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1 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................... 2 1. MODELO PEDAGÓGICO NACIONAL .................................................... 3 1.1. Como surgiu esse modelo e o que é.................................................... 3 1.2. Definição de competência ..................................................................... 3 1.3. Princípios educacionais ........................................................................ 5 1.4. Marcas formativas ............................................................................... 10 2. GUIA PARA ELABORAÇÃO DE PLANO DE CURSO ......................... 10 2.1. Modelo curricular ................................................................................. 11 2.2. Perfil profissional de conclusão ......................................................... 11 2.3. Organização curricular do curso ........................................................ 13 2.3.1. Unidade curricular .................................................................................. 14 2.3.2. Indicadores e elementos da competência.............................................. 15 2.3.3. Carga horária ......................................................................................... 18 2.4. Unidades curriculares de natureza diferenciada .............................. 19 2.4.1. Projeto integrador .................................................................................. 20 2.4.2. Estágio profissional ................................................................................ 22 2.4.3. Prática profissional................................................................................. 23 2.4.4. Prática profissional da aprendizagem .................................................... 23 2.4.5. Prática integrada das competências ...................................................... 24 2.5. Matriz Curricular .................................................................................. 25 2.5.1. Requisito de acesso............................................................................... 28 2.5.2. Orientações metodológicas ................................................................... 29 2.5.3. Instalações, equipamentos e recursos didáticos ................................... 29 2.5.4. Perfil docente ......................................................................................... 29 2.5.5. Bibliografia ............................................................................................. 29 3. REFERENCIAIS PARA AVALIAÇÃO ................................................... 30 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 36 ANEXOS ................................................................................................ 37 2 APRESENTAÇÃO Caro(a) Participante, O PDD - Programa de Desenvolvimento de Docentes é um programa de formação continuada, aprovado em 2004, para dar suporte didático-pedagógico aos Instrutores e Supervisores que atuam no SENAC/MA. Este programa tem como objetivo promover formação continuada com foco no desenvolvimento e/ou aprimoramento das competências técnico-pedagógicas essenciais na Educação Profissional. Nas últimas décadas temos presenciado uma verdadeira revolução na sociedade balançando estruturas historicamente construídas e socialmente sedimentadas. E a Educação não passa incólume nesse processo. Frente a isto, o perfil inovador do SENAC se consolida no cuidado com o pedagógico, por meio da constante busca pela qualidade dos serviços educacionais oferecidos em todo o país. Destarte, o Departamento Nacional lançou uma proposta para elaboração de um Modelo Pedagógico Nacional, com o sentido de propiciar uma formação mais abrangente ao aluno possibilitando-lhe contribuir de forma mais crítica no mundo do trabalho. A proposta deste encontro, portanto, cujo tema é Conhecendo o Novo Modelo Pedagógico do Senac, se apoia na primeira capacitação ofertada pelo Departamento Nacional tendo em vista o alinhamento pedagógico para condução deste novo modelo. Respaldada em uma série de documentos apresentados nos cursos em EAD oferecidos pelo SENAC/SC, este material constitui-se em uma compilação destes documentos, a fim de caucionar o aporte teórico necessário para subsidiar seus estudos nesta formação. Acreditamos que essa formação irá augurar-lhes a qualidade pedagógica apetecida, no encaminhamento de suas ações junto aos nossos alunos, bem como reiterar a missão institucional de “Educar para o trabalho em atividades de comércio de bens, serviços e turismo”. Atenciosamente. Núcleo Técnico Pedagógico SENAC/DR-MA 3 1. MODELO PEDAGÓGICO NACIONAL 1.1. Como surgiu esse modelo e o que é Visando responder aos desafios alvitrados pela Educação profissional mediante a conjuntura politica e institucional, o Departamento Nacional lançou uma proposta para elaboração de um modelo pedagógico nacional, no intuito de alinhar o portfólio de cursos ofertados, assim como os procedimentos metodológicos adotados por esta instituição. Para participar dessa construção, elegeu um grupo de trabalho representativo no sistema, de modo que as suas contribuições realmente refletissem as melhores práticas de seus Departamentos Regionais. Essa proposta está em consonância com o planejamento estratégico do Senac, entre os quais, se evidencia seu objetivo de expandir e qualificar a oferta educacional da Instituição em todos os segmentos e modalidades da educação profissional, a partir de programas nacionais que garantam o posicionamento e fortaleçam a unidade institucional nos cenários nacional e internacional (Modelo Pedagógico Nacional, versão julho/2014). 