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SINAIS VITAIS Professor EMANUEL ALMEIDA Email: NACK32@OUTLOOK.COM 04/10/2018 1 Sinais Vitais 04/10/2018 Sinais Vitais 2 SINAIS VITAIS DEFINIÇÃO As alterações da função corporal geralmente se refletem na temperatura do corpo, na pulsação, na respiração e na pressão arterial, podendo indicar enfermidade. Por essa razão são chamados de sinais vitais (SSVV). São sinais de vida, indicadores de condições de saúde de uma pessoa, meio rápido e eficiente para identificar alterações e monitorar as condições de um cliente, com vistas a solução de problemas clínicos. 04/10/2018 3 Sinais Vitais REQUISITOS ESSENCIAIS PARA O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NA VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS: Conhecer a variação normal dos SSVV; Considerar os fatores que podem influenciar nos SSVV, como fatores ambientais, emocionais, patológicos; Conhecer a história clínica do paciente, e as medicações que ele esta usando; Aumentar a freqüência da verificação dos SSVV, diante de alterações no estado geral do cliente; Verificar se o equipamento está funcionando adequadamente; Registrar as alterações encontradas, tomando as medidas necessárias. 04/10/2018 4 Sinais Vitais OS SINAIS VITAIS DEVEM SER VERIFICADOS: Na admissão do cliente, alta, transferência; Obedecendo a rotina do serviço; Antes e depois de um procedimento cirúrgico, procedimentos invasivos, e de administração de medicamentos que afetam as funções cardiovasculares, respiratórias, e de controle de temperatura; Sempre que as condições físicas gerais do cliente piorarem ou diante de quaisquer sintomas inespecífico de desconforto. 04/10/2018 5 Sinais Vitais MATERIAL PARA VERIFICAÇÃO DOS SSVV Relógio com ponteiro de segundos; Termômetro; Esfigmomanômetro e estetoscópio; Álcool a 70%; Cuba redonda com algodão seco; Bloco de anotação, caneta; Saco plástico para resíduos; Vaselina (temperatura retal); Luva de procedimento. 04/10/2018 6 Sinais Vitais 04/10/2018 7 Sinais Vitais TEMPERATURA 04/10/2018 8 Sinais Vitais Temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo, mediado pelo centro termo-regulador. O corpo perde calor através dos seguintes mecanismos: Radiação: quando a temperatura corpórea é maior do que a ambiental, ocorre uma transferência de calor do corpo para o ambiente; DEFINIÇÃO 04/10/2018 9 Sinais Vitais Condução: ocorre quando há contato com outra superfície, sendo que existe troca de calor até que as temperaturas se igualem; Convecção: quando o corpo troca temperatura com o ar circulante. 04/10/2018 Sinais Vitais 10 FATORES QUE ALTERAM A TEMPERATURA CORPÓREA Fisiológicos: exercícios físicos, estresse, processo digestivo, ingestão de líquidos (frios/quentes), gravidez, alterações hormonais (ovulação, menstruação e menopausa), sono e repouso, variações do ambiente; Patológicos: febre, infecções, doenças cardíacas e nervosas, distúrbios hormonais, hemorragias, traumatismos cranianos, entre outros. 04/10/2018 11 Sinais Vitais VARIAÇÕES DE TEMPERATURA Temperatura normal: 36 a 37,2ºC; Temperatura bucal: 36,2 a 37ºC; Temperatura axilar: 36 a 36,8ºC; Temperatura retal: 36,4 a 37,2ºC; Hipotermia: <36 a 34ºC ou menos (colapso); Hipertermia: estado febril (37,5 a 37,9ºC), febre (38 a 38,9ºC), pirexia (39 a 39,9ºC) e hiperpirexia (40 a 41ºC). 04/10/2018 12 Sinais Vitais TEMPERATURA NORMAL: Afebril ou Normotérmico SINAIS E SINTOMAS DE: Hipertermia: pele quente e seca, sede, secura na boca, calafrios, dores musculares, fraqueza, taquicardia, cefaléia, taquipnéia, delírios, convulsões; Hipotermia: pele e extremidades frias, cianose, tremores. 04/10/2018 13 Sinais Vitais ESTÁGIOS DA FEBRE: Fase do frio: aumenta a atividade muscular em forma de calafrios, aumenta o metabolismo, taquipnéia, taquicardia; Curso da febre: temperatura elevada, irritabilidade, sede, cefaléia, fotofobia, insônia, sonolência, confusão mental, delírio, convulsão; Declínio da febre: a febre cessa quando a causa é removida, a sudorese excessiva esfria a pele e a pessoa fica mais alerta e recupera o vigor. 