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1 Débito Cardíaco e Hemodinâmica Fisiologia Humana II - Nutrição Profª Silvia Aparecida Oesterreich UFGD Características do Sistema Cardiovascular O coração bombeia o sangue ao sistema arterial Fluxo contínuo Volume sanguíneo ~ 5 – 10% do volume corporal Elevada pressão nas artérias reservatório de pressão circula o sangue pelos capilares. Diâmetro decrescente + ramificação dos vasos Vasos sanguíneos Distribuição do volume de sangue em repouso A circulação: vasos em série e em paralelo Independência dos elementos em paralelo Todos os elementos em série de um circuito devem ter o mesmo fluxo. O fluxo, por elementos em paralelo, de um circuito, pode ser variado independentemente. 2 Elementos em paralelo Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn 3 • Velocidade do fluxo sanguíneo (V): – Fatores: • Diâmetro do vaso (D) • Área de seção transversal (A) – Relação entre velocidade de fluxo (V) e A, depende do raio ou diâmetro do vaso: • V= Velocidade de fluxo sanguíneo (cm/min). Taxa de deslocamento • Q= Fluxo sanguíneo (mL/min). Volume por unidade de tempo. • A= Área de seção transversal D A Relação entre: Fluxo, Pressão e Resistência • Fluxo: Determinado por: – Diferença de pressão (dos extremos do vaso). – Resistência (paredes do vaso). – Análoga à relação entre: corrente, voltagem e resistência em circuitos elétricos (Lei de Ohm) • Equação: – Q = Δ P / R – Q= Fluxo ( mL/min) – Δ P= Diferença de pressões (mm Hg) – R = Resistência (mmHg/mL/min). P 1 P 2 Δφ R Ao “reduzir” a viscosidade, a diferença de pressão necessária para manter o fluxo é menor. Nos vasos menores (5 - 7m): Os eritrócitos ocupam o vaso deformando-o, o movimento se produz em fila indiana. Tipos de Fluxo • Fluxo laminar: – Este fluxo ocorre em condições ideais – Características: • Possue perfil parabólico • Na parede do vaso o fluxo tende a ser zero • Fluxo turbulento: – É produzido por: • Irregularidade no vaso sanguíneo • Necessita de uma maior pressão para mobilizá-lo • É acompanhado de vibrações audíveis chamadas SOPROS Relação entre: Fluxo, Pressão e Resistência • Características do Fluxo sanguíneo: – Diretamente proporcional à diferença de pressão (ΔP) ou gradientes de pressão. – Direção determinada pelo gradiente de pressão . – Inversamente proporcional à resistência Fluxo sanguíneo: Variação do fluxo laminar para o turbilhonar Inúmeros fatores determinam o início de turbulência. A proporção, sem dimensões, entre a velocidade do líquido e sua viscosidade, é chamada de número de Reynolds, e, quando excede 2000, em fluxo constante, em tubo reto, rígido e uniforme, começa a turbulência. 4 Fluxo Laminar Fluxo Turbulento Velocidade 0 Alta velocidade Fluxo laminar e Número de Reynolds • NR não possue dimensões • Prediz o tipo de fluxo – NR= Nº de Reynolds – δ = densidade do sangue – d = diâmetro do vaso sanguíneo – v = velocidade do fluxo sanguíneo – n = viscosidade do sangue • Se o NR é menor de 2.000 o fluxo é laminar • Se é maior de 2.000 aumenta a possibilidade de fluxo turbulento n vd N R Exemplos NR • Anemia: – Hematócrito menor (viscosidade sanguínea diminuída) – Aumento do Débito cardíaco – Aumento do fluxo sanguíneo – NR aumenta • Trombos: – Estreitamento do vaso sanguíneo – Aumento da velocidade do sangue no local do trombo – Aumento do NR Viscosidade: Hematócrito em relação à viscosidade Complacência dos vasos sanguíneos • Distensibilidade ou capacitância: – Volume de sangue contido por um vaso a uma pressão determinada – Descreve as alterações de volume de um vaso com mudanças de Pressão • C = V / P – C = Distensibilidade ou capacitância – V = Volume – P = Pressão (mmHg) 5 Relação entre: Fluxo, Pressão e Resistência • Resistência: – Resistência Periférica Total (RTP) – Resistência em um só órgão • A resistência ao fluxo sanguíneo é determinada por: – Vasos sanguíneos – O sangue Controle dos vasos sanguíneos Metabólitos locais, mediadores locais, hormônios e nervos autonômicos controlam o tônus vasomotor, a perfusão tecidual e a RPT. Ciclo cardíaco Eventos mecânicos do ciclo cardíaco Alça de pressão-volume do ciclo cardíaco do ventrículo esquerdo. Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn 6 Fases da contração cardíaca – Etapas do ciclo cardíaco 1. Sístole atrial - Os átrios se contraem - Fase final de enchimento ventricular (4ª bulha) 2. Contração ventricular isovolumétrica – Os ventrículos se contraem. – Pressão ventricular aumenta. – Volume ventricular constante (todas as valvas fechadas) (1ª bulha: valva mitral fechada) Alterações na pressão e fluxo durante o ciclo cardíaco 2. Contração ventricular isovolumétrica Aumento da pressão que excede a pressão dos átrios. – Fechamento das válvulas AV (previne o retorno do fluxo sanguíneo). – Ocorre a contração ventricular. • Durante esta fase tanto as válvulas AV como as aórticas permanecem fechadas • Os ventrículos se encontram como câmaras fechadas e não há mudanças de volume, embora haja aumento de pressão Alterações na pressão e fluxo durante o ciclo cardíaco 3. Ejeção ventricular rápida - Os ventrículos se contraem - A pressão ventricular aumenta e atinge o valor máximo - Os ventrículos ejetam sangue nas artérias - Diminue o volume ventricular - Pressão aórtica aumenta e atinge o valor máximo Alterações na pressão e fluxo durante o ciclo cardíaco 4. Ejeção ventricular reduzida - Ventrículos ejetam sangue para as artérias (velocidade mais lenta) - Volume ventricular mínimo - Pressão aórtica começa a cair 5. Relaxamento ventricular isovolumétrico – Os ventrículos relaxam – Pressão intraventricular diminue a valores menores que a pressão nas artérias – As válvulas seminulares se fecham (2ª bulha: fechamento valva aórtica) – O volume ventricular é contante Alterações na pressão e fluxo durante o ciclo cardíaco 6. Enchimento ventricular rápido - Os ventrículos relaxam - Os ventrículos se enchem passivamente com o sangue dos átrios (valva mitral abre: 3ª bulha) - O volume ventricular aumenta - A pressão ventricular é baixa e constante 7. Enchimento ventricular reduzido - Os ventrículos relaxam - Fase final de enchimento ventricular Bulhas cardíacas • Bulha 1:fechamento das válvulas atrioventriculares (início da sístole) • Bulha 2: fechamento das válvulas semilunares (início da diástole) • Bulha 3: abertura válvula mitral (impacto do sangue na parede ventricular: diástole) • Bulha 4: coincide com a contração atrial. Não é audível em adultos saudáveis, embora possa ser ouvida na hipertrofia ventricular, quando a complacência ventricular está diminuída. (impacto do sangue na parede ventricular: sístole) 7 Relação de Frank-Starling O volume de sangue ejetado pelo ventrículo depende do volume presente no ventrículo ao final da diástole. O volume de sangue que o coração ejeta na sístole é igual ao volume que ele recebe pelo retorno venoso. Aumento na contratilidade: efeito Ionotrópico positivo. Diminuição na contratilidade: efeito Ionotrópico negativo. Eventos mecânicosdo ciclo cardíaco (A)Válvula AV abre-se e o ventrículo se enche. (B) Começa a sístole e a pressão aumentada fecha a válvula AV De (B) para (C) ocorre a contração isovolúmica, até que as válvulas arteriais se abram. Ocorre ejeção até (D), quando ocorre o relaxamento isovolumétrico, até que o ciclo recomece. Distribuição do débito cardíaco do ventrículo esquerdo, em repouso Todo o débito do ventrículo direito vai para a circulação pulmonar. Débito cardíaco • O débito cardíaco (DC) é o produto de volume sistólico pela frequência cardíaca (FC). Pressão arterial média • É a média da pressão em um ciclo cardíaco completo. DC= FC X (VDF – VSF) PAM= PAD + 1/3 pressão de pulso (PAS-PAD) Volume sistólico: volume de sangue ejetado, por um ventrículo, em uma contração; é a diferença entre o volume diastólico final (VDF) e o volume sistólico final (VSF) Pré-carga do miocárdio • Pré-carga: volume ventricular esquerdo diastólico final (VDF). – Comprimento da fibra ao final da diástole. – Pré-carga do comprimento de repouso a partir do qual o músculo se contrai 8 Pós-carga do miocárdio • Pós-carga: pressão aórtica. – A velocidade de encurtamento do músculo é máxima quando a pós-carga é zero – Velocidade de encurtamento diminui quando aumenta a pós-carga Modelo de coração: ilustra fatores que influenciam o VDF e o VSF e, portanto, o VS. A pressão venosa (PV) que determina o VDF é conhecida como pressão venosa central (PVC), no lado direito do coração. VDF VSF Efeito da atividade simpática sobre o funcionamento ventricular • A contratilidade miocárdica determina a pressão que pode ser produzida pelo ventrículo. Essa contratilidade pode ser aumentada pelo estiramento do ventrículo (curva de Starling). Ondas de pressão arterial PM(pressão média) PM(pressão média) Incisura dicrótica (pequeno refluxo) A microcirculação 9 Forças da filtração capilar Capilares contínuos • Encontrado no músculo esquelético e cardíaco, pulmões, encéfalo, na pele e no tecido conjuntivo. • Atua como importante peneira molecular. • Facilita a difusão. Capilares fenestrados (A)Tecido endócrino com as fenestras fechadas por membrana. Ex: glândulas (B) Capilar do glomérulo renal com fenestras. Ex.: rim. Muito mais permeáveis que os capilares contínuos. Alta intensidade de trocas de água e de solutos. Encontrados em glândulas, na mucosa e no rim. Capilares descontínuos • Podem ter endotélio alto (baço) ou baixo (medula óssea e fígado) • Mais permeáveis de todos os capilares. Encontrados em locais onde líquidos e hemácias necessitam de mover com facilidade para dentro e para fora dos espaços teciduais. Ex.: medula óssea, fígado e baço.
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