Buscar

Prática Jurídica Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

PRÁTICA JURÍDICA PENAL
Profº: Almir Sameiro Godinho Júnior
Aluna: Kelleyn Farsura Rodrigues Lourenço
AULA 01 – PROCURAÇÃO 
AULA 02- QUEIXA-CRIME 
 Procedimentos Penais - Art. 394, CPP (Procedimento Comum Sumaríssimo)
Procedimento Comum: - Ordinário: =/> 4 anos
- Sumário : < 4 anos
- Sumaríssimo (JECRIM- Lei 9099/95): até 2 anos 
Procedimento Especial 
 Concurso de Crimes: 
Concurso Material: soma as penas máximas em abstrato
Concurso Formal: pena abstrata mais gravosa + 1/6 até ½
 Prescrição e decadência 
Prazo:
Penal (poder punitivo do Estado) -art. 10 do CP
Processual – art. 798,§1º CP
 Queixa-crime: 
É a peça inicial criminal, da Ação Penal Privada
Aspectos: privativa do advogado
Fundamento legal da Queixa-crime: art. 30 do CPP ou art 100, §2º do CP
Prazo decadencial para a representação e apresentação da Queixa-Crime: o prazo é material penal, inclui o 1º dia e exclui o último dia, de 6 meses.
LER ART. 41 do CPP
 Roteiro de peças a serem trabalhadas em Prática Jurídica Penal:
1- queixa crime/ queixa crime subsidiaria da publica
2- resposta a acusação
3- Alegações finais (memoriais)
4- Apelação
5- Recurso em sentido estrito (RESE)
6- Embargos de Declaração
7- RE e REsp
8- Pedido de relaxamento de prisão
9- Pedido de revogação de prisão
10- Pedido de liberdade provisória
11- Habeas Corpus
12- Revisão criminal
13- Agravo em Execução Penal
Instrução Criminal
Fato					 (art.395)		 	 	 Sentença
	Inq. Pol. 				 Juiz Citação. Acusado	 AIJ
 Elementos Informativos Denúncia. / 	 Resposta à Acusação	Alegações
					 Queixa-Crime	Teses: art. 396 e 396-A	 Finais
Prova da Indícios						art. 397			
Existência + Suficientes								 Memoriais
Do crime. de Autoria
 				 MP. / Ofendido	 Representante P.E.C. +. I.S.A. 
				 Ação Penal	 Ação Penal 		 Legal		MP Defesa
 Pública	 Privada. C.A.D.I – 
 Art. 31, CPP
Elementos informativos = justa causa = prova existência do crime + indícios suficientes de autoria
IDENTIFICAR NO CASO FÁTICO:
Crime praticado
Ação Penal
Procedimento Comum ou Especial (observar a pena em abstrato)
Rito
Cliente (acusado ou vítima)
DEFESA do Cliente / ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO 
Réu Preso ou Solto
 Ação Penal:
A ação penal pode ser pública ou de inicativa privada
Ação Pública:
Incondicionada
Condicionada: a representação (ofendido ou representante legal) 
 a requisição (ministro da justiça)
- Peça inicial acusatória = denúncia (privativa do MP)
Ação de iniciativa Privada
Exclusiva: mediante queixa
Personalissima: inerente ao próprio ofendido - art 236, PU - casamento enganado
Subsidiaria da Pública: por inércia do titular da ação publica (MP)
- Peça inicial acusatória- queixa crime/ queixa crime subsidiária da pública.
Atenção!
Da decisão que recebe a Denúncia Não cabe recurso, mas cabe habeas corpus.
O habeas corpus visa evitar o abuso de cerceio da liberdade de locomoção. 
O HC deve ser uma peça subsidiária, ou seja, primeiro deve pedir a liberdade provisória, que se negada deve então impetrar o HC.
A partir do recebimento da denuncia ocorrerá a citação do acusado para tomar ciência da imputação penal que lhe foi dirigida, para que apresente a sua defesa. Ocorre nessa fase a triangularização do processo.
 Quando o Réu estiver Preso:
São 04 possibilidades: 
- Soltura
- Relaxamento
- Liberdade Provisória 
- HC 		Liberatório 		Alvará de Soltura (qdo preso)
					Revogação Ordem de Prisão (pode ser preso a 
Preventivo 							 qualquer momento)
		
 PRISÃO	 									 Data: 23/03/18 
(1º Grau)
Fato										Sentença
	Inquérito Policial		Instrução Criminal
	Prisão Temporária		 Prisão Preventiva		Trânsito em Julgado
	Prisão Preventiva						
		Sanção (Penal): só ocorrerá após Trânsito em Julgado
PRISÃO
		Cautelar (Processual):	Temporária: Lei 7960/89
							Art. 1º, III -crimes cabíveis 	 Mandado 
Prazo: 5 dias prorrogados. de Prisão
 por mais 5 dias 
						Preventiva: CPP
							- Art 311: cabimento
- Art 312: requisitos 
 F.B.I – fumus bônus iuris
 							 P.I.M – periculum in mora 
-Art 313: Condições 
Decisão de Pronúncia: Art 413 do CPP: O juiz pode decretar a prisão ao finalizar a fase de pronúncia
						Sent. Penal Condenatória. Recorrível
						Prisão Domiciliar Cautelar
LEGAL: para combatê-la é necessário realizar uma peça chamada de Liberdade Provisória, discutindo a necessidade ou não com base da premissa constitucional da liberdade.
		ILEGAL: combatida pelas peças: 
Relaxamento da prisão (atrelado as Formalidades do ato)
	- Nos casos de Prisão em Flagrante
				Revogação da prisão (atrelado a Necessidade do ato)
					- Nos casos de Prisão Temporária e Prisão Preventiva
Tipos de Prisão Cautelares (processual) mandado de prisão
Prisão Temporária:		Lei 7.960/89, Art.1°, III- crimes cabíveis
Prazo: 5 dias, prorrogáveis por mais 5 dias 
Construída na fase investigativa
Crimes de natureza hedionda: 30 dias, prorrogável por mais 30 dias
Determinada pelo juiz
Prisão Preventiva
Fase da investigação ou fase do processo
Pode ser Determinada pelo juiz de oficio na fase de inquérito
CPP : 	 arts. 311- cabimento, 
312- requisitos, 
313- condições para ser efetivada
Fumus comici delict e periculum libertatis
Após a Decisão de Pronúncia
Art.413,CPP- o juiz pode decretar a prisão ao finalizar a fase de pronúncia
Sentença penal condenatória recorrível
Prisão domiciliar cautelar
Para definir se é PRISÃO ILEGAL, deve-se observar:
Formalidades:
Formalidades da Prisão em Flagrante: Art. 304 e seguintes
	Combatido pelo Relaxamento da Prisão 
 Requisitos:
Art. 302.  “Considera-se em flagrante delito quem:
        I - está cometendo a infração penal;
        II - acaba de cometê-la;
        III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
        IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.”
Legitimidade para deflagrar prisão em Flagrante: Art 301, CPP
Art.301,CPP -“Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.”
- Legitimidade da condução coercitiva: Flagrante Compulsório e Flagrante Facultativo
- Situações/cabimento
Flagrante Próprio ou Real : Art. 302,I e II CPP
Este ocorre quando a pessoa é pega no momento em que está cometendo o crime ou logo após do cometimento. É quando a pessoa é pega “com a boca na botija.”
Flagrante 	Impróprio: Art. 302,III, CPP
É impróprio o flagrante quando a pessoa é perseguida (por qualquer pessoa) após o cometimento do crime.
