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teoria da literatura I

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Assinale a alternativa que não caracteriza uma intertextualidade externa:
 
	
	 
	¿Sei que estás em festa, pá/Fico contente/E enquanto estou ausente/Guarda um cravo para mim¿ (Tanto Mar, Chico Buarque, 1975) / ¿Foi bonita a festa, pá/Fiquei contente/E inda guardo, renitente/Um velho cravo para mim¿ (Tanto Mar, Chico Buarque, 1978).
 
	 
	¿De noite fui ao teatro. Representava-se justamente Otelo, que eu não vira nem lera nunca; sabia apenas o assunto, e estimei a coincidência.¿ (Dom Casmurro, Machado de Assis)
 
	
	¿As sensações circulavam ao seu redor, de mãos dadas numa ciranda, de vez em quando estacavam e uma delas saía da roda para invadi-lo.¿ (Limite Branco, Caio Fernando Abreu) / "Conrado agora é meu vizinho" lembrou-se. 'Meu vizinho' disse em voz alta. Rindo-se ainda, aproximou-se dos anõezinhos, que dançavam numa roda tão natural e tão viva que pareciam ter sido petrificados em plena ciranda. No centro, o filete débil da fonte a deslizar por entre as pedras. 'Quero entrar na roda também', exclamou ela apertando as mãos dos anõezinhos mais próximos. Desapontou-se com a resistência dos dedos de pedra. 'Não posso entrar? Não posso?' (Ciranda de Pedra, Lygia Fagundes Telles)
 
	
	  ¿Mal posso descrever-lhe, Frankenstein, o efeito de tais livros. (...) Em Os Sofrimentos do Jovem Werther, além do interesse intrínseco de sua história singela e tocante, tantas opiniões são esboçadas e tantas luzes se lançam sobre assuntos até então totalmente obscuros para mim, que o considero uma fonte perene de constatações e maravilhoso espanto. Os costumes que a obra descreve, combinados com a gama de sentimentos e impressões objetivando algo transcendental, harmonizavam com minha experiência em relação a meus protetores e com meus próprios anseios.¿ (Frankenstein, ou o Moderno Prometeu, Mary Shelley)  
	
	Annabel Lee, personagem do romance Lolita, de Vladimir Nabokov, publicado em 1955 / Annabel Lee, poema de Edgar Allan Poe.
 
	
	
	 
	
	 2a Questão
	
	
	
	
	Uma das concepções do conceito de literatura foi proposta pelos românticos do século XIX, os quais assinalam, na obra literária:
	
	
	uma compreensão marxista da sociedade.
	 
	a valorizaçao da subjetividade.
	
	uma visão filosófica aristotélica.
	
	uma orientação científica.
	
	a reedição de epopeias.
	
	
	Gabarito Coment.
	
	 
	
	 3a Questão
	
	
	
	
	Arte não tem pensa:
O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê.
É preciso transver o mundo.
Isto seja:
Deus deu a forma. Os artistas desformam.
É preciso desformar o mundo:
Tirar da natureza as naturalidades.
Fazer cavalo verde, por exemplo.
Fazer noiva camponesa voar - como em Chagall.
Nestes versos que compõem o poema "As reflexões de R. Q.", Manoel de Barros explica de modo poético:
	
	 
	a liberdade da arte e o seu descompromisso em representar a realidade tal como ela é
	
	a rebeldia do eu lírico ao querer deformar o mundo
	
	a impossibilidade de a arte literária ter coerência com a realidade
	
	o rigor da mimese em representar a realidade tal como ela é
	
	a pintura surrealista do artista russo Marc Chagall
	
Explicação:
Manoel de Barros explicita nesses versos a liberdade da arte. Aponta que a imaginação é um componente intrínseco da criação artística. Cita as pinturas de Chagall para ilustrar que a mimese é capaz de representar qualquer realidade, dentre elas, cavalo verde e noiva camponesa que voa.
	
	
	 
	
	 4a Questão
	
	
	
	
	Leia o poema "Madrigal", de José Paulo Paes:Meu amor é simples, Dora, Como a água e o pão. Como o céu refletido Nas pupilas do um cão. ARRIGUCCI JR., Davi (Sel.).
Melhores poemas: José Paulo Paes. São Paulo: Global, 2003. P. 69. Podemos afirmar que o texto acima é um texto literário, porque:
	
	 
	As analogias são importantes recursos do texto literário. Por meios delas os escritores procuram traduzir certas emoções, certos modos de ver e sentir
	
	Embora as palavras não ilustrem o poder da linguagem de promover aproximações e explicitar semelhanças, tornam possível definir um sentimento tão complexo como o
amor
	
	Para definir seu amor por Dora, o eu lírico não recorre à semelhança entre esse sentimento e dois alimentos vitais para os seres humanos
	
	O amor do eu lírico por Dora é simples
	
	Amor e céu são palavras que sempre devem estar contidas nos poemas
	
	
	 
	
	 5a Questão
	
	
	
	
	Para Roland Barthes, em Crítica e verdade, a crítica literária deveria pautar-se pela validade. Com referência à fala de Barthes, conclui-se que a crítica literária:
	
	
	Tem prazo para a sua validação
	
	Deveria preocupar-se em definir o prazo de validade do texto, apontando para a sua possível superação
	
	Erra, pois a validade só existe se a verdade for apontada
	 
	Tem como objetivo discutir a obra literária, de modo coerente e válido
	
	Só seria válido se impactasse com a sua verdade uma geração.
	
	
	 
	
	 6a Questão
	
	
	
	
	Sobre o cânone literário, podemos afirmar que:
	
	 
	embora pareça rígido, o cânone é flexível
	
	é formado por um único critério
	
	é composto por um conjunto inalterável de obras
	
	seus critérios são inquestionáveis
	
	é uma seleção arbitrária
	
Explicação:
Uma obra passa a fazer parte de um cânone literário, seja ele nacional ou mundial, por vários critérios. Um deles é o critério de valor. Apesar de parecer que os cânones literários são rígidos e imutáveis, eles mudam com o tempo, assim como os valores. Há autores que não são prestigiados numa época e em outras o são. A alta qualidade expressiva e a universalidade, ou seja, a obra cujo tema e tratamento interessam a todo homem, não só a um grupo específico ou a um determinado momento histórico, são, por exemplo, dois critérios importantes para fazer de uma obra literária uma obra selecionada e modelar para compor um cânone.
	
	
	 
	
	 7a Questão
	
	
	
	
	Alguns teóricos, como Culler, consideram que a literatura reside, sobretudo, na organização da linguagem que torna a literatura distinguível da linguagem usada para outros fins. Baseando-nos nessa premissa, podemos afirmar que:
	
	 
	Literatura é a linguagem que coloca a própria linguagem em primeiro plano.
	
	Nenhuma das respostas abaixo.
	
	O contexto e a autoria são essenciais para a definição de literatura.
	
	A literatura só pode ser distinguia de outras linguagens pelo contexto.
	
	Nem sempre a literatura pode ser distinguida de outras linguagens.
	
	
	 
	
	 8a Questão
	
	
	
	
	A mimese é um conceito que busca explicar o processo pelo qual a literatura e as artes se realizam. Na literatura, a mimese se dá por meio da capacidade que a língua tem de representar personagens, ações, sentimentos e todas as demais realidades ficcionais. Pensando nisso, podemos afirmar que a mimese:
	
	
	não estabelece relação alguma com o real
	
	imita sempre de modo idêntico a realidade na qual se inspira
	 
	representa qualquer universo ficcional imaginado pelo autor por meio de formas verbais
	
	restringe-se a copiar o mundo real de modo fiel, respeitando-o tal como ele é
	
	copia uma realidade sem elaboração formal do autor
	
Explicação:
A mimese na literatura permite a representação de qualquer universo por meio da palavra, ou seja, por meio das formas verbais. Desde universos que se parecem com o que convencionamos chamar de real até os universos fantásticos com seres, ambientes e situações completamente inexistentes da realidade que compartilhamos.
	
	
	
	
	1.
	Podemos afirmar que a literatura é a linguagem na qual os diversos elementos e componentes do texto literárioentram numa relação complexa. Segundo essa perspectiva:
	
	
	
	As relações entre diferentes níveis de linguagem são relevantes somente em alguns tipos de literatura.
	
	
	As relações entre diferentes níveis de linguagem são relevantes apenas na literatura e é mais provável que isso ocorra no contexto da literatura que em outros tipos de linguagem.
	
	
	Nenhuma das respostas acima.
	
	
	Não é que as relações entre diferentes níveis de linguagem sejam relevantes apenas na literatura, mas é mais provável que isso ocorra no contexto da literatura que em outor tipos de linguagem.
	
	
	As relações entre diferentes níveis de linguagem não são relevantes na literatura, embora todos os teóricos afirmem.
	
	
	
	
	
	
	2.
	Sobre literatura e ficção, é INCORRETO afirmar que:
	
	
	
	Toda literatura é ficção, inclusive as narrativas baseadas em fatos reais, uma vez que todo discurso literário passa a existir a partir de uma forma concebida pelo seu autor.
	
	
	O termo ficção formou-se a partir do verbo latino fingere que corresponde a "dar forma", "formar".
	
	
	Nem todo ficcional é literário, pois para ser considerado literário, o texto precisa atingir a literariedade.
	
	
	Todo texto ficcional é literário, uma vez que a característica principal da ficção é o imaginar.
	
	
	Assim como nem toda pintura, composição musical ou filme são considerados expressões de arte, nem todo texto criativo, imaginativo, ficcional é considerado literatura.
	
