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Patologia de tecidos moles

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PATOLOGIAS EPITELIAIS BENÍGNAS 
PAPILOMA:
Patologia induzida pelo HPV, acomete mais adultos de 30 a 50 anos. 
Características clinicas:
Nódulo exofitico de consistência amolecida, digitiformes, semelhante a uma couve flor, com projeções pontiagudas ou pediculadas. 
Histopatologia: 
É uma lesão benigna. Proliferação do epitélio pavimentoso queratinizado, com projeções digitiformes e tecido conjuntivo fibrovascular entremeado. Tem coiloicitos, mas muito inferior à hiperplasia epitelial focal. 
Tratamento:
Excisão cirúrgica conservadora, a recidiva é rara, muito difícil se tornar maligna. 
VERRUGA VULGAR:
Hiperplasia benigna e focal do epitélio pavimentoso estratificado, induzida pelo vírus HPV, é contagiosa e pode se espalhar para outras partes do corpo, pele e mucosa. 
Características clinicas:
Mais comum em crianças, é uma pápula ou nódulo assintomático com projeções papilares ou superfície áspera e irregular. Pode ser pediculada ou séssil. 
Na mucosa oral é encontrado na borda do vermelhão do lábio, mucosa labial ou parte anterior da língua. 
Histopatologia: 
Proliferação do epitélio pavimentoso estratificado queratinizado hiperplásico, com projeções pontiagudas e tecido conjuntivo entremeado. 
Cristas epiteliais convergindo para o centro, proeminente camada de células granulares e presença de abundantes coiloicitos na camada espinhosa do epitélio. 
Tratamento: 
Aplicação tópica de ácido salicílico, ácido lático tópico, ou crioterapia com nitrogênio líquido. A excisão cirúrgica é recomendada apenas para casos com apresentação clínica atípica, nos quais o diagnóstico é incerto. A recidiva é rara e não se transforma em maligna. 
CONDILOMA: 
Proliferação do epitélio pavimentoso estratificado, induzido pelo HPV da região anogenital, boca e laringe. É uma doença sexualmente transmissível, e as lesões podem estar presentes nas regiões anogenitais e orais ao mesmo tempo. 
Características clinicas: 
São comuns em adolescentes e adultos jovens. As lesões orais são mais frequentes na mucosa labial e freio lingual, o palato mole também está envolvido. 
É uma lesão exofítica, séssil, rósea, bem delimitada, indolor, com projeções superficiais curtas e embotadas. 
Histopatologia: 
Proliferação benigna do epitélio pavimentoso estratificado, acantotico com discreta queratose e projeções papilares. Delgadas ilhas de tecido conjuntivo suportam as projeções papilares epiteliais. Criptas preenchidas com preenchidas com queratina são frequentemente vistas. Há presença de coilocitose intensa. 
Tratamento: 
Excisão cirúrgica conservadora, crioterapia ou ablação. 
HIPERPLASIA EPITELIAL FOCAL 
Proliferação do epitélio pavimentoso atribuída ao HPV. É muito comum, acometer membros de uma mesma família, tanto pela suscetibilidade genética tanto pelo HPV. Pessoas de baixa renda são mais acometidas. 
Características clinicas: 
É mais comum em crianças e adolescentes, mas adultos também podem ser acometidos, tem predileção por mulheres. 
Os sítios mais comuns de desenvolvimento são: lábios, mucosa jugal, e língua. Mas lesões gengivais no palato e tonsilas também já foram registradas. 
Existem duas variantes clinicas: a papilonodular e a palilomatosa, a mais comum é a papilonodular, que se caracteriza por nódulos e pápulas róseas, de superfície lisa, com predileção por mucosa jugal, labial e comissura bucal. 
Tem aparência pedregosa, rosa pálido na língua e gengiva inserida, são pequenas, discretas e bem delimitadas, podem crescer e produzir uma aparência fissurada. 
Histopatologia: 
A principal característica é a presença de acantose na superfície do epitélio. As cristas epiteliais são mais largas, confluentes em formato de clava. Algumas células são semelhantes à figuras de mitose (células mitosoides) 
Tratamento: 
Recessão espontânea tem sido relatadas após meses ou anos do início da lesão. Excisão cirúrgica conservadora e crioterapia são tratamentos de escolha, tem recidiva possível e é difícil se tornar maligna. 
