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Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 43 AULA 02 – TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS Diletos alunos, tudo bem? Espero que sim. Resta-nos pouco mais de 30 dias para o dia da prova objetiva. É chegada a hora de concentrar todos os esforços em prol da aprovação. Dê aquele gás nos estudos! Faça como o Ayrton Senna, treine quando todos estiverem dormindo, mantenha o foco, busque o seu limite! Abra mão de tudo o que te afasta do objetivo maior. Tenha força de vontade, paciência e discernimento para fazer as melhoras escolhas durante esses últimos dias que antecedem o seu teste. A aprovação num concurso público não depende somente dos estudos. É preciso ter FÉ, estratégia, prudência, momentos higiene mental e, acima de tudo, a consciência fixada num único objetivo e a crença de que, agindo assim, todas as forças do mundo vão conspirar para a concretização dos seus sonhos. Isso se chama FOCO! Procurem ler um pouco mais sobre a Lei da Atração e compreenda o que estou querendo dizer. É impressionante! A aula de hoje, tanto quanto as demais, vai exigir de você bastante atenção. São temas muito importantes para o seu concurso. Iai, preparados? Contem sempre comigo! Um forte abraço, Aristócrates Carvalho Assuntos da aula de hoje: Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 43 Modalidades de contrato de afretamento: afretamento a casco nu, por tempo de viagem e por viagem. Nacionalidade e propriedade das embarcações: gestão náutica e gestão comercial das embarcações; Incoterms e os contratos de transporte marítimos internacionais. CONTRATOS DE TRANSPORTES Considerações iniciais O transporte marítimo de cargas é uma atividade que envolve diversos atores e relações internacionais intercambiárias. Tais relações são operadas por intermédio de navios, agentes e normas internacionais. Segundo Pereira e Cazzaro, pode-se conceituar transporte como um conjunto de meios que possibilitam o deslocamento de bens e pessoas, no qual uma pessoa natural ou jurídica obriga-se a transportar, de um local para outro, outra pessoa ou coisa mediante pagamento de um determinado valor Não obstante a competência de que dispõem as nações para legislar sobre o seu Direito Comercial, em seu plano interno, a característica de internacionalidade do transporte marítimo acaba por criar alguns conflitos entre normas, acarretando a incidência de leis de países distintos nas relações travadas entre as partes. Nesse sentido, para facilitar a celebração desses contratos de transporte, foram criadas regras uniformes, por meio de tratados e convenções internacionais disciplinadores das relações de comércio internacional. Imaginem o seguinte exemplo: Uma empresa do país “A”, localizada na Coréia do Sul, firma contrato de exportação com a empresa “B”, com sede no Brasil. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 43 Sabemos que as leis comerciais dos países citados são diferentes, principalmente pelos usos e costumes de cada local. Com base no exposto acima, qual lei deveremos aplicar ao caso concreto? A lei do Brasil ou da Coréia do Sul? Pessoal, que problemão hein? Daí a necessidade de se criarem normas internacionais objetivando a uniformização das regras norteadoras das relações de comércio internacional. A eficiência logística também depende muito dessa unidade, principalmente porque garante a diminuição dos entraves burocráticas que atrasam sobremaneira o transporte das cargas, sem falar na redução dos custos das operações de transporte, manipulação e armazenagem de mercadorias e a constante melhoria na qualidade do serviço prestado. Há um organismo internacional conhecido como UNCITRAL, que é a Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial, surgida da necessidade de harmonização das legislações dos países em aspectos que interfiram no comércio internacional. Assim, a UNCITRAL é a entidade que formaliza as regras padronizadas internacionalmente. As regras jurídicas internacionais estabelecem cláusulas padronizadas que devem constar nos contratos comerciais, incluindo, por exemplo, a divisão de responsabilidade em relação ao frete e seguro, os meios de solução de conflitos que possam ocorrer entre as partes etc. Portanto, afigura-se essencial o entendimento desse sistema por parte dos futuros servidores da área de regulação da ANTAQ, haja vista que vocês atuarão na fiscalização dessa atividade. Neste instante precisamos identificar e conceituar os principais atores envolvidos no Transporte Internacional de cargas e as suas funções dentro sistema. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 43 A atividade de transporte marítimo requer alto grau de profissionalismo das pessoas que se propõe a fornecer esse serviço, principalmente porque têm ingerência sobre as principais questões ligadas ao desenvolvimento do setor. Os mais importantes são: Proprietário do navio e armador. Dito isto, vamos começar a analisá-los. A Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (LESTA), Lei nº 9.537/1997, nos dá a definição de Proprietário e Armador no seu Art. 2º, I. Proprietário do Navio É a pessoa física ou jurídica em nome de quem a propriedade da embarcação é inscrita na autoridade marítima e, quando legalmente exigido, no Tribunal Marítimo. Em resumo: é o dono da embarcação, a pessoa física ou jurídica que, como na posse de um imóvel qualquer, deverá registrar o navio em algum país. No Brasil, o registro dos navios brasileiros é feito pelo Tribunal Marítimo, ligado à Marinha do Brasil. Armador É a pessoa física ou jurídica que, em seu nome e sob sua responsabilidade, apresta (aparelha, equipa) a embarcação com fins comerciais, pondo-a ou não a navegar por sua conta. Portanto, o armador é o responsável por armar o navio, ou seja, prover os meios materiais para que o mesmo possa navegar. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 43 Numa outra definição, é a pessoa que providencia o provimento de um navio e também o explora comercialmente. Na maior parte dos contratos de transporte marítimo o armador também tende a ser o proprietário dos navios; há casos, porém, em que não há tal coincidência, como se dá no contrato de afretamento a casco nu, conforme veremos mais adiante. Podemos classificar os armadores nas seguintes categorias: Armador Proprietário (shipowner) - Quando o proprietário explora diretamente o navio. Nesse caso, o Armador é o Proprietário do navio e vice-versa. Armador Gerente (Managing owner) - Essa categoria de armador ocorre quando o navio pertence a várias pessoas (parceria marítima) sendo que os co-proprietários nomeiam um deles para administrara parceria ou, então, nomeiam uma pessoa estranha à sociedade para a administração. Armador Locatário (Ower pro tempore) - Também chamado Afretador, quando recebe o navio sob qualquer modalidade de cessão com poderes para administrá-lo, ou seja, detém a gestão náutica da embarcação. Armador arrendatário – Esta espécie também detém a gestão náutica do navio arrendado. A diferença em relação ao armador-locatário é justamente a espécie de contrato que permite a exploração do navio. No contrato de arrendamento mercantil (denominado de leasing) existe a opção da compra do navio ao término do contrato, o que não ocorre com a locação. Armador-transportador (carrier-owner) - é o transportador que detém a gestão náutica do navio, armando e explorando o navio para utilização específica no transporte de pessoas ou de mercadorias; Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 43 Armador-Estado (State-owner) – Dar-se-á quando o Estado detiver a gestão náutica do navio, armando e explorando o navio de sua propriedade ou não; Armador-operador ou Armador-virtual (NVOCC – non- vessel operating common carrier) - São transportadores marítimos que não possuem frota mercante própria. Realiza o transporte marítimo operacionalizando contrato de fretamento ou contrato de transporte em navios que não são de sua propriedade; Portanto, não se esqueça da regra de ouro: armação e propriedade do navio são conceitos distintos; nem sempre o armador será a pessoa que te a propriedade do navio. AGÊNCIA DE NAVEGAÇÃO Os armadores, em geral, são sediados em um determinado país, e seus navios tocam portos em todos os continentes. Dessa forma, precisam credenciar representantes nos vários portos em que atuam. Tais representantes são denominados “agências de navegação”, sendo responsáveis pelo suprimento das necessidades materiais dos navios e pela intermediação comercial, angariando cargas para os mesmos. DESPACHANTE ADUANEIRO É o profissional credenciado pela administração aduaneira para prover o desembaraço de mercadoria dos embarcadores e consignatários. Normalmente possuem procuração do interessado para agir junto às administrações aduaneira e portuária. FORNECEDORES DE NAVIOS São pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam ao comércio de materiais, peças e equipamentos de consumo, combustível e alimentação para o uso nas embarcações mercantes. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 43 CONTRATOS DE TRANSPORTE MARÍTIMO O contrato de transporte marítimo pode ser conceituado como aquele em que ao transportador cabe a obrigação de conduzir, ao embarcador, determinadas mercadorias de um porto para outro mediante o pagamento de uma quantia denominada frete. Ademais, configura-se como uma relação que se inicia com o recebimento das mercadorias para transporte e se extingue com a sua entrega aos destinatários ou a quem apresentar o documento conhecido como conhecimento de embarque. Nas palavras de Dias, o contrato de transporte marítimo, “[...] é o instrumento que estabelece o vínculo jurídico entre o transportador e o consignatário dos bens que serão transportados e cria obrigações para os contratantes numa relação bilateral, ou seja, onde há direitos e obrigações recíprocas entre as partes contratantes.” O contrato de transporte está sujeito a prazos e condições que devem ser observados pelas partes. Sendo assim, o transportador incorrerá em mora e outras penalidades caso não cumpra o que foi avençado no instrumento. A escolha por uma ou outra modalidade de contrato guarda estreita relação com a utilização do navio, de sorte que é o volume de carga a ser embarcada que vai ditar a forma de utilização do navio pelo embarcador. CONHECIMENTO DE EMBARQUE O transporte marítimo de linha regular apresenta um itinerário predeterminado e repetitivo, com portos e escalas fixas, cumpridas com grande aproximação. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 43 As condições de transporte são estabelecidas unilateralmente pelas companhias marítimas ou conferências de frete, através da aplicação das condições definidas pelas tarifas e pelas cláusulas do Conhecimento de Embarque. O Conhecimento de Embarque, Conhecimento de Transporte ou Bill of Landing é um dos documentos mais importantes da navegação e um dos mais importantes do Comércio Exterior. É o documento que instrumentaliza o contrato de transporte marítimo. Carla Gilbertone lembra que o conhecimento de embarque pode ser considerado um contrato de adesão, "onde o usuário do navio não tem, praticamente, nenhum direito de alterar seus termos, que são pré-fixados, ou seja, são preparados antecipadamente, em modelos impressos". E ainda lembra que "em nenhuma parte do conhecimento consta que o transportador conduzirá a carga de um lugar para o outro. Ele se limita a declarar que as mercadorias foram „recebidas para embarque‟, ou que foram „embarcadas‟ no navio denominado" Neste documento devem estar contidas todas as informações necessárias à realização do transporte e à delimitação das responsabilidades das partes. Quis-se fazer do conhecimento um documento tão exato quanto possível relativamente à identificação das fazendas, de forma que o destinatário, pelo simples exame, fique elucidado sobre a natureza e valor do que lhe é dirigido e ainda para não dificultar o crédito bancário. A segurança do comércio exige que as declarações constantes do título de transporte de mercadorias, por virtude sobretudo do crédito documentário, sejam exatas e fidedignas (Matos, p.249) Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 43 As funções básicas de um Bill of Land são as seguintes: Servir como um recibo de entrega da carga a ser embarcada. Evidenciar um contrato de transporte entre a companhia marítima e o usuário. Representar um título de propriedade da mercadoria (transferível e negociável). Os B/Ls são emitidos em três originais negociáveis idênticos, que são entregues ao embarcador (exportador) para que os apresente ao banco e receba o valor estipulado no crédito documentário. A seguir, os documentos serão enviados via banco ao importador, para que este possa retirar as mercadorias. Algumas vezes envia-se um original juntamente com as mercadorias (ship's Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 43 bag), visando prevenir uma possível demora bancária que atrase a entrega do Conhecimento ao importador. No que atine à tripulação do navio, o conhecimento de embarque é o documento pelo qual se reconhece haver sido recebida, a bordo do navio, pelo Comandante, a carga a fim de ser transportadapara o seu destino, mediante o frete estipulado. O nosso Código Comercial é expresso ao exigir a manutenção desse documento a bordo (Art. 446, V). Deverão constar no Conhecimento de Embarque os seguintes dados (Bergman, 2009): a) a natureza geral das mercadorias; as marcas essenciais necessárias à sua identificação; uma declaração