Explicação:
Nem todo texto ficcional é literário. Para ser literário, o texto precisa apresentar, em sua composição, elementos expressivos que lhe confiram valor de literatura. É o que chamamos de literariedade. O fato de o texto ser apenas ficcional não garante que ele tenha a especificidade do literário. 
	
	
	
	
	
	
	3.
	O crítico literário Antonio Candido afirmou no artigo "Crítica e sociologia"(In: Literatura e Sociedade):
 "Toda mimese é uma forma de poiese".
A partir dos estudos desenvolvidos sobre o conceito de mimese, podemos interpretar essa afirmação como:
	
	
	
	a ideia de que o processo de mimese está restrito a poucos textos ficcionais, especialmente os de poesia épica.
	
	
	a ideia de que o processo de mimese literária é realizado a partir da fratura do real e de sua reelaboração no universo criativo pensado pelo autor.
	
	
	a ideia de que o processo de mimese está restrito a poucos textos ficcionais, especialmente aos de poesia lírica.
	
	
	a ideia de que a representação da realidade é realizada na poesia lírica como modo fundamental de representar o real.
	
	
	a ideia de que a representação da realidade no texto literário é realizada como uma cópia fiel do mundo empírico.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	4.
	A complexidade do conceito de Literatura não permite a sua delimitação fixa. Por isto, a literatura é mais adequadamente definida como:
	
	
	
	Um elemento de modificação absoluta da realidade
	
	
	Todo e qualquer texto de ficção, que reelabore as visões sobre a realidade.
	
	
	Ineficiente para fazer com que as pessoas reavaliem a própria vida e mudem de comportamento.
	
	
	Uma reflexão que não responde, por meio de construções simbólicas, a perguntas que inquietam os seres humanos
	
	
	Uma construção que depende de juízos de valores erigidos socialmente.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	5.
	Assinale a alternativa que não caracteriza uma intertextualidade externa:
 
	
	
	
	¿As sensações circulavam ao seu redor, de mãos dadas numa ciranda, de vez em quando estacavam e uma delas saía da roda para invadi-lo.¿ (Limite Branco, Caio Fernando Abreu) / "Conrado agora é meu vizinho" lembrou-se. 'Meu vizinho' disse em voz alta. Rindo-se ainda, aproximou-se dos anõezinhos, que dançavam numa roda tão natural e tão viva que pareciam ter sido petrificados em plena ciranda. No centro, o filete débil da fonte a deslizar por entre as pedras. 'Quero entrar na roda também', exclamou ela apertando as mãos dos anõezinhos mais próximos. Desapontou-se com a resistência dos dedos de pedra. 'Não posso entrar? Não posso?' (Ciranda de Pedra, Lygia Fagundes Telles)
 
	
	
	  ¿Mal posso descrever-lhe, Frankenstein, o efeito de tais livros. (...) Em Os Sofrimentos do Jovem Werther, além do interesse intrínseco de sua história singela e tocante, tantas opiniões são esboçadas e tantas luzes se lançam sobre assuntos até então totalmente obscuros para mim, que o considero uma fonte perene de constatações e maravilhoso espanto. Os costumes que a obra descreve, combinados com a gama de sentimentos e impressões objetivando algo transcendental, harmonizavam com minha experiência em relação a meus protetores e com meus próprios anseios.¿ (Frankenstein, ou o Moderno Prometeu, Mary Shelley)  
	
	
	¿Sei que estás em festa, pá/Fico contente/E enquanto estou ausente/Guarda um cravo para mim¿ (Tanto Mar, Chico Buarque, 1975) / ¿Foi bonita a festa, pá/Fiquei contente/E inda guardo, renitente/Um velho cravo para mim¿ (Tanto Mar, Chico Buarque, 1978).
 
	
	
	¿De noite fui ao teatro. Representava-se justamente Otelo, que eu não vira nem lera nunca; sabia apenas o assunto, e estimei a coincidência.¿ (Dom Casmurro, Machado de Assis)
 
	
	
	Annabel Lee, personagem do romance Lolita, de Vladimir Nabokov, publicado em 1955 / Annabel Lee, poema de Edgar Allan Poe.
 
	
	
	
	
	
	
	6.
	O crítico literário Terry Eagleton, em seu livro Teoria da Literatura: uma introdução conecta o conceito de literatura ao ficcional. No entanto, a ficção não se configura como regra para a definição do literário sempre. Isso acontece porque:
	
	
	
	A distinção é feita de modo rígido e inquestionável.
	
	
	A linguagem literária é um desvio da linguagem comum.
	
	
	É impossível definir o que é o texto literário.
	
	
	Não se consegue diferenciar na literatura o factual do fictício.
	
	
	Existem determinadas obras que, apesar de não ficcionais, podem ser consideradas como literárias.
	
	
	
	
	
	
	7.
	Leia o texto a seguir:
A criança  (Castro Alves)
 
Que tens criança? O areal da estrada
Luzente a cintilar
Parece a folha ardente de uma espada.
Tine o sol nas savanas. Morno é o vento.
À sombra do palmar
O lavrador se inclina sonolento.
            (...)
Tu choras porque um ramo de baunilha
Não pudeste colher,
Ou pela flor gentil da granadilha?
Dou-te, um ninho, uma flor, dou-te uma palma,
Para em teus lábios ver
O riso , a estrela no horizonte da alma.
Não. Perdeste tua mãe ao fero açoite
Dos seus algozes vis.
E vagas tonto a tatear à noite.
Choras antes de rir... pobre criança!...
Que queres, infeliz?...
-  Amigo, eu quero o ferro da vingança.
Considerando o poema de Castro Alves no que diz respeito às relações história e literatura, é possível afirmar que:
	
	
	
	     O texto diz respeito a uma personagem fictícia, que possui características comuns a muitas crianças negras da época.
	
	
	      O texto diz respeito a uma personagem fictícia, cujas características não são delimitadas com clareza pelo texto.
	
	
	O texto diz respeito a uma personagem fictícia, que possui características específicas de alguém que o poeta conheceu.
	
	
	O texto diz respeito a uma personagem real, já que no poeta dos escravos vivia entre os indivíduos que lhe inspiravam a obra poética
	
	
	O texto diz respeito a uma personagem fictícia, com características específicas gerais de  alguém que o poeta idealizou..
	
	
	
	
	
	
	8.
	De forma bem geral, podemos dizer que a literariedade é:
	
	
	
	Comparação entre a linguagem dos princípios basicamentedescritivo e morfológicos.
	
	
	Comparação entre a linguagem dos princípios de composição da arte de produzir escritos artísticos.
	
	
	Comparação entre a linguagem dos princípios da linguagem cotidiana.
 
	
	
	Reunião de predicados que regem os princípios de composição da arte de produzir escritos artísticos.
	
	
	Reunião de predicados que regem os princípios da linguagem cotidiana.
	
Explicação:
Literariedade é o conjunto de características específicas (linguísticas, semióticas, sociológicas) que permitem considerar um texto como literário.
	
	Analise as assertivas abaixo sobre crítica literária e identifique a proposição VERDADEIRA.
	
	
	
	O escritor busca criar sentidos. O crítico literário escolhe o sentido que ele irá valorizar.
	
	
	O crítico literário deve ignorar que a obra literária sofre a determinação da sociedade de seu tempo.
	
	
	Não é papel do crítico problematizar a obra literária.
	
	
	A crítica literária tem início na escola.
	
	
	Crítica literária é o mesmo que literatura.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	2.
	Os estudos em Teoria da Literatura são fundamentais para a compreensão mais profunda do texto literário. A Teoria da Literatura pode ser compreendida como:
	
	
	
	Estudos complexos e capazes de apontar conceitos absolutamente verdadeiros relacionados à natureza do literário.
	
	
	Um estudo metódico e organizado em torno de critérios verdadeiros e inquestionáveis
	
	
	Uma forma de apontar as verdades e as falsidades dos discursos elaborados sobre os fenômenos literários.
	
	
	Uma série de reflexões consistentes acerca do literário, que instigam o leitor a questionar as idéias do senso comum
	
	
	Questionamentos óbvios e baseados no senso comum.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	3.
	Assinale a única alternativa que NÃO expressa uma função desenvolvida pela Teoria da Literatura.
	
	
	
	a formulação de hipóteses, a detecção de formas estáveis na composição dos textos, a fim de propor certas classificações como a dos gêneros literários, por exemplo
	
	
	a busca por definir e conceituar os fenômenos literários, explicar as suas causas e o seu funcionamento
	
	
	a elaboração de conceitos a partir da análise dos textos e da reflexão formal sobre eles
	
	
	a compreensão da literatura sob as mais variadas perspectivas: desde aquelas centradas no fenômeno literário em si quanto as que se centram no autor ou no leitor (teoria da recepção)
	
	
	a adoção do senso comum para orientar as principais investigações sobre o fenômeno literário
	
Explicação:
O senso comum é uma forma de compreensão de mundo que é colocada de lado quando a Teoria da Literatura formula o seu conjunto de conhecimentos, uma vez que toda teoria é concebida por meio de métodos que buscam sistematizar o objeto sobre o qual se debruça, ao contrário do senso comum.
	
