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Identificação de Alcaloides por Precipitação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – UFG
FACULDADE DE FARMÁCIA
CECILYANNE PALHARES
LARISSA GONÇALVES
NATHÂNY KELLY BATISTA
WANESSA ARAÚJO
IDENTIFICAÇÃO DE ALCALOIDES POR PRECIPITAÇÃO
Disciplina: Farmacognosia II
Prof. Dr. Pierre
Goiânia,
2014
1 INTRODUÇÃO
Alcaloide (de álcali, básico, com o sufixo -oide, "-semelhante a") é uma substância de caráter básico derivada principalmente de plantas, mas podendo ser também derivadas de fungos, bactérias e até mesmo de animais. O grau de alcalinidade que apresentam é variável, dependendo da disponibilidade do par de elétrons do nitrogênio, podendo revelar caráter ácido quando este é quaternário (D-tubocurarina). Contém, em sua fórmula, basicamente nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e carbono. Já foi muito utilizado pelos xamãs para sarar as pessoas que estavam com câncer e outras doenças sérias. Esses metabólitos secundários podem ser classificados quanto ao seu núcleo fundamental e quanto à sua origem biossintética (via metabólica de produção na planta).
Quanto à sua estrutura química e origem ou não de aminoácidos, os alcaloides podem ser divididos em três grupos: Alcaloides verdadeiros, que possuem anel heterocíclico com um átomo de nitrogênio e sua biossíntese se dá através de um aminoácido; Protoalcaloides, o átomo de nitrogênio não pertence ao anel heterocíclico e se originam de um aminoácido. Exemplo: cocaína; Pseudoalcaloides, são derivados de terpenos ou esteroides (compostos com N ou sem N no anel heterocíclico) e não são derivados de aminoácidos. Exemplo: Cafeína;
A extração dos alcaloides pode ser feita na forma de sal solúvel em água (solução em meio aquoso ácido), na forma de base livre, sendo solúvel em solventes orgânicos (solubilidade em diferentes solventes, dependendo o pH do meio, tem a eliminação de interferentes lipofílicos como ceras e gorduras). A identificação de alcaloides é realizada, usualmente, pela detecção destes por meio dos reativos gerais de alcaloides (RGA), com os quais formam turvação a precipitação em meio ácido. 
Tabela 1: Principais reagentes para identificação de alcaloides por precipitação.
Atropa belladonna L. é uma planta perene com raiz carnosa fusiforme apresentando numerosas ramificações de cor parda, pertencente ao gênero Atropa da família Solanaceae, com distribuição natural na Europa, Norte de África e Ásia Ocidental e naturalizada em partes da América do Norte. É uma das plantas mais tóxicas encontradas no hemisfério oriental, a ingestão de apenas uma folha pode ser fatal para um adulto, embora a toxicidade possa variar em função do estado vegetativo da planta, da sua idade e de fatores genéticos e ambientais. Todas as partes da planta apresentam alcaloides, contudo as bagas (fruto) constituem o local de maior armazenamento de alcaloides, por consequência apresentam maior toxicidade aliada ao fato de serem atrativas, com a sua aparência negra e brilhante e sabor adocicado. Contêm a presença de elevadas concentrações de alcaloides derivados dos tropanos (hiosciamina, atropina, escopolamina) fazendo desta uma planta venenosa, capaz de provocar estados de coma ou morte se mal administrada, em doses tóxicas provoca quadros alucinatórios e de delírio.
2 OBJETIVOS
	A finalidade da aula foi a identificação de alcaloides por precipitação em meio ácido com os reagentes RGA para três drogas vegetais na forma de pó: o guaraná, a beladona e o meimendro. Realizando, após a parte experimental, a comparação qualitativa da precipitação dos alcaloides presentes ou a ausência da precipitação, indicando a possível ausência de alcaloides, para estas três drogas vegetais.
3 MATERIAIS E MÉTODOSTabela 2: Matérias-primas utilizadas para identificação de alcaloides.
	Matérias- primas
	Quantidade
	Droga vegetal (beladona)
	2 g
	Solução H2SO4 5%
	~ 30 ml
	NH4OH 5%
	~ 20 ml
	Reagente de Bertrand
	~ 2 gotas
	Reagente de Bouchardat
	~ 2 gotas
	Reagente de Dragendorff
	~ 2 gotas
	Reagente de Hager
	~ 2 gotas
	Reagente de Meyer
	~ 2 gotas
	Ácido tânico
	~ 2 gotas
Inicialmente, pesou-se 2 gramas da droga vegetal (beladona) em uma balança semi-analítica e adicionou ao béquer de pesagem da droga vegetal aproximadamente 20 ml de ácido sulfúrico 5%, uma vez adicionado o ácido a droga vegetal, houve formação de um sal que é solúvel em um solvente aquoso. Esta mistura foi colocada sobre uma chapa aquecedora e a partir da ebulição da mistura aguardou-se 3 minutos, retirando esta da chapa aquecedora e mantendo-a sobre a bancada por alguns segundos.
