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Biologia Celular – Ramo da biologia que estuda a célula 
Importância da Biologia Celular: 
 Conhecimento do funcionamento celular 
 Compreensão do funcionamento dos organitos (estruturas que asseguram o 
funcionamento da célula) /organelos responsáveis pelo funcionamento celular 
 Funcionamento dos vários sistemas celulares (digestivo, circulatório, nervoso, 
muscular, ósseo) 
 
Célula – a menor unidade de um organismo vivo. 
Robert Hooke (1665) – observação ao microscópio de finas lâminas de cortiça e 
a identificação de pequenos espaços (alvéolos) que atribui a designação de célula. 
Anton Van Leen Wenhock (1647) – existência de células livres 
(espermatozóides do peixe, hemácias, microrganismos da água). Organização celular 
(conceito). 
Robert Brown (1831) – descrição de um corpúsclo (núcleo) interno em células 
de orquídeas. 
 
Teoria Celular 
Todos os seres vivos têm organização celular: alguns são formados por uma 
única célula, outros por milhões de células. Scheidem (1838) e Schwann (1839) 
Teoria celular aperfeiçoada – toda a célula tem origem noutra célula preexistente 
(reprodução celular). Rudolf Virchow (1855). 
Confirmação experimental de que a vida não surge espontaneamente, mas a 
partir de células preexistentes ⇒ Louis Pasteur (1860) 
Pressupostos: 
 A célula é a unidade básica de estrutura e função dos seres vivos; 
 Todas as células provêm de células preexistentes; 
 As células contêm a informação hereditária dos seres vivos, a qual passa das 
células-mães para as células-filhas. 
Com base na teoria celular e nos seus pressupostos estabelece-se: 
 As células constituem as unidades morfológicas e funcionais (fisiológicas) de 
todos os organismos vivos; 
 As características de um organismo vivo dependem das características das 
suas células. 
Existirá um módulo estrutural de célula comum a todos os seres vivos? 
Modelo estrutural de célula versus o conceito de 
biodiversidade 
 Variedade de formas de vida no planeta, incluindo-se a diversidade dentro das 
espécies, entre espécies e ecossistemas; 
 A vida está organizada em vários níveis, permitindo assim distinguir diferentes 
espécies de organismos vivos; 
 Na classificação dos organismos vivos podem utilizar-se como critérios: 
o O nível de organização 
o Complexidade estrutural 
Unicelulares versus Multicelulares 
Organismos simples – organismos unicelulares (bactérias, algas, protozoários) 
Organismos complexos – organismos multicelulares (plantas, animais, fungos: 
cogumelos) 
 Os organismos unicelulares ou multicelulares são caracterizados pelo mesmo 
modelo estrutural? 
 Procariontes – núcleo não organizado (bactérias e cianobactérias) 
 Eucariontes- núcleo organizado (todos os restantes) 
 Dependem do nível de organização estrutural celular, classificação quanto à 
organização celular. 
Célula Procariótica 
 Reduzidas dimensões (estão no limite de visibilidade 
do moc); 
 Possuem DNA (nucleóide), citoplasma, membrana 
citoplasmática, parede celular, cápsula 
(normalmente nas patogénicas), flagelos; 
 Não possui um invólucro nuclear nem outras 
estruturas membranares. 
Célula Eucariótica 
 Células de estrutura mais complexa; 
 Possuem núcleo organizado 
delimitado por um invólucro nuclear e 
várias outras organelos membranares 
apresentam uma grande variedade 
morfológica e de acordo com o 
organismo a que pertencem e com a 
função que desempenham; 
 Representada em todos os restantes 
grupos de seres vivos. 
Células eucarióticas: 
 Animais 
 Vegetal 
 
 
Do Procarionte ao Eucarionte 
 O pequeno tamanho das células procariótica 
o A reduzida quantidade de DNA 
o A simplicidade estrutural 
 
 O aumento da actividade e da eficiência metabólica da célula foi conseguida 
graças a um processo evolutivo. 
 Responsável por 
 O aparecimento das células eucarióticas 
 
Hipótese os eucariontes têm a sua origem nos procariontes. 
 
A maioria dos seres vivos é constituída por células eucarióticas muito semelhantes. 
 