1.2. Definição de competência O Parecer CNE/CEB Nº 16/99 define Competência profissional como “capacidade de articular, mobilizar e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho.”. Baseados nesta definição de competência e considerando que todos os Departamentos Regionais organizam seus currículos por competências, percebeu- se relevante propor uma definição operacional que facilite o processo de ensino e de aprendizagem orientado para o desenvolvimento de competências. O enunciado a seguir tem como objetivo ser a referência para o trabalho pedagógico, garantindo unidade no entendimento da operacionalização do conceito de competência em todo o Sistema. Para melhor entendimento vamos analisar parte a parte dessa definição operacional e seu significado: · “Ação/fazer profissional observável”: relaciona-se ao exercício da profissão e é passível de ser observada. Essa ação/fazer tem como 4 referência a atuação do profissional e as tendências para a ocupação no futuro. · “Potencialmente criativo (a)”: representa a amplitude do fazer, pois pode ser realizada de formas variadas, afastando-se da mera tarefa/procedimento/prescrição. Significa que o aluno desenvolve postura crítico-reflexiva, propõe soluções e novas alternativas no âmbito do processo de aprendizagem e do exercício profissional. · “Que articule conhecimentos, habilidades e valores”: indica os elementos a serem mobilizados no desenvolvimento da competência. · “Permite desenvolvimento contínuo”: pode ser continuamente aprimorada, tanto no âmbito formativo, quanto no contexto profissional. Como identificar as competências Na descrição de competência, deverá constar um texto sucinto que explicite a ação profissional. No texto da competência não são explicitadas as habilidades, os conhecimentos, as atitudes, as finalidadesou os critérios. Estes elementos e parâmetros estarão presentes no desenvolvimento da competência e serão registrados no detalhamento de cada unidade de competência na organização curricular. Durante o processo de identificação das competências, deve-se realizar uma checagem na qual o resultado deve ser uma resposta positiva para todas as seguintes questões: 5 Exemplo: 1.3. Princípios educacionais É o conjunto de referências – alicerçado em teorias, ideias ou ideais – filosóficas e pedagógicas, que orientam a forma de educar e de aprender. HOMEM · Sujeito construído social e historicamente, na sua complexidade; · Agente de mudanças sociais, culturais, políticas e econômicas; · Relaciona-se com a natureza por meio da atividade produtiva, de sua capacidade transformadora do mundo; · Capaz de desenvolver conhecimentos e tecnologias; 6 · Deve ser desafiado a assumir posição reflexiva, crítica, responsável, autônoma e atuante em relação ao mundo e à sociedade. MUNDO · Globalizado, dinâmico e complexo, exigindo sempre novas competências, afetando constantemente todas as ações humanas; · Regionalizado, gerando um fortalecimento dos valores, das crenças e das culturas locais; · Ciência e conhecimento a serviço das novas tecnologias que mobilizam as constantes e aceleradas transformações individuais e sociais; · Crescente movimento de aceitação da diversidade; · Acirramento da competitividade entre blocos econômicos, países e indivíduos; · Intensa pressão por sustentabilidade. TRABALHO No âmbito ontológico: · Ação tipicamente humana e constitutiva do ser. Constitui-se também como prática econômica porque garante a existência, produzindo riquezas e satisfazendo necessidades; · Princípio educativo. No âmbito da prática econômica: · Em constante mutação e permanente desenvolvimento; · Influenciado pelo progresso tecnológico, que causa alterações profundas nos meios e modos de produção, na distribuição da força de trabalho e na exigência de qualificação profissional (maior qualificação, maior autonomia e atualização permanente); · Existência de novas formas de relação e organização do trabalho. No âmbito do trabalhador: · Exigência de soluções de problemas cada vez mais complexos; · Mobilidade nas áreas profissionais. 7 EDUCAÇÃO · Direito social inalienável do ser humano; · Tem caráter intencional e político; · Pautada nos quatro pilares fundamentais: aprender a aprender; aprender a fazer; aprender a conviver; aprender a ser (UNESCO, 1996); · Promove a formação integral; · Tem perspectiva crítica e emancipatória; · Permanente, concebendo o conhecimento como algo não acabado; · Continuada, acontecendo ao longo da vida; · Inclusiva; · Flexível para acompanhar as mudanças e enfrentar os desafios da sociedade; · Acontece em múltiplos espaços, extrapolando o ambiente escolar convencional, incluindo espaços e recursos virtuais. ESCOLA · Espaço político, democrático e de inclusão; · Compreende múltiplos espaços, extrapolando o ambiente físico convencional; · Reconhece e incorpora múltiplas formas de aprendizagem e possibilidades de formação; · Contribui para o desenvolvimento das comunidades com as quais se relaciona. CURRÍCULO · Conjunto integrado e articulado de situações organizadas de modo a promover aprendizagens significativas; · Tem como princípio orientador o desenvolvimento de competências; · Comprometido com a concretização dos Perfis Profissionais