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LICENCIAMENTO AMBIENTAL

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LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O Licenciamento Ambiental é um instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, que tem como objetivo a regularização das atividades perante os padrões e as normas ambientais.
Uma empresa licenciada tem diversos benefícios, dentre os quais se citam:
BENEFICIOS ESTRATÉGICOS:
Diferenciação no mercado;
Demonstração do compromisso da empresa com o meio ambiente e com o futuro;
Confiança oferecida às partes interessadas;
Melhoria da imagem perante órgãos regulamentadores;
Facilidade na obtenção de licenças e autorizações;
Simpatia de clientes e usuários;
Facilidade no acesso ao mercado internacional;
Atração de parceiros;
Antecipação de caráter mandatário e às exigências de clientes.
BENEFICIOS OPERACIONAIS:
Melhoria na gestão de riscos ambientais atuais e futuros;
Melhoria dos procedimentos operacionais;
Melhoria da produtividade;
Melhoria nas condições de saúde e segurança no trabalho;
Redução de acidentes que impliquem responsabilidade civil;
Estabelecimento de rotina para análise das áreas do negócio que possam afetar o meio ambiente;
Facilidade na transferência de tecnologia;
Melhoria do desempenho dos funcionários; e 
Formação dos funcionários facilitada.
BENEFICIOS FINANCEIROS:
Diminuição dos riscos de incorrer em infrações legais e regulamentares;
Redução potencial nas despesas com seguros, produtos e serviços adquiridos além do comportamento global do mercado;
Possibilidade de redução de custos; e 
Possibilidade de economia de despesas no consumo de água e energia.
O processo de regularização das atividades da empresa deve ser realizado da forma mais adequada, buscando-se:
O melhor desempenho em conjunção com o menor custo;
A celeridade na obtenção das licenças e autorizações;
A qualidade dos equipamentos e medidas de controle adotadas;
A observância total dos preceitos normativos e padrões estipulados pela legislação ambiental, dentre outros.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM MG
 	A Lei nº 15.972/06 alterou a Política Estadual do Meio Ambiente em MG, principalmente em relação ao licenciamento e à fiscalização ambiental, tendo sido regulamentada pelo Decreto nº 44.309 de 06 de junho de 2006. Esta Lei define que o licenciamento ambiental é o procedimento administrativo por meio do qual o poder público autoriza a instalação, ampliação, modificação e operação de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores.
Em Minas Gerais, o Sistema Estadual do Meio Ambiente (SISEMA) desenvolve suas atribuições utilizando-se do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM), que procede ao Controle Ambiental assessorado técnica, jurídica e administrativamente pelos órgãos executivos vinculados à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD):
-FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente, responsável pela “agenda marron” (atividades minerarias);
-IEF – Instituto Estadual de Florestas, responsável pela “agenda verde” (pesca, floresta e biodiversidade);
-IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas, responsável pela “agenda azul” (gestão de recursos hídricos).
A DN nº 74/04 é a norma legal que regulamenta o licenciamento ambiental em Minas Gerais, aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM). Esta Norma estabelece critérios para a classificação dos empreendimentos e atividades que interferem no meio ambiente, de acordo com seu porte (tamanho) e potencial poluidor. Esta norma também estabelece as regras de indenização aos órgãos ambientais dos custos de análise dos pedidos de licenciamento, além de regulamentar também a Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF). Independente de ocorrer no âmbito da União, estados ou municípios, o processo de licenciamento ambiental é dividido em três etapas: 
Licença Prévia (LP): é concedida na fase preliminar de planejamento do empreendimento ou atividade aprovando, mediante fiscalização prévia obrigatória ao local, a localização e a concepção do empreendimento, bem como atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidas nas próximas fases de sua implementação. Tem validade de até quatro anos. 
Licença de instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes. Tem validade de até 06 anos.
Licença de operação (LO): autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após fiscalização prévia obrigatória para verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, tal como as medidas de controle ambiental e as condicionantes porventura determinadas para a operação. É concedida com prazos de validade de quatro anos ou de seis anos estando, portanto, sujeita à revalidação periódica. A LO é passível de cancelamento, desde que configura a situação prevista na norma legal.
Os empreendimentos são classificados segundo a Deliberação Normativa COPAM (DN 74/04) conforme a seguinte relação:
•   Classe 1 - pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor. 
•   Classe 2 - médio porte e pequeno potencial poluidor.