Todas as células eucarióticas têm um laço evolutivo comum. 
Evolução biológica: acredita-se que as células procarióticas tenham, por 
especialização e necessidade de sobrevivência originando as células eucarióticas. 
Os seres vivos procariontes habitaram em ambientes aquáticos e foram-se 
diversificando, sobretudo no que se refere ao seu metabolismo. 
Duas teorias explicativas para o aparecimento da célula eucariótica: 
1. Teoria autogénica (não simbiótica) 
2. Teoria endossimbiótica 
 
1. Teoria autogénica (não simbiótica): 
As células eucarióticas teriam derivado de procariontes unicelulares, por um 
processo de complexificação. 
 
Especialização das membranas internas, derivada de invaginações da 
membrana plasmática: 
 Teriam rodeado o nucleóide (DNA), originando o núcleo 
 Os organelos celulares tiveram origem a partir de invaginações da 
membrana citoplasmática 
 Porções do DNA abandonaram o núcleo ficando incluídas nas estruturas 
membranares do citoplasma (mitocôndrias e cloroplastos) 
 
 
Organização estrutural da célula eucariótica por invaginação da membrana 
plasmática. 
 Organização celular 
 Sistema de membranas internas/compartimentação 
 Inclusões internas (citoplasmáticas) 
 
2. Teoria endossimbiótica: 
As células eucarióticas são o resultado da associação simbiótica entre vários 
ancestrais procariontes. 
 
 
 
 
As mitocôndrias seriam procariontes heterotróficos aeróbios. 
 
Os cloroplastos ter-se-ão originado a partir de procariontes fotossintéticos 
 
O sistema 
endomembranar terá 
surgido de 
invaginações da 
membrana plasmática. 
As mitocôndrias e cloroplastos 
desenvolveram-se a partir de 
células procarióticas que 
permaneceram em simbiose no 
interior de células procarióticas. 
 
 
 Simbiose 
 
 
 
 
 
 
 
 Simbiose 
 
 
 
 
 
 
Evidências que apoiam a Teoria Endossimbiótica: 
 As mitocôndrias e os cloroplastos são basicamente do mesmo tamanho das 
bactérias; 
 As mitocôndrias e os cloroplastos possuem dupla membrana, assim como 
muitas bactérias, e a membrana interna das mitocôndrias e dos cloroplastos 
não possui nenhuma semelhança com a membrana citoplasmática das células 
eucarióticas; 
 As mitocôndrias e os cloroplastos possuem o seu próprio DNA (circular), 
semelhante ao DNA das bactérias. 
A estrutura dos ribossomas encontrados em cloroplastos e mitocôndrias é mais 
parecida com a estrutura dos ribossomas do procariontes do que os eucariontes. 
As mitocôndrias seriam 
procariontes heterotróficos 
aeróbios. 
A célula procariótica 
hospedeira. 
Beneficiaria de protecção e 
do alimento fornecido pela 
célula hospedeira. 
Beneficiaria da energia 
produzida pela célula 
fagocitada. 
A célula proto-eucariótica 
hospedeira. 
Os cloroplastos seriam 
procariontes autotróficos 
(fotossintéticos), 
provavelmente um 
antepassado das 
cianobactérias actuais). 
Beneficiaria da protecção e 
do alimento fornecido pela 
célula hospedeira. 
Beneficiaria da energia 
produzida via a fotossíntese 
pela célula endocitada. 
As proteínas necessárias à fabricação das mitocôndrias e dos cloroplastos são 
produzidos exclusivamente pelo DNA destas organelas e não pelo DNA contido no 
núcleo das células. 
As mitocôndrias e os cloroplastos possuem a sua própria maquinaria para a síntese 
de proteínas. Esta maquinaria é muito similar àquela encontrada em organismos 
procariontes. 
Bioquímica Celular: Célula = unidade funcional 
 A célula possui uma maquinaria estruturalconstituída por um “puzzle” de 
componentes químicos responsáveis por assegurar o seu funcionamento. 
 Substâncias inorgânicas Substâncias orgânicas 
 