	
	
	
	
	
	4.
	Não compete à Teoria da Literatura abordar o fenômeno literário de modo:
	
	
	
	analítico e questionador do senso comum
	
	
	intuitivo e emocional
	
	
	interdisciplinar
	
	
	reflexivo
	
	
	sistemático
	
Explicação:
A relação que a teoria da literatura estabelece com o fenômeno literário se afasta das percepções intuitivas e emocionais, que são mais comuns na relação entre texto e leitor. O enfoque e a perspectiva da teoria é de conceituar, analisar, comparar, refletir sobre o fenômeno literários de modo sistemático.
	
	
	
	
	
	
	5.
	O formalista russo Roman Jakobson afirmou sobre a linguagem literária: "é uma violência contra a fala cotidiana". A única opção que indica o posicionamento de Jakobson sobre a linguagem literária é:
	
	
	
	A linguagem literária destrói qualquer possibilidade de significação.
	
	
	Por seu caráter referencial, a linguagem literária opõe-se à fala comum
	
	
	A experimentação da fala cotidiana provoca o estranhamento
	
	
	A fala cotidiana, por ser conotativa, é oposta à linguagem literária.
	
	
	A linguagem literária provoca o estranhamento no leitor, pois é experimental
	
	
	
	
	
	
	6.
	A Teoria da Literatura investiga, nos estudos de literatura, uma série de considerações. Sobre essa afirmação, não podemos dizer que:
	
	
	
	A teoria, portanto, duvida de qualquer afirmação tranquila e tomada como verdadeira.
	
	
	São reflexões elaboradas e consistentes, que não buscam a verdade, mas a validade.
	
	
	Trata-se de um saber questionador, sistemático e complexo que problematiza e põe em xeque o conhecimento gerado pelo senso comum
	
	
	A Teoria da Literatura é apenas uma hipótese, óbvia, porém, complexa.
	
	
	A teoria é um conhecimento especializado, consistente e profundo.
	
	
	
	
	
	
	7.
	O Formalismo Russo desprezava elementos extraliterários e valorizava somente fatores intrínsecos à obra. Já o Estruturalismo ampliou as possibilidades de análise. Sobre os estruturalistas, podemos afirmar que:
	
	
	
	são uma corrente de pensamento das Ciências Exatas que não impactou as Ciências Humanas
	
	
	todos os elementos de um texto eram entendidos como peças independentes do todo e analisadas, portanto, de modo independente
	
	
	entendiam que os elementos de um texto estavam um em função dos outros, como numa engrenagem, mas desprezavam a organização do conjunto
	
	
	isolavam os elementos de uma obra e os analisavam separadamente, desconsiderando a organização do conjunto
	
	
	concebiam a obra como uma estrutura, isto é, como um sistema de relações, um todo formado por elementos solidários
	
Explicação:
O Estruturalismo é uma corrente de pensamento das Ciências Humanas. Os estruturalistas concebiam a obra como uma estrutura, isto é, como um sistema de relações, um todo formado por elementos solidários em que cada elemento é visto com uma função que é determinada pela organização do conjunto.
	
	
	
	
	
	
	8.
	Em relação à Crítica, à História Literária e a Teoria da Literatura a única afirmativa CORRETA é:
	
	
	
	A Teoria da Literatura estabelece diálogos com a História da Literatura, somente
	
	
	As três áreas são absolutamente autônomas.
	
	
	As três possuem uma relação de interdependência
	
	
	A Teoria da Literatura é autônoma, ao contrário da História Literária e da Crítica Literária que são interdependentes
	
	
	A Teoria da Literatura estabelece diálogos com a Crítica Literária, somente.
	
	
	
	1.
	Segundo a proposta dos formalistas russos, considerando-se as relações entre a linguagem poética e a linguagem cotidiana, podemos afirmar:
	
	
	
	A presença da experimentação na linguagem cotidiana, caraterizada pelo experimentalismo.
	
	
	A identidade relativa entre ambas, uma vez que, as duas colocam a linguagem em primeiro plano.
	
	
	A complementação absoluta entre as duas linguagens, na construção do texto literário.
	
	
	A oposição radical entre a linguagem cotidiana e a linguagem literária.
	
	
	O desvio proposital da norma culta na linguagem cotidiana e a submissão às normas na linguagem poética.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	2.
	Sobre Roland Barthes e a morte do autor, NÃO é correto afirmarmos que:
	
	
	
	O nascimento do leitor acontece com a apagamento do autor, ou seja, ao final da escritura, o texto ganha autonomia, cabendo ao leitor assumir a tarefa de ativar os sentidos daquilo que lê
	
	
	Para Barthes não é o autor quem fala, mas a linguagem
	
	
	Defende que um texto não deve permanecer à sombra do seu autor, como se fosse uma propriedadesob gestão particular de quem a concebeu, mas, sim, adquirir soberania própria e ser ativado livremente pelas inúmeras possibilidades de leituras e de construções de sentido que são próprias de toda escritura
	
	
	Suas ideias buscam reforçar o prestígio que foi conferido ao autor, sobretudo no século XIX, e o impacto que isso causou nas formas de se ler um texto, como se este fosse sempre uma projeção da interioridade do seu autor
	
	
	A ideia da morte do autor desenvolvida por Barthes defende a autonomia do texto e do leitor
	
Explicação:
As ideias que Barthes desenvolveu sobre a morte do autor não reforça o prestígio que foi conferido ao autor no século XIX, sob influência dos valores Românticos, pelo contrário, Barthes defende a autonomia do texto que, depois de escrito, apresenta-se pleno e livre para ser apropriado pelo leitor.
	
	
	
	
	
	
	3.
	O autor contemporâneo Jonathan Culler é uma referência importante nos estudos teóricos na área de Literatura. Em seu livro, Teoria da Literatura, Culler afirma que a teoria é mais do que uma hipótese. Para esse autor, isso significa que a teoria:
	
	
	
	É a ampliação de uma hipótese
	
	
	Aponta a verdade significativa dos fatos
	
	
	Interessa-se pelo questionamento incessante
	
	
	É desestabilizadora como a hipótese, sem questionar.
	
	
	É idêntica à idéia de hipótese
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	4.
	O problema em definir Literatura parece girar em torno de torno de duas posições teóricas distintas. Assinale quais seriam essas formas.
 
	
	
	
	Mimese e história
	
	
	Forma e conteúdo
	
	
	Forma e tempo
	
	
	História e tempo
	
	
	Biografia e conteúdo
 
 
	
Explicação:
Uma que defende a especificidade da literatura, especificidade que estaria localizada exclusivamente na forma, ou seja, no tipo especial de linguagem que a literatura parece representar quando comparada aos outros tipos de textos, cuja linguagem é simples, comum, habitual, tri​vial.
A outra posição é aquela que não enxerga a literatura como uma dimensão isolada das outras esferas da vida humana.
Para essa segunda posição, é preciso levar em conta o conteúdo dos textos literários para se definir o que é literatura.
	
	
	
	
	
	
	5.
	Além da Teoria da Literatura, os Estudos Literários apontam, de forma consensual, a existência das seguintes áreas específicas:
	
	
	
	Psicanálise e História
	
	
	Antropologia e História da Literatura.
	
	
	Filosofia da Literatura e Crítica Literária
	
	
	Sociologia e Crítica Literária
	
	
	Crítica Literária e História da Literatura
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	6.
	Um dos problemas da definição de linguagem literária é a chamada "literariedade dos discursos não-literários". Assinale a alternativa em que o enunciado transcrito apresenta traços de literariedade, embora não configure um texto literário:
	
	
	
	"PT quer blindar Agnelo Queirós de crise no esporte." ( Veja online,  30/10/2011) -
	
	
	"Sino de quase três toneladas desaparece de catedral". ( G1, 30/10/2011)
	
	
	 "BOPE deixa um morto no Jacaré". ( JB Online 30/10/2011)
	
	
	Câncer de Lula tem repercussão mundial ( O Dia Online , 30/10/2011)
	
	
	Polegar já deixou a cela do Rio. ( Meia Hora Online, 30/10/2011
	
	
	
	
	
	
	7.
	Terry Eagleton, em seu livro Teoria da Literatura, declara que todo ato de leitura é, também, um ato de reescritura porque:
	
	
	
	Os autores somente serão capazes de criar grandes obras se forem leitores competentes e conhecerem todos os clássicos.
	
	
	O texto é o mesmo, mas, é interpretado de modo diverso, de acordo com as possibilidades, expectativas e valores dos sujeitos leitores.
	
	
	Ao ler a obra, o sujeito pode plagiá-la e reaproveitar os seus elementos em um outro texto, tornando-se autor.
	
	
	Os processos de escrita e leitura são contínuos; Eagleton se refere ao autor, que quando relê o texto o reescreve.
	
	
	A leitura de um texto é totalmente dependente dos desejos e valores do seu autor, cuja intenção determina os significados.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	8.
	As três áreas dos estudos literários, a Teoria da Literatura, a Crítica Literária e a História da Literatura são interdependentes, porém, possuem características específicas. Leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.
I. A Teoria da Literatura reflete sobre a natureza do literário. Não se preocupa, de um modo profundo e específico, com o significado de uma obra determinada, mas com os pressupostos que podem levar a questionamentos sobre o fato literário, sobre a compreensão da Literatura.
II. A Crítica Literária tem como objeto a análise específica da obra literária. Com o arcabouço reflexivo permitido pela Teoria da Literatura, constrói-se a atividade crítica cujas modulações analíticas ocorrem de forma plural. Não há verdades em Crítica Literária, mas visões válidas, apoiadas em elementos teóricos consistentes e desenvolvidas com coerência.
III. Com base nos estudos teóricos e críticos são desenvolvidos os estudos de história literária cujo interesse reside no estudo dos fenômenos literários de uma dada sociedade e/ou época, em uma perspectiva diacrônica e analisando as transformações ocorridas ao logo dos tempos e os possíveis diálogos entre texto e contexto.
	
