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TRATAMENTO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS

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1
TRATAMENTO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS 
COM PLANTAS MACRÓFITAS 
 
TREATMENT OF DOMESTIC EFFLUENTS 
WITH MACROPHYTE PLANTS 
 
Luciane Maria Martini Vieira1 
Rosilda Aparecida Kovaliczn2 
 
RESUMO 
 
O saneamento básico em várias regiões do Brasil, em especial na área rural, é ainda 
bastante precário ou inexistente. O presente estudo relata o desenvolvimento de um projeto 
piloto na localidade de Witmarsum, área rural do município de Palmeira (PR) onde construiu-
se uma miniestação de tratamento de água residual (ETAR), utilizando-se plantas macrófitas 
-Typha domingensis (taboa). O objetivo foi contribuir para amenizar a degradação ambiental 
ocasionada por resíduos líquidos domésticos lançados diretamente nas águas dos rios da 
região. Por intermédio de processo pedagógico foi produzido um material didático na forma 
de software educacional (CD-ROM) apresentando, com documentação fotográfica, todas as 
etapas da construção e manejo da miniestação (ETAR) com plantas macrófitas. Como 
resultado, verificou-se que o software contribuiu na orientação de educadores, escolares do 
Ensino Fundamental e da comunidade sobre o funcionamento do sistema, incentivando-os a 
participarem do tratamento de efluentes líquidos domésticos e colaborou na integração dos 
conhecimentos entre a escola e a comunidade, estimulando a formação de parcerias em 
busca do desenvolvimento sustentável e de respeito ao meio ambiente. 
 
 
Palavras-chaves: Tratamento alternativo. Efluentes. Plantas macrófitas. Taboa. 
 
 
ABSTRACT 
Basic sanitation in several regions in Brazil, especially in the rural area, is still inadequate or 
inexistent. The present study reports the development of a pilot project in the surroundings of 
Witmarsum, a rural area in the municipality of Palmeira (PR) where a mini-station for residual 
water treatment (ETAR) has been built, with the use of macrophyte plants – Typha 
domingensis (“taboa”). The purpose was to contribute to the mitigation of environmental 
degradation caused by liquid domestic residuals directly thrown into the rivers of the region. 
 
1 Professor do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, área de Ciências, Escola Estadual Fritz 
Kliewer – Ensino Fundamental, Município de Palmeira, PR. E-mail: immv@seed.pr.gov.br 
 
2 Orientador- Docente do Setor de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Biologia Geral da 
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), PR. E-mail: rosildak@uol.com.br 
 
 
 
2
By means of pedagogical process a didactic material has been produced, an educational 
software (CD-ROM) presenting, with photographic documentation, all the construction stages 
and management of the mini-station (ETAR) with macrophyte plants. Assessment of the 
results showed that the software provided guidelines to educators, to Elementary School 
students and to the community and information on how the system works, encouraging them 
to participate in the treatment of liquid domestic effluents and gave its contribution to 
integrate school and community knowledge, stimulating partnerships that are aimed to seek 
sustainable development and committed to respect the environment. 
 
Keywords: Alternative treatment. Effluents. Macrophyte plants. Typha domingensis. 
 
1 INTRODUÇÃO 
A falta de saneamento básico tem causado degradação ambiental, devido ao 
despejo de resíduos domésticos lançados diretamente nas águas, tornando-se 
veículo para diversas doenças que matam milhões de pessoas por ano em todo o 
mundo, e consequentemente, diminuindo a potabilidade da água e a destruição da 
biodiversidade. A educação, pode preventivamente contribuir para a solução do 
problema futuro de escassez de água potável, através de medidas como a 
conscientização sobre as questões ambientais, apresentando sugestões práticas e 
utilizando o meio ambiente de forma responsável a fim de desenvolver a consciência 
crítica e o desenvolvimento sustentável da população. 
O presente trabalho é uma contribuição na melhoria do meio ambiente 
através da utilização de plantas macrófitas para a remoção, por meio de suas raízes, 
de resíduos poluentes presentes nos efluentes líquidos domésticos. As plantas 
macrófitas emersas crescem em coleções hídricas e podem ser utilizadas na 
despoluição de lagos e rios porque requerem altas concentrações de nutrientes para 
o seu desenvolvimento, sendo que através de suas raízes contribuem na remoção 
de macronutrientes provenientes de despejo industrial e doméstico. 
O projeto piloto foi desenvolvido na colônia Witmarsum, situada em área 
rural do município de Palmeira, estado do Paraná, para incentivar a disseminação 
dessa metodologia junto aos moradores locais por intermédio dos escolares, numa 
parceria entre a escola Estadual Fritz Kliewer - Ensino Fundamental, a Companhia 
de Saneamento do Estado do Paraná (SANEPAR), a Universidade Estadual de 
 
 
3
Ponta Grossa (UEPG), e a comunidade, numa ação conjunta para minimizar os 
resíduos poluentes nos rios da região. 
Alguns objetivos foram estabelecidos para realizar a presente pesquisa: 
· encontrar medidas para redução da poluição e contaminação da água; 
· incentivar e orientar os escolares a participarem do tratamento de efluentes 
líquidos domésticos; 
· promover parcerias entre a escola e a comunidade, prevendo ações 
ambientalmente corretas sobre alternativas de tratamento de efluentes líquidos 
domésticos; 
· produzir um material didático, na forma de software educacional (CD-ROM), 
sobre manejo de resíduos líquidos domésticos com plantas macrófitas; 
· incentivar a pesquisa e aplicabilidade da miniestação de tratamento de 
efluentes líquidos domésticos com plantas macrófitas por intermédio de ação 
multiplicadora junto a comunidade. 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 Muito se fala na deficiência e precariedade dos sistemas de saneamento 
básico na área urbana da grande maioria dos municípios do Brasil, porém, a 
escassez de saneamento básico na área rural é ainda maior. Nesse sentido, o 
presente trabalho, em um estudo piloto, indica soluções simples para um 
saneamento alternativo na Colônia Witmarsum, Palmeira, Paraná. 
Para auxiliar os alunos e a comunidade no entendimento desse processo, 
utilizou-se como material didático um software educacional, desenvolvido 
especialmente para este trabalho, contendo fotos, representações gráficas e 
conhecimentos teórico-práticos das etapas do saneamento alternativo com plantas 
macrófitas, visando à remoção de resíduos poluentes presentes nos efluentes 
líquidos domésticos. 
O trabalho envolveu professores e alunos da escola Estadual Fritz Kliewer - 
Ensino Fundamental, SANEPAR, UEPG, e demais segmentos da comunidade, em 
uma atuação integrada sobre a realidade vivenciada visando à solução conjunta 
 
