Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
YAN OLIVEIRA CABRAL MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA E GEOTÉCNICA PALMAS 2013 YAN OLIVEIRA CABRAL MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA E GEOTÉCNICA Trabalho apresentado como requisito parcial de nota para a componente curricular de Geologia Aplicada a Obras Civis, turma 0535, do curso de bacharelado em Engenharia Civil do Centro Universitário Luterano de Palmas sob orientação da Profª Roberta Mara de Oliveira. PALMAS 2013 A informação solicitada nem sempre é a informação necessária. A informação necessária nem sempre pode ser obtida. A informação obtida nem sempre é suficiente. A informação suficiente nem sempre é economicamente viável. (FERNANDO SCHNAID, 2000) LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Instrumentos para o sensoriamento remoto ...................................... 8 Figura 2 - Sensoriamento Remoto - Lago UHE Lajeado .................................... 8 Figura 3 – Fotografias aéreas do solo ................................................................ 9 Figura 4 – Relação entre relevo e permeabilidade ........................................... 10 Figura 5 – Sistemas de drenagem ................................................................... 10 Figura 6 – Formas de erosão ........................................................................... 11 Figura 7 – Vegetação em uma área de Palmas – TO ...................................... 11 Figura 8 – Tonalidades de um ambiente geológico .......................................... 12 Figura 9 – Localização dos furos no terreno .................................................... 14 Figura 10 – Planta de localização dos furos de sondagem .............................. 14 Figura 11 – Gráfico para estimativa da profundidade ....................................... 15 Figura 12 – Tipos comuns de trado .................................................................. 16 Figura 13 – Equipamentos que compões o SPT .............................................. 17 Figura 14 – Execução do SPT .......................................................................... 18 Figura 15 – Amostrador .................................................................................... 19 Figura 16 – Amostras de solo ........................................................................... 20 Figura 17 – Modelo de laudo de sondagem 1 .................................................. 21 Figura 18 – Modelo de laudo de sondagem 2 .................................................. 22 Figura 19 – Modelo de laudo de sondagem 3 .................................................. 23 Figura 20 – Componentes do equipamento de sondagem rotativa .................. 25 Figura 21 – Execução de sondagem rotativa ................................................... 26 Figura 22 – Representação esquemática da sonda de piezocone ................... 28 Figura 23 – Obra do Metrô do Rio de Janeiro .................................................. 32 Figura 24 – Auditório Ibirapuera ....................................................................... 33 Figura 25 – Assembleia Legislativa de São Paulo ........................................... 33 Figura 26 – Trecho de rodovia em Juiz de Fora ............................................... 34 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Número mínimo de furos para sondagem ...................................... 13 Tabela 2 – Relação entre compacidade das areias e o número de golpes ...... 23 Tabela 3 – Relação entre consistência das argilas e o número de golpes ....... 24 Tabela 4 – Custos de sondagem. ..................................................................... 30 Tabela 5 – Composição unitária dos serviços de sondagem ........................... 31 Tabela 6 – Custo de Serviços de Sondagem ................................................... 32 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6 1 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA ................................. 7 1.1 MÉTODOS INDIRETOS .................................................................... 7 1.1.1 Sensoriamento Remoto ..................................................................... 7 1.1.2 Aerofotogeologia ............................................................................... 8 1.1.3 Elementos analisados ....................................................................... 9 1.1.3.1 Formas de relevo ............................................................................... 9 1.1.3.2 Sistemas de drenagem .................................................................... 10 1.1.3.3 Formas de erosão ........................................................................... 11 1.1.3.4 Vegetação ....................................................................................... 11 1.1.3.5 Tonalidades ..................................................................................... 12 1.2 MÉTODOS DIRETOS ..................................................................... 12 1.2.1 Sondagem ....................................................................................... 13 1.2.2 Locação dos furos de sondagem ..................................................... 