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Aula 02_Acústica_projeto e local

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Relações acústicas entre projeto e local 
Disciplina: Conforto Térmico, Acústico e Luminoso 
Prof ª Elisangela Cristina Sorano Gonçalves 
Relações acústicas entre projeto e local 
 
Ambiente acústico – 1ª etapa projetual do 
Arquiteto – Controle de ruídos. 
 
Controle e prevenção de ruídos: 
 
• Ruídos internos 
• Ruídos externos 
 
Nesta aula abordaremos os ruídos externos – 
Ruídos Urbanos. 
 
Levantamento de dados antes do projeto: 
• Identificação de sons e atividades que interferem 
no projeto; 
• Inserção do projeto no local sem prejuízo acústico; 
• Distinguir quais sons serão considerados ruídos. 
 
 
Identificando o ambiente acústico. 
Ruído: Todo som indesejável à atividade de 
interesse. 
 
Em função da atenção do receptor o grau de 
incômodo será maior ou menor. 
 
 
 
 
Ruído 
Efeitos nocivos - parte física e psicológica humana 
 
 
 
 
Físicos: Perda auditiva, 
surdez permanente, dor 
de cabeça, fadiga, 
distúrbios 
cardiovasculares e 
hormonais, gastrites, 
disfunções digestivas, 
alergias, etc. 
 
 
 
 
• Psicológicos: perda de concentração, perda de 
reflexo, irritação permanente, perturbações do 
sono, sensação de insegurança, etc. 
 
 
Ruído Externo ou Urbano 
 
Fontes sonoras decorrentes do crescimento 
urbano e da industrialização são geradoras de 
ruídos. 
 
Fontes : transportes rodoviários e aéreos, 
indústrias, atividades de recreação, etc. 
 
Ruído de tráfego depende de fatores como as 
características da pista e o automóvel. 
 
 
• A fonte do ruído de tráfego: configura-se 
aproximadamente linear (deslocamento de 
veículos) 
 
 
Figura 01: Fonte pontual e fonte linear 
Transportes aéreo: decolagem e aterrissagem de maior 
intensidade de ruído – mais prejudiciais . 
 
Quanto maior a altitude de voo  menor o incômodo. 
 
 
Figura 02: Ruído de transporte aéreo 
• Ruídos industriais - inúmeras fontes – maiores 
problemas ligados à saúde do trabalhador. 
 
• Padrões de controle nacional e internacional sobre 
as máquinas – os ruídos são tratados na própria fonte 
(ABNT, NR, ISO). 
 
• Ruídos comuns nos centros urbanos são motivo de 
reclamações – escolas, igreja, estádio de futebol, 
indústrias, casas noturnas, bares, ruas movimentadas, 
sirenes, buzinas, etc. 
 
 
• Exemplo: ruídos causados por recreação (ginásios de 
esportes,quadras, parques) – incômodo causado pela 
voz humana. 
 
• Arquiteto – Atenção aos horários em que essas 
atividades acontecem. 
 
• Observar como os espaços se integram – identificar 
se a fonte representa um fator desqualificante para 
o local. 
 
 
 
• Requer conhecimento de 3 elementos básicos: a 
fonte, o meio e o receptor. 
 
• Integração entre localização e espaço - determinante 
no desempenho acústico do local. 
 
 
Propagação e alcance do som ao ar livre: influências 
climáticas– vento e temperatura. 
 
Propagação do som no ar parado: 
 
• Fonte Pontual: queda do nível de intensidade sonora 
de 6 dB, quando se dobra a distância entre receptor e 
fonte. 
• Fontes lineares: 3dB. 
• Fonte intermediária (transporte rodoviário): 4dB. 
 
 
Propagação do som no ar em movimento – alteração 
do campo acústico, mais complexo. 
 
• Direção do vento no sentido fontereceptor = raios 
sonoros se defletem em direção ao receptor – 
aumenta o alcance e a intensidade em relação ao ar 
parado. 
 
Figura 03: Influência do vento na propagação do som 
• Direção do vento contrária fontereceptor = 
sombra acústica – o gradiente de vento promove a 
deflexão da onda para cima. 
 
