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1) Conceitue sistemas de transportes e suas características? Sistema é todo conjunto de partes que se interagem de modo a atingir um determinado fim, de acordo com um plano ou princípio. Os principais elementos relacionados ao conceito de sistema são: o meio ambiente, a entrada (recursos) e saídas (resultados). No caso do sistema de transportes as partes que os compõem são as vias, os veículos, os terminais que se interagem de modo a promover deslocamento espacial de pessoas e mercadorias. Entende-se por via o local pelo qual transitaram os veículos, que por sua vez, são os elementos que promovem o transporte e sendo o terminal o local destinando para a realização da carga e descarga e armazenamento de mercadorias. FIGURA 1 — FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE TRANSPORTE FONTE: KAWAMOTO, 2002 MODAIS DE TRANSPORTES Há cinco tipos básicos de modais para o transporte de cargas. Rodoviário: aquele feito por caminhões, carretas, boggies e treminhões. Ferroviário: aquele realizado nas ferrovias por trens, compostos de vagões que são puxados por locomotivas. Aquaviário: abrange o modo marítimo e hidroviário. Marítimo: aquele onde a carga é transportada por embarcações, através de mares e oceanos. Hidroviário: também denominado de fluvial ou lacustre, aquele transportado em embarcações pelos rios, lagos ou lagoas. Aeroviário: aquele realizado por aeronaves. Dutoviário: aquele em que os produtos são transportados por meio de dutos. Cada modal apresenta seus próprios custos e características operacionais, o que os tornam mais adequados para certos tipos de operações e produtos. Todas as modalidades têm suas vantagens e desvantagens. Algumas são adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras não. 2) Quais as atividades da engenharia de transportes e suas Aplicações? Sabe-se também que demanda por transportes nos centros urbanos normalmente cresce mais do que a oferta viária. Portanto é necessário: Planejar Projetar Construir Operar Manter Tais atividades estão diretamente ligadas a engenharia de transportes e inseridas em um sistema de gestão de infraestrutura. Neste sistema geralmente os recursos são bastante inferiores as necessidades. Dessa forma e fundamental otimizar o funcionamento de tal sistema e para tal há que se ter um esforço na formação de profissionais voltados a atuação na engenharia de transportes. APLICAÇÕES As aplicações na área de Engenharia de Transportes abrangem diferentes setores podendo-se citar: Setores: Rodoviário Ferroviário Hidroviário Marítimo Fluvial Lacustre Aeroviário Dutoviário Pedestres Terminais Transporte Urbano Regional Exemplos de aplicação: a) Avaliação econômica da pavimentação de uma estrada. · Considerar: - custo das obras; - custo de conservação; - custo de operação dos veículos; - trafego; - tempo das viagens. · Calcula-se: - relação B/C; - valor atual; - TIR; - ano ótimo de abertura ao trafego. b) Eletrificação ou dieselização de uma ferrovia. · Levar em conta: - custo das instalações (capital e manutenção); - custo das locomotivas (capital e manutenção); - custo da energia elétrica; - custo do diesel; - previsões de trafego. c) Plano de expansão, em estágios, de um terminal portuário. Consiste em definir datas em que deverão ser postos em operação novos berços de atracação, de forma a minimizar uma determinada função de custos (implantação, manutenção, espera, etc.) dada uma curva de projeção da demanda ao longo do tempo. d) Dimensionar uma frota homogênea de aviões comerciais, dado um esquema de horários de voos diários servindo as cidades A, B e C. Resolução ® minimização do tempo morto global das aeronaves. Tempo total de voo ® fixo. e) Planejamento de Transportes (regional): Planos Diretores de Transportes f) Planejamento de Transportes (urbano): Estudo do metro ® SP 3) O transporte de grãos cereais (tipo soja) é feito por vários modais, rodoviário, ferroviário e aquaviario este quando o grão é exportado para outros países, explique este sistema? Faça um resumo do sistema aquaviario? O sistema aquaviario é um sistema de transporte