14 1.2.3 Métodos de Investigação Manuais .................................................. 16 1.2.3.1 Poços e trincheiras de Inspeção ...................................................... 16 1.2.3.2 Sondagem a Trado .......................................................................... 16 1.2.4 Sondagem a percussão – SPT ........................................................ 17 1.2.4.1 Encerramento da Sondagem ........................................................... 19 1.2.4.2 Amostragem .................................................................................... 19 1.2.4.3 Resultados....................................................................................... 20 1.2.5 Sondagens rotativas ........................................................................ 24 1.2.6 Sondagens mistas ........................................................................... 26 1.2.7 Ensaios de Piezocone ..................................................................... 27 1.3 MÉTODOS GEOFÍSICOS ............................................................... 28 1.3.1 Métodos sísmicos ............................................................................ 28 1.3.2 Métodos geoelétricos ...................................................................... 29 2 CUSTOS DE SONDAGEM .............................................................. 29 3 EXEMPLO DE OBRAS .................................................................... 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 35 6 INTRODUÇÃO O uso do solo para atividade humana seja na agricultura, engenharia civil, mineração ou em qualquer outra esfera científica não pode ser realizado basicamente por meios empíricos, mais que isso é preciso conhecer a fundo as características da superfície e subsuperfície terrestre a fim de tornar viável e correto todos os procedimentos a se realizarem sob esobre ela. Essa necessidade, que por muito tempo era apenas curiosidade, ajudou e impulsionou o homem a criar técnicas e metodologias que possibilitassem a compreensão dos fenômenos geológicos de formação e composição da crosta terrestre. Esses artifícios de investigação desenvolveram-se ao longo dos anos e chegaram hoje aos chamados métodos de investigação geológica que consistem em técnicas mais avançadas de reconhecimento do solo. Tais procedimentos permitem ao geólogo e aos profissionais correlacionados a esta área avaliar o corpo espacialmente delimitado presentes em função de dados existentes de reconhecimento geológico e outros métodos de contato direto com o maciço de terra. Tendo em mãos o conhecimento das características físicas, químicas e biologias a respeito da crosta terrestre torna- se possível o desenvolvimento de tecnologias apropriadas para cada tipo de solo a fim de utilizá-los corretamente para atividade humana. Este trabalho trará nas páginas seguintes um breve referencial dos métodos de investigação utilizados atualmente, bem como a descrição dos mesmos e algumas analogias quanto ao seu emprego na engenharia civil em especial. 7 1 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA Os métodos de investigação geológica consistem em procedimentos que visam decifrar as características principais do solo quanto aos parâmetros físicos, químicos e biológicos para dessa forma possibilitar o seu uso e ocupação. Basicamente o estudo da crosta através de determinadas metodologias objetiva-se a delimitar espacialmente os corpos terrestres e determinar suas características e propriedades geomecânicas através de um conjunto de processos de investigação aplicado num local para o conhecimento das unidades geológicas. A geologia divide os métodos de investigação geológica em dois tipos: direto e indireto. Ambos são aplicáveis na verificação da superfície e subsuperfície. 1.1 MÉTODOS INDIRETOS São métodos que não permitem o acesso ao material investigado, seja “in situ” ou em amostras, utilizando-se de meios indiretos para a delimitação e caracterização da unidade geológica. Como já dito não há contato com o solo. Nesse método o solo é analisado visualmente através de imagens por sensoriamento remoto e fotos aéreas. 1.1.1 Sensoriamento Remoto O sensoriamento remoto resume-se as imagens obtidas por satélites e por operações com radar executadas pelo exército. Na definição de Avery e Berlin (1992) e Menezes (2001) é uma técnica para obter informações sobre objetos através de dados coletados por instrumentos que não estejam em contato físico como os objetos investigados. Enfim o sensoriamento remoto é o conjunto de técnicas que possibilita a obtenção de informações sobre alvos na superfície terrestre, através do registro da interação da radiação eletromagnética com a superfície, realizado por sensores distantes, ou 8 remotos. Geralmente estes sensores estão presentes em plataformas orbitais ou satélites (ver figura 1). A NASA é uma das maiores captadoras de imagens recebidas por seus satélites. No Brasil, o principal órgão que atua nesta área é o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE. A figura 2 traz uma imagem obtida por sensoriamento remoto do lago formado no rio Tocantins na região de Palmas. Figura 1 – Instrumentos para o sensoriamento remoto Fonte: SERAFIM e SOUSA,2011 Figura 2 - Sensoriamento Remoto - Lago UHE Lajeado Fonte: LABGEO, 2010 1.1.2 Aerofotogeologia Consiste no estudo geológico e geotécnico da superfície do terreno por meio de fotografias aéreas. São utilizados aviões portando câmeras especiais que registram, por meio de fotografias, o relevo visto do espaço aéreo (ver figura 3). Este método delimita as ocorrências de tipo de solo, rochas e estruturas baseados na vegetação, hidrografia e relevo. É indispensável no estudo geológico de campo a fim de coletar amostras e delimitar os tipos de solos e rochas mapeados nas fotografias aéreas e ainda avaliar a presença de falhas e dobras. 