 
4
desse problema ambiental, porque conforme Sato (2002, p. 17), é necessário gerar 
urgentemente “mudanças na qualidade de vida e maior consciência de conduta 
pessoal, assim como harmonia entre os seres humanos e destes com outras formas 
de vida”. Certamente é participando de ações concretas que o educando será 
sensibilizado a tomar atitudes na relação ser humano/ambiente, sendo capaz de 
atuar no processo de transformação da sua realidade, integrando-se à natureza, em 
uma relação de equilíbrio. 
Segundo Saviani (1984) e Lopes (1991) a escola existe “para propiciar a 
aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência) 
[...]” (SAVIANI, 1984, p. 9). O importante papel da escola é estimular o potencial do 
aluno para que ele próprio desenvolva suas habilidades e capacidades e, os 
conteúdos escolares “precisam ser conduzidos de forma que, ao mesmo tempo em 
quetransmitam a cultura acumulada, contribuam para a produção de novos 
conhecimentos.” (LOPES, 1991, p. 44). 
Para Guimarães (1995, p. 47) a Educação Ambiental – EA se define na 
práxis: 
 A práxis em EA resulta em uma unidade teórico/prática do processo o qual 
se desenvolverá como uma educação ativa por partir de uma prática social 
do meio vivenciado, retornando ao final do processo a essa prática social 
com uma compreensão e com uma atuação qualitativa alteradas. Uma 
educação participativa, por possibilitar ao educando, além do educador, 
atuar em todas as etapas do processo com uma postura integrativa. Uma 
educação permanente, já que a ação para a transformação da realidade 
vivenciada pelos agentes sociais que participam do processo educativo 
tem como conseqüência a necessidade de um novo diagnóstico/plano de 
ação/execução, fazendo com que a cada nova realidade, como resultado 
da intervenção anterior, propicie o replanejamento em um processo 
contínuo que se retroalimentará. 
 
2.1 ÁGUAS RESIDUAIS 
 
As águas residuais são aquelas de origem doméstica, ou provenientes de 
indústrias ou de atividades agrícolas. As de origem domésticas são compostas por 
resíduos humanos (fezes e urina) e as servidas (asseio pessoal, lavagem de roupas 
e de utensílios e preparação de comida). Silva e Mara (1979, p. 01) ressaltam o 
aspecto das águas residuárias: 
 
 
5
As águas residuais recém-produzidas apresentam-se como um líquido 
turvo, de coloração parda, com odor similar ao do solo. Contêm sólidos de 
grandes dimensões em flutuação ou suspensão (tais como fezes, trapos, 
recipientes de plástico), sólidos em pequenas dimensões em suspensão 
(tais como fezes parcialmente desintegradas, papéis, cascas) e sólidos 
muito pequenos em suspensão coloidal (isto é: não sedimentáveis) bem 
como poluentes em dissolução.[...] Esteticamente são repugnantes em 
aparência e extremamente perigosos em seu conteúdo, principalmente por 
causa do número de organismo causadores de doenças (patogênicos) que 
contêm. 
Na natureza, as águas dos lagos, represas e rios são habitadas por vários 
microorganismos decompositores que se alimentam de matéria orgânica. Quando as 
águas recebem o despejo de esgotos, passam a receber os microorganismos que 
fazem parte do intestino humano (coliformes fecais) e também os microorganismos 
patogênicos presentes nas fezes de pessoas doentes, uma quantidade excessiva de 
sais minerais, favorecendo o processo de eutrofização das águas, e uma 
consequente morte dos seres presentes nesse ecossistema, ou seja, uma ameaça à 
saúde dos seres vivos, inclusive o homem. 
Eutrofização é definida como o aumento de concentração de nutrientes, 
especialmente o Fósforo (P) e o Nitrogênio (N), presentes nos ecossistemas 
aquáticos, devido ao despejo de dejetos (domésticos, industriais ou atividades 
agrícolas) ocasionando o crescimento descontrolado de plantas aquáticas e de 
algas. (ESTEVES, 1988). 
No Brasil ainda existem muitos lugares onde o esgoto não é recolhido para 
ser tratado. Assim ele é despejado nas águas de rios, lagoas, solo e nas praias. O 
tratamento dos esgotos contribui para que os mananciais (reserva de água doce) 
não sejam poluídos, preservando-se a saúde da população. Segundo as 
informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, oriundas da 
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, sobre o acesso dos 
domicílios à rede geral e os servidos por fossa séptica o percentual de esgoto 
coletado no Brasil é baixo (em torno de 1/3), sendo ainda mais precário na zona 
rural. (IBGE- Brasil -1992/2002). (Tabelas 1 e 2). 
 
 
 
 
 
 
 
6
TABELA 1- Distribuição dos moradores em domicílios particulares permanentes, por tipo de 
esgotamento sanitário e situação do domicílio na zona urbana–Brasil -1992/2002. Distribuição dos 
moradores em domicílios particulares permanentes (%). 
 
 
 
ANO 
 
REDE 
COLETORA 
 
FOSSA 
SÉPTICA 
 
FOSSA 
RUDIMENTAR 
 
VALA 
DIRETO 
PARA RIO, 
LAGO OU 
MAR 
 
OUTRO 
TIPO 
 
NÂO 
TINHAM 
1992 45,5 20,4 22,9 2,0 2,5 0,3 6,2 
1993 45,4 22,3 21,9 2,2 2,4 0,5 5,2 
1995 46,0 22,4 22,1 1,9 2,5 0,5 4,6 
1996 46,9 25,4 19,4 1,5 2,5 0,1 4,1 
1997 47,6 24,0 20,1 1,7 2,5 0,1 3,9 
1998 49,3 23,9 19,4 1,8 2,2 0,1 3,2 
1999 50,6 23,2 19,6 1,6 2,0 0,1 3,0 
2001 50,8 23,1 18,7 1,6 2,2 0,2 3,3 
2002 51,6 23,3 18,1 1,6 2,4 0,1 2,9 
Fonte: Dimensão ambiental-Saneamento-IBGE. 
 
