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Responsabilidade Civil - Trabalho

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Responsabilidade Civil – Pré-contratual
Marcos Aurelio Alves Mendes
UEFS - Direito
 Entender a responsabilidade civil é de muita importância, principalmente na sociedade de hoje, em que temos tanto apego aos bens economicamente apreciáveis. Com tudo singular é a importância de uma de suas espécie, a responsabilidade civil pré-contratual, na medida em que o contrato tornou-se um dos principais meios de vínculos entre as pessoas.
Como explica Pablo Stolze, “a noção jurídica de responsabilidade pressupõe a atividade danosa de alguém que, atuando a priori ilicitamente, viola uma norma jurídica preexistente (legal ou contratual), subordinando-se, dessa forma, às consequências do seu ato (obrigação de reparar)”. Constatando-se assim duas espécies de responsabilidade civil, a extracontratual e a contratual. A primeira decorrendo diretamente da violação de um mandamento legal, por força da atuação ilícita do agente infrator, e a segunda decorrendo do fato de, se, entre as partes envolvidas já existia norma jurídica contratual que as vinculava, e o dano decorreu justamente do descumprimento de obrigação fixada neste contrato.
Já a responsabilidade civil pré-contratual, também denominada de responsabilidade por culpa in contrahendo ou culpa na formação dos contratos, corresponde à obrigação de indenizar surgida anteriormente à conclusão do negócio jurídico. Corresponde, precisamente, à quebra das negociações preliminares, ou seja, ao rompimento injustificado da legítima expectativa de contratar, em prejuízo à parte que despendeu gastos, em razão de crer na celebração do contrato.
Ressalte-se que, para que seja configurada a responsabilidade civil pré-contratual importante se faz a verificação da seriedade nas negociações preliminares, a qual é a responsável por criar uma confiança entre estas. Sendo assim o marco ensejador da responsabilidade civil pré-contratual o descumprimento da boa-fé objetiva, e por conseguinte, dos deveres contratuais acessórios que dela advém. Exemplo, um rompimento abrupto por uma das partes na negociação sem que aja nenhuma explicação, depois de ter incitado esperanças de uma possível contratação, e nessa negociação teria levantado gastos, ficando assim a outra parte no prejuízo. 
Sendo assim a responsabilidade civil pré-contratual, somente surge quando há dano causado a uma das partes, em razão do rompimento injustificado da avença pela parte que criou no lesado a justa expectativa de contratação.
O CCB/02 não disciplina diretamente sobre a responsabilidade civil pre-contratual, mas tem-se a interpretação dela a partir de sua juridicidade fundamentada no princípio da boa-fé, disciplinada no art. 422 do mesmo. 
Ficando assim o entendimento de que, para haver uma juridicidade na faze anterior a celebração do contrato, ocasionando em uma possível responsabilidade civil os juristas vão depender de uma interpretação para além da literatura legislativa brasileira. 
Referências:
GAGLIANO, Pablo Stolze, Novo curso de direito civil, volume 3: responsabilidade civil / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. — 10. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2012.
BORGES, Thais da Silva, A responsabilidade civil pré-contratual. Disponível em http://jus.com.br/artigos/15108/a-responsabilidade-civil-pre-contratual#ixzz3PYBQZhPK
GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito civil esquematizado, volume I / Carlos Roberto Gonçalves. – São Paulo : Saraiva, 2011.
Slides de sala de aula.

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