9 Figura 3 – Fotografias aéreas do solo Fonte: UFRGS, 2006 É muito utilizado quando se deseja elaborar projetos de rodovias, ferrovias, barragens, depósitos de empréstimo de material, loteamentos, depósitos de água, delimitação de bacias hidrográficas e planícies de inundação. 1.1.3 Elementos analisados Dentre as informações analisadas nos métodos indiretos, são ponderadas principalmente as formas de relevo, os sistemas naturais de drenagem, as formas de erosão do solo, a vegetação existente e as tonalidades obtidas nas imagens. 1.1.3.1 Formas de relevo Em fotos aéreas o relevo não pode ser caracterizado de imediato por se tratar de uma imagem plana tirada de um ponto perpendicular em relação ao solo, mas analisando os contornos gerados na imagem e as sombras das árvores e mais ainda do próprio relevo é possível identificar e caracterizar esses elementos. Lembrando que neste caso também são utilizadas imagens obtidas a partir de outro ângulo para se ter maiores informações a respeito. Em resumo a forma do relevo indicará a permeabilidade do solo, já que a ação da água sobre o maciço de terra é um agente de intemperismo e dependendo do quanto penetra ou não no solo “definirá” a forma dos relevos (ver figura 4). Os solos permeáveis e porosos possuem pouca água de enxurrada fazendo com que haja a formação de taludes mais inclinados. Já nos 10 solos impermeáveis ocorre o contrário, como há acúmulo de água em sua superfície ocorrem as enxurradas e estas provocam erosões e taludes suaves. Figura 4 – Relação entre relevo e permeabilidade Fonte: ZÌNGANO, 2006 1.1.3.2 Sistemas de drenagem Os sistemas de drenagem são compostos pelos canais de erosão, arroios e rios. Existe uma forte relação entre este sistema e o tipo de rocha. A concentração de muitos cursos de água indicam solos úmidos, o alinhamento deles ou mudança brusca de direção da drenagem indicam a presença de falhas, etc. Os sistemas mais comuns de drenagem (ver figura 5) são os dentríticos que ocorrem em solos homogêneos; os retangulares; os paralelos que indicam a presença de plano de fraquezas das rochas e falhas geológicas; e os radiais e anelares que ocorrem em regiões montanhosas. a) Sistema dentrítico c) Sistema retangular b) Sistema paralelo d) Sistema radial e) Sistema anelar Figura 5 – Sistemas de drenagem Fonte: Google Earth, ZÌNGANO,2006 11 1.1.3.3 Formas de erosão Os sistemas de erosão determinarão se os solos são argilosos ou arenosos de acordo a forma da erosão que pode ser basicamente em U e V no sentido longitudinal e transversal. A primeira configuração indica solos argilosos e a segunda implica na presença de solos arenosos. Veja a imagem a seguir. a) Erosão em forma de V – Solos arenosos b) Erosão em forma de U – Solos argilosos Figura 6 – Formas de erosão Fonte: www.sos-itacare.org, 2012 1.1.3.4 Vegetação A vegetação também é um fator importante no método de investigação indireta porque dá indícios da profundidade do lençol freático e, para o caso da agricultura, indica se um solo é fértil ou não. Figura 7 – Vegetação em uma área de Palmas – TO Fonte: Google Earth, 2013. Nas analises das imagens aéreas a vegetação pode ser densa, apontado que há presença de solos argilosos e/ou lençol freático superficial; 12 rala, advertindo sobre a existênciade solos arenosos e/ou lençol freático profundo; e desmatada, que nesse caso pode ser difícil identificar o solo (ver figura 7). 1.1.3.5 Tonalidades As tonalidades do ambiente na imagem podem ser claras ou escuras, como mostra a figura 8, e indicam respectivamente solos arenosos e lençol freático profundo, solos argilosos e lençol freático raso. Elas podem revelar ainda os níveis de enchentes devido a cor escura das argilas depositadas nas planícies de inundação. Figura 8 – Tonalidades de um ambiente geológico Fonte: UFRGS, 2006 1.2 MÉTODOS DIRETOS Os processos de investigação das camadas de solo por meio direto é aquele em que há contato com o material investigado, seja “in situ” ou através da coleta de amostras que variam de quantidade de acordo com os dados que se deseja obter. A investigação por este método, chamada de sondagem, é realizada por instrumentos manuais ou mecânicos de percussão e rotação. Objetiva-se basicamente a determinar a extensão, profundidade e espessuras das camadas do subsolo até a cota desejada e deste solo abstrair informações a cerca das características deste material, tais como compacidade ou consistência, cor e outras características perceptíveis e as propriedades mecânicas e hidráulicas; profundidade do nível do lençol freático; e 13 informações sobre a profundidade da superfície rochosa bem como sua classificação, estado de alteração e variações. 