•   Classe 3 - pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte e médio potencial poluidor.
•   Classe 4 - grande porte e pequeno potencial poluidor.
•   Classe 5 - grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e grande potencial poluidor.
•   Classe 6 - grande porte e grande potencial poluidor.
Para os empreendimentos classes 1 e 2, considerados de impacto ambiental não significativo é obrigatória apenas à obtenção da Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF). Para as demais classes (3 a 6), o caminho para a regularização ambiental e o processo de licenciamento, com o requerimento das licenças Previa (LP), de Instalação (LI) e de Operação (LO).
Segundo o artigo 1º da Deliberação Normativa COPAM 74/04, os empreendimentos enquadrados na classe 3 ou na classe 4 poderão requerer concomitantemente a LP e a LI, cabendo ao órgão ambiental à decisão de expedi-las ou não na forma solicitada. 
A Regularização Ambiental em Minas Gerais é exercida pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM), por intermédio das Câmaras Especializadas, das Unidades Regionais Colegiadas (URCs), das Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SUPRAMS), da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF), de acordo com o Art. 1 ° do Decreto Estadual n° 44.844/08.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO
Em uma licença ambiental, são concedidos ao mesmo tempo a outorga para o uso de água e a autorização para desmatar (exploração florestal), quando for o caso. Não existe mais a necessidade de primeiro tirar a outorga de água no IGAM ou a licença para desmatamento no IEF. 
LICENCIAMENTO PREVENTIVO E CORRETIVO
Se o requerimento de Licença Ambiental é apresentado quando o empreendimento ou atividade está na fase de planejamento, ou seja, antes que qualquer intervenção seja feita no local escolhido para sua implantação, diz-se que está ocorrendo o licenciamento preventivo.
Quando o empreendimento ou atividade está na fase de instalação ou de operação, diz-se que está ocorrendo o licenciamento corretivo. Nesse caso, dependendo da fase em que é apresentado o requerimento de licença, tem-se a licença de instalação de natureza corretiva (LIC) ou a Licença de operação de natureza corretiva (LOC).
PRAZOS
Independente do tipo de licença requerida, o prazo regimental para que o órgão ambiental se manifeste acerca do requerimento é de até seis meses, ressalvada a hipótese de requerimentos instruídos por EIA/RIMA, quando o prazo é de 12 meses. Com relação aos requerimentos de revalidação de LO, o prazo regimental é de até 90 dias. Não é computado nesses prazos o tempo gasto pelo empreendedor para apresentar informações completares.
A seguir sãodefinidos os passos necessários para o licenciamento ambiental em Minas Gerais:
1° passo: Fazer a regularização ambiental do empreendimento por meio do preenchimento do Formulário de Caracterização do Empreendimento - FCE (antigo FCEI). A regularização ambiental é o ato pelo qual o empreendedor atende as precauções que foram requeridas pelo poder público referente ao Licenciamento Ambiental. Para requerer esse formulário basta acessar o site www.meioambiente.mg.gov.br, Regularização Ambiental e Formulários.
O FCE preenchido deve ser entregue na SUPRAM mais próxima. A partir dai deve-se aguardar a análise do FCE pelo órgão ambiental – SUPRAM.
2° passo: Após análise do FCE, o órgão ambiental gera o Formulário de Orientação Básica - FOB (antigo FOBI), no qual são listados todos os documentos necessários para a formalização dos processos de licenciamento e Autorização Ambiental de Funcionamento – AAF.
3° passo: O empreendedor terá até 180 dias ou de acordo com determinação específica da Câmara especializada do COPAM, contados do recebimento do FOB, para protocolar e consequentemente formalizar o seu pedido de licença na SUPRAM. 
4° passo: Caso a documentação esteja completa e não seja constatado débito, os documentos serão protocolados e o empreendedor assinará e receberá o recibo do protocolo. A contagem do prazo legal para o trâmite do processo inicia-se a partir da data do recibo, conforme legislação vigente.
5° passo: Após o recebimento de toda a documentação exigida, o órgão ambiental publicará no Diário Oficial do Estado o requerimento de licença ambiental. Caso o empreendimento esteja sujeito à apresentação de EIA/RIMA, deverá ser aberto o prazo de 45 dias para solicitação de audiência pública por parte da comunidade afetada.
6° passo: Empreendimento recebe número de processo e faz publicar requerimento em jornal de grande circulação na área de influência do mesmo.