	Ainda quente essa mistura foi filtrada no funil de filtração, de modo que a torta retida no algodão foi descartada e o filtrado, coletado em um béquer de vidro, de modo que foi adicionado ao filtrado aproximadamente 20 ml de hidróxido de amônio (base forte), para alcalinizar o filtrado, possibilitando que o alcaloide retorne a ser uma base livre, a qual é solúvel em solvente orgânico e permite a extração do alcaloide contido no filtrado.
	Em seguida, foi verificado o pH com uma fita indicadora e quando estabeleceu o pH entre 8 e 9, a mistura foi transferida para um funil de extração e adicionou, em seguida, 10 ml de diclorometano, agitou-se suavemente na tentativa de evitar a formação de emulsões e extraiu a fase orgânica contendo o diclorometano e os constituintes que se deseja (alcaloides em base livre solúvel em solvente orgânico e insolúvel em água) e a fase aquosa foi descartada, repetiu-se esse mesmo processo por duas vezes. 
	A fase orgânica foi levada à chapa aquecedora, submetendo esse extrato a temperatura alta para provocar a evaporação até a secura, restando um resíduo concentrado. Ao resíduo seco foi adicionado aproximadamente 2 ml de ácido sulfúrico para a dissolução e para a viabilização de um meio ácido importante para a reação com os RGA, possibilitando a identificação dos alcaloides quando houve precipitação. Em seguida, com o auxílio de um conta-gotas, transferiu de duas a três gotas da dissolução do resíduo para seis tubos de ensaio, adicionando, posteriormente, duas a três gotas de reagente RGA em cada tubo de ensaio.
	A última etapa do processo foi a identificação dos alcaloides através dos reagentes, estes que são os reagentes de Bertrand, reagente de Bouchardat, reagente de Dragendorff, reagente de Hager, reagente de Meyer e o ácido 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
	A amostra de droga vegetal que foi analisada resultou do processamento da Beladona (Atropa belladonna L.), a análise seguiu o procedimento acima citado de modo que ao adicionar 2 a 3 gotas de cada reagente nos tubos de ensaios contendo os metabólitos extraídos da beladona, percebeu-se que houve a precipitação (indicativo de presença de alcaloide) com somente dois reagentes: o reagente Dragendorff, que é específico para alcaloides endórficos e o reagente de Hager, logo essa droga vegetal analisada apresenta poucos alcaloides. 
	Em relação à literatura, encontrou-se que a Atropa belladonna L. faz parte da família Solanaceae, família que envolve diversas plantas que produzem uma elevada quantidade de alcaloides. A atropina é um alcaloide que está presente na Atropa belladonna L., tem efeito de dilatar as pupilas. Este alcaloide tem atividade anticolinérgica, bloqueando a capacidade de contração da íris, provocando um efeito midriático (aumenta a pupila). Outros alcaloides que podem ser encontrados na beladona são: hiosciamina, apaescopolamina, 3-α-fenilacetoxitropano e tropinona.
Tabela 3 – Determinação da intensidade de precipitação dos alcaloides, de modo que quanto mais sinais positivos maior a intensidade de precipitação.
	Reagentes RGA
	Beladona
	Guaraná
	Meimendro
	Bertrand
	0
	+++
	++
	Bouchardat
	0
	+++
	+++
	Dragendorff
	+
	+++
	++
	Hager
	+
	0
	+++
	Meyer
	0
	0
	++
	Ácido tânico
	0
	+++
	++
	A partir da tabela acima pode-se perceber que a droga vegetal beladona apresenta poucos alcaloides, pois com a adição dos reagentes em cada tubo de ensaio contendo os metabólitos extraídosda droga vegetal, houve precipitação de alcaloides apenas em dois tubos, como já citado acima. E mesmo assim, a precipitação nestes dois tubos foi de baixa intensidade, significando que havia alcaloides. Nos demais tubos não houve precipitado e a solução não ficou nem turva.
	Comparando a beladona com as outras drogas vegetais dos outros grupos da aula prática, percebeu-se que entre o guaraná, o meimendro e a beladona, esta última foi a que apresentou menor quantidade de alcaloides. Tanto o guaraná quanto o meimendro apresentaram grandes quantidades de alcaloides, observado durante a adição dos reagentes nos tubos de ensaio. O guaraná com a adição do reagente Hager e Meyer não formou precipitação e para o meimendro, houve a precipitação para todos os reagentes adicionados.
5 CONCLUSÃO
	A identificação de alcaloides por precipitação é um método rapidamente executado experimentalmente, gerando um resultado confiável e de grande beleza, de modo que percebeu-se que mesmo sendo um método qualitativo (determinando presença ou ausência), a concentração de alcaloide no extrato diluído com ácido 5% interfere na intensidade da precipitação, um fator que explica a presença de alcaloides relatados na literatura científica para a Beladona e a baixa intensidade de precipitação de alcaloides visto na experimentação.
	REFERÊNCIAS
PARABOCZ, G. C. Beladona. Disponível em: < http://www.uepg.br/fitofar/dados/beladona.pdf>. Acesso em: 14/10/14.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Alcaloides. Disciplina de Farmacognosia. Disponível em: < http://www.sbfgnosia.org.br/Ensino/alcaloides.html>. Acesso 14/10/14.
AQUINO, E. M. Análise Fitoquímica. Capítulo 2. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações. Disponível em: < www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46135/tde.../Capitulo2.pdf>. Acesso em: 14/10/14.

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