de passageiros ou de cargas efetuado através de hidrovias que conectam respectivos terminais, por meio de embarcações tais como, barcos, navios e balsas. As hidrovias podem ser implantadas em mares, rios, canais e lagos. Principais Características do Transporte Aquaviário · Exige investimentos vultosos para a construção e aparelhamento dos portos. · Requer gastos elevados para a utilização dos terminais. · Baixo custo de implantação de uma hidrovia quando ela oferece boas condições de leito natural, mas pode ser elevado se existir necessidade de construção de infraestruturas especiais como eclusas e canais, além de obras como dragagem e derrocamento. · Normalmente não oferece o transporte porta-a-porta, exigindo uma complementação de transporte para conexão com origens e destinos das cargas através de ferrovias e rodovias. · E mais indicado para movimentação de grande quantidade de mercadoria em longas distancias. · Em relação ao consumo de combustível, e o mais econômico em termos de l/ton/km. · Baixa velocidade de operação tanto dos veículos quanto dos terminais. · Baixo custo de transporte, quando em grande quantidade. · Possibilidade de trafego por 24 horas/dia, em vias descongestionadas. · Pouco flexível na escolha das rotas, pois depende dos terminais. · Necessita de elevada densidade de trafego regular. · Normalmente e bastante seguro. · Eficiência na carga e descarga. · A implantação de uma hidrovia e condicionada pela topografia da superfície, que deve ser plana, (ou quase plana); caso contrário pode tornar-se inviável, devido a velocidade da agua. Em casos de desníveis abruptos pode-se recorrer a construção de eclusas. Tipos de Navegação Subdivide-se nos seguintes tipos: a) Marítima · Cabotagem: Realizada ao longo de uma mesma costa. · Longo curso: Realizada entre costas separadas. b) Fluvial · Realizada em rios. c) Lacustre · Realizada em lagos. FIGURA 2-Transporte Hidroviário Fonte: http://www.transportes.gov.br/bit/brasil2.htm FIGURA 3Transporte Aquaviário Fonte: http://meumundoeumnavio.blogspot.com/2010/05/log-in-jacaranda.html 4) Classifique As cargas do transporte aquaviario e explique-as? Classificação das Cargas a Serem Transportadas a) Carga geral Também chamada de break-bulk, corresponde a qualquer tipo de carga onde não há uma padronização ou homogeneidade. Itens avulsos, embarcados separadamente em embrulhos, fardos, pacotes, sacas, caixas, tambores, etc. Neste caso, as operações de carga e descarga são mais difíceis e morosas, fazendo com que os navios fiquem mais tempo parados nos portos. Ha uma tendência em adotar navios menores para transportar tal tipo de carga. Desta forma, as embarcações ficam menos tempo paradas nos portos, propiciando maior flexibilidade a frota existente. b) Carga unitizada Consiste em acondicionar ou arrumar diversos volumes de mercadorias pequenos e disformes, em unidades maiores, de tipos e formatos padronizados, com a finalidade de propiciar a automação, facilitando sua movimentação ao longo da cadeia de transportes. Surgiu no intuito de reduzir os problemas encontrados nas operações de transbordo com cargas gerais. A utilização se dá principalmente através de contêineres e paletes. Tal procedimento tem dado bons resultados e o transporte hidroviário de cargasunitizadas cresce consideravelmente. c) Carga específica ou a granel Também chamada de bulk cargo, corresponde ao chamado transporte a granel. Tal carga pode ser solida, liquida ou gasosa. Ex.: minérios, cereais, petróleo, produtos químicos que podem estar liquefeitos, gases. A pratica tem demonstrado ser bastante vantajosa na utilização de navios de grande capacidade para o transporte destas cargas. d) Carga Roll-on roll-off (carga rodante) Trata-se de qualquer tipo de carga que embarque e desembarque rodando, seja em cima das suas próprias rodas ou esteiras, ou sobre equipamento concebido especificamente para o caso. Os navios Roll-on Roll-off (ro-ro) são embarcações concebidas para o transporte deste tipo de carga e incorporam rampas que permitem o máximo de eficiência nas operações, sendo a carga “rodada” para bordo e para terra durante a estada do navio nos portos. Ex.: Automóveis, caminhões, tratores, entre outros. e) Cargas especiais São cargas caracterizadas por exigirem operações especificas, não classificadas nos itens anteriores. Ex.: Plataformas de petróleo, navios avariados entre outras. Existem navios concebidos para transportar tais cargas, que são semissubmersíveis e também conhecidos como flo/flo (float-on/float-off). 