7° passo: Após a formalização do processo de licenciamento, o mesmo é encaminhado a Diretoria Técnica para as análises, vistorias e elaboração de um parecer técnico.
8° passo: Após análise de toda documentação e elaboração do parecer pela Diretoria Técnica, o processo é enviado à Assessoria Jurídica para análise e parecer e encaminhamento ao fórum de decisão.
9° passo: Após parecer da Assessoria Jurídica da FEAM, o processo é considerado formalmente concluído e é enviado as Câmaras Especializadas do COPAM para análise e julgamento da Licença Requerida ou pela Presidência e Diretorias da FEAM de acordo com a classe do empreendimento registrado no FOB.
10° passo: O processo de licenciamento será incluído na pauta da Câmara Técnica para análise, julgamento e decisão da licença requerida e publicará a pauta no Diário Oficial.
11° passo: As Câmaras Técnicas do COPAM, em reuniões programadas, avaliam, julgam e decidem sobre os processos de licenciamento. Após decisão das câmaras o processo de licenciamento é encaminhado ao Presidente da FEAM, para assinatura do certificado ou da notificação do indeferimento e posterior comunicação ao interessado.
Em Minas Gerais, os estudos ambientais solicitados durante o processo de licenciamento ambiental são: 
•    Estudo de Impacto Ambiental (EIA): deve ser elaborado por equipe multidisciplinar, com o objetivo de demonstrar a viabilidade ambiental do empreendimento ou atividade a ser instalada. Foi instituído pela Resolução Conama 01/86, sendo solicitado durante a LP.
•    Relatório de Impacto Ambiental (RIMA): explicita as conclusões do EIA e que necessariamente sempre o acompanha. O RIMA deve ser elaborado por equipe multidisciplinar, redigido em linguagem acessível, devidamente ilustrado com mapas, gráficos e tabelas, de forma a facilitar a compreensão de todas as consequências ambientais e sociais do projeto por parte de todos os segmentos sociais interessados, principalmente a comunidade da área diretamente afetada. 
•   Relatório de Controle Ambiental (RCA): exigido em caso de dispensa do EIA/RIMA. É por meio do RCA que o empreendedor identifica as não conformidades efetivas ou potenciais decorrentes da instalação e da operação do empreendimento para o qual está sendo requerida a licença. 
•   Plano de Controle Ambiental (PCA): documento por meio do qual o empreendedor apresenta os planos e projetos capazes de prevenir e/ou controlar os impactos ambientais decorrentes da instalação e da operação do empreendimento para o qual está sendo requerida a licença, bem como para corrigir as não conformidades identificadas. O PCA é sempre necessário, independente da exigência ou não de EIA/RIMA, sendo solicitado durante a LI.
•   Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental do Sistema de Controle e demais Medidas Mitigadoras (RADA): tem a finalidade de subsidiar a análise do requerimento de revalidação da LO, de acordo com o artigo 3º inciso I da Deliberação Normativa COPAM 17/96. O procedimento de revalidação da LO tem por objetivo fazer com que o desempenho ambiental empreendimento seja formalmente submetido a uma avaliação periódica. Esse período é sempre aquele correspondente ao prazo de vigência da LO vincenda. A revalidação da LO é também a oportunidade para que o empreendedor explicite os compromissos ambientais voluntários porventura assumidos, bem como algum passivo ambiental não conhecido ou não declarado por ocasião da LP ou da LI ou da primeira LO ou mesmo por ocasião da última revalidação.
Mais detalhes sobre o passo a passo para o licenciamento ambiental em Minas Gerais podem ser obtidos através do site da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL
Os procedimentos relacionados à fiscalização e aplicação de penalidades em MG, são definidos pelo Decreto 44.309 (6 de junho de 2006) estabelece os critérios para atuação da SEMAD, FEAM, IGAM e IEF, em parceria com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
A Fiscalização Ambiental tem como objetivo principal a proteção ambiental, conforme prevê a Legislação Federal e Estadual de meio ambiente – Lei nº9.605/98, Lei nº4.771/65, Decreto nº 44.309/2006.
O objetivo primordial da ação fiscalizadora das atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente é verificar sua conformidade com o licenciamento ambiental. Mesmo com a simplificação administrativa dos procedimentos, através da AAF, as atividades serão fiscalizadas e deverão cumprir todas as normas de proteção ao meio ambiente, de acordo com a legislação vigente.