expressa, se for o caso, de que a mercadoria é perigosa; o número de volumes e o peso da mercadoria, de acordo a descrição feita pelo embarcador; b) o estado aparente das mercadorias (a cláusula clean on board indica que as mercadorias estão em bom estado aparente, de acordo com as marcas e numeração fornecidas pelo embarcador); c) o nome e o endereço do transportador; d) o nome do embarcador; e) o nome do destinatário; f) o porto de carga e a data em o transportador recebeu as mercadorias; g) o porto de descarga; h) o número de originais do Conhecimento de Embarque, em caso de haver mais de um; Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 43 i) o lugar de emissão do Conhecimento de Embarque; j) a assinatura do transportador ou seu agente; I) o frete e o local de pagamento; m) a declaração que permite, se for o caso, que as mercadorias sejam transportadas no convés do navio; n) a data ou prazo de entrega das mercadorias no porto de descarga; o) a legislação aplicável (Regras de Haia, Haia- Visby ou Hamburgo). Na parte posterior de um Conhecimento de Embarque encontram-se todas as suas cláusulas. A Cláusula Principal, ou Paramount, é a que incorpora a legislação aplicável ao Conhecimento de Embarque. As demais cláusulas servirão apenas para detalhar as regras incorporadas, não podendo nunca se contrapor a elas; p) os limites de responsabilidade pactuados entre as partes, no caso de serem superiores aos previstos nas regras aplicáveis. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 43 (CESPE/ANTAQ-2009/ CF-ESPECIALISTA) Considerando a base legal do transporte aquaviário no Brasil, julgue os próximos itens. 1. Segundo dispositivo legal pertinente ao assunto, compreende-se como armador somente a pessoa jurídica que, em seu nome e sob sua responsabilidade, apresta a embarcação para sua utilização, pondo-a ou não a navegar por sua conta. Comentários: Armador é a pessoa física ou jurídica que, em seu nome e sob sua responsabilidade, apresta (aparelha, equipa) a embarcação com fins comerciais, pondo-a ou não a navegar por sua conta. Portanto, o armador é o responsável por armar o navio, ou seja, prover os meios materiais para que o mesmo possa navegar. Numa outra definição, é a pessoa que providencia o provimento de um navio e também o explora comercialmente. Na maior parte dos contratos de transporte marítimo o armador também tende a ser o proprietário dos navios; há casos, porém, em que não há tal coincidência, como se dá no contrato de afretamento a casco nu, conforme veremos mais adiante. Gabarito: Errado 2. Tanto o armador como a empresa de navegação são obrigados a ter registro no Tribunal Marítimo Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 43 Pessoal, somente ao proprietário do navio é feita tal exigência. Será obrigatório o registro da propriedade no Tribunal Marítimo, se a embarcação possuir arqueação bruta superior a cem toneladas, para qualquer modalidade de navegação. Gabarito: Errado 3. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS-2013/CONSULTOR) O amador e o armador são atores presentes no sistema portuário tipificados na legislação brasileira que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário. O amador possui habilitação certificada pela autoridade marítima para operar embarcações de esporte e recreio em caráter não profissional. O armador, detentor exclusivo da propriedade da embarcação, apresta-a, decidindo sobre a oportunidade de navegar. Comentários: A Lei Nº 9.537/97 traz a definição de amador e armador. Tenham muito cuidado para não confundir essas duas figuras. Um “r” pode fazer toda a diferença. AMADOR: Todo aquele com habilitação certificada pela autoridade marítima para operar embarcações de esporte e recreio, em caráter não-profissional; ARMADOR: Pessoa física ou jurídica que, em seu nome e sob sua responsabilidade, apresta a embarcação com fins comerciais, pondo-a ou não a navegar por sua conta; Lembre-se de que armação e propriedade do navio são conceitos distintos; nem sempre o armador será a pessoa que tem a propriedade do navio. Eis o erro da questão. Gabarito: Errado Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 43 4. (CESPE/PETROBRÁS-2004/ANALISTA DE TRANSPORTE JR./) O conhecimento de transporte é título representativo das mercadorias embarcadas a bordo de navio para transporte. Comentários: O Conhecimento de Embarque, Conhecimento de Transporte ou Bill of Landing é um dos documentos mais importantes da navegação e um dos mais importantes do Comércio Exterior. É o documento que instrumentaliza o contrato de transporte marítimo. Neste documento devem estar contidas todas as informações necessárias à realização do transporte e à delimitação das responsabilidades das partes. Gabarito: Correto 5. O conhecimento de transporte marítimo, também conhecido por bill of landing, é documento que prova a existência de contrato de transporte Comentários: Justamente. Devemos usar o mesmo raciocínio da questão anterior, ou seja, compreender o conhecimento de carga como o documento que instrumentaliza o contrato de transporte marítimo, provando a sua existência. Gabarito: Correto CONTRATOS DE (A) FRETAMENTO E CARTA DE PARTIDA (Chater Party) Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 43 O afretamento é o ato de alugar, arrendar, tomar para si um navio para operá-lo ou embarcá-lo, podendo ser realizado por um armador ou embarcador que necessita de um navio. O fretamento é o inverso do afretamento, isto é, significa o ato de alugar, entregar a alguém o navio, e isto é feito pelo armador ou proprietário da embarcação. Ocorre mediante um frete ajustado, sempre negociado entre o afretador e o fretador e é definido de várias maneiras. Poderá ser estabelecido de acordo com o espaço a ser utilizado, ou seja, um frete por tonelada, por metro cúbico ou por pé cúbico. A navegação livre ou tramp, ao contrário da linha regular, caracteriza-se pela irregularidade ou eventualidade; por isso também é chamado de serviço eventual. As viagens são planejadas para cada navio, emfunção da carga obtida para o mesmo, e não há repetição de itinerário, salvo em casos de viagens consecutivas. O frete a ser aplicado é decidido em cada caso, em negociações entre a companhia marítima e o usuário, em função da classe da carga, características da viagem, e oferta e demanda existentes no mercado (Bergman, 2009). Desta feita, enquanto o conhecimento de carga instrumentaliza os transportes de mercadoria em navegação “liner”, os contratos de afretamento operacionalizam o transporte de mercadorias na navegação não regular (ou seja, na navegação “tramp”). Com o objetivo de regulamentar as formas de exploração e gestão do navio, a Lei nº 9.432/97, que dispõe sobre a ordenação do transporte aquaviário e dá outras providências, nos elencou três modalidades de afretamento: a casco nu, por tempo e por viagem. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 43 MODALIDADES DE AFRETAMENTO (I) Afretamento do navio a casco nu (Bare Boat) Nesta modalidade de arrendamento, o proprietário (fretador) do navio o freta a “nu”, ou seja, sem armá-lo nem equipá-lo, ao afretador (charterer) por um prazo determinado, com a condição do pagamento do frete. Nesse tipo de contrato de afretamento o afretador arca com todos os custos, tanto os variáveis quanto os fixos. Cabe a ele escolher o capitão e a tripulação por exemplo. Este afretamento costuma ser feito em dólares por Toneladas de Porte Bruto - TPB da embarcação (deadweight tonage) e por mês de calendário, o que significa que o afretador pagará ao fretador mesmo que a embarcação esteja parada para reparos, já que a responsabilidade de armar o navio e explorá-lo é inteiramente sua. O frete para o mês subseqüente costuma ser pago de forma antecipada (Bergman, 2009, p.85). E o que seriam custos variáveis e fixos? CUSTOS FIXOS Custos fixos são aqueles que se originam independentemente da utilização do navio. São necessários para a manutenção do navio em atividade. Subdividem-se em: Custos de capital e gastos fixos. Os custos de capital são os investimentos que o armador efetua para aquisição da embarcação, seja por financiamento ou pagamento à vista. Os gastos fixos são aqueles necessários para a manutenção do navio em bom estado funcionamento, como os salários da tripulação, manutenção, seguros, apetrechos e estrutura. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 43 CUSTOS VARIÁVEIS O seu fato gerador é a própria utilização comercial do navio: gastos com combustível, pagamentos das operações portuárias de atracação, amarração, carga e descarga, por exemplo. Vieira (2009) lembra que, para o fretador, este tipo de contrato é simplesmente uma operação financeira sem nenhum risco operacional e, para o afretador, também é interessante, pois poderá explorar um navio com tripulação própria sem ter que fazer um alto investimento em sua compra. (ii) Afretamento por tempo (Time charter) Nessa espécie de contrato o fretador se obriga a colocar o navio armado à disposição do afretador por um tempo determinado, que pode ser de um mês a 20 anos. Antes de prosseguir, e para melhorar a nossa compreensão do tema, gostaria de esclarecer dois conceitos: Gestão Náutica e Comercial. A Gestão Náutica cuida de todos os atos que se referem ao bom funcionamento da embarcação enquanto meio de transporte capaz de cumprir os prazos e condições estabelecidas (Equipagem, Custos de capital Gastos fixos Custos fixos Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 43 armação, manutenção, pagamento da tripulação e contratação de seguro). A Gestão Comercial, como já nos adianta o nome, cuida dos atos meramente comerciais do contrato, como decisões sobre a atividade do navio, quais os tipos de cargas a aceitar, itinerários, despesas com estadia, carga e descarga. Em relação ao Time charter, temos que o afretador será responsável pela gestão comercial e pelos custos variáveis; Já o fretador será responsável pelos gastos fixos. Nesta modalidade, o frete costuma ser fixado em dólares por Tonelada de Porte Bruto - TPB e mês de serviço da embarcação, o que significa que, quando o navio estiver fora de serviço para reparos, o afretador não precisará pagar o frete (of! hire). A forma de pagamento, assim como na modalidade anterior, ocorre em períodos regulares (geralmente meses), antecipadamente. (Vieira, 2009, p.86) (iii) Afretamento por viagem (Voyage Charter) Essa modalidade se subdivide em única viagem e viagens consecutivas. Única viagem Afreta-se a embarcação para uma única viagem entre dois portos. Nesta modalidade, na maior parte das vezes, a Gestão Náutica fica a cargo do fretador e a comercial a cargo do afretador. Viagens consecutivas O contrato costuma ser por tempo determinado, estipulando- se que o navio fará o número máximo de viagens possíveis no período. Normalmente é fixada uma cláusula determinando que Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 43 o tempo em que o navio navega vazio não deve nunca superar o tempo em que ele navega carregado. A seguir, um resumo dos tipos de contratos, gestão e responsabilidades: DOCUMENTOS DE AFRETAMENTO Nos Contratos de Afretamento, o documento que o titula e estabelece as suas condições é denominado Carta de Fretamento (Charter Party). Assim como o Conhecimento de Carga, nos contratos de transporte, a carta de partida é o instrumento formal que comprova a existência de um contrato de fretamento entre fretador e afretador. No seu bojo são discriminados todos os detalhes acertados entre as partes como: Valor do frete; Forma de pagamento; Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 43 Prazos para embarque e desembarque; Penalidades por demoras; Descrição da mercadoria e quantidades; Obrigações das partes etc. Frise-se que no contrato de fretamento a casco nu esse instrumento é denominado de carta-partida a casco nu (bareboat charterparty); no fretamento por tempo é denominada de carta- partida por tempo (time charterparty); e no fretamento por viagem tem-se a carta-partida por viagem (Voyage charter party). CLÁUSULAS IMPORTANTES NOS CONTRATOS DE TRANSPORTE Algumas importantes cláusulas são incluídas nos contratos marítimos para tratar de questões específicas que podem ocorrer durante a execução a sua execução. Normalmente são cláusulas que favorecem o armador do navio. Vamos avaliar as principais. “Negligence Clause”: por intermédio dessa cláusula, o transportador se declara irresponsável pelos atosde negligência do comandante do navio e da tripulação, tanto quanto às faltas náuticas quanto em relação às comerciais. Contudo, segundo as regras de Haia para unificação de certas regras sobre conhecimento de embarque (1924), as causas que permitem a exclusão da responsabilidade do transportador são expressamente previstas e limitadas tão somente a estas: Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 43 “Demurrage”: refere-se à taxa paga como indenização ao proprietário do navio quando a carga ou descarga não se realiza dentro do prazo estipulado. “Insurance Clause”: tem por finalidade exonerar a responsabilidade do armador no que tange aos riscos suscetíveis de seguro. “Paramount Clause”: por meio dessa cláusula se estabelece a legislação que irá ser aplicada (legislação inglesa, regras de Hamburgo, etc.) _“Exception General Clause”: é toda e qualquer cláusula que exonera de responsabilidade o armador do navio (como vimos acima, a negligence clause, perigos do mar, atos de Deus, guerra, greves, etc.) “Indemnity Clause”: essa cláusula tem como objetivo garantir uma indenização ao fretador do navio em caso do não cumprimento do contrato pelo afretador. “General Average Clause”: por meio dessa cláusula se determina a legislação a ser aplicada na regulação de eventuais avarias grossas ocorridas. (CESPE/ANTAQ-2005/ESPECIALISTA) O contrato de fretamento de qualquer embarcação, quer seja na sua totalidade ou em parte, para uma ou mais viagens, quer seja Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 43 à carga, colheita ou prancha, o que tem lugar quando o capitão recebe carga de quantos se apresentam, deve provar- se por escrito. No primeiro caso, o instrumento, que se chama carta partida ou carta de fretamento, deve ser assinada pelo fretador e afretador, e por quaisquer outras pessoas que intervenham no contrato, do qual se dará a cada uma das partes um exemplar. Tendo por referência o texto acima, que é um extrato do art. 566 do Código Comercial Brasileiro, julgue os próximos itens, referentes a contratos de afretamento. 