5) O sistema rodoviário de transportes é o mais popular e utilizado no Brasil, de suas características e explique o nível de serviço em transportes? O sistema rodoviário e um transporte terrestre de pessoas e cargas, realizado através de rodovias ligadas a terminais, por meio de veículos como caminhões, ônibus, automóveis e motocicletas. Principais características · Possui grande flexibilidade de escolha de rotas e horários. · Permite a realização de transporte "porta-a-porta". · Requer investimentos em infraestrutura relativamente baixos. · A malha rodoviária requer constante manutenção buscando-se manter as rodovias nas condições em que foram concebidas. · Torna-se indicado para ser adotado em programas de desenvolvimento regional e na incorporação de novas áreas ao processo produtivo. · Apresenta alto custo operacional por ton/km transportada. · E mais indicado para a movimentação de mercadorias de médio e alto valor a curtas e medias distancias. · Agilidade e rapidez na entrega da mercadoria em curtos espaços a percorrer. · Sua capacidade de transporte de carga e reduzida, se comparada com outros modais. · Os veículos utilizados para transporte possuem um elevado grau de poluição ao meio ambiente. Nível de serviço de uma rodovia E um índice qualitativo que visa medir ou retratar a influência de vários fatores nas condições de operação de uma rodovia, tais como, velocidade, tempo de viagem, segurança, conforto, custos, relação volume de trafego/capacidade (V/C), densidade. Na pratica, o Highway Capacity Manual (HCM) utiliza a velocidade média de viagem, a relação V/C e a (%) de tempo de atraso para definir os diversos níveis de serviço (de A a F) de uma rodovia rural de pista simples. Níveis de Serviço de uma Rodovia Nível A — Fluxo Livre: Condição de escoamento livre, acompanhada por baixos volumes e altas velocidades. A densidade do tráfego é baixa, com velocidade controlada pelo motorista dentro dos limites de velocidade e condições físicas da via. Não há restrições devido à presença de outros veículos. FIGURA 4-NÍVEL DE SERVIÇO A FONTE: Ministério dos Transportes (1999). Nível B — Fluxo Estável: Fluxo estável, com velocidades de operação a serem restringidas pelas condições de tráfego. Os motoristas possuem razoável liberdade de escolha da velocidade e ainda têm condições de ultrapassagem. FIGURA 5-NÍVEL DE SERVIÇO B FONTE: Ministério dos Transportes (1999). 53 Nível C — Fluxo Estável: Fluxo ainda estável, porém as velocidades e as ultrapassagens já são controladas pelo alto volume de tráfego. Portanto, muitos dos motoristas não têm liberdade de escolher faixa e velocidade. Fixado como Nível de Serviço Econômico para projetos de rodovias situadas em regiões planas ou onduladas. FIGURA 6-NÍVEL DE SERVIÇO C FONTE: Ministério dos Transportes (1999). Nível D — Fluxo Próximo a Situação Instável: Fluxo aproximando-se da situação instável com velocidades de operação toleráveis e afetadas pelas condições de operação, cujas flutuações no volume e as restrições temporárias podem causar quedas substanciais na velocidade de operação. Pouca liberdade para o motorista. Aceitável por curtos períodos de tempo. Fixado como Nível de Serviço Econômico para projetos de rodovias situadas em regiões montanhosas. FIGURA 7- NÍVEL DE SERVIÇO D FONTE: Ministério dos Transportes (1999). Nível E — Fluxo Instável: A via trabalha a plena carga e o fluxo é instável sem condições de ultrapassagem, sendo que a velocidade é controlada pelo tráfego (40 ou 50 km/h). Essa condição permite o máximo volume de tráfego, ou seja, a capacidade. Portanto, o volume de tráfego correspondente ao Nível de Serviço E é igual à Capacidade da rodovia. FIGURA 8- NÍVEL DE SERVIÇO E FONTE: Ministério dos Transportes (1999). 