Classificação: 
 Glícidos: 
 Monossacarídeos – unidades básicas dos hidratos de carbono (ex.: 
glicose, frutose, galactose) 
 Oligossacarídeos – constituídos por 2 a 10 moléculas de 
monossacarídeos (ex.: sacarose, lactose, maltose) 
 Polissacarídeos – polímeros de monossacarídeos (ex.: amido, celulose e 
glicogénio, quitina) 
Ligação de 2 monossacarídeos – Ligação glicosídea 
Amido – estrutura ramificada da amilopectina 
Função energética para os organismos vivos: 
 Imediatamente utilizável- glucose 
 Como reserva energética – amido, glicogénio 
Função estrutural – ex.: celulose; quitina; ácido hialurónico; ribose e desoxirribose 
(ácidos nucleicos) 
 Lípidos: 
 Simples – gorduras (reserva energética); esteróides (função hormonal); 
ceras (função de protecção) 
 Complexos – fosfolípidos (função estrutural); colesterol 
Estrutura dos fosfolípidos – duas caudas de ácidos graxos (apolares) e uma “cabeça” 
polar contendo fosfato. 
 Prótidos: 
 Aminoácidos (AA) – a menor unidade na constituição de uma proteína 
 Peptídeos – macromoléculas constituídas por mais de 100 AA 
AA – a designação deriva da estrutura química destes compostos químicos 
 Apresentam 2 grupos radicais distintos ligados ao átomo de carbono (c); amino 
(amino) (NH2) e carboxilo (ácido) (COOH), grupos ionizáveis. 
 A ligação entre Aas ocorre entre os 2 grupos com carga eléctrica oposta, 
formando as ligações peptídicas constituintes das cadeias polipeptídicas. 
 Acredita-se que os Aas surgiram em consequência de reacções entre o metano, 
a amónia e o hidrogénio (dissolvidos na água dos mares). As descargas 
eléctricas contribuíram para que essa reacção ocorresse. 
 São conhecidos 150 Aas, mas apenas 20 destes elementos fazem parte da 
constituição das proteínas celulares, qualquer que seja o tipo de célula. 
 Haveria assim uma célula ancestral que teria incorporado ess es 20, os quais 
foram posteriormente transmitidos às células das células descendentes. 
 O encadeamento dos aminoácidos estabelece-se por meio de ligações 
peptídicas, mantidas entre o grupo carboxilo de um AA e o grupo amina de seu 
adjacente. 
 A sequência dos Aas na proteína determina a forma da mesma e, 
consequentemente, a sua função. 
Função das proteínas: 
 Estrutural – membranas; citoesqueleto; queratina 
 Enzimática – enzimas 
 De transporte – hemoglobina 
 Hormonal – insulina; adrenalina; neurotransmissores 
 Imunológica – anticorpos 
 Motora – músculos, ex.: actina e miosina 
 De reserva – albumina, caseína 
Biomoléculas (Enzimas): 
Actividade enzimática das proteínas: 
 Determinadas proteínas são catalisadoras de reacções químicas (síntese ou 
degradação de moléculas) envolvidas na formação de compostos necessários à 
célula. 
 As enzimas são produzidas sob o controlo de DNA. 
 O metabolismo celular é comandado pelo DNA através das enzimas. 
Acção enzimática: 
 A acção enzimática ocorre sobre moléculas designadas de substracto. 
 A forma tridimensional da enzima é importante para a sua actividade. Um 
encaixe tridimensional enzima-substracto é fundamental. 
 As enzimas dispõem de locais específicos de ligação ao substracto, 
denominados de centros activos.+ 
 
 
 
 
 
 
Enzimas complexas: 
Co-factor: ião ou molécula (coenzima) que se 
associa à enzima para que se torne activa. 
Isoenzimas: enzimas com formas moleculares 
ligeiramente distintas actuando sobre o mesmo 
substrato. 
Apoenzima: parte proteica da enzima sem o co-factor (enzima inactiva). 
Holoenzima: complexo formado pela enzima + co-factor. 
Constituição química: 
Em termos químicos pode-se afirmar que certas enzimas são constituídas 
exclusivamente por polipeptídeos. Outras, para serem activas, além da parte proteica 
designada por apoenzima, podem possuir partes não proteicas, os cofactores. Neste 
caso as enzimas designam-se por holoenzimas. 
Inibição competitiva: 
 Uma molécula (inibidor) com uma conformação muito parecida com o 
substrato compete com este pelo centro activo da enzima, o centro activo é alterado. 
 