Flagrante Ficto ou Presumido: Art. 302, IV, CPP
Quando a pessoa é encontrada com instrumentos ou produto de crime que acabou de ocorrer e possa se presumir que foi ela que o cometeu.
Ação Controlada (art. 2º, II, lei 9.034/95)
Quando a polícia sabe que um crime está sendo cometido e retarda a sua captura para conseguir recolher mais elementos sobre a organização criminosa diz-se Ação Controlada. (Por exemplo, quando sabe-se que um caminhão está transportando drogas, mas ao invés de dar voz de prisão no ato e prender só o motorista a polícia espera um pouco para ver quem vai receber o carregamento)
 
Esperado
Quando a polícia tem conhecimento de que um crime vai ocorrer e prepara uma operação para prender o sujeito no ato. No entanto o que se pune é a tentativa e não a consumação do fato.
Condições:
Necessidade:
Observação:
Em resumo:
Relaxamentoda prisão ➡ nos casos de prisão temporária (flagrante)
Revogação da Prisão ➡ nos casos de prisão temporária/preventiva
Liberdade provisória ➡ nos casos que envolvem prisão legal, porém desnecessária.
Quando a Prisão é Legal: Deve-se realizar Pedido de Liberdade Provisória (questionando se há a necessidade do ato, tendo em vista que a Liberdade é a regra)
Liberdade Provisória Indeferida: dá ensejo a Habeas Corpus. Neste caso, o HC seria como um soldado de reserva.
HC liberatorio envolve duas situações: 1- verificar se o sujeito encontra-se preso (expedição de alvara de soltura) 2- não havendo prisão, mas já existe ordem decretada pela autoridade judiciaria (foragido), nesse caso o pedido do HC é para expedição de um contramandado de prisão. (Tentar revogar a ordem já expedida).
HABEAS CORPUS – HC
O HC é apresentado a autoridade imediatamente superior à autoridade coatora.
Ordem de impetração:
Se coator for Delegado/ Diretor Penitenciário deverá ser submetido ao juiz
Se coator for juiz de direito singular deverá ser submetido ao Tribunal de Justiça
Se coator for desembargador deverá ser submetido ao STJ
Obs.: Assim como no Mandado de Segurança, o HC dependerá de uma prova previamente constituída para ser apresentado.
HC PREVENTIVO: Não existe Ordem de Prisão expedida, mas há risco de acontecer. 
Pede-se a expedição do SALVO CONDUTO, que terá efeito apenas para aqueles fatos do objeto do HC.
HC LIBERATÓRIO:
Se o sujeito já estiver preso: envolve o pedido de Revogação da Prisão e expedição do ALVARÁ DE SOLTURA (fazer estancar o cerceamento do direito de locomoção)
Não existe prisão, mas possui ordem decretada pela autoridade judiciária ( Mandado de Prisão): pede-se a expedição de CONTRAMANDADO À ORDEM DE PRISÃO (na tentative de revogar a ordem de prisão já expedida).
IMPETRANTE: pode considerar com o PACIENTE (coacto) do HC. O impetrante será aquele quem “ajuizará” o HC no nome do coacto/paciente.
IMPETRADO: autoridade coatora. Definirá em qual Instância deverá se impetrar o HC.
Teoria do Crime (Crime= Fato Típico + antijurídico + culpável)
Teses jurídicas:
1 – Preliminar: Nulidade do processo por Ilegitimidade Ativa do MP – O delito de estupro, mesmo com violência presumida, é, como regra, de ação de iniciativa privada (art. 225, CP).Não há informações que permitam enquadrar o caso em alguma exceção (que pudesse dar ensejo a ação pública condicionada ou incondicionada [225, §2º, CP / 225, §1º, II, CP / STF, 608] – aliás, o enunciado foi enfático em dizer não ter havido violência real; não informou sobre o estado econômico da vítima e de seus familiares).De qualquer forma, do conhecimento da autoria do fato até a atual data, já teria ocorrido decadência do direito de queixa (art. 38, CPP). Assim, deveria ser feito o pedido de anulação do processo ab initio, com base no 564, II, CPP. Obs: é possível a alegação, embora o juiz já devesse ter analisado a matéria na fase do 395, CPP.
2 – Absolvição sumária por manifesta atipicidade: embora, na prática, fosse de improvável procedência, nada impediria tal pedido, considerando o desconhecimento do agente da circunstância que fazia presumir a violência (debilidade mental da vítima), ou pelo consentimento de toda a família.
3 – arrolar testemunhas
Outras Teses (NÃO APLICÁVEIS AO CASO)
Extinção da punibilidade: prescrição? Não era possível afirmar. O enunciado somente informa a data dos fatos e a data da citação, mas não a do recebimento da denúncia.
Inépcia da denúncia: Poderia ser levantada, em razão da ausência de elementos mínimos de materialidade. Note-se que ela foi baseada essencialmente no laudo de exame de corpo de delito a que faz referência. Porém, tal laudo não acompanhava os autos. O dia do fato também não foi precisado na inicial acusatória.
Preliminar: Nulidade do processo por Ilegitimidade Passiva do acusado – Nos casos em que o acusado for menor na data dos fatos deve ser sido levantada a tese da ilegitimidade passiva (o menor não se submete a processo criminal). Veja-se: embora o sujeito fosse inimputável, não era esse o cerne da alegação, pura e simplesmente, mas sim a ilegitimidade passiva (não era possível pedir absolvição sumária por causa dirimente da culpabilidade, pois vedada a hipótese pelo art. 397, II, CPP). Ainda seria possível falar na extinção da punibilidade da eventual medida sócio-educativa (STJ, 338 c/c 109, IV e 115, CP).
Art. 395 do CPP – rejeição liminar da Queixa
Art. 397 do CPP – absolvição sumária [*exclusão de ilicitude, exclusão de culpabilidade, Atipicidade da conduta, extinção da punibilidade (art 107 do CP) ]
Citação efetivada: 18/11/2016
O prazo para a apresentação da defesa escrita – resposta à acusação – é de 10 dias (art. 396 do CPP). Desta forma, tendo sido citado no dia 18, por se tratar de prazo processual, exclui-se este dia e inclui-se o prazo do final. Portanto, a peça deve ser apresentada no dia 28 de novembro.
Denúncia Recebimento da Denúncia Citação (18/11/2016) Resposta à Acusação (10 dias) (art. 396-A do CPP) Absolvição Sumária (art. 397 do CPP) AIJ (art 400 CPP) 
Peças de Acusação:
1.a) Queixa Crime: avaliar se é caso de Queixa Crime Exclusiva (Art 29), Personalíssima (Art. 30) ou Subsidiária da Ação Penal Pública 
Falar da Legitimidade para a propositura da Queixa-Crime subsidiária da Pública 
Art 46 c/c Art. 29, CPP – legitimar a Queixa – Crime
Nome da Ação: Queixa-Crime subsidiária da Pública
Prazo decadencial: 6 meses (Art. 38, CPP), contado conhecimento do autor ou (Art. 46, CPP) exaurimento do prazo do MP promover Denúncia (Preso: 5 dias / Solto: 15 dias)
Crimes sexuais L. 12015 – APP condicionada a representação 
Contra vulnerável – APP incondicionada 
Sumula 608 do STF não foi derrubado (emprego de força física e vulnerabilidade) a APP passa a ser Incondicionada.
Se a vulnerabilidade for passageira (embriagues) a APP ainda assim é Condicionada a Representação.
Preliminares
Art. 395 – hipóteses de rejeição liminar da acusação 
Art. 397 – Atipicidade do Crime, afastamento da culpabilidade ( isento de pena: inimputáveis – Sumula 711 do STF), legítima defesa.