55 Nível F — Fluxo Forçado: Descreve o escoamento forçado, com velocidades baixas e com volumes acima da capacidade da via. Formam se extensas filas e impossibilita a manobra. Em situações extremas, velocidade e fluxo podem reduzir-se a zero. FIGURA 9 -NÍVEL DE SERVIÇO F FONTE: Ministério dos Transportes (1999). 6) Explique o sistema viário e seus tipos? Sistema viário Sistema arterial principal Atende a função mobilidade, com rodovias inter-regionais que proporcionem um sistema continuo dentro de uma região e articulação com rodovias semelhantes em regiões vizinhas. Conectam cidades com mais de 150 mil habitantes. Sistema arterial primário Atende a função mobilidade, devendo formar, junto com o Sistema Arterial Principal, um sistema continuo, livre de interrupção. Conectam cidades com cerca de 50 mil habitantes. Sistema arterial secundário Atende a função mobilidade, devendo formar um sistema continuo, em combinação com as rodovias de sistemas superiores. Conectam cidades com população acima de 10 mil habitantes que não estejam atendidas por rodovias de sistema superior. Sistema coletor Com a função de conexão entre mobilidade e acessibilidade, auxilia na integração entre o sistema arterial e o sistema local. Primário Ligando cidades com população acima de cinco mil habitantes, não servidas por rodovias de classe superior, com função de acesso a centros de geração de trafego, como portos, áreas de produção agrícola e de mineração, ou sítios turísticos. Secundário Ligando cidades com população acima de dois mil habitantes, não servidas por rodovias de classe superior, com função de acesso as grandes áreas de baixa densidade populacional, não servidas por rodovias arteriais ou coletoras primarias. Liga essas áreas com o Sistema Coletor Primário ou com o Sistema Arterial. Sistema local Com função de acesso ao trafego intramunicipal de áreas rurais e de pequenas localidades as rodovias de nível superior, pode apresentar descontinuidades, mas não isolamento do restante da rede. 7) Faça um resumo do sistema ferroviário e falando sobre sua situação no pais? O sistema ferroviário e um meio de transporte terrestre de pessoas ou bens, operado em vias férreas que conectam terminais ferroviários ou multimodais, através de trens que são constituídos basicamente por locomotivas e vagões de carga ou carrosde passageiros. O sistema ferroviário foi dividido em: via, veículo e terminal. Quanto às Vias · Via Férrea ou Via de Rolamento – É a superfície de rolamento utilizada para o deslocamento de trens. Abrange o lastro, dormentes e é formada por duas ou mais fiadas de trilhos assentados e fixados paralelamente sobre dormentes. a. Via Singela – superfície de rolamento com uma via de trafego (duas fiadas de trilhos) – podendo ter sentido de trafego bidirecional; b. Via Dupla – superfície de rolamento duas vias de trafego, geralmente paralelas (quatro fiadas de trilhos), podendo ter sentido de trafego unidirecional ou bidirecional; · Bitola – e a distância entre as faces internas dos boletos dos trilhos, tomada na linha normal a essas faces, 16mm abaixo do plano constituído pela superfície superior do boleto. · Boleto – Parte superior do trilho, sobre o qual deslizam as rodas dos veículos. · Cremalheira - Sistema de tração usado em certas estradas de ferro, nos trechos de rampa muito íngreme, com o objetivo de impulsionar o trem. · Ramal ferroviário – Trata-se de uma linha subsidiaria de uma linha-tronco ou de outro ramal, tendo como objetivo ligar pontos de importância distantes da via principal Quanto aos Veículos · Carro – veículos para transporte de passageiros, podendo também servir como restaurante ou dormitório. · Locomotiva – Trata-se de um veículo ferroviário que fornece a energia necessária para a colocação de um comboio ou trem em movimento; as locomotivas não tem capacidade de transporte própria, quer de passageiros, quer de carga. Dentre os sistemas de propulsão, as mais utilizadas são a Diesel-Mecânico e Diesel-Elétrico. · Material rodante – Composição contendo locomotiva(s) e vagões de carga ou carros de passageiros. · Vagão – e a unidade da