Legenda: Exemplo de uma reacção normal 
(a) e de uma inibição reversível competitiva 
(b), em que o substrato e o inibidor 
competem pela enzima. Numa reacção 
normal, o Substrato liga-se ao centro Activo 
da Enzima (1), provocando a libertação de 
produtos por parte da enzima (2). Quanto à 
inibição, o Inibidor liga-se à enzima (3), não 
permitindo ao substrato ter acesso à 
mesma (4), logo não havendo reacção e 
não sendo produzidos quaisquer produtos. 
 
Inibição não competitiva: 
 Não existe competição pelo local activo 
da enzima. A combinação a grupos químicos da 
molécula enzimática por parte de inibidor 
provoca uma alteração na forma tridimensional 
da molécula enzimática e impede a sua 
actividade; o centro activo não é alterado. 
 
 
 
Retroinibição – actividade da enzima é diminuída ou suprimida pelo efector, quando 
este está em excesso. 
 Ácidos Nucleicos: (DNA e RNA) 
 Moléculas responsáveis pela informação das células . 
 Funções – moléculas informacionais reguladoras do: 
 Metabolismo celular 
 Transformação do património genético celular 
 Controle da reprodução celular (mitose e meiose) 
 Síntese das proteínas celulares 
 Constituição – polímeros de nucleotídeos (subunidades dos ácidos 
nucleicos). 
 Ácido fosfórico (grupo fosfato); pentoses (ribose- RNA, 
desoxirribose- DNA); base nitrogenada (base azotada) 
DNA: (ácido desoxirribonucleico) 
Afinidade química entre as bases nitrogenadas: 
Timina-Adenina 
Guanina-Citosina 
As bases situam-se dentro da dupla hélice em planos paralelos entre si e perpendicular 
ao eixo da hélice. A pentose e o ácido fosfórico localizam-se na periferia e o 
emparelhamento das bases de cada cadeia através de pontes de hidrogénio. 
RNA: (ácido ribonucleico) 
Apenas uma cadeia e a base azotada é o uracilo, em vez da timina: 
Uracilo-Adenina 
Guanina-Citosina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RNA 
DNA 
Legenda: Diferenças entre DNA e 
RNA. 
Célula eucariótica (características) 
 Organização nuclear 
 Membrana delimitante rodeada ou não por uma parede 
 Citoplasma complexo e compartimentado 
 Sistema de endomembranas 
 
Membrana celular: 
Aspectos funcionais da membrana celular: 
 Interface (delimitação) entre o interior e 
o exterior da célula 
 Fronteira selectiva no intercâmbio de 
substâncias entre o interior e o exterior da 
célula, contribuindo para a manutenção das 
características químicas internas da célula 
Constituição molecular: 
 Lípidos (fosfolípidos, colesterol) 
 Proteínas 
 Hidratos de carbono 
Arquitectura molecular: 
Dupla camada contínua de lípidos, com a qual 
proteínas e hidratos de carbono interagem das mais 
diversas formas. 
Assimetria da bicamada lipídica: 
Diferenças na composição da 
bicamada entre as fases citosólica e 
extracelular; o glicolípido só aparece 
no exterior da membrana celular em 
que quando ligado a proteínas forma 
a glicoproteína. 
 
 
 
 
 
 
p 
 
A actividade metabólica das membranas depende principalmente das proteínas 
e cada tipo de membrana tem as suas proteínas características (intrínsecas e 
extrínsecas). 
Proteínas da membrana: 
Possuem características estruturais que lhes permite interagir com a bicamada lipídica. 
As proteínas intrínsecas possuem uma região polare uma região apolar, sendo 
também moléculas anfipáticas. 
Polissacarídeos de membrana: 
 Exclusivamente encontrados na monocamada externa da membrana celular. 
 Interação com proteínas (glicoproteínas), lípidos (lipoproteínas) formando uma 
estrutura denominada glicocálice ou glicocálix. 
A composição do glicocálice não é estável, variando 
de um tipo celular para outro. 
Funções do glicocálix: 
 Protecção e lubrificação da superfície celular 
 Recolhecimento célula-célula e adesão 
celular 
 
Membrana celular (modelo funcional): 
Teoria do modelo do mosaico fluido (Singer e Nicholson, 1972) – a membrana é uma 
estrutura dinâmica, fluida, mas estável, constituída por uma bicamada de fosfolípidos 
e de proteínas parcial e integralmente embebidas na dupla camada de fosfolípidos. 
Fluidez da membrana: 
Fluido bidimensional: movimento dos fosfolípidos dentro da bicamada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dinâmica molecular lipídica: 
 Movimento lateral; 
 Movimento rotacional; 
 Flip-Flop 
 