Cuidado! Assistente de Acusação 
PEÇAS DE DEFESA:
RESPOSTA A ACUSAÇÃO 
-Rito Comum Ordinário -Art. 394, CPP
-Defesa ao Processo
-Defesa a Ação – Prescrição/Decadência
Juiz recebe a Acusação e cita o acusado para apresentar Resposta à Acusação 
(Entendimento de sacrificar o Rito da Lei de Drogas para seguir o Rito Ordinário)
Se o caso indicar a realização de AIJ ou que o MP realizou Alegações finais (Orais ou Memoriais) a peça a ser produzida é A Alegações Finais por Memoriais.
Trabalhar para conseguir a Absolvição Definitiva (Art. 386, CPP)
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
- Apresentação de Queixa ou Denúncia, o juiz poderá rejeita-lá de acordo com o Art. 395, CPP.
- Se no caso concreto houve menção de que foi proferido decisão pelo Juízo após apresentação de alegações finais do MP... deve-se observar melhor os fatos narrados a respeito aos atos praticados no juízo de 1º piso, pois poderá ser caso de RECURSO.
TEORIA GERAL DO RECURSO							 Data: 18/05/18
O recurso de Apelação, na área penal, possui efeito devolutivo amplo. Com isso, pode ser avaliado outras questões (de maneira ampla) além do que foi pedido, na forma Ex Oficio.
 EFEITOS DO RECURSO: ( DEVOLUTIVO / SUSPENSIVO / REGRESSIVO / EXTENSIVO )
EFEITO DEVOLUTIVO:
APELAÇÃO: EXAMINAR PRIMEIRAMENTE
- materialidade em relação ao acontecimento
- autoria (participação do agente no crime)
- Ponto de Efeito Subsidiários: 
Dosimetria da pena (Atenuantes da pena, Confissão e Idade do Agente)
Regime é adequada (existe possibilidade da substituição da pena privativa de liberdade)
EFEITO SUSPENSIVO:
EFEITO REGRESSIVO:
RESE – Art. 589, CPP
AGRAVO EM EXECUÇÃO – Art 581, CPP 
	Obs.: Os incisos XI, XII, XVII, XIX,XX, XXI, XXII, XXIII, XIV do Art. 581 do CPP, com o advento da Lei 7.210/1994 (LEP- Lei de Execução Penal), passaram a hipótese de cabimento do Agravo em Execução, previsto no Art. 197 da LEP. 
(Ou melhor, a LEP tornou esses incisos Tacitamente revogados para incidência do RESE, mas são cabíveis para o Agravo em Execução)
EFEITO EXTENSIVO: Art. 580, CPP
 PREQUESTIONAMENTO DAS MATÉRIAS DECIDIDAS: 
Toda a matéria abordada na Decisão deve ser analisada pelos Desembargadores, caso haja alguma omissão sobre determinada matéria caberá Embargos de Declaração.
RESP STJ	 Normas Legais /Jurisprudência 
		
RE STF	 Normas Constitucionais 
Ao RESP pode ser negado o seguimento para o STJ é ser resolvido pelo próprio Tribunal quando houver jurisprudência que resolva o tema questionado. Neste caso caberá somente Agravo Interno para aquele próprio Tribunal.
 FORMALIDADES
Apresentado por: 
PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO de recurso + PEÇA DE RAZÕES 
TERMO NOS AUTOS DO PROCESSO + PEÇA DE RAZÕES RECURSAIS
Oficial de Justiça, registra na intimação a vontade do acusado (normalmente preso) em RECORRER da Sentença. Assim, o seu advogado será intimado para apresentar as razões Recursais (08 dia – dias úteis para iniciar a contagem e para apresentação – Art. 600 do CPP) ou para interpor recurso cabível (Interposição + Razões Recursais no prazo de 5 dias – Art. 593, CPP)
- Requisitos de Admissibilidade
Juízo de Prelibação (avaliação dos requisitos de admissibilidade – realizado tanto pelo juízo de 1º grau, quanto do Tribunal – regra: vincula )
Juízo de Delibação (avaliação de mérito – só pode se realizado pelos Tribunais)
* Requisitos de Admissibilidade Objetivos 
	~ Cabimento
	~ Tempestividade (Art 798, CPP)
EXCLUI o 1º dia da Publicação e Inclui o último. Nos casos de feriados e final de semana, o início da contagem será o 1º dia útil subsequente ao dia o Ato (ciência inequívoca-art.231, CPC ou publicação do Ato)
Observação: Processo Eletrônico: Lei 11419/
O primeiro dia é a disponibilização, a publicação o Ato deve ser considerada o dia seguinte (funciona o mesmo qdo houver feriado ou fds), com isso o início da contagem do prazo deverá ser o dia útil subsequente da data da Publicação do Processo Eletrônico.
* Requisitos de Admissibilidade Subjetivos
	~ Legitimidade
	~ Interesse Art 386, CPP e Art 33, §4º da Lei de Drogas (minorantes)
Observação: O réu Absolvido pode ter interesse de promover recurso, principalmente nos caso de Absolvição fundada em insuficiência de provas (“com dúvidas”) e ele quer a Absolvição Sumária (“pela certeza da sua inocência”). Caso em que poderá gerar ao réu direito a ser buscado na esfera cível.
RESE – RECURSO EM SENTIDO ESTRITO:
Verbo: interpor
RESE: lembrar da regra do RRR= Recebido, Retratado e Remetido
É a medida cabível para impugnar as decisões interlocutórias desprovidas de caráter definitivo ou terminativas (uma vez que estas desafiam recurso de Apelação)
Deve ser realizado em 02 peças: o RESE (interposto e endereçado ao juízo que proferiu a Decisão – basicamente avisa que o RESE foi interposto) e as RAZÕES DO RESE (interposto no juízo que proferiu a decisão e endereçado ao Tribunal - prazo de 02 dias)
Previsões: Art. 581 do CPP ( rol taxativo)
Fundamentos: Os incisos constantes no artigo 581 do CPP são chamados de numerus clausus, pois constituem um rol taxativo, ficando claro que tão somente as hipóteses descritas nos incisos são passíveis de RESE.
Prazo: Conforme previsão do Art. 586 do CPP, a interposição do RESE deve ser feita no prazo de 05 dias e suas razões no prazo de 02 dias na forma do Art. 588 do CPP.
*Prazo: 05 dias -Art. 586, CPP
Peças de Razões do RESE – prazo de 02 dias – interposto no juízo endereçada ao Tribunal
Atenção: Incisos foram acomodados em Agravo em Execução e não se aplicam ao RESE: 
	
Dica 01: Apesar dos inícios XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII ainda se encontrarem no rol do artigo 581 do CPP, os institutos lá presentes estão consignados na Lei 7.210 – Lei de Execução Penal, e, portanto são impugnáveis pôs Agravo em Execução constante no Art. 197 da LEP.
	Dica 02: O RESE admite o juízo de retratação! Que poderá ser exercido pelo juiz no prazo de 02 dias após a resposta do recorrido (contrarrazões) ou sem ela, ou seja, ele tem a discricionariamente de voltar atrás em sua são, conforme previsto no Art. 589 do CPP.
	DICA 03: O RESE é primo do Recurso de Apelação e por este motivo é estruturado em dois momentos: peça de interposição ao juízo a quo, e as razões ao Juízo ad quem.