Figura 04: Influência do vento na propagação do som 
• Temperatura-Menor influência que o movimento do 
ar. 
 
• O som se deflete para a região onde o ar é mais 
quente 
 
 
 
 
Figura 05 : Influência da temperatura na propagação do som 
Figura 06: Influência da temperatura na propagação do som 
Na prática as características climáticas agem 
simultaneamente - o movimento do ar sobrepõe-se 
aos demais fatores. 
 
 
 
Perfis topográficos representativos: Perfil Plano, Perfil 
convexo e Perfil Côncavo. 
 
Perfil Plano – distribuição sonora mais homogênea – 
solo refletor facilita a chegada do som direto + o som 
refletido ao receptor. 
 
 
 
Figura 07: Propagação sonora em terreno de perfil plano 
Perfil Convexo – distribuição diferenciada – região de 
reflexão e da região de sombra acústica. 
 
 
 
Figura 08: Propagação sonora em terreno de perfil convexo 
Perfil Côncavo – espelho refletor – concentração 
sonora. Dependendo da curvatura pode haver 
sobreposição de sons – raios convergidos. 
 
 
Figura 08: Propagação sonora em terreno de perfil côncavo 
Edificações do entorno interferem no campo acústico - 
sombra acústica ou intensificação do som. 
 
Figura 08: Propagação sonora em área urbana 
Implantações contínuas (corredor de fachadas) – 
reflexão ruídos  intensificação dos níveis sonoros. 
Maior espaçamento entre fachadas  menor 
concentração de raios refletidos. 
Figura 09: Fachadas com espaçamento – menor concentração sonora 
Ruídos externos- problemas acústicos no ambiente 
urbano e incômodos nos ambientes internos. 
 
Sentido de deslocamento do veículo determina a 
recepção sonora do ouvinte interno. 
Figura 10: Influência do sentido do tráfego na recepção sonora 
O arquiteto deve se posicionar tanto como ouvinte 
externo como ouvinte interno. 
 
Exemplo: Para o ouvinte externo o espaçamento entre 
edificações pode atenuar o ruído, para o ouvinte 
interno pode representar maior captação de ruído. 
 
Analisar a relevância dos vários parâmetros do 
projeto. 
• Sacadas, lajes, protetores solares e varandas, 
(elementos da fachada) podem atuar na captação de 
ruídos urbanos – reflexão do som para o ambiente 
interno. 
Figura 10: Influência de elementos de fachada na recepção sonora 
A proteção contra ruídos não necessita alcançar o 
limite mínimo de audibilidade – não é necessário que 
a fonte atinja esse limite para deixar de ser percebida. 
 
Ambiente urbano – presença de ruídos de fundo – 
mais intensos durante o dia. 
 
Para que um som seja ouvido sua intensidade deve ser 
superior ao ruído de fundo. 
Ruídos propagam-se pelo ar e por estruturas sólidas. 
Tipos de ruído: 
Ruído aéreo – origina-se no ar. 
Figura 11: Ruído aéreo 
Ruído de vibração – vibração ou fricção sobre 
estrutura sólida. 
Figura 11: Ruído de vibração 
Ruído de Impacto – força de curta duração e pico de 
energia age sobre uma estrutura. 
Figura 12: Ruído de Impacto. 
A origem e o meio de transmissão determinam o tipo 
de tratamento acústico a ser utilizado. 
Medidas e critérios para a implantação do projeto 
 
Objetivo acústico no espaço urbano: evitar a 
interferência das fontes de ruído sobre o projeto e 
cuidar para que o projeto não seja fonte de ruído para 
o entorno. 
 
Consideram-se os parâmetros do projeto e identificam-
se as fontes de ruído – define-se implantação e a 
distribuição das áreas do projeto. 
 
 
 
 
Isolamento acústico dos ruídos aéreos urbanos: 
distanciamento entre fonte e receptor e tratamento 
acústico da fonte, do meio e do receptor. 
 
