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* * UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE/UNINORTE FACULDADE DO ACRE/FAC FACULDADE BARÃO DO RIO BRANCO/FAB * * RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO Uma das características básicas do indivíduo, como ser social e gregário, é a necessidade de companhia, reconhecimento e afeto. Isso é evidente tanto na vida privada como no trabalho. * * Um dos fatores impulsionadores para o desenvolvimento é a forma pela qual nos relacionamos com as pessoas À medida que estamos comprometidos e envolvidos com nossas atividades, nos permitimos experienciar momentos singulares de relacionamento profissional e pessoal; Desnudando a verdadeira maturidade e habilidade comportamental presente em cada um de nós. * * A valorização dos relacionamentos vem tomando força no perfil profissional que as organizações exigem; Onde se buscava, acima de tudo, a experiência técnica, hoje: Se ganhou espaço para as habilidades comportamentais: Flexibilidade, inteligência emocional, criatividade, entre outras. Não basta ser apenas um excelente técnico, temos também que perceber e respeitar as diferenças de cada membro da equipe, portanto reflita sobre sua forma de agir com as pessoas. Tente imaginar como eles lhe percebem e avaliam. * * OBJETIVOS DE UM RELACIOMENTO Auto – realização, auto – aceitação, e auto – respeito. Senso claro de identidade e integração pessoal. Capacidade de formar relacionamentos íntimos, interdependentes e interpessoais com capacidade de dar e receber amor. * * FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA O RELACIONAMENTO Autoconsciência; Esclarecimento dos valores; Exploração dos sentimentos; Senso de ética e responsabilidade. * * FASES DO RELACIONAMENTO Há quatro fases sequenciais do relacionamento entre o profissional e o cliente: 1 - Fase de Pré - interação: explorar seus próprios sentimentos, fantasias e medos, analisando seus pontos fortes e suas limitações profissionais. Obter dados sobre o paciente, quando possível. Planejar o primeiro encontro com o paciente. * * 2 - Fase introdutória ou de orientação: Determinar o motivo pelo qual o cliente procurou ajuda, estabelecer: Confiança; Aceitação e comunicação franca; Explorar os pensamentos, os sentimentos e as ações do cliente identificando os problemas, definir objetivos com o cliente, bem como, estabelecer acordo mútuo para incluir nomes, funções, responsabilidades, expectativas, finalidade, local de encontro, condições para o término e confidencialidade. * * Fase de trabalho: investigar os estressores relevantes, promover o desenvolvimento da introvisão do paciente e o uso de mecanismos de adequação construtivos, discutir e superar os comportamentos de resistência. * * 4 - Fase de encerramento: estabelecer a realidade da separação, rever o progresso da terapia e o alcance dos objetivos, explorar mutuamente os sentimentos de rejeição, perda, tristeza e raiva e ajudá-lo nas interações com os outros o que desenvolveu no relacionamento, profissional – cliente. * * A ultima fase necessita de um cuidado especial para ser realizada, uma vez que, o término do relacionamento pode ser um experiência traumática ↔. * * COMUNICAÇÃO FACILITADORA A teoria da comunicação é relevante para a prática: Estabelece um relacionamento terapêutico → porque implica na condução de informações e a troca de pensamentos e sentimentos; Segundo → é um meio pelo qual as pessoas influenciam o comportamento das outras, tornando assim possível um bom resultado da intervenção direcionada a promover a alteração comportamental adaptativa; Terceiro → a comunicação é o próprio relacionamento. * * NÍVEIS DE COMUNICAÇÃO Comunicação verbal: ocorre através das palavras, escritas ou faladas, e é essencial entre o profissional e o cliente. * * Comunicação não verbal: ocupa todos os cinco sentidos e engloba tudo que não envolve a palavra escrita ou falada. As cinco categorias são: 1. Indícios vocais são ruídos e sons paralinguísticos ou extrafala. 2. Indícios de ação são todos os movimentos do corpo, incluindo a expressão facial e postura. 3. Indícios de objeto são o uso, intencional ou não, de objetos por uma pessoa, como roupas ou outros pertences. 4. Espaço é a distancia física entre duas pessoas 5. Toque é o contato físico entre duas pessoas, sendo a comunicação não verbal mais pessoal. * * PROCESSO DA COMUNICAÇÃO A comunicação humana é um processo dinâmico que é influenciado pelas condições psicológicas e fisiológicas dos participantes. São identificados cinco componentes funcionais: 1. Emissor: o gerador da mensagem. 2. Mensagem: a informação transmitida do emissor para o receptor. 3. Receptor: aquele que recebe a mensagem, cujo comportamento é influenciado por ela. 4. Retorno: a resposta do receptor para o emissor. 