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Apostila Química Experimental I - 106202.2013.1

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1 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA 
DE
PAR
TAMENTO
DE
 
 QUIM IC
A
 
 
 
 
 
 
ROTEIROS DE AULAS PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2013/1 
São Cristóvão - SE 
Química Experimental I 
(106202) 
2 
 
Aula 1 
Apresentação do Curso e Informações gerais para uso e 
permanência em laboratório 
 
I- Informações gerais de segurança no laboratório 
 
Laboratórios são lugares de trabalho que necessariamente não são perigosos, 
desde que certas precauções sejam tomadas. Acidentes em laboratórios ocorrem 
freqüentemente em virtude da não observância das recomendações técnicas 
apropriadas. Todo aquele que trabalha em laboratório deve ter responsabilidade no 
seu trabalho e evitar atitudes ou pressa que possam acarretar acidentes e possíveis 
danos para si e para os demais. Deve prestar atenção a sua volta e se prevenir contra 
perigos que possam surgir do trabalho de outros, assim como do seu próprio. O 
usuário de laboratório deve, portanto, adotar sempre uma atitude atenciosa, cuidadosa 
e metódica no que faz. Deve, particularmente, concentrar-se no trabalho que faz e não 
permitir qualquer distração enquanto trabalha. Da mesma forma, não deve distrair os 
demais enquanto desenvolvem trabalhos no laboratório. 
 
 
Regras Básicas de Segurança 
 
01. Use sempre avental, de algodão com mangas compridas. 
02. Use os óculos protetores de olhos, sempre que estiver no laboratório. 
03. Aprenda a usar extintor antes que o incêndio aconteça. 
04. Não fume, não coma ou beba no laboratório. 
05. Evite trabalhar sozinho, e fora das horas de trabalho convencionais. 
06. Não jogue material insolúvel nas pias (sílica, carvão ativo, etc). Use um frasco de 
resíduo apropriado. 
07. Não jogue resíduos de solventes nas pias. Resíduos de reações devem ser antes 
inativados, depois armazenados em frascos adequados. 
08. Em caso de acidente, mantenha a calma, desligue os aparelhos próximos, inicie o 
combate ao fogo, isole os inflamáveis, chame os Bombeiros. 
09. Não entre em locais de acidentes sem uma máscara contra gases. 
10. Ao sair do laboratório, o último desliga tudo, e verificando se tudo está em ordem. 
11. Trabalhando com reações perigosas, explosivas, tóxicas, ou cuja periculosidade 
você não está bem certo, use a capela, o protetor acrílico (Shield), e tenha um 
extintor por perto. 
12. Nunca jogue no lixo restos de reações. 
13. Realize os trabalhos dentro de capelas ou locais bem ventilados. 
14. Em caso de acidente (por contato ou ingestão de produtos químicos) procure o 
médico indicando o produto utilizado. 
15. Se atingir os olhos, abrir bem as pálpebras e lavar com bastante água. Atingindo 
outras partes do corpo, retirar a roupa impregnada e lavar a pele com bastante 
água. 
 
 
 
 
 
3 
 
Regras Básicas em Caso de Incêndio no laboratório. 
 
01. Mantenha a calma. 
02. Comece o combate imediatamente com os extintores de CO2 (gás carbônico). 
03. Afaste os inflamáveis de perto. 
04. Caso o fogo fuja ao seu controle, evacue o local imediatamente. 
05. Evacue o prédio. 
06. Desligue a chave geral de eletricidade. 
07. Dê a exata localização do fogo (ensine como chegar lá). 
08. Informe se este é um laboratório químico e que não vão poder usar água para 
combater incêndio em substância química. Solicite um caminhão com CO2 ou pó 
químico. 
 
OBS: Se a situação estiver fora de controle abandone imediatamente a área. 
 
“NÃO TENTE SER HERÓI” 
 
 
Normas Gerais de Segurança 
 
01. Os laboratórios de química devem possuir material de combate de incêndio, tais 
como: extintores de incêndio dos tipos: CO2 e pó químico, que deverão ficar em 
lugares de livre acesso. 
02. O trabalho fora do expediente normal, tanto para professores, como para alunos 
ou funcionários, só será permitido aos que estão devidamente cadastrados. No 
caso dos alunos de iniciação científica e monografia deve-se evitar trabalhar 
sozinho e fora do expediente. 
03. É expressamente PROIBIDO FUMAR nos laboratórios e demais locais indicados 
no prédio. 
04. Qualquer dano ou defeito com necessidade de reparo, que envolva aspectos de 
segurança, deverá ser comunicado imediatamente. Improvisações são pontos 
críticos de falta de segurança. 
 
Normas de Segurança nos Laboratórios 
 
01. Todo experimento dentro ou fora do expediente, que não tiver o acompanhamento 
do interessado, deverá ter uma ficha ao lado, com nome, horário de 
experimentação, reagentes envolvidos e medidas a serem adotadas em casos de 
acidentes. 
02. Todo experimento que envolver certo grau de periculosidade exigirá a 
obrigatoriedade de utilização de indumentária adequada (luvas, óculos, máscaras, 
pinças, aventais, extintores de incêndio). 
03. A utilização de qualquer material que venha a prejudicar ou colocar em perigo a 
vida, ou a saúde dos usuários do ambiente, ou que causem incomodo, deverá ser 
discutida ou comunicada ao responsável do laboratório, o qual sugerirá e/ou 
autorizará o evento sob certas condições como avisos, precauções, horário que 
deve ser feito, etc. 
04. A quantidade de reagentes (inflamáveis, corrosivos, explosivos) armazenados em 
cada laboratório deverá ser limitada a critério do professor responsável pelo 
laboratório. 
05. Certos torpedos de gases, como CO e H2 não podem permanecer internamente 
nos laboratórios, quando não estiverem sendo usados. Os demais cilindros 
quando em uso ou mesmo estocados devem estar sempre preso à paredes ou 
bancadas. 
4 
 
06. Durante as atividades didáticas não será permitido a professor, aluno e 
funcionário a permanência em laboratório durante a aula prática sem o uso 
de guarda-pó, trajando bermudas, ou shorts, sem sapatos e meias. 
07. Cada bancada de laboratório poderá conter um número máximo de alunos, fixado 
pelo professor responsável. 
08. As aulas práticas deverão ter o acompanhamento contínuo do professor durante 
todo o seu desenvolvimento. 
 
 
Cuidados 
 
A – Fogo 
 
01. Quando o fogo irromper em um béquer ou balão de reação, basta tapar o frasco 
com uma rolha, toalha ou vidro de relógio, de modo a impedir a entrada de ar. 
02. Quando o fogo atingir a roupa de uma pessoa algumas técnicas são possíveis: 
a) levá-la para debaixo do chuveiro; 
b) há uma tendência da pessoa correr, aumentando a combustão, neste caso, deve 
derrubá-la e rolá-la no chão até o fogo ser exterminado; 
c) melhor, no entanto, é embrulhá-lo rapidamente em um cobertor (disponível no 
laboratório) para este fim; 
d) pode-se também usar o extintor de CO2, se este for o meio mais rápido. 
03. Jamais use água para apagar o fogo em um laboratório. Use extintor de CO2 ou de 
pó químico. 
04. Fogo em sódio, potássio ou lítio: use extintor de pó químico (não use o gás 
carbônico CO2). Também se pode usar o reagente carbonato de sódio (Na2CO3) 
ou cloreto de sódio (NaCl). 
 
P.S. - Areia não funciona bem para Na, K e Li. - água reage violentamente com 
estes metais 
 
B – Ácidos 
 
01. Ácido sulfúrico: derramado sobre o chão ou bancada pode ser rapidamente 
neutralizado com carbonato ou bicarbonato de sódio em pó. 
02. Ácido Clorídrico: derramado será neutralizado com amônia, que produz cloreto de 
amônio, em forma de névoa branca. 
 
C – Compostos Voláteis de Enxofre 
 
01. Enxofre: tipo mercaptanas, resíduos de reação com DMSO são capturados em 
“trap” contendo solução a 10% de KMnO4 alcalino. 
02. H2S: que se desprende de reações pode ser devidamente capturado em “trap” 
contendo solução a 2% de acetato de chumbo aquoso. 
 
D - Compostos Tóxicos 
 
Um grande número de compostos orgânico e inorgânico são tóxicos. Manipule-os com 
cuidado. Evitando a inalação ou contato direto.Muitos produtos que eram 
manipulados, sem receio, hoje são considerados nocivos à saúde e não há dúvidas de 
que a lista de produtos tóxicos deva aumentar. A relação abaixo compreende alguns 
produtos tóxicos de uso comum em laboratório: 
 
 
5 
 
Compostos Altamente Tóxicos 
 
São aqueles que podem provocar rapidamente, graves lesões ou até mesmo a morte. 
- Compostos arsênicos 
- Cianetos Inorgânicos 
- Compostos de mercúrio 
- Ácidos oxálico e seus sais 
- Selênio e seus complexos 
- Pentóxido de vanádio 
- Monóxido de carbono 
- Cloro, Flúor, Bromo, Iodo 
 
Líquidos Tóxicos e Irritantes aos Olhos e Sistema Respiratório. 
 
- Cloreto de acetila - Bromo 
- Alquil e arilnitrilas - Bromometano 
- Benzeno - Dissulfito de Carbono 
- Brometo e cloreto de benzila - Sulfato de metila 
- Ácido fluorbórico - Sulfato de dietila 
- Cloridrina etilênica - Acroleina. 
 
Compostos Potencialmente Nocivos por Exposição Prolongada 
 
a) Brometos e cloretos de alquila: Bromometano, bromofórmio, tetracloreto de 
carbono, diclorometano, iodometano. 
b) Aminas alifáticas e aromáticas: anilinas substituídas ou não dimetilamina, 
trietilamina, diisopropilamina. 
c) Fenóis e composto aromáticos nitrados: Fenóis substituídos ou não cresóis, 
catecol, resorcinol, nitrobenzeno, nitrotolueno. 
 