1.2.1 Sondagem Sondagem é o termo utilizado para as investigações geológicas concretizadas através do contato direto com o solo. Para realizá-la é preciso saber de antemão qual o tipo de estrutura a ser executada no local. Quanto a estas, costuma-se dividi-las em três categorias: 1. Estruturas de interação com o solo adjacente: túneis, condutos enterrados e muros de arrimo; 2. Estruturas que, além da interação citada anteriormente, necessitam das propriedades dos materiais utilizados para sua execução: aterros rodoviários, barragens de terra e enrocamento etc.; 3. Estruturas naturais de solo: taludes, encostas naturais etc.; Dessa divisão é possível determinar o número de sondagens a ser realizado. Este quantitativo é mensurado de acordo a tipologia da estrutura e do solo de forma que seja suficiente para fornecer um quadro da variação das camadas do subsolo estudado. A NBR 8036/83 – Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios – dispõe o número de furos tal qual a área de projeção da construção de acordo a tabela 1, abaixo. Tabela 1 – Número mínimo de furos para sondagem Área de projeção da construção (m²) Número mínimo de furos ˂ 200 2 200 a 600 3 600 a 800 4 800 a 1000 5 1000 a 1200 6 1200 a 1600 7 1600 a 2000 8 2000 a 2400 9 ˃ 2400 A critério Fonte: OLIVEIRA, 2013 14 1.2.2 Locação dos furos de sondagem Os pontos de acesso ao solo são significativamente importantes para obter-se uma sondagem mais precisa quanto ao efeito da estrutura sobre o solo. Dessa maneira os furos devem cobrir toda a área carregada com uma distancia entre si de no mínimo 30 metros e indicar os pontos de referencia do terreno, conforme mostra as figura 9 e 10, respectivamente, a seguir. Figura 9 – Localização dos furos no terreno Fonte: OLIVEIRA, 2013. Figura 10 – Planta de localização dos furos de sondagem Fonte: BRASECOL 15 Observe na imagem que para o terreno ter uma área carregada, os furos devem estar distribuídos na diagonal. Se eles estiverem alinhados vertical ou horizontalmente o solo pode não ser corretamente caracterizado na sondagem. Quanto à sua profundidade a NBR 8036 menciona que devem estacionar onde o solo não seja significativamente solicitado pelas cargas estruturais, tendo como critério a profundidade onde o acréscimo de pressão no solo seja menor que 10% da pressão geostática efetiva, estabelecendo como guia para esta estimativa a figura 11. Figura 11 – Gráfico para estimativa da profundidade Fonte: ABNT-NBR 8036/83 Em suma os furos de sondagem devem localizar-se nos pontos onde serão feitas as fundações e percorrerem uma profundidade acordada às especificidades da estrutura, bem como dimensões em planta e forma da área carregada e das condições geotécnicas e topográficas do terreno. O resultado da sondagem determinará o tipo de fundação para a estrutura a ser realizada. 16 1.2.3 Métodos de Investigação Manuais Consistem em métodos realizados manualmente. Este modelo é utilizado principalmente quando se deseja retirar amostras indeformadas de solo, mas também para aberturas de valas, poços e trincheiras. As ferramentas comumente utilizadas são as cavadeiras, pás e enxadas. 1.2.3.1 Poços e trincheiras de Inspeção Tanto os poços quanto as trincheiras podem ser feitos mecânica e manualmente. Os poços têm, em geral, 1,0 m² de lado atravessando as camadas de solo, mas tem a profundidade limitada pela presença de água. As trincheiras são escavações na forma de valeta que permitem uma ampla visualização do perfil do solo e retirada de grandes volumes de amostras indeformadas. Para estes dois tipos de escavação deve-se ter cuidado quanto à instabilização das paredes, quedas de pessoas e animais. 1.2.3.2 Sondagem a Trado Tipo de sondagem realizada manual ou mecanicamente com o auxílio de uma broca chamada trado, cuja tipologia varia de acordo o solo analisado (ver figura 12), acoplada a hastes de aço de ¾ de polegadas e a um tê para imprimir o movimento giratório (UNICAMP). Figura 12 – Tipos comuns de trado Fonte: Oliveira, 2013. 17 Este método permite a obtenção de muitas amostras em um período curto de tempo. Em condições ideais alcança níveis de profundidade de 25 a 30 m. Quando encontra rochas alteradas linhas de seixo, água subterrânea e outros obstáculos este método deixa de ser eficiente. 1.2.4 Sondagem a percussão – SPT A sondagem à percussão pelo Teste de Penetração Padrão – SPT – é o processo de investigação geotécnica mais difundido na construção civil, por apresentar vantagens técnico-econômicas em relação aos demais, e ser de fácil execução. Destina à prospecção de solos e objetiva caracterizar as camadas constituintes do subsolo. Permite amostrar pequenas quantidades de solos deformadas pelo amostrador (OLIVEIRA, 2013). O método é normatizado pela NBR 6484/80 – Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos – e consiste essencialmente em operações alternadas de perfuração e amostragem. A perfuração pode ser feita com circulação de água ou trado. As ferramentas necessárias para o teste de penetração padrão estão descritas na figura 13. Figura 13 – Equipamentos que compões o SPT Fonte: MACÊDO, 2013. 