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Agentes Microbianos

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antibiótico: substância produzida por um organismo que mata ou impede o crescimento de 
outro organismo. 
QUIMIOTERÁPICO: substância ​sintética que mata ou impede o crescimento de 
determinado organismo. 
 
Princípio da toxicidade seletiva - a droga têm que conseguir identificar o alvo no microorg 
(ex. ribossomos) e que seja um alvo que não esteja presente no hospedeiro. ​A ideia é matar 
o agente etiológico da infecção sem causar danos às células do hospedeiro 
Nem sempre uma droga mata a bactéria e chamamos isso de inativar, porque? Temos uma 
população microbiana, se essa pop consegue se multiplicar significa que tá viva, se ela não 
consegue PODE SER que esteja morta, mas isso não é necessariamente verdade, pois 
existem populações que se mantêm inertes, ficando resistente, chamamos isso de bactéria 
persistentes… E depois de parar com a antibioticoterapia, a bact pode voltar a crescer. 
Bactericida ​​- antibiótico que faz com que a bactéria ​perca irreversivelmente a capacidade 
de se multiplicar 
Bacteriostático ​​- quando retiramos o antibiótico e a bact retoma sua capacidade de 
crescimento, apenas paralisa o crescimento. É relativo a determinado tempo. 
Temos drogas que impedem o processo de tradução, se não traduz/sintetiza ptn a bact não 
consegue se multiplicar 
 
Principais alvos de ação: 
 
- ribossomos 
- membrana 
- parede cel (peptidoglicanos) 
- DNA 
 
alvo de ação é a síntese ou integridade do peptidoglicano​. Quando comparamos o peptidog. 
de uma G+ e G-, temos NAG e NAM, que se ligam entre si através de um tetrapeptídeo que 
tá ligado no n-acetilmurâmico… Já na G+ essa ligação é diferente, o que faz essa ligação é 
um pentapeptídeo. 
 
Atuação dos antibacterianos 
• Síntese de parede 
• Síntese de proteínas 
• Metabolismo de ácidos nucléicos 
• Membrana celular 
 
- Síntese de parede​​: ação das ​autolisinas​, que introduzem os pontos de quebra, 
segundo passo é síntese e translocação do monômero para região do ponto de 
quebra, terceiro ligação do monômero ao polímero já sintetizado na parede. Último 
passo, é quando uma cél fica presa a outra pela parede celular, quem faz a clivagem 
e individualização é uma enzima chamada PBP3 
- Podemos ter drogas que agem ​impedindo a síntese dos ac lipoteicóicos​, que são 
agentes controladores da atividade das autolisinas​. Inibindo essa síntese, as 
autolisinas ficam excessivamente ativas, introduzindo inúmeros pontos de quebra 
descontrolados. Neste caso, a PC perde resistência e bact por osmose captura água 
e sofre lise. 
- Outro passo de ação é o ​bloqueio da síntese de NAM​, que é feito a partir do NAG, 
quem faz isso é a ezm ​piruviltransferase​​, e a ​droga age exclusivamente na 
piruviltransferase​. Sem piruvil, não têm NAG e não têm como fazer PC pq é preciso 
alternar NAG e NAM. ​No NAM ta o tetrapeptídeo lateral que faz a ligação entre NAG 
e NAM​, neste caso ​as autolisinas continuam agindo normalmente​, mas como 
introduzem ponto de quebra e não têm monômero para colocar no lugar, ​esse ponto 
de quebra acaba se tornando uma fragilidade na parede. 
- Inibição de transpeptidase - que faz a ligação das cadeias laterais. Se sua ação for 
inibida, o monômero mesmo colocado no lugar ​não é ligado ao outro e de novo 
fragilidade de parede 
- Inibição PBP3​​: céls alongadas > morrem 
 
Antibióticos que agem na síntese de parede 
 
- Betalactâmicos​​: todas as drogas que têm o anel lactamico, a diferença entre eles 
advem do radical. São ​bactericidas​ pois agem na PC! 
- penicilinas​: atuam ​na 3ª etapa da síntese de peptideoglicano​. São divididas 
em 6 grupos e isso não esta relacionado com estrutura e sim com 
funcionalidade. 
- Cefalosporinas​: atuam também na 3ª etapa, ​são sem-sintéticas​. São mais 
usadas, porém menos precisas… São divididas em 5 gerações, ​a 1ª contra 
G+​​ e 2ª contra G- 
- Monobactâmicos​: anel único, produzido por bactéria ​Chromobacterium 
violaceum, ​é uma bactéria roxa! Produz aztreonam 
- Carbapenemas​: deve ser administrada com outra subst que inative uma 
enzima no rim pq se nao vai ser inativada na hora que passar pela filtração 
glomerular. age na 3ª etapa. ​Quando encontramos um microorg resistente a 
Carbapenema normalmente ele é resistente a ​todos os outros 
betalactamicos​. 
- Glicopeptídeos​​: são drogas maiores e têm característica proteica. Exclusivamente 
ativa contra G+ pois ​impede a ligação do pentapeptídeo​​, fazendo com que não 
haja interação entre NaG e NaM, fragilizando assim a PC 
- Bacitracina​​: ​age na 2ª etapa da síntese de parede​, pois impede a translocação do 
monômero para PC, pois inibe a desfosforilação do lipídio carreador de 
peptidoglicano. ​Bactericida para G+​. 
- Fosfomicina​​: espectro de ação extremamente grande por ser bem pequena, passa 
por diversas membranas. ​Bloqueia a síntese de NAM​, age na 2ª etapa, têm perfis de 
suscetibilidade muito variável 
 