 
TABELA 2- Distribuição dos moradores em domicílios particulares permanentes, por tipo de 
esgotamento sanitário e situação do domicílio na zona rural-Brasil -1992/2002.Distribuição dos 
moradores em domicílios particulares permanentes (%) 
 
 
ANO 
 
REDE 
COLETORA 
 
FOSSA 
SÉPTICA 
 
FOSSA 
RUDIMENTAR 
 
VALA 
DIRETO 
PARA RIO, 
LAGO OU 
MAR 
 
OUTRO 
TIPO 
 
NÂO 
TINHAM 
1992 3,0 7,3 32,7 3,0 4,4 0,6 49,0 
1993 3,1 8,1 34,1 3,4 4,1 1,0 46,3 
1995 3,2 9,9 35,1 3,9 4,2 1,7 42,0 
1996 3,5 13,8 35,5 3,9 3,7 0,4 39,1 
1997 3,5 10,9 39,0 3,4 3,9 0,7 38,7 
1998 4,5 10,3 39,9 4,0 4,6 0,5 36,3 
1999 4,5 11,2 41,2 3,6 4,2 0,7 34,7 
2001 3,1 10,6 40,5 4,7 4,1 0,8 36,2 
2002 3,7 12,3 40,7 5,9 3,9 0,6 32,9 
Fonte: Dimensão ambiental-Saneamento-IBGE 
Notas: 1. Exclusive a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. 
 2. Não houve pesquisa em 1994 e 2000. 
 
 
 
Comparativamente, no que diz respeito ao abastecimento de água e rede 
coletora de esgoto, observa-se que a zona urbana do município de Palmeira está 
bem atendida pela SANEPAR. (Tabela 3). 
 
 
 
 
7
TABELA 3 – População urbana do município de Palmeira – PR, atendida pela Companhia de 
Saneamento do Estado do Paraná - SANEPAR (2008) 
 
MÊS POPULAÇÃO 
URBANA 
ABASTECIDA 
POR ÁGUA 
% REDE 
COLETORA 
% 
 
JANEIRO 20.461 20.461 100,00 18.424 90,04 
FEVEREIRO 20.461 20.420 99,80 18.393 89,89 
MARÇO 20.484 20.484 100,00 18.410 89,88 
ABRIL 20.484 20.480 99,98 18.544 90,53 
MAIO 20.555 20.555 100,00 18.683 90,89 
Fonte: SISMA 503 SIS-Sistema de informações SANEPAR-Palmeira-PR (2008). 
 
O município de Palmeira possui atualmente uma população de 13.579 
habitantes (IPARDES, 2008) na zona rural, porém a SANEPAR atualmente atende 
com abastecimento de água, apenas cinco comunidades rurais das doze existentes, 
deixando clara a precariedade do saneamento básico nessa área, conforme os 
dados demonstrados na tabela 4. 
 
TABELA 4- Comunidades da zona rural do município de Palmeira - PR atendidas com abastecimento 
de água pela Companhia de Saneamento do Estado do Paraná - SANEPAR (2008). 
COMUNIDADE POPULAÇÃO 
ESTIMADA 
ABASTECIDA 
POR ÁGUA 
% DA POPULAÇÃO 
LOCAL 
Quero-quero 318 314 99,06 
Vila Lago 331 321 97,28 
Pinheiral de Baixo 184 180 97,83 
Santa Bárbara de Cima 363 363 100,00 
Papagaios Novos 662 662 100,00 
Fonte: SISMA 503 SIS-Sistema de informações SANEPAR-Palmeira-PR (2008). 
 
Existe uma preocupação dos órgãos públicos com a área urbana e rural, 
conforme poderá ser constatado observando-se o crescimento dos atendimentos 
dos serviços básicos à população, comparativamente ao seu avanço demográfico 
enquanto a população cresceu apenas 1,25%, os serviços de abastecimento de 
água e rede coletora cresceram 23,60% e 28,50%, respectivamente. Estes dados 
referem-se ao período entre 2000 e 2007, avaliados pelo Instituto Paranaense de 
Desenvolvimento Econômico e Social – IPARDES. (IPARDES, 2008). (Tabelas 5 e 
6). 
 
 
 
 
8
TABELA 5- Abastecimento de Água – Palmeira - PR 
 
ANO 
POPULAÇÃO 
TOTAL DE 
HABITANTES 
ABASTECIDA DE 
ÁGUA-LIGAÇÕESRESIDENCIAIS 
POPULAÇÃO 
ATENDIDA 
% DA 
POPULAÇÃO 
ATENDIDA 
TAXA DE 
OCUPAÇÃO 
ESTIMADA 
2000 30.847 4.579 17.033,88 55,21 3,72 
2007 31.234 5.661 21.058,92 67,42 3,72 
Fonte: Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social- IPARDES (2008). 
 
TABELA 6- Rede Coletora de Esgoto- Palmeira - PR 
 
 
ANO 
 
POPULAÇÃO 
TOTAL DE 
HABITANTES 
ABASTECIDA DE 
ESGOTO-
UNIDADES 
ATENDIDAS 
RESIDENCIAIS 
 
POPULAÇÃO 
ATENTIDA 
 
% DA 
POPULAÇÃO 
ATENDIDA 
 
TAXA DE 
OCUPAÇÃO 
ESTIMADA 
2000 30.847 3.812 14.180 45,96 3,72 
2007 31.234 4.897 18.216 58,32 3,72 
Fonte: Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social- IPARDES (2008). 
 
 
2.2 PLANTAS MACRÓFITAS 
 
As plantas macrófitas - enraizadas em ambiente aquático - constituem, em 
sua grande maioria, vegetais superiores, com grande capacidade de adaptação a 
diferentes tipos de ambientes. São classificadas segundo o biótipo no ambiente 
aquático, nos seguintes grupos ecológicos (PROBIO, 2008): 
a) Macrófitas aquáticas emersas: enraizadas, porém com folhas fora 
d’água. Ex: Eleocharis sp, Typha domingensis. 
b) Macrófitas aquáticas com folhas flutuantes: enraizadas e com folhas 
na superfície da água. Ex: Nymphaea sp, Nymphoides sp. 
c) Macrófitas aquáticas submersas enraizadas: enraizadas, crescendo 
totalmente submersa na água. Ex: Egeria densa, Mayaca sp. 
d) Macrófitas aquáticas submersas livres: permanecem flutuando 
submergidas na água. Geralmente prendem-se a pecíolos e caules de 
outras macrófitas. Ex: Utricularia sp. 
e) Macrófitas aquáticas flutuantes: flutuam na superfície da água. Ex: 
Pistia stratiotes, Eichhornia sp. 
Essas espécies requerem altas concentrações de nutrientes, e podem ser 
utilizadas na despoluição de lagos e rios, através da remoção de macronutrientes 
como o nitrogênio e o fósforo, provenientes de despejo industrial e doméstico, 
utilizando-se do substrato e de biofilmes de bactérias. O conjunto forma um sistema 
físico-biológico com uma intensa vida microbiana na rizosfera (região ao redor das 
 
