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CONTABILIDADE III – 2015/1 1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO ALTO VALE DO ITAJAI – CEAVI DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS UNIDADE 1: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA CONTABILIDADE BÁSICA Profº. Paulo Roberto da Cunha, Dr. IBIRAMA – SC 2015 CONTABILIDADE III – 2015/1 2 SUMÁRIO 1 UNIDADE 1: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA CONTABILIDADE............... 3 1.1 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA CONTABILIDADE BÁSICA ............................ 3 1.1.1 Conceito de contabilidade: objeto de estudo e função ............................................... 3 1.1.2 Composição do patrimônio: conceitos, divisão ........................................................... 5 1.1.3 Método das partidas dobradas ..................................................................................... 9 1.1.4 Classificação e natureza das contas contábeis .......................................................... 10 1.1.5 Regime de competência ............................................................................................... 11 1.1.6 Estrutura do balanço patrimonial ............................................................................. 12 1.1.7 Plano de contas da disciplina ...................................................................................... 16 1.1.8 Exercícios I ................................................................................................................... 24 1.2 ASPECTOS SOBRE OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ..................................... 30 1.2.1 Revisão de conceitos e lançamentos contábeis .......................................................... 30 1.2.2 Exercícios II ................................................................................................................. 39 1.3 REVISÃO DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ......................................................... 50 CONTABILIDADE III – 2015/1 3 1 UNIDADE 1: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA CONTABILIDADE Objetivos da unidade a) Revisar conceitos da contabilidade básica com o intuito de compreender o funcionamento dos lançamentos contábeis e seus reflexos no Balanço Patrimonial (BP) e na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); e b) Especificar os lançamentos contábeis ocorridos nas operações com mercadorias. Conteúdo programático 1.1 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA CONTABILIDADE BÁSICA 1.1.1 Conceito de contabilidade, objeto de estudo e função. 1.1.2 Composição do patrimônio: conceitos, divisão. 1.1.3 Método das partidas dobradas. 1.1.4 Classificação e natureza das contas contábeis. 1.1.5 Regime de competência. 1.1.6 Estrutura do balanço patrimonial. 1.1.7 Plano de contas da disciplina. 1.1.8 Exercícios I. 1.2 ASPECTOS SOBRE OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 1.2.1 Revisão de conceitos e lançamentos contábeis. 1.2.2 Exercícios II. 1.2.3 REVISÃO DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 1.1 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA CONTABILIDADE BÁSICA Este item tem a finalidade de revisar alguns conceitos básicos da contabilidade, cujos conteúdos foram objeto de estudo das disciplinas de Contabilidade I e Contabilidade II. Entende-se que se trata de uma revisão essencial, visto que o não entendimento de seus conceitos prejudica toda a compreensão do conteúdo da disciplina de Contabilidade III. Desta forma, iremos recapitular conceitos expostos desde as primeiras aulas de contabilidade. 1.1.1 Conceito de contabilidade: objeto de estudo e função A contabilidade é uma ciência social que tem por objeto de estudo o patrimônio, cuja função, é fornecer informações para tomada de decisão a distintos usuários. Em um comércio CONTABILIDADE III – 2015/1 4 de brinquedos, por exemplo, o produto da empresa são os brinquedos; em uma indústria de fabricação de camisetas, o produto final da empresa são as próprias camisetas. Na contabilidade, o produto final é a informação. Desta forma, a contabilidade existe para fornecer informações. Estas informações devem ser fidedignas e reais. É importante salutar que possuímos diversos usuários da informação contábil, tais como: sócios, acionistas, governo, credores, empregados, clientes, fornecedores, etc. Estes usuários possuem finalidades distintas, necessitam de informações diferenciadas. Desta forma, não podemos fornecer as mesmas informações sob os moldes dos mesmos relatórios a todos os usuários. O fisco, por exemplo, possui uma necessidade; já o dono da empresa ou sócio administrador, requer informações mais detalhadas, outros tipos de informações para a tomada de decisão. Uma instituição financeira, por exemplo, estará preocupada com a solvência e capacidade de pagamento da empresa. Desta forma, informações constantes no Balanço Patrimonial praticamente lhe são suficientes. Sempre, devemos lembrar que o PAPEL DA CONTABILIDADE é fornecer informações para tomada de decisão. Se não estamos cumprindo este papel, a contabilidade está sendo realizada de forma incorreta, perdendo seu foco. Devemos lembrar sempre que a “contabilidade é maravilhosa”. É uma área instigante, encantadora; temos muita informação, precisamos utilizá-las. Pela contabilidade é possível: a) Identificar a liquidez, grau de endividamento, rentabilidade da empresa; b) Verificar como a empresa está aplicando seus recursos e a forma de financiamento dos mesmos, identificando a respectiva viabilidade dos meios de financiamento; c) Averiguar a capacidade de geração de caixa das organizações; d) Demonstrar o valor da riqueza criada e sua respectiva distribuição; e) Identificar os produtos mais rentáveis da organização; f) Analisar a viabilidade de determinados investimentos; g) Decidir sobre produzir ou terceirizar; h) Realizar um planejamento tributário dentro da legalidade e optar pela melhor forma de tributação; i) Fornecer informações sobre a abertura de filiais em determinados locais; j) Realizar e acompanhar o orçamento, analisando as variações, detectando suas causas e respectivas correções; CONTABILIDADE III – 2015/1 5 k) No caso de restrições, tais como: falta de matéria prima, falta de pessoal, maquinário, decidir qual produto produzir; entre outras. Enfim, a gama de informações são inúmeras, precisamos saber utilizá-las. 1.1.2 Composição do patrimônio: conceitos, divisão O objeto da contabilidade é o estudo do patrimônio das entidades com ou sem fins lucrativos – o patrimônio das entidades do primeiro, segundo e terceiro setor – públicas ou privadas. O patrimônio é mostrado em termos quantitativos (em valor) e em termos qualitativos (por contas contábeis que mostram os saldos dos valores movimentados). As contas contábeis representam agrupamentos patrimoniais definidas de acordo com o interesse de controle e evidenciação de cada entidade. Ribeiro (2009) conceitua patrimônio como sendo um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa, avaliado em moeda. O autor (2009, p. 11) explica que “bens são objetos capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica”, ou seja, são itens materiais ou não que podem ser avaliados economicamente. “Do ponto de vista contábil, bens são todos os objetos que uma empresa possui, seja para uso, troca seja para consumo” (RIBEIRO, 2009, p. 11). Desta forma, são exemplos de bens: estoques de mercadorias, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios, estoque de material de limpeza, estoque de material de higiene, veículos, dinheiro,marcas e patentes, entre outros. Podem ser tangíveis ou intangíveis. Ribeiro (2009) explica que os direitos são os valores que a empresa tem para receber de terceiros. Terceiros correspondem a todas as pessoas que se relacionam com a empresa, como os clientes. No caso dos direitos, normalmente há a expressão “a receber” após a denominação da conta contábil. Exemplos de direitos: duplicatas a receber ou clientes, empréstimos a receber, aluguéis a receber, juros a receber, adiantamentos de salários, adiantamento de 13º salário, impostos a recuperar, adiantamento a fornecedores (direito de receber a mercadoria). As despesas antecipadas também se referem a direitos, como por exemplo, seguros a apropriar. A empresa tem o direito de utilizar, acionar o seguro, no caso de algum sinistro. Enquanto as obrigações representam as dívidas da empresa com terceiros, ou seja, tudo o que a empresa tem a pagar a terceiros. Estes terceiros são: fornecedores, governo, instituições financeiras, funcionários, empresas de serviços. Normalmente há a expressão “a pagar” após a denominação da conta contábil. São exemplos de obrigações: fornecedores ou CONTABILIDADE III – 2015/1 6 duplicatas a pagar, empréstimos e financiamentos, impostos a recolher, telefone a pagar, energia elétrica a pagar, salários a pagar, FGTS a recolher, adiantamento de clientes (obrigação de entregar a mercadoria e/ou prestar o serviço), etc. O patrimônio das