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METALURGIA DA SOLDAGEM POR FUSÃO I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA propriedades da zona fundida definidas pela estrutura final e o nível de descontinuidades presentes FATORES efeitos metalúrgicos reações químicas fusão e solidificação da solda resfriamento até a temperatura ambiente Engenharia de Produção Interações na ZF ou solda: I. Gás – metal fundido II. Metal fundido – escória III. Metal fundido – metal base Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA I - INTERAÇÕES GÁS - METAL FUNDIDO absorção de gases que reagem na zona fundida ou migram para a ZTA: 1) POROS porosidade: bolhas de gás aprisionadas no interior da solda ou evidenciadas na superfície da solda consequências: - fragilização da junta - diminuição da seção útil resistente - local de início de corrosão ou acúmulo de substâncias indesejáveis macrografia (corte transversal) vista de cima corte transversal Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA I - INTERAÇÕES GÁS - METAL FUNDIDO absorção de gases que reagem na zona fundida ou migram para a ZTA: 1) POROS origem: a) proteção gasosa do próprio processo: CO2(gás) → CO(gás) + O2(gás) - argônio - hélio Fe + O2(gás) = FeO + C = Fe + CO(gás) → aprisionamento do gás na solda O2, N2 e umidade (H2): “vilões” do ar → falha da proteção do processo de soldagem b) higroscopia dos consumíveis: revestimento do eletrodo revestido e do fluxo arco submerso c) vapores metálicos: revestimentos metálicos no metal base → Zn, Sb/Pb, Al d) oxidação superficial do chanfro e) contaminação: óleo ou graxa na junta, eletrodo ou no sistema de alimentação do eletrodo f) revestimentos por aspersão térmica: gases ou ar aprisionados no interior do recobrimento de ligas metálicas a frio I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA I - INTERAÇÕES GÁS - METAL FUNDIDO (continuaçao) 2) INCLUSÕES inclusões não metálicas insolúveis no líquido que podem ficar retidas no metal depositado após solidificação consequências: descontinuidade na solda, fragilizando a junta soldada; sítio de início ou propagação de trincamento origem: para aços → O2 + Si, Mn, Al (elementos desoxidantes) = SiO2 / MnO / Al2O3 = escória Fe + S ou P = sulfetos trincas associadas à inclusão de escória fragilização do material devido à inclusão de sulfetos Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA I - INTERAÇÕES GÁS - METAL FUNDIDO (continuaçao) 2) INCLUSÕES DE ESCÓRIA micrografia mostrando uma inclusão de escória na transição ZTA/solda 120X - Nital 3% presença de inclusões numa fratura da solda MEV solda metal base Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA I - INTERAÇÕES GÁS - METAL FUNDIDO (continuaçao) 3) PERDA DE ELEMENTOS DE LIGA reações de oxidação consequências: - descaracterização da composição química - alteração das propriedades mecânicas do metal depositado origem: - O2 + elementos de liga Cr - Ni -Si - Mn - Al = óxidos que se incorporam à escória - volatilização durante a soldagem: Zn, Mn → elementos com baixa temperatura de vaporização Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA I - INTERAÇÕES GÁS - METAL FUNDIDO (continuaçao) 3) PERDA DE ELEMENTOS DE LIGA reações de oxidação Exemplo: Soldagem com processo MAG - gás CO2 + arame sólido AWS A5.18 - classe ER 70S-6 CO2 CO + O2 classe S-6 = 1,4 a 1,85% Mn e 0,8 a 1,15% Si teores acima do convencional para compensar a perda destes elementos de liga “reposição” para compor a composição química desejável no metal depositado arco elétrico Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA I - INTERAÇÕES GÁS - METAL FUNDIDO (continuaçao) 4) DISSOLUÇÃO DE GASES reações químicas e difusão consequências: fragilização ou trincamento da solda (e/ou na ZTA) origem: para aços → O2 dissolvido: o gás é solúvel na solda, mas fragiliza ou diminui a resistência mecânica do metal depositado (e/ou na ZTA) H2: colabora com o trincamento a frio na solda (e/ou na ZTA) Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA I - INTERAÇÕES GÁS - METAL FUNDIDO (continuaçao) 5) RESPINGOS salpicos de metal líquido para fora da solda consequências: - desperdício de metal de adição - acabamento superficial durante e após soldagem - necessidade de remoção: tempo/prazo, homem/hora, material de consumo, energia - limpeza para ensaios não destrutivos origem: processo e/ou procedimento de soldagem (parâmetros) - reações explosivas devido ao H2 - modo de transferência metálica nos processos MIG/MAG com arame sólido - parametros elétricos incorretos na soldagem com eletrodos revestidos Engenharia de Produção Interações na ZF ou solda: I. Gás – metal fundido II. Metal fundido – escória III. Metal