6. O afretamento por período (time charter) corresponde a um contrato pelo qual o afretador recebe a embarcação armada e tripulada, ou parte dela, para operá-la por tempo determinado. Nesse tipo de contrato, o armador mantém a gestão náutica e o afretador fica responsável pela gestão comercial. Comercial: Nessa espécie de contrato o fretador se obriga a colocar o navio armado à disposição do afretador por um tempo determinado, que pode ser de um mês a 20 anos. Em relação ao Time charter, temos que o afretador será responsável pela gestão comercial e pelos custos variáveis; Já o fretador será responsável pelos gastos fixos e gestão náutica. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 43 Gabarito: Correto (CESPE/ANTAQ-2009/ESPECIALISTA) Julgue os itens a seguir, relativos aos tipos de contrato de afretamento. 7. Afretamento por tempo é o contrato em virtude do qual o afretador recebe a embarcação armada e tripulada, ou parte dela, para operá-la por tempo determinado. Comentários: Com o devido respeito, essa foi “mamão com açúcar”. Acabamos de ver uma questão praticamente igual. Nessa espécie de contrato o fretador se obriga a colocar o navio armado à disposição do afretador por um tempo determinado, que pode ser de um mês a 20 anos. Gabarito: Correto 8. Afretamento a casco nu é o contrato em virtude do qual o afretador tem a posse, o uso e o controle da embarcação, por Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 43 tempo indeterminado, sem o direito de designar o comandante e a tripulação. Comentários: Não mesmo! Nesta modalidade de arrendamento, o proprietário (fretador) do navio o freta a “nu”, ou seja, sem armá-lo nem equipá-lo, ao afretador (charterer) por um prazo determinado, com a condição do pagamento do frete. Nesse tipo de contrato de afretamento o afretador arca com todos os custos, tanto os variáveis quanto os fixos. Cabe a ele escolher o capitão e a tripulação por exemplo. Gabarito: Errado 9. (CESGRANRIO/PETROBRÁS-2012/ANALISTA DE TRANSP. MAR.) De modo geral, os contratos de afretamento estipulam que os custos operacionais do navio sejam distribuídos entre o fretador e o afretador. Nesse contexto, uma despesa de responsabilidade do fretador, num contrato de afretamento por período, corresponde a (A) tarifas de atracação. (B) serviços de praticagem. (C) combustíveis para viagem. (D) assistência de rebocadores. (E) salários e encargos da tripulação. Comentários: Em relação ao Time charter, temos que o afretador será responsável pela gestão comercial e pelos custos variáveis; Já o fretador será responsável pelos gastos fixos. Os gastos fixos são aqueles necessários para a Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 43 manutenção do navio em bom estado funcionamento, como os salários da tripulação, manutenção, seguros, apetrechos e estrutura. Gabarito: E 10. (CESGRANRIO/PETROBRÁS-2012/ANALISTA DE TRANSP. MAR.) Num contrato de transporte marítimo, há um documento emitido pelo transportador que descreve a quantidade e o tipo de mercadorias embarcadas, cita o nome do navio transportador, o valor do frete, os portos de embarque e descarga, o embarcador e o consignatário. Esse document é denominado (A) packing list. (B) booking note. (C) bill of landing. (D) charter party. (E) commercial invoice. Comentários: O Conhecimento de Embarque, Conhecimento de Transporte ou Bill of Landing é um dos documentos mais importantes da navegação e um dos mais importantes do Comércio Exterior. É o documento que instrumentaliza o contrato de transporte marítimo. Deverão constar no Conhecimento de Embarque os seguintes dados (Bergman, 2009): a) a natureza geral das mercadorias; as marcas essenciais necessárias à sua identificação; uma declaração expressa, se for o caso, de que a mercadoria é perigosa; o número de volumes e o peso da mercadoria, de acordo a descrição feita pelo embarcador; b) o estado aparente das mercadorias (a cláusula clean on board indica que as mercadorias estão em bom estado aparente, de acordo com as marcas e numeração fornecidas pelo embarcador); Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 43 c) o nome e o endereço do transportador; d) o nome do embarcador; e) o nomedo destinatário; f) o porto de carga e a data em o transportador recebeu as mercadorias; g) o porto de descarga; h) o número de originais do Conhecimento de Embarque, em caso de haver mais de um; i) o lugar de emissão do Conhecimento de Embarque; j) a assinatura do transportador ou seu agente; I) o frete e o local de pagamento; m) a declaração que permite, se for o caso, que as mercadorias sejam transportadas no convés do navio; n) a data ou prazo de entrega das mercadorias no porto de descarga; o) a legislação aplicável (Regras de Haia, Haia- Visby ou Hamburgo). Na parte posterior de um Conhecimento de Embarque encontram-se todas as suas cláusulas. A Cláusula Principal, ou Paramount, é a que incorpora a legislação aplicável ao Conhecimento de Embarque. As demais cláusulas servirão apenas para detalhar as regras incorporadas, não podendo nunca se contrapor a elas; p) os limites de responsabilidade pactuados entre as partes, no caso de serem superiores aos previstos nas regras aplicáveis. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 43 Gabarito: C 11. (CESGRANRIO/PETROBRÁS-2012/ANALISTA DE TRANSP. MAR.) As gestões náuticas dos contratos de afretamento por período, por viagem e a casco nu são, de responsabilidade, respectivamente, do (A) afretador, fretador e fretador. (B) afretador, afretador e fretador. (C) fretador, fretador e afretador. (D) fretador, afretador e afretador. (E) fretador, afretador e fretador. Comentários: Organizando tudo, temos o seguinte: - Por tempo > Fretador - Por viagem > Fretador - Casco nu > Afretador Gabarito: C Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 43 12. (CESGRANRIO/PETROBRÁS-2012/ANALISTA DE TRANSP. MAR.) O contrato pelo qual o afretador tem a posse, o uso e o controle da embarcação, por tempo determinado, incluindo o direito de designar o comandante e a tripulação, é denominado contrato de (A) subfretamento. (B) afretamento a casco nu. (C) afretamento por viagem. (D) afretamento por período. (E) fretamento a tonelagem ou volume. Comentários: (I) Afretamento do navio a casco nu (Bare Boat) Nesta modalidade de arrendamento, o proprietário (fretador) do navio o freta a “nu”, ou seja, sem armá-lo nem equipá-lo, ao afretador (charterer) por um prazo determinado, com a condição do pagamento do frete. Nesse tipo de contrato de afretamento o afretador arca com todos os custos, tanto os variáveis quanto os fixos. Cabe a ele escolher o capitão e a tripulação por exemplo. Gabarito: B 13. (CESGRANRIO/PETROBRÁS-2012/ANALISTA DE TRANSP. MAR.) Um importante ponto na exploração comercial de um navio é a distinção de responsabilidades quanto à Gestão Náutica e à Gestão Comercial. Nesse sentido, refere-se à Gestão Náutica a responsabilidade (A) pela equipagem e pela armação do navio (B) pela angariação e pelo fechamento de contratos (C) pelas despesas de escalas e de portos (D) pelo acondicionamento das mercadorias a bordo (E) pelos cuidados com a carga durante a viagem Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 43 Comentários: A Gestão Náutica cuida de todos os atos que se referem ao bom funcionamento da embarcação enquanto meio de transporte capaz de cumprir os prazos e condições estabelecidas (Equipagem, armação, manutenção, pagamento da tripulação e contratação de seguro). Gabarito: A Julgue os itens a seguir, acerca do voyage-charter party (VCP). 14. (CESPE/CEARÁPORTOS-2004/Nível Médio) Julgue os seguintes itens, referentes à terminologia geral da área portuária e à logística de transporte A demurrage corresponde à multa paga ao armador para compensar a demora que não seja de sua responsabilidade na carga e(ou) descarga em estadia além da contratada. O valor da demurrage é fixado pela autoridade portuária para as várias classes de navios. Comentários: Caríssimos, a demurrage refere-se à taxa paga como indenização ao proprietário do navio (e não ao armador) quando a carga ou descarga não se realiza dentro do prazo estipulado. Gabarito: Errado 15.(CESPE/CEARÁPORTOS-2004/Nível Superior) Sobreestadia, também chamada demurrage, é o frete adicional ou penalidade cobrada pelo transportador ao afretador pela demora no carregamento ou descarga, além do tempo contratualmente estabelecido. Comentários: Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 43 Vide comentário acima. Gabarito: Correto SEGURO MARÍTIMO Os contratos de seguro marítimo protegem as navegações marítimas de toda sorte de riscos inerentes à atividade, pois, mediante o pagamento de determinado prêmio, os sinistros e danos serão cobertos e ressarcidos pelo segurados. Podemos, ainda, expressar a definição de seguro dada pelo Código Comercial brasileiro. In Verbis Art. 666 - O contrato de seguro marítimo, pelo qual o segurador, tomando sobre si a fortuna e riscos do mar, se obriga a indenizar ao segurado da perda ou dano que possa sobrevir ao objeto do seguro, mediante um prêmio ou soma determinada, equivalente ao risco tomado, só pode provar-se por escrito, a cujo instrumento se chama apólice; contudo julga-se subsistente para obrigar reciprocamente ao segurador e ao segurado desde o momento em que as partes se convierem, assinando ambas a minuta, a qual deve conter todas as declarações, cláusulas e condições da apólice. Para LACERDA, o risco pode ter as seguintes causas: a) fortuna do mar (quando derivados de caso fortuito, como é o caso de tempestades, naufrágios, encalhes, cerrações); b) fatos do homem ( a albaroação, fortuita ou culposa, desde que não seja por culpa do navio segurado, arribada); c) fatos independentes de um e de outro (incêndios e explosões, por exemplo) e d) fatos imputáveis à potência estrangeira (presa, confisco, afundamento). Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 43 De outro lado, o nosso ordenamento jurídico afasta a responsabilidade do segurador em algumas situações específicas. São as hipóteses elencadas no Artigo 711 do Código Comercial brasileiro. O Segurador não responde por danos ou avarias que aconteçam por fato do segurado, ou por algumas das seguintes hipóteses: I) Desviação voluntária da rota e escalas originais da viagem; Nessa situação há um desvirtuamento do contrato de seguro, posto que o valor do seguro e as condições de uso se basearam num determinado itinerário que, por sua vez, não poderá ser modificado. Ressalte-se que a mudança da rota precisa, necessariamente, ter sido voluntária, ou seja, ter partido de um ato voluntário docomandante. O contrário ocorre quando a mudança de rota decorre de caso fortuito ou força maior, situações alheias à vontade dos tripulantes. Ex: tempestade, piratas, guerras. II) Prolongação voluntária da viagem além do último porto atermado na apólice; Encurtando-se a viagem, o seguro tem pleno efeito, desde que o porto final fizer parte da escala declarada na apólice de seguro. Nesse caso, o segurado não tem direito de exigir redução no valor pago. Lembre-se da máxima: “Quem pode o mais pode o menos”. III) Separação espontânea de comboio ou de outro navio armado; IV) Diminuição e derramamento do líquido V) Falta ou defeituosa estiva da carga; Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 43 VI) diminuição natural de gêneros, que por sua qualidade são suscetíveis de dissolução, diminuição ou quebra em peso ou medida entre o seu embarque e o desembarque; salvo tendo estado encalhado o navio, ou tendo sido descarregadas essas fazendas por ocasião de força maior; devendo-se, em tais casos, fazer dedução da diminuição ordinária que costuma haver em gêneros de semelhante natureza. VII) quando a mesma diminuição natural acontecer em cereais, açúcar, café, farinhas, tabaco, arroz, queijos, frutas secas ou verdes, livros ou papel e outros gêneros de semelhante natureza, se a avaria não exceder a 10% (dez por cento) do valor seguro; salvo se a embarcação tiver estado encalhada, ou as mesmas fazendas tiverem sido descarregadas por motivo de força maior, ou o contrário se houver estipulado na apólice; VIII) danificações de amarras, mastreação, velame ou outro qualquer pertence do navio, procedida do uso ordinário do seu destino; IX) vício intrínseco, má qualidade, ou mau acondicionamento do objeto seguro; X) - avaria simples ou particular, que, incluída a despesa de documentos justificativos, não exceda de 3% (três por cento) do valor segurado; XI)- rebeldia do capitão ou da equipagem; salvo havendo estipulação em contrário declarada na apólice. Esta estipulação é nula