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RESPONSABILIDADE CIVIL 2018 (ESTUDO DIRIGIDO PARA AV, AVR E AVALIAÇÃO PARCIAL) by WEST GAVE

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ESTUDO DIRIGIDO 2018 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
BY 
WEST GAVE 
 
BANCO DE QUESTÕES 01 
(A RESPONSABILIDADE CIVIL E SEUS ELEMENTOS - 1a aula) 
 
 
 1a Questão 
 
 
 (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO) - O motorista de um automóvel de passeio trafegava na 
contra-mão de direção de uma avenida quando colidiu com uma ambulância estadual que transitava na mão 
regular da via, em alta velocidade porque acionada a atender uma ocorrência. A responsabilidade civil do 
acidente deve ser imputada: 
 
 
ao Estado, uma vez que um veículo estadual (ambulância) estava envolvido no acidente, o que enseja 
a responsabilidade objetiva. 
 
tanto ao civil quanto ao Estado, sob a responsabilidade subjetiva, em razão de culpa concorrente. 
 
ao civil que conduzia o veículo, que responde sob a modalidade objetiva no que concerne aos danos 
apurados na viatura estadual. 
 ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente, não havendo nexo de 
causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado. 
 
ao Estado, sob a modalidade subjetiva, devendo ser comprovada a culpa do motorista da ambulância. 
 
 
Explicação: 
A relação causal, portanto, estabelece o vínculo entre um determinado comportamento e um evento, 
permitindo concluir, com base nas leis naturais, se a ação ou omissão do agente foi ou não a causa do dano. 
Determina se o resultado surge como conseqüência natural da voluntária conduta do agente. 
Em suma, o nexo causal é um elemento referencial entre a conduta e o resultado. É através dele que 
poderemos concluir quem foi o causador do dano. 
Pode-se ainda afirmar que o nexo de causalidade é elemento indispensável em qualquer espécie de 
responsabilidade civil. 
É liame que une a conduta do agente ao dano. Constitui elemento essencial para a responsabilidade civil. 
Seja qual for o sistema adotado no caso concreto, subjetivo (da culpa) ou objetivo (do risco), salvo em 
circunstâncias especialíssimas, não haverá responsabilidade sem nexo causal. 
No caso narrado não há que se falar da existência do nexo de causalidade em relação a conduta do motorista 
da ambulência, mas sim a imputação do dever de reparar o dano em relação ao motorista do automóvel de 
passeio. 
 
 
 
 
 2a Questão 
 
 
 São elementos da Responsabilidade Civil subjetiva, EXCETO: 
 
 
Ato ilícito 
 Fato de terceiro 
 
Nexo causal 
 
Culpa 
 
Dano 
 
 
Explicação: 
São elementos da responsabiliodade civil: conduta (ação ou omissão), nexo causal e dano. Como estamos 
diante da responsabilidade civil subjetiva a culpa também deve ser analisada. 
É importante destacar que a culpa em sentido amplo é aquela que abrange o dolo e a culpa em sentido 
estrito. 
O fato de terceiro é uma excludente de nexo causal. 
 
 
 
 
 
 3a Questão 
 
 
 Ano: 2015; Banca: FCC; Órgão: TJ-PE; Prova: Juiz Substituto. Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentemente de culpa: 
 
 quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco 
para os direitos de outrem. 
 
quando a lei não estabelecer que a hipótese se regula pela responsabilidade civil subjetiva. 
 
somente nos casos especificados em lei. 
 
apenas quando o dano for ocasionado por agente público ou preposto de empresa concessionária de 
serviço público, no exercício de seu trabalho. 
 
sempre que o juiz, verificando a hipossuficiência da vítima, inverter o ônus da prova. 
 