composição destinada ao transporte de cargas. Existem vagões de tipos especiais para certas mercadorias, tais como: tanques, frigoríficos, vagões para minérios, entre outros. O sistema ferroviário brasileiro, de acordo com a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT, 2009), totaliza na atualidade, 29.637 quilômetros, concentrando-se nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, atendendo parte do Centro-Oeste e Norte do país, sendo destinadas aproximadamente, 28.840 quilômetros das malhas para as empresas concessionárias, tendo como principal objetivo a recuperação da malha e o desenvolvimento do transporte ferroviário. Concessões Ferroviárias A inclusão da Rede Ferroviária Federal S.A. no Programa Nacional de Desestatização através do Decreto n.º 473/92, propiciou o início da transferência de suas malhas para a iniciativa privada, durante um período de 30 anos, prorrogáveis por mais 30. Esse processo também resultou na liquidação da RFFSA, a partir de 07 de dezembro de 1999. Comparação do Sistema Ferroviário Brasileiro com outros Países A TABELA 1 apresenta a extensão territorial das vinte maiores economias do mundo e a extensão da malha ferroviária de cada país, verificando, também, da densidade do sistema ferroviário nas vinte maiores nações. TABELA 1— DENSIDADE DA MALHA FERROVIÁRIA DAS VINTE MAIORES ECONOMIAS DO MUNDO Classificação Países Superfície (km²) Extensão de Ferrovias (km) Densidade de Ferrovias 1 Alemanha 348.950 47.201 0,1353 2 Suíça 40.000 4.583 0,1146 3 Bélgica 32.820 3.521 0,1073 4 Holanda 33.880 2.808 0,0829 5 Reino Unido 241.930 17.156 0,0709 6 Itália 294.110 19.459 0,0662 7 Japão 364.500 23.556 0,0646 8 França 550.100 29.085 0,0529 9 Coréia do Sul 98.730 3.472 0,0352 10 Espanha 499.210 14.873 0,0298 11 Suécia 410.330 11.481 0,0280 12 Estados Unidos 9.158.960 226.605 0,0247 13 Índia 2.973.190 63.230 0,0213 14 Turquia 769.630 8.697 0,0113 15 México 1.908.690 17.562 0,0092 16 China 9.327.430 74.408 0,0080 17 Austrália 7.682.300 47.738 0,0062 18 Canadá 9.093.510 48.467 0,0053 19 Rússia 16.380.980 87.157 0,0053 20 Brasil 8.514.876 29.637 0,0035 Fonte: RATTON, Eduardo et al. APOSTILA DE SISTEMAS DE TRANSPORTES. 2013 Novamente o Brasil está no rodapé da TABELA 1. Isso mostra que, relacionando a superfície com a extensão ferroviária, o Brasil possuir a menor densidade ferroviária em relação às vinte maiores economias do mundo. 8) Quanto aos terminais ferroviárias como eles se classificam explique os? Quanto aos Terminais · Terminal de cargas Local ou área para embarque, desembarque, e também estocagem de cargas. Pode ser unimodal ou intermodal (rodo/ferro/hidro). · Terminal de passageiros Área onde os passageiros podem embarcar e desembarcar dos trens, além de possuir local para compra de passagens. Pode também conter algum tipo de atividade comercial. · Pátio Ferroviário Área formada por um conjunto de vias que serve de apoio operacional ao transporte ferroviário. · Funções Os pátios podem desempenhar, entre outras, as seguintes funções: → Abastecimentos de locomotivas; → Cruzamento de trens; → Estacionamento de material rodante; → Formação de composições; → Manobras; → Pré-classificação e classificação dos vagões; → Regularização do trafego; → Revisão visando manutenção de locomotivas e/ou vagões; → Troca ou alargamento de truques devido a mudança de bitola. 9) Os pátios ferroviários se dividem em explique cada um? → Pátio de Cruzamento – destinado apenas ao cruzamento dos trens e deve ser projetado de modo a ter comprimento suficiente para conter o trem de maior comprimento que circula no trecho. → Pátio de Classificação – tem como principal função a de permitir a classificação dos vagões recebidos, a sua separação em blocos e a formação de trens, através de reagrupamento, para a distribuição da carga para os seus vários destinos. São usualmente compostos por três áreas: _ Área de recebimento de trens – onde os trens são desviados da linha principal e temporariamente armazenados antes de serem desmembrados e classificados; _ Área de Classificação – onde os vagões são separados e reagrupados em blocos segundo um destino