 
9
raízes) e nos rizomas da planta. As bactérias heterotróficas que se encontram na 
zona anóxica (pobre em oxigênio) são responsáveis pela transformação do nitrato 
em nitrito e posteriormente em nitrogênio gasoso, e na zona anaeróbica, ocorre à 
remoção da carga orgânica através da decomposição das bactérias anaeróbicas. O 
fósforo é removido pelas plantas macrófitas, com imobilização microbiana, fica retido 
no subsolo e precipita-se na coluna de água, não ocorrendo perdas pela forma 
gasosa. (NAIME; GARCIA, 2005). 
Uma das principais espécies de macrófitas utilizadas para o tratamento de 
resíduos líquidos domésticos é a Typha domingensis conhecida popularmente por 
“taboa”. (WIKIPÉDIA, 2008). A Taboa é uma macrófita aquática emersa, perene, 
apresenta caule rizomatoso rastejante, as folhas são longíneas inseridas próximas à 
base apresentando nervação paralelas. A multiplicação se dá por rizomas e 
sementes, sendo a inflorescência em espiga contínua ou interrompida, apresentando 
coloração escura. (CORDAZZO; SEELIGER, 1988). (Fig.1). 
 
Figura 1. Typha domingensis (Taboa) com folhas e flor. Foto: VIEIRA, Luciane. 
 
A planta floresce no início da primavera apresentando flores estaminadas e 
pistiladas (inflorescência cilíndrica) que são receptivas a polinização, ocorrendo a 
autofecundação com facilidade. (KUEHN; MINOR; WHITE, 1999). (Fig. 2). 
 
 
 
10
 
Figura 2. Inflorescência da Typha domingensis (Taboa). Foto: VIEIRA, Luciane. 
 
Possui o sistema radicular fasciculado (sem raiz principal), originando 
diretamente do caule (forma de cabeleira) denominadas adventícias, apresentando 
raízes finas com diâmetro constante ao longo de seu comprimento. (AMABIS; 
MARTHO, 2004). (Fig. 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 3. Raiz da Typha domingensis (Taboa) em forma de cabeleira. Foto: VIEIRA, Luciane. 
 
 
 
 
11
 Segundo Naime e Garcia (2005, p. 18): 
(...) As enraizadas vêm sendo bastante utilizadas devido ao seu baixo custo 
e alta eficiência na remoção de Demanda Biológica de Oxigênio (DBO), 
nitrogênio, fósforo e coliformes fecais, que são utilizados como nutrientes, 
sendo absorvidos pelas raízes das macrófitas. São também utilizadas pelos 
fungos e bactérias do biofilme aderido ao substrato. 
 
Logo, em face às vantagens abordadas sobre a planta Typha domingensis 
na purificação das águas, sugere-se no aludido projeto a sua utilização como 
sistema de tratamento das águas residuais da zona rural do município de Palmeira, 
para que ocorram mudanças na paisagem e preservação dos recursos naturais. 
As medidas a serem adotadas para assegurar um futuro sustentável à 
comunidade local será a participação integrada da escola e da população na 
construção de uma miniestação de tratamento de água residual como projeto piloto. 
Como mencionado por Paulo Freire (1998, p. 46), “teorizar a prática e construir a 
teoria, procurando articular a teoria e a prática, o saber e o fazer, o ensino e a 
pesquisa”. 
 Este trabalho preserva os elementos de um piloto, cuja aplicabilidade de 
atuação interativa e participativa poderá ser estendida a outras comunidades da 
zona rural, apoiando-se nas Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação 
Básica que prevê a Educação Ambiental inserida no conteúdo estruturante 
Biodiversidade no currículo escolar. (Portal educacional dia-a-dia Educação, 2009). 
A medida adotada para assegurar um futuro sustentável à comunidade local 
foi a construção de uma miniestação de tratamento de água residual com plantas 
macrófitas, a Typha domingensis. A miniestação foi construída na propriedade do 
Senhor Hans Ulrich Kliewer, professor da Escola Estadual Fritz Kliewer e proprietário 
da confeitaria Kliewer Ltda localizada na Colônia Witmarsum, situada na área rural 
do município de Palmeira, estado do Paraná, a 59 Km da capital, Curitiba, com o 
interesse e aceite do professor. A comunidade da Colônia Witmarsum é constituída 
por pessoas que vieram da Europa, Menonitas que pertencem ao grupo de alemães 
russos que tiveram origem na Frísia, no norte da Holanda e Alemanha. 
 
 
 
 
12
O projeto piloto consistiu das seguintes etapas: 
· Avaliação do terreno para a construção da miniestação de tratamento dos 
efluentes domésticos pelo Engenheiro Agrônomo Gernold Schartner. 
· Projeto da miniestação elaborado pelo Engenheiro Civil Arnhold Thiessen. 
· Parceria com a Escola Estadual Fritz Kliewer - Ensino Fundamental, 
SANEPAR e UEPG. 
· Construção da miniestação de tratamento dos efluentes líquidos domésticos. 
· Documentação fotográfica das etapas simplificadas da construção da 
miniestação de tratamento de esgoto líquido doméstico, registrada pela 
professora PDE, da área de Ciências, Luciane Maria Martini Vieira. 
· Elaboração de CD-ROM (software educacional) pela professora PDE Luciane 
Maria Martini Vieira das etapas registradas da construção da miniestação de 
tratamento dos efluentes líquidos domésticos, para apoio didático na Escola 
Estadual Fritz Kliewer, com orientação das professoras MSc. Rosilda 
Kovaliczn (UEPG) e MSc. Margarete Munhoz (PDE 2008). 
· Análise química da água para averiguação da eficiência do sistema nos 
laboratórios da SANEPAR (parceria UEPG) e análise de Nitrogênio, Fósforo, 
pH e Demanda Química de Oxigênio (DQO) no Setor de Ciências Agrárias e 
Tecnologia-Departamento de Engenharia de Alimentos, também da UEPG. 
 