 
Explicação: 
Código Civil 
Estabelece o art. 927, CC: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,fica obrigado a 
repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
 
 
 
 
 4a Questão 
 
 
 A Lei n. 10.406 de 2002 (Código Civil), reconheceu formalmente a reparabilidade dos danos morais, embora 
a questão já estivesse pacificada pela Constituição Federal de 1988, fazendo-se a atualização legislativa 
obrigatória, marque a alternativa cujo texto retrata fiel e claramente esse reconhecimento no Código Civil de 
2002. 
 
 
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, 
moral ou à imagem. 
 
São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. 
 
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
Nenhuma das alternativas. 
 
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o 
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
 
Explicação: 
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar 
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
 
 
 
 
 5a Questão 
 
 
 O abuso de direito acarreta: 
 
 
indenização apenas em hipóteses previstas expressamente em lei. 
 indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. 
 apenas a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pela parte prejudicada, 
independentemente de decisão judicial. 
 
somente a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pelo juiz 
 
consequências jurídicas apenas se decorrente de coação, ou de negócio fraudulento ou simulado. 
 
 
Explicação: R:Caio Mário da Silva Pereira (2007, p. 673) esclarece que ¿Não se pode, na atualidade, admitir 
que o indivíduo conduza a utilização de seu direito até o ponto de transformá-lo em causa de prejuízo alheio. 
Não é que o exercício do direito, feito com toda regularidade, não seja razão de um mal a outrem. Às vezes 
é, e mesmo com freqüência. Não será inócua a ação de cobrança de uma dívida, o protesto de um título 
cambial, o interdito possessório que desaloja da gleba um ocupante. Em todos esses casos, o exercício do 
direito, regular, normal, é gerador de um dano, mas nem por isso deixa de ser lícito o comportamento do 
titular, além de moralmente defensável. Não pode, portanto caracterizar o abuso de direito no fato de seu 
exercício causar eventualmente um dano ou motivá-lo normalmente, porque o dano pode ser o resultado 
inevitável do exercício, a tal ponto que este se esvaziaria de conteúdo se a sua utilização tivesse de fazer-se 
dentro do critério da inocuidade¿ 
 
 
 
 
 
 6a Questão 
 
 
 Suprime-se o seguinte elemento, em casos de responsabilidade civil objetiva: 
 
 
a)ação ou omissão voluntária 
 d) culpa. 
 
c) dano 
 
b)nexo de causalidade 
 
e) ato ilícito. 
 
 
Explicação: Na responsabilidade objetiva deve-se provar a conduta (ação ou omissão), o dano e o nexo 
causal entre a conduta e o dano. Exclui-se, portanto, a culpa (que é elemento essencial para a 
responsabilidade subjetiva). art. 927, parágrafo único, CC: Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentementede culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente 
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
 
 
 
 
 7a Questão 
 
 
 São elementos da responsabilidade civil subjetiva, EXCETO: 
 
 
Dano 
 
Dolo ou culpa em sentido estrito. 
 Conduta comissiva ou omissiva.Nexo de Causalidade 
 Dano moral. 
 
 
Explicação: 
São elementos da responsabiliodade civil: conduta (ação ou omissão), nexo causal e dano. Como estamos 
diante da responsabilidade civil subjetiva a culpa também deve ser analisada. 
É importante destacar que a culpa em sentido amplo é aquela que abrange o dolo e a culpa em sentido 
estrito. 
Quando se fala na possibilidade de indenização por dano moral é porque houve a violação de um direito da 
personalidade. 
 
 
 
 
 
 8a Questão 
 
 
 Aplicada em: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: Advogado Júnior 
 
Em 2013, ao atravessar o cruzamento com o sinal vermelho, uma moça foi 
atropelada acidentalmente por um motociclista. Diante da gravidade dos 
ferimentos, a moça só se recuperou integralmente em 2014. Durante esse 
período, os dois iniciaram um relacionamento e, em 2015, casaram-se. Em 
2017, o casamento chega ao fim. A moça, então, decide ingressar com ação 
indenizatória para obter a reparação dos danos sofridos no acidente. 
 