RESE - Art. 586 Interposição do recurso – 05 dias
	 Art. 588 Razões recursais – 02 dias contados da interposição (na OAB deve fazer os dois na prova)
O RESE ataca somente a matéria que foi objeto da decisão
Ler o Art. 581,CPP (incisos)
Cabe RESE Art 581
Da decisão de Impronuncia – apelação Art. 416,CPP / Art 593, CPP
Apelação
Apelação
Os incisos XIX, XXI,XXII,XXIII cabem Agravo “à execução” de acordo com os artigos 171 a 179 e 197 da LEP.
Ler Art 581 (RESE), Art. 593 (Apelação) e 416 do CPP
   Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa;
II - que concluir pela incompetência do juízo;
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu;
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante;            
VI - que absolver o réu, nos casos do art. 411;     (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)    
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
Art. 582 - Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, salvo nos casos dos ns. V, X e XIV.
 P. único.  O recurso, no caso do no XIV, será para o presidente do Tribunal de Apelação.
Art. 583.  Subirão nos próprios autos os recursos:
        I - quando interpostos de oficio;
        II - nos casos do art. 581, I, III, IV, VI, VIII e X;
        III - quando o recurso não prejudicar o andamento do processo.
P. único.  O recurso da pronúncia subirá em traslado, quando, havendo dois ou mais réus, qualquer deles se conformar com a decisão ou todos não tiverem sido ainda intimados da pronúncia.
Art. 584.  Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança, de concessão de livramento condicional e dos ns. XV, XVII e XXIV do art. 581.
        § 1o  Ao recurso interposto de sentença de impronúncia ou no caso do no VIII do art. 581, aplicar-se-á o disposto nos arts. 596 e 598.
        § 2o  O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o julgamento.
        § 3o  O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança suspenderá unicamente o efeitode perda da metade do seu valor.
Art. 585.  O réu não poderá recorrer da pronúncia senão depois de preso, salvo se prestar fiança, nos casos em que a lei a     admitir.
Art. 586.  O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias.
       P. único.  No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias, contado da data da publicação definitiva da lista de jurados.
Art. 587.  Quando o recurso houver de subir por instrumento, a parte indicará, no respectivo termo, ou em requerimento avulso, as peças dos autos de que pretenda traslado.
        P. único.  O traslado será extraído, conferido e concertado no prazo de cinco dias, e dele constarão sempre a decisão recorrida, a certidão de sua intimação, se por outra forma não for possível verificar-se a oportunidade do recurso, e o termo de interposição.
Art. 588.  Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia em que o escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por igual prazo.
        P. único.  Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa do defensor.
Art. 589.  Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários.
        P. único.  Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado.
Art. 590.  Quando for impossível ao escrivão extrair o traslado no prazo da lei, poderá o juiz prorrogá-lo até o dobro.
Art. 591.  Os recursos serão apresentados ao juiz ou tribunal ad quem, dentro de cinco dias da publicação da resposta do juiz a quo, ou entregues ao Correio dentro do mesmo prazo.
Art. 592.  Publicada a decisão do juiz ou do tribunal ad quem, deverão os autos ser devolvidos, dentro de cinco dias, ao juiz a quo.
APELAÇÃO :
É a medida cabível para impugnar as sentenças terminativas ou decisão que tenha tal força.
Previsão: artigo 593 do CPP
- Art. 593 Interposição do recurso – 05 dias
- Art. 600 Razões recursais – 08 dias (na OAB deve fazer os dois na prova)
A APELAÇÃO possui efeito devolutivo amplo e suspensivo (SALVO art. 596, CPP – Sentença Absolutória)
Fundamento: Os incisos constantes no artigo 593 do CPP informam que é possível a interposição do recurso de Apelação contra sentenças terminativas (condenatórias ou absolutórias) proferidas pelo juiz singular: decisões definitivas ou com tal força, proferidas por um juiz singular, que não sejam passíveis de RESE, e as decisões do Tribunal do Júri nos casos previstos no inciso III.
 
Prazo: Conforme previsão do próprio artigo 593 do CPP, a interposição do recurso de Apelação deve ser feita no prazo de 05 dias suas razões após assinado o termo o apelante e depois o apelado terá o prazo de 08 dias para apresentar suas razões, na forma do Art. 600 do CPP.
Dica 01: A Apelação tem efeito devolutivo e suspensivo, ou seja, toda a matéria é reanalisada pelo juízo ad quem.
Dica 02: é necessário sempre lembrar do princípio da proibição da reformatio in pejus (direta ou indireta), que significa que, havendo-me urso apenas da defesa, a situação do Réu não pode ser piorada pela reforma da sentença.
Dica 03: importante ressaltar que os prazos são sempre contados a partir da intimação e não da juntada do mandado aos autos. Ainda, caso haja assistente, ainda que não habilitado nos autos, este terá o prazo de 15 dias para apelar, a contar do dia em que terminar o prazo do Ministério Público (OBS.: Neste caos não haverá efeito suspensivo)
Dica 04: também existe um recurso de apelação na lei dos Juizados Especiais (L. 9099/95), que tem PRAZO DIFERENTE de 10 dias, conforme previsão do art. 82 da Lei 9099/95.
 PEGADINHA: Da decisão que rejeitar a Denúncia ou queixa no RITO COMUM cabe RESE.
		 Da decisão que rejeitar a Denúncia ou Queixa no JUIZADO cabe APELAÇÃO
Sentenças proferidas no final do processo e Fundamentos Legais ( Recurso de Apelação )
- que Condena ou Absolve Art. 593 do CPP 
- que Impronunciam ou Absolvem Sumariamente Art 416 do CPP
Prazo: 05 dias Art. 593 do CPP
Tribunal do Júri (Apelação)
Art. 593,III – no júri, quando os jurados resolvem a questão.
Nulidade Absoluta – gera presunção que o ato não deveria produzir efeito.
Nulidade Relativa – âmbito de questões de violação de norma infraconstitucional. Tem que provar que houve prejuízo para ter reconhecida a nulidade.
Nenhuma Nulidade será reconhecida se está não trouxer algum benefício para o réu.
O Efeito Devolutivo da Apelação do Tribunal do Júri deve estar totalmente fundamentada nas interposições realizados durante o Tribunal do Júri, indicando as alíneas.
Art. 593. Caberá APELAÇÃO no prazo de 5 (cinco) dias:
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; (CUIDADO! Grifar no Código)
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
§ 1º - Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.
§ 2º - Interposta a apelação com fundamento no III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se Ihe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança.
§ 3º - Se a apelação se fundar no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação.
§ 4º - Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
APELAÇÃO: Possui efeito devolutivo amplo para que toda a matéria seja analisada e julgada.
 Qdo o Acórdão for decidido pelos desembargadores (Relator, Revisor e Vogal) de forma:
	
- unânime: caberá RESP/RE (discutem violação de normas Infraconstitucionais Federais ou Constitucionais). Se houver questão omissa ou obscura, antes desses recurso caberia Embargos de Declaração. Lembrando que precisa haver todo exaurimento das discussões da matéria em âmbito local (Sumula 281 do STF), pois ainda existe os Embargos Infringentes.
	
- maioria (02 votos x 01 voto) contra o réu: caberá Embargos Infringentes.
 Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias        
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;    
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior;              
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando:         
        a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;        
        b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
      c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
        d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.      
§ 1o  Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.   
§ 2o  Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo,o tribunal ad quem, se Ihe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança.      
§ 3o  Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação
§ 4o  Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra
Art. 596. A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja posto imediatamente em liberdade.
    Parágrafo único.  A apelação não suspenderá a execução da medida de segurança aplicada provisoriamente.
Art. 597.  A apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, salvo o disposto no art. 393, a aplicação provisória de interdições de direitos e de medidas de segurança (arts. 374 e 378), e o caso de suspensão condicional de pena.
