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AULA 04 PROBLEMAS PRÁTICOS

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MATERIAL DE APOIO – ADVOCACIA TRIBUTÁRIA (ASPECTOS 
PRÁTICOS) 
AULA 04 
 
I. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS PRÁTICOS 
 
(i) Em 1989, o Sr. Mário Marques, cearense erradicado no Estado de 
Goiás, colocou em prática um sonho seu, montar seu próprio negócio 
com uma poupança que havia formado exatamente para este feito. 
Desta forma, em janeiro de 1990, iniciou seus planos alugando uma 
casa e assumindo diversos compromissos com fornecedores e bancos, 
todos de acordo com seu orçamento e controle financeiro. 
O que o Sr. Mário Marques não contava era com um confisco que iria 
ocorrer em março de 1990, onde a Ministra da Economia a época, 
Zélia Cardoso de Mello, determinou que saldos em contas acima de 50 
mil cruzados novos fossem bloqueados por 18 meses. 
Com tal ato governamental, por pouco o Sr. Mário Marques não 
cometeu suicídio, haja vista que ficara completamente desprovido de 
suporte financeiro, bem como iniciou uma falência irreversível, 
tornando-o completamente inadimplente com terceiros e órgãos 
públicos, logo, seus registros ficaram totalmente negativos. 
Em decorrência de seu nome sujo, viu em sua filha, Cláudia Marques, 
a oportunidade de um novo recomeço, pois, ao usar o seu CPF para 
abrir uma nova empresa poderia retornar ao mercado e tentar 
recomeçar. 
Desta forma, o Sr. Mário Marques convenceu sua filha, a época 
universitária com 20 (vinte) anos, a abrir uma firma individual, em que 
o mesmo fosse o preposto responsável pela gestão da entidade e cuja 
razão social seria Cláudia Marques Comércio de Bebidas – ME. 
Receosa, Cláudia aderiu a idéia do pai sem muito exitar, constituindo a 
entidade em janeiro de 1999. 
No de correr do mesmo ano, Cláudia Marques conclui o seu curso 
superior e passou em concurso público onde foi lotada em outra 
Unidade da Federação, o Estado do Rio de Janeiro. 
Sendo assim, a mesma migrou para o referido estado e após 8 (oito) 
anos teve a infeliz surpresa de receber uma carta precatória a citando 
como devedora de 500.000,00 (quinhentos mil reais) referente a multas 
tributárias por descumprimento de obrigação tributária acessória, 
conforme informações abaixo: 
 
Auto Competência Valor 
AI - 000001 10/1999 R$ 150.000,00 
AI - 000002 01/2002 R$ 100.000,00 
AI - 000003 02/2002 R$ 150.000,00 
AI - 000004 03/2002 R$ 100.000,00 
 
(ii) Diante de ato de autoridade pública supostamente eivado de 
ilegalidade, FULANO DE TAL impetrou Mandado de Segurança com 
pedido liminar para suspender a exigibilidade do crédito tributário 
referente ao imposto de renda, no valor de R$ 20.000,00. Deferida a 
liminar, o Juízo de Primeiro Grau demora 03 anos para julgar o mérito 
e, ao fazê-lo, denega a segurança pleiteada. O contribuinte, então, 
interpõe Apelação, acreditando que, ao ser recebida no duplo efeito, 
preservar-se-ia os efeitos da liminar outrora concedida. A Fazenda, por 
sua vez, ajuíza execução fiscal para a satisfação do crédito, que a esta 
altura alcança o patamar de R$ 24.000,00, ante o acréscimo de juros de 
mora e correção monetária. Em sede de execução, o contribuinte alega 
que a mesma deve ser extinta em face da existência de mandado de 
segurança ainda não transitado em julgado. Pergunta-se: 
 
(a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta 
sem julgamento de mérito, como quer o contribuinte? 
(b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança? 
 
(iii) Durante os anos de 1989 a 1994 o Governo Federal, através do extinto 
DAC (Departamento de Aviação Civil) tabelou os preços das 
passagens aéreas que as empresas cobrariam dos passageiros e na 
composição daquele preço o ICMS não foi incluído. Não obstante, os 
Estados continuavam a cobrar das cias aéreas vultosa quantia a título 
de ICMS. Posteriormente, aquele ICMS veio a ser considerado 
INCONSTITUCIONAL, sendo possível, em tese, o pedido de 
restituição. Imediatamente, a CIA AÉREA VOE MELHOR – 
tempestivamente – pleiteou a restituição, via ação judicial de repetição 
de indébito, em dobro, do ICMS indevidamente recolhido. A Fazenda 
Estadual, por sua vez, contestou o pedido alegando, preliminarmente, a 
ilegitimidade da contribuinte por descumprimento ao artigo 166 do 
CTN e ocorrência de prescrição. No mérito, sustentou a 
impossibilidade de devolução do valor pago em dobro. 
Enfrente todos os argumentos da Fazenda estadual, citando se os 
mesmos são procedentes ou não.

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