comum, que pode ser o destino final da carga ou outro pátio subsequente; _ Área de Formação de Trens – onde os trens são formados inspecionados e preparados com documentação fiscal e licenciamento, visando posterior movimentação na linha principal. →Pátio completo – pode conter ainda linhas especificas para reparo da composição, principalmente vagões com avarias, linhas para reabastecimento de combustível e areia (utilizada para aumentar o atrito das rodas motrizes das locomotivas, evitando que elas patinem, devido ao peso) para locomotivas e linhas locais, sendo estas destinadas a formação de trens para entregas em terminais próximos ao pátio. →Pátio simples – e composto por apenas algumas linhas, e com utilização (função) especifica. 10) Baseado na apostila e nas suas leituras de um panorama sobre o transporte aéreo no Brasil. Baseado em características, tipo de cargas, sua classificação, operação, gestão e situação no pais. O sistema de transporte aéreo e formado por aerovias que conectam terminais e através das quais transitam aeronaves (aviões e helicópteros) transportando passageiros e cargas. Principais características do transporte aéreo Alta velocidade de percurso. Pouca capacidade de carga. E recomendado para o transporte de cargas de alto valor agregado e de alto valor comercial. E o mais adequado para transportar passageiros a medias e grandes distancias. Apresenta grande conforto. Elevados custos relativos a veículos, terminais e sistemasde proteção ao voo. Flexibilidade de deslocamento limitada, pois dependem de terminais, apoio terrestre (acompanhamento de voo) e condições meteorológicas. Elevado grau de segurança. Elevada poluição atmosférica. Alta poluição sonora nas áreas ao redor dos aeroportos. Ideal para o envio de mercadorias com pouco peso e volume em longas distancias. Fretes relativamente altos em relação aos demais modais. Classificação dos Sistemas de Transporte Aéreo quanto aos Níveis de Atuação Doméstico Regional (Brasil) São constituídos por linhas complementares e de afluência; fazem ligações entre cidades de pequeno e médio porte entre si e são alimentadoras (feeders) de linhas aéreas domesticas nacionais. Doméstico Nacional (Brasil) Interligam grandes centros populacionais e econômicos, ou seja, capitais dos estados e cidades de grande porte. Internacional Transporte interligando aeroportos de diferentes países, geralmente, através de grandes aeronaves, com acompanhamento e fiscalização também de Órgãos Internacionais, tais como IATA. Relacionados à Operação · Conexão – termo utilizado para operação de transporte de passageiros onde há troca de aeronave no terminal. · Escala – termo utilizado para operação de transporte de passageiros, onde há uma parada intermediaria na viagem, sem acontecer a troca de aeronave. · Feeder - assim e chamado o serviço, ou linha, normalmente de atuação regional, que, transporta passageiros ou cargas, alimentando voos operados por aeronaves de maior capacidade. · Hub-and-spoke – linha entre uma origem e um destino com escala ou conexão intermediaria. Ex.: ligação entre A e B, passando por HUB. · Hub-point – ponto central, onde ha recepção e posterior redistribuição de passageiros e cargas para destinos diversos. · Point-to-point – Ligação direta entre uma origem e um destino, sem escalas ou conexões. Ex.: ligação entre A e B. Relacionados à Gestão · ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) – Autarquia especial, vinculada a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da Republica, que tem como atribuições, regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária. · IATA (International Air Transport Association) - organização sediada em Genebra com a finalidade de criar regras para voos internacionais e normas para as empresas afiliadas. · INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) – vinculada a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, com finalidade de implantar, administrar e apoiar a navegação aérea, prestar consultoria e assessoramento em suas áreas de atuação e na construção de aeroportos, além de quaisquer atividades afins conferidas