que se definem em função das demandas sociais, do mundo do trabalho, das peculiaridades locais e regionais; · Atualizado de acordo com as mudanças dos setores produtivos e da sociedade; · Possibilita a construção de itinerários formativos; 8 · Flexível; · Orientado por posicionamentos ideológicos, constituindo-se como um instrumento de emancipação, autonomia e de transformação; · Contextualizado; · Inclusivo; · Considera a inter-relação entre os saberes; · Valoriza a experiência extra escola. METODOLOGIA · Vincula as propostas pedagógicas dos cursos com o mundo do trabalho e com a prática social de seus educandos; · Integra e articula a vivência do aluno, com o conhecimento teórico e a prática profissional; · Garante a indissociabilidade entre teoria e prática; · Objetiva o desenvolvimento de competências; · Proporciona o desenvolvimento da atitude científica e estimula práticas de estudo independente; · Tem a pesquisa como princípio pedagógico; · Visa a aprendizagem significativa; · Visa desenvolvimento da iniciativa, criatividade e da autonomia de forma que o estudante seja capaz de resolver problemas, comunicar ideias e tomar decisões; · Valoriza a simulação ou realização de situações concretas de trabalho; · Prioriza práticas pedagógicas ativas, inovadoras, integradoras, participativas e colaborativas, com ênfase na metodologia de projetos; · Considera ambientes de aprendizagem diversificados que favoreçam as práticas pedagógicas; · Promove a relação docente-aluno; aluno-docente; e aluno-aluno; · Prevê estratégias que considerem a diversidade e promovam a inclusão. · Incorpora recursos e tecnologias que favorecem a aprendizagem. ALUNO · Sujeito diverso, com valores, crenças, atitudes e conhecimentos prévios; 9 · Assume papel ativo, é autônomo na construção do conhecimento; · Ocupa o centro no processo de aprendizagem; · Interage com o professor, colegas e objetos de aprendizagem, para desenvolvimento pessoal, social e profissional; · Assume posição reflexiva, crítica, responsável, autônoma e atuante em relação ao seu processo de aprendizagem. DOCENTE · Sujeito crítico-reflexivo, consciente de seu papel educacional e social, comprometido com a sua formação permanente; · Compromete-se com a formação humana integral; · Assume o compromisso com a inovação e reinvenção de suas práticas pedagógicas; · Valoriza a aprendizagem significativa, criando ambientes e situações para que o aluno atue e aprenda como protagonista do processo de aprendizagem. · Media e facilita o processo de aprendizagem; · Promove a reflexão; · Estimula a pesquisa; · Incentiva os alunos a buscar soluções criativas de problemas, com o uso do conhecimento científico; · Articula os saberes com as experiências de vida dos alunos. 10 1.4. Marcas formativas São as marcas que identificam e diferenciam os profissionais formados nos cursos do Senac no mercado de trabalho. Essas marcas estão baseadas em: valores institucionais e nos princípios educacionais. Em síntese: O profissional formado pelo Senac tem como marcas domínio técnico- científico, visão crítica, atitude empreendedora, sustentável e colaborativa, atuando com foco em resultados. 2. GUIA PARA ELABORAÇÃO DE PLANO DE CURSO O desenvolvimento do Modelo Pedagógico Nacional do Senac surgiu como ação estratégica da Instituição para qualificar a oferta de educação profissional em todo o país. Uma frente essencial neste projeto para a oferta de educação profissional de qualidade é a elaboração de planos de cursos nacionais. O Guia para Elaboração de Planos de Cursos, fruto do esforço coletivo de um grupo de trabalho com representatividade em toda a Instituição, foi desenvolvido para dar subsídios técnicosao processo de elaboração de planos de cursos nacionais. 11 Este documento apresenta orientações para a elaboração de planos de cursos à luz do Modelo Pedagógico Nacional do Senac. Vale ressaltar que o Modelo Pedagógico Nacional do Senac admite a existência de cursos que não desenvolvem novas competências. 2.1. Modelo curricular Modelo Pedagógico Nacional trás como proposta, transformar em Unidades Curriculares as competências necessárias para o exercício profissional, pois se constatou que todos os Departamentos Regionais privilegiam o desenvolvimento de competências – núcleo estruturante do fazer profissional de toda ocupação. Neste sentido a construção do modelo curricular é iniciada a partir do levantamento do contexto da ocupação e da identificação das competências requeridas, com essas informações delineia-se o Perfil Profissional de Conclusão do Curso. No modelo curricular cada competência descrita no perfil compõe uma Unidade Curricular, que se desdobra em indicadores de competência. Estes estão intimamente articulados com os elementos que são mobilizados pela competência, ou seja, os conhecimentos, habilidades e valores/atitudes que subsidiarão cada Unidade Curricular. Os indicadores são um importante instrumento para o acompanhamento e avaliação do processo de aprendizagem do aluno, uma vez que mostram o desenvolvimento da competência no contexto educacional. 