 
Substâncias Carcinogênicas 
 
Muitos compostos são suspeitos ou já comprovados causadores de tumores 
cancerosos. Deve-se ter todo o cuidado no manuseio de compostos suspeitos de 
causarem câncer, evitando-se a todo custo a inalação de vapores e o contato com a 
pele. Devem ser manipulados exclusivamente em capelas e com uso de luvas 
protetoras. Entre os grupos de compostos comuns em laboratório incluem: 
a) Aminas aromáticas e seus derivados: anilinas N-substituídas ou não. naftilaminas, 
benzidinas, 2-naftilamina e azoderivados. 
b) Compostos N-nitroso, nitrosoaminas (R’-N(NO)-R) e nitrozoamidas. 
c) Agentes alquilantes: diazometano, sulfato de dimetila, iodeto de metila, 
propiolactona, óxido de etileno. 
d) Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos: benzopireno, dibenzoantraceno. 
e) Compostos que contém enxofre: tiocetamida, tiouréia. 
f) Benzeno: É um composto carcinogênico cuja concentração mínima tolerável é 
inferior aquela normalmente percebida pelo olfato humano. Se você sente cheiro de 
benzeno é porque a sua concentração no ambiente é superior ao mínimo tolerável. 
Evite usá-lo como solvente e sempre que possível substitua por outro solvente 
semelhante e menos tóxico (por ex. tolueno). 
g) Amianto: A inalação por via respiratória de amianto pode conduzir a uma doença de 
pulmão, a asbesto, uma moléstia dos pulmões que aleija e eventualmente mata. 
Em estágios mais adiantados geralmente se transforma em câncer dos pulmões. 
 
6 
 
E – Manuseio de gases 
 
Regras no manuseio de gases: 
01. Armazenar em locais bem ventilados, secos e resistentes ao fogo. 
02. Proteger os cilindros do calor e da irradiação direta. 
03. Manter os cilindros presos à parede de modo a não caírem. 
04. Separar e sinalizar os recipientes cheios e vazios. 
05. Utilizar sempre válvula reguladora de pressão. 
06. Manter válvula fechada após o uso. 
07. Limpar imediatamente equipamentos e acessórios após o uso de gases corrosivos. 
08. Somente transportar cilindros com capacete (tampa de proteção da válvula) e em 
veículo apropriado. 
09. Não utilizar óleos e graxas nas válvulas de gases oxidantes. 
10. Manipular gases tóxicos e corrosivos dentro de capelas. 
11. Utilizar os gases até uma pressão mínima de 2 bar, para evitar a entrada de 
substâncias estranhas. 
 
F - Manuseio de Produtos Químicos 
 
Regras de segurança para manuseio de produtos químicos; 
 
01. Nunca manusear produtos sem estar usando o equipamento de segurança 
adequado para cada caso. 
02. Usar sempre material adequado. Não faça improvisações. 
03. Esteja sempre consciente do que estiver fazendo. 
04. Comunicar qualquer acidente ou irregularidade ao seu superior e a Segurança. 
05. Não pipetar, principalmente, líquidos cáusticos ou venenosos com a boca. Use os 
aparelhos apropriados. 
06. Procurar conhecer a localização do chuveiro de emergência e do lava-olhos e 
saiba como usá-lo corretamente. 
07. Nunca armazenar produtos químicos em locais impróprios. 
08. Não fumar nos locais de estocagem e no manuseio de produtos químicos. 
09. Não transportar produtos químicos de maneira insegura, principalmente em 
recipientes de vidro e entre aglomerações de pessoas. 
 
G - Descarte de Produtos Químicos 
 
O descarte de Produtos Químicos deve ser feito de acordo com as normas 
existentes no laboratório. Deve-se usar “frascos específicos para este fim” e “nunca 
devem ser jogados na pia”. 
 
H - Aquecimento no Laboratório 
 
Ao se aquecerem substâncias voláteis e inflamáveis no laboratório, deve-se 
sempre levar em conta o perigo de incêndio. Para temperaturas inferiores a 100oC use 
preferencialmente banho-maria ou banho a vapor. Para temperaturas superiores a 
100oC use banhos de óleos. Parafina aquecida funciona bem para temperaturas de 
até 220oC; glicerina pode ser aquecida até 150oC sem desprendimento apreciável de 
vapores desagradáveis. Banhos de silicone são os melhores, mas são também os 
mais caros. Uma alternativa quase tão segura quanto os banhos são as mantas de 
aquecimento. O aquecimento é rápido e eficiente, mas o controle da temperatura não 
é tão conveniente como em banhos. Mantas de aquecimento não são recomendadas 
para a destilação de produtos muito voláteis e inflamáveis como: éter petróleo, éter 
etílico e CS2. Para altas temperaturas (>200oC) pode-se empregar um banho de areia. 
7 
 
O aquecimento e o resfriamento do banho deve ser lento. Chapas de aquecimento 
podem ser empregadas para solventes menos voláteis e inflamáveis. Nunca aqueça 
solventes voláteis em chapas de aquecimento (éter, CS2, etc.). Ao aquecer solventes 
como etanol ou metanol em chapas, use um sistema munido de condensador. 
Aquecimento direto com chamas sobre a tela de amianto são recomendados para 
líquidos não inflamáveis (por ex. água). 
 
OBS: Solventes com ponto de inflamabilidade menor 0oC, necessariamente. 
precisam ser manuseados em banho-maria quando aquecido. 
 
Ponto de Inflamabilidade (0°C) 
Éter Etílico -40 
n-hexano -23 
Acetona -18 
Dimetilformamida +62 
 
 
 
 
ROTULAGEM - SÍMBOLOS DE RISCO 
 
 
Facilmente Inflamável (F) 
 
 
 
Classificação: Determinados peróxidos orgânicos; líquidos com pontos de inflamação 
inferior a 21°C, substâncias sólidas que são fáceis de inflamar, de continuar 
queimando por si só; liberam substâncias facilmente inflamáveis por ação de umidade. 
Precaução: Evitar contato com o ar, a formação de misturas inflamáveis gás-ar e 
manter afastadas de fontes de ignição. 
 
 
Extremamente inflamável (F+) 
 
 
 
Classificação: Líquidos com ponto de inflamabilidade inferior a 0o C e o ponto máximo 
de ebulição 35oC; gases, misturas de gases (que estão presentes em forma líquida) 
que com o ar e a pressão normal podem se inflamar facilmente. Precauções: Manter 
longe de chamas abertas e fontes de ignição. 
 
 
8 
 
Tóxicos (T) 
 
 
Classificação: A inalação, ingestão ou absorção através da pele, provoca danos à 
saúde na maior parte das vezes, muito graves ou mesmo a morte. Precaução: Evitar 
qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com produtos 
cancerígenos, 
teratogênicos ou mutagênicos. 
 
 
Muito Tóxico (T+) 
 
 
 
Classificação: A inalação, ingestão ou absorção através da pele, provoca danos à 
saúde na maior parte das vezes, muito graves ou mesmo a morte. Precaução: Evitar 
qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com produtos 
cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.Corrosivo ( C ) 
 
 
Classificação: por contato, estes produtos químicos destroem o tecido vivo, bem como 
vestuário. Precaução: Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele, os olhos e 
vestuário. 
 
 
Oxidante (O) 
 
 
Classificação: Substâncias comburentes podem inflamar substâncias combustíveis ou 
acelerar a propagação de incêndio. Precaução: Evitar qualquer contato com 
9 
 
substâncias combustíveis. Perigo de incêndio. O incêndio pode ser favorecido 
dificultano a sua extinção. 
 
 
Nocivo (Xn) 
 
 
Classificação: Em casos de intoxicação aguda (oral, dermal ou por inalação), pode 
causar danos irreversíveis à saúde. Precaução: Evitar qualquer contato com o corpo 
humano, e observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, teratogênicos ou 
mutagênicos. 
 
 
Irritante (Xi) 
 
 
Classificação: Este símbolo indica substâncias que podem desenvolver uma ação 
irritante sobre a pele, os olhos e as vias respiratórias. Precaução: Não inalar os 
vapores e evitar o contato com a pele e os olhos. 
 
 
Explosivo (E) 
 
 
Classificação: Este símbolo indica substâncias que podem explodir sob determinadas 
condições. Precaução: Evitar atrito, choque, fricção, formação de faísca e ação do 
calor. 
 
 
Referência: 
1. Manual de Segurança para o Laboratório de Química - IQ – UNICAMP 
CIPA/CPI , 1982 
2. Code of Safety Regulations - School of Chemical Sciences - UEA, 1996. 
3. Manual de Prevenção de Acidentes em Laboratórios - Departamento de 
Química - UFSM, 1986. 
4. Normas de Segurança da Merck (posters), 1997. 
5. Segurança com produtos químicos Manual da Merck. 
6. Safety Code of Practice, Chemistry Departaments University College London 
(1996). 
7. Tabelas Auxiliares para Laboratório Químico; Reagentes Merck. 
10 
 
Aula 2 
Materiais utilizados em laboratórios 
 
 O Laboratório Químico é um lugar especialmente planejado para que seus 
usuários executem um trabalho eficiente, contendo: bancada ampla e resistente ao 
ataque de substâncias químicas, boa iluminação, fontes acessíveis de água, gás, 
eletricidade, área especial para manipulação de gases tóxicos, etc. Além de toda essa 
estrutura citada, deve-se relevar também, a importância dos recipientes e 
equipamentos. Estes possuem funções importantes e específicas de acordo com a 
Tabela1. 
 
Tabela 1. Principais vidrarias e aparatos utilizados nos laboratórios. 
Ilustração Função 
 
 Tubo de Ensaio 
Tubos fechados em uma das extremidades, utilizados para 
conter pequenas quantidades de material sólido ou líquido na 
realização de testes e reações químicas. A transparência 
permite a perfeita observação dos fenômenos que ocorrem. 
Podem ser aquecido cuidadosamente com movimentos 
circulares e diretamente sob a chama do BICO DE BUNSEN. 
 
Béquer 
É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre 
soluções, dissolver substâncias sólidas e efetuar reações de 
precipitação. Feitos de vidro Pyrex, resistem bem ao 
aquecimento, quando feito sobre a TELA DE AMIANTO, ao 
resfriamento e ataque por drogas químicas. São recipientes de 
fácil limpeza. 
 
 
Funil de haste 
longa 
 Apresenta duas aplicações importantes: na transferência de 
líquidos para frascos de boca estreita ou em filtração, para 
suportar o papel poroso (papel de filtro) destinado a reter as 
partículas grosseiras, em suspensão na mistura sólido-líquido a 
ser separada. 
 
 
Kitassato ou 
frasco de sucção 
 
 Usado para filtração à pressão reduzida. É utilizado em 
conjunto com o funil de Buchner para filtrações à vácuo. 
 
 
11 
 
Tabela 1. Principais vidrarias e aparatos utilizados nos laboratórios (Continuação). 
Ilustração Função 
 
Funil de separação 
 
 
 
 Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na 
extração líquido/líquido. 
 