04/10/2018 14 Sinais Vitais TIPOS DE FEBRE: Intermitente: aumenta em algum período do dia, mas retorna ao normal em 24 horas; Remitente: permanece alta por um dia ou mais; Recorrente: períodos de febre durante alguns dias e alterna com vários dias de temperatura normal. 04/10/2018 15 Sinais Vitais Bucal Axilar Retal Pavilhão auricular MÉTODOS E LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DE TEMPERATURA CORPORAL: 04/10/2018 16 Sinais Vitais A temperatura é verificada através de termômetro clínico, graduado em nosso país em graus centígrados. Deve ser registrada de acordo com as exigências de cada caso e os horários preestabelecidos, tais como: 12/12hs, 8/8hs, 4/4hs, etc. São utilizados termômetros de mercúrio de vidro, eletrônico e descartável. 04/10/2018 17 Sinais Vitais TÉCNICA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA 04/10/2018 18 Sinais Vitais PULSO 04/10/2018 19 Sinais Vitais Deriva do latim significa: impulso. Expansão percebida pelo dedo que palpa uma artéria superficial. Resultado da passagem de sangue no interior das artérias. É o nome que se dá a dilatação pequena e sensível das artérias, produzida pela corrente circulatória. Toda vez que o sangue é lançado do ventrículo esquerdo para a aorta, a pressão e o volume provocam oscilações ritmadas em toda extensão da parede arterial, essa onda de sangue é sentida como pulso. PULSO 04/10/2018 20 Sinais Vitais Radial: na face interna do punho, ao lado do polegar, onde a artéria radial passa sobre o rádio; Carótida: na parte superior do pescoço; LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DO PULSO 04/10/2018 21 Sinais Vitais Temporal: sentido próximo a orelha, na articulação têmporo-mandibular; onde a artéria temporal passa sobre o osso temporal; Apical: ente o 4° e 5º espaço intercostal esquerdo, entre as linhas hemiclavicular e paraesternal esquerda – PIM (ponto de impulso máximo) – verificação da freqüência cardíaca; 04/10/2018 22 Sinais Vitais Femoral: na região inguinal, onde a artéria femoral passa sobre o osso pélvico; Braquial: na superfície anterior do braço, logo abaixo do cotovelo; 04/10/2018 23 Sinais Vitais Poplítea: na região poplítea, embaixo da patela; Artéria tibial posterior; Pedioso: região dorsal do pé. 04/10/2018 24 Sinais Vitais FREQUENCIA DO PULSO É o número de batimentos por minuto. Homem: 60 a 70bpm; Mulher: 65 a 80bpm; Crianças: 120 a 125bpm; Lactentes: 125 a 130bpm. FATORES QUE ALTERAM A FREQUENCIA NORMAL DO PULSO Fatores fisiológicos: emoções, digestão, banho frio, exercícios físicos (aceleram); Fatores patológicos: febre e calor (acelera), choque (diminui); Rítmico: bate com regularidade (normal), os batimentos ocorrem em intervalos regulares; Arrítmico: bate sem regularidade (anormal – irregular), caso um batimento seja interrompido por um batimento prematuro ou tardio, ou se ocorrer a ausência de um batimento. REGULARIDADE DO PULSO (RÍTMO) 04/10/2018 25 Sinais Vitais INTENSIDADE (VOLUME) Reflete o volume de sangue ejetado contra a parede arterial em cada contração cardíaca. Normal ou cheio: é um pulso de fácil palpação e difícil de ser ocluído; Ausente: quando o pulso não é perceptível a palpação; Fraco/fino: pulso difícil de palpar, sendo facilmente ocluído; Forte: facilmente palpável, parecendo bater contra as pontas dos dedos do examinador, sem possibilidade de ser ocluído. Macio: pulso normal; Duro: pulso anormal: quando a parede do vaso é endurecida, tortuosa, semelhante a superfície de uma corda, indica arterosclerose, comum no idoso. TENSÃO (ELASTICIDADE) QUALIDADE DA PAREDE ARTERIAL 04/10/2018 26 SinaisVitais Normocardia: freqüência de cardíaca normal; Taquicardia: freqüência cardíaca acima do normal (>100bpm); Bradicardia: freqüência cardíaca abaixo do normal (< 60bpm); Normosfigmia: frequencia de pulso normal Bradisfigmia: frequência de pulso abaixo de 60bpm; Taquisfigmia: frequência de pulso acima de 80bpm. TERMINOLOGIA MATERIAL PARA VERIFICAÇÃO DO PULSO Relógio com marcação de segundos; Caneta e caderneta de anotações. 