 
3 IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NA ESCOLA 
 
A Escola Estadual Fritz Kliewer está situada à BR 277 no Km 146 no 
Município de Palmeira,na Região Sul do Paraná, distante cinquenta e nove 
quilômetros de Curitiba, e a seiscentos metros da residência e confeitaria do 
professor Hans Ulrich Kliewer. A escola atende alunos do Ensino Fundamental 
provenientes de comunidades próximas. (Tabela 7). 
 
 
 
 
13
Tabela 7 - Dados da Escola Estadual Fritz Kliewer – Ensino Fundamental – Palmeira (PR) 
 
 
PORTE 
 
 
ALUNOS 
 
TURMAS 
 
ENDEREÇO 
 
BAIRRO 
 
TELEFONE 
 
CIDADE 
De 161 a 
360 alunos 
 
173 
 
6 
Colônia 
Witmarsum 
 
Centro 
 
(42)32541489 
 
Palmeira 
PR 
Fonte: Portal Educacional dia-a-dia Educação (2008). 
 
A implementação do projeto na escola ocorreu no primeiro semestre de 2009 
aplicando-se o material didático (software educacional) produzido pela professora 
PDE (2008) Luciane Maria Martini Vieira, sob orientação da professora MSc. Rosilda 
Aparecida Kovaliczn (UEPG) e coorientação da MSc. Margarete Munhoz, também 
professora PDE 2008. 
O material didático pedagógico sobre o tema Meio Ambiente com o título 
“Tratamento de efluentes domésticos com plantas macrófitas” foi elaborado no 
formato multimeio, um CD-ROM (Software Educacional), em uma sequência de 
slides que contemplam através de textos sucintos, e incluem documentação 
fotográfica de qualidade, e apresenta etapas simplificadas da construção e do 
funcionamento de uma miniestação de tratamento de esgoto líquido doméstico com 
plantas macrófitas. Esse material serviu de apoio didático na Escola Estadual Fritz 
Kliewer nas séries finais do ensino fundamental nas aulas de Ciências e está 
disponível à comunidade para ser socializado, devido às orientações de 
operacionalidade que contém. 
Para a elaboração da proposta de implementação do projeto na escola, o 
professor PDE contou com a colaboração dos professores do Grupo de Trabalho em 
Rede (GTR) realizado no segundo semestre de 2008 e no primeiro bimestre de 
2009. Os grupos de trabalho em rede são formados pelos professores da rede 
estadual do Estado do Paraná, de mesma área ou disciplina do professor PDE. Os 
professores atuaram neste GTR através de encontros virtuais, fizeram contribuições 
fundamentadas teoricamente e orientadas pela professora PDE, para a elaboração 
da proposta de implementação do projeto na escola, que seguiram as seguintes 
fases: 
 
 
14
· No início de 2009, no decorrer da semana pedagógica, o projeto foi 
apresentado para os professores, coordenadores e direção da Escola 
Estadual Fritz Kliewer - Ensino Fundamental visando despertar interesse e 
divulgar informações relacionadas ao meio ambiente, auxiliando os 
educadores na participação ativa do projeto, definindo objetivos e estratégias 
comuns em suas disciplinas. 
· Aulas expositivas com a promoção de discussão entre os alunos na sala de 
aula sobre a falta de saneamento básico e suas consequencias para o 
planeta Terra e para a humanidade. Nesta fase, destinada a produção de 
sugestões e idéias, o professor atuou como orientador. 
· Exploração do ambiente próximo a Escola Estadual Fritz Kliewer para estudo 
e observações sobre o destino do esgoto doméstico. 
· Elaboração em grupo de relatos orais, escritos e outras formas de registros, 
considerando as informações obtidas por meio de observações. 
· Apresentação da produção didático-pedagógica CD-ROM com o título 
“Tratamento de efluentes domésticos com plantas macrófitas” – 27 min., e 
debates coordenados pela professora PDE conduzindo os alunos ao 
raciocínio crítico, a tirar conclusões próprias sobre o tema em questão. Esse 
material de apoio é importante para motivá-lo para o aprendizado, auxiliando 
os educando a entender melhor determinadas situações, utilizando as 
imagens para o aprofundamento do assunto e interação das disciplinas: 
Português, Matemática, Ciências, Informática, Artes e Geografia. 
· Visitas dos alunos à miniestação de tratamento de efluentes domésticos com 
plantas macrófitas, na propriedade do Sr. Hans Ulrich Kliewer, agendadas 
previamente. As saídas de campo com os alunos para a miniestação foram 
com o objetivo especificado na sala de aula durante as informações contidas 
no material didático pedagógico e não ultrapassou grupos de 25 alunos. Cada 
grupo foi previamente orientado a: ficar sempre atento às instruções do 
professor; levar material para registrar suas anotações e observações. 
(caderno, caneta, câmara, fotográfica digital, etc.); falar baixo durante o 
trabalho nas observações na miniestação de tratamento de efluentes 
 
 
15
domésticos com plantas macrófitas; fazer anotações das informações 
discutidas para ser socializada posteriormente na sala de aula; agir de forma 
responsável em relação ao meio ambiente; pesquisar o assunto na Internet, 
para trabalhar em grupo na escola (sala de informática) ou como preferir, 
incentivando a participação de professores e familiares. 
· Trazer as anotações das informações discutidas nos trabalhos de campo para 
serem socializadas na sala de aula e comparar com os resultados obtidos 
junto a Companhia de Saneamento do Estado do Paraná (SANEPAR) e dos 
laboratórios de análises da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), 
quanto a análise das substâncias presentes no esgoto líquido doméstico 
antes e depois de passar pelo sistema. 
· Elaboração de folders e/ou outras produções pelos alunos, a partir das 
imagens visualizadas no CD-ROM, e da visita técnica ao local do projeto, para 
divulgação à comunidade sobre os possíveis benefícios encontrados, 
buscando construir uma nova consciência ambiental fundamentadas em 
valores éticos, atitudes e compromissos com o desenvolvimento sustentável 
da região e a promoção do trabalho interdisciplinar. 
· Distribuição dos folders para a comunidade através da Associação de 
Moradores da Colônia Witmarsum, para que a população participe dos 
conhecimentos científicos e tecnológicos e saiba avaliar as intervenções 
práticas sobre as questões sociais e ambientais, levando o indivíduo a 
assumir responsabilidades, utilizando-se de conhecimentos locais de 
sustentabilidade propostos na Agenda 21, trazida pela Conferência das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92 
(CNUMAD,1997). 
· Exposição dos trabalhos na Feira de Ciências da Escola Estadual Fritz 
Kliewer que será realizada no mês de outubro, onde os trabalhos serão 
expostos para divulgação na comunidade. 
 
