no adolescente e no adulto. No DSM-V deixa claro que os sintomas básicos de um episódio depressivo maior são os mesmos para criança e adolescentes, de forma que o a depressão na infância pode ser diagnosticada pelos mesmos critérios utilizados para o adulto, no entanto, o DSM- V faz ressalvas referentes à alteração do humor e do apetite e à dificuldade de concentração.(DSM-V, 2014) Assim como a patologia no adulto, a depressão infantil é acompanhada de uma série de prejuízo nas diferentes vivências da criança, que certamente podem acarretar consequências negativas para seu desenvolvimento. É visto assim que como consequência da diminuição de comportamentos adaptados (contato social, interesse pelas atividades e pelas pessoas) e um aumento na frequência de comportamentos de esquiva e fuga de estímulos vistos como aversivos (tristeza, choro). Ocorrem ainda grandes dificuldades no que se refere ao diagnóstico, pois o quadro traz a presença de comorbidades e os sintomas manifestam-se muitas vezes de forma mascarada, sendo mais frequentes os seguintes: transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, baixa autoestima, tristeza, medo, distúrbios do sono e baixo rendimento escolar. Sintomas somáticos também podem estar associados (SCIVOLETTO & TARELHO, 2002). Diagnóstico baseado no DSM-V Segundo o DSM-V (pag. 162,163 e 164, 2014) os sintomas para os critérios diagnósticos do Transtorno Depressivo Maior, devem estar presentes em quase todos os dias, na maior parte do dia, por pelo menos duas semanas consecutivas, com exceção da alteração de peso e de ação suicida. A principal característica de um episódio depressivo maior é o período de pelo menos duas semanas em que há o humor depressivo ou perda de interesse em quase todas as atividades. Vale ressaltar, que em crianças e adolescentes em vez de haver humor triste e abatido pode existir o humor irritável ou fastidioso. O indivíduo deve experimentar pelo menos quatro sintomas adicionais, dentre eles, as mudanças no apetite, no peso, no sono, diminuição da energia, sentimento de desvalia ou culpa, dificuldade na concentração ou volição e pensamentos acerca do suicídio. Para que seja apreciado no diagnóstico do Transtorno Depressivo Maior, esses sintomas devem ser recentes ou ter piorado significativamente. O episódio deve ser acompanhado por sofrimento ou prejuízo no funcionamento social, profissional, em outras áreas consideradas importantes pelo indivíduo. Quanto às alterações no apetite, é importante destacar que em crianças é possível observar o insucesso na obtenção do peso previsto. Já com respeito ao prejuízo na concentração, as crianças com sintomas depressivos frequentemente apresentam uma queda abrupta no rendimento escolar. Critérios para Diagnósticos A- Cinco ou mais dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio, sem esperança) ou por observação feita por outras pessoas (p.ex., parece choroso). (Nota: Em crianças e adolescente, pode ser humor irritável.) Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., uma alteração de mais de 5% do peso corporal em um mês), ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. (Nota: Em crianças, considerar o insucesso em obter ganho de peso esperado.) Insônia ou hipersonia quase todos os dias. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outras pessoas, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento.) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente auto recriminação ou culpa por estar doente). Capacidade diminuída para pensar ou concentração, indecisão, quase todos os dias. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano especifico, uma tentativa de suicídio ou plano especifico para cometer suicídio. B- Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes na vida do indivíduo. C- O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição medica. Os critérios A-C representam um episódio depressivo maior. Respostas a uma perda significativa (p. ex., luto, ruína financeira perdas por desastre natural, uma doença médica grave ou incapacidade) podem incluir sentimento de tristeza intensos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite e perda de peso observados no critério A, que podem assemelhar-se a um episódio depressivo. Embora tais sintomas possam ser entendidos ou considerados apropriados à perda, a presença de um episódio de depressivo maior além da resposta normal a uma perda significativa também deve ser cuidadosamente considerada. D- A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem aplicada por transtornos esquizoafetivo, esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno de esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado. E- Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco. Nota: Essa exclusão não se aplica se todos os episódios do tipo maníaco ou do tipo hipomaníaco são induzidos por substancia ou são atribuíveis aos efeitos psicológicos de outra condição médica. Prognóstico Muitas das consequências funcionais do transtorno depressivo maior derivam de sintomas individuais. O prejuízo pode ser muito leve, de forma que muitos daqueles que interagem com o indivíduo afetado não percebem os sintomas depressivos. O prejuízo, no entanto, pode se até total incapacidade, de modo que a pessoa deprimida é incapaz de dar atenção às necessidades básicas de cuidado consigo mesma ou fica muda ou catatônica. Entre os indivíduos atendidos em contexto médicos gerais, aqueles com transtorno depressivo maior têm mais dor e doença física