sendo o seguro feito pelo capitão, por conta dele ou alheia, ou por terceiro por conta do capitão. CLUBES DE PROTEÇÃO E INDENIZAÇÃO – (Clubes de P&L) Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 43 Os Clubes de P&L surgiram a partir de pequenos seguradores de casco e máquinas. O Seguro de casco e máquinas garante a cobertura sobre o casco, maquinários e todos os seus aparelhos, instalações, equipamentos, peças, provisões, suprimentos e demais pertences de uma embarcação. Essas associações (Clubes de P&L) oferecem cobertura de responsabilidade civil perante terceiros, conferindo aos armadores e/ou proprietários de embarcações um grande rol de coberturas para as operações do cotidiano marítimo. São caracterizados pela grande eficiência e capacidade de resolução de conflitos, principalmente por disporem de profissionais de alto gabarito na sua composição. Para se ter uma noção da importância, podemos afirmar que, por mais moderno e bem equipado que seja, nenhum navio petroleiro estará habilitado a exercer suas atividades no Brasil se não pertencer a um Clube de P&L. O Certificado CLC, exigido pelo Governo brasileiro para permitir a entrada, saída e operação de navios em cada porto somente é emitida pela Diretoria de Portos e Costas mediante prova de vinculação a um clube, conhecida como “Blue Card”. A cobertura dos Clubes de P&L também abrange acidentes de poluição, com o garantia de atuação em todos os atos que envolveriam o armador, como: limpeza da área, realização de perícias, indenizações, defesas judiciais etc. Um armador e/ou proprietário ingressa nos clubes de P&I para segurar a sua responsabilidade civil diante de terceiros, no que se inclui a sua exposição às reclamações por danos ou compensação a respeito dos seguintes eventos : Acidentes pessoais, doenças e morte de tripulantes; Acidentes pessoais e morte de estivadores e pessoal de apoio operacional; Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 43 Acidentes pessoais, doenças e morte de passageiros e outros; Perda de bagagem; Despesas decorrentes de desvio de rota; Salvamento de vida humana; 1/4 ou 4/4 da responsabilidade civil por abalroamento e colisão; Excedente da cobertura de colisão da apólice casco; Responsabilidade pela carga transportada; Perdas ou danos a outros bens; Poluição; Responsabilidade em contrato de reboque; Responsabilidade em contrato e garantias fornecidas; Responsabilidade por remoção de destroços; Participação da carga em salvamento; Multas e Custas legais; RESPONSABILIDADE PELA CARGA (Incoterms) As formas de contratação do frete marítimo influenciam sobremaneira na determinação do preço final da mercadoria, além de determinar a divisão das despesas relativas ao embarque e desembarque das mercadorias. Neste tópico abordaremos os termos de frete mais utilizados e suas repercussões nos contratos de afretamento. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 43 Com base no termo de frete adotado, a responsabilidade pela entrega da carga pode ocorrer de maneiras diferentes. Dessa forma, considerando, por exemplo, a navegação liner, o embarcador dispõe a carga no costado do navio e, para efeitos do contrato, só devemos considerá-la entregue quando estiver erguida pelo guindaste de bordo ou ultrapassar a amurada do navio. A partir de então, as responsabilidades por todas as despesas com a carga são transferidas para o armador. Em contraponto, quando estivermos diante da navegação tramp, o embarcador assume todos os ônus do embarque e desembarque das mercadorias. Os incoterms servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador. O Incoterm estabelece um conjunto-padrão de definições, regras e práticas neutras, sugerindo - já que não é obrigatório - onde, por exemplo, o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é o responsável pela contratação do seguro etc. Em resumo, os termos vão especificar até onde o exportador pagou o frete e em que momento transfere-se o risco sobre a mercadoria do exportador para o importador. Nesse momento, o exportador terá cumprido a sua parte, e fará jus ao pagamento, que deverá ser efetuado pelo importador, seja à vista ou a prazo. São formados pela combinação de iniciais de palavras inglesas que delimitam a responsabilidade do fretador e do afretador com relação aos custos operacionais de embarque e desembarque: F – free – armador livre de despesas I – in – no embarque O- out – no desembarque S- stowed – estivado Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 43 T – trimed – rechegado (operação de espalhar uma carga de granéis sólidos por todo o compartimento do navio) L – liner terms – termos de linha As combinações mais comuns são: FIO – (Free in and Free Out): Neste caso, o fretador se exime das despesas de embarque e desembarque. As despesas com o carregamento e descarregamento do navio correm por conta do afretador. EXW – EX WORKS (na origem ou posto na fábrica): indica que a entrega da mercadoria está sendo realizada na sede do vendedor e que todas as despesas para retirada e transporte são do comprador; FCA – FREE CARRIER (livre no transportador): indica que a mercadoria está sendo entregue ao transportador e que, doravante, inclusive o pagamento do frete, é por conta do comprador; FOB – FREE ON BOARD (livre a bordo): o pagamento do frete é de responsabilidade do comprador e a mercadoria entregue a bordo do navio; CFR – COST AND FREIGHT (custo e frete): indica que a responsabilidade de pagamento do frete e eventuais custas de sobre estadias são do vendedor; FAS – FREE ALONGSIDE SHIP (livre no costado do navio): indica que a responsabilidade do vendedor termina quando ele coloca, por sua conta e risco, a mercadoria ao longo do navio, no porto designado pelo comprador; CIF – COST, INSURANCE AND FREIGHT (custo, seguro e frete): indica que, além do vendedor ter a responsabilidade do pagamento do frete e eventuais custas de sobre estadias, também a ele cabe o pagamento do seguro do transporte; Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 43 (CESPE/ANTAQ-2009/TRESTA) Acerca de mão-de-obra portuária e de seguro marítimo, julgue os itens seguintes. 