 
 
 
16
3.1 SENSIBILIZAÇÃO ECOLÓGICA 
 
 
O objetivo de sensibilização ecológica foi atingido, uma vez que educadores 
e educandos mostraram-se bastante envolvidos com a preservação do meio 
ambiente. Num primeiro momento do desenvolvimento da proposta na escola, o 
professor trabalhou o tema meio ambiente em sala de aula com alunos das séries 
finais do ensino fundamental (5ªA, 6ªA, 6ªB, 7ªA e 7ªB), levantando desafios para 
organização do trabalho e delimitando os problemas a serem investigados sobre a 
falta do saneamento básico da zona rural e suas consequências. 
A apresentação da produção didático pedagógica trouxe bons resultados. O 
CD-ROM sobre o tratamento de efluentes domésticos com plantas macrófitas foi 
apresentado em projetor multimídia, e envolveu professores de outras disciplinas (na 
sua hora atividade) que acreditaram no valor do trabalho em equipe para a 
construção do conhecimento coletivo, contribuindo de forma eficiente para educação 
e interagindo com o projeto. Em todos os momentos da apresentação os alunos 
participaram através de questionamento sobre o tema, onde surgiram os primeiros 
questionamentos e reflexões para a realização de seus trabalhos: 
- Quanto foi gasto neste projeto? (Aluno da 6ª Série B) 
- Água limpa,todo mundo quer professora, mas chega hora de tratar...(Aluna 
da 6ª Série A) 
 
3.2 TRABALHO DE CAMPO 
 
As saídas de campo para estudo e observação do ambiente, a visita técnica 
ao local do projeto sobre o destino do esgoto doméstico, foram realizadas nos 
meses de abril, maio e junho de 2009. Os alunos puderam observar in loco as 
consequências da poluição do ambiente que cerca a escola, principalmente a 
poluição das águas do Rio Cancela e foram sensibilizados, despertando ainda mais 
o interesse e a participação, fazendo com que expressassem dúvidas e 
curiosidades. A observação permitiu aos alunos vivenciarem o que aprenderam em 
sala de aula e no seu cotidiano, estimulando uma postura de respeito ao meio 
ambiente. 
 
 
17
 Em todos os momentos do trabalho, o aluno foi estimulado a pesquisar, a 
ler e a escrever sobre o tema, desenvolvendo as habilidades de leitura que 
subsidiaram a elaboração, desenvolvimento e estruturação de suas produções, 
demonstrando seu potencial de habilidades e capacidades. (Figs. 4a e 4b). 
 
 
 
 
 
 
 
Figuras 04 (a e b). Alunos das 6ª e 7ª Séries A e B observaram e fizeram anotações das informações 
recebidas na miniestação de tratamento de efluentes domésticos com plantas macrófitas. 
Foto:VIEIRA, Luciane. 
 
Houve um trabalho de acompanhamento individualizado e contínuo pelo 
professor, com incentivos constantes, orientações, sugestões e análises dos 
problemas encontrados nas atividades produzidas pelos alunos. (Figs. 5 e 6). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 05. Alunos da 6ª Série A observando a miniestação de tratamento de efluentes domésticos 
com plantas macrófitas. Foto: VIEIRA, Luciane. 
 
 
 
 
18
 
 
Figura 06. Registro das alunas das 6ª séries A e B durante saída de campo à miniestação de 
tratamento de efluentes domésticos com plantas macrófitas. 
 
 Dando continuidade ao trabalho de pesquisa de campo, os alunos 
protegidos com luvas descartáveis, coletaram amostra da água da lagoa, após 
passar pelo sistema de tratamento com plantas macrófitas para análise microscópica 
no laboratório da escola. (Fig. 07). 
 
Figura 07. Em visita à miniestação de tratamento de efluentes domésticos com plantas macrófitas, 
os educandos da 6ª série A coletaram água após passar pelo sistema, para análise microscópica. 
Foto: VIEIRA, Luciane. 
 
 
 
19
 A observação microscópica foi realizada no dia seguinte, nas aulas práticas 
de Ciências. Mesmo com um número limitado de microscópio óptico (dois), os 
alunos tiveram paciência e esperaram sua vez para observar os seres vivos 
presentes no ecossistema. (Figs. 08 a e b). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 08 (a e b). No laboratório da escola os educandos fazem investigação na água tratada. Foto: 
VIEIRA, Luciane. 
 
Após as investigações no laboratório da escola, através de relatório da aula 
prática, os alunos fizeram um breve relato sobre a importância ambiental das algas 
presente no ecossistema aquático, mostrando algumas características dos seres 
microscópicos: constituição celular, estruturas destinadas à locomoção, forma de 
vida e alimentação. (Fig. 09). 
 
 
 
 
20
 
 
 
Figura 09. Relatório da aluna da 7ª série A, depois da observação microscópica do material obtido na 
miniestação na aula prática de Ciências no laboratório da escola. 
 
 
 
 
 
21
3.3 PRODUÇÃO DO EDUCANDO E O TRABALHO INTERDISCIPLINAR 
 
Um dos fatores determinantes para o desenvolvimento dos trabalhos foi à 
relação dos alunos com os professores de diferentes áreas do conhecimento e com 
pessoas da comunidade, ocorrendo troca de saberes para alcançar um objetivo 
comum. As atividades foram bastante diversificadas, integrando as disciplinas de 
Português, Matemática, Ciências, Artes, Geografia e Informática, indo além de uma 
abordagem tradicional da Educação Ambiental na escola, estimulando uma postura 
de respeito ao ambiente onde está inserido, valorizando a pesquisa, a leitura, 
propiciando a autonomia do indivíduo e o trabalho interdisciplinar. (Figs. 10,11 e 12). 
 
 
Figura 10. Professor Henrique Mehl Hellmann Junior, da disciplina de Matemática, incentivou os 
alunos da 5ª série A e desenvolveram trabalhos com base no conteúdo do material didático (CD-
ROM) sobre a miniestação de tratamento de resíduos domésticos. 
 
 
22
A professora Marta Lena Janh, também de matemática, trabalhou questões 
do meio ambiente relacionando os conteúdos conceituais, como área de trapézio, 
volume de sólidos, expressões algébricas e medidas de volumes, favorecendo uma 
visão mais clara da aplicação da matemática no seu cotidiano, possibilitando ao 
educando efetuar operações e tomar decisões. (Fig. 11). 
 