2.2. Perfil profissional de conclusão O ponto de partida para o desenvolvimento de currículos dos cursos técnicos, aprendizagem e capacitação é o perfil profissional de conclusão. A partir deste perfil são definidas as competências que serão desenvolvidas ao longo de cada curso. O perfil profissional consiste na descrição das atribuições, atividades e competências que caracterizam a atuação profissional de cada ocupação. O perfil profissional apresenta as seguintes informações em sua estrutura: · Responsabilidades do profissional e suas principais atividades; 12 · Locais de atuação e formas de interação com outros profissionais/setores (aspectos que fazem referência a condições e ambiente de trabalho, localização funcional, entre outros); · Marcas Formativas do Senac; · Eixo tecnológico/natureza do segmento a que pertence e sua ação norteadora; · Regulamentação profissional se houver. Exemplo: 13 2.3. Organização curricular do curso O currículo do curso é entendido como um conjunto integrado e articulado de unidades curriculares concebidas e organizadas de modo a promover aprendizagens profissionais significativas. No modelo curricular dos Cursos Técnicos de Nível Médio, de Qualificação Profissional e de Aprendizagem, a competência é o componente principal do currículo, uma vez que o curso se estrutura a partir delas. Nesse sentido, há dois tipos de Unidades Curriculares que se desenvolvem de forma articulada na organização do curso: i) a Unidade Curricular Competência que corresponde à própria competência a ser desenvolvida, e; ii) as Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada, a saber: o Projeto Integrador, o Estágio Profissional Supervisionado, a Prática Profissional Supervisionada, Prática Profissional da Aprendizagem e a Prática Integrada das Competências (essas últimas apenas para os cursos técnicos do segmento de Saúde e Beleza). As Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada visam a mobilização das competências do curso em vivências que requeiram a articulação entre as mesmas. As figuras a seguir representam as estruturas curriculares definidas para os Cursos de Habilitação Técnica e de Qualificação Profissional do Senac: 14 2.3.1. Unidade curricular Conforme dito anteriormente, cada competência do curso é uma unidade curricular. Além dessas, existem unidades de natureza diferenciada, que são: projeto integrador, estágio e prática profissional. É necessário que estejam explicitadas no plano de curso as unidades curriculares que compõem as terminalidades, assim como os pré e correquisitos, quando efetivamente necessários para a lógica da formação ou no caso de existir definição legal. Apresentamos a seguir as condições que permeiam a elaboração de uma Unidade curricular: · A carga horária mínima para desenvolvimento de uma competência é de 36 horas. · A carga horária máxima para desenvolvimento de uma competência é de 84 horas. 15 · É possível, desde que de forma fundamentada, definir cargas horárias ampliadas em até 30% deste valor, considerando a complexidade da competência a ser desenvolvida. · Deve-se adotar por unidade curricular uma carga horária que seja múltipla de 12 (de forma a atender escolas que organizam períodos diários de 3 e 4 horas). · As unidades curriculares de natureza diferenciada (estágios, projetos integradores etc.) possuem um padrão mais flexível de carga horária, de modo a atender às particularidades de cada curso. 2.3.2. Indicadores e elementos da competência Para nortear o trabalho docente, a competência deve ter os seus indicadores e elementos explicitados no Plano de Curso. É com base neste detalhamento da competência que as orientações metodológicas serão definidas no Plano de Curso Nacional. Indicador é o que evidencia que a competência foi desenvolvida. Trata-se de um padrão de desempenho, um referencial que especifica a aprendizagem relativa ao desenvolvimento de cada competência. Os indicadores possibilitam verificar se o aluno desenvolveu ou não a competência, permitindo emitir juízo de valor. 16 Exemplo: Para atender a condição de indicadores, estes devem responder positivamente os questionamentos abaixo: · Explicita a aprendizagem esperada, evidenciando o desenvolvimento da competência? · Está associado a mais de um elemento da competência? · É de fácil entendimento para todos os envolvidos no processo? · É verificável em ambiente de aprendizagem por meio de mais de um instrumento de avaliação? Elementos da Competência Os elementos (conhecimentos, habilidade e valores) da competência são os recursos ou subsídios mobilizados e articulados para o seu desenvolvimento, não estando, portanto, nela contidos. Para garantir a operacionalidade do modelo curricular proposto, é importante explicitar as três dimensões dos elementos que a compõem: conhecimentos, habilidades e atitudes/valores. a) Conhecimentos São os conceitos, os contextos históricos e os princípios científicos que fundamentam a ação profissional. Para identificar quais são os conhecimentos necessários no contexto da competência, a pergunta que deve ser feita é: o que o aluno precisa saber para desempenhar o fazer profissional descrito na competência? Recebe e transmite recados aos clientes garantindo sigilo das informações e preservando a privacidade do hóspede. ü Verbo na 3° pessoa do presente do indicativo: “Recebe e transmite” ü Objeto: “recados aos clientes” ü Contexto/condição (como, onde, etc.): “garantindo sigilo das informações e preservando a privacidade do hóspede”. As respostas a essas perguntas devem ser SIM. 17 Exemplos: b) Habilidades As habilidades são ações importantes para o exercício da competência, pois explicitam o saber fazer. Podem expressar a ação do pensamento, tais como interpretare analisar, bem como a mobilização de técnicas, destrezas e estratégias para a resolução de um problema. Este