04/10/2018 27 Sinais Vitais PROCEDIMENTO DE VERIFICAÇÃO DE PULSO 04/10/2018 28 Sinais Vitais PRESSÃO ARTERIAL 04/10/2018 29 Sinais Vitais A pressão sanguínea é a força exercida pelo sangue contra a parede do vaso. A pressão máxima medida durante o ciclo de pressão cardíaca é a pressão sistólica, enquanto que o mínimo valor dessa pressão é a diástole. Pressão arterial (P.A) = débito cardíaco (D.C) X resistência periférica total (R.P.T). Débito cardíaco é a velocidade em ml ou l/min com que o sangue é bombeado pelo coração. A resistência periférica total é a resistência de todos os vasos da circulação. PRESSÃO ARTERIAL 04/10/2018 30 Sinais Vitais Débito cardíaco: quando o D.C aumenta, mais sangue é bombeado em direção as paredes arteriais, provocando a elevação da pressão arterial; Resistência vascular periférica: quanto menor o lúmen de um vaso, maior será sua resistência vascular periférica ao fluxo sanguíneo e maior será a pressão arterial, quanto menor a resistência, menor será a pressão arterial; A pressão arterial depende de vários fatores: 04/10/2018 31 Sinais Vitais 04/10/2018 Sinais Vitais 32 Volume: quanto maior o volume de sangue, maior será a pressão exercida contra a parede das artérias. Ex: sobrecarga circulatória ocasionada por infusão rápida e descontrolada de líquidos intravenosos; Viscosidade sanguínea: a espessura do sangue determinada pelo hematócrito (hemáceas) quando está aumentada, dificulta a passagem do sangue através dos pequenos vasos e provoca um aumento da pressão sanguínea; Elasticidade das artérias: quando a elasticidade das artérias está reduzida, ocorre uma elevação da pressão arterial sanguínea. A pressão arterial depende de vários fatores: A diferença entre a pressão sistólica e a diastólica é a pressão de pulso. Para a pressão arterial de 120/80mmhg, a pressão de pulso é de 40. A unidade de medida da pressão arterial é o milímetro de mercúrio SÍSTOLE E DIÁSTOLE 04/10/2018 33 Sinais Vitais O período do ciclo cardíaco que ocorre a contração é a sístole, enquanto que o período que ocorre o relaxamento é a diástole. PRESSÃO DE PULSO Classificação Sistólica (mmHg) Diastólica (mmHg) Ótima <120 <80 Normal <130 <85 Norma-alta <130-139 85-89 Hipertensão Estágio 1 (hipertensão leve) Estágio 2 (hipertensão moderada) Estágio 3 (hipertensão severa) Hipertensão sistólica isolada 140-159 90-99 160-179 100-109 > ou =180 > ou =110 >140 <90 PRESSÃO ARTERIAL - CLASSIFICAÇÃO 04/10/2018 34 Sinais Vitais Idade: em crianças é nitidamente mais baixa do que em adultos; Sexo: após a puberdade, nas mulheres os níveis de PA são, em geral, um pouco mais baixos do que no homem; Raça: as diferenças de PA em grupos étnicos muito distintos talvez se deva a condições culturais e de alimentação; VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS DA PRESSÃO ARTERIAL 04/10/2018 35 Sinais Vitais 04/10/2018 Sinais Vitais 36 Emoções: ansiedade, medo, dor e estresse emocional tendem a elevar a pressão arterial devido ao aumento da freqüência cardíaca e resistência vascular periférica; Exercícios físicos: o exercício intenso provoca significativa elevação da pressão arterial. Isto se deve ao aumento do débito cardíaco; Drogas: podem elevar e baixar a pressão arterial dependendo de sua ação farmacológica; 04/10/2018 Sinais Vitais 37 Hormônios: as alterações hormonais provocam alterações na pressão sanguínea. Ex: gestação; Clientes que falam durante a verificação da pressão, ocorre um aumento da PA; Sono: durante o sono ocorre uma diminuição de cerca de 15 a 30 mmHg na PA sistólica, com pouca alteração na PA diastólica; Obesidade: aumenta; Uma medida falsamente alta pode ocorrer nas seguintes situações: Manguito muito estreito para a extremidade ou colocado muito frouxo; Braço utilizado para medida abaixo do nível do coração; Verificações sucessivas na mesma extremidade; Deixar a pressão cair rapidamente; Dificuldade de ouvir os sons; Não colocar o estetoscópio sobre a artéria; Uma medida falsamente baixa pode ocorrer nas seguintes situações: Manguito muito apertado para a extremidade; Manga arregaçada aperta o braço, causando vasoconstrição do fluxo sanguíneo; Braço utilizado para medida acima do nível do coração; Deixar a pressão cair muito rapidamente; Dificuldade de ouvir os sons; Não colocar o estetoscópio sobre a artéria; Não encher o suficientemente o manguito. OUTROS FATORES QUE AFETAM NA MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL 04/10/2018 38 Sinais Vitais VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EQUIPAMENTOS Estetoscópio: Esfigmomanômetro: 04/10/2018 39 Sinais Vitais 04/10/2018 Sinais Vitais 40 MÉTODOS DA VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Direto: exige a introdução de um cateter fino na artéria do cliente, usado somente em UTI; Indireto: ausculta (mais usado), palpação. ALTERAÇÕES DA PRESSÃO ARTERIAL Hipertensão: tensão aumentada, pressão diastólica acima de 90mmHg; Hipotensão: tensão diminuída, pressão diastólica abaixo de 60mmHg; Pressão convergente: quando as pressões sistólica e diastólica se aproximam; Pressão divergente: quando as pressões sistólica e diastólica se distanciam. 04/10/2018 41 Sinais Vitais Porque é perigoso manter a PAD alta? 04/10/2018 Sinais Vitais 42 Ambiente silencioso, com temperatura agradável; A posição sentada é mais agradável, embora o cliente possa estar deitado ou em pé; Em alguns clientes a PA se altera com a mudança de posição, por isso a posição deve ser sempre a mesma durante cada medição para permitir uma comparação significativa de valores; A verificação pode ser feita, também em posições diferentes (sentada/em pé) para verificar alterações do tipo hipotensão ortostática (queda da pressão arterial quando o cliente muda de posição – efeito colateral de anti-hipertensivos); CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS NA VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL (MÉTODO DA AUSCULTA) 04/10/2018 43 Sinais Vitais Medir sempre antes do uso de medicações anti-hipertensivas; Na avaliação inicial, realizar a verificação em ambos os braços. Há uma diferença fisiológica de 5 a 10mmHg entre as medidas de pressão no braço esquerdo e direito, em avaliações subseqüentes. A verificação deve ser feita no braço com PA mais elevada; Perguntar ao cliente sobre sua PA normal, se não souber, deve-se informar e instruir, se necessário, sobre os perigos da hipertensão; Na verificação da PA em crianças, observar: o equipamento adequado, a posição de supinação (menores de 5 anos) e sentada (maiores de 5 anos), esperar 15 minutos para se recuperar da apreensão ou de atividade recente; A verificação da PA nos MMII é indicada nos seguintes casos: situações que impeçam a verificação nos MMSS, tais como: gesso, curativo, cateteres intravenosos. Local de verificação: artéria poplítea (atrás do joelho), a posição deve ser o decúbito ventral, ou com o joelho flexionado. Observar que a PA sistólica é, em geral, mais elevada em 10 a 40mmHg, mas a diastólica é sempre a mesma; 04/10/2018 44 Sinais Vitais 04/10/2018 Sinais Vitais 45 VERIFICAÇÃO DA PA EM MMII Explicar o procedimento ao cliente; Repouso de pelo menos 5 minutos em ambiente calmo; Não praticar exercícios físicos 60 a 90 minutos antes; Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar30 minutos