	
	
	Todas as alternativas estão corretas
	
	
	As afirmações II e III estão corretas
	
	
	Apenas a afirmação I está correta
	
	
	As afirmações I e II estão corretas
	
	
	Apenas a afirmação II está correta
	
Explicação:
As três afirmações explicitam as competências de cada área dos Estudos Literários, mostrando justamente a interdependência que apresentam
	
	
	
	1.
	No último livro de A República, Socrátes explica a Glauco o motivo da expulsão dos poetas da República Ideal. Isto acontece porque a poesia, para Platão
	
	
	
	Afastaria o Homem da verdade e o levaria à desmedida
	
	
	Seria oposta à imitação
	
	
	Formaria cidadãos críticos, que poderiam desestabilizar o governo.
	
	
	Atrapalharia, com a sua racionalidade, o governo
	
	
	Seria revolucionária
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	2.
"‒ Logo, quanto a estas questões, estamos, ao que parece, suficientemente de acordo: que o imitador não tem conhecimentos que valham nada sobre aquilo que imita, mas que a imitação é uma brincadeira sem seriedade; e os que se aventuram à poesia trágica, em versos iâmbicos ou épicos, são todos eles imitadores, quanto se pode ser.
‒ Exatamente.
‒ Por Zeus! ‒ exclamei. ‒ Essa imitação está três pontos afastada da verdade ou não?
‒ Está."
Este diálogo pertence ao Livro X da República de Platão. Nele, os interlocutores Glauco e Sócrates expressam o pensamento de Platão acerca:
	
	
	
	das essências
	
	
	da mimese
	
	
	do cômico
	
	
	do trágico
	
	
	do épico
	
Explicação:
Platão explicita, na forma do diálogo socrático, a sua concepção de mimese como algo negativo, uma imitação da imitação que afastaria o homem da verdade em três graus/ pontos.
	
	
	
	
	
	
	3.
	Segundo Eduardo Portella, em Teoria da Comunicação Literária, a mímese implica imitação da natureza, mas não como uma cópia, pois imitar, em literatura, significa:
	
	
	
	empolgar o leitor pela linguagem literária.
	
	
	reapropriar-se da natureza para representar sentimentos humanos.
	
	
	imitar a natureza em sua capacidade criadora.
	
	
	reinventar a natureza intensificando seus valores estéticos.
	
	
	identificarconceitos filosóficos para aplicá-los ao texto poético.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	4.
	Considerando a organização dos modos pelos quais os gêneros literários são sistematizados, é correto afirmar:
	
	
	
	está relacionada aos períodos históricos
	
	
	articula-se à preocupação com a autoria
	
	
	liga-se às formas pelas quais as obras representam a realidade e às suas semelhanças estruturais.
	
	
	institui-se a partir dos estudos históricos
	
	
	estrutura-se de acordo com o gosto ou com a noção de belo.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	5.
	O termo "gêneros literários" diz respeito a:
	
	
	
	Um modo simplista de classificação dos textos literários para fins didáticos
	
	
	Um modo de classificação dos textos literários que se orienta segundo o tamanho de cada obra
	
	
	Um modo de classificação dos textos literários que surgiu apenas na modernidade
	
	
	Um modo fixo de classificação dos textos literários que existe desde a Antiguidade Clássica
	
	
	Um modo dinâmico de classificação dos textos literários que já sofreu modificações ao longo do tempo
	
Explicação:
Trata-se de uma tentativa de agrupar os textos literários segundo a familiaridade que apresentam. No entanto, não é algo simples nem fixo, pois os próprios textos literários podem desestabilizar esta classificação. Por isso, a forma de se conceber os gêneros literários já apresentou inúmeras mudanças, controvérsias e continua sendo alvo de ampla discussão teórica.
	
	
	
	
	
	
	6.
	Embora, na prática, ao longo da história dos estudos literários no ocidente, tenha exercido uma menor influência que a condenação moral, a condenação epistemológica, desenvolvida por Platão na República, também pesou fortemente sobre a concepção ocidental de mimese. Assinale a opção abaixo que apresenta, em síntese, o argumento platônico para a condenação epistemológica da arte.
	
	
	
	a arte imita a vida com emoção e sentimento, por isso ela é mais verdadeira que a história.
	
	
	ao imitar a vida, a arte se propõe a ser mais verdadeira que o próprio real.
	
	
	o real é que imita a arte, pois o fenômeno artístico, invariavelmente, antecede o evento na realidade.
	
	
	cada um imita do seu modo, sendo impossível estabelecer um padrão fixo de imitação para todos.
	
	
	a arte é imitação da imitação, portanto, só pode fornecer um conhecimento deturpado, uma representação destorcida do real.
	
Explicação: Para Platão, a arte constitui um conhecimento imperfeito, porque a arte é imitação da imitação, só podendo oferecer, portanto, uma imagem distorcida do real.
	
	
	
	
	
	
	7.
	A respeito das primeiras tentativas de sistematização dos gêneros literários, podemos afirmar que:
	
	
	
	datam do período do Neoclassicismo, no século XVIII.
	
	
	constituem-se em tentativas de pesquisa dos primeiros escritos rupestres
	
	
	remontam à idade antiga e estão presentes nos discursos dos filósofos gregos e romanos.
	
	
	deram-se no período do Renascimento, em busca do conhecimento dos autores clássicos
	
	
	coincidiram com o período do Positivismo
	
	
	
	
	
	
	8.
	Na República Platão promove a dupla condenação das artes miméticas, entre elas a literatura. Assinale a alternativa abaixo que apresenta, em síntese, o argumento platônico para a condenação moral da arte.
	
	
	
	A paixão revela ao homem a verdade que se encontra no âmago do seu ser.
	
	
	A paixão é um sentimento tão verdadeiro, intenso e puro que acaba por se sobrepor à razão.
	
	
	O homem é um ser essencialmente passional, ele se torna racional por intermédio da educação.
	
	
	A paixão (pathos) ¿ dor, sofrimento, irracionalidade, vício ¿ constitui o alvo preferido da imitação e a paixão que a arte desperta e instiga no homem inocula e cultiva o mal no homem.
	
	
	A paixão é mais forte que a moral, porque a paixão é autêntica, enquanto que a moral é artificial.
	
Explicação: Platão condenava a catarse provocada pelas obras de arte mimética porque, ao apelar para a emoção do público, a obra de arte não estimularia o exercício do pensamento, nem da reflexão.
	
	
	
	1.
	O Mito da Caverna constitui uma das passagens-chaves da República para se compreender a concepção platônica de mimese. Neste mito podemos distinguir uma representação do mundo em três camadas: 1) o mundo das sombras: no fundo da caverna onde os prisioneiros encontram-se acorrentados; 2) o mundo das coisas, onde os objetos são transportados próximos à fogueira; 3) o mundo real, do lado de fora da caverna e banhado pela luz do sol. Para Platão a mimese corresponderia:
	
	
	
	ao mundo real, banhado pelo luz do sol.
	
	
	ao mundo dos objetos, iluminado pela fogueira no meio da caverna.
	
	
	ao mundo olímpico, habitado pelos deuses imortais, principais personagens dos mitos gregos.
	
	
	ao mundo da imaginação criativa e da fantasia.
	
	
	ao mundo das sombras, no fundo da caverna.
	
Explicação: De acordo com o Mito da Caverna, para Platão, a mimese corresponderia ao mundo das sombras, no fundo da caverna.
	
	
	
	
	
	
	2.
	O mito da caverna refere-se à visão de mundo platônica:
	
	
	
	apenas o mundo das aparências configura o mundo real.
	
	
	apenas o mundo apreendido por intermédio de nossos sentidos é a realidade.
	
	
	dividido em um mundo real, tangível, e o mundo das emoções.
	
	
	somente o mundo inteligível é o mundo das emoções.
	
	
	cindido em um mundo inteligível, ideal e acessível pela razão e um mundo de aparências, sensível, perceptível através de nossos sentidos.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	3.
	Platão, ao conceber a poesia como algo que distancia o homem da verdade, atribui um caráter moral à arte mimética. Por isso, Platão:
	
	
	
	Considerava a poesia apenas uma forma de entretenimento
	
	
	Ignorou a poesia e os poetas na república ideal
	
	
	Defendeu a pintura, mas condenou a poesia
	
	
	Pregava a expulsão dos poetas da república ideal
	
	
	Defendia os poetas, mas não a poesia
	
Explicação:
Platão, ao conceber a sua ideia sobre a mimese, considerou a arte poética danosa à sociedade, pois afastava o homem da verdade. Por ser uma imitação do mundo das aparências, distanciava ainda mais o homem das essências.
	
	
	
	
	
	
	4.
	Os gêneros literários referem-se aos modos como as obras literárias são percebidas e sistematizadas. Com relação aos gêneros literários, é CORRETO afirmar que no gênero:
	
	
	
	Dramático predomina o romance
	
	
	Dramático, há presença de um narrador
	
	
	Lírico prevalece a subjetividade
	
	
	Épico ocorre a representação teatral
	
	
	Lírico o artista narra, criticamente, a realidade
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	5.
	O termo gêneros literários diz respeito aos modos de classificação dos textos literários. Considerando tal assertiva, não é verdade afirmar:
	
	
	
	Platão propôs a expulsão dos poetas da república idealizada, ao classificar os gêneros literários através da mimese, condenada por levar o homem ao engano e à desmedida.
	