 
 
Figura 11. A Professora Marta Lena Janh, da disciplina de Matemática, trabalhou os conteúdos 
conceituais com alunos da 7ª série A também com base no conteúdo do material didático (CD-ROM). 
 
 
 Incentivados pela professora de português, Rosane Mayer Temp, os alunos 
da 6ª série B do Ensino Fundamental confeccionaram um folder sobre a importância 
do tratamento dos resíduos para distribuição à população local. (Fig. 12). 
 
 
 
 
 
 
23
 
 
 
 
Figura 12. Folder (frente e verso) confeccionado pelos alunos da 6ª série B do Ensino Fundamental 
com a participação da professora de português Rosane Mayer Temp. 
 
Os folderes foram distribuídos aos moradores da Colônia Witmarsum para a 
divulgação do projeto na feira de ciências da Escola Estadual Fritz Kliewer, realizada 
em outubro de 2009, onde os moradores obtiveram maiores informações sobre o 
tratamento de efluentes domésticos com plantas macrófitas e puderam apreciar os 
trabalhos confeccionados pelos alunos. 
 
 
24
A sensibilização dos moradores da Colônia Witmarsum para a questão 
ambiental foi expressa por meio dos depoimentos obtidos nas entrevistas realizadas 
pelos alunos: 
O presente projeto deveria ter a sua publicidade muito mais divulgada e a 
nossa Associação, a Cooperativa e os Bancos deveriam criar incentivos 
para que toda propriedade em Witmarsum tivesse esse tipo de tratamento 
para seus efluentes domésticos. (Helmult Pauls – morador da Colônia 
Witmarsum) 
 
Eu acho uma iniciativa muito importante, que se todos fizessem assim o 
meio ambiente estaria melhor. As pessoas deveriam se conscientizar mais 
para melhorar o futuro da vida delas e de seus descendentes. (Siloel 
Verneke - morador da Colônia Witmarsum) 
 
O projeto de tratamento de resíduos líquidos domésticos é muito valioso e 
importante para o ser humano, mas principalmente para a natureza. Todos 
podem colaborar, quando se refere à preservação do nosso solo, pois 
dependemos dele para nossa sobrevivência. Esse projeto veio em bom 
momento conscientizar e auxiliar a todos os moradores da Colônia 
Witmarsum; principalmente aos alunos, que são o nosso futuro. A 
professora Luciane Maria Martini Vieira os meus parabéns, assim como ao 
Sr. Hans Ulrich Kliewer que gentilmente cedeu a sua propriedade para 
estudos e pesquisas dos alunos. (Suzana Friesen - moradora da Colônia 
Witmarsum) 
 
Eu aprovo esse novo projeto com certeza, pois além de não causar nenhum 
dano a natureza, somente fará bem a toda humanidade. Para mim, é um 
projeto bem interessante onde o homem pode com sua sabedoria ajudar a 
salvar o nosso planeta, onde a única vantagem é ser beneficiado. Vamos 
todos fazer parte desse projeto, dando o nosso apoio e assimconseguir 
salvar a saúde e o bem estar de todos e com isso fazer a nossa natureza 
agradecer e sorrir novamente. (Raquel S. Heinrichs - moradora da Colônia 
Witmarsum) 
 
Os alunos se expressaram de várias maneiras: oralmente, na escrita, 
através de desenhos, pinturas e entrevistas com pessoas da comunidade, 
favorecendo as práticas cotidianas sobre a Educação Ambiental, uma vez que fez 
sentido para o aluno, foi significativo, porque normalmente o tema é abordado de 
forma descontextualizada e não envolve o educando com as causas relacionadas 
com a preservação do seu entorno. 
Os professores de Matemática Henrique Mehl Hellmann Junior, Marta Lena 
Janh e a professora de Português Rosane Mayer Temp, realizaram as atividades 
 
 
25
propostas pelo professor PDE com responsabilidade e satisfação, envolvendo-se 
com os alunos e propondo estratégias comuns a suas disciplinas. 
Alguns trabalhos realizados pelos alunos expressam as idéias de acordo 
com o tema proposto com as orientações do professor PDE (Figs.13,14,15,16,17,18 
e 19). 
 
 
Figura 13. O aluno articula o conhecimento científico adquirido com material didático pedagógico (CD- 
ROM) de forma lúdica. 
 
A escola ao aceitar o novo e estando aberta a todas as culturas, gera novas 
metodologias para trabalhar com seus alunos. O professor pode ajudar o aluno a ter 
autonomia, sem se esquecer de seus direitos e deveres perante a sociedade, 
incentivando-o a atuar como multiplicador de ações de cidadania. 
Alguns alunos optaram por reproduzir histórias em quadrinhos sobre o tema. 
(Fig. 14). 
 
 
26
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 14. Produção de história em quadrinhos pelo aluno da 7ª série A. 
 O aluno autor da história em quadrinhos (Fig. 14) se valeu da linguagem 
visual para produzir o efeito almejado. A contundência da imagem contribui para 
uma conscientização sobre a importância da preservação da natureza verificando a 
existência de doenças veiculadas pela água, sugerindo ações de prevenção dessas 
doenças, desenvolvendo sua capacidade de observação, criatividade e despertando 
uma percepção crítica da interferência do homem sobre o meio ambiente. 
 No decorrer da aplicação do projeto na escola, o aluno também foi 
incentivado a calcular gastos com a construção da miniestação de tratamento com 
plantas macrófitas. (Fig. 15). 
 
 
27
 
Figura 15. Aluno da 6ª série B envolve-se com a comunidade para realizar sua pesquisa sobre os 
custos da miniestação. 
 
Através das pesquisas para a construção da miniestação, os alunos 
colocaram em prática diversos conhecimentos matemáticos, dentre eles: volume (em 
diversas situações); perímetro (medidas lineares de canos de PVC); área lateral de 
figuras geométricas (para cálculo de materiais utilizados). Foi possível, também, 
vivenciar a matemática no dia a dia, sua importância e, verificar que a mesma é uma 
ferramenta indispensável em muitas atividades laborais formais ou não.
 
 
28
Partindo dos aspectos teóricos e da observação do meio ambiente, o 
educando, de forma consciente concretiza seus conhecimentos elaborando um 
poema. (Fig. 16). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16. Alunas da 6ª série e o poema “Água”, no tema meio ambiente. 
 
Houve incentivo também para a produção de redação sobre o tema. (Fig. 
17). 
 
 
29
 
 Figura 17. Aluno da 6ª série B interagindo com o projeto através da redação. 
 