fundido – metal base Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA II - INTERAÇÕES METAL FUNDIDO - ESCÓRIA funções químicas e metalúrgicas desempenhadas pela escória interagindo com o metal fundido, durante a soldagem: (1 a 5) 1) dissolver e escorificar impurezas ou substâncias contaminantes presentes na junta e no metal fundido 2) escorificar elementos químicos indesejáveis: S e P (para aços) 3) proteção física ao metal de solda líquido contra contaminação por gases da atmosfera ou do meio: a escória sobrenada e solidifica sobre a solda, sendo removida posteriormente pelo soldador 4) incorporação de elementos de liga ao metal depositado para conferir/melhorar as propriedades da solda 5) adição de elementos desoxidantes à solda: elementos afins ao O2 Si, Mn ou Al para aços Engenharia de Produção Interações na ZF ou solda: I. Gás – metal fundido II. Metal fundido – escória III. Metal fundido – metal base Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Diluição = massa do metal base fundido x 100% B x 100% massa total da solda A + B junta de topo B B A junta em ângulo B B A solda de revestimento A A B BB A Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Diluição Soldagem de revestimento resistente ao desgaste com eletrodo que deposita solda com dureza de 225 HV aço baixo carbono dureza = 120 HV 1a camada: 150 HV 2a camada: 185 HV 3a camada: 225 HV ? Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Diluição Soldagem de revestimento resistente à corrosão com eletrodo que deposita solda inoxidável com 13% cromo ?13%Cr 8%Cr 5%Cr aço baixo carbono cromo = 0% Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Aplicações do conceito de diluição ▪ revestimentos protetores: resistente ao desgaste ou à corrosão/oxidação ▪ fabricação de chapas de desgaste ou anticorrosivas ▪ reparo e manutenção de peças desgastadas em serviço Metais de adição e eletrodos de materiais ferrosos ou não-ferrosos para soldagem de revestimentos protetores Normas de consumíveis * AWS A 5.13 e A 5.21: eletrodo revestido - fio sólido ou composto tubular contínuo e vareta * AWS A 5.17 e A 5.18: arame sólido ou composto tubular contínuo * AWS A 5.9: arame sólido ou composto tubular contínuo e fita * AWS A 5.22: arame tubular inox * AWS A5.4: eletrodo revestido inox * EN 14700: consumíveis para revestimento protetor * DIN 8555 (desuso): metais de adição para revestimento Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Revestimentos por solda resistentes ao desgaste Tipos de desgaste mecânico - abrasão: causado por partículas não metálicas que atuam sob uma força ou pressão - impacto: deterioração ou perda gradual de material pelo endurecimento superficial devido a pancada ou golpes sucessivos sobre a superfície - fricção: atrito metal/metal com adesão/emperramento“soldagem a frio” - cavitação: remoção de material pela ação de bolhas de ar/gases - erosão: remoção de material pela ação de partículas abrasivas, dispersas em um meio fluido ou gasoso o tema é normalmente tratado separadamente ! em serviço, a peça estará submetida a 1 e/ou 2 mecanismos de desgaste Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Revestimentos por solda resistentes à corrosão ou oxidação Situações: ambiente reage quimicamente com o material por: - Corrosão: deterioração do metal pela reação química ou eletroquímica com o meio → umidade, temperatura e a presença de compostos químicos aceleram a ação corrosiva dos materiais - Oxidação: desgaste causado pela reação do metal com oxigênio óxido resultante se destaca facilmente da superfície Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Revestimentos protetores por solda Exemplo chapas de desgaste Mecanismos presentes: - abrasão Fatores de trabalho da peça: - granulometria do material - teor de umidade - temperatura - presença de impurezas trincas vista de cima metal base revestimento corte transversal vista de cima Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Revestimentos protetores por solda Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Diluição micrografia Soldagem de revestimento com eletrodo que deposita solda bronze em chapa de aço carbono metal depositado de bronze região de diluição chapa aço carbono (corte transversal) Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Diluição Fatores que influenciam o percentual do metal de base que participa da solda * composição química do metal de base: a mistura com o metal de adição, determinará a composição química da zona fundida * processo de soldagem: por fusão (com metal de adição ou soldagem autógena) ou por pressão - na soldagem autógena por fusão com processos a chama oxiacetilênica, a arco TIG, Plasma, Laser ou por