	
	As primeiras tentativas de sistematização dos gêneros literários remontam à idade antiga e estão presentes nos discursos dos filósofos gregos e romanos.
	
	
	A organização dos modos pelos quais os gêneros literários são sistematizados liga-se às formas pelas quais as obras representam a realidade e às suas semelhanças estruturais
	
	
	Essa classificação é fixa, de tal modo, que até nossos dias a críticaliterária entende os gêneros literários da mesma maneira como a Antiguidade Clássica compreendia.
	
	
	Para Platão, a compreensão da poesia passava pelo entendimento da ideia de mimese.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	6.
	Para o filósofo grego Platão, a realidade contemplada pelos homens era uma projeção imperfeita do mundo das ideias. Em conformidade com tal pensamento, a poesia, por ser uma criação humana que imita esta realidade das aparências, seria para Platão:
	
	
	
	ilusão que conduz à verdade
	
	
	imitação das essências
	
	
	Fonte de conhecimento
	
	
	cópia da cópia e, por isso, distante da verdade em dois níveis
	
	
	ideia, portanto, algo próprio do mundo inteligível
	
Explicação:
Para Platão, a poesia distanciava o homem da verdade por ter como fonte de representação o mundo sensível, ou seja, o mundo das aparências. Para o filósofo, tratava-se de uma cópia da cópia, o que distanciava o homem do verdadeiro conhecimento em vários graus.
	
	
	
	
	
	
	7.
	A "alegoria da caverna" é uma narrativa que ilustra como Platão concebia a relação do homem com a realidade sensível e o mundo do conhecimento. Para o filósofo grego, as sombras projetadas no interior da caverna e contempladas pelos homens ali acorrentados desde o nascimento podem ser interpretadas como:
	
	
	
	A libertação do mundo das aparências
	
	
	O encontro com o verdadeiro conhecimento
	
	
	Um fenômeno de magia
	
	
	Um elogio à capacidade humana de atribuir sentido a tudo que vê
	
	
	A ilusão contida nas aparências
	
Explicação:
As sombras ilustram a ilusão de verdade que as aparências produzem, pois elas projetavam movimentos de corpos que estavam no exterior da caverna e que os homens que a habitavam desconheciam por completo.
	
	
	
	
	
	
	8.
	O termo gêneros literários diz respeito aos modos de classificação dos textos literários. Considerando tal assertiva, não é verdade afirmar:
	
	
	
	Platão propôs a expulsão dos poetas da república idealizada, ao classificar os gêneros literários através da mimese, condenada por levar o homem ao engano e à desmedida.
	
	
	A organização dos modos pelos quais os gêneros literários são sistematizados liga-se às formas pelas quais as obras representam a realidade e às suas semelhanças estruturais.
	
	
	Para Platão, a compreensão da poesia passava pelo entendimento da ideia de mimese.
	
	
	As primeiras tentativas de sistematização dos gêneros literários remontam à Idade Antiga e estão presentes nos discursos de filósofos como Platão.
	
	
	Essa classificação é fixa, de tal modo, que até nossos dias a crítica literária entende os gêneros literários da mesma maneira como a Antiguidade Clássica compreendia
	
	
	
	1.
	Segundo os estudos mais modernos acerca dos gêneros literários, é possível considerar as seguintes proposições:
 I - São modos de classificar as produções literárias.
II -  São dinâmicos e estão em permanente processo de transformação.
 III - Um mesmo texto pode conter elementos de diferentes gêneros literários.
 Marque a alternativa com  as opções corretas:
	
	
	
	II, apenas
	
	
	I e III, apenas
	
	
	I, II e III.
	
	
	II e III, apenas.
	
	
	I e II, apenas.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	2.
	No parágrafo introdutório de sua "Arte Poética", Aristóteles afirma o seguinte:
Nosso propósito é abordar a produção poética em si mesma e em seus diversos gêneros, dizer qual a função de cada um deles, e como se deve construir a fábula visando a conquista do belo poético; qual o número e natureza de suas (da fábula) diversas partes, e também abordar os demais assuntos relativos a esta produção. Seguindo a ordem natural, começaremos pelos pontos mais importantes.(1)
Assinale a alternativa que analisa INCORRETAMENTE a proposição Aristótélica:
(1)ARISTÖTELES. Arte Poética. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000005.pdf
	
	
	
	Aristóteles enfatiza a flexibilidade classificatória ao propor a categorização dos gêneros literários.
	
	
	Aristóteles propõe uma perspectiva prescritiva, pois pretende definir "regras" para o alcance do belo poético.
	
	
	Aristóteles objetiva caracterizar os diversos gêneros, a partir da análise de textos literários.
	
	
	Aristóteles propõe o estudo das partes que compõem os diversos gêneros, numa perspectiva descritiva.
	
	
	Aristóteles propõe o estudo das funções dos diversos gêneros, um aspecto fundamental em sua poética.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	3.
	A propósito do conceito de ficcionalidade seria correto afirmar:
	
	
	
	compõe, ao lado do conceito de catarse, o principal legado de Platão aos estudos literários.
	
	
	constitui o conceito central para o entendimento da literatura segundo Horácio em sua Epístola aos Pisões.
	
	
	desmente o antigo conceito de verossimilhança, o qual se revela destarte ultrapassado.
	
	
	é suficiente para definir literatura, porque a literatura implica na criação de um mundo paralelo.
	
	
	isolado não é suficiente para conceituar a literatura, uma vez que encontra-se presente em outras manifestações textuais não-literárias como as histórias em quadrinho.
	
Explicação: O conceito de ficcionalidade isolado não é suficiente para conceituar a literatura, uma vez que encontra-se presente em outras manifestações textuais não-literárias como as histórias em quadrinho.
	
	
	
	
	
	
	4.
	Chama-se tragédia:
	
	
	
	Uma crônica.
	
	
	Ao texto poético.
	
	
	Ao texto para ser encenado no teatro.
	
	
	Ao texto para ser narrado.
	
	
	Uma poesia.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	5.
	A comédia é uma expressão artística, surgida na Antiguidade, que imitava homens moralmente inferiores. Assinale a alternativa INCORRETA em relação à comédia:
	
	
	
	A comédia pertence ao gênero dramático
	
	
	Para Aristóteles, a comédia é superior à tragédia
	
	
	Além do divertimento, a comédia intenciona moralizar a sociedade
	
	
	Através do ridículo, a comédia aponta mazelas sociais.
	
	
	A comédia e a tragédia pertencem ao drama
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	6.
	A mimese é objeto de reflexão filosófica e estética desde a antiguidade. Para Aristóteles, por exemplo, a mimese era:
	
	
	
	Um simulacro que afastava o homem das verdades.
	
	
	Imitação das aparências, por meio da qual a essência se distanciava.
	
	
	A representação dos estados da alma.
	
	
	A representação das essências, uma forma de conhecimento, por meio do qual o real se revelava.
	
	
	Algo perigoso que induzia ao engano e à confusão por meio da representação das aparências.
	
Explicação:
Para Aristóteles, as artes miméticas contribuíam com o conhecimento do homem. Imitar para Aristóteles era natural ao homem, uma fonte de aprendizado e algo também prazeroso.
	
	
	
	
	
	
	7.
	Aristóteles, filósofo grego da Antiguidade, separou muito claramente os domínios do poeta e do historiador. Para ele, ao historiador cabia contar "aquilo que foi" e ao poeta tudo "aquilo que poderia ter sido". A partir dessa oposição entre poeta e historiador, apenas NÃO podemos afirmar que:
	
	
	
	      o poeta, ao contrário do historiador, pode usar a imaginação
	
	
	o discurso poético apresenta a mesma natureza do discurso da história, uma vez que o poeta e historiador se confundem
	
	
	o poeta não tem o compromisso de reproduzir os "fatos" com fidelidade, tais como se passaram, mas como poderiamter acontecido
	
	
	os textos se diferenciam não só por critérios formais, mas pela matéria da qual se ocupam, neste caso, de matéria ficcional (o poeta) ou factual (o historiador)
	
	
	a verossimilhança deverá orientar o poeta, uma vez que sua criação deve permanecer dentro do limite do possível
	
Explicação:
Aristóteles diferencia claramente os domínios do poeta e do historiador. Ao poeta é facultada a criação, a imaginação dentro dos limites do possível, ou seja, do verossímil.
	
	
	
	
	
	
	8.
	Comenta-se, um pouco rápido demais, que a predileção que os leitores sentimos por um ou outro personagem vem da facilidade com que nos identificamos com eles. Esta formulação exige algumas pontuações: não é que nos identifiquemos com o personagem, mas sim que este nos identifica, nos aclara e define frente a nós mesmos; algo em nós se identifica com essa individualidade imaginária, algo contraditório com outras 'identificações semelhantes', algo que de outro modo apenas em sonhos haveria logrado estatuto de natureza. A paixão pela literatura é também uma maneira de reconhecer que cada um somos muitos, e que dessa raiz, oposta ao senso comum em que vivemos, brota o prazer literário. (Traduzido de SAVATER, Fernando. "Criaturas del aire". Barcelona: Ediciones Destino,1989.) Esse texto trata de um conceito importante na teoria da literatura: o conceito de catarse. De acordo com o autor, pode-se definir catarse como o processo que afeta o leitor no sentido de:
	
	
	
	superar a mesmice do senso comum;
	
	
	liberar emoções reprimidas;
	
	
	valorizar o imaginário;
	
	
	construir a personalidade;
	
	
	valorizar a participação dos atores.
	