pela SAC/PR. · SAC/PR (Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República) – ligada a Presidência da Republica, esta Secretaria elabora estudos e projeções relativos aos assuntos de aviação civil e de infraestruturas aeroportuárias e aeronáutica civil. A ela estão vinculadas a ANAC e INFRAERO. SISTEMA AEROPORTUÁRIO BRASILEIRO O Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), de 19 de dezembro de 1986, no Art. 26 (Capítulo II - Do Sistema Aeroportuário) define: ―O Sistema Aeroportuário é constituído pelo conjunto de aeródromos brasileiros, com todas as pistas de pouso, pistas de taxiamento, pátio de estacionamento de aeronaves, terminal de carga aérea, terminal de passageiros e as respectivas facilidades‖. O Brasil congrega um dos cinco maiores sistemas de aviação civil do Mundo (ICAO). 4º maior transportador doméstico (IATA). 742 aeroportos públicos (ANAC) 3.500 aeródromos; 150 milhões de pax transportados em 2010. 17º em crescimento (2009/2010) Frota de aeronaves de Linha Aérea Regular: 300 aeronaves 2ª maior frota de Aviação Geral (sem rota regular – particulares) = 16.524 aeronaves 2ª maior frota de aeronaves executivas (jatos e turbo-hélices) = 1.650 aeronaves 2ª maior frota de aeronaves agrícolas – 1.000 aeronaves; 2ª maior frota de aeronaves de táxi aéreo – 1.200 aeronaves; 2ª maior frota de helicópteros – 1.255 aeronaves; 3ª maior indústria aeronáutica (Embraer) 3º maior parque aeronáutico de aeronaves leves = 20 fábricas – 300 aeronaves/ano Se comparado com os EUAs, o Brasil possui 742 aeroportos públicos. Os EUA possui 5.314 aeroportos, é o país que possui a maior malha aérea do mundo. Durante décadas não houve investimentos na ampliação e modernização da malha aeroviária e dos aeroportos no país, o que refletiu o episódio de 2006 – caos aéreo. Prevê-se a duração da crise ainda por algum tempo, o que pode vir a causar problemas no funcionamento do ATC e dos aeroportos. Esta situação inviabiliza um sistema de transporte aéreo seguro, confiável e eficiente, o que irá afetar o transporte de passageiros e cargas, impactando o turismo e, em última instância, o nível de conectividade do Brasil com o resto do mundo, reduzindo dessa forma as oportunidades de desenvolvimento econômico A VISÃO DA IATA SOBRE A CRISE DO TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL Documento enviado ao Governo do Brasil em 15 de Agosto 2007 INSTÁVEL – INEFICIENTE – SEGURANÇA COMPROMETIDA. FALTA AUTONOMIA NOS LIMITES DE AUTORIZAÇÕES (parciais) -PROFICIÊNCIA NA LINGUA INGLESA Segurança Operacional - Os últimos acidentes geraram preocupações na sociedade e no governo com relação a sérias deficiências de segurança no setor aéreo. Em 2006, a taxa de acidentes no Brasil foi 3,5 vezes maior do que a média mundial e 1,25 vezes maior que a média da América Latina. O Sistema Brasileiro de Tráfego Aéreo tem apresentado dificuldades há anos, dentre as quais a diminuição do ritmo das operações pelos controladores de voo (operação padrão). Com consequência, os atrasos e cancelamentos de voos se tornaram rotineiros. Existem preocupações dentro do próprio setor aéreo no sentido de que o treinamento dos funcionários de nível técnico no controle de tráfego (8 anos), nas empresas aéreas e nos aeroportos, podem não estar sendo apropriadamente fornecido. A situação atual tem evidenciado as deficiências do Controle de Tráfego Aéreo (ATC), da infraestrutura e de pessoal. O número de incidentes reportados pelas Empresas Aéreas confirma a percepção de que a situação do ATC é instável, ineficiente e, de fato, compromete a segurança dos voos. Impactos Operacionais Previstos - A manutenção da fórmula atual de cálculo do preço do querosene tem impactado seriamente a sustentabilidade econômica do transporte aéreo com origem/destino no Brasil e, em última instância, restringido a conectividade do Brasil com o resto mundo e as oportunidades de desenvolvimento econômico. O sistema de inspeção de bagagem despachada (Hold Baggage Screening – HBS) ainda não foi implementado em todos os aeroportos com operações internacionais.
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