NEVO CELULAR PIGNMETADO:
É o “tumor” mais comum. É uma proliferação benigna de células nevicas derivadas da critas neural. Se prolifera principalmente na camada epitelial da pele. 
Características clinicas: 
Tem predileção por pessoas brancas. Geralmente passam por três fases, mas não acontece em todos os casos. 
É macula preta ou acastanhada, bem demarcada com menos de 6mm de diâmetro. 
Histopatologia:
Proliferação benigna, não encapsulada de células nevicas. Células nevicas superficiais costumam ser organizadas em pequenos agregados redondos (tecas) e parecem ovoides. 
Tratamento:
Nenhum tratamento é indicado, apenas para fins estéticos, ou haja mudanças de tamanho e cor. 
NEVO AZUL 
Proliferação benigna incomum de melanocitos dérmicos, geralmente profunda no tecido conjuntivo. 
Características clinicas. 
Pode atingir qualquer local da pele, mas tem predileção por dorso de mão e pé, couro cabeludo e face. As lesões mucosas podem envolver a mucosa oral, conjuntiva e raramente a sinonasal. As lesões orais quase sempre são encontradas no palato. Acometem mais crianças e adultos jovens e mulheres. É uma lesão macular em forma de cúpula, azul ou azul enegrecida, de crescimento lento.
Histopatologia:
Coleção de melanocitos alongados e delgados, com prolongamentos dendriticos e numerosos grânulos de melanina, estão localizadas profundamente na derme ou na lamina própria. Geralmente alinham-se paralelamente à superfície do epitélio. 
Tratamento: 
Se clinicamente indicado, a excisão conservadora é o tratamento de escolha. Como é semelhante a um melanoma a biopsia é recomendada. 
LEUCOPLASIA: 
A definição de leucoplasia é incomum, por seu diagnóstico não depender tanto de aparências definidas, mas sim da exclusão de outras lesões que se apresentam como placas brancas na boca. Como por exemplo, líquen plano, mordiscatio, ceratose friccional, ceratose da bolsa de tabaco, estomatite nicotínica, leucoedema e nevo branco esponjoso, essas alterações devem ser descartadas antes que o diagnóstico de leucoplasia seja feito.
A cor clínica resulta de uma camada de ceratina superficial espessada, ou uma camada espinhosa espessada, que mascara a vascularidade normal (vermelhidão) do tecido conjuntivo subjacente.
Incidência e prevalência
Embora ela seja considerada uma lesão pré-maligna, o uso deste termo (leucoplasia) não sugere que os aspectos de displasia estejam presentes em todas as lesões.
Etiologia
Tabaco - mais de 80% dos pacientes com leucoplasia são fumantes. Este hábito parece ser a maior associação com o desenvolvimento da leucoplasia.
Álcool - que parece ter um forte efeito sinérgico com o tabaco com relação a produção do câncer bucal, porém este não tem sido relacionado à incidência de leucoplasia.
Sanguinárias - as pessoas que usam cremes dentais ou colutórios contendo extratos de Herva sanguinária podem desenvolver uma leucoplasia verdadeira. Esse tipo de leucoplasia (ceratose associada à sanguinária) geralmente localiza-se no vestíbulo anterior ou na mucosa alveolar da maxila. Mais de 80% dos casos podem ter relação com o uso deste produto.
Radiação ultravioleta - é aceita como um fator para leucoplasia no vermelhão do lábio inferior, o que geralmente é associado com a queilite actínica.
Microrganismos - como o Treponema pallidum, produz glossite (é uma infecção da parte média do dorso lingual pelo fungo cândida albicans) no estágio avançado da sífilis, Cândida albicans pode colonizar camadas superficiais do epitélio da mucosa bucal, o exame pode mostrar alterações displásicas ou hiperplásicas histopatologicamente e o hpv, principalmente os tipos 16 e 18, são os mesmos subtipos que causam carcinoma cervical uterino, também estão presentes na cavidade bucal.
Trauma - a irritação mecânica crônica pode produzir uma lesão branca com uma superfície ceratótica rugosa, denominada de ceratose friccional. Embora a lesão resultante seja clinicamente semelhante á leucoplasia verdadeira, atualmente acredita-se que esta lesão seja uma resposta hiperplásica.As ceratoses deste tipo são completamente reversíveis com a remoção deste trauma. 