Com base na situação narrada, de acordo com o Código Civil de 2002, a 
 
 contagem do prazo prescricional ficou suspensa durante a constância da 
sociedade conjugal e voltará a correr com o divórcio do casal. 
 pretensão da moça à reparação prescreverá três anos após o divórcio, por 
força de causa impeditiva. 
 pretensão da moça à reparação civil frente ao rapaz prescreveu três anos 
após o acidente. 
 pretensão da moça à reparação civil prescreverá três anos após o divórcio, já 
que a ocorrência de causa interruptiva faz recomeçar a contagem do prazo 
prescricional. 
 
 
pretensão da moça prescreverá em 2018, já que o seu casamento 
interrompeu a contagem do prazo prescricional. 
 
 
Explicação: 
CC Art. 197. Não corre a prescrição: 
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; 
 
 
 1a Questão 
 
 
 Com relação à responsabilidade é possível se afirmar: 
 
 
n.d.a. 
 
obrigação e responsabilidade são expressões sinônimas; 
 
será ela sempre decorrente da violação de uma obrigação em razão de termos adotado o método 
alemão; 
 
a responsabilidade é um antecedente lógico da obrigação; 
 
que nem sempre é decorrência de uma violação da obrigação já que é possível se falar em 
responsabilidade sem obrigação pré existente; 
 
 
Explicação: Sobre a diferença entre obrigação e responsabilidade. 
 
 
 
 
 2a Questão 
 
 
 A história da humanidade foi permeada por conflitos, tendo como ponto de 
partida a convivência em sociedade. Das relações humanas surgem atos, 
que podem produzir significativos efeitos no mundo, na sociedade e na vida 
das pessoas. Quando um fato causa um dano a terceiro, por regra, deve ser 
reparado. Assim, existem elementos que devem estar presentes e que 
configure um dano que, de fato, deve ser reparado. Um destes elementos é o 
que manifesta a conduta necessária para termos o início da responsabilidade 
jurídica de alguém que comete ato que violente o direito de outrem. A este 
elemento a legislação descreve como: 
 
 Nexo Causal. 
 Dano de forma típica. 
 Ato ilícito. 
 Dano de forma atípica. 
 Nexo Causal atípico. 
 
 
Explicação: 
Ato ilícito 
É a conduta necessária para termos o início da possibilidade da 
responsabilização jurídica de alguém que comete ato que violente o 
direito de outrem de não ter violado o direito à incolumidade. Sua 
expressa previsão está nos artigos 186 e 187 da Lei 10.406 de 
2002: Título III - Dos Atos Ilícitos: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao 
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim 
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
 
 6a Questão 
 
 
 A responsabilidade Civil é um instituto altamente dinâmico e flexível, em 
constante transformação para atender às necessidades sociais que se 
manifestam cotidianamente. A noção de responsabilidade civil esta 
relacionada a noção de não prejudicar um terceiro, é a obrigação que pode 
determinar a uma pessoa a reparar um prejuízo causado a outrem. Em 
sentido etimológico, responsabilidade exprime a ideia de: 
 
 Obrigação, encargo e contraprestação. 
 Limites impostos pelo seu fim econômico ou social. 
 Fato constitutivo de seu direito. 
 Ato ilícito que causa dano a outrem. 
 Ato unilateral de vontade. 
 
 
Explicação: 
Em seu sentido etimológico, responsabilidade exprime a ideia de obrigação, 
encargo, contraprestação. Em sentido jurídico, o vocábulo não foge dessa 
ideia. Designa o dever de alguém ter de reparar o prejuízo decorrente da 
violação de outro dever jurídico. 
 
 
 
 8a Questão 
 
 
 (OAB/VIII Exame Unificado/2012) - João dirigia seu veículo respeitando todas as normas de trânsito, com 
velocidade inferior à permitida para o local, quando um bêbado atravessou a rua, sem observar as condições 
de tráfego. João não teve condições de frear o veículo ou desviar‐se dele, atingindo‐o e causando‐lhe graves 
ferimentos. 
 