entidades é representado em seus aspectos qualitativos e quantitativos. Os aspectos qualitativos especificam os componentes do patrimônio segundo a espécie de cada um, enquanto os aspectos quantitativos referem-se ao valor com que cada elemento possa ser expresso em moeda (RIBEIRO, 2009). Desta forma, no aspecto qualitativo descrevem-se quais são os bens, direitos e obrigações da empresa, como por exemplo, dinheiro, máquinas, clientes, contas a pagar, ICMS a recolher. E depois quantifica, atribui-se valor a estes componentes, sendo este, o aspecto quantitativo. Normalmente, o patrimônio é representado graficamente por um T, conforme se evidencia na Figura 1 a seguir: Figura 1: Representação gráfica do patrimônio Patrimônio Bens Direitos Obrigações Fonte: Ribeiro (2009, p. 16) Silva e Krauss (2009) ainda comentam que a contabilidade mostra a posição patrimonial das entidades em momentos específicos, de acordo com as necessidades dos usuários ou, por determinação legal (lei, contrato ou estatuto). Os autores comentam ainda que para a contabilidade financeira, o patrimônio é normalmente evidenciado para um período denominado de exercício social, definido no contrato ou estatuto social da entidade; para a contabilidade gerencial, o período de evidenciação vai depender das necessidades de informações dos gestores; e para a contabilidade tributária, as informações evidenciadas são definidas por leis e regulamentos fiscais. O patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) é evidenciado na contabilidade na demonstração contábil denominada de “Balanço Patrimonial”. O balanço patrimonial é o relatório contábil que mostra a posição estática do patrimônio da entidade. Neste, as CONTABILIDADE III – 2015/1 7 informações são classificadas em dois grandes grupos: no lado direito as aplicações de recursos e, no lado esquerdo as origens dos recursos aplicados. As aplicações de recursos consideram os bens e direitos da entidade; e as origens consideram as obrigações da entidade para com terceiros e para com os proprietários. (SILVA; KRAUSS, 2009). Figura 2: Composição do patrimônio da entidade Fonte: Silva e Krauss (2009, p. 5) Observa-se na Figura 2, que para toda origem há uma aplicação de recursos, ou seja, para ter saldo em banco, conceder prazos para os clientes, comprar máquinas, equipamentos, mercadorias em estoques, é necessário ter uma fonte de recursos. Estes recursos podem ser de terceiros – capital de terceiros, que são alheios à entidade, ou próprios, que vem dos sócios ou acionistas. Normalmente, os recursos próprios iniciam com o capital social, na formação da sociedade. Em seguida, após a empresa começar a produzir, contratar funcionários, vender, ela apura o seu resultado. Se este resultado for positivo, significa que a empresa teve lucro, ou seja, as receitas foram maiores que as despesas. Este lucro aumenta o patrimônio líquido, ou seja, a empresa está se autofinanciando. Já se o resultado for negativo, significa que a empresa teve prejuízo, ou seja, as receitas foram menores que as despesas. O prejuízo diminuiu o patrimônio líquido, neste caso, ele está absorvendo o investimento inicial dos sócios. Na contabilidade, as aplicações de recursos são chamadas de ativo, enquanto, as origens de recursos são denominadas de passivo e patrimônio líquido. A Figura 3 evidencia a composição do patrimônio das empresas conforme a linguagem contábil. CONTABILIDADE III – 2015/1 8 Figura 3: Composição do patrimônio da entidade na linguagem contábil Fonte: Silva e Krauss (2009, p. 5) Observa-se na Figura 3 que os bens e direitos constituem o ativo da empresa. Ao passo que o passivo refere-se ao capital de terceiros e o patrimônio líquido é conhecido como capital próprio, por pertencer aos proprietários. Desta forma, o Balanço Patrimonial evidencia a composição e os respectivos valores do ativo, passivo e patrimônio líquido (PL) da entidade. Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. (CPC, 00). Neste sentido, o conceito de ativo vai além de bens e direitos, devem existir as características de controle, benefícios futuros e resultados de eventos passados. O controle está relacionado aos riscos e benefícios do bem. Por exemplo: ao comprar um veículo via arrendamento mercantil, a proprietária do veículo é a instituição financeira. Entretanto, quem detém o controle, é a empresa, pois ela está utilizando este veículo em benefício próprio, é responsável pela sua manutenção, pelos seus gastos. No caso de perda, também arcará com prejuízos, portanto, ela detém o controle, logo é seu ativo. Os benefícios futuros estão relacionados à capacidade de geração de caixa para entidade. Todo ativo deve contribuir de forma direta ou indireta para geração de caixa. Se algum bem não contribuir para a geração de caixa, o mesmo deve ser baixado, não pode ser considerado ativo. E só posso contabilizar um ativo quando for resultado de eventos passados, não se pode, por exemplo, contabilizar uma mercadoria que irá ser adquirida no mês seguinte. Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos. OBS: A obrigação normalmente surge somente quando o ativo é recebido ou a entidade assina um acordo irrevogável de aquisição do ativo (CPC, 00). Normalmente uma obrigação é reconhecida quando se registra uma despesa. Já o Patrimônio Líquido, é conceituado como CONTABILIDADE III – 2015/1 9 sendo o valor residual dos ativos da entidade, depois de deduzidos todos os seus passivos. (CPC, 00). 1.1.3 Método das partidas dobradas O processo de escrituração dos fatos contábeis é realizado por meio do método das partidas dobradas. Ribeiro (2009, p. 72) explica que: Esse método, que é de uso universal e foi divulgado no século XV (1494), na cidade de Veneza, na Itália, pelo frade franciscano Luca Pacioli, consiste no seguinte: não há saldo devedor sem que hajacredor e não há credor sem que haja devedor, sendo que a cada débito corresponde um crédito de igual valor. Sendo assim, o método das partidas dobradas preconiza que para toda aplicação, há uma origem de recursos. No caso, o débito refere-se às aplicações de recursos e os créditos as origens de recursos. O débito é pra onde foi o recurso, ao passo, que o crédito, é de onde veio, quem está financiando. Horngren, Harrison Jr e Robinson mostram essa abordagem na Figura 4 que segue: Figura 4: Equação contábil e as regras dos débitos e créditos (=) (+) - + Patrimônio LíquidoPassivos - ++ - Regras de Débito e Crédito Ativos Figura 1: Equação contábil e as regras dos débitos e créditos Fonte: Ajustado de Horngren, Harrison Jr e Robinson (1996, p. 48) Equação contábil: Fonte: Silva e Krauss (2009, p. 8) Observa-se na Figura 4 que toda vez que aumentar o ativo, deve-se debitar a respectiva conta. Toda vez que diminuir, deve-se creditar a respectiva conta. Para o passivo, toda vez que aumentar, deve-se creditar. E toda vez que diminuir, deve-se debitar. A mesma regra segue para o patrimônio líquido – toda vez que aumentar – credita-se a conta; toda vez que diminuir, debita-se a respectiva conta. As receitas devem ser creditadas, uma vez que aumentam o patrimônio líquido. As despesas devem ser debitadas, uma vez que diminuem o patrimônio líquido. Portanto, as regras do método das partidas dobradas estão sintetizadas na Figura 5 a seguir: CONTABILIDADE III – 2015/1 10 Figura 5: Síntese das regras dos débitos e créditos Débito (Aplicação de recursos) Crédito (Origens de recursos) Ativo + Ativo - Passivo - Passivo + PL - PL + Despesas Receitas Fonte: Elaboração própria 1.1.4 Classificação e natureza das contas contábeis Conta é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido) e aos elementos de resultado (Despesas e Receitas). É por meio das contas que a contabilidade consegue desempenhar o seu papel. Todos os acontecimentos que ocorrem na empresa, responsáveis pela sua gestão, como as compras, as vendas, os pagamentos, os recebimentos, são registrados em livros próprios por meio das contas (RIBEIRO, 2009). Conforme a teoria patrimonialista, as contas podem ser classificadas em dois grupos: contas patrimoniais e contas de resultado. As contas patrimoniais representam os Bens, os Direitos, as Obrigações e o Patrimônio Líquido. São elas que representam o Patrimônio da empresa num dado momento, por meio do Balanço Patrimonial (RIBEIRO, 2009). Portanto, o ativo, passivo e patrimônio líquido representam as contas patrimoniais. As contas de resultado dividem-se em Contas de Despesas e Contas de Receitas. As despesas decorrem do consumo de bens e da utilização de serviços. Por exemplo: a energia elétrica consumida, os materiais de limpeza consumidos (sabões, desinfetantes, vassouras, detergentes), o café consumido, os materiais de expediente consumidos (canetas, papéis, lápis, impressos, etc), a utilização dos serviços telefônicos, etc. São exemplos de contas de despesas: água e esgoto, aluguéis passivos, descontos concedidos, fretes, material de expediente, material de limpeza, salários, encargos sociais, juros passivos, despesas bancárias, etc (RIBEIRO, 2009). Marion (2009) aduz que despesa é todo