Histopatologia: 
Hiperqueratotica, acantotica, presença de infiltrado inflamatório crônico, pode ter atrofia epitelial. A camada de queratina pode ser de paraqueratina ou ortoqueratina. 
Na paraqueratina não há células granulares e os núcleos são mantidos na camada de queratina. Na ortoqueratina há camada de célula granulares e não existe núcleo na camada de queratina. 
A leucoplasia verrucosa exibe projeções papilares, pontiagudas e cristas epiteliais rombas, largas na superfície e espessura variável de queratina. 
DISPLASIA LEVE: Alterações na camada basal do epitélio 
DISPLASIA MODERADA: Camada basal e porção média da camada espinhosa
DISPLASIA SEVERA: Vai da camada basal ate um nível acima do ponto médio do epitélio 
CARCINOMA IN SITU: Envolve a espessura total do epitélio, estende-se da camada basal até a superfície; pode ser hiperplásico ou atrófico. 
Tratamento:
Se o paciente for fumante, se parar de fumar a lesão desaparece. Excisão cirúrgica, crioterapia ou ablação a laser. A recidiva é possível- acompanhamento é muito importante 
ERITOPLASIA 
Mancha vermelha ou branca, acomete mais pessoas de meia idade e adultos mais velhos. É comum no assoalho bucal, língua e palato mole. Tem consistência macia e aveludada. 
Histopatologia: 
Displasia epitelial intensa, carcinoma in situ ou carcinoma epidermoide superficialmente invasivo é comum no exame histopatológico. 
O epitélio deixa de produzir queratina e muitas vezes é atrófico, permitindo assim que a microcirculação subjacente apareça, produzindo uma aparência vermelha. O tecido conjuntivo subjacente demonstra com frequência inflamação crônica. 
Tratamento: 
Precisa ter acompanhamento com biopsia e a excisão é recomendada. 
ESTOMATITE NICOTINICA:
Por mais que a estomatite nicotínica seja uma doença causada por fumo, não tem predisposição maligna, estando associada somente ao calor. 
Características clinicas:
Afeta mais homens acima dos 45 anos. Com exposição longa ao calor, a mucosa do palato se torna cinza ou branca e apresenta numerosas pápulas ligeiramente elevadas, com centros vermelhos. Essas pápulas são advindas da inflamação das glândulas salivares menores e seus orifícios ductais. 
Histopatologia:
Caracterizada por hiperceratose e acantose do epitélio do palato, leve infiltrado inflamatório crônico irregular na lamina própria e glândulas salivares menores. 
Metaplasia escamosa do ducto excretor e exsudato inflamatório também é visto. A displasia epitelial é rara.
Tratamento:
É totalmente reversível após o uso do tabaco. 
QUEILITE ACTINICA: 
Condição parcialmente maligna do vermelhão do lábio inferior, resultante da exposição crônica aos raios UV. É uma lesão descamativa e áspera quando o lábio está ressecado. Podem aparecer lesões leucoplasicas perto da área úmida do lábio. Como o paciente fica descamando o lábio, pode evoluir para um carcinoma epidermoide.
Histopatologia: 
Pode exibir diferentes graus de displasias. É Hiperqueratotica, e o epitélio pode ser atrófico ou acantotico. Pode apresentar Elastose solar (faixa acelular amorfa, basofilica) 
Tratamento:
Evitar exposição solar prolongada, vermelhectomia ablasão a laser, crioterapia, periódicas consultas são necessárias para que a lesão não evolua para um carcinoma epidermoide. 
CARCINOMA EPIDERMOIDE:
Não se limita apenas ao epitélio, migra também para o conjuntivo, é bastante invasivo. 
Suas causas são variadas: fumo, álcool, radiação, deficiência de vitaminas e minerais, bactérias, cândida, dentre outros. Acomete região de lábio, mucosa jugal, língua, palato, assoalho bucal. 
Histopatologia: 
Epitélio displasico, hiperqueratotico, possui ilhas e cordões de células malignas. Epitélio neoplásico que vai da membrana basal ao tecido conjuntivo, sem adesão ao epitélio superficial. 