5 a) Visitar o local da obra, detectando a eventual existência de alagados, afloramento de rochas etc.; b) Visitar obras em andamento nas proximidades, verificando as soluções adotadas; c) Fazer sondagem a trado (broca) com diâmetro de 2” ou 4”, recolhendo amostras das camadas do solo até atingir a camada resistente; d) Mandar fazer sondagem geotécnica. 3 – SONDAGEM - EQUIPAMENTOS DE SONDAGEM Dependendo do tipo solo, a sondagem deverá utilizar o melhor processo que forneça indicações precisas, sem deixar margem de dúvida para interpretação e que permitam resultados conclusivos, indicando claramente a solução a adotar. A sondagem maisexecutada em solos penetráveis é a sondagem geotécnica a percussão, de simples reconhecimento, executada com a cravação de um barrilete amostrador, peça tubular metálica robusta, oca, de ponta bizelada, que penetrando no solo, retira amostras seqüentes, que são analisadas visualmente e em laboratório para a classificação do solo e determina o SPT (Standard Penet rat ion Test ), que é o registro da somatória do número de golpes para vencer os dois últimos terços de cada metro, para a penetração de 15 cm. Nas próximas figuras são mostrados um esquema do equipamento de sondagem geotécnica de percussão, a planta de locação dos furos e um laudo de sondagem. 1-conjunto motor-bomba 2-reservatório de água 3-tripé tubos metá licos 4-roldana 5-tubo-guia 50 mm 6-engate 7-guincho 8-peso padrão 60 kg 9-cabeça de cravação 1 2 3 4 5 6 9 8 7 Equipamento de sondagem a percussão 18 Para a realização do experimento é preciso inicialmente limpar a superfície do terreno retirando as camadas de solo com matéria orgânica. O ensaio SPT é realizado contando o número de golpes necessários à cravação de parte de um amostrador no solo realizada pela queda livre de um martelo de massa igual a 65 Kg e altura de queda de 75 cm. Sua execução consiste em repetidos processos de abertura de furos e ensaio de penetração a cada metro de solo sondado (ver figura 14). Desta forma, em cada metro faz-se a abertura do furo com um comprimento de 55 cm utilizando um trado manual ou através de jato de água, e o restante dos 45 cm, dividido em três camadas de 15 cm, é utilizado para a realização do ensaio de penetração. As informações que podem ser obtidas nesse ensaio são: identificação das camadas de solo, classificação dos solos de cada camada, o nível do lençol freático e a capacidade de carga do solo nas profundidades percorridas no ensaio. a) Execução de sondagem sem circulação de água, mas com elevação mecanizada do martelo. b) Execução de sondagem com circulação de água e içamento manual do martelo. Figura 14 – Execução do SPT Fonte: www.engenhariacivil.com, 2013 19 1.2.4.1 Encerramento da Sondagem MACÊDO (2013) diz que o processo de penetração no solo deve-se encerrar quando se atingir a profundidade desejada ou obtiver uma das seguintes condições: a) quando, em m sucessivos, se o tiver golpes para penetra ão dos 15 cm iniciais do amostrador padrão; b) quando, em m sucessivos, se o tiver golpes para penetra ão dos 30 cm iniciais do amostrador padrão; c) quando,em 5 sucessivos,se obtiver 50 golpes para a penetra ão dos 45cm do amostrador padrão; ependendo do tipo de o ra, das cargas a serem transmitidas s funda es e da natureza do su solo, admite-se a paralisa ão da sondagem em solos de menor resist ncia penetra ão do que aquela discriminada anteriormente, desde que haja uma justificativa geotécnica ou solicita ão do cliente. 1.2.4.2 Amostragem Dentro do amostrador ficam as camadas de solo que foram submetidas à percussão. Estas são as amostras que serão encaminhadas ao laboratório para análise e determinação dos índices físicos (ver figura 15). Figura 15 – Amostrador Fonte: Simpósio Latino Americano de Investigação geológica para Grandes Obras, 2010. 20 O procedimento de amostragem no ensaio SPT está descrito na NBR 6484/80 – Execução de sondagens de simples reconhecimento do solo. A norma diz que deve ser colhida uma amostra de solo retirada do trado durante a perfuração e outra a cada metro penetrado por meio do amostrador padrão; as amostras colhidas devem ser imediatamente acondicionadas em recipientes herméticos e de dimensões mínimas tais que permitam receber um cilindro de 60 mm (ver figura 16). Esses recipientes devem constar o número do trabalho, local da obra, número da sondagem, amostra e golpes do ensaio e a profundidade da amostra; as amostras devem ser colocadas em caixas ou sacos protegidos do sol e chuva e ficar disponíveis no laboratório por 30 dias. Figura 16 – Amostras de solo Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br 1.2.4.3 Resultados Os resultados devem ser apresentados em relatórios, numerados, datados e assinados por responsável técnico pelo trabalho perante o Conselho Regional de Engenharia. Esses relatórios são chamados no mercado de laudo de sondagem e contém os dados descritos em 1.1.2.4 e podem ser de vários modelos como se pode observar nas figuras 17, 18 e 19. E desse modo o projetista tem condições de dimensionar, fazendo correlações às proposições de Terzagui (considerado o pai da mecânica dos solos e engenharia geotécnica), referentes ao comportamento de cada tipo de solo e a NBR 7250/82 (enumeradas mais adiante nas tabelas 2e 3), as estruturas que o local de interesse poderá suportar. Portanto este laudo é imprescindível. 