 
Funil de 
BUCHNER 
 
 
 Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a 
função de FILTRO em conjunto com o KITASSATO. 
 
 
Vidro de relógio 
 Peça de Vidro de forma côncava é usada em análises e 
evaporações. Não pode ser diretamente aquecida. 
 
 
Condensador 
 
 
 
 Tem como finalidade condensar vapores gerados pelo 
aquecimento de líquidos. 
 
 
Erlenmeyer 
 
 Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para 
dissolver substâncias e proceder às reações entre soluções. 
 
 
 
 
12 
 
Tabela 1. Principais vidrarias e aparatos utilizados nos laboratórios (Continuação). 
Ilustração Função 
 
Dessecador 
 É um recipiente grande provido de tampa bem ajustada, 
destinado a manter atmosfera anidra. Para tal, o 
compartimento inferior é carregado com agente dessecante, 
como CaCl2 anidro ou sílica-gel. Usado para secagem e 
proteção contra umidade de materiais higroscópicos; cadinhos 
quando aquecidos podem ser resfriados em seu interior, para 
posterior secagem, etc... 
 
 
 
Balão volumétrico 
 
 
 Possui volume definido e é utilizado para o preparo de 
soluções em laboratório. Não se deve armazenar solução em 
balão volumétrico. 
 
 
Balão de fundo 
chato 
 
 
 Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, 
ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode 
ser aquecido sobre o TRIPÉ com TELA DE AMIANTO. 
 
 
Balão de fundo 
redondo 
 
 Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e evaporação 
a vácuo, acoplado a ROTAEVAPORADOR. 
 
Cadinho 
 Geralmente de porcelana é usado para aquecer substâncias 
a seco e com grande intensidade, por isto pode ser levado 
diretamente ao bico de bunsen ou em fornos (mufla) a altas 
temperaturas. 
 
 
13 
 
Tabela 1. Principais vidrarias e aparatos utilizados nos laboratórios (Continuação). 
Ilustração Função 
 
Almofariz com pistilo 
 
Usado na trituração e pulverização de sólidos. 
 
Suporte Universal 
Utilizado em operações como: filtração, suporte para 
condensador, bureta, sistemas de destilação etc. Serve 
também para sustentar peças em geral. 
 
 
Bico de Bunsen 
 
 
 
É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. 
 
Anel 
Usado como suporte do funil em filtração 
 
Tripé 
 
Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em 
vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com 
a tela de amianto. 
 
 
 
Tela de amianto 
 Suporte para as peças serem aquecidas. O amianto é 
uma fibra natural sintética, largamente utilizado na indústria 
devido a suas propriedades físico-químicas: Alta resistência 
mecânica e a elevadas temperaturas, incombustibilidade, 
boa qualidade isolante, durabilidade, flexibilidade, 
indestrutibilidade, resistente ao ataque de ácidos, álcalis e 
bactérias. A função do amianto é distribuir uniformemente o 
calor recebido pelo bico de Bunsen. É extraído 
fundamentalmente de rochas compostas de silicatos 
hidratados de magnésio, onde apenas de 5 a 10% se 
encontram em sua forma fibrosa de interesse comercial. 
 
14 
 
Tabela 1. Principais vidrarias e aparatos utilizados nos laboratórios (Continuação). 
Ilustração Função 
 
Bureta 
 
 
 
 
Aparelho utilizado em análises volumétricas. 
 
 
Pipeta graduada 
 
 
Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes 
variáveis. Não pode ser aquecida. 
 
 
Pipeta volumétrica 
Usada para medir e transferir volume de líquidos. Não pode 
ser aquecida pois possui grande precisão de medida. 
 
 
 
Proveta 
 
 
Serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não 
pode ser aquecida. 
 
 
 
 
15 
 
Tabela 1. Principais vidrariase aparatos utilizados nos laboratórios (continuação). 
Ilustração Função 
E
stante ou grade 
 
 
É usada para suporte de os TUBOS DE ENSAIO 
 
Garra de condensador 
 
Usada para prender o condensador à haste do suporte ou 
outras peças como balões, erlenmeyers etc. 
 
Pinça de madeira 
 
Usada para prender o TUBO DE ENSAIO durante o 
aquecimento. 
 
 
Pinça metálica 
 
 
Usada para manipular objetos aquecidos. 
 
 
Garra dupla 
Utilizada para fixar buretas 
 
 
Pisseta 
Usada para lavagens de materiais ou recipientes através de 
jatos de água, álcool ou outros solventes. 
16 
 
Aula 3 
Elaboração de Relatório 
 
 O desenvolvimento correto da prática, a precisão dos dados empíricos e o domínio 
teórico do assunto relacionado com a prática são alguns fatores essenciais para um bom 
desenvolvimento das disciplinas experimentais. No entanto é necessário apresentá-los em 
forma de texto organizado e lógico. Esse é o papel do relatório. 
 O relatório de atividades deve em primeiro lugar, retratar o que foi realmente 
realizado no experimento, sendo de fundamental importância a apresentação de um 
documento bem ordenado e de fácil manuseio. Além disso, deve ser o mais sucinto possível 
e descrever as atividades experimentais realizadas, a base teórica dessas atividades, os 
resultados obtidos e sua discussão, além da citação da bibliografia consultada. 
O relatório deve ser redigido de uma forma clara, precisa e lógica. Redija sempre de forma 
impessoal, utilizando-se a voz passiva no tempo passado. Ex. “a massa das amostras 
sólidas foi determinada utilizando-se uma balança.” 
Devem ser evitadas expressões informais ou termos que não sejam estritamente técnicos 
(Não utilize em hipótese alguma adjetivo possessivo, como por exemplo, minha reação, meu 
banho, meu qualquer coisa). É recomendável, efetuar uma revisão do relatório para retirar 
termos redundantes, clarificar pontos obscuros e retificar possíveis erros. 
 Uma atenção especial deve ser dada aos termos técnicos, resultados, fórmulas e 
expressões matemáticas. As ilustrações, tabelas, fórmulas e gráficos deverão vir em uma 
sequência mais adequada ao entendimento do texto. Devem ser numerados e seus títulos e 
legendas devem constar imediatamente abaixo de cada um. 
Exemplo de Tabela e seu título 
Tabela 01 - Algumas características dos estados da matéria 
Estado da matéria Compressibilidade Fluidez ou rigidez Densidade relativa 
Gasoso Alta fluido baixa 
Líquido muito baixa fluido alta 
Sólido muito baixa rígido alta 
Exemplo de Figura e seu título 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Balança Analítica 
17 
 
Em suma, o relatório deve ser dividido em 5 seções básicas como mostramos abaixo: 
 
Título e data de realização 
1 - Introdução - deve situar o leitor no assunto a ser abordado. Faça uma breve descrição 
dos aspectos teóricos ou princípios envolvidos, preocupando-se em inserir nessa seção os 
seguintes aspectos: princípios teóricos em que se baseia a prática; relevância da prática; e 
objetivos do experimento. Normalmente, as citações bibliográficas são feitas por números 
entre parênteses e listadas no final do relatório. Lembrar que a introdução não é uma cópia 
da literatura. Não copie os textos consultados, para isso basta uma máquina de fotocópias. 
A introdução deve conter no máximo 5 parágrafos e não exceder a 400 palavras. 
2 - Parte Experimental: texto descrevendo a metodologia empregada para a realização do 
experimento. Geralmente é subdividido em duas partes: 2.1 Materiais e Reagentes: um 
texto, apresentando a lista de materiais e reagentes utilizados no experimento, 
especificando o fabricante e o modelo de cada equipamento, assim como a procedência e o 
grau de pureza dos reagentes utilizados; e 2.2 Procedimento: um texto, descrevendo de 
forma detalhada e ordenada as etapas necessárias à realização do experimento. Descreva 
como o experimento efetivamente como foi feito incluindo, se for o caso, qualquer 
modificação no procedimento apresentado no roteiro. No relatório você deve apresentar o 
procedimento realizado de modo bem mais sucinto e objetivo do que o apresentado no 
roteiro, mas sem suprimir fatos ou atividades importantes bem como a descrição dos 
instrumentos utilizados. 
3 - Resultados e Discussão - esta é a parte principal do relatório, onde serão mostrados 
todos os resultados obtidos, que podem ser numéricos ou não. Deverá ser feita uma análise 
dos resultados obtidos, com as observações e comentários pertinentes. Em um relatório 
desse tipo espera-se que o aluno discuta os resultados em termos dos fundamentos 
estabelecidos na introdução, mas também que os resultados inesperados e as observações 
sejam relatados, procurando uma justificativa plausível para o fato. Em textos científicos 
utilizam-se tabelas, gráficos e figuras como suporte para melhor esclarecer o leitor do que 
se pretende dizer. 
4 - Conclusão - neste item deverá ser feita uma avaliação global do experimento realizado; 
relacionando suas conclusões com o objetivo apresentado na introdução, comente sobre os 
pontos positivos e a eficiência da prática. Tente levantar possíveis erros e sugestões para 
otimização do experimento. Não é uma síntese do que foi feito e também não é a repetição 
da discussão. 
5 - Referências Bibliográficas - listar a bibliografia consultada para elaboração do relatório, 
utilizando-se as normas recomendadas pela ABNT. Livros e artigos usados para escrever o 
relatório podem ser indicados no texto ou relacionados neste item conforme exemplos abaixo: 
- Ao referir no texto usar por exemplo ... “segundo SMITH (2005)” ou “segundo SMITH et al. 
(2005)”.... 
- 
- Exemplos para a lista das referências: 
SMITH, E. F., McCARTHY, P., MARK, H. B. Jr. Sulfuric acid treatment of peat for cation 
exchange. Journal Water Pollut. Control v. 49, n. 4, p. 633-638, 1997. 
 