elemento se caracteriza pela necessidade da prática constante, tendo em vista o bom desenvolvimento das competências. Uma habilidade não está presente apenas em uma competência, mas em diferentes competências, pois é transversal e genérica. As habilidades não têm o compromisso de serem verificáveis isoladamente no decorrer do processo educacional, mas permitem a verificação das competências ao se articularem com os demais elementos em contexto real ou simulado do trabalho. Exemplos: Competência: “Recepcionar e atender clientes no meio de hospedagem” Competência: “Recepcionar e atender clientes no meio de hospedagem” 18 c) Atitudes Atitudes/Valores são disposições individuais sobre a percepção de mundo das pessoas. Relacionam-se a normas e juízos que influenciam a emissão de comportamentos nas mais diversas situações sociais que envolvem a prática profissional. Ao se articularem com os conhecimentos e as habilidades, atitudes e valores contribuem para dimensionar o comprometimento relacional e social do profissional com o trabalho. Para identificar valores e atitudes necessários para o desenvolvimento da competência, devem-se contextualizar os valores habitualmente indicados – como a ética, a cooperação e o respeito –, de acordo com a competência. Nos Planos de Curso, atitudes/valores são redigidos em sua forma substantivada. Exemplos: 2.3.3. Carga horária Indica-se que a carga horária para as Unidades Curriculares tenha, no mínimo, 36 horas e, no máximo, 84 horas, em função da operacionalização das Unidades Curriculares. Deve-se adotar nas Unidades Curriculares Competência carga horária que seja múltipla de 12, de forma a atender escolas que organizam encontros diários de três ou quatro horas. As Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada (Projetos Integradores, Estágios, Prática Profissional Supervisionada, Prática Profissional da Aprendizagem e Prática Integrada das Competências) possuem referenciais de carga horária diferenciados, adaptando-se às particularidades de cada curso e às exigências legais de cada ocupação. Competência: “Recepcionar e atender clientes no meio de hospedagem” 19 Exemplo: 2.4. Unidades curriculares de natureza diferenciada A expressão ”natureza diferenciada” diz respeito às Unidades Curriculares que compõem o Plano de Curso e que se distinguem das competências por assegurar estratégias metodológicas que contribuam para seu fortalecimento e sua articulação no desenvolvimento do Perfil Profissional de Conclusão do Curso. Estas são: Estágio Profissional Supervisionado, Prática Profissional Supervisionada, Prática Profissional da Aprendizagem, Projeto Integrador e Prática Integrada das Competências – essas últimas somente nos cursos técnicos do segmento de Beleza e Saúde. Em relação aos Planos de Cursos Nacionais, é importante destacar que apenas o Projeto Integrador, o Estágio Profissional Supervisionado exigido pela legislação da ocupação e a Prática Integrada das Competências integram a Organização Curricular, com suas respectivas cargas horárias inclusas na carga horária total do curso. A inserção de Prática Profissional Supervisionada e do Estágio Profissional Supervisionado na organização curricular ficará a critério de cada Departamento Regional. Caso o Departamento Regional opte por oferecer estas unidades curriculares, elas serão agregadas a estrutura curricular do Plano de Curso Nacional, como Unidade Curricular com carga horária suplementar. 20 Exemplo: 2.4.1. Projeto integrador O Projeto Integrador é uma Unidade Curricular de Natureza Diferenciada, que articula as competências profissionais do curso para o planejamento e desenvolvimento de um produto ou serviço ou para a resolução de uma situação- problema. Trata-se de uma Unidade Curricular estratégica e obrigatória para os cursos e programas de Aprendizagem Comercial Profissional, Qualificação Profissional e de Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio. O Projeto Integrador tem como foco promover o reconhecimento e o desenvolvimento do potencial e da autonomia de cada indivíduo, o que corrobora a visão institucional do aluno como sujeito ativo no processo de aprendizagem, com postura reflexiva e crítica. Neste contexto, o Projeto Integrador: · Articula as competências do curso, com foco no desenvolvimento do Perfil Profissional de Conclusão do Curso; · Prevê a criação de estratégias para a solução de um problema ou de uma fonte geradora de problemas relacionada à prática profissional; · É realizado por meio de atividades em grupo, que permitam a colaboração entre os alunos, ao mesmo tempo que permite a execução autônoma e responsável das tarefas; · Gera novas aprendizagens ao longo do processo; · É um espaço privilegiado para imprimir as Marcas Formativas Senac. No desenvolvimento do projeto, devem estar contemplados três momentos distintos: 21 a) Problematização (tema gerador): corresponde ao ponto de partida do projeto. Segundo Machado (2004), “no trabalho por projeto, as pessoas se envolvem para descobrir ou produzir algo novo, procurando respostas para questões ou problemas reais. Não se faz projeto quando se tem certezas ou quando se está imobilizado por dúvidas”. b) Desenvolvimento: momento em que são elaboradas estratégias para atingir objetivos e dar respostas aos problemas formulados na etapa de problematização, por meio de atividades de pesquisa que permitam o desenvolvimento do pensamento crítico autônomo. Para isso é necessário criar