Fosfolípidos da membrana: 
 
Colesterol: 
 Modula a fluidez das membranas em células animais . 
 Enrijece a bicamada lipídica tornando-a menos fluida e menos permeável. 
 Quanto maior índice de colesterol menor fluidez da membrana. 
 Cauda do colesterol pode interagir com a dos fosfolípidos o que confere a 
rigidez à membrana. 
Fatores de controle da fluidez membranar: 
 Temperatura 
 Número de ligações duplas nas camadas hidrofóbicas do lípidos 
 Concentração do colesterol 
Mobilidade de lípidos na membrana celular: 
 
Importância da fluidez da membrana celular: 
 Permite as interações dentro da própria membrana 
 Intervém no movimento celular, assim como no crescimento e divisão celular 
 Importante ao nível: 
 Das uniões intercalares 
 No processo de secreções e de endocitose 
 
 
 
 
 
 A membrana celular como fronteira de passagem entre os meios intracelular 
e extracelular: 
Incorporação de moléculas para o 
citoplasma (moléculas atravessam 
membrana-fluidez tem de 
permitir estes fenómenos) 
 A membrana celular vs estrutura molecular e a sua função biológica. 
Célula nervosa (neurónio): 
Cria uma barreira física entre o exterior e o interior da célula. 
Estabelece um gradiente de concentração/elétrico diferenciado entre o exterior e o 
interior da célula. 
Transporte através da membrana da célula: 
Difusão (do local de maior concentração para o de menor concentração) 
A favor de um gradiente químico ou eletroquímico: 
 Difusão passiva 
 Difusão facilitada 
Contra um gradiente químico ou eletroquímico: 
 Transporte ativo 
Transporte de substâncias (moléculas): 
Fatores reguladores de permeabilidade membranares de substâncias: 
 Solubilidade nos lípidos (barreira hidrofóbica) 
 Capacidade de penetração na célula 
 Tamanho da molécula (quanto mais pequena maior facilidade de 
passagem) 
 Característica química/ionização 
 Configuração molecular 
 
 
Permeabilidade da bicamada lipídica: 
Barreira hidrofóbica impermeável a solutos e iões 
 Tamanho da molécula 
 Solubilidade da molécula (em óleo) 
Permeabilidade seletiva 
 
Permeabilidade da membrana da célula: 
Osmose- diferença de concentração entre os dois lados da membrana origina uma 
diferença de pressão osmótica, determinante do sentido da difusão de moléculas de 
água 
 
Difusão de água através da membrana de um glóbulo vermelho e de uma célula 
vegetal 
 
Permeabilidade da membrana à água (osmose) 
 Alterações volumétricas da célula 
 Aumento/diminuição de volume ⇒ alteração da forma da célula 
 Sentido de difusão 
 Intracelular: se o meio intracelular for hipertónico em relação ao meio 
extracelular. 
 Extracelular: se o meio intracelular for hipotónico em relação ao meio 
intracelular. 
Transporte passivo (a favor do gradiente de concentração: da maior para a menor []) 
A passagem da água não ocorre exclusivamente por difusão através da bicamada 
lipídica. 
As proteínas de membrana (intrínsecas) têm um papel interventivo nesse processo, 
estabelecendo uma permeabilidade seletiva 
 Fatores estruturais da membrana na regulação da osmose 
 Existência de poros ou canais por onde as moléculas passa. 
Aquaporinas 
 
As moléculas de água e outras substâncias hidrossolúveis podem se difundir de um 
lado para outro da membrana de acordo com o gradiente osmótico 
 
A disposição das proteínas intrínsecas pode também, em certas circunstâncias, 
favorecer o fluxo de água através de membrana. 
Demonstra-se experimentalmente, que a disposição das proteínas intrínsecas 
pode também, em certas circunstâncias, favorecer o fluxo de água através da 
0membrana. Tal facto foi posto em evidência na bexiga de determinados anfíbios . Este 
fenómeno pode ser incrementado através da administração de uma hormona 
antidiurética. 
 