sacrifício, todo esforço da empresa para obter Receita. Todo consumo de bens ou serviços com o objetivo de obter Receita é um sacrifício, um esforço para a empresa. Ela é refletida no balanço por meio de uma redução do Caixa (quando é pago no ato – à vista) ou mediante um aumento de uma dívida – Passivo (quando a despesa é contraída no presente para ser paga no futuro – a prazo). A despesa pode, ainda, CONTABILIDADE III – 2015/1 11 originar-se de outras reduções de Ativo (além do Caixa), como é o caso de desgastes de máquinas (depreciação) e outros. A receita corresponde, em geral, a venda das mercadorias ou prestações de serviços. Ela é refletida no balanço por meio da entrada de dinheiro no Caixa (Receita à vista) ou entrada em forma de direitos a receber (Receita a prazo) – duplicatas a receber ou clientes. A receita sempre aumenta o Ativo, embora nem todo aumento de Ativo signifique Receita (empréstimos bancários, financiamentos, etc, aumentam o caixa da empresa, mas não são receitas) (MARION, 2009). São exemplos de contas de receitas: receitas de vendas de mercadorias, receitas de serviços, descontos obtidos, aluguéis ativos, juros ativos, receitas de aplicações financeiras, etc. Neste sentido, percebe-se a divisão das contas em dois grandes grupos: (i) contas patrimoniais – são aquelas constantes no Balanço Patrimonial, representadas pelo Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido; e (ii) contas de resultados – são aquelas constantes na Demonstração do Resultado do Exercício, representadas por receitas e despesas. Quanto à natureza das contas, as mesmas podem ser devedoras ou credoras. Devedoras são aquelas que possuem seu saldo a débito, ou seja, seu primeiro lançamento ocorre a débito. Enquadram-se nesta categoria as contas do ativo e despesas. Enquanto as contas de natureza credoras são aquelas que possuem seu saldo contábil a crédito, ou seja, seu primeiro lançamento ocorre a crédito. Enquadram-se nesta categoria as contas do passivo, patrimônio líquido e receitas. São exceções a esta regra, as contas redutoras ou retificadoras. Estas contas possuem um comportamento contrário ao seu grupo. Exemplo, a depreciação acumulada, é uma conta do ativo, no entanto, seu primeiro lançamento, ocorre a crédito. Logo, sua natureza é credora. Capital a integralizar é uma conta do patrimônio líquido, só que redutora. Portanto, tem natureza devedora – contrária ao seu grupo. 1.1.5 Regime de competência As receitas e despesas devem ser contabilizadas de acordo com o regime de competência, ou seja, no período a que se referem. Borinelli e Pimentel (2010, p. 148) comentam que “o regime de competência, conhecido também por regime econômico ou contábil, apura o resultado contábil da organização com base no confronto entre as receitas, ganhos, despesas e perdas. Com base nesse regime, o registro das transações deve ser feito no CONTABILIDADE III – 2015/1 12 período da ocorrência de seu fato gerador e não quando do seu recebimento ou pagamento em dinheiro”. Neste sentido, não devemos observar a data do recebimento ou pagamento, o que importa, é a ocorrência do fato em si. Desta forma, reconhece-se uma venda de mercadorias quando há transferência dos riscos e benefícios ao comprador, independente, de já ter existido o recebimento. As despesas com salários reconhecem-se no final do mês, mesmo que serão pagos, no quinto dia útil subsequente. As despesas com 13º salário deverão ser reconhecidas mensalmente, o que correspondente a 1/12 mês, mesmo que o pagamento só ocorra em novembro e dezembro. As despesas com seguros, todo mês reconhece-se uma parte delas. 1.1.6 Estrutura do balanço patrimonial O Balanço Patrimonial é a única demonstração estática, uma vez, que demonstra os saldos de determinado momento/período, sem mostrar como se chegou naquele saldo. Por exemplo, ao levantar o Balanço Patrimonial de 28/02/2014, estarão evidenciados os saldos do caixa deste dia, assim, como, o saldo de fornecedores a pagar, de clientes. No entanto, não demonstrará como se chegou no saldo do caixa, como se apurou o saldo dos clientes. Esta demonstração evidencia a situação financeira e patrimonial da entidade. Borinelli e Pimentel (2010, p. 106) explicam que o “o balanço patrimonialé a demonstração contábil que representa quantitativa e qualitativamente o patrimônio de uma entidade, evidenciando, portanto, o conjunto dos bens, direitos e obrigações desta”. Castilho, Castilho e Castilho (2010, p. 139) explicam que o balanço patrimonial tem por finalidade apresentar a posição, em determinada data, dos recursos patrimoniais aplicados pela empresa. Os autores inferem que: a) O ativo representa a posição, naquela data, do saldo das contas do Balanço Patrimonial, correspondente aos recursos aplicados, ou no aguardo para sua aplicação (moeda corrente), pertencentes à empresa. b) O passivo representa a posição, naquela data, do saldo das contas do Balanço Patrimonial, correspondente às dívidas ocorridas em função dos recursos obtidos pela empresa junto a terceiros. c) O patrimônio líquido representa a posição, na mesma data, dos recursos próprios da empresa, obtidos por investimentos realizados pelos seus proprietários e por lucros realizados. O artigo 178 da Lei 6.404/76 menciona o seguinte: CONTABILIDADE III – 2015/1 13 Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) § 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). A Figura 6 a seguir ilustra os principais grupos do Balanço Patrimonial, conforme preconizado pelo art. 178 da Lei 6.404/76: Figura 6: Principais grupos do balanço patrimonial BALAÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO a A CAPITAL SOCIAL INVESTIMENTOS RESERVAS DE CAPITAL IMOBILIZADO INTANGÍVEL AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL RESERVAS DE LUCROS (-) AÇÕES EM TESOURARIA LUCROS/PREJUÍZOS ACUMULADOS Fonte: Iudícibus et. al (2010) Denota-se que as contas do ativo são expostas em ordem decrescente de liquidez, do mais líquido para o menos líquido, ou seja, o que é caixa ou que vai se transformar em caixa primeiro. Por este motivo, o primeiro grupo do ativo circulante é “caixa e equivalentes de caixa”, composto por caixa propriamente dito, saldos bancários e aplicações financeiras de liquidez imediata. No passivo, as contas são expostas de ordem decrescente de exigibilidade, CONTABILIDADE III – 2015/1 14 ou seja, do mais exigível para o menos exigível. Neste grupo, as primeiras contas evidenciadas são as que possuem um prazo de obrigação menor. Por isso, o primeiro grupo evidenciado refere-se às obrigações sociais e trabalhistas. Tanto o ativo, quanto o passivo, dividem-se em dois grandes grupos: circulante e não circulante. Esta classificação leva em conta o ciclo operacional ou o prazo de um ano, aquele que for maior. Entende-se por ciclo operacional o tempo decorrido entre a compra da matéria prima, sua transformação, produção e estocagem do produto, venda e o respectivo recebimento. Como o ciclo operacional de muitas empresas é menor que um ano, por isso, considera-se o prazo de um ano para elaboração do balanço patrimonial, visto que este prazo é maior que o ciclo operacional. Sendo assim, no ativo circulante estarão evidenciados os bens e direitos que são caixa ou que se transformarão em caixa até 12 meses. Se elaborarmos o Balanço Patrimonial em 28/02/2014, consideramos no circulante tudo o que se transformará em caixa até 28/02/2015. No CPC 26 (2011), item 66 há a seguinte menção: O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios: (a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; (b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; (c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou (d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Borinelli e Pimentel (2010, p. 111) enfatizam que “em suma, o ativo circulante compreende todos os bens e direitos já convertidos em dinheiro ou que se converterão em dinheiro até o final do exercício seguinte. Portanto, correspondem aos recursos aplicados em elementos que estão em constante movimentação, por isso o nome circulante”. Fazem parte deste grupo: caixa e equivalentes de caixa (disponibilidades), aplicações financeiras, contas a receber de clientes, estoques, despesas antecipadas, tributos a recuperar, bens destinados à venda, outros créditos. Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. O ativo não circulante se divide nos seguintes grupos: realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. CONTABILIDADE III – 2015/1 15 De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76, as contas serão classificadas do seguinte modo: II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007). Desta forma, no realizável a longo prazo são incluídos todos os valores a receber de terceiros após o período de um ano, além, dos empréstimos a receber de diretores, sócios, acionistas, empresas ligadas – estes sempre serão classificados no realizável a longo prazo, independente do prazo de recebimento. Os grupos investimentos, imobilizado e intangível possuem a característica de permanência, ou seja, sem a intenção de venda. Os investimentos possuem ainda a característica de rentabilidade, e estão inclusos aqui a compra de ações ou quotas de outras empresas, imóveis destinados à locação e obras de artes. No imobilizado, além da característica de permanência, não destinados à venda,há o fator que referem-se aos bens tangíveis de uso da entidade. A empresa utiliza os bens para suas atividades de produção, administração e vendas. Estão nestes grupos: máquinas e equipamentos, veículos, imóveis, móveis e utensílios, equipamentos de informática, entre outros. Por fim, os intangíveis possuem as mesmas características que o imobilizado, no entanto, referem-se a bens intangíveis, não suscetíveis ao toque, como por exemplo, marcas e patentes adquiridas, softwares, concessões de rodovias, etc. CONTABILIDADE III – 2015/1 16 Os ativos do bem imobilizado estão sujeitos à depreciação e ao teste de recuperabilidade. Os intangíveis também se sujeitam ao teste de recuperabilidade e estão sujeitos à amortização. O teste de recuperabilidade também se aplica aos investimentos. No passivo circulante serão agrupadas todas as obrigações que deverão ser liquidadas durante o ciclo operacional da entidade ou no período de até doze meses após a data do balanço. São exemplos de passivos: obrigações sociais trabalhistas, fornecedores, obrigações tributárias, empréstimos e financiamentos, provisões, outras contas a pagar. O patrimônio líquido (PL) é composto pelo capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, lucros/prejuízos acumulados e ações em tesouraria. Iremos estudar este grupo numa unidade específica. Por enquanto, é necessário saber que as reservas fazem parte do PL e que ações em tesouraria são contas redutoras do mesmo. 1.1.7 Plano de contas da disciplina A seguir é apresentado o plano de contas que é utilizado na disciplina. 1 ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (DISPONÍVEL) 1.1.1.1 CAIXA 1.1.1.2 BANCOS 1.1.1.3 APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LIQUIDEZ IMEDIATA 1.1.2 CONTAS A RECEBER DE CLIENTES 1.1.2.1 CLIENTES NO MERCADO INTERNO 1.1.2.2 CLIENTES NO MERCADO EXTERNO 1.1.2.3 CHEQUES À VISTA A DEPOSITAR 1.1.2.4 CHEQUES A PRAZO A DEPOSITAR 1.1.2.5 CHEQUES EM COBRANÇA 1.1.2.6 (-) PERDAS ESTIMADAS EM CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA 1.1.2.7 (-) FATURAMENTO PARA ENTREGA FUTURA 1.1.2.8 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE – CLIENTES 1.1.3 ESTOQUES 1.1.3.1 ESTOQUES DE MERCADORIAS P/REVENDA 1.1.3.2 ESTOQUES DE MATÉRIA-PRIMA 1.1.3.3 ESTOQUES DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO 1.1.3.4 ESTOQUES DE EMBALAGEM 1.1.3.5 ESTOQUES DE PRODUTOS ACABADOS 1.1.3.6 ESTOQUES DE MATERIAL DE EXPEDIENTE 1.1.3.7 ESTOQUES DE MATERIAL DE USO E CONSUMO CONTABILIDADE III – 2015/1 17 1.1.3.8 OUTROS ESTOQUES 1.1.3.9 ADIANTAMENTO A FORNECEDORES 1.1.3.10 (-) PERDAS PARA REDUÇÃO AO VALOR DE MERCADO 1.1.4 TRIBUTOS A RECUPERAR 1.1.4.1 ICMS A RECUPERAR 1.1.4.2 IPI A RECUPERAR 1.1.4.3 PIS A RECUPERAR 1.1.4.4 COFINS A RECUPERAR 1.1.4.5 IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE A COMPENSAR 1.1.4.6 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL RETIDA NA FONTE A COMPENSAR 1.1.4.7 CONFINS RETIDA NA FONTE A COMPENSAR 1.1.4.8 PIS RETIDO NA FONTE A COMPENSAR 1.1.4.9 ISS A RECUPERAR 1.1.4.10 IMPOSTO DE RENDA A RESTITUIR/COMPENSAR 1.1.4.11 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL A RESTITUIR/COMPENSAR 1.1.5 ADIANTAMENTOS A FUNCIONÁRIOS 1.1.5.1 ADIANTAMENTO PARA VIAGENS 1.1.5.2 ADIANTAMENTO DE SALÁRIOS E ORDENADOS 1.1.5.3 EMPRÉSTIMOS A FUNCIONÁRIOS 1.1.5.4 ANTECIPAÇÃO DE 13º SALÁRIO 1.1.5.5 ANTECIPAÇÃO DE FÉRIAS 1.1.6 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS 1.1.6.1 APLICAÇÕES FINANCEIRAS 1.1.6.2 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 1.1.6.3 (-) PERDAS PARA REDUÇÃO AO VALOR DE MERCADO 1.1.6.4 (-) PROVISÃO PARA PERDAS 1.1.7 DESPESAS ANTECIPADAS 1.1.7.1 PRÊMIOS E SEGUROS A APROPRIAR 1.1.7.2 ASSINATURAS E ANUIDADES A APROPRIAR 1.1.7.3 ALUGUÉIS PAGOS ANTECIPADAMENTE 1.1.7.4 OUTRAS DESPESAS ANTECIPADAS 1.1.8 OUTROS VALORES A RECEBER 1.1.8.1 DIVIDENDOS A RECEBER 1.1.8.2 DEPÓSITOS JUDICIAIS 1.1.8.3 EMPRÉSTIMOS A RECEBER 1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.2.1.1 CLIENTES 1.2.1.2 APLICAÇÕES FINANCEIRAS 1.2.1.3 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 1.2.1.4 DEPÓSITOS JUDICIAIS 1.2.1.5 EMPRÉSTIMOS A DIRETORES 1.2.1.6 EMPRÉSTIMOS A ENTIDADES LIGADAS/COLIGADAS/CONTROLADAS 1.2.1.7 EMPRÉSTIMOS A SÓCIOS E ACIONISTAS 1.2.1.8 EMPRÉSTIMOS A EMPRESAS LIGADAS 1.2.1.9 TRIBUTOS A COMPENSAR E RECUPERAR CONTABILIDADE III – 2015/1 18 1.2.1.10 EMPRÉSTIMOS FEITOS COM INCENTIVOS FISCAIS 1.2.1.11 PARTICIPAÇÕES EM FUNDOS DE INVESTIMENTO 1.2.1.12 (-) PERDA DE REDUÇÃO AO VALOR DE MERCADO 1.2.1.13 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE 1.2.2 INVESTIMENTOS 1.2.2.1 PARTICIPAÇÃO EM COLIGADAS E CONTROLADAS 1.2.2.2 PARTICIPAÇÃO EM OUTRAS EMPRESAS 1.2.2.3 IMÓVEIS PARA LOCAÇÃO 1.2.2.4 TERRENOS PARA EXPANSÃO COMERCIAL 1.2.2.5 OBRAS DE ARTES 1.2.3 IMOBILIZADO 1.2.3.1 TERRENOS 1.2.3.2 EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES 1.2.3.3 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 1.2.3.4 MÓVEIS E UTENSÍLIOS 1.2.3.5 VEÍCULOS 1.2.3.6 EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA 1.2.3.7 FERRAMENTAS 1.2.3.8 (-)DEPREC. ACUM. - EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES 1.2.3.9 (-)DEPREC. ACUM. - MÁQUINAS E EQUIPAM. 1.2.3.10 (-)DEPREC. ACUM. - MÓVEIS E UTENSÍLIOS 1.2.3.11 (-)DEPREC. ACUM. – VEÍCULOS 1.2.3.12 (-)DEPREC. ACUM. - EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA 1.2.3.13 (-)DEPREC. ACUM. – FERRAMENTAS 1.2.4 INTANGÍVEL 1.2.4.1 MARCAS ADQUIRIDAS DE TERCEIROS 1.2.4.2 PATENTES REGISTRADAS 1.2.4.3 SOFTWARE 1.2.4.4 ÁGIO (RENTABILIDADE FUTURA) 1.2.4.5 (-) AMORTIZAÇÃO ACUM. – MARCAS 1.2.4.6 (-) AMORTIZAÇÃO ACUM. – PATENTES 1.2.4.7 (-) AMORTIZAÇÃO ACUM. – SOFTWARE 2 PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 2.1.1 OBRIGAÇÕES SOCIAIS E TRABALHISTAS 2.1.1.1 SALÁRIOS A PAGAR 2.1.1.2 PRÓ-LABORE A PAGAR 2.1.1.3 COMISSÕES A PAGAR 2.1.1.4 INSS A RECOLHER 2.1.1.5 FGTS A RECOLHER 2.1.1.6 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL A RECOLHER 2.1.1.7 IRRF A RECOLHER 2.1.1.8 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO A PAGAR 2.1.1.9 FÉRIAS A PAGAR CONTABILIDADE III – 2015/1 19 2.1.1.10 OUTROS BENEFÍCIOS A EMPREGADOS A PAGAR 2.1.1.11 GRATIFICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES A EMPREGADOS A PAGAR 2.1.1.12 GRATIFICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES A ADMINISTRADORES A PAGAR 2.1.1.13 REFIS / PAES 2.1.1.14 RESCISÕES A PAGAR 2.1.2 FORNECEDORES 2.1.2.1 FORNECEDORES NACIONAIS DE MERCADORIAS 2.1.2.2 FORNECEDORES ESTRANGEIROS DE MERCADORIAS 2.1.2.3 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE - FORNECEDORES DE MERCADORIAS 2.1.2.4 FORNECEDORES NACIONAIS DE IMOBILIZADO 2.1.2.5 FORNECEDORES ESTRANGEIROS DE IMOBILIZADO 2.1.2.6 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE - FORNECEDORES DE IMOBILIZADO 2.1.2.7 CHEQUES A PAGAR 2.1.2.8 CARTÃO DE CRÉDITO A PAGAR 2.1.2.9 COMISSÕES A REPRESENTANTES A PAGAR 2.1.2.10 SERVIÇOS DE TERCEIROS A PAGAR 2.1.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS 2.1.3.1 ICMS A RECOLHER 2.1.3.2 IPI A RECOLHER 2.1.3.3 COFINS A RECOLHER 2.1.3.4 PIS A RECOLHER 2.1.3.5 IRPJ A RECOLHER 2.1.3.6 (-) IR RECOLHIDO 2.1.3.7 CSLL A RECOLHER 2.1.3.8 (-)CS RECOLHIDA 2.1.3.9 SIMPLES NACIONAL A RECOLHER 2.1.3.10 IRRF S/ SERVIÇOS PROFISSIONAIS A RECOLHER 2.1.3.11 ISS A RECOLHER 2.1.3.12 PCC A RECOLHER 2.1.3.13 REFIS / PAES 2.1.4 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 2.1.4.1 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS A PAGAR 2.1.4.2 EMPRÉSTIMOS DE TERCEIROS A PAGAR 2.1.4.3 (-) ENCARGOS FINANCEIROS S/ EMPRÉSTIMOS A TRANSCORRER 2.1.4.4 DUPLICATAS DESCONTADAS 2.1.4.5 (-) ENCARGOS FINANCEIROS S/ DUPLIC. DESCONT. A TRANSCORRER 2.1.4.6 CHEQUES A PRAZO DESCONTADOS 2.1.4.7 FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS A PAGAR 2.1.4.8 (-) ENCARGOS FINANCEIROS S/ FINANCIAMENTOS A TRANSCORRER 2.1.5 OUTRAS OBRIGAÇÕES 2.1.5.1 SEGUROS A PAGAR 2.1.5.2 ENERGIA ELÉTRICA A PAGAR 2.1.5.3 TELEFONE A PAGAR 2.1.5.4 ÁGUA A PAGAR2.1.5.5 ADIANTAMENTO DE CLIENTES 2.1.5.6 DIVIDENDOS A PAGAR CONTABILIDADE III – 2015/1 20 2.1.5.7 ALUGUEL A PAGAR 2.1.5.8 OUTRAS OBRIGAÇÕES A PAGAR 2.1.6 PROVISÕES 2.1.6.1 PROVISÕES FISCAIS 2.1.6.2 PROVISÕES PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTAS 2.1.6.3 PROVISÕES CÍVEIS 2.1.6.4 PROVISÃO PARA GARANTIAS 2.1.6.5 PROVISÃO PARA BENEFÍCIOS A EMPREGADOS (APOSENTADORIAS E PENSÕES) 2.1.6.6 PROVISÃO PARA PASSIVOS AMBIENTAIS 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.2.1 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 2.2.1.1 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS A PAGAR 2.2.1.2 EMPRÉSTIMOS DE TERCEIROS A PAGAR 2.2.1.3 (-) ENCARGOS FINANCEIROS S/ EMPRÉSTIMOS A TRANSCORRER 2.2.1.4 FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS A PAGAR 2.2.1.5 (-) ENCARGOS FINANCEIROS S/ FINANCIAMENTOS A TRANSCORRER 2.2.2 FORNECEDORES 2.2.2.1 FORNECEDORES NACIONAIS 2.2.2.2 FORNECEDORES EXTERIOR 2.2.2.3 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE – FORNECEDORES 2.2.