desafios e propostas de atividades que exijam a saída do espaço de aula, estimulando o uso de bibliotecas, a frequência aos ambientes reais de trabalho, a visita de outros docentes ou profissionais, além da realização de entrevistas, pesquisas etc. c) Síntese: momento de avaliação e organização dos resultados derivados das atividades desenvolvidas, por meio do qual os alunos podem rever suas convicções iniciais à luz das novas aprendizagens fundamentadas e gerar produtos de maior complexidade. Ressalta-se que a proposta de solução deve trazer aspectos inovadores, tanto no próprio produto (resultado final do processo) quanto na forma de apresentação. Exemplo: Carga Horária do Projeto Integrador · Para cursos de Qualificação Profissional – máximo de 10% da carga horária total do curso; · Para cursos de Habilitação Profissional Técnica sem certificação intermediária - máximo de 5% carga horária total do curso; · Para cursos de Habilitação Profissional Técnica com certificação intermediária – de 5% a 10% da carga horária total do curso; · Para cursos de Aprendizagem Profissional Comercial - máximo de 10% carga horária total do curso. 22 Importante ressaltar 2.4.2. Estágio profissional O Estágio Profissional Supervisionado tem por finalidade propiciar condições para a integração dos alunos no mundo do trabalho, assegurando a eles vivências profissionais em ambiente real de trabalho. Somente estará na organização curricular dos Planos de Cursos Nacionais, como unidade curricular obrigatória, o Estágio Profissional Supervisionado previsto em lei. Indicadores do estágio: para verificar se o objetivo da Unidade Curricular Estágio Profissional Supervisionado foi alcançado, torna-se necessário avaliar se os indicadores foram desenvolvidos pelos alunos. Exemplos:É importante frisar que os indicadores de Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada são construídos de maneira diferente dos indicadores de 23 competência. Os indicadores de competência são evidências do seu desenvolvimento, enquanto os indicadores de Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada devem evidenciar a articulação entre as competências do curso. Desta forma, devem ser abrangentes e genéricos, de modo que possam ser utilizados nos diferentes cursos. 2.4.3. Prática profissional A Prática Profissional Supervisionada consiste em atividades orientadas e acompanhadas pelos docentes, desenvolvidas nas instalações da instituição educacional ou em regime de parceria com empresas do setor produtivo que está diretamente relacionado ao curso. Tem por objetivo propiciar aos estudantes condições para conhecer e vivenciar, em situação real de trabalho, atividades e práticas relacionadas à sua formação, de forma a favorecer a sua integração e inserção no mundo do trabalho. A Prática Profissional Supervisionada não é obrigatória nos cursos do Senac, mas estimulada, dada a importância desta vivência para a formação do aluno, pois trata-se de aprendizagem em campo e atende à necessidade de vivenciar o trabalho como princípio educativo. Carga Horária da Prática Profissional É definida de acordo com a especificidade do curso e possibilidades de oferta, como é o caso das unidades operativas que possuem empresas pedagógicas. No entanto, a carga horária desta Unidade Curricular não deve ultrapassar ao correspondente a 50% da carga horaria total do Plano de Curso Nacional. Por exemplo, se um Departamento Regional deseja incluir uma Unidade Curricular Prática Profissional no curso de Manicure e Pedicure (Plano de Curso Nacional tem 160 horas), esta Unidade Curricular deverá ter no máximo 80 horas. 2.4.4. Prática profissional da aprendizagem Entende-se Prática Profissional da Aprendizagem como atividades profissionais metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho (BRASIL, 2000). No entanto a Portaria nº 1.005/2013 (Art. 11,§ 1º) destaca que “a carga horária prática do curso poderá ser desenvolvida, total ou parcialmente, em condições laboratoriais, quando essenciais à especificidade da ocupação objeto do curso, ou quando o local de trabalho não oferecer condições de segurança e saúde ao aprendiz”. 24 A Prática Profissional da Aprendizagem abrange atividades pedagógicas, sob a orientação da entidade qualificada em formação técnico-profissional e vivência na empresa sob a orientação do empregador. (Decreto nº 5.598/2005) Indicadores da Prática Profissional da Aprendizagem: para verificar se o objetivo da unidade curricular Prática Profissional da Aprendizagem foi alcançado, torna-se necessário avaliar se os indicadores foram desenvolvidos pelos alunos. Exemplos: 2.4.5. Prática integrada das competências Essa Unidade Curricular de Natureza Diferenciada se aplica apenas aos cursos técnicos dos segmentos de Beleza e Saúde. Por sua natureza específica esses cursos requerem, do aluno, uma visão holística do paciente/cliente. Nesse sentido o objetivo da Prática Integrada é promover um espaço de integração, mobilização e articulação das competências do curso com vistas a romper com a fragmentação produzida quando o foco do serviço centra-se apenas no objeto do atendimento. Sua carga horária deve corresponder a no máximo 10% da carga horária do curso e está prevista na organização curricular dos Planos de Cursos Nacionais. O quadro a seguir apresenta as principais características de Prática Profissional Supervisionada, Estágio Profissional Supervisionado e Prática Integrada das Competências. 