	
	1.
	O termo gênero literário se refere aos modos de classificação dos textos literários. Os gêneros literários reúnem um conjunto de obras que apresentam características idênticas de forma e conteúdo. Essa classificação pode ser feita de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais, entre outros, seria uma categoria de texto que se caracteriza por seu estilo e estrutura.  Assinale a assertiva que compõe as categorias básicas dos gêneros.
 
	
	
	
	Soneto, conto, ode e tragicomédia
	
	
	Ensaístico, auto, ode e elegia
 
	
	
	Teatro, novelas, romance e lírico
	
	
	Épico, dramático e lírico.
	
	
	Ficção, drama, lírico e narrativo.
	
Explicação:
Épico, dramático e lírico. È a classificação clássica de gêneros literários.
	
	
	
	
	
	
	2.
	Chama-se gênero épico.
	
	
	
	Uma poesia de pequena extensão.
	
	
	Um gênero em que não há narrador contando uma história.
	
	
	Um gênero em que há um narrador contando uma história.
	
	
	Um drama.
	
	
	Uma peça teatral.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	3.
	Sobre a tripartição clássica dos gêneros literários, podemos afirmar:
	
	
	
	A sua recuperação pelos românticos, que reivindicavam a volta da categorização grega clássica, abandonada pelos renascentistas.
	
	
	A sua permanência rígida até a Modernidade, que mantém os princípios da estética clássica e corrobora os pressupostos que a fundamentam.
	
	
	A aderência às normas de antiguidade clássica na Idade Média, período em que foram mantidos todos os ideais estéticos clássicos.
	
	
	A aderência às normas da Antiguidade Clássica pelos membros do movimento Sturm und drung, que desencadearam a retomada desses valores estéticos.
	
	
	O seu questionamento pelos românticos, que reivindicavam a subjetividade e a mescla do trágico e do cômico na vida real representados em um novo gênero.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	4.
	Indo contra o ensino de seu antigo mestre Platão, Aristóteles promoveu, em sua obra Arte Poética, um autêntico trabalho de reabilitação da mimese, partindo do princípio de que imitar faz parte da natureza humana e de que o homem aprende ao imitar. Aristóteles distinguiu três diferentes manifestações da mimese, dentre as quais, aquela que seria mais adequada às obras de arte literárias seria:
	
	
	
	imitar as coisas e os seres como eles se tornaram.
	
	
	imitar as coisas e os seres como eles poderiam ser.
	
	
	imitar as coisas e os seres como eles foram ou são.
	
	
	imitar as coisas e os seres como eles serão.
	
	
	imitar as coisas e os seres como eles deveriam ser.
	
Explicação: Para Aristóteles caberia à arte imitar o possível ou o provável.
	
	
	
	
	
	
	5.
	Em sua Arte Poética, Aristóteles afirma: "O poeta não fala das coisas como são, mas como poderiam ser". Podemos interpretar a sua fala do seguinte modo:
	
	
	
	Aristóteles funda a mimese na possibilidade e percebe o imitar como uma forma de cognição.
	
	
	O poeta é visto como um ser mentiroso, pois, à maneira de Platão, percebe a poesia de modo conexo à realidade.
	
	
	Aristóteles discorda de Platão, pois não presume a liberdade ficcional do poeta, como percebido por seu mestre.
	
	
	O poeta não tem liberdade e se sujeita à racionalidade e ao compromisso com a verdade.
	
	
	Concorda com Platão sobre o divórcio entre a percepção empírica do real e a representação da arte poética.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	6.
	 
      No Capítulo IV da Poética, Aristóteles afirma que:
"Ao que parece, duas causas, e ambas naturais, geraram a poesia. O imitar é congênito ao homem (e nisso difere dos outros viventes, pois de todos, é ele o mais imitador, e, por imitação, apreende as primeiras noções) e os homens se comprazem no imitado."
Para Aristóteles, a capacidade imitativa do homem era:
	
	
	
	arbitrária, baseada nas aparências e não nas essências
	
	
	cultural, fonte de ilusão e de prazer
	
	
	um vício que comprometia a república idealizada por Sócrates
	
	
	natural, fonte de aprendizado e de prazer
	
	
	uma virtude presente apenas nos poetas épicos e trágicos
	
Explicação:
A concepção de mimese de Aristóteles parte de uma noção anterior a qualquer discussão estética sobre a imitação. Aristóteles entende que a imitação é própria do homem, congênita, natural, fonte de aprendizado e de prazer.
	
	
	
	
	
	
	7.
	Segundo Aristóteles, para suscitar a catarse era preciso que o herói passasse da graça para a desgraça, por uma ação ou escolha mal feita. O texto trata do conceito de  catarse, um processo que impacta o espectador, ao assistir a tragédia.
Marque a única opção que define corretamente o conceito de catarse:
	
	
	
	É a emoção dos espatáculos.
	
	
	Superação do senso comum pelo espetáculo assistido.
	
	
	Construção da personalidade de um personagem em uma tragédia.
	
	
	É a dilaceração do herói trágico.
	
	
	A "purificação" experimentada pelos espectadores, durante e após uma representação dramática.
	
Explicação:
 
Para Aristóteles, o teatro tinha para o ser humano a capacidade de libertação, pois quando via as paixões representadas, conseguia se libertar delas. Essa purgação ou purificação tinha o nome de catarse, que era provocada no público durante e após a representação de uma tragédia grega. A catarse era o estado de purificação da alma experimentada pela plateia através das diversas emoções transmitidas no drama.
	
	
	
	
	
	
	8.
	Na "Arte Poética" de Aristóteles, o efeito de catarse que ocorre na recepção da tragédia é definido como:
	
	
	
	a transferência do nome do gênero para a espécie por meio da analogia.
	
	
	a mudança do desconhecimento ao conhecimento.
	
	
	o Prazer advindo da pena e temor
	
	
	a viravolta das ações em sentido contrárioefeito de realidade criado na ficção
	Em "Do grotesco e do sublime", prefácio ao poema Cromwell, Victor Hugo discutiu os gêneros literários, propondo:
	
	
	
	Hugo não propôs um gênero novo, mas a necessidade do público leitor se conscientizar sobre o valor dos clássicos, que deveriam ser resgatados em tempos de crise criativa.
	
	
	A criação de um novo gênero literário, o drama romântico, capaz de representar a mescla das grandezas e das misérias humanas, pois a vida não separaria os dois aspectos, como a arte até então o fizera.
	
	
	A criação de um novo gênero literário, a poesia ditirâmbica, passível de figurar as ambições eruditas do escritor que zelasse pela manutenção dos ideais clássicos.
	
	
	Hugo propôs a obediência aos critérios estéticos renascentistas, que retomaram princípios clássicos, considerando-os como modelos de perfeição.
	
	
	Hugo não propôs um gênero novo, mas o retorno ao ideário estético medieval, especialmente para o cancioneiro lírico e as novelas de cavalaria.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	2.
	Leia o poema Livre Arbítrio, de Cacaso:
Todo mundo é toureiro.Cada um escolhe o touro que quiser na vida.O toureiro escolheu o próprio touro.
Cacaso. Lero-lero. Rio de Janeiro: 7 Letras; São Paulo: Cosac & Naify, 2002: 31.O poema ¿Livre-arbítrio¿ é um texto literário, porque:
	
	
	
	Interpreta aspectos da realidade efetiva, mas o faz de maneira indireta, recriando o real num plano de imaginação
	
	
	O eu-lírico é sempre o autor.
	
	
	Refere-se a fatos e coisas do mundo real que existem independentemente do texto.
	
	
	Apresenta a denotação como elemento principal de sua produção.
	
	
	O título do poema não permite fazer nenhum tipo de referência.
	
	
	
	
	
	
	3.
	Ao considerarmos a conexão do conceito de Literatura à escrita imaginativa, é coerente conceber a Literatura como:
	
	
	
	Uma imitação da realidade, que é reinventada pela criatividade do artista.
	
	
	Todo texto que apresente linguagem referencial.
	
	
	Qualquer texto em prosa, que se desenvolva como uma narrativa.
	
	
	Ato ou efeito de pesquisar as obras de autores canônicos.
	
	
	Qualquer procedimento relacionado à criação denotativa.
	
	
	
	4.
	"Quando a Retórica precisou enfrentar a poesia cavalheiresca medieval, lírica e narrativa, imaginária e realista a um só tempo, os rotuladores viram-se em palpos de aranha: era um gênero impuro, era o romance que abria caminho em uma nova sociedade de leitores, deixando perplexos os mestres que só juravam pela cartilha aristotélica. (BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo:  p. 21)". A partir dessa citação, é possível entendermos que os gêneros literários:
	
	
	
	estabelecem categorias fixas que obrigam os autores a nelas se encaixarem
	
	
	são inflexíveis diante da instabilidade formal das obras literárias
	
	
	são classificação válidas a obras literárias de todas as épocas
	
	
	antecedem as obras e determinam as regras de toda a produção subsequente
	
	
	transformam-se ao longo do tempo
	
Explicação:
Os gêneros literários, a fim de satisfazer as especificidades do fenômeno que busca classificar e compreender, transformam-se com o tempo.
	