21 Figura 17 – Modelo de laudo de sondagem 1 Fonte: Técnica Engenharia, 2010. 22 Figura 18 – Modelo de laudo de sondagem 2 Fonte: SFC, 2009 23 Figura 19 – Modelo de laudo de sondagem 3 Fonte: OLIVEIRA, 2013. Do laudo têm-se relações obtidas pelas proposições de Terzagui que são fundamentais para o dimensionamento de fundações. Através deste é possível determinar a coesão das partículas do solo, ângulo de atrito, resistência à percussão, tensão admissível do solo, compacidade das areias, consistência das argilas, dentre outros. Essas duas últimas estão resumidas nas tabelas 2 e 3, respectivamente. Tabela 2 – Relação entre compacidade das areias e o número de golpes Nspt Compacidade 0 a 4 Muito fofa 4 a 8 Fofa 9 a 18 Medianamente compacta 18 a 40 Compacta ˃ 40 Muito compacta Fonte: NBR 7250/82 24 Tabela 3 – Relação entre consistência das argilas e o número de golpes Nspt Consistência ˂ 2 Muito mole 3 a 5 Mole 6 a 10 Medianamente consistente 11 a 19 Rija ˃ 19 Dura Fonte: NBR 7250/82 1.2.5 Sondagens rotativas A sondagem rotativa é aquela realizada por processo mecanizado de rotação de brocas ou sondas que penetram o solo. Seu objetivo é obter testemunhos para o reconhecimento onde não é possível a avaliação do subsolo através das sondagens a trado ou percussão, ou seja, em locais com presença de afloramentos rochosos e matacões. Através desse método pode- se indicar o tipo de rocha, grau de alteração, fraturamento, coerência, xistosidade, porcentagem de recuperação, além do índice de qualidade da rocha. Para entender como se executa este método de investigação é preciso antes descrever os equipamentos que compõe o ensaio (ver figura 20), que são basicamente sonda (Motor, Guincho e Cabeçote de Perfuração), hastes de perfuração, barriletes (Simples, Duplo-Rígido, Duplo-Giratório e Especiais Ferramentas de corte (Coroas compostas por: Matriz de Aço, Corpo da Coroa, Saídas de Água e Diamantes), conjugado motor-bomba (Sistema de circulação de água: Refrigeração, expulsão de fragmentos e diminuição da fricção), tubos de revestimento. 25 Figura 20 – Componentes do equipamento de sondagem rotativa Fonte: OLIVEIRA, 2013. Assim a sondagem rotativa consiste basicamente na realização de manobras consecutivas, isto é, a sonda imprime às hastes os movimentos rotativos e de avanço na direção do furo e estas os transferem ao barrilete provido de coroa. A figura 21 mostra um equipamento que faz este tipo de sondagem, que pode ser feita inclusive em rios. 26 Figura 21 – Execução de sondagem rotativaFonte: Sete Engenharia. O comprimento máximo de cada manobra é determinado pelo comprimento do barrilete, que é em geral de 1,5 a 3,0 m. Terminada a manobra, o barrilete é alçado do furo e os testemunhos são cuidadosamente retirados e colocados em caixas especiais com separação e obedecendo à ordem de avanço da perfuração. No boletim de campo da sondagem são anotadas as profundidades do início e término das manobras e o comprimento de testemunhos recuperados medidos, na caixa após a arrumação cuidadosa e além disso, o tipo de sonda, os diâmetros de revestimento usados nos diferentes comprimentos da perfuração, o número de fragmentos em cada manobra, natureza do terreno atravessado (litologia, fraturas, zonas alteradas, etc.), nível d’água no início e no final da sondagem. 1.2.6 Sondagens mistas Entende-se por sondagem mista aquela que é executada à percussão em todos os tipos de terreno penetráveis por esse processo, e executada por meio de sonda rotativa nos materiais impenetráveis à percussão. Os dois métodos são alternados, de acordo com natureza das camadas, até ser atingido o limite da sondagem necessário do estudo em questão. Recomenda- se sua execução em terrenos com a presença de blocos de rocha, matacões, lascas, etc., sobrejacentes a camada de solo. O conhecimento prévio das condições geológicas do local poderá recomendar desde o início a provisão de 27 um equipamento de sondagem mista, propiciando a execução do reconhecimento em menor prazo e com menos custo. O equipamento consiste na combinação de equipamentos tradicionais de sondagem à percussão e rotativa. Entretanto, o equipamento de percussão deverá ser provido de tubos de revestimento de grande diâmetro (mínimo ” a 6”), a fim de permitir maior alcance para a perfura ão. 1.2.7 Ensaios de Piezocone O ensaio de piezocone, segundo SCHNAID (2000), vêm se caracterizando internacionalmente como uma das mais importantes ferramentas de prospecção geotécnica. Resultados podem ser utilizados para determinação estratigráfica de perfis de solos, propriedades dos materiais prospectados, particularmente em depósitos de argilas moles, e previsão da capacidade de carga de fundações. Seu uso é recomendado principalmente em depósitos de solos compressíveis e de baixa resistência. A precisão do equipamento possibilita estimativas realistas das propriedades do solo. Esta aplicação de ponta se dá justamente nos solos cujas outras metodologias de ensaio mostram-se inadequadas. De acordo a empresa de engenharia geotécnica Damasco Penna, a sondagem de piezocone consiste na cravação de uma ponteira cônica a velocidade constante de 2 cm/s. A cravação é feita com o auxílio de penetrômetro hidráulico e hastes metálicas padronizadas. Durante a cravação, a cada centímetro o cone efetua três leituras por meio de sensores: resistência de ponta (qc); resistência ao atrito lateral (fs); pressões neutras (u2). As informações são transmitidas em tempo real à superfície e processadas por meio de computador. A figura 22 esquematiza este equipamento de sondagem. 