antes; Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado; Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito; Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço intercostal), apoiado com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido; Solicitar para que o cliente não fale durante a medida. PREPARO DO CLIENTE PARA A MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL 04/10/2018 46 Sinais Vitais PROCEDIMENTO DA MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL 04/10/2018 47 Sinais Vitais Sons de Korotkoff A aferição da pressão arterial usando o método auscultatório requer a detecção de sons da afluência de sangue (fases dos sons de Korotkoff), quando o sangue reassume seu fluxo dentro da artéria. 04/10/2018 Sinais Vitais 48 Fases dos sons de Korotkoff a medida que se desinsufla o manguito, volta a ocorrer a passagem de sangue pela artéria antes colabada, surgindo os sons de Korotkoff, classificados em 5 fases. 04/10/2018 Sinais Vitais 49 FASE I: (aparecimento dos sons): 1º som – claro como uma pancada. O peso da onda sistólica é maior do que a pressão do manguito artéria. A clareza do batimento depende da força, velocidade e quantidade de sangue na artéria. 04/10/2018 Sinais Vitais 50 Fases dos sons de Korotkoff FASE II: (batimentos com murmúrio), com a dilatação da artéria pressionada, criam-se sons na parede dos vasos. FASE III: (murmúrio desaparece), os batimentos passam a ser mais audíveis e mais acentuados. A artéria que sofreu constrição continua a se dilatar com a redução da pressão do manguito. 04/10/2018 Sinais Vitais 51 Fases dos sons de Korotkoff FASE IV: (abafamento dos sons), os batimentos repentinamente tornan-se menos acentuados, abafados. FASE V: (desaparecimento dos sons), restabelece o calibre normal da artéria e o sangue não provoca mais ruídos perceptíveis á ausculta da artéria 04/10/2018 Sinais Vitais 52 Fases dos sons de Korotkoff RESPIRAÇÃO 04/10/2018 53 Sinais Vitais DEFINIÇÃO A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e eliminação do dióxido de carbono. A sobrevivência humana depende da capacidade de oxigênio em alcançar as células do corpo e da remoção do dióxido de carbono dessas células. A respiração envolve dois processos distintos: Respiração externa: movimento de ar entre o ambiente e os pulmões; Respiração interna: movimento de oxigênio ao nível celular, entre a hemoglobina e células isoladas. 04/10/2018 54 Sinais Vitais A respiração externa envolve mais quatro processos complexos e inter-relacionados: Ventilação: movimento mecânico de ar para dentro e para fora dos pulmões; Condução: movimento de ar através das via respiratórias pulmonares; Difusão: movimento de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e as hemácias; Perfusão: distribuição do sangue através dos capilares pulmonares. 04/10/2018 55 Sinais Vitais FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESPIRAÇÃO Doença ou indisposição: uma doença crônica pulmonar altera o estimulo normal para a ventilação; Estresse: um cliente nervoso ou amedrontado apresenta aumento da freqüência e amplitude respiratórias, resultando em hiperventilação; Idade: com o crescimento da infância para a idade adulta, a capacidade dos pulmões aumenta e a freqüência respiratória diminui gradativamente; Sexo: o sexo masculino apresenta maior capacidade pulmonar que o feminino; Posição corpórea: na posição curvada ou baixada, a ventilação e geralmente prejudicada, com uma amplitude respiratória reduzida; Drogas: os narcóticos deprimem a habilidade do cliente em aumentar o volume de ar inspirado e a freqüência respiratória diminui; Exercício: o exercício aumenta a amplitude e a freqüência respiratória. 