Art. 598.  Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo.
   Parágrafo único.  O prazo para interposição desse recurso será de quinze dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público.
Art. 599.  As apelações poderão ser interpostas quer em relação a todo o julgado, quer em relação a parte dele.
Art. 600.  Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será de três dias.
     § 1o  Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três dias, após o Ministério Público.
     § 2o  Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Público terá vista dos autos, no prazo do parágrafo anterior.
    § 3o  Quando forem dois ou mais os apelantes ou apelados, os prazos serão comuns.
      § 4o  Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que deseja arrazoar na superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às partes, observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial
Art. 601.  Findos os prazos para razões, os autos serão remetidos à instância superior, com as razões ou sem elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo no caso do art. 603, segunda parte, em que o prazo será de trinta dias.
     § 1º  Se houver mais de um réu, e não houverem todos sido julgados, ou não tiverem todos apelado, caberá ao apelante promover extração do traslado dos autos, o qual deverá ser remetido à instância superior no prazo de trinta dias, contado da data da entrega das últimas razões de apelação, ou do vencimento do prazo para a apresentação das do apelado.
      § 2º  As despesas do traslado correrão por conta de quem o solicitar, salvo se o pedido for de réu pobre ou do Ministério Público.
Art. 602.  Os autos serão, dentro dos prazos do artigo anterior, apresentados ao tribunal ad quem ou entregues ao Correio, sob registro.
Art. 603. A apelação subirá nos autos originais e, a não ser no Distrito Federal e nas comarcas que forem sede de Tribunal de Apelação, ficará em cartório traslado dos termos essenciais do processo referidos no art. 564, n. III.
Caso Concreto da Semana 13 - EMBARGOS INFRINGENTES
 EMBARGOS INFRINGENTES – Art. 609 do CPP.
Conceito: é o mecanismo processual cabível contra decisão colegiada proferida no âmbito do Tribunal (de Justiça ou Regional Federal), desde que alcançada por maioria, é que seja desfavorável ao réu.
Vai em busca do voto minoritário contra o réu .
Cabimento:
- Decisão contrária ao réu 
- Decisão alcançada por maioria (colegiada)
Prazo: 10 dias contados após 
Endereçamento: para o Tribunal Local
Depois do Acórdão dos Embargos Infringentes caberá RESP (STJ) / RE (STF)
 RESP (STJ – Art 105, III da CF) / RE (STF- Art 102, II da CF)
Conceito:
Cabimento:
- Contra Acórdãos decididos de forma unânime 
- A matéria tem que ser objeto de Prequestinomento (causas decididas e enfrentadas. Pode utilizar-se dos Embargos de Declaração para provocar o Tribunal a decidir sobre matéria omitida) – 211 do STJ, 282/356 do STF.
- NÃO servem para discutir FATOS/PROVAS – 07 do STJ, 279 do STF.
- A discussão deve estar em direito violado com fundamento em Normas Infraconstitucionais Federais ou Normas Constitucionais, e NÃO em Normas Locais (Estaduais e Municipais). – 280 do STF
- Exaurimento da competência local (não comporta mais recurso no âmbito local) – 281 do STF
OBSERVAÇÃO: 
Recurso Deficiente – 284 do STF
No âmbito do STF, o RE deve ser objeto de Repercussão Geral.
Prazo: 10 dias
07/06 - Av2 - Apelação ou RESE.
Apelação - sentença definitiva absolvitória ou condenatória 593cpp, sentença tribunal júri que impronunciar, absolvição sumaria- excludentes de ilicitude 416,cpp. Prazo 5 dias
Obs: proferidas ao final do processo (já houve instrução e julgamento)
Obs: fundamenta pelo 416 mas cita o prazo do 593 (5dias)
593- III- no júri, quando os jurados resolvem a questão
Nulidade absoluta- gera presunção que o ato nao deveria produzir efeito.
Nulidade relativa- âmbito de questões de violação de norma infraconstitucional. Tem que provar que houve prejuízo para ter reconhecida a nulidade.
Paz de nullite sans grief - nenhuma nulidade será reconhecida se não houver sido demonstrado o prejuízo causado.
O efeito devolutivo no tribunal do júri fica atrelado as alíneas do art.593 sobre o qual o recurso será embasado. Então pode solicitar que o recurso seja interposto no prazo de 5 dias (no caso da OAB) na pratica o recurso é interposto em 5 dias e as razoes apresentadas em 8 dias
Estudar recurso de apelação.
Interposição - juízo de primeiro grau
Verbo - interpor
Fundamentação = art. 593
Decisão de impronuncia ou absolvição sumária = art. 416 + art 593
As Razoes são endereçadas ao tribunal
•Desenvolver de maneira sucinta os fatos
•Fundamentação
•Pedido
Nomenclaturas: APELANTE e APELADO
O problema traz a tese que não foram acolhidas pelo juiz na sentença
O tribunal esta autorizado a reanalise dos fatos e das provas
Se não for decisão que coloca termo ao processo, como natureza interlocutória, estamos diante de possibilidade de interpor RESE, conforme elencado no art 581,cpp.
Art 593, II- questões que não estão atreladas a questão principal do processo. 
Ex. Incidente de restituição das coisas apreendidas- trabalha com apelação no art 593,II (chamado apelação estepe)
Art.579- fungibilidade recursal, somente em casos que haja duvida tênue entre os recursos a serem utilizados.
CASOS CONCRETOS REALIZADOS
AULA 01 – PROCURAÇÃO 
P R O C U R A Ç Ã O
Outorgante: FULANO DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº 123456-órgão emissor/UF, inscrito no CPF sob nº 000.000.000-00, cujo o endereço eletrônico é fulanodetal@yahoo.com, residente e domiciliado à Rua TAL, nº 123, bairro, cidade/UF;
Outorgado: ADVOGADO (A), brasileiro (a), inscrito (a) na OAB/UF sob nº XXX. XXX, cujo endereço eletrônico é advogado@advogadocriminal.com.br, com escritório profissional na Rua TAL, nº 123, bairro, Cidade-UF, CEP: 00.000-000, onde o (a) outorgado (a) deverá receber quaisquer correspondências e/ou notificações referentes ao presente feito.
Poderes e fins: Pelo presente instrumento particular de procuração, os outorgantes nomeiam e constituem os outorgados como seus procuradores para defender seus interesses perante o foro em geral, com a cláusula ad judicia et extra, em qualquer Juízo, instância ou Tribunal, ficando, os mesmos, investidos nos poderes para o foro em geral previsto no art. 105 CPC/2015  c/c e art. 44 do CPP, com o fim de promover representação criminal - Queixa Crime emface a BELTRANO DE TAL, noticiado no Termo Circunstanciado nº 0000/00000, pelo crime previsto no art. xxxx do Código Penal. Podendo, para tanto, usar de todos os recursos legais admitidos e acompanhando-a até decisão final. Podendo ainda, requerer revogação de prisão preventiva, relaxamento de prisão, impetrar hábeas corpus, apresentar defesa prévia, alegações finais, produzir provas e tudo o mais que for necessário ao fiel e cabal desempenho deste mandato, inclusive, substabelecer. Confere ainda ao outorgado (a) os poderes especiais para requerer, desistir, transacionar, conciliar, assinar termo de denúncia e conciliação, renunciar, desistir, transigir, em juízo ou fora dele, bem como substabelecer com ou sem reserva de poderes.
Cidade/UF, data
____________________________
Assinatura outorgante
AULA 02- QUEIXA-CRIME
Dados importantes da peça:
Data: 19/04/16
Cliente/Ofendido: Pedro, engenheiro.
