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e maior redução no funcionamento físico, social e de papéis. (DSM-V, pag. 167, 2014) Comorbidade 1- Transtorno de Ansiedade “Incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionadas” (DSM-V, 189-191, 2014). Abarcam a ansiedade de separação, transtorno de pânico, transtorno obsessivo- compulsivo (TOC) e o distúrbio de ansiedade generalizada (TAG). Normalmente apresentam sintomas motores, fisiológicos e cognitivos. Como sintomas motores são: tremer, roer as unhas, chupar o dedo, gaguejar, forcar a mandíbula e evitar os outros. Os sintomas fisiológicos são: taquicardia, sudorese, mudança na tensão muscular, respiração aumentada, falta de ar, náuseas, vômitos, dor de estomago e urinar frequentemente. Já nos sintomas cognitivos destacam-se o medo, esperar por perigos, sensação de ser inadequado ou incompetente ou visões de lesão corporal 2- Transtorno da Conduta No transtorno de conduta as crianças assumem um comportamento repetitivo onde direitos básicos ou regras/normas sociais próprios para a idade do mesmo são desrespeitados, adotando assim características agressivas com pessoas e/ou animais. Assumem uma postura de intimidação, ameaça e provocação, chegando em muitos casos a provocar brigas.(DSM-V, pag. 194, 2014) 3- Transtorno Oposicionista-Desafiador Crianças com o transtorno de oposição desafiante possuem um padrão de humor raivoso e irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa (DSM-V, pag. 63, 2014). No que concerne aos sintomas, Miller (2003) destaca: perder o controle, discutir repetidamente com adultos, recusar a entender os pedidos ou regras dos adultos, perturbar deliberadamente uma pessoa, culpar frequentemente os outros por seus erros, ficar sensível ou irritável com facilidade, estar muitas vezes bravo ou ressentido e ser cruel e vingativo. Com frequência o transtorno opositor desafiador precede o desenvolvimento do transtorno de conduta. 4- Transtornos de Déficit de Atenção/Hiperatividade Tem como principais características a desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interferem diretamente no funcionamento e desenvolvimento da criança (DSM-V, pag. 59-61, 2014). Alguns dos sintomas da depressão ocorrem como sintoma da depressão, uma vez que as crianças com TDHA passam por diversos problemas sociais e fracassos escolares, o que a faz ter pensamentos de inutilidade Reis e Figueira (2001) destacam que realizar o diagnóstico não é fácil, na medida em que crianças e adolescentes não conseguem identificar ou nomear os sintomas que aparecem de maneira multifacetada. Os pais ou responsáveis geralmente procuram ajuda do pediatra por problemas que inicialmente não são identificados como sendo de depressão. As principais queixas orgânicas são cefaleia, dores abdominais, diarreia. Aparecem também a falta de apetite ou apetite exagerado, insônia, irritabilidade, agressividade ou passividade exagerada, choro sem razão aparente, dificuldades cognitivas, comportamento antissocial, indisciplina, ideias ou comportamento suicidas. Segundo Rotondaro (2002), para que a criança tenha um desenvolvimento emocional saudável, precisa de um ambiente familiar favorável, capaz de suprir adequadamente suas necessidades básicas, entre as quais as de proteção e acolhimento. Quando isso não acontece, a criança utiliza mecanismos de defesa específicos para lidar com as dificuldades, comprometendo o desenvolvimento das estruturas de personalidade que estão se formando na infância. Os sinais da presença da depressão infantil são variados, dependendo da faixa etária da criança e da condição de verbalizar o que ela sente, se torna necessário observar as formas de comunicação pré-verbal como a expressão facial, produções gráficas, súbitas mudanças de comportamento e postura corporal, entre outras (BAPTISTA & GOLFETO, 2000). Segundo Marcelli (1998), nenhum deles deve ser considerado isoladamente, sendo necessário analisar sua conjunção e a durabilidade dos episódios. Bock e Côrtes (2000) afirmam que a depressão não é doença apenas na criança quieta e desanimada; as manifestações da doença podem estar também na criança agressiva e hiperativa. Na medida em que a depressão interfere diretamente nas fases de desenvolvimento infantil, são muito importantes o diagnóstico precoce e o tratamento adequado ainda nessa fase inicial da vida, já que as repercussões da doença são graves e sérias. Entre muitas variáveis estudadas que tem relação direta com a depressão infantil algumas se destacam pelo grande número de ocorrência como as condições sociais, a configuração familiar e a função materna. Marcelli (1998) cita os resultados de alguns estudos que apontam traços característicos na população que vive em condições socioeconômicas desfavoráveis, entre os quais se destacam o desemprego, uniões transitórias do casal, alcoolismo e violência. Habitualmente, são famílias incompletas, e frequentemente a figura masculina ocupa lugar secundário. As crianças sofrem as consequências diretas dessa desestruturação, uma vez que não têm asseguradas as condições básicas necessárias para um bom desenvolvimento e não conseguem reagir diante de tais adversidades. Entretanto, é importante assinalar que a falta de figuras parentais consistentes acontece independentemente da classe social. Também existe consenso entre os autores consultados na elaboração deste trabalho no sentido de que a função materna, independentemente de quem a exerça (avó, tia ou até mesmo o pai), é de fundamental importância para a formação psíquica saudável da criança. (VENSON, 2017) A função materna, somada a outras condições ambientais favoráveis, é essencial para que o bebê possa desenvolver-se física e psiquicamente saudável (WINNICOTT, 1971). Nos primeiros meses de vida, a presença acolhedora da figura materna, propiciada de forma constante e nos momentos adequados, fornece ao bebê a ilusão de que a satisfação das suas necessidades ocorre por sua única e exclusiva vontade. Ele ainda não é capaz de se diferenciar do mundo externo; por essa razão, a satisfação das suas necessidades lhe proporciona a crença onipotente de que pode controlar o mundo. É essencial que a mãe mantenha essa crença, essa ilusão na criança, para que esta possa gradativamente adquirir a confiança necessária que lhe permitirá estabelecer vínculos com o mundo externo. A partir da perspectiva do desenvolvimento infantil, existem algumas tarefas que são imprescindíveis que a criança domine, para que possa proteger-se da depressão. Essas tarefas devem ser realizadas efetivamente pela criança, e os pais tem o dever de auxiliar e encorajar o filho. Dentre as tarefas pode-se destacar, segundo Miller (2003): A) Que os pais atendam às necessidades fisiológicas básicas da criança, sem que ela precise expressar muitas emoções negativas. Para que isso ocorra, os pais devem estar em sintonia com as formas de comunicação do filho, com o intuito de que suas necessidades sejam atendidas com certa rapidez. Isso facilita que a criança desenvolva uma capacidade de autorregular suas emoções; B) Socializar a criança e demonstrar a ela como expressar suas emoções em situações apropriadas; C) Desenvolvimento de um vínculo seguro entre a criança e seus cuidadores, devendo estes serem responsivos e consistentes para com a criança; D) Desenvolver a autoconsciência da criança para que ela consiga diferenciar-se dos outros.