resistência, a diluição é 100%, ou seja, a composição química da solda é igual a do metal base - processos por fusão a arco Eletrodo Revestido, Arame Tubular e Arco Submerso diluição = 10 a 40 %; - processos MIG/MAG diluição vai depender do modo de transferência metálica e tipo de corrente usada - processo arco submerso com eletrodo na forma de fita baixa diluição - Brasagem 0% de diluição. Neste processo a difusão é o fenômeno principal. * energia de soldagem: maior energia maior penetração maior diluição Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Diluição = zero ! Soldagem de revestimento de cobre por explosão em chapa de aço carbono chapa de cobre região de união chapa aço carbono (corte transversal) Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Diluição Fatores que influenciam o percentual do metal de base que participa da solda * operações pós-soldagem - desbaste do revestimento por usinagem ou esmerilhagem para acabamento superficial - faceamento com a superfície da peça 13%Cr 8%Cr 5%Cr usinagem Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Diluição Fatores que influenciam o percentual do metal de base que participa da solda * rebaixo na peça - rebaixamento de uma região da peça para possibilitar mais camadas sobrepostas de solda de revestimento novo ou corretivo, evitando-se a diluição Conclusão propriedades/características do metal depositado Fç (camada de solda e diluição atingida pelo rebaixamento) rebaixo para soldadesgaste Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Diluição Soldagem de reparo em ferro fundido (corte transversal) solda depositada com eletrodo tubular passes de diluição ferro fundido Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM progressiva direção do fluxo de calor por condução ao longo da junta, para cada cordão de solda depositado ou executado em monopasse e multipasse estrutura primária da solda transformação da fase líquida para sólida bruta de solidificação ou bruta de fusão como soldada estrutura secundária da solda microestrutura da solda solidificada transformações durante seu resfriamento até a temperatura ambiente, definindo a estrutura secundária da zona fundida Exemplos: - mudança de fase - formação ou precipitação de carbonetos, nitretos ou fases intermetálicas - crescimento de grão, sentido e direção de solidificação fluxo decalor ZTA sentido e direção de solidificação Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM PROGRESSIVA e DIRECIONAL sentido da solidificação oposto à direção da dissipação de calor por condução na junta fluxo de calor direção de solidificação Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM PROGRESSIVA e DIRECIONAL sentido da solidificação oposto à direção da dissipação de calor por condução na junta Macrografia: junta em multipasse (corte transversal) Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM morfologia da microestrutura corrente contínua pulsada oscilação do arco em corrente contínua vista de cima Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM Trincas de solidificação mecanismo associado a fatores de forma do cordão depositado, gera um estado de tensões desfavorável à solidificação I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM Trincas de solidificação sentido de solidificação junta em ângulo junta de topo Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM Trinca de solidificação Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM Trinca de solidificação Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM a poça fundida, ao se deslocar ao longo do chanfro durante a soldagem, deixa “marcas” sobre o metal depositado, chamadas de escamas quando o processo está dentro dos parâmetros corretos, processo mecanizado/automatizado ou soldador qualificado escamação suave e regular Obs: escamação grosseira configura pequenos concentradores de tensão na solda, não desejáveis quando solicitada por esforços repetitivos de fadiga ou como local de depósito de substancias corrosivas Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM ESCAMAÇÃO DA POÇA FUNDIDA “marcas” sobre o metal depositado MONOPASSE (vista de cima) Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM FORMATO DA POÇA FUNDIDA velocidade de soldagem ESCAMAÇÃO DA POÇA FUNDIDA “marcas” sobre o metal depositado ELÍPTICO grãos mais refinados ausência de uma região central definida pelos grãos que se encontram no meio do cordão de solda GOTA grãos relativamente mais grosseiros região central bem definida pelo encontro dos grãos na solidificação da solda escamação afiladaescamação arredondada MONOPASSE (vista de cima) Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM direção da microestrutura em funçãodo