Russel, J.B. Química Geral. Trad. de G. Vicentini et alli. São Paulo, Mc Graw-Hill, 1982. 
Para maiores esclarecimentos sobre a correta descrição das referências bibliográficas 
solicitar auxílio com as bibliotecárias da biblioteca da universidade. 
18 
 
Exemplo de Relatório 
Título: DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DO CHUMBO SÓLIDO 
Data: 03/04/2009 
Aluno: João da Silva 
 
1-INTRODUÇÃO 
 
O chumbo é um elemento químico metálico, de número atômico 82, que funde na 
temperatura de 600,6 K. Seu símbolo químico é Pb. É aplicado em proteção contra 
radiação ionizante, em acumuladores (baterias), soldas, munição, além de outras. 
(BARBOSA, 1999) 
Densidade é a razão entre a massa e o volume (vide Equação 1). É uma 
propriedade física que pode ser utilizada para identificar substâncias. Pelo fato dos 
sólidos serem bem pouco compressíveis, a densidade dos sólidos não varia muito com 
a temperatura. 
 
volume
massadensidade = 
(1) 
 
O objetivo deste experimento é determinar a densidade do chumbo sólido e 
compará-lo com o valor 11,35 g / cm3 apresentado na literatura. (KOTZ, 2002) 
 
 
2- PARTE EXPERIMENTAL 
 
2.1 – Materiais e Reagentes 
• Proveta de vidro (capacidade: 50,0 cm3) 
• Balança (precisão ±0,1 g) – Fabricante: Perkin Elmer 
• Água destilada 
• Corpos de chumbo (tamanhos variados) 
 
1.2 – Procedimento 
 
Foram pesados três corpos de chumbo, de tamanhos variados, em uma balança 
técnica, anotando-se as massa com precisão de ±0,1 g. Cada corpo de chumbo foi 
imerso em uma proveta de vidro, de capacidade igual a 50,0 cm3, contendo 
préviamente 25,0 cm3 de água destilada. A seguir, anotou-se o volume de água 
deslocado após a imersão de cada corpo de chumbo. Todo o procedimento foi feito na 
temperatura ambiente do laboratório, igual a 303,15 K. 
 
 
3-RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os valores das massas dos corpos de chumbo e dos volumesde água deslocados 
após a imersão de cada corpo estão apresentados na Tabela 1. Assumiu-se que o 
volume deslocado de água corresponde ao volume do corpo imerso. A densidade de 
cada corpo de chumbo foi calculada, a partir dos valores medidos de massa e de 
volume, utilizando a Equação 1. Por fim, determinou-se o valor médio da densidade do 
chumbo e o respectivo desvio-padrão, que mede a precisão do resultado. O valor 
obtido para a densidade do chumbo é igual a 11,4 ± 0,1 g / cm3 e apresenta uma boa 
concordância com o valor da literatura 11,35 g / cm3. (KOTZ, 2002) 
19 
 
Tabela 1. Valores das massas dos corpos de chumbo, dos volumes de água 
deslocados e das densidades calculadas. 
 
Corpo de Chumbo massa / g volume / cm3 densidade / g/cm3 
1 57,5 5,0 11,5 
2 79,8 7,0 11,4 
3 101,7 9,0 11,3 
média 11,4 
desvio-padrão ± 0,1 
 
 
 
4 -CONCLUSÃO 
A partir de medidas de massa e de volume de corpos de chumbo de tamanhos 
variados, determinou-se o valor 11,4 ± 0,1 g / cm3 para a densidade do chumbo sólido, 
na temperatura de 303,15 K. Este valor apresenta uma boa concordância com o valor 
11,35 g / cm3, reportado na literatura. 
 
 
5 –REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS 
BARBOSA, A. L. Dicionário de Química. AB Editora: Goiânia, 1999. p.81. 
KOTZ, J. C.; TREICHEL, Jr. P. Química e Reações Químicas. 4.ed., v.1, LTC Editora 
S.A.: Rio de Janeiro, 2002. 
20 
 
Aula 4 
Medidas de massa e volume 
 
1- Fundamentos teóricos 
 
1.1 Técnicas de volumetria 
 
 
Quando desejamos medir volumes aproximados de líquidos, podemos fazê-lo 
com um material volumétrico não muito preciso e prático que é a proveta ou cilindro 
graduado, enquanto que, para medidas precisas, devemos utilizar materiais precisos 
tais como buretas, pipetas e balões volumétricos (Figura 1). Estes últimos são 
calibrados pelo fabricante a uma temperatura padrão de 20° C, devendo-se, portanto, 
trabalhar de preferência nesta temperatura para evitar desvios em virtude de dilatação 
do aquecimento. 
 
 
 
 
 
 
Aparelhos de medidas aproximadas de 
volumes 
 
Aparelhos de medidas precisas de 
volumes 
Figura 1. Aparelhos para medidas volumétricas. 
 
 
 Para efetuar medidas volumétricas são empregados vários tipos de aparelhos, 
que podem ser classificados em duas categorias: 
 
a) Aparelhos calibrados para dar escoamento a determinados volumes, indicado pelo 
fabricante como TD (to deliver). 
b) Aparelhos calibrados para conter um volume líquido, indicado pelo fabricante como 
TC (to contain). 
 
Na classe a estão contidas as pipetas e as buretas e, na classe b, estão incluídos os 
balões volumétricos. 
 
 A medida de volumes líquidos com qualquer dos referidos aparelhos está sujeita a 
uma série de erros devido às seguintes causas: 
 
a) Ação da tensão superficial sobre as superfícies líquidas. 
b) Dilatações e contrações provocadas pelas variações de temperatura. 
c) Imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos. 
d) Erros de paralaxe. 
21 
 
 A leitura de volume de líquidos claros deve ser feita pela parte inferior e a de 
líquidos escuros pela parte superior, como mostra a Figura 2, para que sejam evitados 
os erros de paralaxe. A medida do volume do liquido é feito comparando-se o nível do 
mesmo com os traços marcados na parede do recipiente. A leitura do nível de líquidos 
claros deve ser feita na parede inferior do menisco, estando a linha de visão V do 
operador perpendicular a escala graduada do equipamento. Observe o procedimento 
de medida e transferência de líquidos utilizando proveta e pipeta (Figuras 1 e 2 ). Já a 
leitura de líquidos escuros deve ser feita pela parte superior para que sejam evitados 
erros paralaxe (pessoais ou sistemáticos). 
 
 
Figura 2. Método apropriado para ler um menisco em uma proveta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3. Procedimento para o manuseio de uma pipeta volumétrica. 
22 
 
1.2 Medidas de massa 
 
 As balanças são instrumentos adequados para medir massas. O manuseio de 
uma balança requer muito cuidado, pois são instrumentos delicados e caros. Para sua 
utilização, devem ser observados os seguintes cuidados gerais: 
 
a) Não remova os pratos, nem os troque com os de outra balança. Mantenha a 
balança no seu lugar; 
b) Não coloque na balança nenhuma substância que não esteja à temperatura 
ambiente; 
c) Mantenha a balança em local onde a vibração, mudanças bruscas de temperatura 
ou de umidade e movimento do ar sejam mínimos; 
d) Conserve a balança sempre limpa, retirando qualquer respingo, partículas ou poeira 
de seus pratos com uma escova especial; 
e) Nunca coloque qualquer objeto diretamente sobre a balança. Líquidos e sólidos, em 
pó ou granulado, devem ser mantidos em algum recipiente seco, previamente 
pesado (tarado) e à temperatura ambiente. Se, durante a pesagem, o material for 
passível de interagir com a atmosfera (evaporação, oxidação, absorção de 
umidade), o frasco deve ser fechado. Para sólidos que não requerem proteção da 
atmosfera e que sejam inertes, a pesagem é feita colocando-se sobre os pratos, 
uma folha de papel adequado; 
f) Toda transferência de substância e/ou de pesos, deve ser feita somente quando os 
pratos estivem travados; 
g) Execute todas as operações com movimentos suaves e cuidadosos; 
h) Use pinças e espátulas; nunca use os dedos para manusear os objetos e 
substâncias que estão sendo pesadas; 
i) Ao terminar seu trabalho, remova todos os pesos e objetos da balança. Mantenha-a 
coberta ou fechada. No caso de balanças eletrônicas, tenha a certeza de que ela 
esteja desligada. 
 
 
 
2-PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
2.1. MEDIDAS DE VOLUME 
 
a) Meça 50 mL de água em uma proveta (50 mL) e transfira para um balão volumétrico de 
50 mL. Confira os volumes. 
b) Adicione 40 mL de água a uma proveta de 50 mL, e outros, 40 mL de água e uma 
proveta de 100 mL. Em ambos os casos, adicione mais 1 mL de água com uma pipeta. 
Verifique a leitura da situação final em cada caso. 
c) Encha uma bureta com água destilada. Depois de tê-la zerado, abra a torneira e deixe 
escoar sobre o erlenmeyer graduado de 125 mL, um volume de 50 mL de água. Verifique se 
os volumes coincidem. 
 
 
2.2. MEDIDAS DE MASSA 
 
a) Determine a massa de uma proveta (50 mL), balão volumétrico (50 mL) e béquer 
(100 mL). Coloque cuidadosamente 50 mL de água destilada em cada recipiente 
referido no item anterior, medindo tal volume na respectiva marca de cada um e 
pese-os novamente. Meça a temperatura da água. Anote os resultados. Use dados 
da densidade da água na temperatura do experimento e determine o volume de fato 
contido em cada recipiente. 
23 
 
Temperatura Densidade (H2O) g cm-3 
Pressão de 
vapor 
oC g/mL Torr 
15 0.9991026 12.79 
16 0.9989460 13.64 
17 0.9987779 14.54 
18 0.9985986 15.49 
19 0.9984082 16.49 
20 0.9982071 17.55 
21 0.9979955 18.66 
22 0.9977735 19.84 
23 0.9975415 21.09 
24 0.9972995 22.40 
25 0.9970479 23.78 
26 0.9967867 25.24 
27 0.9965162 26.77 
28 0.9962365 28.38 
29 0.9959478 30.08 
30 0.9956502 31.86 
 
b) Pese uma proveta de 25 mL. Adicione 100 gotas de água destilada utilizando um 
conta-gotas, pese novamente e leia o volume. Determine a massa e o volume de 
uma gota e a massa equivalente a 1 mL de água. 
 
 
 
 
3-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BACCAN, J.C., BARONE, J.S., GODINHO, O. E. S. de Andrade, Química Analítica 
Quantitativa Elementar. 3ª Ed. São Paulo: Edgard Blucher. 
 