	
	
	
	
	
	5.
	No final do século XVIII, o poeta pré-romântico Friedrich Schlegel escreveu um tratado de poética no qual recuperou a tripartição clássica dos gêneros literários. Por tripartição clássica dos gêneros deve-se entender:
	
	
	
	a divisão em épico, lírico e dramático
	
	
	a visão clássica, medieval e moderna
	
	
	a divisão em narrativa, ensaio e poesia
	
	
	a comédia, a tragédia e a epopeia
	
	
	as poesias lírica, filosófica e satírica
	
Explicação:
A tripartição clássica dos gêneros corresponde às concepções desenvolvidas por Platão e, sobretudo, por Aristóteles na Antiguidade Clássica. A tríade é formada pelos gêneros épico, lírico e dramático.
	
	
	
	
	
	
	6.
	Sobre os gêneros literários, é possível afirmar que:
	
	
	
	orientam-se exclusivamente por critérios formais.
	
	
	são categorias estanques determinadas desde a Antiguidade Clássica.
	
	
	estão em permanente transformação: surgem, desaparecem, mesclam-se e transformam-se.
	
	
	não se transformaram com o tempo, pois o que muda são as obras e não a classificação que recebem.
	
	
	são classificações estáveis que se alteram por decisão dos teóricos.
	
Explicação:
As abordagens sobre a classificação das obras literárias e o agrupamento em gêneros variam de acordo com as épocas. Sobretudo a partir do Romantismo, passou-se a pensar os gêneros de forma menos rígida e a entendê-los não mais de forma pura e absoluta. As próprias obras desestabilizam certas classificações, colocando-as em xeque e exigindo que outros critérios passem a orientar tais tentativas de sistematização. É o caso das manifestações artísticas modernas, por exemplo.
	
	
	
	
	
	
	7.
	Ao da lermos um romance, por exemplo, é correto afirmar-se que:
	
	
	
	Ocorre um processo de imitação, centrado na apreensão do mundo e do ser humano
	
	
	Não ocorre mimese e, por isso romances não são atraentes, pois não nos identificamos com eles
	
	
	Não ocorre mimese, pois os autores não se identificam com a realidade
	
	
	Ocorre um processo de imitação, apesasr do autor tentar evitá-lo
	
	
	Não se pode afirmar se ocorre mimese, ou não, já que não nos é possível percebê-la
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	8.
	No final do século XVIII, surgiu um movimento alemão denominado sturm und drang (tempestade e ímpeto). Esse movimento se contrapôs ao pensamento clássico, questionando a divisão rígida dos gêneros literários. Das alternativas abaixo, marque aquela que não contribuiu com a moderna visão de gênero literário.
	
	
	
	A individualidade e a independência do autor-gênio quebram a classificação rígida dos gêneros e abre espaço para a liberdade de criação.
	
	
	A presença do hibridismo dos gêneros literários, presente em muitas obras passaram a apresentar uma mistura de índices, como textos narrativos com elementos dramáticos e líricos.
	
	
	A nova compreensão de obra de arte, que passa a ser vista como uma expressão em múltiplas formas.
	
	
	O escritor romântico Friedrich Schlegel escreveu um texto chamado Do grotesco e do sublime, prefácio ao livro Cromwell, no qual defendia uma nova proposta sobre os gêneros literários.
	
	
	No Romantismo, surgiram mudanças muito profundas acerca das questões de gêneros, que concordavam com a reivindicação pela liberdade criativa.
	
	Gabarito Coment.
	
	Leia o poema:
"Escrever um poema como um boi lavra o campo / Sem que tropece no metro o pensamento / Sem que nada seja reduzido ou exilado / Sem que nada separe o homem do vivido" (Homero, Sophia de Mello Breyner Andressen)
Para Aristóteles, mimesis é a imitação da essência. Nesse sentido, o que propõe o poema transcrito, considerando que ele é uma homenagem a Homero, o autor grego das epopeias Odisséia e Ilíada?
Assinale a alternativa correta:
	
	
	
	O eu lírico homenageia Homero, procurando imitar seu estilo grandiloquente e construir um poema épico.
	
	
	O eu lírico homenageia Homero, referindo-se aos bois, que são personagens fundamentais em seus textos.
	
	
	O eu lírico homenageia Homero procurando elogiar os aspectos formais e temáticos de suas poesias e afirmar sua admiração de forma explícita.
	
	
	O eu lírico homenageia Homero, procurando a sua essência literária, a fim de também construir poemas perfeitos.
	
	
	O eu lírico homenageia Homero, procurando construir uma poesia formale racional, sem preocupar-se em representar a vida.
	
Explicação:
O eu lírico, tendo Homero como modelo, quer construir uma grande obra poética, perfeita tal como os poemas homéricos. Sabe que, para isso, é necessário adequar o pensamento numa forma poética sem que esta o prejudique (¿Sem que tropece no metro o pensamento¿), atingir a completude (¿Sem que nada seja reduzido ou exilado¿) e não alienar o homem da sua experiência (¿Sem que nada separe o homem do vivido¿).
	
	
	
	
	
	
	2.
	A mimese é um conceito fundamental para o conhecimento do texto literário. A mimese é uma representação essencialmente caracterizada pela:
	
	
	
	Ausência da polissemia.
	
	
	Presença de um sentido único.
	
	
	Reprodução, como um espelho, do real externo.
	
	
	Cópia fiel do real.
	
	
	Reinvenção da realidade
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	3.
	A concepção sobre os gêneros literários não permaneceu a mesma desde Platão e Aristóteles. A visão clássica dos gêneros (épico, lírico e dramático) cedeu lugar a outra mais livre e com as fronteiras menos definidas. Leia o trecho abaixo e aponte de que visão se trata.
"Ora, por natureza, o gênio, o "eu" genial é livre para desfazer as próprias formas das coisas, através da obra artística. Não precisa ater-se a regras, pode atalhar categorias e leis, como causalidade ou as formas do tempo e do espaço. Não é obrigado a prender-se a tais cadeias, é-lhe permitido saltar livremente sobre tais imposições, desconhecer as normas da verossimilhança, superá-las, ou melhor, se lhes sobrepor." (GUINSBURG. J. O Romantismo. São Paulo: Perspectiva, 2002, p. 286)
	
	
	
	horaciana
	
	
	clássica
	
	
	platônica
	
	
	aristotélica
	
	
	romântica
	
Explicação:
Trata-se da visão romântica acerca dos gêneros, cujas fronteiras tornaram-se mais fluidas. A pureza dos gêneros, típica da visão clássica, cedeu lugar à hibridez dos gêneros na visão romântica, muito em função do poeta ser considerado um gênio, um livre criador que não precisava se orientar por nenhuma poética ou convenção.
	
	
	
	
	
	
	4.
	Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Um gênero literário nem sempre se manifesta de maneira pura em uma obra. Nesta composição do poeta modernista Manuel Bandeira, o lírico mescla-se com:
	
	
	
	o gênero narrativo
	
	
	o gênero ensaístico
	
	
	o gênero dramático
	
	
	o gênero cômico
	
	
	o gênero epistolar
	
Explicação:
Neste poema de Manuel Bandeira, o lírico mescla-se com o narrativo, uma vez que alguns elementos fundamentais da narrativa como tempo, espaço, personagem e enredo integram os versos. O eu lírico assume, portanto, uma voz narrativa e conta, de forma sintética, quem era João Gostoso e o que aconteceu em sua última noite de vida.
	
	
	
	
	
	
	5.
	Na história da literatura houve um período em que um grupo de escritores e críticos negou os gêneros literários como entidades imutáveis, dotadas de regras fixas e eternas. Porém, a negação mais sistemática e radical ao conceito de gênero deve-se ao intelectual que os considerava simples rótulos, nomes vazios de qualquer sentido. Assinale a única alternativa que traz como exemplo o nome deste importante pensador:
	
	
	
	Horácio
	
	
	Umberto Eco
	
	
	Diderot
	
	
	Benedetto Croce
	
	
	Voltaire
	
	
	
	
	
	
	6.
	No final do século XVIII, surgiu um movimento alemão denominado sturm und drang (tempestade e ímpeto). Esse movimento se contrapôs ao pensamento clássico, questionando a divisão rígida dos gêneros literários. Das alternativas abaixo, marque aquela que não contribuiu com a moderna visão de gênero literário.
	
	
	
	A individualidade e a independência do autor-gênio quebram a classificação rígida dos gêneros e abre espaço para a liberdade de criação.
	
	
	A nova compreensão de obra de arte, que passa a ser vista como uma expressão em múltiplas formas.
	
	
	A presença do hibridismo dos gêneros literários, presente em muitas obras passaram a apresentar uma mistura de índices, como textos narrativos com elementos dramáticos e líricos.
	
	
	O escritor romântico Friedrich Schlegel escreveu um texto chamado Do grotesco e do sublime, prefácio ao livro Cromwell, no qual defendia uma nova proposta sobre os gêneros literários.
	
	
	No Romantismo, surgiram mudanças muito profundas acerca das questões de gêneros, que concordavam com a reivindicação pela liberdade criativa.
	
	
	
	
	
	7.
	Independente das concepções formuladas para definir a literatura, pode-se afirmar que a linguagem literária possibilita ao leitor:
	
	
	
	identificar os problemas cotidianos, para estabelecer uma melhor relação com a própria vida.
	
	
	interpretar o que se representa na obra literária, o que leva a uma reflexão sobre a realidade expressa no texto.
	
	
	reinventar o mundo no qual se insere.
	
	
	fugir às angústias da existência.
	
	
	conhecer os dogmas e doutrinas que organizaram o pensamento ocidental.
	