Presença de infiltrado inflamatório, citoplasma eosinofilico com núcleos volumosos e hipercromáticos. Pleomorfismo nuclear, presença de perolas de queratina. 
Tratamento:
Incisão cirúrgica com margem de segurança, se preciso radioterapia e quimioterapia -> em casos mais graves. 
Se removido precocemente o prognostico é bom
Pode haver metástase. Para os intraorais é recomendada a incisão cirúrgica. 
Lesões avançadas costumam ser tratadas com cirurgia, radioterapia e quimioterapia. 
CARCINOMA VERRUCOSO
Variante do carcinoma epidermoide, acometem mais as pessoas que fazem uso do tabaco, pessoas acima de 55 anos. Acometem mais; fundo de vestíbulo, gengiva, mucosa jugal, língua e palato. 
Características clinicas:
A lesão surge como uma placa espessam, difusa, bem delimitada, indolor, com projeções papilares ou verrucosas.
Histopatologia: 
Cristas epiteliais alongadas com abundante produção de queratina superfície papilar ou verrucosa. A paraqueratina preenche as fendas e criptas (tampão de queratina). Tem células atípicas. 
Tratamento: excisão cirúrgica 
MELANOMA:
Neoplasia maligna de origem melanocitica, tem como fator etiológico a exposição crônica aos raios UV, menos em lesões orais. Melanomas de mucosa são mais agressivos do que os de pele
Acometem indivíduos de mais de 50 anos é mais comum em homens e idosos. As regiões mais acometidas são o palato duro e alvéolo maxilar. 
Histopatologia:
Melanocitos atípicos na junção entre tecido epitelial e conjuntivo. Os melanocitos atípicos são maiores que os normais, tem grau variado de Pleomorfismo nuclear e hipercromatismo. Tem disseminação de células neoplásicas na camada basal, invade o tecido conjuntivo. 
As células invasivas do melanoma geralmente são fusiformes ou epitelioides e infiltram o tecido conjuntivo com cordões e feixes pobremente agregado de células pleomorficas. 
Tratamento: 
Excisão cirúrgica com ampla margem de segurança de acordo com o tamanho da lesão o prognostico pode ser ruim. 
 PATOLOGIA DAS GLANDULAS SALIVARES: 
APLASIA DA GLANDULA SALIVAR:
Distúrbio de desenvolvimento raro que atinge uma ou mais glândulas salivares maiores. 
Características clinicas: 
Mais frequente em homens, alguns indivíduos podem nascer com a ausência de todas as 4 glândulas maiores, mas alguns podem ter apenas de uma. A face não muda de aparência porque os sítios onde se localizam as glândulas ficam preenchidos de tecido conjuntivo e gordura. Os ductos salivares são ausentes. 
O sintoma mais comum é intensa xerostomia. A língua se apresenta espessa e os pacientes apresentam risco aumentado de desenvolver carie e erosão dentária. Pode haver algum grau de lubrificação devido à presença de glândulas salivares menores. 
Tratamento:
Uso de substitutos salivares, mascar chicletes e ingerir alimentos azedos para estimular as glândulas. 
MUCOCELE (FENÔMENO DE EXTRAVASAMENTO DE MUCO):
É resultante da ruptura de um ducto de glândula salivar, e de extravasamento de mucina para os tecidos moles vizinhos. 
A Mucocele não é um cisto verdadeiro, pois não há revestimento epitelial interno. 
Características clinicas:
Se apresentam como aumentos de volume mucosos arredondados. São mais comuns em crianças e adultos jovens. São flutuantes e algumas são firmes a palpação. O lábio inferior é o sitio mais comum da Mucocele, são encontradas lateral à linha média. 
As lesões normalmente se rompem, deixando ulceras rasas, dolorosas que cicatrizam em pouco tempo, episódios repetidos na mesma localização não são incomuns. 
Histopatologia:
Área de mucina extravasada, circundada por tecido de granulação reacional, presença de inflamação, em alguns casos são vistos o ducto salivar desembocando na lesão. 
Tratamento: 
Muitas lesões se rompem e cicatrizam sozinhas, no entanto alguns casos são crônicos e é preciso excisão local. 
RANULA:
“Mucocele que ocorre o assoalho da boca”, a glândula sublingual produz um fluxo continuo de muco, mesmo na ausência de estimulação neural, o que contribui para a sua capacidade de produzir ranula após a ruptura de algum ducto salivar. 