04/10/2018 56 Sinais Vitais FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Recém-nascidos: 35 a 40 Irpm; Lactentes (6meses): 30 a 50 Irpm; Crianças (2 anos): 25 a 35 Irpm; Escolar: 20 a 30 Irpm; Adolescente: 16 a 19 Irpm; Adulto: 12 a 20 Irpm; Idosos: 14 a 18 Irpm. 04/10/2018 57 Sinais Vitais MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS Os movimentos respiratórios são os sinais vitais mais facilmente avaliados. Um profissional habilidoso não permite que o cliente perceba que seus movimentos respiratórios estão sendo avaliados. Se o cliente souber das intenções do profissional, pode conscientemente alterar a frequência e a amplitude respiratórias. A avaliação pode ser feita melhor imediatamente após a verificação do pulso, com a mão do examinador ainda no punho do cliente. 04/10/2018 58 Sinais Vitais AS MEDIDAS OBJETIVAS QUE COMPREENDEM UMA AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES RESPIRATÓRIAS DE UM CLIENTE INCLUEM: FREQÜÊNCIA, AMPLITUDE E RITMO. Frequência: a frequência respiratória varia com a idade. Um bebe pode respirar de 30 a 50 vezes por minuto, essa frequência diminui com a idade, mantendo-se em 12 a 20 Irpm, durante a idade adulta; Amplitude: a amplitude dos movimentos respiratórios é avaliada pela observação do grau de expansão ou movimento da parede torácica; Ritmo: a respiração é regular e ininterrupta. Após cada ciclo respiratório, ocorre um intervalo regular. Os bebes tendem a respirar de modo menos regular. Uma criança pequena pode respirar lentamente por alguns segundos e então, repentinamente, começar a respirar mais rapidamente. Quanto ao ritmo a respiração pode ser regular ou irregular. Tipo respiratório: respiração torácica, abdominal, toraco-abdominal. 04/10/2018 59 Sinais Vitais VARIAÇÕES DA RESPIRAÇÃO: Dispnéia Taquipnéia Bradpinéia Ortopnéia Apnéia Biot - respirações rápidas e profundas com pausa. Repiração de cheyne-stokes - períodos de respiração profunda, alternados com períodos de apnéia. Respiração de kussmal - respiração rápida e profunda, sem pausas. 04/10/2018 60 Sinais Vitais 04/10/2018 Sinais Vitais 61 DOR A DOR É UMA EXPERIÊNCIA EXTREMAMENTE PARTICULAR E POSSUI CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS PARA CADA INDIVÍDUO, A DOR NÃO PODE SER MENSURADA OU OBSERVADA, PARA QUE POSSA SER AVALIADA, É NECESSÁRIO QUE O PACIENTE A RELATE E A DESCREVA, POR ISSO É IMPORTANTE ACREDITAR NO PACIENTE. TIPOS DE DOR Dor aguda – aquela que se manifesta transitoriamente durante um período relativamente curto de minutos a semanas, associada a lesões em tecidos ou orgãos, ocasionadas por inflamações, infecções, traumatismos, normalmente desaparecem quando a causa é diagnosticada e tratada. 04/10/2018 Sinais Vitais 62 Dor crônica – tem duração prolongada, que pode se estender de vários meses a vários anos e que está quase sempre associada a um processo de doença crônica. 04/10/2018 Sinais Vitais 63 Intensidade da dor A dor é classificada em: Leve Moderada Muito forte Para se identificar utiliza-se uma escala numérica, em que o paciente dá uma nota para a sua dor de 0 a 10. 04/10/2018 Sinais Vitais 64 Escala de dor 04/10/2018 Sinais Vitais 65 04/10/2018 Sinais Vitais 66 REVISANDO O ASSUNTO ESTUDADO SINAIS VITAIS VARIAÇÕES DA TEMPERATURA: Hipotermia: <36 a 34ºC ou menos (colapso); Hipertermia: estado febril (37,5 a 37,9ºC), febre (38 a 38,9ºC), pirexia (39 a 39,9ºC) e hiperpirexia (40 a 41ºC). 04/10/2018 67 Sinais Vitais VARIAÇÕES DE PULSO: Normosfigmia Taquisfigmia Bradisfigmia Normocardia Bradicardia Taquicardia 04/10/2018 68 Sinais Vitais VARIAÇÕES DA RESPIRAÇÃO: Dispnéia Taquipnéia Bradpinéia Dispnéia paroxística Dispnéia paroxística noturna Ortopnéia Apnéia Biot Repiração de cheyne-stokes Respiração de kussmal 04/10/2018 69 Sinais Vitais VARIAÇÕES DA PRESSÃO ARTERIAL: Tensão arterial elevada Tensão arterial baixa Pressão convergente Pressão divergente 04/10/2018 70 Sinais Vitais Obrigada “Alunos brilhantes se preparam para receber um diploma, alunos fascinantes se preparam para a vida” (Cury, 2006) 04/10/2018Sinais Vitais 71