Agente: Helena 
Crimes: Difamação (art. 139 do CP: 3 meses a 1 ano) fato desonroso (trabalha todo dia embriagado) e Injúria (art. 140 do CP: 01 a 06 meses) colocando a vítima em Concurso Formal(art 70, CP – única ação práticos ou 2 crimes), com causa de aumento de penal do Art. 141, inciso III do CP.(publicação em rede social)
Concurso Material: soma as penas máximas em abstrato
Concurso Formal: pena abstrata mais gravosa + 1/6 até ½
Penas do caso concreto: 1 ano 6 meses = 18 meses + 1/3 da pena (6 meses) = 2 anos
Pena máxima em abstrato
Ação Penal Privada (art 145,CP): Crimes contra honra- Calúnia art. 138, Difamação 139 e Injúria 140, CP.
Suspensão Condicional do Processo (SURSI processual): art. 89 da Lei 9099/95
Comarca: Niterói 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO ___º JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
(Espaçamento 10 linhas)
PEDRO (sobrenome), (nacionalidade...), (profissão...) engenheiro civil, (estado civil...), (RG...), (CPF...), (endereço...) da cidade de Niterói-RJ, por meio de seu advogado (endereço profissional...), (e-mail...), que a subscreve, cujo instrumento de procuração com poderes especiais segue anexo (documento 1- com base no artigo 44 do CPP), vem à presença de Vossa Excelência, oferecer QUEIXA-CRIME, com fundamento legal nos artigos 30 e 41, ambos do CPP, cominados com artigo 145 do CP, na forma do artigo 100, §2º do CP, em face de HELENA, (nacionalidade...), (profissão...), (estado civil...), (RG...), (CPF...), (endereço...) da cidade de Niterói-RJ, pelos motivos a seguir expostos:
DOS FATOS:
	Pedro, o querelante, pretendia comemorar o seu aniversário em uma famosa churrascaria de Niterói, juntamente com seus familiares e amigos, no dia 19/04/2016. Sendo assim, optou por enviar os convites, para todos os seus contatos, por meio de uma postagem no seu perfil pessoal de uma rede social.
	Ocorre que Helena, a querelada, ex-namorada e vizinha do querelante, por ainda pertencer ao grupo de amigos adicionados nesta rede social, tomou conhecimento da publicação comemorativa de aniversário.
	A partir desse momento, por meio do seu computador instalado em sua residência, por motivos desconhecidos, mas com a intenção de denegrir o ex-namorado e de prejudicá-lo profissionalmente, Helena publicou no perfil do próprio querelante as seguintes mensagens: “ não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha!”; “ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas de Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!” (Grifo)
	Pedro e seus amigos Marcos, Miguel e Manuel estavam conectados à rede social e, imediatamente, visualizaram os comentários da querelada, por meio do tablet, trazendo enorme abalo emocional ao querelante, fazendo com que este cancelasse a festa de aniversário.
Devido ao enorme dano à sua honra, o querelante instaurou inquérito policial para maiores averiguações.
DO DIREITO
	
O Código Penal brasileiro dispõe no caput do seu artigo. 139º, o crime de difamação: “Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo a sua reputação”, prevendo para este delito penal uma Sanção de detenção, de 3 (três) meses a 1 ano, e multa.”
O mesmo Código Penal também tipifica, no seu Art. 140, o ato de “Injuriar alguém, ofendendo lhe a dignidade ou o decoro” com “Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.”
Tais dispositivos possuem por objeto a tutela da honra da pessoa. 
A difamação atinge a honra objetiva da vítima, maculando a sua “fama” perante terceiros, mesmo que o fato ofensivo imputado não tenha caráter criminoso. Em tese, o crime fica caracterizado no momento em que a querelante diz que se ex-namorado “trabalha todo dia embriagado”, que “estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”
A injúria tutela a honra, no seu aspecto subjetivo, ou seja, o prestígio que tem de si mesma, a autoestima da vítima, que são atingidos por insultos (palavras ofensivas com conteúdos negativos sobre a sua vítima). Neste contexto, a norma repreende o ato que resulta na simples ofensa contra a dignidade ou o decoro. Retornando a análise do fato em tela, em tese, o crime se caracteriza no momento em que a injuriante diz que “Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha!”
Por serem crimes formais, o crime de difamação se consuma no momento em que terceiro conhece a imputação desonrosa, independentemente do dano causado à refutação do imputado; enquanto o crime de injúria se consuma no momento em que a vítima toma conhecimento do fato injuriante.
A conduta da querelada demonstra o evidente dolo específico em difamar e injuriar o ex-namorado, restando caracterizado o animus diffamandi e o animus injuriandi. 
O Código Penal dispõe ainda, em seu artigo 141, inciso III, causa de aumento de pena, de 1/3 (um terço), se os crimes contra a honra forem cometidos por meio que facilitem a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
Por constituírem crimes de pequeno potencial ofensivo, ou seja, crimes em que as penas máximas, em abstrato, não ultrapassam 2 (dois) anos, estabelece-se, assim, o Juizado Especial Criminal competente para julgar esta ação, conforme disposto no artigo 61 da Lei 9099/95.
Cabe ainda ressaltar que, em conformidade ao artigo 145 do Código Penal, este tipo penal somente se procede mediante Ação Penal Privada, eis o porquê do oferecimento da presente Queixa-Crime, respeitando o prazo decadencial de 6 meses para apresentá-la.
Com efeito, a querelada praticou o crime de difamação, tipificado no artigo 139, assim como também o crime de injúria, tipificado no artigo 140, incidindo ainda, a causa de aumento de pena, prevista no artigo 141, inciso III do Código Penal. Deve-se constar ainda que a querelante deve ser condenada nos termos do artigo 70 do Código Penal, Concurso Formal, eis que com uma única conduta violou dois dispositivos penais incriminadores.
DO PEDIDO
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência, após a manifestação do Ministério Público, que seja recebida a presente Queixa-Crime, com a consequente condenação da querelada nas penas dos artigos 139 e 140 c/c artigo 141, inciso III, na forma do artigo 70, todos do Código Penal Brasileiro.
Requer ainda a citação da querelada, para que venha se defender no processo e ao final a sua condenação ao pagamento de custas e despesas do processo.
Protesta ainda pela oitiva da prova testemunhal, cujo rol segue abaixo e a produção de todas as provas admitidas em direito.
Por fim requer a fixação de valor mínimo a título de indenização por danos morais, nos termos do artigo 387, IV do Código de Processo Penal. Bem como, a intimação do Membro do Ministério Público para acompanhar o trâmite processual, na qualidade de Custus Legis. 
O querelante adianta não ter interesse em conceder a querelada o benefícioda suspensão condicional do processo, por entender que tal medida não será suficiente para impedir que ela repita a conduta delitiva em outras oportunidades. (art. 89, da Lei 9099/95 c/c art. 77, inciso II, do CP).
Termos em que, 
Pede deferimento.
Niterói, 18 de outubro de 2016.
_____________________________________
Nome do Advogado
(OAB ___)
_____________________________________
PEDRO
(CPF ___)
ROL DE TESTEMUNHAS 
1. MARCOS – (RG, CPF, ENDEREÇO);
2. MIGUEL – (RG, CPF, ENDEREÇO);
3. MANUEL – (RG, CPF, ENDEREÇO).
SEMANA 03 - RESPOSTA À ACUSAÇÃO (por ser peça privativa do Advogado) 			 
Não será o HC, pois esta peça pode ser produzida por qualquer pessoa, não sendo privativa do advogado
Peça: Resposta à Acusação 
Endereçamento: ao Juízo que o processo está ocorrendo, mesmo que este seja incompetente (neste caso, dentro da peça, deve-se combater a incompetência do Juízo)
Qualificação: menção de que as partes já estão qualificadas nos autos (acrescentando qualificações faltantes) e no caso da OAB fazê-la conforme os dados informados.