Características clinicas: 
Aumentode volume arredondado, flutuante, azulado no assoalho bucal, são frequentes em crianças e adultos jovens, estão localizadas lateralmente à linha média. Pode haver extravasamento para o musculo Milo hioideo causando aumento de volume no pescoço. 
Histopatologia: 
É semelhante à Mucocele. Mucina extravasada, tecido de granulação reacional que contem histiocitos espumosos. 
Tratamento:
Remoção da glândula sublingual e marsupialização em ranulas menores. 
CISTO DO DUCTO SALIVAR: (CISTO DE RETENÇÃO DE MUCO)
Epitélio que surge a partir do tecido da glândula salivar, é um cisto de desenvolvimento verdadeiro, delimitado por epitélio. 
Características clinicas: 
Comum em adultos e podem acometer glândulas salivares maiores e menores. Nas maiores são mais comuns na glândula parótida, apresentando aumento de volume assintomático e crescimento lento. Nas menores os locais mais acometidos são assoalho da boca, mucosa jugal e lábios. São também semelhantes às mucoceles, pode apresentar coloração azulada dependendo da profundidade do cisto abaixo da mucosa de superfície. Alguns cistos são firmes à palpação.
Histopatologia: 
Pode apresentar epitélio cuboidal, colunar ou pavimentoso atrófico, circundado por uma secreção fluida ou mucoide na luz. 
Tratamento: 
Quando isolados são tratados com excisão cirúrgica conservadora, para cistos nas glândulas maiores, a remoção da glândula ou parte dela é recomendada. Em geral não tem recidiva. 
SIALOLIETISE:
Estruturas calcificadas que se desenvolvem dentro do sistema de ductos das glândulas salivares. Surgem pela deposição de cálcio ao redor de um ninho de debris dentro da luz do ducto. Esses debris podem incluir muco espesso, bactérias, células epiteliais ductais ou corpos estranhos. Seu desenvolvimento não está ligado a nenhum desequilíbrio metabólico. 
Características clinicas: 
Na maioria das vezes se desenvolve dentro do sistema ductal da glândula submandibular, nas demais glândulas maiores são menos frequentes. Podem acometer também as glândulas menores, no lábio superior e mucosa jugal. São mais comuns em adultos jovens e pessoas de meia idade. 
Causa episódios de dor ou aumento de volume da glândula afetada, especialmente durante as refeições. Causa obstrução no ducto. Na radiografia são radiopacos, no entanto nem todos os sialolitos são visíveis em radiografias convencionais, devido ao grau de calcificação da lesão. 
Podem ser descobertas ao longo do ducto ou dentro da própria glândula. 
As sialolietise de glândulas menores são assintomáticas, mas podem produzir aumento de volume local causando dor na glândula afetada. 
Histopatologia:
Se apresenta como uma massa dura, de formato arredondado, oval ou cilíndrico. Normalmente é de cor amarelada, mas pode ser também branca ou castanho-claro. Os cálculos são maiores na submandibular do que nas parótidas e glândulas menores. Geralmente são solitários, mas podem apresentar mais cálculos. 
As massas calcificadas exibem laminações concêntricas que podem circundar um ninho amorfo de debris. Geralmente ele irá exibir Metaplasia escamosa, oncótica ou mucosa. Presença de inflamação periductal. Geralmente a obstrução esta ligada a uma sialolietise aguda ou crônica. 
Tratamento:
Tentativa de ordenhar o cálculo para fora de forma conservadora com movimentos suave, aplicação de calor e ingerir mais líquidos também podem auxiliar a saída do cálculo. Os grandes sialolitos ou com presença de dano inflamatório são removidos com cirurgia. Os de glândula menores são removidos com excisão cirúrgica, incluindo a excisão das glândulas associadas. 
SIALODENITE
É causada por infecção das glândulas salivares (caxumba), surge como resultado de obstrução ductal ou de decréscimo do fluxo salivar, permitindo a disseminação de bactérias. [
Uma das causas mais comuns da sialodenite é cirurgia recente, após a qual pode surgir uma parotidite.