Disposição de proteínas 
intrínsecas na membrana das 
células epiteliais da bexiga de 
anfíbios. A: antes da administração 
da hormona antidiurética; B: 
depois da acção da hormona 
(comparação do esquema com imagens de microscopia electrónica) anfíbios, onde, por razões 
de estrita economia de água, se opera correntemente concentração da urina, por reabsorção 
da água pelo organismo, através das membranas plasmáticas das células epiteliais da bexiga. 
Difusão de substâncias (moléculas e iões) 
 A favor de um gradiente químico (sem carga elétrica) ou eletroquímico (iões) 
 Contra um gradiente químico (sem carga elétrica) ou eletroquímico (iões) 
 
Proteínas de canal ou com comporta 
A- Canais iónicos simples 
B- Canais iónicos de tipo alostéricos 
1) Difusão passiva 
 
Função dos gradientes de concentrações 
2) Difusão facilitada iónica 
 
Ainda que a barreira fosfolipídica seja praticamente impermeável aos iões, estes 
atravessam a membrana graças a canais iónicos. Estes são constituídos por proteínas 
intrínsecas, que estabelecem entre si uma passagem, a qual poderá ser franqueada 
por diversos iões, com graus de especificidade variáveis. Alguns desses canais, tirando 
partido das propriedades alostéricas das proteínas, podem assumir configurações 
alternativas de “aberto” ou “fechado”. Essas alternativas alostéricas são determinadas 
por fatores externos, como a ligação de uma das proteínas constitutivas do canal a 
uma outra molécula ou a existência de um determinado potencial de membrana. 
3) Difusão facilitada de substâncias 
A- Ionóforos cana 
B- Ionóforos móveis 
 
Envolvimento de proteínas transportadoras (permeases); função do gradiente de 
concentração; alteração conformacional de permease; altamente específica e saturada 
(só quando os locais de receção estão todos ocupados a permease abre e larga a 
glucose) 
4) Difusão facilitada de eletrólitos 
 
Função do gradiente eletroquímico. Envolvimento de moléculas hidrófobas (ionóforos) 
que se associam à estrutura da membrana facilitando e transporte de iões. 
A difusão facilitada é muito mais rápida do que a difusão simples e depende: 
 Do gradiente de concentração da substância em ambos os lados da membrana. 
 Do numero de proteínas transportadoras existentes na membrana. 
 Da rapidez com que estas proteínas realizem a sua função 
Transporte ativo: 
Transporte de moléculas através da membrana celular contra o gradiente de 
concentração ou contra o gradiente eletroquímico, implicando o dispêndio de energia. 
Transporte ativo primário 
 
Transporte de iões de sódio para o exterior das células e ao mesmo tempo 
bombeamento de iões. Potássio do exterior para o interior da célula, produzindo-seuma diferença de concentração de sódio e potássio através da membrana celular. 
Transporte ativo primário e secundário 
A substância com maior 
concentração no exterior devia 
passar para dentro da célula; mas no 
transporte ativo primário (a) 
acontece o contrário, sendo 
realizado por uma proteína de 
membrana que consome ATP. 
Apenas existe uma substância a ser 
transportada. 
No transporte ativo secundário (b) existe a proteína de membrana a fazer o transporte 
primário, mas existe outra que permite a passagem da substância do exterior para o 
interior a favor do gradiente de concentração. Ao mesmo tempo transporta outra 
substância para o interior da célula por transporte ativo (s), contra o gradiente de 
concentração e utiliza corrente de energia. 
Transporte ativo secundário ou co-
transporte 
Transporte de substâncias muito 
concentradas no interior celular (AA e 
glucose). A energia necessária para o transporte deriva do gradiente de concentração 
dos iões sódio da membrana celular. 
 
 
Uniporte 
Simporte (viajam no mesmo sentido ⇒ 
moléculas cotransportadoras) 
Antiporte (viajam em sentidos opostos ⇒ 
“anti” transportadas) 
Simporte e Antiporte ⇒ transporte 
acoplado 
Transporte ativo de glicose através das células epiteliais do intestino 
Na membrana apical da glicose é transportada ativamente para o espaço intracelular 
principalmente pelo transportador ativo de glicose dependente do sódio. Na 
membrana basolateral a glicose é transportada a favor do gradiente de concentração. 
 