16. O segurador responde pelos danos ou avaria da embarcação ou da carga no caso de desviação voluntária da rota usual de viagem, pela alteração voluntária na ordem das escalas designadas na apólice e pela falta de estiva. Comentários: O Segurador não responde por danos ou avarias que aconteçam por fato do segurado, ou por algumas das seguintes hipóteses: I) Desviação voluntária da rota e escalas originais da viagem; II) Prolongação voluntária da viagem além do último porto atermado na apólice; Gabarito: Errado 17. O seguro marítimo é o contrato segundo o qual o segurador, em troca do recebimento do prêmio, se obriga a indenizar prejuízo sofrido pelo segurado quando o objeto do seguro se achar sujeito aos riscos oferecidos pelo mar. O instrumento do seguro é a apólice. Comentários: Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 43 Os contratos de seguro marítimo protegem as navegações marítimas de toda sorte de riscos inerentes à atividade, pois, mediante o pagamento de determinado prêmio, os sinistros e danos serão cobertos e ressarcidos pelo segurados. Podemos, ainda, expressar a definição de seguro dada pelo Código Comercial brasileiro. In Verbis Art. 666 - O contrato de seguro marítimo, pelo qual o segurador, tomando sobre si a fortuna e riscos do mar, se obriga a indenizar ao segurado da perda ou dano que possa sobrevir ao objeto do seguro, mediante um prêmio ou soma determinada, equivalente ao risco tomado, só pode provar-se por escrito, a cujo instrumento se chama apólice; contudo julga-se subsistente para obrigar reciprocamente ao segurador e ao segurado desde o momento em que as partes se convierem, assinando ambas a minuta, a qual deve conter todas as declarações, cláusulas e condições da apólice. Gabarito: Correto 18. A fortuna do mar corresponde a fatos relacionados à navegação tais como pane em motores em alto mar e perdas de partes importantes da embarcação, como o leme. Comentários: Para LACERDA, o risco pode ter as seguintes causas: a) fortuna do mar (quando derivados de caso fortuito, como é o caso de tempestades, naufrágios, encalhes, cerrações). Logo, a afirmação dada pela questão não guarda nenhuma relação com a fortuna do mar. Gabarito: Errado Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 43 (CESPE/PETROBRÁS-2004) A respeito de seguros, julgue os itens subseqüentes. 19. O seguro de P&I cobre riscos de poluição causada pelo navio transportador. Comentários: A cobertura dos Clubes de P&L também abrange acidentes de poluição, com o garantia de atuação em todos os atos que envolveriam o armador, como: limpeza da área, realização de perícias, indenizações, defesas judiciais etc. Gabarito: Correto 20. O seguro-casco de embarcação, além de cobrir o próprio casco, estende também sua cobertura a equipamentos e acessórios normais de bordo. Comentários: O Seguro de casco e máquinas garante a cobertura sobre o casco, maquinários e todos os seus aparelhos, instalações, equipamentos, peças, provisões, suprimentos e demais pertences de uma embarcação. Gabarito: Correto 21. A cobertura normal de P&I (para navios próprios dos armadores) não contempla os riscos de acidentes e danos pessoais a tripulantes. Comentários: Um armador e/ou proprietário ingressa nos clubes de P&I para segurar a sua responsabilidade civil diante de terceiros, no que se inclui a sua exposição às reclamações por danos ou compensação a respeito dos seguintes eventos: Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 43 Acidentes pessoais, doenças e morte de tripulantes; Acidentes pessoais e morte de estivadores e pessoal de apoio operacional; Acidentes pessoais, doenças e morte de passageiros e outros; (...) Gabarito: Errado (CESPE/CEARAPORTOS-2004/NÍVEL MÉDIO) Julgue os itens subseqüentes, a respeito de INCOTERMS. 22. No comércio internacional, FOB significa free on board. Comentários: FOB – FREE ON BOARD (livre a bordo): o pagamento do frete é de responsabilidade do comprador e a mercadoria entregue a bordo do navio; Gabarito: Correto 23. Definem, de forma precisa, o momento da transferência de responsabilidade, do exportador para o importador, de todos os custos e riscos inerentes às operações internacionais de compra e venda de mercadorias. Comentários Os incoterms servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador. O Incoterm estabelece um conjunto-padrão de definições, regras e práticas neutras, sugerindo - já que não é obrigatório - onde, por exemplo, o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é o responsável pela contratação do seguro etc. Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 43 Em resumo, os termos vãoespecificar até onde o exportador pagou o frete e em que momento transfere-se o risco sobre a mercadoria do exportador para o importador. Nesse momento, o exportador terá cumprido a sua parte, e fará jus ao pagamento, que deverá ser efetuado pelo importador, seja à vista ou a prazo. Gabarito: Correto 24. são sempre representados por siglas formadas por três letras e derivadas de palavras em inglês. Comentários: São formados pela combinação de iniciais de palavras inglesas que delimitam a responsabilidade do fretador e do afretador com relação aos custos operacionais de embarque e desembarque: F – free – armador livre de despesas I – in – no embarque O- out – no desembarque S- stowed – estivado T – trimed – rechegado (operação de espalhar uma carga de granéis sólidos por todo o compartimento do navio) L – liner terms – termos de linha As combinações mais comuns são: FIO – (Free in and Free Out): Neste caso, o fretador se exime das despesas de embarque e desembarque. As despesas com o carregamento e descarregamento do navio correm por conta do afretador. EXW – EX WORKS (na origem ou posto na fábrica): indica que a entrega da mercadoria está sendo realizada na sede do vendedor e que todas as despesas para retirada e transporte são do Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 43 comprador; FCA – FREE CARRIER (livre no transportador): indica que a mercadoria está sendo entregue ao transportador e que, doravante, inclusive o pagamento do frete, é por conta do comprador; FOB – FREE ON BOARD (livre a bordo): o pagamento do frete é de responsabilidade do comprador e a mercadoria entregue a bordo do navio; CFR – COST AND FREIGHT (custo e frete): indica que a responsabilidade de pagamento do frete e eventuais custas de sobre estadias são do vendedor; FAS – FREE ALONGSIDE SHIP (livre no costado do navio): indica que a responsabilidade do vendedor termina quando ele coloca, por sua conta e risco, a mercadoria ao longo do navio, no porto designado pelo comprador; CIF – COST, INSURANCE AND FREIGHT (custo, seguro e frete): indica que, além do vendedor ter a responsabilidade do pagamento do frete e eventuais custas de sobre estadias, também a ele cabe o pagamento do seguro do transporte; Gabarito: Correto 25. A sigla CIF significa, nas trocas internacionais, cost, insums and freight. Comentários: CIF – COST, INSURANCE AND FREIGHT (custo, seguro e frete): indica que, além do vendedor ter a responsabilidade do pagamento do frete e eventuais custas de sobre estadias, também a ele cabe o pagamento do seguro do transporte; Gabarito: Errado Transportes Aquaviários p/ ANTAQ Profº Aristócrates Carvalho Cargo: Especialista em Regulação – Área 05 Prof. Aristócrates Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 43
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