MORITA, T., ASSUMPÇÃO, R. M. V. Manual de Soluções, Reagentes e Solventes. 
2ª Ed. São Paulo: Edgard Blucher. 
24 
 
Aula 5 
Ensaio de Coloração Chama 
 
 
Os átomos de um dado elemento químico após teremsido excitados por uma 
fonte de energia emitem radiações eletromagnéticas (E=hν) quando retornam ao 
estado fundamental. Isto origina um espectro de emissão de linhas, cujas as linhas 
são características desse elemento químico já que a energia desta radiação esta 
relacionada com as transições eletrônicas no átomo. 
As propriedades dos espectros dos elementos químicos fundamentam um 
conjunto de técnicas que possibilitam a identificação dos elementos químicos 
constituintes de um dado composto, por meio da análise dos espectros obtidos, 
designando-se por análise espectral. 
O ensaio de chama se baseia na emissão de radiação eletromagnética pelos 
átomos de um dado elemento químico quando este é excitado por uma chama. A 
emissão de luz com certa coloração permite identificar visualmente a presença do 
metal neste composto. 
A fonte de aquecimento utilizada neste ensaio é o bico de Bunsen, que 
também é usado para outros tipos aquecimentos efetuados em laboratório, desde o 
aquecimento de misturas ou soluções, de alguns graus acima da temperatura 
ambiente, a até calcinações, feitas em cadinhos, que exigem temperaturas de cerca 
de 6000C. As características da chama são mostradas na Figura 4.1. 
 
 
 
 
 
a) Zona externa: Violeta pálida, quase 
invisível, onde os gases fracamente 
expostos ao ar sofrem combustão 
completa, resultando em CO2 e H2O. Esta 
zona é chamada de zona oxidante 
(Temperaturas de 1560-1540ºC). 
b) Zona intermediaria: Luminosa, 
caracterizada por combustão incompleta, 
por deficiência do suprimento de O2. O 
carbono forma CO, o qual se decompõe 
pelo calor, resultando diminutas partículas 
de C (carbono) que, incandescentes, dão 
luminosidade à chama. Esta zona é 
chamada de zona redutora 
(Temperaturas abaixo de 1540ºC). 
c) .Zona interna: Limitada por uma “casca” 
azulada contendo os gases que ainda não 
sofreram combustão – mistura carburente 
(Temperaturas em torno de 300ºC). Para 
se aquecerem bequer, erlenmeyer, balões 
etc., não se deve usar 
 
 
Figura 1: Características da chama de um Bico de Bunsen 
 
 
Zona 
externa 
Zona 
intermediária 
Zona 
interna 
25 
 
OBJETIVOS 
• Aprender a manipular o bico de bunsen 
• Detectar os elementos formadores de um determinado composto, através do 
ensaio de coloração de chama. 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
1) Acender o queimador de gás até obter uma chama adequada. 
Para acender o bico do gás, proceda da seguinte maneira: 
• Feche completamente a entrada de ar no bico; 
• Abra lentamente a válvula do gás e aproxime a chama de um fósforo 
lateralmente, obtendo uma chama grande e luminosa, de cor amarela. 
• Abra vagarosamente a entrada de ar de modo que a chama fique 
completamente azul; 
• Caso a chama se apague ou haja combustão no interior do tubo, 
feche a entrada do gás e reinicie as operações anteriores. O gás 
combustível é geralmente o GLP (gás liquefeito de petróleo ou gás de 
cozinha). 
 
2) Umedecer a alça de platina no ácido clorídrico 50% e levar à parte mais 
quente da chama até evaporar. 
 
3) Umedecer novamente a alça no ácido e tocar na amostra a analisar, de modo 
a aderir uma parte da amostra. Levar à zona mais quente da chama 
novamente (zona não luminosa). 
 
4) Observar a cor da chama correlacionando-a com o metal analisado. 
 
5) Anotar os dados em uma tabela. 
 
6) Limpar cuidadosamente a alça e repetir o teste para outra amostra. 
 
 
PÓS-LABORATÓRIO 
 
1) Por que os átomos emitem luz quando submetidos a chama? 
 
2) Por que cada amostra emite uma cor diferente na chama? 
 
3) Qual a relação entre essa aula e o espectro eletromagnético? 
 
4) Qual região do espectro foi utilizada nessa aula? 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
1) BROWN, T.L. et al. Química a ciência central. Editora Pearson.: São Paulo, 
2005. 
2) SKOOG, D. A, et al, Fundamentos de Química Analítica, Editora Pioneira 
Thomson Learning: São Paulo, 2006. 
 
26 
 
Aula 6 
Precipitação, Filtração e Lavagem 
 
 
1-FUNDAMENTOS TEÓRICOS 
 
 
A) PRECIPITAÇÃO: O elemento a ser dosado é separado da solução através da 
formação de um precipitado convenientemente escolhido em cada caso. Deve-se levar 
em conta vários fatores para a escolha do reagente precipitante, tais como a solubilidade, 
as características físicas e a pureza do precipitado.Quanto à técnica de precipitação 
utilizada em laboratório, de modo geral ela é processada em béquer com adição lenta do 
reagente (por meio de uma pipeta) e sob agitação, ou a partir de uma solução 
homogênea. 
 
B) FILTRAÇÃO: É o processo de separação do precipitado do meio em que se processou 
a sua formação. A maneira como é feita a filtração dependerá do tratamento a que o 
precipitado será submetido na fase seguinte (secagem ou calcinação). A filtração à vácuo 
é realizada em Gooch de vidro ou porcelana (cadinhos filtrantes possuem como fundo 
uma camada porosa) com auxílio de sucção, para forçar a passagem do líquido pelo filtro, 
usando um frasco de sucção, geralmente um kitassato e um aspirador, que pode ser uma 
trompa d'água ou uma bomba de vácuo (Fig. 01). 
 
 
Se o precipitado deve ser seco a 100º - 120º C, em estufa, é necessário que 
a filtração seja feita em cadinho de vidro ou porcelana. Esses cadinhos filtrantes 
possuem como fundo uma camada porosa. Nesse caso a filtração é executada com 
o auxílio de sucção, para forçar a passagem do líquido pelo filtro, usando um frasco 
de sucção, geralmente um kitassato e um aspirador, que pode ser uma trompa 
d'água ou uma bomba de vácuo. 
Quando o precipitado deve ser calcinado em temperaturas elevadas, procede-
se a filtração através de papel filtro. O papel de filtro utilizado em análise quantitativa 
apresenta um resíduo de cinzas constante após a calcinação, sendo que uma folha 
circular utilizada numa filtração, após sua calcinação, apresenta um resíduo de 
cinzas de peso desprezível. 
Figura 1: Filtração por sucção. 
27 
 
A filtração com auxílio do papel-filtro é feita por gravidade, sem sucção. O 
papel-filtro circular é dobrado e inserido num funil de vidro, como está ilustrado na 
Fig 2, tomando-se o cuidado de umedecê-lo após sua inserção no funil, de modo a 
se obter uma boa aderência. O diâmetro do papel-filtro utilizado deve ser tal que sua 
parte superior deve estar de 1 a 2 cm abaixo da borda do funil de vidro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faz-se a filtração por decantação transferindo-se primeiro o líquido sobrenadante e 
em seguida o precipitado. A transferência é feita com o auxílio de um bastão de 
vidro, recolhendo-se o filtrado em um béquer. A extremidade inferior da haste do 
funil deve ser encostada na parede interna do béquer usado no recolhimento do 
filtrado, como visto na figura 3: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não se deve deixar o precipitado secar no filtro durante a filtração, pois se 
isto acontecer formar-se-ão canaletas na massa de precipitado, o que 
posteriormente, provocará uma lavagem deficiente do mesmo. Deve-se manter 
durante toda a filtração o nível de solução a ¾ da altura do papel-filtro no funil. 
 
 
C-LAVAGEM 
 
Após a filtração o precipitado deve ser submetido a um processo de lavagem, 
através do qual se remove parte da água-mãe que ficou nele retida e eliminam-se as 
impurezas solúveis e não voláteis na temperatura de secagem ou calcinação a que o 
precipitado será submetido. O líquido de lavagem deve ser usado em pequenas 
porções, obtendo-se assim uma eficiência maior do que seria obtida se fosse 
utilizado um pequeno número de grandes porções de líquido (considerando-se o 
mesmo volume total de líquido de lavagem nos dois casos). 
O líquido de lavagem, de modo geral, deverá conter um eletrólito para evitar 
a peptização doprecipitado. Este eletrólito deve ser volátil na temperatura de 
secagem ou calcinação a que será submetido posteriormente o precipitado, de modo 
a não deixar resíduo. Para reduzir a solubilidade do precipitado, deve-se ter como 
eletrólito um íon comum e, se possível, o líquido de lavagem deve ser usado a 
quente. 
Figura 2 – Preparo de papel-filtro 
Figura 3 – transferência da 
suspensão para o funil. 
28 
 
Para uma lavagem mais eficiente recomenda-se que, de início, somente a 
água-mãe seja transferida para o funil de filtração. O precipitado (ainda retido no 
frasco de precipitação) é então lavado, sob agitação, com uma porção da solução de 
lavagem, decantado e o líquido sobrenadante transferido para o funil. Repete-se 
este procedimento algumas vezes e, por fim, transfere-se a totalidade do precipitado 
para o funil e continua-se a lavagem diretamente no filtro. A seqüência de operações 
utilizadas na transferência de um precipitado é ilustrada esquematicamente na 
Figura 4. 
 
 
Figura 4- Sequência de operações utilizadas na transferência de um precipitado. 
 
 
D- ARMAZENAMENTO 
 
 Para minimizar a absorção de umidade, as substâncias e materiais secos são 
armazenados em dessecadores. A figura 5 apresenta os componentes típicos de um 
dessecador. Pode-se observar que o mesmo deve conter um agente secante, em 
sua parte inferior ( cloreto de cálcio anidro, sulfato de cálcio anidro ou sílica gel) e 
ser submetido à vácuo. A fim de tornar os dessecadores livres de ar, unta-se as 
superfícies esmerilhadas da tampa com vaselina ou outro lubrificante. 
 Quando se remove a tampa de um dessecador, faz-se o uso de um 
movimento de deslizamento para minimizar a perturbação da amostra (Figura 6). 
Uma vedação é alcançada por uma pequena rotação e pressão sobre a tampa já 
posicionada. 
 
29 
 
 
 
 
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
- Pese o papel filtro que será utilizado. 
- Pipetar uma alíquota de 10,00 mL da amostra de nitrato de chumbo (II) 0,1 mol/L para 
um béquer de 400 mL e adicionar 100 mL de água destilada. 
- Em seguida, adicionar neste béquer, 20,00 mL de uma solução de iodeto de potássio 0,1 
mol/L. Aguardar cerca de cinco minutos. 
- Filtrar o precipitado formado através de papel de filtro. Lavar o precipitado três vezes 
usando água destilada. 
- Colocar o papel com o precipitado em um vidro de relógio e colocar no dessecador. 
- Na próxima aula pese o conjunto precipitado + papel filtro e calcule o rendimento de 
produto obtido na reação. 
 