tipo de poça fundida 0,5 mm vista de cima Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM direção da microestrutura em função do tipo de poça fundida vista de cima Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM CRESCIMENTO EPITAXIAL ou DIRETO SEM NUCLEAÇÃO DOS GRÃOS - o início da solidificação se dá pela gênese dos grãos no metal depositado a partir dos grãos presentes na ZTA do metal base - a orientação do crescimento segue a estrutura reticular do grão de apoio solda solda ZTA Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM CRESCIMENTO EPITAXIAL ou DIRETO SEM NUCLEAÇÃO DOS GRÃOS consequencia tamanho de grão na região da ZTA influencia a granulação da solda propriedades e características ZTA solda metal base Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM CRESCIMENTO COMPETITIVO DOS GRÃOS início da nucleação dos primeiros grãos solidificação prossegue pelo desenvolvimento de grãos alongados, em direção ao centro superior da solda crescimento colunar é mais efetivo em função da preferência cristalográfica de cada grão caráter competitivo alguns grãos crescem mais que outros ZTA solda linha de fusão Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM SEGREGAÇÃO QUÍMICA microsegregação entre fases ou grãos ZTA direção de solidificação zona colunar macrosegregação microsegregação no contorno de grão direção de solidificação grão grão grão Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM Segregação consequencia: Trincamento a quente macrografia: junta em monopasse (corte transversal) micrografia: trincamento no encontro das frentes de solidificação (200X - Nital 2%) Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM Trincamento a quente Mecanismo: Tensões térmicas + incapacidade do material de acomodar tensões + temperatura = TRINCA composto de baixo ponto de fusão Fe + S = FeS sulfeto de ferro Tfusão = 1190ºC FeS - Fe = eutético 988ºC Fe3P Tfusão = 1166ºC Fe3P - Fe = eutético 1050ºC Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM aspecto microscópico DESENVOLVIMENTO DA MICROESTRUTURA a) monopasse (com metal de adição ou autógena) a zona colunar apresenta microestrutura primária simples, devido à solidificação e resfriamento da zona fundida zona colunar ZTA Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA Regiões e sub-regiões típicas da solda em multipasse - detalhe ZTA zona reaquecida zona colunar região grosseira região refinada Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZONA FUNDIDA OU SOLDA SOLIDIFICAÇÃO DA POÇA FUNDIDA DURANTE A SOLDAGEM Técnica de Soldagem – Inclusão de Escória Engenharia de Produção ZTA Engenharia de Produção METALURGIA DA SOLDAGEM POR FUSÃO FENÔMENOS NA ZTA a) Tipo, estado/condição de fornecimento, características e propriedades originais do metal base - ligas metálicas endurecidas por solução sólida materiais monofásicos não transformáveis no estado sólido resistência mecânica: adições de elementos de liga substitucionais ou intersticiais Ex: alumínio, cobre e suas ligas no estado recozido, aço extra baixo carbono recozido, aço inoxidável austenítico Temperatura crítica: temperatura de crescimento de grão Efeitos: materiais CCC → diminuição da resistência mecânica e tenacidade da ZTA materiais CFC → não são significativos Engenharia de Produção METALURGIA DA SOLDAGEM POR FUSÃO FENÔMENOS NA ZTA crescimento de grão Engenharia de Produção METALURGIA DA SOLDAGEM POR FUSÃO FENÔMENOS NA ZTA a) Tipo, estado/condição de fornecimento, características e propriedades originais do metal base - ligas metálicas endurecidas por deformação plástica a frio materiais cuja resistência mecânica é conseguida por encruamento Ex: ligas anteriores e demais ligas encruáveis por trabalho a frio Temperatura crítica: temperatura de recristalização e crescimento de grão Efeitos: amolecimento e diminuição da resistência mecânica e tenacidade da ZTA → a ZTA fica mais dútil que o material base Engenharia de Produção METALURGIA DA SOLDAGEM POR FUSÃO FENÔMENOS NA ZTA a) Tipo, estado/condição de fornecimento, características e propriedades originais do metal base - ligas metálicas endurecidas por precipitação: materiais tratáveis termicamente por solubilização e envelhecimento resistência mecânica pela presença de uma 2a fase precipitada finamente dispersa na matriz do material Ex: ligas de Al-Cu, Al-Zn, Mg e Ni Temperatura crítica: temperatura de superenvelhecimento Efeito: diminuição da resistência mecânica na ZTA Engenharia de Produção METALURGIA DA SOLDAGEM POR FUSÃO FENÔMENOS NA ZTA a) Tipo, estado/condição de fornecimento, características e propriedades originais do metal base - ligas metálicas endurecíveis por transformação: materiais termotratáveis