5. Contexto: o local onde a comunicação ocorre. Para se obter uma comunicação eficaz é necessário que ela seja voltada para a preservação do auto-respeito. * * TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA * * * * * * DIMENSÕES DO RELACIONAMENTO O profissional de saúde deve adquirir determinadas habilidades e qualidades para iniciar e continuar um relacionamento terapêutico → comunicação verbal e não verbal ↔ Em geral, dividem-se da seguinte maneira: * * Dimensões responsivas: implicam autenticidade, respeito, compreensão empática e senso da realidade. Elas são essenciais na fase de orientação do relacionamento para estabelecer confiança e uma comunicação franca. E continuam a ser úteis em todas as fases do tratamento e término, além de permitir que o cliente atinja a introvisão. * * DIMENSÕES DO RELACIONAMENTO Dimensões orientadas pela ação: incluem a confrontação, a proximidade, a auto revelação do profissional de saúde, *catarse emocional e teatralização. Favorecem o progresso do relacionamento terapêutico identificando os obstáculos ao crescimento do cliente e ressaltando a necessidade não só da compreensão interna, como também da ação externa e alteração do comportamento. *purificação, evacuação ou purgação. * * * * IMPASSES TERAPÊUTICOS Os impasses terapêuticos, ou bloqueios na progressão do relacionamento entre o profissional e o paciente, são de três tipos principais: Resistência. Transferência. Contratransferência. * * São originados de uma série de motivos, porém criam, sem exceção, barreiras no relacionamento terapêutico. * * RESISTÊNCIA É uma tentativa do paciente de não perceber os aspectos que geram ansiedade nele próprio, tornando-se uma relutância natural ou uma defesa. * * Resistência resulta da má vontade do paciente de mudar quando se reconhece a necessidade de mudança; Este comportamento é demonstrado durante a fase de trabalho do relacionamento, porque ele comporta a maior parte de resolução de problemas. * * FORMAS DE RESISTÊNCIAS Supressão e repressão de informações pertinentes; Intensificação dos sintomas; Autodepreciação e visão negativa quanto ao futuro; Busca forçada em relação à saúde, na qual o paciente experimenta uma recuperação súbita mas de curta duração; Inibições intelectuais, que podem evidenciar-se quando o paciente diz que não tem nada em mente ou que é incapaz de pensar sobre seus problemas; falta ou chega atrasado às consultas; ou mostra-se desatento, silencio ou sonolento * * Comportamento de teatralização ou irracional; Conversa superficial; Compreensão intelectual, na qual o paciente verbaliza autocompreensão com o uso correto da terminologia, embora continue com comportamento inadaptado, ou uso da defesa da intelectualização quando não existe introvisão; Desprezo pela normalidade, que fica evidente quando o paciente desenvolveu o discernimento mas se recusa a assumir a responsabilidade pela mudança com base em que a normalidade não é tão atraente; Reações de transferência. * * TRANSFERÊNCIA É uma resposta inconsciente em que o paciente experimenta sentimentos e atitudes pelo PROFISSIONAL que estavam originalmente associados a figuras significativas em sua vida. O termo refere-se a um conjunto de reações que tentam reduzir ou aliviar a ansiedade. Essas reações de transferência só são perigosas para o processo terapêutico quando permanecem ignoradas, sendo os principais tipos, as reações hostis e as reações dependentes. * * CONTRATRANSFERÊNCIA É um impasse terapêutico criado pelo profissional, freqüentemente em resposta a uma resistência do paciente. Refere-se a uma resposta emocional → especifica dada pelo PROFISSIONAL ao paciente, as quais não são justificadas pelos fatos reais, mas sim, um conflito prévio experimentado com tópicos como autoridade, afirmação sexual e independência. Em geral, essas reações são de três tipos: reações de amor ou preocupação intensos; reações de hostilidade ou aversão intensa; reações de ansiedade intensa. * * CONTRATRANSFERÊNCIA Dificuldade de criar empatia com o paciente em determinados aspectos do problema. Sentir-se deprimida durante ou depois da sessão. Falta de empenho na implementação do acordo, como chegar atrasada ou acelerar a prorrogação. * * CONTRATRANSFERÊNCIA Sonolência durante as sessões Sentir raiva ou impaciência com a falta de vontade de mudar do paciente; Estimular a dependência, o elogio ou o afeto do paciente; Discutir com o paciente ou tender a “empurrar” o paciente antes que este esteja pronto; Tentar ajudar o paciente em questões não relacionadas com os objetivos de enfermagem identificados; Envolvimento pessoal ou social com o paciente; * * CONTRATRANSFERÊNCIA Devaneios ou preocupações com o paciente Fantasias sexuais ou agressivas em relação ao paciente; Ansiedade recorrente, intranqüilidade ou culpa relacionadas com o paciente; Tendência a focalizar apenas um aspecto da informação apresentada pelo paciente ou visualizá-la apenas de uma maneira. * * REFERÊNCIAS STUART, G.W & Laraia, M.T Enfermagem psiquiátrica 4 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso editores. 2005. PEDUZZI, Marina. Equipe multiprofissional de saúde: e tipologia. Revista de Saúde Pública. 2001; 31(1): 103-109.São Paulo.
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