Características clinicas: 
A sialodenite bacteriana aguda é mais comum na glândula parótida e é bilateral em 105 a 25% dos casos. Apresenta inchaço e dor e a pele subjacente pode parecer quente e eritematosa. Pode apresentar febre e drenagem purulenta é observada a partir do orifício do ducto quando a glândula é massageada. 
A obstrução ductal ´persistente é causada por sialolitos e pode levar a sialodenite crônica. Inchaços periódicos e dor ocorrem dentro da glândula afetada, acontece mais durante as refeições quando a glândula é estimulada. Na parótide crônica, o ducto de stensen podem mostrar um padrão característico “em forma de linguiça”. Podem ocorrer também em glândulas salivares menores, como resultado do bloqueio do fluxo ductal ou de trauma local.
Parótide juvenil recorrente: inflamação das glândulas, caracteriza-se por episódios recorrentes de aumento não supurativo da glândula parótida não supurativo da glândula, uni ou bilateral geralmente acomete crianças entre três e seis anos. Tem inúmero fatores etiológicos possíveis: mal formações ductais, fatores genéticos, alterações imunológicas, má oclusões. Se resolve na puberdade. 
Sialodenite necrotizante subaguda: inflamação das glândulas que acometem mais adolescentes e adultos jovens. Envolve as glândulas do palato mole e duro. É um nódulo doloroso, recoberto por mucosa eritematosa. Não ulcera ou libera tecido necrótico. Causas alérgicas ou infecções são fatores etiológicos da lesão. 
Histopatologia: 
Acumulo de leucócitos dentro do sistema ductal e acinar. Se caracterizada por infiltração difusa ou focal do parênquima glandular por linfócitos e plasmáticos. Atrofia dos acinos é comum, bem como dilatação ductal. Se tiver fibrose é utilizado o termo sialodenite crônica esclerosante. 
Intenso infiltrado inflamatório misto, constituído por linfócitos, neutrófilos, histiocitos e eosinófilos. Há perda da maioria das células acinares e a maior parte das remanescentes exibe necrose. Os ductos tendem a ser atróficos e não apresentam hiperplasia ou Metaplasia escamosa. 
Tratamento: 
Verificar com radiografia se há presença de sialolitos, cultura bacteriana, drenagem purulenta do orifício de saída do ducto. 
O tratamento inclui; antibioticoterapia apropriada, reidratação do paciente para aumentar o fluxo salivar, se houver abcesso drenagem cirúrgica é recomendada. Em pacientes debilitados o risco de morte é possível, por causar infecção e sepse. Dependendo da gravidade varia de terapia conservadora a intervenção cirúrgica. 
SINDROME DE SJOGREN:
É uma doença autoimune de causa desconhecida que afeta as glândulas lacrimais e salivares, causando olho e boca seca. Os sintomas de olho seco podem apresentar-se como sensação de areia nos olhos ou de corpo estranho, dificuldade para abril os olhos pela manhã, vermelhidão. A boca seca leva a dificuldade de comer alimentos secos sem ingerir líquido, língua grudada no céu na boca pela manhã, feridas pequenas nos cantos da boca, cáries frequentes e quebra fácil dos dentes.  
A causa é ainda indefinida, entretanto, causas ambientais e genéticas estão relacionadas com o aparecimento da doença. Os sintomas são: Pele seca, dor articular, comprometimento pulmonar, vagina seca, cansaço fácil, alergias frequentes, cálculos renais, sintomas neurológicos, pulmonares (bronquite, tosse seca, e falta de ar). 
Histopatologia:
O principal achado é uma infiltração linfocitica nas glândulas salivares que leva a destruição das unidades acinares. O epitélio ductal persiste e as células mioepiteliais circundantes se tornam hiperplásicas, formando grupos característicos de células (ilhas epimioepiteliais) ao longo de toda a proliferação linfoide.
Tratamento:
O principal tratamento é o de suporte; a secura pode ser diminuída com lagrimas artificiais. Salivas artificiais, tratamentos para a xerostomia, tais como: mascar chicletes e balas para a manutenção da lubrificação bucal. Medicamentos sialogogos, como pilocarpina e a cevimelina podem ser uteis para estimular o fluxo salivar se houver a presença de tecido glanular viável. Aplicação de flúor para evitar a carie, tratamento antifúngicopara a cândida secundaria.

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