28 Figura 22 – Representação esquemática da sonda de piezocone Fonte: DAVIS e CAMPANELLA, 1995, apud MIO e GIACHETI, 2007. Adaptado pelo autor 1.3 MÉTODOS GEOFÍSICOS 1.3.1 Métodos sísmicos São os mais empregados por refletirem as propriedades mecânicas das rochas e facilitam a interpretação e correlação com dados de sondagens diretas. Incluem investigações do tipo: sísmica de reflexão; crosshole; tomografia sísmica; e a mais empregada sísmica de refração;. Neste último a velocidade das ondas elásticas emanadas de uma batida (peso caindo de aproximadamente um metro de altura) na superfície do terreno varia com a rigidez do meio em que se propagam. Como exemplo pode-se citar: • em solos, v = 2 a 1 m/s • em arenitos randos, v = 2 a m/s • em granitos duros, v = 6 m/s 29 Determinando-se a velocidade de propagação das ondas elásticas em cada uma das camadas de um subsolo, pode-se conhecer os materiais constituintes e as espessuras das camadas. 1.3.2 Métodos geoelétricos Esse método utiliza a eletrorresistividade (sondagem elétrica vertical e caminhamento elétrico); Potencial espontâneo; Condutividade (VLF); Radar de penetração (GPR). O método da eletrorresistividade referencia-se a resistência à passagem da corrente elétrica através dos solos e das rochas, que varia: • com o teor de íons livres contidos nos poros dos solos e nos poros e/ou fendas das rochas; • e com o teor de água contido nos poros dos solos e nos poros e/ou fendas das rochas; Os minerais por decomposição liberam íons . Quanto mais decomposto for um solo ou uma rocha, maior o teor de íons livres nos poros e nas fendas e , portanto, menor a resistência à passagem da corrente elétrica. Quanto maior for o teor de água nos poros e nas fendas, maior será a mobilidade dos íons livres presentes e menor é a resistência elétrica do solo ou da rocha. Por esta razão, este método é muito empregado para determinar a profundidade do nível do lençol freático, uma vez que há uma queda brusca da resistência elétrica quando a corrente elétrica começa a passar abaixo daquele nível. A resistência elétrica é medida em “ohms”, mas quando medida em “ohms.m” denomina-se resistividade elétrica, que vem a ser , portanto, a resistência por metro de percurso da corrente elétrica. 2 CUSTOS DE SONDAGEM Os custos com investigação geológica são relativamente baixos em relação ao custo total do empreendimento: giram em torno de 0,5% a 1%. 30 O orçamento total dos serviços relativos à sondagem depende de diversos fatores intervenientes neste processo direta ou indiretamente. Assim a sondagem dependerá to tipo de técnica a ser utilizada, da mão de obra necessária, do tamanho e especificidade da obra, da quantidade de furos a ser realizada etc. Não há informações precisas á respeito do custo de sondagem, para isso é preciso solicitar orçamento desta atividade a alguma empresa de geotecnia etc. Em Palmas só há uma empresa de sondagem que é a Técnica Engenharia. Ela realiza sondagens rotativas e à percussão e para estimar os custos destes a contratada estabelece seus preços de acordo com a área de projeção da edificação, o número de furos, a profundidade da sondagem e localização do empreendimento. As relações dos custos estão expostas na tabela 4. Tabela 4 – Custos de sondagem. Tipo de Sondagem Custo por metro (R$/m) Preço do furo (R$) Excedente* Rotativa 300 Ver profundidade do furo a combinar Á percussão 34,00** 408,00 250*** * Mobilização de pessoal e/ou equipamentos, custos com alimentação, etc. ** Valor referente a uma escavação de pelo menos 12 m de profundidade. *** Valor referente a mobilização dentro de Palmas-TO. Fonte: Técnica Engenharia, 2013. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Sul (DAER) disponibiliza uma planilha orçamentária com os custos de obras de estradas, contendo os preços unitários de serviços de sondagem. Então tomemos como base para obras de infraestrutura o orçamento elencado na tabela 5 referente a obras de estrada em geral que não necessariamente realizará todos os tipos de sondagens descritas na tabela. 31 Tabela 5 – Composição unitária dos serviços de sondagem Item Descrição Und Preço (R$) 3 – SONDAGEM 3.1 Sondagem Manual e Mista em Solo / Alteração de Rocha m 70,40 3.2 Sondagem com Retroescavadeira m 73,62 3.3Sondagem a Percussão (SPT) com Lavagem m 84,96 3.4 Sondagem a Percussão (SPT) com Amostragem Contínua m 169,92 3.5 Sondagem Rotativa em Rocha Alterada d A (AWG) m 114,09 3.6 Sondagem Rotativa em Rocha Alterada d B (BWG) m 156,25 3.7 Sondagem Rotativa em Rocha Vulcânica d A (AWG) m 263,43 3.8 Sondagem Rotativa em Rocha Vulcânica d B (BWG) m 371,41 3.9 Sondagem Rotativa em Rocha Vulcânica d N (NWG) m 528,06 3.10 Sondagem Rotativa em Rocha Plutônica d A (AWG) m 649,91 3.11 Sondagem Rotativa em Rocha Plutônica d B (BWG) m 875,23 3.12 Sondagem Rotativa em Rocha Sedimentar d A (AWG) m 129,22 3.13 Sondagem Rotativa em Rocha Sedimentar d B (BWG) m 187,50 3.14 Sondagem Rotativa em Cascalho d A (AWG) m 