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REPARO E ALTERAÇÕES DE CRESCIMENTO 02.06

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REPARO E ALTERAÇÕES DE CRESCIMENTO
A capacidade de reparar danos causados por agentes tóxicos ou inflamatórios é crítica para a resistência do organismo.
A resposta inflamatória a microorganismos não servem apenas para eliminar estes agentes lesivos, mas também para estimular os processos de reparo.
REPARO: refere-se a restauração da arquitetura tecidual e da função.
Existem dois tipos de reparo:
Regeneração: os tecidos lesados são capazes de restituir os componentes lesados e essencialmente retornar a seu estado normal ou seja, retornar ao que eram antes em sua forma e função. Logo, o tecido morto é restituído novamente por tecido idêntico àquele que morreu e com isso realizam a mesma função. Ex: Arranhão na mão. Para que ocorra regeneração é preciso que a membrana basal do tecido lesado esteja intacta.
Cicatrização: substituição do tecido destruído por tecido fibroso, pois o tecido lesado é incapaz de se reconstituir completamente, logo, nem a forma nem a função serão idênticas ao tecido que morreu. Ex: Corte profundo. Para que ocorra cicatrização é preciso que haja lesão à membrana basal do tecido.
Ambos os processos necessitam de crescimento celular, diferenciação e interação entre a célula e a matriz extracelular, assim temos:
*células do tecido lesado = tentam restaurar a estrutura normal
*células endoteliais = desenvolvem novo vasos sanguíneos para suprir adequadamente o local com nutrientes necessários.
*fibroblastos = fonte de tecido fibroso que forma a cicatriz para ocupar os defeitos que não podem ser corrigidos por regeneração
O que irá determinar o reparo sendo por regeneração ou cicatrização?
Local da lesão, extensão da lesão, o tipo de resposta inflamatória, tipo de tecido envolvido, etc.
Obs: Toda vez que ocorre cicatrização, ocorre a deposição de tecido conjuntivo na região onde ocorreu a lesão, isso é caracterizado como fibrose. 
1. Formação de novos vasos sangüíneos (angiogênese)
2. Migração e proliferação de fibroblastos
3. Deposição de matriz extracelular
4. Maturação e organização do tecido fibroso (remodelamento)
Caso clínico: Pq o paciente diabético demora tanto pra cicatrizar? A capacidade de formar vaso sanguíneo e proliferação celular é reduzida.
Fatores de crescimento celular: 
Características da proliferação celular:
Células lábeis = divisão contínua (1 e 2) Ex.: epitélio, cavidade oral, trato gastristestinal, sistema hematopoiético
Células estáveis: quiescentes – proliferam-se controladamente. Param a sua multiplicação e só retornam a se multiplicar quando são
Células permanentes = não se dividem. Ex: células nervosas (neurônios) e musculares (miocárdio!)
Fatores de controle do ciclo celular
Positivos = fatores de crescimento
Negativos = ciclinas
A principal ação dos fatores de crescimento é superar os pontos de controle favorecendo a supressão da atividade das ciclinas.
Mecanismos de sinalização:
Autócrina – Parácrina – Endócrina
O reparo envolve a proliferação de várias células e interações estreitas entre as células e a MEC (matriz extracelular)
A MEC (substrato para adesão) regula a proliferação, o desenvolvimento e a diferenciação das células existentes dentro dela. Além disso a MEC apresenta as seguintes funções:
*Suporte mecânico (auxilia na ancoragem e migração celular)
*Controle do crescimento celular (componentes da MEC fazem essa regulação)
*manutenção da diferenciação celular (ptns da MEC podem afetar o grau de especialização)
*Arcabouço para renovação tecidual (a manutenção do tecido normal depende da MEC)
*Armazenamento de mlcls reguladoras (fatores de crescimento são excretados e depositados na MEC)
*A MEC é composta por colágeno, elastina, proteoglicanos, glicoptns, fibronectina, laminina e integrinas.
*Angiogênese (células endoteliais desenvolvem novo vasos sanguíneos para suprir o local)
*Fibroplasia (migração e proliferação de fibroblastos a serem depositados na MEC)
*Remodelação tecidual (maturação e proliferação do tecido fibroso)
Cicatrização de feridas
-Indução do processo inflamatório agudo pela lesão inicial
-Regeneração das células parenquimatosas
-Migração e proliferação das células parenquimatosas e do tecido conjuntivo
-Síntese de ptns na MEC
-Remodelagem do tecido conjuntivo e de componentes parenquimatosos
-Colagenização e aquisição de resistência na ferida.
Cicatrização de ferida cutânea:
Inflamação
Formação de tecido de granulação
Deposição de células na MEC e remodelamento do tecido
Cicatrização por 1ª intenção (cicatrização primária):
24h – neutrófilos, mitose do epitélio basal
1 a 2 dias – células epiteliais migram e proliferam ao longo da derme
3 dias – neutrófilos são substituídos por macrófagos e fibroblastos
Cicatrização por segunda intenção (cicatrização secundária):
Lesão tecidual maior (infarto, abscesso, grande ferida, ulceração)
Coágulo extenso, rico em fibrina na superfície da ferida
Inflamação intensa e grande quantidade de tecido de granulação
Contração cicatricial – miofibroblastos
Fatores que influenciam a cicatrização de feridas:
Locais:
Infecção, fatores mecânicos, corpos estranho, tamanho, localização e tipo de ferida
Sistêmicos:
Nutrição, estado metabólico, estado circulatório, hormônios
Anormalidades na cicatrização de feridas:
Formação inadequada da ferida: deiscência da ferida, ulceração
Formação excessiva dos componentes de reparo: cicatrização hipertrófica (Quelóide), tecido de granulação exuberante
Formação de contraturas: retração cicatricial
ALTERAÇÕES DE CRESCIMENTO CELULAR:
Distúrbios do crescimento e diferenciação celulares
O controle da divisão e diferenciação celulares é feito por um sistema integrado e complexo que mantém a população celular dentro dos limites fisiológicos
Classificação e nomenclatura:
-Volume celular: hipertrofia – hipotrofia
-Taxa de divisão celular: hiperplasia – hipoplasia
-Diferenciação celular: metaplasia
-Do crescimento e da diferenciação celular: displasia - neoplasia
-Outros distúrbios: agenesia, ectopia
Hipertrofia – classificação:
Fisiológica (musculação, puberdade)
Patológica (hipertrofia cardíaca)
Atrofia-hipotrofia: causadas por mecanismos como:
Diminuição do trabalho
Perda da inervação
Diminuição da circulação
Perda do estímulo endócrino
Falta de nutrientes
Envelhecimento

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