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS/SOCIAIS 2.2.3.1 OBRIGAÇÕES FISCAIS 2.2.3.2 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 2.2.4 CONTRATOS DE MÚTUOS 2.2.4.1 MÚTUOS COLIGADAS / CONTROLADAS 2.2.4.2 MÚTUOS PESSOAS LIGADAS 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.1 CAPITAL SOCIAL 2.3.1.1 CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO 2.3.1.2 (-) CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR 2.3.2 RESERVAS DE CAPITAL 2.3.2.1 ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES 2.3.2.2 ALIENAÇÃO DE BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO 2.3.2.3 ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS 2.3.3 AJUSTES AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 2.3.3.1 AJUSTES POR NORMAS INTERNACIONAIS 2.3.3.2 AJUSTES EM OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS 2.3.3.3 AJUSTES POR AQUISIÇÕES E FUSÕES 2.3.4 RESERVAS DE LUCROS 2.3.4.1 RESERVA LEGAL 2.3.4.2 RESERVAS ESTATUTÁRIAS 2.3.4.3 RESERVAS PARA CONTINGÊNCIAS 2.3.4.4 RESERVAS DE LUCROS PARA EXPANSÃO 2.3.4.5 RESERVAS DE LUCROS A REALIZAR 2.3.4.6 RESERVAS DE INCENTIVOS FISCAIS 2.3.4.7 RESERVAS DE RETENÇÃO DE LUCROS CONTABILIDADE III – 2015/1 21 2.3.4.8 DIVIDENDO ADICIONAL PROPOSTO 2.3.5 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 2.3.5.1 PREJUÍZOS ACUMULADOS 2.3.5.2 LUCROS ACUMULADOS 2.3.6 (-) AÇÕES EM TESOURARIA 2.3.6.1 (-) AÇÕES EM TESOURARIA 2.3.7 LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 2.3.7.1 LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 3 RESULTADO 3.1 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 3.1.1 RECEITA BR. VENDAS DE PRODUTOS E SERV. 3.1.1.1 RECEITA DE VENDAS DE MERCADORIAS NACIONAIS 3.1.1.2 RECEITA DE VENDAS DE MERCADORIAS EXPORTAÇÃO 3.1.1.3 RECEITA DE VENDAS DE PRODUTOS NACIONAIS 3.1.1.4 RECEITA DE VENDAS DE PRODUTOS EXPORTAÇÕES 3.1.1.5 RECEITA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NACIONAIS 3.1.1.6 RECEITA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EXPORTAÇÕES 3.1.1.7 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE - RECEITA/CLIENTES 3.2 DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 3.2.1 VENDAS CANCELADAS E DEVOLUÇÕES 3.2.1.1 DEVOLUÇÕES DE VENDAS NACIONAIS 3.2.1.2 DEVOLUÇÕES DE VENDAS EXPORTAÇÕES 3.2.2 ABATIMENTOS E DESCONTOS INCONDICIONAIS 3.2.2.1 ABATIMENTOS S/VENDAS NACIONAIS 3.2.2.2 ABATIMENTOS S/VENDAS EXPORTAÇÕES 3.2.2.3 DESCONTOS INCONDICIONAIS S/VENDAS NACIONAIS 3.2.2.4 DESCONTOS INCONDICIONAIS S/VENDAS EXPORTAÇÕES 3.2.3 IMPOSTOS SOBRE AS VENDAS 3.2.3.1 ICMS S/VENDAS 3.2.3.2 IPI S/VENDAS 3.2.3.3 PIS S/FATURAMENTO 3.2.3.4 COFINS S/FATURAMENTO 3.2.3.5 ISS S/ PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 3.2.3.6 SIMPLES NACIONAL SOBRE FATURAMENTO 3.3 CUSTO DAS VENDAS E PREST. DE SERVIÇOS 3.3.1 CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS – CMV 3.3.1.1 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 3.3.2 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS – CPV 3.3.2.1 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 3.3.3 CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS – CSP 3.3.3.1 CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS 3.4 DESPESAS OPERACIONAIS 3.4.1 DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDA 3.4.1.1 COMISSÕES SOBRE AS VENDAS CONTABILIDADE III – 2015/1 22 3.4.1.2 FRETES SOBRE DISTRIBUIÇÃO 3.4.1.3 ROYALTIES SOBRE VENDAS 3.4.1.4 DESPESAS COM DEVEDORES DUVIDOSOS 3.4.1.5 DEVEDORES INCOBRÁVEIS 3.4.1.6 REVERSÃO DE DESPESAS COM DEVEDORES DUVIDOSOS 3.4.2 DESPESAS COM PESSOAL FIXO 3.4.2.1 SALÁRIOS E ORDENADOS DE PESSOAL 3.4.2.2 PRÓ-LABORE 3.4.2.3 HORAS EXTRAS DE PESSOAL 3.4.2.4 INSS S/ FOLHA DE PAGAMENTO 3.4.2.5 FGTS S/ FOLHA DE PAGAMENTO 3.4.2.6 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO 3.4.2.7 FÉRIAS 3.4.2.8 RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL 3.4.2.9 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO 3.4.2.10 ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE PESSOAL 3.4.2.11 ALIMENTAÇÃO DE PESSOAL 3.4.2.12 UNIFORMES DE PESSOAL 3.4.2.13 TRANSPORTES DE PESSOAL 3.4.2.14 SUBVENÇÕES SINDICAL DE PESSOAL 3.4.3 DESPESAS COM ATIVO PERMANENTE 3.4.3.1 DEPRECIAÇÃO DO IMOBILIZADO 3.4.3.2 AMORTIZAÇÃO DE INTANGÍVEIS 3.4.3.3 LEASING OPERACIONAL 3.4.3.4 ATIVOS FIXOS DE PEQUENO VALOR 3.4.4 DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS 3.4.4.1 MATERIAL E SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO 3.4.4.2 MATERIAL E SERVIÇOS JURÍDICOS 3.4.4.3 MATERIAL E SERVIÇOS DE CONSULTORIA 3.4.4.4 MATERIAL E SERVIÇOS DE SEGURANÇA 3.4.4.5 AUDITORIA E CONTABILIDADE 3.4.4.6 ENERGIA ELÉTRICA 3.4.4.7 TELEFONE 3.4.4.8 ÁGUA 3.4.4.9 SEGUROS 3.4.4.10 MATERIAL DE EXPEDIENTE 3.4.4.11 DESPESAS DE VIAGENS E ESTADAS 3.4.4.12 COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES 3.4.4.13 CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS 3.4.4.14 PROPAGANDA E PUBLICIDADE 3.4.4.15 FEIRAS E EXPOSIÇÕES 3.4.4.16 TAXAS E EMOLUMENTOS 3.4.4.17 ALUGUÉIS 3.4.4.18 MATERIAL DE COPA/COZINHA 3.4.4.19 MATERIAL DE HIGIENE E LIMPEZA 3.4.4.20 IPTU CONTABILIDADE III – 2015/1 23 3.4.4.21 CONDOMÍNIO 3.4.4.22 JORNAIS E REVISTAS - ASSINATURAS DIVERSAS 3.4.4.23 PIS SOBRE OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 3.4.4.24 COFINS SOBRE OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 3.4.5 OUTROS RESULTADOS OPERACIONAIS 3.4.5.1 RECEITA DE LOCAÇÃO 3.4.5.2 DEPRECIAÇÃO DE IMÓVEIS LOCADOS 3.4.5.3 MANUTENÇÃO DE IMÓVEIS LOCADOS 3.4.5.4 IMPOSTOS E TAXAS DE IMÓVEIS LOCADOS 3.4.5.5 DIVIDENDOS RECEBIDOS DE EMPRESAS LIGADAS 3.4.5.6 RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 3.4.6 DESPESAS COM PROVISÕES 3.4.6.1 PROVISÕES FISCAIS 3.4.6.2 PROVISÕES PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTAS 3.4.6.3 PROVISÕES CÍVEIS 3.4.6.4 PROVISÃO PARA GARANTIAS 3.4.6.5 PROVISÃO PARA BENEFÍCIOS A EMPREGADOS (APOSENTADORIAS E PENSÕES) 3.4.6.6 PROVISÃO PARA REESTRUTURAÇÃO 3.4.6.7 PROVISÃO PARA PASSIVOS AMBIENTAIS 3.4.6.8 REVERSÃO DE PROVISÕES FISCAIS, PREVIDENCIÁRIAS, TRABALHISTAS E CÍVEIS 3.4.7 OUTRAS RECEITAS 3.4.7.1 VENDAS DE INVESTIMENTOS 3.4.7.2 VENDAS DE IMOBILIZADO 3.4.7.3 VENDAS DE INTANGÍVEIS 3.4.7.4 OUTRAS RECEITAS 3.4.8 OUTRAS DESPESAS 3.4.8.1 CUSTO NA VENDA DE INVESTIMENTOS 3.4.8.2 CUSTO NA VENDA DE IMOBILIZADO 3.4.8.3 CUSTO NA VENDA DE INTANGÍVEIS 3.4.8.4 OUTRAS DESPESAS 3.5 RESULTADO FINANCEIRO 3.5.1 RECEITAS FINANCEIRAS 3.5.1.1 REC.FINANC.-DESCONTOS OBTIDOS 3.5.1.2 REC.FINANC.-JUROS ATIVOS/RECEBIDOS 3.5.1.3 REC.FINANC.-VARIAÇÕES MONET. ATIVAS/CAMBIAIS 3.5.1.4 REC.FINANC.-RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS 3.5.1.5 REC.FINANC.-AJUSTE A VALOR PRESENTE ATIVO 3.5.2 DESPESAS FINANCEIRAS 3.5.2.1 DESP.FINANC.-DESCONTOS CONCEDIDOS 3.5.2.2 DESP.FINANC.-JUROS PASSIVOS/PAGOS 3.5.2.3 DESP.FINANC.-VARIAÇÕES MONET. PASSIVAS/CAMBIAIS 3.5.2.4 DESP. FINANC. - JUROS S/ EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 3.5.2.5 DESP. FINANC. - DESPESAS BANCÁRIAS 3.5.2.6 DESP.FINANC. S/ TÍTULOS DESCONTADOS 3.5.2.7 DESP.FINANC.-IOF / CPMF 3.5.2.8 IRRF S/ APLICAÇÕES FINANCEIRAS CONTABILIDADE III – 2015/1 24 3.5.2.9 DESP. FINANC. -AJUSTE A VALOR PRESENTE PASSIVO 3.6 TRIBUTAÇÃO SOBRE O RESULTADO 3.6.1 PROVISÃO IMPOSTO DE RENDA 3.6.1.1 PROVISÃO IRPJ 3.6.2 PROVISÃO CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 3.6.2.1 PROVISÃO CSLL 3.7 PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES 3.7.1 PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES 3.7.1.1 PARTICIPAÇÕES DE EMPREGADOS 3.7.1.2PARTICIPAÇÕES DE ADMINISTRADORES 3.7.1.3 OUTRAS PARTICIPAÇÕES - PARTES BENEFICIÁRIAS 4 - RESULTADO DO EXERCÍCIO 4.1 RESULTADO DO PERÍODO 4.1.1 RESULTADO DO PERÍODO 4.1.1.1 RESULTADO DO EXERCÍCIO 1.1.8 Exercícios I 1) Determinada empresa apresentou os seguintes saldos em ALGUMAS contas patrimoniais descritas abaixo: Adiantamento a fornecedores R$4.000,00 Adiantamento de clientes R$2.000,00 Ativo imobilizado bruto (sem considerar a depreciação acumulada) R$40.000,00 Capital social R$60.000,00 Contas a pagar R$70.000,00 Depreciação acumulada R$4.000,00 Disponibilidades R$3.000,00 Clientes R$80.000,00 Estoques R$55.000,00 Lucros Acumulados R$27.000,00 Reserva legal R$5.000,00 Questiona-se: 1.1) Qual é o valor das aplicações de recursos? 1.2) Qual é o saldo das contas credoras apresentadas no Quadro acima? 