 
 
3. QUESTÕES 
 
1) Escreva a equação da reação que ocorre. 
2) Indique a cor dos produtos formados. 
3) Qual o rendimento em % (m/m) de precipitado obtido? 
4) Dos passos seguidos nessa aula, quais os possíveis erros cometidos que 
implicam no rendimento do produto final? 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
1) BROWN, T.L. et al. Química a ciência central. Editora Pearson.: São Paulo, 
2005. 
2) SKOOG, D. A, et al, Fundamentos de Química Analítica, Editora Pioneira 
Thomson Learning: São Paulo, 2006. 
30 
 
Aula 7 
Reações Químicas 
 
A matéria encontra-se em permanente transformação. Sob a ação de 
agentes físicos ou químicos, as substâncias podem sofrer alterações de estado, de 
composição ou de cor, modificando-se, não raramente, de forma discreta, 
perceptível apenas com o uso de sofisticados instrumentos. 
Algumas transformações conduzem a variações drásticas na composição 
química das espécies por meio de ruptura e formação de ligações interatômicas, 
quase sempre acompanhadas de trocas energéticas com o ambiente. Estas 
transformações são geralmente descritas através de equações químicas e recebem 
a denominação específica de reações. Transformações de estado, representadas, 
por exemplo, pela fusão, ebulição, sublimação, condensação e solidificação, 
também envolvem ruptura e formação de ligações, porém não alteram a composição 
química das espécies. 
Como podemos saber se ocorreu ou não uma transformação química? O 
aparecimento de uma nova substância com propriedades diferentes é um indício de 
que ocorreu uma reação química. Como evidência das transformações que ocorrem 
durante as reações, podemos observar mudanças de cor, variações no pH, 
formação de gases ou de produtos com outra solubilidade. 
Uma reação química deve ser analisada não só sob o ponto de vista 
macroscópico, ou seja, da identificação dos produtos obtidos e das evidências 
experimentais citadas anteriormente, mas também pelo ponto de vista microscópico 
que, necessariamente, passa pelo entendimento do fenômeno químico descrito pela 
reação. 
Uma reação química é, à luz da teoria atômico-molecular clássica, apenas 
um processo pelo qual se modificam os arranjos dos átomos nas moléculas dela 
participantes. Esses arranjos não se dão ao acaso, mas dependem das 
propriedades das substâncias que, por sua vez, estão intimamente relacionadas 
com a configuração eletrônica dos átomos que as constitui. Assim, o entendimento 
dos fenômenos químicos conhecidos e a possibilidade de previsão de futuros 
fenômenos dependem do conhecimento da estrutura do átomo. 
 
 
OBJETIVO 
 
Detectar, de modo qualitativo, evidências de ocorrência ou não de uma reação 
química. 
 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
1) Colocar em um tubo de ensaio, 2 mL de ácido sulfúrico 0,1 mol L-1 . Medir o 
pH da solução com papel indicador universal. 
 
2) Em um tubo de ensaio, colocar 2 mL de NaOH 0,2 mol L-1 e medir o pH 
 
3) Misturar as duas soluções preparadas anteriormente e medir o pH 
novamente. 
 
31 
 
4) Em um tubo de ensaio, colocar uma pequena quantidade de cloreto de 
amônio sólido (NH4Cl), e acrescentar, aproximadamente, 2 mL de água 
destilada. Agitar o tubo, cuidadosamente, e determinar o pH da solução. 
Anotar suas observações. 
 
5) Repetir o teste anterior, usando sulfito de sódio (Na2SO3) sólido em lugar de 
cloreto de amônio. 
 
6) Adicionar um pouco de ácido clorídrico (HCl) diluído (~2 mol.L-1) a um tubo de 
ensaio contendo um fragmento de mármore. Observar e anotar. 
 
7) Em um tubo de ensaio, dissolver um pouco de sulfato de cobre(II) 
(CuSO4.6H2O) em água e, a seguir, colocar uma placa de zinco ou um prego 
previamente lixado ou uma pequena quantidade de bombril observar o que 
ocorre após algum tempo. 
 
8) Em um tubo de ensaio, colocar cerca de 5 mL de uma solução de sulfato 
ferroso (FeSO4) 0,1 mol.L-1 e acidificá-la com cinco gotas de ácido sulfúrico 
concentrado. A seguir, adicionar, uma a uma, 10 gotas de solução 0,1 mol.L-1 
de permanganato de potássio (KMnO4), agitando o tubo de ensaio após a 
adição de cada uma delas. Observar e anotar. 
 
9) Em um tubo de ensaio, misturar 1,0 mL de uma solução de nitrato de prata 
(AgNO3) a 1 mol L-1 e 1,0 mL de uma solução de cloreto de sódio NaCl a 
1molL-1. Observar. A seguir, acrescentar 5,0 mL de hidróxido de amônio 
(NH4OH) a 1molL-1. Agitar e observar. 
 
 
 
PÓS-LABORATÓRIO 
 
1) Classifique as reações químicas observadas nos experimentos anteriores e 
escreva suas respectivas equações químicas. 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
1) BROWN, T.L. et al. Química a ciência central. Editora Pearson.: São Paulo, 
2005. 
2) VOGEL, A. Análise Inorgânica Quantitativa, 4ª edição, Rio de Janeiro, Editora 
Guanabara, 1981. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Aula 8 
Equilíbrio Químico 
 
Equilíbrio químico é o estágio da reação química quando não há tendência 
para mudar a composição da mistura em reação, conceito cujo entendimento é 
fundamental em química. Uma das maneiras de visualizar e compreender melhor 
esse conceito é fazer um experimento relacionado ao Princípio de Le Chatelier que 
diz;” Quando um fator externo age sobre um sistema em equilíbrio, ele se desloca, 
procurando minimizara ação do fator aplicado e atingir um novo estado de 
equilíbrio”. Assim, o objetivo desse experimento é propor um experimento em que o 
Princípio de Le Chatelier seja demonstrado baseado no equilíbrio encontrado em 
tinturas de iodo: 
 
I-(aq) + I2 (aq) ⇔ I3- (aq) 
 
Com esse sistema, além do equilíbrio, pode ser explorada a solubilidade do 
iodo em solventes polares e apolares e como forma de despertar ainda mais o 
interesse dos alunos, estudar o deslocamento do equilíbrio através de uma reação 
que produz um fármaco, o iodofórmio (CHI3). O CHI3 tem ação anti-séptica e 
antimicrobiana. Pode ter uso veterinário como anti-séptico e como desinfetante para 
lesões superficiais. 
 
 
Procedimento: 
 
 
1. Preparação do sistema em equilíbrio: 
 
Nesta etapa pode-se demonstrar que o iodo é insolúvel em água e que a 
adição de KI, solubiliza-o fazendo com que se estabeleça o equilíbrio: 
 
I-(aq) + I2 (aq) ⇔ I3- (aq) 
 
Em um tubo de ensaio (1), coloca-se 5 mL de água e adiciona-se uma ponta 
de espátula de KI. Agitar. Observar se houve solubilização. Anotar o resultado e a 
cor da solução. Em outro tubo de ensaio (2), coloca-se 5 mL de água e adiciona-se 
um pequeno cristal de I2. Agitar. Observar se houve solubilização. Anotar o 
resultado. Explicar os resultados considerando a polaridade do I2 e a questão do 
“semelhante dissolve semelhante”. Ao tubo (2) adicionam-se pequenas quantidades 
de KI até que todo o I2 tenha dissolvido. A cor parda observada é característica do 
íon I3- dissolvido em água quando se estabelece o equilíbrio: 
 
I-(aq) + I2 (aq) ⇔ I3- (aq) 
 
 
2. Deslocamento do Equilíbrio pela variação nas concentrações dos 
reagentes: 
 
Dividir o conteúdo do tubo 2 em três outros tubos de ensaio. Um deles será 
usado como padrão de comparação: 
33 
 
2.1. Remoção do I2: 
 
Adiciona-se a uma das porções, 3 mL de hexano. Agitar. Observar que a 
fase do hexano, solvente apolar, adquire cor lilás característica do I2 e que a cor 
parda da fase aquosa diminui de intensidade, mostrando o deslocamento do 
equilíbrio para o lado esquerdo. 
 
 
2.2. Remoção de I3- 
 
 
a) uma possibilidade de se observar a remoção de I3- é adicionar, a outra das 
porções, gotas de uma solução de Na2S2O3. Ocorre a seguinte reação: 
 
I3- +2 S2O3 2- ⇔ 3I- + S4O6 2- 
 
A reação provoca um consumo de I3-, deslocando o equilíbrio para a 
esquerda e a solução torna-se incolor. 
 
b) em outra possibilidade de observação da remoção de I3-, prepara-se uma 
tintura de iodo concentrada (de acordo com a farmacopéia americana, a 
tintura de iodo forte contém a cada 100 mL 6,8 a 7,5 g de iodo, 4,7 a 5.5 g de 
iodeto de potássio em 50 mL de água destilada, completando-se o volume de 
100 mL com etanol) e se reage com etanol em meio básico (NaOH) a fim de 
se obter o iodofórmio. Observa-se a formação de um precipitado amarelo de 
CHI3 com rendimento de aproximadamente 30%. Nessa etapa, além do 
equilíbrio químico pode-se estudar o conceito de estequiometria, reagente 
limitante e rendimentos, tornando o experimento mais completo ao mostrar 
que vários conceitos podem ser abordados em um único experimento. 
 
 
Referência: 
 
Tamara G. Marinho (IC)*, Alexandra V. Abreu (IC), Maristela B. R. Cerqueira (IC) e 
Silvana Wolke (PQ), Um Experimento de Equilíbrio Químico com Aplicação em 
Obtenção de um Fármaco, XVI Encontro de Química da Região Sul (16-SBQSul). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Aula 09 
Preparo de soluções 
 
 O preparo de soluções tem fundamental importância devido ao fato de que 
grande parte das reações ocorre em solução aquosa. 
 Define-se como solução uma mistura homogênea composta de uma ou mais 
substâncias, sendo que aquela em maior proporção denomina-se solvente e a em 
menor quantidade soluto. 
 É importante ter conhecimento da maneira correta de expressar a 
concentração das soluções, ou seja, a relação existente entre a quantidade de 
soluto e a de solvente numa solução. As formas de expressar a concentração são 
bastante variadas. Observe alguns exemplos: 
 
 
-Concentração comum(C) 
 
É a relação entre a massa de soluto ( em grama ) e o volume da solução (em litro) 
 
V
mC = 
 
 
-Molaridade ou concentração Molar (M) 
 
 É a razão entre o nº de mols de soluto o volume da solução em (litro). 
 