Mecanismos de transporte de macromoléculas e partículas 
 Alterações de moforlógicas momentâneas da membrana celular, associadas à 
ingestão e libertação de material. 
 Endocitose- mecanismo de transporte em quantidade de partículas/ 
macromoléculas para o interior da célula. 
 Exocitose- mecanismo de transporte em massa de partículas/ macromoléculas 
para o meio extracelular. 
Endocitose 
Pinocitose (A) - envolve macromoléculas em 
solução, transportadas em vesículas de 
pequenas dimensões. 
Fagocitose (B) – envolve a sua observação ao 
microscópio fotónico, transportadas em 
vesículas de maior tamanho. 
 Fagocitose 
 Pinocitose 
 
 
 
 
Endocitose mediada por um recetor 
 
 
 
 
 
 
Pinocitose seletiva 
Existência de recetores na membrana da 
célula específicas para a substância a 
incorporar. 
1. Ligação substância-recetor da 
membrana. 
2. Invaginação da membrana com 
formação de uma pequena vesícula 
contendo o material. 
3. Separação da vesícula da membrana 
celular e integração no citoplasma da célula 
(endossoma) 
 
 
 
 
 
Exocitose 
 
 
 
Estrutura de um LDL 
 
Resumo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transporte passivo e transporte ativo- transporte de moléculas de baixo peso 
molecular 
Transporte mediada por vesículas- transporte de moléculas de alto peso molecular 
 
Especializações de membrana 
 Função estrutural: 
 Assegurar a junção celular e intercelular e a comunicação entre as 
células 
 Tipos: 
 Desmossomas 
 Junção aderente 
 Zona oclusiva 
 Junção comunicante 
 
Especializações apicais da membrana 
Microvilosidades- aumentam a área da membrana e a sua capacidade de absorção 
Cílios- são mais compridos e têm movimento, têm como função a proteção 
 
Estereocílio 
 Células epiteliais dos túbulos do epidídimo 
 Células sensoriais da cóclea (ouvido) 
 
 
 
Resumo 
Especialização Função 
Cílios 
Protetora (filtração e retenção de partículas) no sistema 
respiratório, auxiliares do movimento dos óvulos e 
espermatozoides através das diversas partes dos respetivos 
órgãos reprodutores 
Microvilosidades 
(intestino delgado) 
Absorção 
Estereocílios Absorção ou translocação sensorial 
 
Núcleo: 
Importância funcional 
 Armazena o material genético (DNA) 
 Controla toda a atividade celular, através da produção de RNA e da síntese fr 
proteínas. 
Experiência de merotomia (Balbiani) 
 
Estrutura do núcleo interfásico 
 Carioteca (ou invólucro nuclear) (lipoproteínas, 
dupla e porosa) 
 Cariolinfa (ou nucleoplasma) (água, proteínas, ATP, 
aminoácidos, nucleótidos, etc) (massa gelatinosa 
onde está mergulhado a cromatina e o nucléolo) 
 Cromatina (filamento de DNA e proteínas) 
 Nucléolo (RNA nuclear) 
 
Complexo poro nuclear 
Poro nuclear: constituído por 8 complexos proteicos ligados a anéis nas faces 
citoplasmáticas e nuclear do invólucro nuclear. O conjunto rodeia um canal central 
onde se situa o transporte central, através do qual ocorre o transporte molecular. 
 
- Proteínas importadas pelo núcleo (importinas). 
- Apresentam um sinal de reconhecimento nuclear, que as identifica. Ao reconhecer 
esse sinal o complexo se abre e permite que a proteína entre no núcleo. 
Ex.: DNA polimerase, RNA polimerase, etc 
Podem consumir energia na forma de ATP e GTP. 
- Proteínas e RNA são exportados para o citosol: 
 - mRNA + RNA + rRNA 
 - associados a proteínas 
 - exportinas 
 
Cromatina (DNA + proteínas (histonas)) 
Dois estados funcionais da cromatina: 
 Heterocromatina- cromatina mais densa, condensada (desactiva) 
 Eucromatina- cromatina menos densa, descondensada (activa) 
Cromossoma- cromatina num grande estado de condensação 
A disposição e o grau de condensação de cromatina 
no núcleo depende do estádio funcional da célula. 
A cromatina é um filamento de DNA muito longo e 
muito fino, localizados no núcleo da célula 
interfásica (não em divisão) 
Quando a célula inicia o seu processo de divisão 
(mitose ou meiose), os filamentos de DNA 
espiralizam-se (enrolam-se sobre si mesmos) e 
condensam-se, transformando-se nos cromossomas. 
 
