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Analise Escrita sobre o Espetáculo PRETO

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FACULDADE MONTEIRO LOBATO
PRODUÇÃO DE ESPETÁCULOS CÊNICOS 
PRODUÇÃO DE TEXTOS / Prof: Joice Welter Ramos
Minha ida ao Teatro...
PRETO
CIA. BRASILEIRA DE TEATRO (PR)
	PRETO, foi o espetáculo que eu estava mais ansioso para assistir, cheguei cedo para dar apoio na entrada do teatro ,validando os ingressos vendidos online, e tentar a sorte em conseguir um bom lugar para assistir o espetáculo. Foi dia de casa lotada, havia muitas pessoas fazendo fila para tentar comprar ingresso no caso de alguma desistência, infelizmente todos na fila não puderam entrar, somente os que estavam na fila dos crachás puderam entrar e foi nessa hora que consegui correr para tentar um lugar bom para assistir, felizmente (ou não) eu consegui espaço somente no camarote lateral - mais conhecido como: Puleiro - onde a visão era muito prejudicada devido a altura e quantidade de pessoas no mesmo lugar.[0: Fila composta por artistas e imprensa, devidamente identificados com um crachá, que tiveram gratuidade para ocupar as cadeiras que sobraram no Teatro.]
	Mesmo com todas as dificuldades, estava disposto a assistir a peça - mesmo de pé, com a cabeça encostando no teto do Theatro São Pedro - onde alguns dos atores já estavam entre o público e iniciaram a peça ali mesmo. Uma das atrizes sobe ao palco, os outros não, senta-se um uma cadeira, de costas para o público, posicionada no lado direito do proscênio com uma câmera em sua frente, inicia seu discurso sobre sempre ser convidada para falar do tema preto, negro, negritude e convida alguém da plateia para ajudar em cena, posicionando e reposicionando uma mesa, cadeira e um pedestal de microfone.
	O espetáculo vai a fundo nas formas de olhar para a coexistência entre negros e brancos na sociedade brasileira, os atores apresentam-se com os próprios nomes e trazem à cena suas vivências como artistas brancos e pretos. é impossível um colocar-se no lugar do outro, somente o negro sabe de suas experiências diante à sociedade. 
	Houve dois momentos que, pra mim, foram muito marcantes como: Renata Sorrah, protagonizando uma cena de sexo junto à Grace Passô, as duas unidas por um microfone no centro do palco e somente descrevendo as ações do coito. Cássia Damasceno vai ao proscênio e diz que vai cantar lá do fundo do palco, quando lá chega diz “Não. Eu não vou Cantar para vocês!” repete a ação falando em sambar, por fim não samba para a plateia, assim negando-se a fazer o que normalmente é o esteriótipo da mulher negra e “gostosa”. O espetáculo ainda conta com inúmeras cenas marcantes, como a apresentação de Grace cantando e atravessando a plateia de um lado a outro sendo iluminada por duas lanternas nas mãos de um ator, que também atravessou a plateia.
	No fim da peça, saí do Teatro - com as costas doendo, pelo tempo que fiquei de pé - refletindo sobre a peça e também foi uma das únicas vezes em que consegui deixar o produtor de lado e assistir a peça como espectador, um exercício que não faço a tempos.

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