V
nM =
 
 
 
-Titulo- (τ) 
 
É a razão entre massa de soluto e massa de solução. 
 
solução
soluto
m
m
=τ
 
 
 
 
 
DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES 
 
 
 Diluir uma solução significa diminuir a sua concentração. O procedimento 
mais simples, geralmente aplicado é a adição de solvente à solução, onde o número 
de mols do soluto, inicial e final, é o mesmo, somente o volume é maior, logo, a 
concentração da solução será menor. 
35 
 
Como o n do soluto permanece inalterado durante a diluição, pode-se escrever: 
 
 
2211 VMVM = onde: M1=concentração da solução inicial 
 V1= Volume de solução inicial 
 M2= concentração da solução diluída 
 V2= volume da solução diluída 
 
 
OBJETIVO 
 
 
-Preparar de soluções ácidas e básicas 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
Materiais e reagentes 
 
-Béquer de 100 mL 
-Bastão de vidro 
-2 balões volumétricos 100 mL 
-2 balões volumétricos de 250mL 
-NaOH sólido 
-HCl concentrado 
-Pipeta volumétrica 10 mL 
-Pipeta graduada de 10 mL 
-vidro de relógio 
 
 
Preparo da solução de NaOH 1 mol L-1 
 
Calcular a massa de NaOH necessária para preparar 100 mL de uma solução 
de concentração 1 mol L-1. Pesar a quantidade calculada de NaOH, em balança 
analítica, utilizando um vidro de relógio. A pesagem deve ser efetuada o mais rápido 
possível, pois as pastilhas de NaOH hidratam-se muito rapidamente. Transferir as 
pastilhas de NaOH, para um béquer de 100 mL, com o auxílio de um bastão de 
vidro. Lavar o vidro de relógio, cuidadosamente, com auxílio de uma pisseta 
contendo água destilada, transferindo toda a água de lavagem para o bequer. 
 
ATENÇÃO: CUIDADO PARA ESTA SOLUÇÃO NÃO ATINGIR OS OLHOS. 
USE ÓCULOS DE SEGURANÇA SEMPRE! 
 
Dissolver cuidadosamente o sólido com o bastão de vidro até que ocorra a 
dissolução completa das pastilhas do NaOH. Evitar qualquer tipo de perda de 
material durante as etapas de dissolução e transferência da solução. 
Transferir, quantitativamente, a solução do béquer para um balão volumétrico 
de 100 mL. 
Tampar o balão e agitar com cuidado para que a solução fique homogênea. 
Transferir a solução para um frasco de polietileno (plástico). 
 
 
 
36 
 
Preparo da solução de NaOH 0,1 mol L-1 
 
-Calcular o volume de NaOH 1 mol L-1, necessário para preparar 250 mL de uma 
solução de NaOH 0,1 mol L-1 . 
-A partir do volume calculado preparar a solução de NaOH 0,1 mol L-1 . Guardar em 
frasco de polietileno, pois será utilizada na próxima aula. 
 
Preparo da solução de HCl 1 mol L-1 
-Calcular o volume necessário de ácido clorídrico concentrado, para preparar 100 
mL de uma solução de HCl 1 mol L-1. 
-Na capela, transferir o volume de HCl concentrado diretamente para um balão de 
100mL contendo um pouco de água destilada. Avolumar o balão com água 
destilada, agitando-o a fim de homogeneizar a solução. Armazenar a mesma em um 
frasco de vidro. 
 
Preparo da solução de HCl 0,1 mol L-1 
-Calcular o volume de HCl 1 mol L-1, necessário para preparar 250 mL de uma 
solução de HCl 0,1 mol L-1 . 
-A partir do volume calculado preparar a solução de HCl 0,1mol L-1, utilizando um 
balão volumétrico de 250 mL. Guardar, pois será utilizada na próxima aula. 
 
APÓS PREPARAR A SOLUÇÃO, IDENTIFIQUE CADA UMA DELAS COM 
ETIQUETA CONTENTO NOME DO GRUPO, DATA, NOME E CONCENTRAÇÃO 
DO REAGENTE. 
 
 
PÓS – LABORATÓRIO 
 
1) Porque devemos utilizar a capela para manipular ácidos concentrados? 
2) Porque a solução de hidróxido de sódio deve ser armazenada em frasco 
de polietileno? 
3) A concentração das soluções preparadas nesta prática é confiável? 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
-CHRISTIAN, G. D. Analitycal Chemistry, 4ª ediçao, New York, John Wiley e Sons, 
1986. 
-OHWEILER, O. A. Química Analítica Quantitativa, 3ª edição, Rio de Janeiro, 
Livros técnicos e científicos, 1978, vols. 1 e 2. 
-BACCAN, J.C., BARONE, J.S., GODINHO, O. E. S. de Andrade, Analítica 
Quantitativa Elementar. 3ª Ed. São Paulo: Edgard Blucher. 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Aula 10 
Padronização de solução 
 
O processo de padronização possibilita verificar o quanto a concentração da 
solução preparada aproxima-se do valor real. Para a correção da concentração 
utiliza-se como referência, substâncias que possuem características bem definidas: 
PADRÕES PRIMÁRIOS. O procedimento para a padronização consiste na titulação 
da solução de concentração a ser determinada, com uma quantidade definida de um 
padrão primário adequado. 
 
 
Características básicas de um padrão primário 
 
� A substância deve ser de fácil obtenção, purificação, conservação e secagem 
� Deve possuir uma massa molar elevada, para que os erros relativos 
cometidos nas pesagens não sejam significativos. 
� As impurezas devem ser facilmente identificáveis com ensaios qualitativos de 
sensibilidade conhecida. 
� Deve ser estável ao ar sob condições ordinárias, se não por longos períodos, 
pelo menos durante a pesagem. 
� Não deve ser higroscópico, eflorescente, nem conter água de hidratação 
� Deve apresentar alta solubilidade 
� As reações que participa devem ser rápidas e praticamente completas 
� Não deve formar produto secundário e ser fotossensível. 
 
 
 
Titulação ácido-base 
 
 
 Titulação é uma técnica de análise empregada para determinar a concentração de 
soluções. Basicamente, faz-se reagir uma solução de concentração conhecida (titulante) 
adicionada, cuidadosamente e gradualmente, a uma solução de concentração 
desconhecida (titulado), na presença de uma substância que indica o término da reação 
(indicador). Observe o esquema (figura 1): 
 
 
Figura 1. Representação do processo de titulação. 
38 
 
 A solução de concentração conhecida é preparada pela dissolução de um padrão 
primário. A partir dos volumes das soluções e do conhecimento da estequiometria da 
reação química é possível determinar a concentração da solução desconhecida. 
 É bastante comum o emprego das titulações quantitativas de neutralização, ou seja, 
aquelas em há reação entre um ácido e uma base, na qual se tem como produto sal e 
água. O caráter químico da reação pode ser: 
 
 
Neutro: reação entre um ácido forte e base forte, pH=7 
Ácido: reação entre ácido forte e base fraca, pH< 7 
Básico: reação entre ácido fraco e base forte, pH > 7 
 
 
 Durante a titulação, adiciona-se a solução titulante ao titulado, até que se atinja o 
ponto de equivalência (ponto final teórico), ou seja, o momento em que essas duas 
soluções reagirem totalmente. Em uma reação ácido-base o ponto de equivalência é 
evidenciado quando as quantidades de ácido e de base se encontram nas proporções 
estequiométricas da reação: 
 
 nácido = nbase onde n= número de mols (1) 
 
 
Levando-se em consideração que a molaridade é: 
 
 
v
nM =
 (2) onde: M= molaridade; 
 n= número de mols 
 v= volume ( L) 
 
 
 Isolando número de mols da equação (2) temos : Mvn = (3) 
 
Substituindo (3) em (1) temos: 
 
 
 
Mácido Vácido = Mbase Vbase 
 
 
 
 Na prática, é difícil determinar exatamente o ponto de equivalência, sendo 
detectado, então, o ponto final da titulação. Para identificá-lo é necessário fazemos uso de 
INDICADORES, isto é, compostos orgânicos que se comportam como ácido ou base 
fracos e que adquirem coloração diferentes em determinadas faixas de pH. É importante 
ressaltar que a escolha do indicador irá depender da reação ácido-base que se deseja 
realizar, ou seja, da faixa de pH da mesma. 
 
 
Objetivo 
 
 - Padronizar soluções ácidas e básicas utilizando a técnica de titulação. 
 
39 
 
Procedimento Experimental 
-Materiais e reagentes 
 
-1bureta de 50 mL 
-6 erlenmeyer de 125 mL 
- Biftalato de potássio sólido 
-Solução de NaOH 0,1 mol L-1 
-Solução de HCl 0,1 molL-1 
-Solução alcoólica de fenolftaleína 1% 
 
 
-DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL 
 
-Padronização do NaOH 0,1 mol L-1 
1. Secar biftalato de potássio (KHC8H4O4) em estufa a 110 oC por 2 h. Resfriar em 
dessecador. 
2. Calcular a massa de biftalato de potássio necessária para reagir com 
aproximadamente 25 mL da solução de NaOH 0,1 mol L-1 preparada na aula 
anterior. 
3. Pesar, em balança analítica, o biftalato de potássio (KHC8H4O4) em um béquer 
pequeno e em seguida transferir quantitativamente para um erlenmeyer, 
utilizando cerca de 25 mL de água. Adicionar 2 gotas de fenolftaleína. 
4. Adicionar em uma bureta de 50 mL a solução de NaOH 0,1 molL-1 e titular com a 
solução de biftalato de potássio contida no erlenmeyer. 
5. Repetir por três vez (triplicata). 
6. Calcular a concentração real da base. 
7. Calcular o erro relativo. 
 
-Padronização do HCl 0,1 mol L-1 
 
1. Adicionar em um erlenmeyer 25mL de HCl 0,1 mol L-1, preparada na aula 
anterior. 
2. Adicionar 2 gotas de fenolftaleína e titular com NaOH 0,1 mol L-1padronizada. 
3. Repetir por três vez (triplicata). 
4. Calcular a concentração da base. 
5. Calcular o erro relativo. 
 