Fato: Resumir o fato criminoso
Fundamentação: Art. 396 do CPP e Art. 396-A do CPP 
Combater a decadência e prescrição (prejudiciais) e preliminares (formalidade processual)
Indicação útil das provas (pena de preclusão da produção de provas)
Exceção processual [competência do juízo, condições da ação (interesse jurídico, parte legítima legitimidade, justa causa, pedido possível nesta fase), litispendência, pressuposto de existência (parte capaz, ...) ]
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ... DO ESTADO XXX
Processo criminal nº ...
MATHEUS, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado regularmente constituído, conforme procuração anexo, vem respeitosamente a presença de V. Exª, no prazo legal oferecer:
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Com fundamento no art. 396 e 396-A CPP, pelos fatos abaixo expostos:
DOS FATOS
O acusado foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 217-A, §1º, c/c art.234-A, III, todos do Código Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade.
Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: “No mês de agosto de 2010, em dia não determinado, o réu dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com a Maísa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.”
Ocorre que o acusado não sabia que a vítima era deficiente mental, que já a namorava havia algum tempo, que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas.
Insta salientar que nem a vítima nem a família dela quiseram dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria.
Por fim, o acusado informa que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima.
DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
Trata-se a hipótese de atipicidade em razão inequívoca de ausência de dolo do agente.
O acusado atuou em erro de tipo por ter uma falsa percepção da realidade, uma vez que não tinha consciência e vontade de praticar todos os elementos do tipo penal.
Não sabia e nem tinha como saber que tratava-se de pessoa portadora de doença mental e que tal doença lhe retirava tal capacidade de discernimento.
Cuida-se, portanto, de evidente situação de absolvição sumária, uma vez que o fato narrado não constitui crime.
DO PEDIDO
Ante o exposto, requer que seja anulado ab initio o processo nos termos do artigo 564, II, do CPP ou, caso não seja este o entendimento, que seja absolvido sumariamente nos termos do artigo 397, III, do Código de Processo Penal. 
Na remota hipótese de não serem acolhidos os pedidos anteriores, requer-se a juntada de documentos e a intimação das testemunhas abaixo arroladas para a audiência de instrução, debates e julgamento.
ROL DE TESTEMUNHAS 
1. ALDA – (RG, CPF, ENDEREÇO);
2. OLINDA – (RG, CPF, ENDEREÇO);
Termos em que, 
Pede deferimento.
Cidade/UF, 02 de março de 2016.
_____________________________________
Nome do Advogado
(OAB ___)
_____________________________________
MATHEUS 
(CPF ___)
DATA: 06/03/18 e 09/03/18
Aula Extra
EXAME 20 da OAB-ES
XVII EXAME da OAB-ES
Agente: Daniel (DN: 02/04/1990) Manos de 20 anos (contado pela metade) 
Momento da denúncia(02/01/2010) e o seu recebimento(18/03/19), intimação (17/07/15)
Entre o recebimento da denúncia e a publicação da Sentença teria mais de 04 anos...e neste caso, a prescrição contará pela metade, uma vez que o acudo tinha menos de 20 anos ao tempo da pratica do fato.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS-SC
Processo criminal nº XXX. (10 linhas)
DANIEL XXX, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, dentro do prazo legal, por intermédio do seu advogado regularmente constituído, conforme procuração anexo, apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS,
com fundamento no artigo 403,§3° do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I- DOS FATOS
	Segundo a denúncia, no dia 02 e janeiro de 2010, o acusado teria subtraído o automóvel pertencente aos patrões de sua genitora. Ainda nos termos da peça de ingresso, o processado teria retirado o carro com o intuito de fazer um passeio pelo quarteirão com sua namorada, contudo após a utilização do bem ele teria devolvido o carro nas mesmas condições que se encontrava, tendo inclusive enchido o tanque do veículo e guardado no mesmo local.
	O Ministério Público, em memoriais, requereu a condenação de Daniel nos termos da denúncia, pela pratica do crime previsto no artigo 155 do Código Penal.
	
II- DO DIREITO
II.1- DA PREJUDICIAL DE MÉRITO – PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA
Art. 107, IV, CP
Art. 109, IV, CP c/c Art. 115, CP
II.2- DO MÉRITO 
	Entretanto, como vemos a seguir, o entendimento da acusação não encontra respaldo legal, não sendo possível, portanto, a condenação do acusado nos termos da denúncia.
Preliminar – Atipicidade
De acordo com o artigo ____ do 
II.3- DA APLICAÇÃO EVENTUAL DE PENA 
CASO CONCRETO – SEMANA 10
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRIBUNAL DO JUDÁ COMARCA DE ...
JERUSA, devidamente qualificada nos autos da Ação nº..., que lhe move o Ministério Público, vem, através de seu advogado ao final assinado, respeitosamente à presença de Vossa Excelência INTERPOR 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Com fundamento no artigo 581,IV do Código de Processo Penal.
	Requer seja o presente recurso recebido é processado, bem como requer que Vossa Excelência exerça o juízo de retratação previsto no Art. 588 do Código de Processo penal, reformando a decisão que pronunciou a acusada. Contudo, caso seja mantida a decisão ora atacada, seja o presente recurso remetido com as razões anexas ao Egrégio Tribunal da Justiça com as formalidades de estilo.
	Nestes Termos,
	Pede deferimento.
						Local, 09/08/2016
							ADVOGADO
							OAB-UF
RAZÕES AO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Recorrente: Jerusa
Recorrido: Ministério Público Estadual
Ação Penal nº ...
		Egrégio Tribunal de JustiçaComenda Câmara 
		Doutos Desembargadores
	Em que pese o notório saber jurídico do ilustre Magistrado a quo, a r. decisão de pronúncia merece forma pelas razões de fato é de direito que passa a expor:
	
DOS FATOS:
O Ministério Público ofereceu denúncia em face da acusada pela suposta pratica do crime de homicídio doloso, tipificado no Art. 121 do CP, com fundamento no fato de que está ao ultrapassar veículo automotor em via de mão dupla, deixou de sinalizar com a seta luminosa, vindo a atingir Diogo, motociclista, que em alta velocidade conduzia sua moto em sentido oposto, vindo a falecer mesmo após a presteza do socorro diligenciado pela acusada.
Diante da denúncia, e após regular instrução, o Douto Magistrado a quo proferiu decisão pronunciando a acusada que, data vênia, deve ser reformada pelos fundamentos descritos a seguir.
DO DIREITO:
A acusada foi denunciada pelo órgão ministerial com fulcro no Art. 121 do CP em sua forma dolorosa, pois teria atropelado um motociclista que estava na contramão, e o motivo seria a não sinalização através da seta luminosa.
No entanto, em análise dos autos observa-se que a acusada não teve dolo em sua conduta, uma vez que além de diligenciar socorro à vítima, o acidente ocorreu por imprudência do motociclista que estava em alta velocidade, não sendo o fato previsível para a recorrente ou não tendo assumido o risco para a sua ocorrência, ficando claro que sua conduta se amolda ao crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, tipificado no Art. 302 do CTB, razão pela qual se faz indispensável à desclassificação da conduta criminosa.