2) (Adaptada de CFC – 02/2004; BORINELLI e PIMENTEL, 2010). Uma empresa encerrou o seu balanço patrimonial em 31/12/2003, com os saldos a seguir: Contas Valores Adiantamentos a Fornecedores R$ 550.000,00 Adiantamentos de Clientes R$ 290.000,00 Aluguéis a Pagar R$ 220.000,00 Aluguéis a receber R$ 150.000,00 Bancos conta Movimento R$ 230.000,00 Caixa R$ 100.000,00 Capital Social R$ 300.000,00 Clientes R$ 450.000,00 CONTABILIDADE III – 2015/1 25 Duplicatas a Pagar R$ 420.000,00 Edifícios de Uso R$ 400.000,00 Empréstimo Exigível a Curto Prazo R$ 150.000,00 Estoque de Mercadorias R$ 350.000,00 Financiamento Exigível a Longo Prazo R$ 600.000,00 Imposto de Renda a Recolher R$ 15.000,00 Lucros ou Prejuízos Acumulados R$ 150.000,00 Máquinas e Equipamentos de Uso R$ 360.000,00 Outros Impostos a Recolher R$ 90.000,00 Reservas de Lucros R$ 150.000,00 Salários a Pagar R$ 150.000,00 Terreno de Uso R$ 200.000,00 Títulos a Pagar a Curto Prazo R$ 355.000,00 Veículos de Uso R$ 100.000,00 Nestas condições, responda as perguntas a seguir: a) Qual é o valor do ativo circulante? b) Qual é o valor do capital próprio? c) Qual é o valor do capital de terceiros? d) Qual é o valor do passivo circulante? e) Qual é o valor do ativo não circulante? f) Qual é o valor das origens de recursos? 3) (CFC 02/2011) Uma sociedade empresária que tem como atividade operacional a prestação de serviços registrou as seguintes transações no mês de agosto de 2011. Aquisição de peças para reposição no valor de R$10.000,00 para serem utilizadas na prestação de serviços do mês de setembro de 2011. Prestação de serviços no valor total de R$80.000,00 para diversos clientes. Para a execução desses serviços, a sociedade utilizou-se de peças que haviam custado R$5.000,00 e o custo total com pessoal totalizou R$25.000,00. Pagamento do valor de R$ 100,00 referente à comissão sobre as vendas do mês de julho de 2011. Obtenção de empréstimo bancário no início do mês de agosto de 2011, no valor de R$40.000,00, a ser pago no fim do mês de agosto de 2011 acrescidos de juros de 3% para o período. Despesa com o pessoal administrativo no valor de R$1.000,00 a ser pago em setembro de 2011. Recebimento do valor de R$ 60.000,00 referente aos serviços prestados no mês de maio de 2011. Pagamento de salários referente à folha do mês de julho de 2011 no valor de R$20.000,00. CONTABILIDADE III – 2015/1 26 Considerando as transações do mês de agosto de 2011, o Resultado do Período apurado é: a) R$78.900,00. b) R$49.000,00. c) R$47.800,00. d) R$37.800,00. 4) O patrimônio da empresa XYZ, em 31/12/2012, está representado pelos valores abaixo: Contas Valores Contas Valores Caixa 200,00 Mercadorias para Revenda 1.400,00 Obrigações Sociais a Pagar 1.000,00 Empréstimos a Pagar 760,00 Veículos 1.000,00 Aplicações Financeiras 400,00 Clientes 400,00 Fornecedores 600,00 Adiantamento a Fornecedor 1.200,00 Impostos a Recuperar 160,00 Pede-se: a) O valor do capital de terceiros da empresa: b) O valor do capital próprio da empresa: 5) (CFC 02/2012) A contabilidade de uma empresa apresentou, no dia 31.12.2011, os seguintes saldos: Contas Saldos Banco Conta Movimento R$ 40.000,00 Capital a Integralizar R$ 10.000,00 Capital Subscrito R$ 98.000,00 COFINS Incidente sobre Vendas R$ 6.240,00 Custo das Mercadorias Vendidas R$ 90.000,00 Despesas com Salários R$ 32.000,00 Despesas de Comissões de Vendedores R$ 18.000,00 Despesas de Juros R$ 1.700,00 Despesas Pagas Antecipadamente de Seguros R$ 4.500,00 Devolução de Vendas R$ 12.000,00 Duplicatas a Pagar R$ 65.000,00 Duplicatas a Receber R$ 16.576,00 Estoque de Mercadorias R$ 90.000,00 ICMS a Recuperar R$ 7.372,00 ICMS Incidente sobre Vendas R$ 35.360,00 Imóveis de Uso da Empresa R$ 50.500,00 PIS Incidente sobre Vendas R$ 1.352,00 Receita Bruta Tributável de Vendas R$ 220.000,00 Receitas de Juros R$ 2.600,00 Reserva de Lucros R$ 30.000,00 Tendo em vista as informações acima, o valor do Resultado Líquido do exercício, não levando em consideração o Imposto de Renda Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro, é de: ________________. 6) O pagamento do saldo da conta Fornecedores é uma operação que: a) aumenta o Ativo e diminui o Passivo e o Patrimônio Líquido b) aumenta o Ativo, diminui o Passivo e não altera o Patrimônio Líquido c) aumenta o Ativo e o Patrimônio Líquido e não altera o Patrimônio Líquido CONTABILIDADE III – 2015/1 27 d) diminui o Ativo e o Passivo, e não altera o Patrimônio Líquido e) diminui o Ativo e o Passivo, e aumenta o Patrimônio Líquido 7) (CFC 02/2012). Uma sociedade empresária foi constituída, em 31.10.2011, com capital de R$ 100.000,00, totalmente integralizado em moeda corrente nesta data. Nos meses de novembro e dezembro, foram realizadas as seguintes transações: Data Transação Valor 10.11.2011 Aquisição de terreno à vista, para futura construção da sede própria. R$40.000,00 19.12.2011 Aquisição de mercadoria para revenda com prazo de pagamento para 20 dias. R$70.000,00 20.12.2011 Venda de 60% das mercadorias adquiridas com prazo de recebimento de 15 dias. R$80.000,00 Considerando que não haverá distribuição de lucros e nem incidência de impostos, após o registro das transações ocorridas, o total do Ativo Circulante, em 31.12.2011, é igual a: a) R$140.000,00. b) R$168.000,00. c) R$208.000,00. d) R$210.000,00. 8) Analisando os saldos das contas de uma determinada empresa, identifique o seu Patrimônio Líquido: Impostos a Recuperar 4.000,00 Estoques 11.000,00 Adiantamento a Fornecedores 7.000,00 Máquinas e Equipamentos 25.000,00 Empréstimos 9.000,00 Fornecedores 2.000,00 Clientes 6.000,00 Obrigações Fiscais 12.000,00 9) (CFC 02/2012) Uma sociedade empresária apresentou os seguintes dados relativos a um bem registrado no Imobilizado da empresa: Descrição Saldos em 31.12.2011 Custo de Aquisição R$ 15.000,00 (-) Depreciação Acumulada R$ 7.500,00 Vida útil 4 anos Valor residual R$ 5.000,00 No dia 1º.7.2012, o bem é vendido por R$8.000,00, à vista. O resultado contábil da venda do imobilizado, considerando que o bemfoi depreciado pelo método linear até 30.6.2012, é: a) R$ 812,50. b) R$1.437,50. c) R$1.750,00. d) R$2.375,00. 10) (CFC 01/2011) Uma entidade apresenta, em 31.12.2010, os seguintes saldos de contas: CONTAS Saldos (R$) Ações de Outras Empresas – Para Negociação Imediata 400,00 Ações em Tesouraria 300,00 CONTABILIDADE III – 2015/1 28 Ajustes de Avaliação Patrimonial (saldo devedor) 900,00 Aplicações em Fundos de Investimento com Liquidez Diária 2.600,00 Bancos Conta Movimento 6.000,00 Caixa 700,00 Capital Social 40.000,00 Clientes - Vencimento em março/2011 12.000,00 Clientes - Vencimento em março/2012 6.600,00 Clientes - Vencimento em março/2013 4.000,00 Depreciação Acumulada 8.800,00 Despesas Pagas Antecipadamente (prêmio de seguro com vigência até dezembro/2011) 300,00 Estoque de Matéria-Prima 5.000,00 Financiamento Bancário (a ser pago em 12 parcelas mensais de igual valor, vencendo a primeira em janeiro de 2011) 30.000,00 Fornecedores 19.000,00 ICMS a Recuperar 600,00 Imóveis de Uso 26.000,00 Impostos a Pagar (Vencimento em janeiro/2011) 6.400,00 Máquinas 18.000,00 Obras de Arte 4.000,00 Participação Societária em Empresas Controladas 14.000,00 Participações Permanentes no Capital de Outras Empresas 1.000,00 Reserva Legal 4.000,00 Reservas de Capital 2.200,00 Veículos 8.000,00 No Balanço Patrimonial, o saldo do Ativo Circulante é igual a: a) R$24.300,00. b) R$25.000,00. c) R$27.200,00. d) R$27.600,00. 11) (SZUSTER et al., 2009). Coloque um sinal de mais (+) ou de menos ( -) de acordo com a mudança na equação contábil. (Observe que em cada item dois sinais serão colocados). OBS: Equação Contábil: ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO Eventos A P PL a) Quatro pessoas formam uma sociedade e entregam ao gerente o dinheiro correspondente ao investimento inicial b) Compra de um veículo à vista c) Compra de um microcomputador, a ser utilizado pela secretária, a prazo. d) Pagamento de duplicata referente à compra do microcomputador e) Pagamento de aluguel do mês (a despesa, ainda, não havia sido reconhecida) f) A empresa prestou serviços a terceiros e deverá receber o valor posteriormente g) Recebimento do valor de um empréstimo tomado ao Banco h) Venda de mercadorias à vista (com lucro) i) Reconhecimento da despesa de comissões aos vendedores, que será paga no mês seguinte. j) Pagamento de comissões aos vendedores (Já haviam sido reconhecidas) k) Compra a prazo, de um computador para venda (estoque) l) Pagamento do empréstimo que tomou no banco m) Os sócios resolveram aumentar o capital da empresa, investindo mais dinheiro nela. CONTABILIDADE III – 2015/1 29 12) (Adaptada de Ribeiro (2009) ).Classifique as contas abaixo com base nos seguintes códigos: (A) Patrimonial ou de Resultado e (B) Devedora ou Credora. Contas A B Fornecedores Patrimonial Credora Depreciação ICMS a recuperar Máquinas e equipamentos Empréstimos a receber longo prazo Receita de vendas PIS sobre faturamento Duplicatas descontadas Capital social subscrito Reserva legal Telefone a pagar Depreciação acumulada Capital social a integralizar Custo da mercadoria vendida Juros passivos Caixa Aluguel Material de expediente PIS a recolher 13) (CFC 02/2012). Uma sociedade empresária apresentou as informações abaixo do mês de agosto de 2012. Receitas realizadas e não recebidas R$150.000,00 Despesas pagas antecipadamente e não incorridas R$110.000,00 Receitas realizadas e recebidas R$220.000,00 Despesas incorridas e não pagas R$ 90.000,00 Receitas recebidas antecipadamente e não realizadas R$130.000,00 Despesas incorridas e pagas R$ 85.000,00 Utilizando o Princípio da Competência, o valor do resultado do período é um lucro de: a) R$155.000,00. b) R$195.000,00. c) R$315.000,00. d) R$325.000,00. 