De acordo com o texto acima, o aluno interage com o conhecimento prévio 
sobre os elementos linguísticos, sua capacidade de compreensão para produção de 
diferentes tipos de gêneros de texto, interagindo com o tema em questão, 
posicionando-se de maneira crítica em relação à preservação do meio ambiente. 
 Na figura 18 observa-se que a aluna procurou novas fontes de informações, 
consultando sites na internet e acrescentou novos conhecimentos relacionados ao 
conteúdo proposto, ressaltando sua habilidade em outras fontes de pesquisa. (Fig. 
18). 
 
 
30
 
Figura 18. Aluna da 6ª série pesquisa na internet sobre a “taboa” – planta macrófita 
Em outra etapa do desenvolvimento do projeto, alunos do ensino fundamental 
atuaram como mediadores da Educação Ambiental, dando assistência aos 
professores do Colégio Municipal Fritz Kliewer e aos alunos da 4ª série na visita 
técnica à miniestação de tratamento de efluentes domésticos com plantas 
macrófitas, utilizando conhecimentos científicos adquiridos previamente, durante a 
participação no projeto e exercendo a sua cidadania. (Fig. 19). 
 
Figura 19. Na socialização de conhecimentos, alunos da 4ª série recebem informações dos alunos da 
Escola Estadual Fritz Kliewer sobre o funcionamento da miniestação. Foto: VIEIRA, Luciane. 
 
 
31
4 RESULTADOS DAS ANÁLISES LABORATORIAIS 
 
No período de novembro de 2008 a junho de 2009 coletou-se amostra (em 
frascos estéreis) da água residual e após passar pelo sistema de tratamento com 
plantas macrófitas para averiguar a purificação do sistema. (QUADROS 1 e 2). 
 
QUADRO 1- Resultado do exame bacteriológico da água de efluente doméstico in natura e após 
passar pelo sistema de tratamento com plantas macrófitas. 
 
ORIGEM DA AMOSTRA DATA DA 
COLETA 
TOTAL DE 
BACTÉRIA (UFC) 
COLIFORMES 
TOTAIS (NMP) 
COLIFORMES 
FECAIS (NMP) 
Água de efluente doméstico in natura 18/11/08 >10.000/mL >240/100mL >240/100mL 
Água de efluente doméstico após 
tratamento com plantas macrófitas. 
18/11/08 >5.000/mL >240/100mL >240/100mL 
Nota: Análises efetuadas pelo Prof. Dr. Alberto E. G. Kloth da Universidade Estadual de Ponta Grossa 
– UEPG. Os resultados referem-se exclusivamente a amostras encaminhadas ao laboratório. 
 
 
 
QUADRO 2- Resultados da dosagem do pH, Fósforo total, Nitrogênio total e Demanda Química de 
oxigênio (DQO) da água de efluente doméstico in natura e após passar pelo sistema de tratamento 
com plantas macrófitas. 
 
ORIGEM DA AMOSTRA DATA DA 
COLETA 
pH FÓSFORO 
TOTAL 
NITROGÊNIO 
TOTAL 
DQO 
Água de efluente doméstico in natura 29/04/09 6,56 6,89 1,52 1047,51 
Água de efluente doméstico após 
tratamento com plantas macrófitas 
29/04/09 7,42 3,47 0,52 50,92 
Água de efluente doméstico in natura 18/06/09 5,21 n.d. 0,102 1.108,84 
Água de efluente doméstico após 
tratamento com plantas macrófitas 
18/06/09 7,15 n.d 0,036 176,62 
 
Nota: Análises efetuadas nos laboratórios do Departamento de Engenharia de Alimentos da 
Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. 
 
Comparando os resultados dos quadros acima os alunos mostraram-se 
surpresos com a redução da intensidade de contaminação dos corpos receptores do 
efluente devido à ação da planta macrófita “taboa” que é considerada por muitas 
pessoas da comunidade uma planta invasora. Hoje, o educando reconhece sua 
importância na natureza, uma vez que, de forma controlada pode auxiliar no 
combate à poluição e a contaminação da água por meio de esgotos domésticos. 
 
 
32
Muito mais dos que as análises e comprovações técnicas, os alunos puderam 
perceber as mudanças a olho nu quanto ao processo da melhoria da qualidade da 
água residuária. Na figura 20 destaca-se o relato da aluna da 6ª série: 
 
 
Figura 20. Relato da aluna Lidiane da 6ª série B sobre a miniestação de tratamento com plantas 
macrófitas (Taboa), demonstrando sua sensibilização para a questão ambiental. 
 
Mesmo que o professor não possua uma formação sistemática e continuada 
em Educação Ambiental (EA), com esforço ele poderá atuar nesse tema para 
atender as necessidadesprimordiais da sociedade, estimular o conhecimento do 
indivíduo e aplicação no exercício da cidadania, incorporando a temática ambiental 
no seu dia-a-dia, experimentando novas idéias e responsabilidades, buscando uma 
melhor qualidade de vida, mesmo com tantas dificuldades e incertezas que 
encontrará. Conforme Sato (SATO, 2002, p.12). 
[...] quem optou caminhar na EA deve perceber que as incertezas e as 
dúvidas sempre estarão ao nosso lado. Nossa liberdade e responsabilidade 
implicam uma situação ontológica que se situa no desenvolvimento da 
humanidade, que, antes de ser adjetivado de “sustentável”, deve responder 
ao desejo de uma sociedade global com menos disparidades sociais e com 
mais cuidados ecológicos. 
 
 
 
 
 
 
33
 
5 CONCLUSÃO 
 Envolvendo a comunidade escolar, o estudo piloto realizado na comunidade 
rural do município de Palmeira – PR, onde construiu-se uma miniestação de 
tratamento de água residual (ETAR) com plantas macrófitas, demonstrou que a 
utilização dessas plantas contribuiu para a remoção dos resíduos nos efluentes 
líquidos domésticos, e em consequência, na melhoria do meio ambiente através da 
despoluição de lagos e rios da localidade. 
A participação de educadores, educandos e da comunidade em geral, e 
também as parcerias estabelecidas, revelaram que os problemas ambientais só 
serão sanados ou amenizados com o envolvimento coletivo. Há necessidade de a 
população identificar os problemas locais relacionados ao meio ambiente e, uma vez 
sensibilizados, praticar atitudes corretas de sustentabilidade através da participação 
cidadã, com respeito ao próximo e a natureza. 
 
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34
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