Nesta mesma esteira, não se verifica ainda o dolo em sua conduta, pois para que se admita a configuração do dolo eventual é exigido além da previsão do resultado, que o agente assuma o risco de ocorrência do mesmo, consoante Art. 18, I, parte final do CP, que adotou a teoria do consentimento, noa encontrando tal hipótese, contudo, suporte fáticos nestes autos.
Sendo assim, deve haver a desclassificação do crime conforme acima fundamentado, com a devida remessa dos autos ao juízo competente na forma do art. 419 do CPP, visto que o Tribunal do Júri não é apto para julgar o crime de homicídio culposo em observância do disposto no artigo 74,§1º do mesmo diploma legal.
DOS PEDIDOS:
Ante o exposto requer seja o presente recurso CONHECIDO e PROVIDO, desclassificando o crime de homicídio doloso previsto no art. 121 do CP, imputado à recorrente, para o crime de homicídio culposo previsto no art. 302 do CTB, com a consequente REMESSA dos autos ao juiz competente da Vara Criminal, com o devido processamento e julgamento do feito nos termos do artigo 419 c/c 74,§1º ambos do CPP.
Nestes termos, 
Pede deferimento,
						Local, 09/08/2016
						ADVOGADO
						 OAB-UF
CASO CONCRETO – SEMANA 11
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DO MUNICÍPIO X
BRAD NORONHA, devidamente qualificado nos autos de Ação Penal nº ..., que lhe move o Ministério Público, através de seu advogado ao final assinado, inconformado com a r. Sentença Penal Condenatória, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência INTERPOR tempestivamente
RECURSO DE APELAÇÃO 
Com fundamento no artigo 593, I do Código de Processo Penal.
Requer que o presente recurso seja recebido e processado, com a devida remessa das razões anexas ao Egrégio Tribunal de Justiça.
	Nestes Termos,
Pede deferimento.
Local, 25/03/2017
ADVOGADO
 OAB/UF
RAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO 
Recorrente: Brad Noronha
Recorrido: Ministério Público Estadual
Ação Penal Nº ...
		Egrégio Tribunal de Justiça 
		Colenda Câmara 
		Douto representante do Ministério Público 
	Em que pese o notório saber jurídico do ilustre Magistrado a quo, a r. sentença condenatória merece reforma pelas razões de fato é de direito que passa a expor:
DOS FATOS:
O Apelante foi condenado como incurso nas penas do artigo 157, §2º, I do Código Penal (roubo majorado pelo emprego de arma de fogo), à uma pena de reclusão de 10 (dez) anos e 6 (seis) meses, a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.
Conforme descrito nos autos, o recorrente, durante o inquérito policial teria sido reconhecido pela vítima, por meio de um procedimento de reconhecimento visual, através de um pequeno orifício da sala onde se encontrava o apelante. Ainda durante a Instrução Criminal, a vítima não confirmou ter escutado disparos de arma de fogo, tampouco as testemunhas ouvidas confirmaram os tiros, embora afirmassem que o acusado portava uma arma.
No entanto, a arma supracitada não foi apreendida e não houve qualquer perícia. Ouvidos em juízo, os policiais afirmaram que ao ouvirem grito de “pega ladrão”, perseguiram o acusado.
Durante o interrogatório o acusado, ora apelante, exerceu o seu direito ao silêncio, tendo o juízo a quo, considerado para fins de condenação e fixação de pena tão somente o depoimento das testemunhas e o reconhecimento feito pela vítima em sede policial.
Diante da denúncia, e após a instrução, o Douto Magistrado a quo proferiu decisão sentença em desfavor do acusado que, data vênia, deve ser reformada pelos fundamentos descritos a seguir.
PRELIMINARMENTE – NULIDADE DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS
Consta dos autos que o apelante foi reconhecido em sede policial por meio do procedimento do reconhecimento de pessoas constante no Art. 226, II do CPP.
O Art. 226, III do CPP, prevê que a pessoa a ser reconhecida deverá ser colocada, se possível ao lado de pessoas que com ela tiverem alguma semelhança, convidando quem tiver que fazer o reconhecimento a apontá-la.
No entanto, observa-se que o procedimento foi completamente equivocado, posto que a vítima reconheceu o acusado at aves de um pequeno orifício na porta da sala, onde se encontrava somente o réu.
Sendo assim, imprescindível se faz o reconhecimento da nulidade processual, com fundamento no Art. 564, IV do CPP, pois houve omissão de formalidade que constitui elemento essencial do ato.
DO MÉRITO:
Evidentemente, pelo que consta dos autos, merece o Apelante ser absolvido da imputação que lhe é feita através da denúncia, pois não há qualquer prova de ter o acusado, ora Apelante, concorrido para a pratica do crime de roubo, eis que não comprovada a autoria.
Concretamente o que existe nos autos não serve para apontar autoria. A vítima reconheceu o recorrente em procedimento totalmente impróprio é inadequado, já que “espiou” por pequeno orifício de porta em direção à sala onde se encontrava o réu. Assim procedendo, não observou a autoridade as condições impostas pela legislação penal para o reconhecimento de pessoas, expressamente dispostas no artigo 226, II do CPP. Assim, procedendo, incorreu, inclusive, em prova ilícita, contrariando, também o contido no artigo 157 do CPP.
Frisa-se também, que a coleta da prova, irregular e ilícita, foi feita em sede policial, não tendo sido judicializada e, por isso mesmo, imprestável para sustentar a condenação do apelante. Em sede judicial, o Recorrente utilizou seu direito constitucional de permanecer em silêncio.
Além disso, há apontada nulidade, conforme explicitado em preliminar, já que o acusado deveria ter sido colocado em sala própria, ao lado de outras pessoas, a fim de que pudesse ser, verdadeiramente, identificado pela vítima.
Posto isto, não há como se sustentar que esteja provada a autoria, impondo-se, não reconhecida a nulidade, a absolvição, por ausência de prova da autoria.
Alternativamente, há de se apontar para a ausência de comprovação da utilização de arma se hipótese, e por mera argumentação, aceitar que o agente tenha sido o autor do delito.
Pois bem, a arma não foi apreendida e , se ela existisse, deveria ter sido alcançada posto que os policiais afirmam ter sido a mesma jogada em um córrego. Embora a afirmação proferida, não houve qualquer empenho na busca da suposta arma. Assim, apenas para argumentar, caso tivesse sido o agente autor de algumdelito, esse não poderia ser de roubo majorado pelo emprego da arma. Não poderia, sequer, ser considerado crime de roubo, eis que não há prova, nos autos, do emprego de violência ou grave ameaça contra pessoa. Assim, se alguma condenação deva pesar sobre o ora apelante, essa deverá se constituir pela pratica de furto, mas não de roubo, sendo imprescindível sua desclassificação, bem como aplicação da pena base no mínimo legal.
DOS PEDIDOS:
Ante de todo o exposto requer a reforma da decisão proferida pelo MM. Juiz a quo para decretar a absolvição do Apelante como fulcro no ártico 386, V do CPP, uma vez que não está provada que tenha o acusado concorrido para a pratica de infração penal.
No caso de não ser deletada a absolvição, seja declarada nula a decisão condenatória, eis que não comprovadas as condições impostas para o reconhecimento de pessoas, existindo omissão quanto a formalidade essencial do ato, de acordo com o previsto no artigo 226, II do CPP e artigo 564,IV do mesmo diploma legal.
Ainda, não havendo convencimento quanto à absolvição ou à nulidade, seja o acusado, ora apelante, beneficiado pelo Princípio do in dúbio pro reo, a fim de vê-lo, no máximo condenado por crime de furto.
Nestes termos,
Pede deferimento, 
Local, 25/03/18
ADVOGADO
OAB/ UF

Outros materiais

Outros materiais