14) (Adaptado de Ferrari, 2009) Determinada realizou os seguintes fatos no mês de março de 2012: - Venda de mercadorias no valor de R$ 100.000,00 ao custo de R$ 50.000,00, sendo 40% do recebimento em março e o restante com emissão de duplicatas para abril. - Recebimento de R$ 10.000,00 de clientes para entrega de mercadorias no mês de abril de 2012. - Recebimento de uma duplicata no valor de R$ 5.000,00, referente a vendas a prazo efetuadas em fevereiro de 2012. - Pagamento de despesas comerciais de fevereiro no valor de R$ 3.000,00. - Despesas pagas em março e não incorridas no valor de R$ 500,00. - Despesas pagas e incorridas em março no valor de R$ 14.000,00. - Despesas incorridas em março e não pagas no valor de R$ 2.000,00. CONTABILIDADE III – 2015/1 30 OBS: As mercadorias vendidas em março foram compradas em fevereiro de 2012 por R$ 50.000,00, sendo pagos 10% no ato da compra e o restante em mais três prestações mensais iguais a R$ 15.000,00 cada, vencíveis nos seguintes dias: 15 de março, 15 de abril e 15 de maio. Desta forma, calcule: a) O resultado do período pelo regime de competência. b) O resultado do período pelo regime de caixa. 1.2 ASPECTOS SOBRE OPERAÇÕES COM MERCADORIAS Apresenta-se a seguir uma revisão de conceitos e lançamentos contábeis referentes às operações com mercadorias. Em seguida, são expostos alguns exercícios com o intuito de fixação do conteúdo. 1.2.1 Revisão de conceitos e lançamentos contábeis Neste item são expostas revisões pertinentes à apuração do lucro bruto, apuração do custo da mercadoria vendida e lançamentos contábeis de operações com mercadorias. a) Apuração do resultado bruto com mercadorias (RCM) ou do lucro bruto O Resultado Bruto com Mercadorias consiste na apuração das Vendas Líquidas, deduzindo-se o chamado Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). RCM = Vendas Líquidas – Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) O Resultado com mercadorias (RCM) é o primeiro passo para a apuração do Resultado Líquido do período antes das destinações. O resultado líquido do período consiste na diferença entre o Resultado Bruto com Mercadorias (RCM) ou Lucro Bruto mais as Outras Receitas e menos Outras Despesas. Resultado Líquido = RCM + Outras Receitas – Outras Despesas O Resultado Bruto com Mercadorias, ou Resultado com Mercadorias é a diferença total entre as receitas obtidas pelas vendas e o custo dessas mercadorias que foram vendidas. Essa diferença bruta não leva em consideração as demais receitas e despesas da empresa, como receitas de juros, despesas com aluguéis, salários, despesas de energia elétrica, telefone, CONTABILIDADE III – 2015/1 31 venda de imobilizado, etc. Essas despesas e receitas aparecem quando se deseja conhecer o resultado líquido do exercício (IUDÍCIBUS, 2010). O conhecimento desse Resultado Bruto ou Lucro Bruto ou ainda Margem Bruta é de grande importância para as empresas comerciais que trabalham com Compra e Venda de Mercadorias; depois de apurado, adicionamos a ele as demais receitas, e dessa soma serão subtraídas as demais despesas para se obter o Resultado Líquido (IUDÍCIBUS, 2010). Demonstra-se a seguir, um exemplo da estrutura da DRE, na qual destaca-se o lucro bruto (resultado bruto com mercadorias), e depois as outras receitas e outras despesas. RECEITA OPERACIONAL BRUTA 720.000,00 RECEITA BR. VENDAS DE PRODUTOS E SERV. 720.000,00 RECEITA DE VENDAS DE MERCADORIASNACIONAIS 720.000,00 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA -177.880,00 (-) IMPOSTOS SOBRE AS VENDAS -155.880,00 ICMS S/VENDAS -122.400,00 PIS S/FATURAMENTO -11.880,00 COFINS S/FATURAMENTO -21.600,00 (-) VENDAS CANCELADAS OU DEVOLUÇÕES -10.000,00 DEVOLUÇÕES DE VENDAS -10.000,00 (-) DESCONTOS INCONDICIONAIS -12.000,00 DESCONTOS CONCEDIDOS INCONDICIONAIS -12.000,00 (=) RECEITA LÍQUIDA 542.120,00 (-) CUSTO DAS VENDAS E PREST. DE SERVIÇOS -288.000,00 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS -288.000,00 (=) LUCRO BRUTO 254.120,00 (+/-) DESPESAS OPERACIONAIS -112.000,00 (-) DESPESAS COMERCIAIS -53.000,00 (-) DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS -65.000,00 (+) RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 11.000,00 (-) PREJUÍZO NA VENDA DE IMOBILIZADO -5.000,00 (=) RESULTADO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO 142.120,00 (+/-) RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO -2.500,00 (+) RECEITAS FINANCEIRAS 2.000,00 (-) DESPESAS FINANCEIRAS -4.500,00 (=) RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO 139.620,00 PROVISÃO IRPJ --19.293,00 PROVISÃO CSLL -11.575,80 (=) RESULTADO LÍQUIDO DAS OPERAÇÕES CONTINUADAS 108.751,20 CONTABILIDADE III – 2015/1 32 b) Apuração do custo das mercadorias vendidas (CMV) A apuração do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) pode ser realizada por meio de dois sistemas básicos: a) Sistema de Inventário Periódico; e b) Sistema de Inventário Permanente. Iudícibus (2010, p.102 e 103) explica que o inventário periódico é quando efetuamos as vendas sem um controle paralelo e concomitante de nosso estoque e, portanto, sem controlar o custo das mercadorias vendidas. Quando necessitamos apurar o resultado obtido com a venda das mercadorias, fazemos um levantamento físico para avaliação do estoque de mercadorias existentes naquela data. Enquanto o inventário permanente é quando controlamos de forma contínua o estoque de mercadorias, dando-lhe baixa, em cada venda, pelo custo dessas mercadorias vendidas (CMV). Esse controle permanente é realizado sobre todas as mercadorias que estiverem à disposição para venda, isto é, esse controle é efetuado sobre as mercadorias vendidas (CMV) e sobre as mercadorias que não foram vendidas (estoque final). No inventário periódico, atualizam-se os estoques utilizando a seguinte fórmula: CMV = Estoque Inicial (EI) + Compras – Estoque Final (EF) Estas compras referem-se às compras líquidas, ou seja: valor total das compras – impostos recuperáveis + fretes sobre compras + seguros sobre compras + imposto de importação – devolução de compras – abatimento sobre compras, uma vez, que os estoques são contabilizados pelo custo de aquisição ou valor realizável líquido, dos dois, o menor. Exemplo: Calcule e contabilize o custo da mercadoria vendida a partir das seguintes informações: Dados Valor (em R$) Estoque Inicial 10.000,00 Compra de Mercadorias (Valor a pagar aos fornecedores) 175.000,00 Fretes sobre Compras 33.000,00 Frete sobre Vendas 17.000,00 ICMS sobre as compras 29.500,00 Devolução de Compras 12.000,00 Abatimento de Compras 3.500,00 Devolução de Vendas 6.000,00 Estoque Final 14.500,00 CONTABILIDADE III – 2015/1 33 RESOLUÇÃO: CMV = Estoque inicial + (Compra de mercadorias + Fretes sobre compra – ICMS sobre compras – Devolução de compras – Abatimento de compras) - Estoque final CMV = 158.500,00 D- CMV C- Estoque de mercadorias R$ 158.500,00 No sistema de inventário permanente toda compra de mercadorias é contabilizada na conta “Mercadorias / Estoque”. Assim como no Inventário Periódico, os valores devem ser contabilizados líquido de impostos, sempre que estes forem recuperáveis. As despesas decorrentes de fretes, seguros ou embalagens incidentes sobre o produto também compõe o custo das mercadorias e, portanto, deverão ser contabilizados na mesma conta (Mercadorias / Estoque). c) Contabilização de compras de mercadorias e fatos que alteram os valores das compras Os conceitos expostos a seguir foram fundamentados em Ribeiro (2009) e Iudícibus (2010). Os exemplos foram elaborados por Cunha (2011). Exemplo 1: Compra à vista. A empresa Fatura Bem Ltda efetuou compras à vista de mercadorias para revenda no montante de $ 30.000,00. Sobre a compra incidiu 17% de ICMS. D/C Conta Descrição Débito Crédito D 1.1.3.1 Estoque de mercadorias para revenda 24.900,00 D 1.1.4.1 ICMS a recuperar 5.100,00 C 1.1.1.1 Caixa 30.000,00 OBS: Para as empresas do lucro real, há direito ao crédito fiscal do PIS e da COFINS. O lançamento contábil funciona da mesma forma com o ICMS, ou seja, lança-se a recuperar. Exemplo 2: Compra a prazo. A empresa Fatura Bem Ltda efetuou compras a prazo de mercadorias para revenda no montante de $ 30.000,00. Sobre a compra incidiu 17% de ICMS. O pagamento será realizado em duas parcelas: 30 e 60 dias. CONTABILIDADE III – 2015/1 34 D/C Conta Descrição Débito Crédito D 1.1.3.1 Estoque de mercadorias para revenda 24.900,00 D 1.1.4.1 ICMS a recuperar 5.100,00 C 2.1.2.1 Fornecedores nacionais 30.000,00 Exemplo 3: Fretes e seguros sobre as compras. Correspondem às importâncias pagas pela empresa compradora das mercadorias, diretamente ao fornecedor ou a uma terceira empresa que promoveu o transporte das mercadorias, desde o estabelecimento do fornecedor até a sede da empresa. Há duas modalidades de fretes: a) CIF: que é uma abreviatura em inglês que significa cost, insurance and freight (custo, seguro e frete). CIF – Remetente paga b) FOB: free on board (posto a bordo). FOB – Destinatário paga. Quando o fornecedor arca