	
	
	
	
	
	8.
	Julia Kristeva caracteriza as relações textuais, afirmando que ¿todo texto é um mosaico de citações¿, uma ¿absorção e transformação de um outro texto¿. Qual alternativa abaixo representa o par cujas obras literárias apresentam entre si alguma relação intertextual explícita, relação que corrobora com a assertiva da filósofa búlgara?
 
	
	
	
	Lucíola, José de Alencar / A Dama das Camélias, Alexandre Dumas, filho.
	
	
	Dom Casmurro, Machado de Assis / Hamlet, Shakespeare.
	
	
	A Metamorfose, Franz Kafka / Metamorfoses, Ovídio
	
	
	Tieta do Agreste, Jorge Amado / Carmen, Prosper Mérimée
	
	
	Cem Anos de Solidão, Gabriel Garcia Márques / Os Lusíadas, Camões      
	
	
	
	1.
	Leia o poema a seguir: Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; É um andar solitário entre a gente; É nunca contentar-se e contente; É um cuidar que ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Quanto a sua forma o poema de Luis Vaz de Camões é
	
	
	
	Uma Ode
	
	
	Um soneto
	
	
	Um madrigal
	
	
	Uma Écloga
	
	
	Uma Elegia
	
	
	
	
	
	
	2.
	"Memória"
 
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
 
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
 
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
 
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
 
Este poema de Carlos Drummond de Andrade apresenta elementos específicos que fazem parte da tradição da lírica. No entanto, verificamos a inexistência:
	
	
	
	de estrofes
	
	
	de rimas
	
	
	de refrão
	
	
	do eu lírico
	
	
	de versos
	
Explicação:
O refrão é um verso ou conjunto de versos que se repete em intervalos regulares. É comum nas odes e nas canções, mas pode ser usado nas demais composições líricas também. No poema ¿Memória¿, no entanto, o refrão não foi um recurso utilizado por Drummond.
	
	
	
	
	
	
	3.
	Leia o poema abaixo, de Cecília Meireles:  
Cecilia Meireles - Balada das dez bailarinasdo cassino
Dez bailarinas deslizam
por um chão de espelho.
Têm corpos egípcios com placas douradas,
pálpebras azuis e dedos vermelhos.
Levantam véus brancos, de ingênuos aromas,
e dobram amarelos joelhos.
Andam as dez bailarinas
sem voz, em redor das mesas.
Há mãos sobre facas, dentes sobre flores
e com os charutos toldam as luzes acesas.
Entre a música e a dança escorre
uma sedosa escada de vileza.
As dez bailarinas avançam
como gafanhotos perdidos.
Avançam, recuam, na sala compacta,
empurrando olhares e arranhando o ruído.
Tão nuas se sentem que já vão cobertas
de imaginários, chorosos vestidos.
As dez bailarinas escondem
nos cílios verdes as pupilas.
Em seus quadris fosforescentes,
passa uma faixa de morte tranqüila.
Como quem leva para a terra um filho morto,
levam seu próprio corpo, que baila e cintila.
Os homens gordos olham com um tédio enorme
as dez bailarinas tão frias.
Pobres serpentes sem luxúria,
que são crianças, durante o dia.
Dez anjos anêmicos, de axilas profundas,
embalsamados de melancolia.
Vão perpassando como dez múmias,
as bailarinas fatigadas.
Ramo de nardos inclinando flores
azuis, brancas, verdes, douradas.
Dez mães chorariam, se vissem
as bailarinas de mãos dadas.
(in Mar Absoluto e outros poemas: Retrato Natural. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1983.)
 
A partir da interpretação do poema, escolha a opção pertinente:
	
	
	
	Podemos perceber a presença do eu-lírico em primeira pessoa, como traço distintivo do lirismo.
	
	
	A voz lírica em terceira pessoa é um artificio para ocultar uma experiência necessariamente vivida pela autora.
	
	
	Como não há a voz lírica em primeira pessoa, tampouco a fusão do eu-lírico com o objeto poético, não é possivel reconhecermos o texto como uma poesia lírica.
	
	
	No poema, podemos perceber a simbiose entre o eu-lírico e o objeto poético, de um modo em que não é mais possível distinguir onde começa o primeiro e termina o segundo.
	
	
	Podemos reconhecer o texto como um exemplo de lirismo participante, que revela o desejo de interpretar o mundo de um modo emocional, mas também reflexivo e engajado.
	
	
	
	
	
	4.
	Leia o trecho da composição musical "Construção", de Chico Buarque de Holanda, e marque a alternativa que corresponde ao efeito de sentido proposto pela literariedade do texto.
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
 
	
	
	
	O primeiro verso sugere que o operário deixou de amar sua mulher.
	
	
	As palavras "paredes", "tijolo" e "cimento" em oposição à palavra "lágrima" representam o sonho de casa própria do operário.
	
	
	A palavra "mulher" representa a fragilidade do operário.
	
	
	As proparoxítonas ao fim de cada verso indicam uma repetição das ações do operário na construção.
	
	
	A palavra "desenho" representa o aspecto lúdico do texto.
	
	
	
	
	
	
	5.
	Sobre a poesia, é correto afirmar:
	
	
	
	A poesia é exclusividade da literatura e não pode ser encontrada em outras manifestações artísticas, como a pintura ou a música.
	
	
	A poesia surgiu na Grécia no seculo V a.C. como instrumento de expressão do Gênero Épico.
	
	
	A poesia pode ser encontrada em diversas manifestações artísticas, como na música, na literatura, na fotografia e até mesmo em situações corriqueiras de nosso cotidiano.
	
	
	A poesia apresenta forma fixa e não admite variações em sua estrutura. Os moldes clássicos obedecem aos princípios hedonistas de que a poesia deve sempre contemplar aquilo que é belo e agradável.
	
	
	A poesia é um gênero literário com características bem definidas, portanto, é facilmente possível identificá-la na literatura.
	
	
	
	
	
	
	6.
	Leia o poema abaixo, de Oswald de Andrade:
"O capoeira" 
"Qué apanhá sordado? "
"O quê?"
" Qué apanhá?"
 Pernas e cabeças na calçada.
Sobre o poema acima, podemos afirmar:
	
	
	
	Trata-se de um poema lírico, mas combina traços narrativos e dramáticos.
	
	
	Trata-se de um poema puramente lírico.
	
	
	Dada a sua síntese, não pode ser considerado como um poema lírico.
	
	
	Trata-se de um texto predominantemente dramático.
	
	
	Trata-se de um texto predominantemente narrativo.
	
	
	
	
	
	
	7.
	O soneto é uma das formas literárias mais tradicionais e difundidas nas literaturas ocidentais e expressa, quase sempre, com conteúdo:
	
	
	
	Dramático
	
	
	Épico
	
	
	Lírico
	
	
	Cronístico
	
	
	Satírico
	
	
	
	
	
	
	8.
	"4o. Motivo da rosa"
Não te aflija com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
 
Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
 
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
 
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
 
Com base neste poema de Cecília Meireles, podemos afirmar que é próprio da poesia lírica:
	
	
	
	o eu lírico distanciar-se do objeto do qual trata e nunca se confundir com ele
	
	
	o eu lírico interessar-se apenas por elementos da natureza
	
	
	o eu lírico abordar com objetividade os temas da natureza
	
	
	o eu lírico projetar os seus sentimentos e visão de mundo no objeto do qual fala, a ponto de fundir-se com ele
	
	
	o eu lírico tratar somente de elementos que lhe sejam externos
	
Explicação:
É próprio da poesia lírica o eu lírico projetar-se sobre os objetos do qual fala a ponto de fundir-se com eles. Neste poema de Cecília Meireles, o eu lírico e a rosa confundem-se a ponto de nos últimos versos estarem plenamente identificados um com o outro por meio da relação metafórica que a rosa desempenha
	
	
	1.
	Leia as afirmativas abaixo e marque a alternativa correta sobre elas:
I.                    A palavra métrica vem de "metro" que significa: tamanho, medida.
II.                  Refere-se à medida do verso, geralmente composto de duas a doze sílabas poéticas.
III.                Trata-se da técnica de composição de versos, bem como ao número de sílabas poéticas presentes em cada verso.
	
	
	
	 Apenas I e III estão corretas.
	
	
	 Apenas a I está correta.
	
	
	Todas estão corretas.
	
	
	Todas estão erradas.
	
	
	 Apenas II e III estão corretas.
	
	
	
	
	
	
	2.
	Emil Staiger considera que os gêneros podem fundir-se numa só obra através de nuances. Essa proposta é mais comumente encontrada:
	
	
	
	na tragédia
	
	
	na poesia épica
	
	
	na poesia lírica moderna
	
	
	na poesia lírica parnasiana
	
	
	no drama
	
	
	
	
	
	
	3.
	São características do gênero lírico, EXCETO:
	
	
	
	É polissêmico, isto é, não aponta para um sentido, mas é uma potência de significados.
	
	
	É relacionado à ação, mas expressa por meio da encenação.
	
	
	É capaz de sintetizar na estrutura do poema imagens e pensamentos extremamente complexos.
	
	
	Há uma espécie de simbiose entre a voz lírica e o objeto cantado, como se os dois entrassem em um processo de fusão.
	
	
	Dos três gêneros da tripartição clássica, só ele manteve a escrita em versos.
	
	Gabarito Coment.
	
	
	
	
	
	
	4.
	Na poesia lírica, a voz que enuncia o poema é nomeada de eu lírico, a fim de:
	
	
	
	explicitar que todo poema é composto exclusivamente em primeira

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