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O estado absolutista

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Instituto Federal do Paraná (IFPR)
Campus Paranaguá
Curso: Licenciatura em Ciências Sociais (2018)
Acadêmicas: Fabiana de Lara Kostarellis e Biatriz Grossi
Disciplina: História Moderna I
Data: 24 de maio de 2018. 
O Estado Absolutista no Ocidente
 Linhagens do Estado Absolutista
Durante os séculos XVI e XV o modo de produção feudal passava por grandes dificuldades econômicas, por conta dessa conjuntura, no decorrer do século XVI surgiu no Ocidente o Estado Absolutista. As monarquias instaladas na França, Inglaterra e Espanha caracterizaram a interrupção das formações sociais, e sistemas de propriedade e vassalagem.
O paradoxo sobre a origem histórica dessas monarquias, surgiu quando Engels as declarou como produto de um equilíbrio de classe entre a antiga nobreza feudal e a nova burguesia urbana: “ Excepcionalmente, contudo, há períodos em que as classes em lutas se equilibram, de tal modo, que o poder do Estado, pretenso mediador, adquire momentaneamente um certo de autonomia em relação a elas. Assim aconteceu com a monarquia absoluta dos séculos XVI e XV, que manteve o equilíbrio entre a natureza e a classe dos burgueses”. Também utilizou da mesma base argumentativa para explicar a concepção do absolutismo “a condição básica da velha monarquia absoluta” era “um equilibro entre a aristocracia fundiária e a burguesia”, ou seja, o papel político da burguesia nesse período é a moderação, o equilíbrio da nobreza, na monarquia semifeudal ou na absoluta.
As monarquias absolutistas introduziram no mercado unificado, exércitos regulares, obedeciam a uma burocracia, relacionada ao sistema tributário e a codificação do direito. Traços eminentes do capitalismo, visto que acontecem com o desaparecimento da servidão. No entanto não caracterizou no fim das relações feudais do campo. Enquanto a aristocracia impedia um mercado livre na terra, ou seja, enquanto o trabalho não foi separado de suas condições sociais de existências, para a “força de trabalho”, essas relações continuam sendo feudais. Segundo Marx “a transformação de renda em trabalho na renda em espécie nada de fundamental altera na natureza de renda fundiária [...]. O produtor é o dono da terra, mas deve prestar serviço gratuito ao seu senhor produzindo excedentes. Os proprietários do meio de produção pré-industrial eram os nobres, o qual possuíam todo o poder político. Sua nova forma de poder consistia na difusão da produção e troca de mercadorias. De acordo com Althusser “O regime político da monarquia absoluta é apenas uma nova forma política necessária á manutenção da dominação e da exploração feudais, no período de desenvolvimento de uma economia mercantil”. O feudalismo ficou em risco, devido a servidão estar desaparecendo aos poucos, o que resultou no Estado absolutista em nível “nacional”. Por consequência disso, as massas camponesas e plebeias sofriam repressão para permanecer na base na hierarquia social.
 O absolutismo então passou a ser a classe dominante, marcados de conflitos externos. Com a reorganização do sistema feudal e com a diminuição do feudo, a propriedade da terra tendia a tornar-se menos condicional, conforme a soberania se torna mais “absoluto”. O enfraquecimento da vassalagem da novos poderes a monarquia e emancipava os domínios da nobreza das restrições tradicionais. Os Estados monárquicos foram como um instrumento modernizado para a manutenção do domínio da nobreza sobre as massas rurais. A aristocracia tinha que se adaptar a um segundo oponente, a burguesia mercantil que estava se desenvolvendo nas cidades medievais. A presença dessa terceira figura que impediu a nobreza de ajustar sua dívida com o campesinato. A cidade medieval cresceu por conta das dispersões hierárquica de soberania que libertou pela primeira vez a economia urbana da dominação direta de uma classe dirigente rural. Nesse sentido, as cidades nunca foram exteriores ao feudalismo no Ocidente. Daí a elasticidade das cidades do Ocidente durante a pior crise do século, que levou temporariamente ao declínio de tanta família patrícias do Mediterrâneo. Industriais importantes como a de ferro, papel e têxteis cresceram durante o declínio do feudo. Tais vitalidades econômicas interferiram na luta entre as classes e bloqueava qualquer solução proposta pelos nobres. Por volta de 1470, ocorreu uma restauração da autoridade e da unidade política, num país após o outro, fundando uma “nova” monarquia, que foi secundariamente sobre determinado pela ascensão de uma burguesia urbana que depois de diversos avanços técnicos e comerciais, evoluía agora em direção a manufatura pré-industriais. Foi por conta dessa nova monarquia, que levou sociólogos como Marx e Engels, a compreender os impactos secundários da burguesia urbana sobre a forma do Estado absolutista. Engels, ao discutir as novas descobertas marítimas e as industrias manufatureira da Renascença, escreveu que “esta poderosa revolução nas condições de vida econômica burguesa”.
Do ponto de vista econômico, a recuperação e a introdução do direito civil clássico foram propícias a expansão do livre capital na cidade e no campo. A concepção de propriedade gritaria desapareceu no feudalismo.
Como podemos observar, o modo de produção feudal possuía princípios “escalonada”, que se adaptava muito bem na economia natural que surgiu na idade das trevas, mas não foi totalmente adequado ao setor urbano que cresceu na economia medieval. A aparição da propriedade privada foi o ponto de partida, para o início da idade moderna, sendo também pela segunda vez, um começo operacional na propriedade agrária. Os planos jurídicos só começaram a ganhar influência, quando a troca de produtos entre países aumentou. 
 A classe feudal tradicional teve seus reforços e dominações, por consequência da modernização jurídica. Refletindo nas monarquias absolutistas.
 Toda monarquia buscava concentrar o maior número de riquezas e estimular o mercado, competindo com adversários. A centralização econômica, o protecionismo e a expansão ultramarina, deram grande ajuda para o Estado Feudal, beneficiando também a burguesia emergente. Expandiam aqui, para ajudar o outro lá. Mesmo que a nobreza desse poder à monarquia e permitisse o enriquecimento da burguesia, ainda estaria no poder. 
Referências: ANDERSON, Perry. O estado absolutista no Ocidente. In: Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 2004. p. 15-41.

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