com as despesas de frete e outras, é comum dizermos que existe uma cláusula contratual CIF. Quando uma compra de mercadoria contém essa cláusula, estamos querendo dizer que o vendedor estará arcando com o valor do frete e do seguro até o estabelecimento do comprador ou outro local por ele indicado. Quando o comprador é que tem a obrigação de arcar com as tais despesas, dizemos que a venda foi feita com a cláusula contratual FOB. Essa cláusula diz que o vendedor tem a obrigação de arcar com o custo do seguro e do frete até o local onde a mercadoria será embarcada, correndo por conta e risco do comprador tais despesas a partir desse ponto. Exemplo 3a: A empresa Fatura Bem Ltda efetuou compras a prazo de mercadorias para revenda no montante de $ 30.000,00. Sobre a compra incidiu 17% de ICMS. O pagamento será realizado em duas parcelas: 30 e 60 dias. O frete é FOB conforme Conhecimento de Frete (CF) no 230.300, no valor de 200,00 da Transportadora Flash Ltda. Sobre o frete incide ICMS de 17%. D/C Conta Descrição Débito Crédito D 1.1.3.1 Estoque de mercadorias para revenda 24.900,00 D 1.1.4.1 ICMS a recuperar 5.100,00 C 2.1.2.1 Fornecedores nacionais 30.000,00 D 1.1.3.1 Estoque de mercadorias para revenda 166,00 D 1.1.4.1 ICMS a recuperar 34,00 C 2.1.5.8 Fretes a pagar 200,00 CONTABILIDADE III – 2015/1 35 Exemplo 3b: A empresa Fatura Bem Ltda efetuou compras a prazo de mercadorias para revenda no montante de $ 30.000,00. Sobre a compra incidiu 17% de ICMS. O pagamento será realizado em duas parcelas: 30 e 60 dias. O frete é CIF. D/C Conta Descrição Débito Crédito D 1.1.3.1 Estoque de mercadorias para revenda 24.900,00 D 1.1.4.1 ICMS a recuperar 5.100,00 C 2.1.2.1 Fornecedores nacionais 30.000,00 Exemplo 4: Devolução de compras. Consiste na devolução total ou parcial de mercadorias adquiridas, tendo em vista fatos desconhecidos no momento da compra,como avarias no transporte, desacordo com o pedido, ou qualquer outro fato que não atendam as expectativas da empresa. Nossa empresa devolveu mercadorias adquiridas da empresa Fatura Bem Ltda. Para acompanhar as mercadorias devolvidas emitimos a NF 500, no valor de $ 1.200,00. Sobre o valor há incidência de 17% de ICMS. Não havia ocorrido o valor do pagamento ao fornecedor. D/C Conta Descrição Débito Crédito D 2.1.2.1 Fornecedores nacionais 1.200,00 C 2.1.4.1 ICMS a Recolher 204,00 C 1.1.3.1 Estoque de mercadorias para Revenda 996,00 Exemplo 5: Abatimento sobre compras. Sempre que nossa empresa, tendo recebido mercadorias adquiridas de fornecedores, constatar que as referidas mercadorias não atendem às nossas expectativas, por motivos desconhecidos no momento da compra, poderemos devolver total ou parcialmente. Entretanto, havendo interesse de ficar com a mercadoria, poderemos solicitar ao fornecedor que conceda um abatimento. Ganhando este abatimento no preço de compra, nossa empresa não precisará devolver mercadorias ao fornecedor, mas irá lhe pagar valor menor que o constante dos documentos fiscais originalmente emitidos. As mercadorias adquiridas por meio da NF 544 do fornecedor PC Ltda chegaram com avarias sofridas no transporte. Por esse ocorrido, nossa empresa recebeu um abatimento do fornecedor no valor de $ 500,00. A compra tinha sido efetuada a prazo. D/C Conta Descrição Débito Crédito D 2.1.2.1 Fornecedores nacionais 500,00 C 1.1.3.1 Estoque de mercadorias para revenda 500,00 CONTABILIDADE III – 2015/1 36 Exemplo 6: Descontos incondicionais obtidos. Compreendem aqueles descontos que a empresa ganha dos fornecedores no momento em que efetua a compra de mercadorias. São destacados nas notas fiscais dos fornecedores. Para as empresas que adotam o inventário permanente, o registro do desconto incondicional obtido não necessita de contabilização. d) Contabilização de vendas de mercadorias e fatos que alteram os valores das vendas Os conceitos expostos a seguir foram fundamentados em Ribeiro (2009) e Iudícibus (2010). Os exemplos foram elaborados por Cunha (2011). Exemplo 1: Vendas à vista. A empresa comercial Vende Tudo Ltda, vendeu mercadoria à vista, no valor de $ 10.000,00, conforme NF 567. Nesta venda incidiu 17% ICMS, 3% de COFINS e 0,65% de PIS. O custo da venda é de $ 3.500,00. D/C Conta Descrição Débito Crédito D 1.1.1.1 Caixa 10.000,00 C 3.1.1.1 Rec.vendas de mercadorias nac. 10.000,00 D 3.3.1.1 Custo das mercadorias vendidas 3.500,00 C 1.1.3.1 Estoque de mercadorias para revenda 3.500,00 D 3.2.3.1 ICMS sobre vendas 1.700,00 C 2.1.4.1 ICMS a recolher 1.700,00 D 3.2.3.4 COFINS sobre faturamento 300,00 C 2.1.4.3 COFINS a recolher 300,00 D 3.2.3.3 PIS sobre faturamento 65,00 C 2.1.4.4 PIS a recolher 65,00 Exemplo 2: Vendas a prazo. A empresa comercial Vende Tudo Ltda, vendeu mercadoria a prazo, no valor de $ 10.000,00, conforme NF 567. O recebimento ocorrerá em 30 e 60 dias, conforme duplicatas 567/A e 567/B. Nesta venda incidiu 17% ICMS, 3% de COFINS e 0,65% de PIS. O custo da venda é de $ 3.500,00. CONTABILIDADE III – 2015/1 37 D/C Conta Descrição Débito Crédito D 1.1.2.1 Clientes 10.000,00 C 3.1.1.1 Rec.vendas de mercadorias nac. 10.000,00 D 3.3.1.1 Custo das mercadorias vendidas 3.500,00 C 1.1.3.1 Estoque de mercadorias para revenda 3.500,00 D 3.2.3.1 ICMS sobre vendas 1.700,00 C 2.1.4.1 ICMS a recolher 1.700,00 D 3.2.3.4 COFINS sobre faturamento 300,00 C 2.1.4.3 COFINS a recolher 300,00 D 3.2.3.3 PIS sobre faturamento 65,00 C 2.1.4.4 PIS a recolher 65,00 . Exemplo 3: Devolução de vendas. É comum as empresas receberem de seus clientes, em devolução, o total ou parte das mercadorias a eles vendidas, por motivos desconhecidos o momento das vendas. É a conta devedora de resultado que deve incluir todas as devoluções de vendas. As devoluções de vendas não devem ser registradas deduzidas na conta de vendas. Devem ser registradas em conta específica para que a administração possa acompanhar o volume de vendas e devolvidas posteriormente. Foi recebido em devolução do cliente Ibirama Ltda, mercadorias no valor de $ 3.500,00 conforme NF 200. O cliente não havia pago este valor, portanto não há restituição ao mesmo. Sobre a devolução deve-se considerar a recuperação dos impostos: 17% ICMS, 3% de COFINS e 0,65% de PIS. O custo da mercadoria representou 1.100,00 D/C Conta Descrição Débito Crédito D 3.2.1.1 Devolução de vendas nacionais 3.500,00 C 1.1.2.1 Clientes 3.500,00 D 1.1.3.1 Estoque de mercadorias para revenda 1.100,00 C 3.3.1.1 Custo das mercadorias vendidas 1.100,00 D 1.1.4.1 ICMS a recuperar 595,00 C 3.2.3.1 ICMS sobre vendas 595,00 D 1.1.4.4 COFINS a recuperar 105,00 C 3.2.3.4 COFINS sobre faturamento 105,00 D 1.1.4.3 PIS a recuperar 22,75 C 3.2.3.3 PIS sobre faturamento 22,75 Exemplo 4: Abatimento sobre vendas. O abatimento é uma redução de preço, concedida pelo vendedor, para que não haja a devolução da venda ou para que o cliente não se recuse a aceitar o serviço prestado. Após o recebimento das mercadorias, o comprador pode CONTABILIDADE III – 2015/1 38 constatar algum problema a elas relacionado. As mercadorias podem não estar de acordo com o pedido, apresentar defeito etc. Para que não ocorra a devolução, o vendedor concede uma redução de preço, que recebe o nome de abatimento. No caso de prestação de serviços, o abatimento tem características semelhantes às das operações com mercadorias. A conta Abatimentos sobre Vendas é dedução da receita bruta. O abatimento não provoca ajustes no estoque, nem no CMV, uma vez que as mercadorias não retornam ao estabelecimento do vendedor. Os impostos não são afetados pelo abatimento, apesar de o valor recebido ou a receber do cliente ter sido reduzido. O imposto a recolher corresponde ao valor original da operação de venda. Importante: É um desconto concedido ao cliente posteriormente à entrega dos produtos ou mercadorias, por problemas de qualidade nos produtos, problemas ocorridos no transporte que afetaram as mercadorias. As mercadorias vendidas a JP Ltda conforme NF 300 chegaram com avarias no seu destino. Após análise do caso foi concedido ao cliente um abatimento de $ 250,00. D/C Conta Descrição Débito Crédito D 3.2.4.1 Abatimento sobre vendas nacionais 250,00 C 1.1.2.1 Clientes 250,00 Exemplo 5: Descontos incondicionais concedidos. O desconto concedido incondicionalmente, também chamado de desconto comercial, é uma redução do preço concedida no ato da venda. É utilizado como forma de atrair o cliente para a compra ou de incentivá-lo a adquirir uma quantidade maior de mercadorias, como é o caso do desconto promocional. O desconto incondicional (comercial) deve constar na nota fiscal de venda. Será incondicional o desconto concedido no ato da venda; e condicional o desconto concedido vinculado a um evento posterior ao momento da venda. O desconto condicional também pode ser denominado desconto financeiro. Exemplo de desconto condicional é o concedido sob a condição de o pagamento da duplicata ser efetuado pelo comprador até determinada data. Na DRE, enquanto o desconto incondicional (comercial) é dedução da receita bruta, o desconto financeiro é despesa
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