que apresentam transformações no estado sólido resistência mecânica pela microestrutura diferenciada e produzidas por tratamentos térmicos convencionais fç = microestrutura resultante de tratamentos de recozimento, normalização e beneficiamento (tempera + revenido) Ex: aço alto carbono, aço carbono baixa, média e alta liga Temperatura crítica: temperatura de transformação de fase em função da velocidade de resfriamento do ciclo térmico de soldagem Engenharia de Produção METALURGIA DA SOLDAGEM POR FUSÃO FENÔMENOS NA ZTA Engenharia de Produção ~ 590 0,45 SAE 1045 T (ºC) 1535 910 723 líquido austenita %C ferrita austenita + ferrita 2,0 25 Diagrama Ferro-Carbono (esquemático) ~ 1400 0,8 temperatura crítica temperatura de fusão Distância (mm) ZTA 3: região intercrítica ZTA 4: região sub-crítica ZTA 1: região de granulação grosseira metal base: ferrita + perlita junta soldada (parcial) zona fundida perlita Repartição Térmica 820 Tmáx (ºC) ZTA 2: região de refino de grão METALURGIA DA SOLDAGEM POR FUSÃO FENÔMENOS NA ZTA b) Processo/Procedimento de soldagem energia de soldagem atua no ciclo térmico imposto à junta (T, t e Vr) energia de soldagem baixa ciclo térmico moderado: a junta fica submetida a temperaturas altas durante um menor intervalo de tempo conseqüências: largura menor da ZTA, tamanho de grão mais fino e velocidade de resfriamento alta Engenharia de Produção I - FENÔMENOS NA ZTA extensão da ZTA em relação à junta soldada em multipasse - processos de baixa energia 1 a 5 mm - processos de alta energia 5 a 20 mm metal base ZTA solda metal baseZTAsolda processo Eletroescóriaprocesso MAG Engenharia de Produção METALURGIA DA SOLDAGEM POR FUSÃO FENÔMENOS NA ZTA fenômenos na zona termicamente afetada extensão da ZTA em monopasse processo de baixa energia: MAG ZTA 3mm Engenharia de Produção METALURGIA DA SOLDAGEM POR PRESSÃO fenômenos de escoamento, deformação plástica, encruamento ou recristalização, fluxo de metal conseqüências diretas nas características e propriedades, conferindo anisotropia à junta soldada a) Encruamento: deformação plástica a“frio” abaixo da temperatura de recristalização do material base resistência mecânica/dureza na junta aumentará, tornando-a menos dútil b) Diluição: como não ocorre fusão da junta, não há diluição Engenharia de Produção METALURGIA DA SOLDAGEM POR PRESSÃO c) Caracterização da junta soldada: - avaliar as propriedades mecânicas e físicas: tração transversal, dureza, desgaste, tenacidade ao entalhe, dobramento transversal - identificar a composição química, através dos percentuais dos elementos: análise química - identificar e caracterizar a microestrutura, inclusões e precipitados: MO, MEV, MET, FA, microsonda - avaliar o grau de corrosão: testes químicos - visualizar o aspecto macro: macrografia d) Ensaios não destrutivos: ensaios e testes para checar a sanidade da junta por líquido penetrante, partícula magnética, ultra-som ou radiografia. Engenharia de Produção CONCLUSÃO a Soldagem proporciona continuidade metálica por ação da fusão ou deformação plástica no estado sólido, podendo induzir na junta soldada ▪ microestruturas simples ou complexas na solda/zona fundida soldagem por fusão (em monopasse ou multipasse) ou por pressão (a frio ou a quente) ▪ variações nas propriedades originais dos materiais possíveis alterações na microestrutura do metal base adjacente à solda: ZTA e “ZPD” ▪ ocorrência de tensões residuais conseqüências pós-soldagem e em serviço ▪ tensões térmicas instabilidade dimensional distorção e empenamento ▪ fragilização, trincamento ou colapso da junta durante/após a soldagem ou em serviço Engenharia de Produção “SOLDAGEM É UMA AGRESSÃO AO METAL” (Paton). “A SOLDAGEM É UMA TECNOLOGIA DE ELIMINAÇÃO DE INTERFACE” Atuação do Engenheiro de Processos conhecimento científico + fundamentos técnicos para minimizar a agressão mecânica/metalúrgica EPS – Especificação do Procedimento de Soldagem e Soldadores qualificados, num ambiente de sistema de gestão da qualidade Engenharia de Produção Engenharia de Produção Um revestimento resistente ao desgaste por abrasão apresentou dureza de 45 HRc com depósito de solda com 9 mm de altura em uma superfície de aço baixo carbono de dureza 20 HRc. Supor que cada cordão de solda depositada com 3mm de altura. O revestimento foi rebaixado para 5mm por esmeril, apresentando dureza de 35 HRc. a) Explique por que ocorreu a diminuição de dureza com o rebaixamento do revestimento por usinagem. b) Descreva um novo procedimento técnico para conseguir a dureza de 45 HRc no depósito com 5mm de altura, usando o mesmo eletrodo (desconsiderar tratamento térmico pós soldagem).
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