Antibióticos que agem em síntese de proteínas 
- Aminoglicosídeos​​: entram na cél por transporte ativo através de QUINONAS, há 
gasto energético! ​Atrapalham à síntese correta das ptns​​, são bactericidas, só 
agem ​em G- aeróbias. ​​Mecanismo de ação: se liga em uma ptn específica da 
subunidade menor do ribossomo e essa ligação faz com que o ribossomo faça uma 
leitura errada dos códons, À TRADUÇÃO NÃO PARA, só acontece uma leitura 
defeituosa. ​É bactericida porque à ligação entre à droga e ptn do ribossomo é 
irreversível​​! 
- Cloranfenicol​​: Inibidor de síntese proteica, mas não de peptideoglicanos, ​age sobre 
a peptidiltransferase (formadora da ligação peptídica) e é ​bacteriostático pq a 
ligação é ​reversível​​. 
- Tetraciclina​​: entra por transporte ativo, são ​bacteriostáticas​​! Inibe síntese proteica 
(​impede a ligação do tRNA carregado no sítio A do ribossomo​); interrompe o 
processo de elongação. 
- Macrolídeos​​: ​impedem à tradução​​, são ​bacteriostáticos​. 
- Fusidanos​​: cefalosporina P, antibiótico esteróide pois é muito similar a um 
esteróide. Se liga ao EF-G e ​impede elongação​, tradução para! Impede à 
dissociação EF-G do GDP, assim não têm como fornecer energia pro ribossomo. 
 
ANTIBIÓTICOS QUE AGEM NO METABOLISMO DE ÁCIDOS NUCLEICOS 
- quinolonas​​: são sintéticas, entra na cél através das porinas e LPS. Classificada em 
4 gerações. ​Têm como alvo DNA girase (compactação) ou topoisomerase 
(descompactação)​, se a bact não compacta o DNA ele fica suscetível a danos, por 
outro lado, se não descompacta, às enzimas não conseguem encontrar os genes. À 
bactéria não expressa seus genes​, ​BACTERICIDAS​​. 
- Nitroimidazóis​​: Atividade contra fungos, bactéria anaeróbias e protozoários. É 
exclusiva contra bactérias anaeróbias pq metronidazol entra na cél, é oxidado e essa 
diferença de conformação muda à osmolaridade, produz radicais livres que 
provocam lesão no dna e metabólitos tóxicos que se ligam ao DNA e impedem sua 
replicação. ​Bactérias aeróbias resistem contra espécies reativas de oxigênio através 
de enzimas de detoxificação de espécies reativas de oxigênio. 
- Sulfonamidas​​: ​inibem síntese de ácido tetraidrofólico​,assim não tem ácido nucléico 
sendo formado, não consegue se replicar e não expressam seus genes! Toxicidade 
seletiva: Bactérias sintetizam ácido fólico de novo, enquanto que humanos absorvem 
o composto pré-formado 
- Rifamicinas​​: agem na síntese do processo de transcrição, podem ser ​naturais ou 
sintéticas​, ​BLOQUEIAM À TRANSCRIÇÃO se ligando à RNApol bacteriana fazendo 
que a RNApol não reconheça o DNA e transcreva os genes. 
- Lipopeptídeos​​: usado como alternativa para ​bact multirresistentes​, se introduz na 
membrana e forma um poro fazendo com que haja uma ruptura da integridade da 
membrana, ​ATIVA CONTRA G- por causa da atração pelo LPS​. São extremamente 
neurotóxicas e nefrotóxica. 
 
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA AOS AGENTES ANTIMICROBIANOS 
 
Existem duas categorias de resistência: ​à natural em que todos os microorg daquela 
espécie vão ser resistentes aquela droga e tem ​a adquirida em que apenas alguns grupos 
daquela espécie vão ter resistência àquele antibiótico. 
A resistência pode acontecer por ​mutações​​, ​presença de enzimas que degradam 
antibióticos​​, ​sistema de efluxo​​, alteração na permeabilidade, Uso de via alternativa à via 
afetada pelo antimicrobiano. 
 
- Mutações​​: Por ex. no caso dos aminoglicosídeos que se ligam à ptn específica do 
ribossomo e existe uma mutação pontual naquela ptn do ribossomo que muda 
justamente o aminoácido que é reconhecido pela droga, aquele ribossomo vai ser 
insensível aquela droga. Em alguns basta uma mutação para bact passar ser 
resistente aquela droga. 
- Enzimas que conferem resistência: 
- enzimas hidrolíticas - que clivam antibióticos como à betalactamase 
- metilases 
- acetilases 
- esses genes podem ser tanto cromossomais qt plasmidiais 
- Sistema de efluxo: joga antibiótico para fora da cél o tempo todo com gasto 
energético, de modo que à [ ] que fica dentro é muito inferior àquela necessária pro 
antibiótico exercer sua função; 
- Alteração de permeabilidade: bactéria muda à conformação dos fosfolipídeos de 
membrana ou muda à quantidade dos elementos que introduzem o antibiótico para 
dentro da cél. 
- Utilização de vias alternativas: algumas bact conseguem sintetizar ác. 
tetraidrofólico de maneira independente de PABA, conseguindo chegar na síntese 
de ác nucleico. 
 
GRAUS DE RESISTÊNCIA 
- Bactérias multirresistentes (MDR)​: Não suscetível a um antibiótico em pelo menos 
três categorias de antibióticos aos quais normalmente a espécie é sensível 
- R​esistência extensiva ou extrema a antibiótico (XDR)​: Não suscetível a um 
antibiótico em quase todas (sensível a apenas 1 ou 2 categorias) categorias de 
antibióticos aos quais normalmente a espécie é sensível 
- Bactérias pan-resistentes (PDR)​: Não suscetível a antibióticos de nenhuma categoria

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