25 2.5. Matriz Curricular No Modelo Pedagógico Nacional, a competência constitui o ponto central do currículo dos cursos, correspondendo a Unidade Curricular à própria competência. Neste sentido, conceber e organizar os cursos por meio da matriz curricular expressa da forma mais adequada os princípios filosóficos e pedagógicos que fundamentam as ofertas da Instituição. Esta perspectiva revela a importância da integração entre a competência e as Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada. 26 Segue abaixo o modelo de matriz curricular: Cursos que podem ou não desenvolver Competências São os Cursos de Aperfeiçoamento e Programas Instrumentais, Socioprofissionais e Socioculturais: a) Não se comprometem com o desenvolvimento de competências, mas com a abordagem de determinados elementos: conhecimentos, habilidades e atitudes. 27 b) Comprometem-se com o desenvolvimento de competências. Desenho do modelo curricular 28 Exemplos: Condições de oferta e operacionalização Após a definição do Perfil Profissional de Conclusão do Curso e do detalhamento da Organização Curricular do curso, inicia-se a descrição das condições de oferta e operacionalização do curso. 2.5.1. Requisito de acesso O item Requisitos de Acesso descreve quais são as condições mínimas que o candidato precisa apresentar para ingressar no curso, de acordo com a legislação e as diretrizes vigentes para cada oferta Os itens essenciais para todos os cursos e modalidades são: Idade mínima, Escolaridade e Documentação. Em determinados casos, outros itens poderão ser incluídos, como, por exemplo, idade máxima para os cursos do Programa de Aprendizagem, conforme previsto em legislação, e saberes específicos para os cursos de Qualificação Profissional e Aprendizagem Profissional Comercial, conforme demanda do curso. 29 2.5.2. Orientações metodológicas O item Orientações Metodológicas tem como objetivo contribuir para o planejamento e desenvolvimento do curso. Há orientações gerais que se referem a todas as ofertas, pois norteiam o acompanhamento e a avaliação de competências no contexto do Modelo Pedagógico Nacional. De acordo com a demanda e com a característica do curso, poderá ser incluída a indicação de estratégias metodológicas específicas, relevantes para o desenvolvimento do Perfil Profissional de Conclusão do Curso. Segue abaixo um trecho das Orientações Metodológicas específicas do curso de Recepcionista em Meios de Hospedagem: · Serão estimulados estudos em ambientes de aprendizagem, atividades em laboratório, atividades práticas monitoradas e visitas técnicas, quando necessário. · É importante propiciar condições para a troca de ideias entre os participantes, estimulando-os a encontrar novas possibilidades de aplicação dos conhecimentos em situações reais do contexto profissional. 2.5.3. Instalações, equipamentos e recursos didáticos A infraestrutura e os recursos necessários para a execução de um curso são discriminados neste item, de acordo com as especificidades da oferta. É importante que sejam descritas as condições mínimas para o desenvolvimento das competências do curso, de modo que cada unidade operativa tenha ciência do que é imprescindível para a operação do curso. 2.5.4. Perfil docente No item Perfil Docente deve constar a descrição da formação e da experiência profissional exigida para a composição do quadro docente do curso, de acordo com as competênciasrequeridas para a docência no segmento da oferta e legislação vigente. 2.5.5. Bibliografia No item Referências bibliográficas deve ser listada a bibliografia atualizada que subsidiará o curso e que estará disponível na biblioteca para consulta. Devem ser incluídas as bibliografias básica e complementar para cada unidade curricular. 30 Para alinhar o entendimento de todos, neste contexto, conceitua-se: 1. Bibliografia: a indicação de bibliografia em unidades curriculares é a referência das obras que sustentam os saberes mobilizados no processo de ensino e aprendizagem. Orienta a ação docente e indica aos alunos as fontes dos estudos. 2. Bibliografia básica: impressos ou digitais que expõem todos ou parte dos elementos da competência mobilizados e articulados, sendo considerados o mínimo necessário para subsidiar o processo de ensino e aprendizagem. É considerada a fonte primária da unidade curricular. 3. Bibliografia complementar: impressos ou digitais indicados para possibilitar o aprofundamento do estudo e da pesquisa dos elementos da competência mobilizados e articulados. Podem extrapolar a abordagem dos elementos da competência desenvolvidos, ampliando o processo de ensino e aprendizagem. É considerada a fonte secundária da unidade curricular. Para as unidades curriculares de natureza diferenciada, este item não é obrigatório, podendo haver indicação de bibliografia conforme especificidade da Unidade Curricular. É possível sugerir o mesmo título como indicação de bibliografia para mais de uma Unidade Curricular, considerando a abrangência de temas tratados no material indicado. 