Distanciamento entre fonte e receptor: distribuição 
das áreas em função da geração de ruídos pelas 
atividades e quanto à sensibilidade ao ruído para o 
desenvolvimento das atividades. 
 
 
 
Planejamento adequado da rede viária (fonte de 
ruído) –maior distanciamento entre edificações 
(receptor) e as vias, adotando-se recuos maiores.Hierarquia de vias – menor fluxo de automóveis e 
menores velocidades em regiões sensíveis aos ruídos. 
 
 
Ruas estreitas- menor fluxo e velocidades 
 
Elementos laterais (árvores) – influem no limite de 
velocidade . 
 
Leis de uso e ocupação do solo podem considerar 
princípios acústicos – restrição de atividades, limitação 
do nível máximo de intensidade sonora, determinação 
do período para atividades, tipos de vias, limitação da 
velocidade dos veículos, etc. 
 
Legislação- instrumento que pode direcionar a 
qualidade ambiental. 
 
Medidas de zoneamento – resultados acústicos em 
longo prazo. 
 
 
Barreiras Acústicas 
Barreira acústica: 
elemento arquitetônico 
que diminui a 
intensidade sonora– 
isolamento de ruídos 
aéreos. 
 
Exemplo: Muros, paredes, 
taludes, etc. 
 
Aspectos: 
• Redução da captação sonora pelo ouvinte 
• Intensificação sonora na região da fonte 
 
 
 
Figura 13: Atuação barreira acústica 
Materiais absorventes: amenizam a energia dos raios 
refletidos. 
 
Forma da barreira: direcionamento do raio sonoro 
para locais onde não causem incômodo. 
 
 
 
Eficiência da barreira depende: 
• Frequência sonora – maior eficiência para altas 
frequências. 
 
 
 
Figura 14: Barreira x frequência 
• Proximidade entre barreira/receptor ou 
barreira/fonte – quanto mais próximos mais eficiente. 
• Altura da barreira. 
 
 
 
Figura 15: Altura da barreira 
• Massa da estrutura. 
• Estanqueidade- sons de baixa frequência propagam-
se por pequenas aberturas – quanto mais estanque 
menor a propagação. 
• Aspectos subjetivos – acesso visual à fonte sonora. 
 
 
 
Figura 16: Acesso visual e percepção sonora 
• Movimentação do ar 
 
 
 
Figura 17: Ação do vento sobre a barreira acústica 
É difícil conseguir atenuação superior a 10dB para 
ruídos de transporte rodoviário. 
 
Aproveitamento de desníveis associados à barreira – 
resultado favorável. 
 
Figura 18: Sombra acústica promovida por desnível. 
Edificações podem trabalhar como barreiras acústicas. 
 
Figura 19: Sombra acústica de uma edificação sobre a outra 
Túneis são proteção sonora contra ruídos de tráfego – 
externamente. 
 
Figura 19: Sombra acústica de uma edificação sobre a outra 
Cálculo de atenuação sonora por barreira acústica 
 
= (7+5)-11 
= 12-11 
= 1 metro 
Diferença entre a distância do raio direto e do raio difratado= (b+c)-a 
b=7m c=5m 
a=11m 
FONTE 
RECEPTOR 
Distância em metros 
Redução/atenuação sonora = 
entre 15 e 16 dB(A) 
Conhecimento + Criatividade: Arquiteto cria barreiras 
eficientes. 
 
Figura 20: Barreira acústica de acrílico 
Figura 21: Barreira acústica Rio de Janeiro – linha vermelha 
Figura 21: Barreira acústica côncava – efeito túnel 
Figura 21: Barreira acústica Ipatinga - MG 
Painéis vegetais servem de base para o crescimento de espécies 
trepadeiras, que formam verdadeira cortina natural. 
Barreiras acústicas com vidro laminado de 20 mm de espessura, fixados em 
frames de alumínio. 
SOUZA, L. C. L.; AMEIDA, M. G. e BRAGANÇA, L. Bê-a-bá da 
acústica arquitetônica: ouvindo a arquitetura. 1 Ed. - 
Edufscar. 2009. 149p. 
 
 
 
Referências

Outros materiais