Ciclo dinâmico e ligado ao ciclo celular: 
 Núcleo interfásico- cromatina condensada e descondensada 
 Núcleo mitótico- cromatina altamente condensada, formando os cromossomas 
 
Genes: 
 Sequência de nucleótideos de DNA que é expresso num produto funcional. 
 RNA (trascrisão) ⇒ Proteína (tradução) 
 
Transcrição do DNA: 
Enzimas: 
 RNA polimerase I (nucléolo), sintetiza o rRNA 
 RNA polilerase II (nucleoplasma), sintetiza o mRNA 
 RNA polimerase III (nucleoplasma), sintetiza o tRNA 
Uma cadeia de DNA é utilizada como molde para o RNA 
 
 
 
Lê as sequências de bases e em 
função da sequência de bases, vai 
ligando nucleótideos 
complementares à molécula de 
DNA. Tem sinal de iniciação e de 
terminação. 
O percurso é sempre no sentido 
5’ para 3’ do RNA 
Genes: 
 Porções codificáveis em proteínas (exões) 
 Porções não codificáveis em proteínas (intrões) 
 
Necessidade de processar a molécula transcrita: 
 Splicing 
 Remoção e eliminação de 
intrões 
 Junção dos segmentos dos exões 
 
Nucléolo 
 Caraterísticas : 
 Aspeto de grânulo 
 Não limitado por membrana 
 Composição: 
 RNA ribossómico, proteínas não histónicas, DNA ribossómica 
 Função: 
 Centro de produção de ribossomas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na formação do rRNA: 
Porção fribilar densa é mais central: formada por 
rRNA e proteínas ribossomais (zonas mais escuras na 
imagem) (transcrição) 
Porção granular é mais periférica: formada por 
subunidades robossómicas em formação (zonas mais 
claras na imagem) (subunidade) 
 
Resumo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síntese de proteínas 
Síntese de macroproteína: 
 Lípidos, proteínas e hidratos de carbono 
são moléculas constituídasda estrutura 
celular. 
 É fundamental a manutenção e 
renovação de lípidos, proteínas e hidratos 
de carbono. 
 A célula dispõe da “maquinaria” 
necessária à síntese das suas moléculas 
estruturais. 
 
Retículo endoplasmático 
Formação do retículo endoplasmático (RE): 
 O RE é composto de canais delimitados por 
membranas. Esses canais se comunicam com a 
carioteca. 
 É uma “rede de distribuição”, leva o material que a 
célula precisa de um ponto qualquer até onde o 
ponto de utilização. Sua função, portanto, é 
transportar. 
 
 
 
 
 
 
Retículo endoplasmático rugoso (RER) 
Associado diretamente à produção de lípidos e tem função no processo de 
desintoxicação (fígado9 
Ultraestrutura: 
 Complexo conjunto membranar de cisternas, canais e vesículas geralmente 
empilhadas ligando-se entre si. 
 O desenvolvimento do RER varia consideravelmente nos diferentes tipos 
celulares, dependendo também do estado fisiológico da célula. 
 Importante no processo de síntese proteica. 
Proteínas: 
 Local de síntese 
 RER 
 Tipos de proteínas sintetizadas a nível RER 
 Proteínas transmembranares (contribuem para constituição da 
membrana celular e a membrana de outros organitos) 
 Proteínas hidrossolúveis (transportadas para o lúmen de outros 
organitos) 
O destino das proteínas sintetizadas no RER é diverso: 
 Proteínas que permanecem no citoplasma acumuladas em grânulos para uso 
posterior pela célula. 
 Proteínas que são exportadas por exocitose 
Ex.: plasmócitos e célula acinosa do pâncreas- as células secretoras de proteínas têm 
abundante e desenvolvido RER 
Retículo endoplasmático liso (REL) 
Ultraestrutura: 
Formações tubulosas e vesículas que se empilham porfiosamente no citoplasma da 
célula. Ausência de ribossomas na sua superfície membranar. 
Função: 
 Síntese de lípidos e esteroides 
 Desintoxicação 
 Glicogenólise (decomposição do glicogénio) 
 Reservatório de cálcio 
As células do fígado, das gónadas e do pâncreas têm abundante e desenvolvido REL.

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