3. REFERENCIAIS PARA AVALIAÇÃO Orienta o processo de ensino-aprendizagem, permite a aferição do desempenho do aluno quanto ao desenvolvimento de competências e indica o alcance do perfil profissional de conclusão; Verifica a capacidade do aluno de, no enfrentamento de situações concretas, mobilizar e articular seus recursos subjetivos, bem como os conhecimentos, as habilidades e os valores, construídos ao longo do processo de ensino e de aprendizagem; Parte integrante da ação educativa, numa perspectiva de valorização dos conhecimentos já construídos, levando à consciência o que já aprenderam e o que ainda precisam aprender, oportunizando a ação-reflexão; · Diagnóstica, formativa e somativa; · Abrangente, participativa, inclusiva e contínua; · Prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos; · Utiliza-se de instrumentos variados; · Baseada em indicadores claramente definidos; 31 · Enfatiza a aprendizagem e não o instrumento. Características da avaliação · É a partir dos indicadores de competência que se desenvolve a avaliação. · É realizada e tem seu resultado expresso por unidade curricular (competências, projetos integradores, estágios ou práticas profissionais). · Utiliza a mesma métrica para expressão dos resultados da aprendizagem nas diferentes unidades curriculares. Avaliação das unidades de natureza diferenciada · As unidades curriculares de natureza diferenciada (estágio, projeto integrador e prática profissional) são espaços privilegiados que permitem a verificação da articulação entre as competências do curso. · Para estas unidades também são definidos indicadores nos quais se baseiam a avaliação da aprendizagem do aluno. · Estas unidades cumprem papel importante no desenvolvimento do perfil profissional de conclusão, devendo ser considerados no processo avaliativo. Forma de expressão dos resultados de avaliação a) Avaliação em cursos que desenvolvem competências Toda a avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, é importante definir o tipo de menção que será utilizada para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da unidade curricular/curso). As menções definidas para serem utilizadas no modelo pedagógico apresentado reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência, buscando diminuir o grau de subjetividade do processo avaliativo. Para dar conta de todo o processo de avaliação foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas em cada etapa do processo: · Menção por indicador de competência · Menção por unidade curricular · Menção para aprovação no curso 32 Menção por indicador de competência Ao definir indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, faz-se necessário definir a menção que será utilizada para expressar os resultados de uma avaliação. Seguem abaixo, as menções relativas aos resultados possíveis para cada indicador: · Durante o processo · Ao final da Unidade Curricular Menção por Unidade Curricular Ao final de cada unidade curricular (competência, estágio, prática profissional e projeto integrador), teremos as menções relativas a cada indicador. Se os indicadores essenciais não forem atingidos, a essência da competência estará comprometida. Ao final da unidade curricular, caso algum dos indicadores essenciais não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na unidade É com base nestas menções que se estabelece o resultado da unidade curricular. As menções possíveis para cada unidade curricular são: Menção para aprovação no curso Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (unidade curricular desenvolvida) em todas as unidades curriculares (competências, estágio, prática profissional e projeto integrador). 33 Exemplo1: Neste caso, foi considerado que o aluno desenvolveu a competência. Exemplo 2: Neste caso, foi considerado que o aluno não desenvolveu a competência, em função de não ter atingido todos os indicadores essenciais. 34 Para garantir a avaliação tal como proposta, foi sugerido um instrumento que permita registrar as menções parciais e totais de todos os indicadores previstos para cada competência, ao longo do processo. Esse instrumento contempla campos para anotação dos feedbacks do docente e para ciência do aluno, reforçando o compromisso de ambos para a consolidação da aprendizagem e dando transparência ao processo avaliativo. b) Avaliação em cursos que não desenvolvem competências Para os cursos que não desenvolvem competências, foram propostas duas formas de avaliação, de acordo com a natureza do curso: · Baseada em indicadores relacionados aos objetivos do curso; · Baseada em participação. 35 Instrumentos de avaliação Os instrumentos a serem adotados para avaliação devem: · Ser aplicados em qualidade e quantidade que deem conta de verificar todos os indicadores definidos; · Ser complexos e diversificados, priorizando aqueles que desafiem os alunos a mobilizar os elementos da competência; · Integrar diferentes elementos da competência, ou seja, deve-se evitar a abordagem de apenas um dos elementos constitutivos da competência; · Possibilitar a avaliação de alunos com deficiência por meio da equiparação de oportunidades, ao utilizar diferentes recursos, metodologias e estratégias. Recuperação da aprendizagem As ações de recuperação devem ser oportunizadas durante todo o processo de aprendizagem e não podem ser deixadas apenas para o final da unidade curricular/curso/semestre/período. É interessante que sejam realizadas quantas vezes forem necessárias, conforme observação do docente. A recuperação deve, primordialmente, ocorrer na própria sala de aula, diminuindo impeditivos operacionais(indisponibilidade do aluno, horas extras para o docente, etc). 36 REFERÊNCIAS SENAC, DN. Guia Para Elaboração de Planos de Curso. 2014 SENAC, DN. Modelo Pedagógico Nacional. 2013 SENAC, DN. Diretrizes de Educação Profissional do Senac. Rio de Janeiro, 2014. 37 ANEXOS
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