Pós- laboratório 
 
1. Quais as reações envolvidas nesta prática? 
2. Porque deve-se utilizar no máximo 3 gotas de fenolftaleína? Como se explica a 
presença de duas cores num mesmo indicador? 
3. Descreva o procedimento se na padronização do HCl fosse empregando 
carbonato de sódio. Qual o indicador que poderia ser utilizado? Por que o HCl 
durante a prática pode ser padronizado com a solução de NaOH ? 
4. Quais são as fontes de erros na padronização de soluções? 
 
BIBLIOGRAFIA 
-OHWEILER, O. A. Química Analítica Quantitativa, 3ª edição, Rio de Janeiro, 
Livros técnicos e científicos, 1978, vols. 1 e 2. 
-BACCAN, J.C., BARONE, J.S., GODINHO, O. E. S. de Andrade, Analítica 
Quantitativa Elementar. 3ª Ed. São Paulo: Edgard Blucher. 
40 
 
Aula 11 
Misturas de soluções 
 
OBJETIVOS 
 
Entender o processo de vários tipos de misturas. 
Determinar quantitativamente o produto resultante de uma delas. 
 
Material utilizado 
bureta 
1 béquer de 50 mL e 100 mL 
2 béqueres de 250 mL 
conta gota 
2 erlenmeyer 250 mL 
funil de vidro 
pipeta volumétrica de 25 mL 
pipeta graduada 
pêra 
pisseta 
 
Reagentes 
 
Solução HCl 0,1 e 0,05 molL-1 
Solução de NaOH 0,1 molL-1 
Solução padrão NaOH (0,08 molL-1) 
Solução padrão HCl (0,04 molL-1) 
Fenolftaleína 1% 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
Parte 1 – Soluções de mesmo soluto. (C1V1 + C2V2 = C3V3) 
 
Calcular o volume das soluções de HCl 0,1 molL-1 e 0,05 molL-1 para formar 
100 mL de solução HCl 0,08 molL-1. 
41 
 
Transferir o volume calculado de HCl 0,1 molL-1e HCl 0,05 molL-1 para um 
béquer e homogeneizar, preparando assim 100 mL de solução HCl 0,08 molL-1. 
Em seguida, pipetar 25 mL da solução HCl 0,08 molL-1 e adicionar em um 
erlenmeyer e gotejar fenolftaleína e titular com solução padrão NaOH (0,08 molL-1) 
até mudança da coloração (incolor para rosa). Anote o volume gasto na bureta. 
Fazer em duplicata. 
 
 
Parte 2 – Mistura de soluções que reagem entre si. (C1V1 - C2V2 = C3V3) 
 
Calcular o volume necessário de NaOH 0,1 molL-1 e HCl 0,05 molL-1 par obter 
solução NaOH 0,04 molL-1. 
Misturar os volumes das soluções calculadas em um béquer e com pipetar 25 
mL dessa solução, transferindo-a para um erlenmeyer. Adicionar 3 gotas de 
fenolftaleína e titular a solução básica com solução padrão de HCl (0,04 molL-1). 
Anote o volume gasto na bureta. Fazer em duplicata. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BROWN, LEMAY E BURSTEN. Química ciência central. 7ª ed. Rio de 
Janeiro: LTC, 1997. 
BACCAN, J.C., BARONE, J.S., GODINHO, O. E. S. de Andrade, Analítica 
Quantitativa Elementar. 3ª Ed. São Paulo: Edgard Blucher. 
VOGEL, A. Análise Inorgânica Quantitativa, 4ª edição, Rio de Janeiro, Editora 
Guanabara, 1981. 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
Aula 12 
Preparação e verificação das propriedades 
de uma Solução Tampão 
 
 Qualquer solução que contenha um ácido fraco e uma base fraca tem a 
capacidade de absorver pequenas quantidades de um ácido forte ou de uma base 
forte com uma variação muito pequena no pH. Quando pequenas quantidades se 
um ácido forte são adicionadas, elas são neutralizadas pela base fraca, enquanto 
que pequenas quantidades de uma base forte são neutralizadas pelo ácido fraco. 
Tais soluções são chamadas soluções tampões, pois elas resistem a variações 
significativas no pH. 
 Uma solução tampão cujo pH seja menor do que 7 pode ser preparada 
misturando-se um ácido fraco com um sal derivado do ácido fraco, por exemplo, 
ácido acético e acetato de sódio. 
 Num sistema tamponado HA / A-, quando H+ ou OH- são adicionados ao 
tampão, ocorrem as seguintes reações de neutralização: 
 
H+(aq) + A-(aq) →→→→ HA (absorção de H+) 
 
OH-(aq) + HA(aq) →→→→ H2O + A-(aq) (absorção de OH-) 
 
 O efeito do tampão é máximo quando [HA] = [A] 
 
OBJETIVO 
 
-Preparar solução tampão a partir de uma solução de ácido acético e acetato de 
sódio. 
-Verificar as propriedades de uma solução tampão. 
 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
 
1) Preparação de uma solução tampão 
 
a) A partir de ácido acético concentrado (98,8% p/p, 1,05 g/cm3, 60,05 g/mol), cuja 
concentração molar é 17,45 mol/L, prepare 50mL de solução de ácido ácetico 
0,5mol/L (≅ 1,43 mL); 
b) A partir de acetato de sódio (82,05 g/mol) prepare 50mL de solução de acetato de 
sódio 0,5mol/L. (≅ 2,05g); 
c) Misture as duas soluções em erlenmeyer e agite-o; 
d) Verifique o pH da solução tampão preparada com o auxílio do papel indicador de 
pH. Anote esse valor. 
 
 
43 
 
2) Verificação das propriedades de uma solução Tampão 
 
a) Meça 10 mL da solução tampão e adicione 1 mL de HCl 0,1 mol L-1. Agite o 
sistema e verifique o pH. 
b) Meça 10 mL da solução tampão e adicione 1 mL de NaOH 0,1 mol L-1. Agite o 
sistema e verifique o pH; 
c) Verifique o pH da água destilada e anote; 
d) Meça 10 mL de água destilada e adicione 1 mL de HCl 0,1 mol L-1. Agite e 
verifique o pH; 
e) Meça 10 mL de água destilada e adicione 1 mL de NaOH 0,1 mol L-1. Agite e 
verifique o pH;. 
f) Arrume o material utilizado e organize a bancada. 
 
 
 
PÓS-LABORATÓRIO 
 
 
I. A solução preparada é realmente uma solução tampão? Por quê? 
II. Quais são os componentes da solução tampão preparada? 
III. Que conclusões você pode tirar sobre as propriedades de uma solução tampão a 
partir dos dados obtidos? Justifique mostrando as equações. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
HARRIS, D. C. Química Analítica Quantitativa. Rio de Janerio: LCT, 2002. 
BROWN, LEMAY E BURSTEN. Química ciência central. 7ª ed. Rio de Janeiro: 
LTC, 1997. 
VOGEL, A. Análise Inorgânica Quantitativa, 4ª edição, Rio de Janeiro, Editora 
Guanabara, 1981. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Aula 13 
Velocidade das reações químicas 
 Cinética química é uma ciência que estuda a velocidade das reações químicas e 
dos fatores que nela influem. A formação de uma substância pode ocorrer de forma rápida 
ou lenta dependendo das condições em que a reação é efetuada. Sua importância é muito 
ampla, na indústria, na produção de remédios, em nosso corpo humano,etc. 
 Durante uma reação química, as quantidades de reagentes diminuem com o passar 
do tempo, e as quantidades de produtos aumentam. È possível descrever a velocidade 
com base no aumento da concentração de um produto ou na diminuição da concentração 
de um reagente por unidade de tempo. 
 Para que uma reação química ocorra, as moléculas dos reagentes devem se 
aproximar, de modo que os átomos possam ser trocados ou rearranjados. Os átomos e as 
moléculas são móveis na fase gasosa ou em solução e, portanto, as reações são 
realizadas freqüentemente usando-se uma mistura de gases ou soluções dos reagentes. 
Sob essas circunstâncias, diversos fatores afetam a velocidade de uma reação, entre os 
quais se destacam: 
 
a) Natureza dos reagentes: reações entre íons são geralmente rápidas e entre moléculas 
são na maioria das vezes lentas. 
b) Quantidade ou concentração dos reagentes: o aumento da concentração de um 
reagente leva a uma velocidade maior da reação, isso se deve à maior freqüência de 
choques efetivos entre as espécies reagentes. 
c) Temperatura: quando se aquece um sistema, aumenta-se a energia das moléculas, 
aumentando, portanto, a eficiência dos choques intermoleculares e, conseqüentemente, 
a velocidade da reação química. 
d) Catalisador: são substâncias que, por processos um pouco complexos, têm a 
capacidade de diminuir a barreira (energia de ativação) de uma reação química, 
causando, portanto, de modo geral, aumento na velocidade da reação química. 
 
 Como já descrito anteriormente, fenômenos químico ou reações químicas ocorrem 
em diferentes velocidades, algumas são muito rápidas, como é o caso da maioria das 
reações entre íons em solução. Outras são mais lentas, como a reação entre o metal ferro 
e o ácido sulfúrico, conforme a reação: 
 
Fe (s) + H2SO4 (aq) → FeSO4 (aq) + H2 (g) 
 
 Outras, ainda, são extremamente lentas, como a reação entre H2 e O2, na formação 
da água, em condições ambientais normais. Em geral, as reações que não envolvem 
reagrupamento de ligações são mais rápidas, embora haja exceções. 
 Neste experimento será estudada a velocidade de reação entre os íons 
permanganato e sacarose, em meio ácido: 
 
 C12H22O11+ 25 MnO4- +2 H+ 12 CO2 + 25 Mn2+ + 12 H2O 
 
 O íon permanganato (MnO4-) apresenta a cor violeta e ao reagir com a sacarose 
(C12H22O11), em meio ácido, forma MnO (Mn2+) que é incolor. A velocidade desta reação 
pode ser medida através do tempo necessário para descorar a solução após a adição do 
permanganato. 
 
 
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Objetivo 
 Verificar o efeito da temperatura e da concentração sobre a velocidade de uma reação 
química. 
 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
MATERIAIS E REAGENTES 
Béquer de 100 mL 
Cronômetro 
Pipetas graduadas de 10 mL 
Rolha de borracha 
Placa aquecedora 
Termômetro 
Tubos de ensaio 
KMnO4 0,0025 molL-1 
Sacarose 1 molL-1 
H2SO4 2 molL-1 
 
 
 
Efeito da concentração 
 
 Em um suporte para tubos de ensaio, colocar cinco tubos numerados. Pipetar 12 
mL de solução de sacarose 1 mol L-1 e transferir para

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