O IGAM, FEAM e IEF passaram a utilizar uma única legislação (Decreto nº 44.309/06) e uniformizaram o procedimento para aplicar penalidades, com a cooperação da Polícia Militar do Meio Ambiente.
O IEF é a autarquia do Governo do Estado com a função de promover o disciplinamento, a fiscalização, o licenciamento e o controle da exploração, utilização e consumo de matérias primas oriundas das florestas, da pesca e da biodiversidade em geral, bem como coordenar e promover ações de preservação e controle, inclusive combate a incêndios e queimadas florestais e manejo sustentado dos recursos naturais.
O IEF ainda é responsável pela fiscalização e disciplinamento do uso, da substituição e da supressão de recursos da flora e fauna silvestres, terrestres e aquáticas do Estado.
Para sua execução, possui como setores operativos a Coordenadoria de Cadastro, Registro e Fiscalização, vinculada à Diretoria de Controle e Fiscalização, e as Coordenadorias de Gestão da Pesca e Aquicultura e de Proteção à fauna e Flora Silvestres, ambas ligadas a Diretoria de Pesca e Biodiversidade.
A fiscalização realizada pela FEAM tem as seguintes finalidades, em consonância com as diretrizes do Grupo Coordenador de Fiscalização Ambiental integrada (GCFAI):
- Subsidiar análise do licenciamento ambiental (LP, LI, LO e revalidação de LO).
- Atender à denúncia.
- Acompanhar passivo ambiental.
- Acompanhar condicionantes e pós-licenciamento.
- Atender à emergência ambiental.
- Verificar empreendimentos com AAF.
- Atender ao Ministério Público / Poder Judiciário.De acordo com o Decreto nº 44.309/06, que dispõe sobre o licenciamento e as infrações administrativas ambientais, ficam asseguradas ao fiscal da FEAM a entrada e permanência, pelo tempo que for necessário, em estabelecimentos e propriedades públicas ou privadas. É garantido poder de polícia ao fiscal para que possa agir nos casos em que forem constatadas irregularidades e, conforme previsto na legislação, aplicas as penalidades previstas.
Durante as fiscalizações, é obrigatoriamente gerado o Auto de Fiscalização (AF) e, se constatada alguma irregularidade, é lavrado o Auto de Infração (AI). No AF está registrado todo o ocorrido durante a fiscalização, sendo o subsídio para a aplicação da penalidade e lavratura de AI, de acordo com os critérios estabelecidos no inciso III, do §1º, do art. 28 do Decreto nº 44.309/06.
Os tipos de penalidades previstas para a infração à Legislação ambiental são:
Advertência.
Multa Simples.
Multa diária.
Apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração.
Destruição ou inutilização do produto.
Suspensão de venda e fabricação do produto.
Embargo de obra ou atividade.
Demolição de obra.
Suspensão parcial ou total das atividades.
Restritiva de direitos.
EIA/RIMA – ESTUDO E RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
De acordo com a Resolução Conama de 1986: “impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam:
a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
as atividades sociais e econômicas;
a biota;
as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
a qualidade dos recursos ambientais.”
EIA - Estudo de Impacto Ambiental
A RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001/86 define que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é o conjunto de estudos realizados por especialistas de diversas áreas, com dados técnicos detalhados. O acesso a ele é restrito, em respeito ao sigilo industrial. No artigo 6° dessa resolução define que o EIA desenvolverá as seguintes atividades técnicas:
I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando: 
a)    o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d'água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas; 
b)    o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora, destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente;
c)    o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos. 
II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais.
III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas.
IV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considerados). 
RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
O relatório de impacto ambiental, RIMA,  refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental (EIA). O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação. Dessa forma, o Relatório de Impacto Ambiental deverá conter os seguintes itens:
I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais; 
II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados;
III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influência do projeto; 
IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação;
V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;
VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de alteração esperado; 
VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral).
Atividades que exigem o EIA/RIMA
De acordo com o artigo 2° da Resolução Conama, a elaboração de estudo de impacto ambiental (EIA) e respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA), a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA em caráter supletivo, devem ser realizados para o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:
I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
II - Ferrovias;
III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66;
V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários;
VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;
VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques;
VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);
IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração;
X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW;
XII - Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);
XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI;
XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;
XV - Projetos urbanísticos, acima de 100 ha ou em áreas consideradas de relevante interesse ambientala critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes;
XVI- Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos similares, em quantidade superior a dez toneladas por dia;
XVII - Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 ha ou menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental.

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