553,77 3.15 Sondagem Rotativa em Cascalho d B (BWG) m 751,52 3.16 Sondagem com Instalação de Piezômetros m 661,31 3.17 Leitura de Piezômetro / Aferição Nível D'água vb 180,72 3.18 Mobilização de Equipamentos Sondagem Rotativa e Percussão un 2.987,70 3.19 Mobilização de Equipamentos Sondagem CPTU un 2.987,70 3.20 Mobilização de Equipamentos Sondagem Rotativa e Percussão - Região Metropolitana de Porto Alegre un 1.793,38 3.21 Mobilização de Equipamentos Sondagem CPTU - Região Metropolitana de Porto Alegre un 1.793,38 3.22 Instalação de Equipamentos Sondagem Rotativa e/ou Percussão e/ou CPTU - por Furo un 123,32 3.23 Coleta de Amostra com Amostrador Tipo Shelby ens 273,80 3.24 Vane Test (Cisalhamento p/Torção) - in situ, exclusive Sondagem SPT ens 273,80 3.25 Instalação do Flutuante no Furo com as seguintes características: 3 furos, profundidade lâmina d'água até 15m e largura do rio até 10 m un a definir 3.26 Sondagem CPTU m a definir 3.27 Ensaio de Dissipação ens a definir Fonte: DAER, 2011. A tabela SINAPI1, que é uma fonte confiável na recorrência dos custos de insumos e serviços, não fornece preços referentes a realização de sondagem, mas apresenta o custo da mão de obra para a realização deste serviço, dispostos na tabela 6. 1 Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil. É um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil e tem a CAIXA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE como responsáveis pela divulgação oficial dos resultados, manutenção, atualização e aperfeiçoamento do cadastro de referências técnicas, métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados. Este sistema constitui ferramenta útil para elaboração e análise de orçamentos, estimativas de custos, reajustamentos de contratos e planejamentos de investimentos. 32 Tabela 6 – Custo de Serviços de Sondagem Código Descrição Básica Unidade Preço (R$) 243 Ajudante especializado em sondagem H 9,59 6175 Técnico de Sondagem H 21,27 72733 Mobilização e desmobilização de equipamento de sondagem à percussão UN 433,88 72871 Mobilização e instalação de 01 equipamento de sondagem, distância até 10 km. UN 181,35 72872 Mobilização e instalação de 01 equipamento de sondagem, distância de 10 km até 20 km. UN 307,61 Fonte: Tabela SINAPI, CAIXA, 2013. 3 EXEMPLO DE OBRAS Neste tópico serão citadas algumas obras em que foram realizadas sondagens. Por questões de ética, segurança e competitividade as empresas de investigação geológica não divulgam dados técnicos referentes às obras de seus clientes. Por tanto os dados aqui apresentados não tangenciarão a respeitos de informações como tipo de solo, número de furos etc. ficarão contidos apenas ao tipo de sondagem, nome e localização da obra. Sonda Oeste – Sondagens e Geologia LTDA Metrô – Trecho Sul da Linha 04 do Metrô do Rio de Janeiro Figura 23 – Obra do Metrô do Rio de Janeiro Fonte: Sonda Oeste, 2013. Cliente: CONSÓRCIO LINHA 4 SUL – CL4S Localização: Bairro de Ipanema e Leblon – Rio de janeiro Escopo: Sondagens Geotécnicas Rotativas Mistas, com ensaios de SPT no trecho em solo. 33 Ação Engenharia Auditório Ibirapuera – São Paulo-SP Tipo de sondagem: Sondagem à Percussão Figura 24 – Auditório Ibirapuera Fonte; Ação Engenharia, 2013. Ação Engenharia Ampliação – Assembleia Legislativa – São Paulo-SP Tipo de sondagem: Sondagem à Percussão Figura 25 – Assembleia Legislativa de São Paulo Fonte: Ação Engenharia 34 Geomecânica S. A. Tecnologia de solos, Rochas e Materiais. Implantação de via com trecho em solo mole – Juiz de Fora. Figura 26 – Trecho de rodovia em Juiz de Fora Fonte: Geomecânica S.A., 2013. Cliente: DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes Localização: Juiz de Fora – Minas Gerais Escopo: Sondagens à trado para simples reconhecimento e sondagem à percussão para reconhecimento da estratigrafia e do impenetrável. 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6484/80 – Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos – Método de Ensaio – Rio de Janeiro. Junho de 1980. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 8036/83 – Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios – Procedimentos – Rio de Janeiro. Junho de 1983. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PAVIMENTAÇÃO - ABPv – Curso de Sondagem à Percussão de Simples Reconhecimento: Fundamentos, interpretação e aplicações práticas. Maio de 2012. Disponível em: http://www.ige.unicamp.br/site/aulas/155/Investiga%E7%F5es%20parte%201.p pt. Data do acesso: 20/10/2013 ás 17hs: 37min. Página da web. http://sete.eng.br/sondagem-rotativa-ou-mista-1023-servico- 1040. Data do acesso: 26/10/2013 ás 23hs: 42min. Página da web. http://www.petroleoeecologia.com.br/pdfs/MetodosdeInvestigacaoGeologica.pdf . Data do acesso: 20/10/2013 ás 16hs: 08min. Página da web. http://www.transportes.ufba.br/Arquivos/ENG216/CAP3.pdf. Data do acesso: 20/10/2013 ás 16hs: 21min. SCHNAID, Fernando. Ensaios de campo e suas aplicações à engenharia de fundações/ Fernando Schnaid – São Paulo: Oficina de Textos, 2000. ZÌNGANO, André. Investigações Geológicas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em http://www.lapes.ufrgs.br/discpl_grad/geologia2/material/area2_InvestigacaoGe ologica_rlp.pdf. Data do acesso: 20/10/2013 ás 16hs: 29min.
Compartilhar