A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
 
Inexistiu um dos requisitos essenciais para caracterizar a responsabilidade civil: o dano indenizável e, 
por isso, não deve ser responsabilizado. 
 
Houve responsabilidade civil, devendo João ser considerado culpado por sua conduta. 
 
Faltaram todos os elementos que configuram a responsabilidade civil, como por exemplo, a conduta 
humana, não ficando configurada a responsabilidade civil. 
 Houve rompimento do nexo de causalidade, em razão da conduta da vítima, não restando configurada 
a responsabilidade civil. 
 
Faltou um dos elementos da responsabilidade civil, qual seja, a conduta humana, não ficando 
configurada a responsabilidade civil. 
 
 
Explicação: 
 Para a configuração da responsabilidade civil é necessário que estejam presentes alguns pressupostos. 
Sobre os mencionados pressupostos, Sergio Cavalieri Filho (2015, p. 70) entende que ¿a responsabilidade 
civil requer a existência de uma conduta culposa, nexo causal e um dano, dispensando o elemento culpa 
quando se tratar de responsabilidade objetiva¿. 
O nexo causal entre a conduta do ofensor e o dano sofrido pela vítima demonstra que o ofensor somente 
será responsabilizado pelo dano causado se a sua conduta realmente for a causa da lesão sofrida. Nesse 
sentido, Maria Helena Diniz (2012, p. 129) afirma: O vínculo entre o prejuízo e a ação designa-se ¿nexo 
causal¿, de modo que o fato lesivo deverá ser oriundo da ação, diretamente ou como sua consequência 
previsível. Tal nexo representa, portanto, uma relação necessária entre o evento danoso e a ação que o 
produziu, de tal sorte que esta é considerada como sua causa. 
O liame de causalidade pode ser afastado pela ocorrência de caso fortuito, força maior, fato exclusivo da 
vítima ou de terceiro, os quais afastam a responsabilização. 
 
 
 1a Questão 
 
 
 (TRT/ 4ª REGIÃO / 2012) - Ao arbitrar indenização decorrente de responsabilidade civil, 
 
 
se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer seu ofício ou profissão, ou se lhe 
diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes, 
incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, a qual deverá, 
necessariamente, ser paga mensal e periodicamente. 
 
o grau de culpa jamais interfere no valor da indenização. 
 
no caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações, na prestação de alimentos 
às pessoasa quem o morto os devia, a serem pagos até a morte dos alimentados. 
 
no caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento 
e dos lucros cessantes, até ao fim da convalescença, excluídos os demais prejuízos que tenha sofrido. 
 
se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, o juiz poderá reduzir o valor da 
indenização. 
 
 
Explicação: 
Art. 945 do CC - Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será 
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. 
 
 
 
 3a Questão 
 
 
 Juliana, por meio de contrato de compra e venda, adquiriu de Ricardo, profissional liberal, um carro seminovo 
(30.000km) da marca Y pelo preço de R$ 24.000,00. Ficou acertado que Ricardo faria a revisão de 30.000km 
no veículo antes de entregá-lo para Juliana no dia 23 de janeiro de 2017. Ricardo, porém, não realizou a 
revisão e omitiu tal fato de Juliana, pois acreditava que não haveria qualquer problema, já que, 
aparentemente, o carro funcionava bem. No dia 23 de fevereiro de 2017, Juliana sofreu acidente em razão de 
defeito no freio do carro, com a perda total do veículo. A perícia demostrou que a causa do acidente foi falha 
na conservação do bem, tendo em vista que as pastilhas do freio não tinham sido trocadas na revisão de 
30.000km, o que era essencial para a manutenção do carro. Considerando os fatos, assinale a afirmativa 
correta. 
 
 
Ricardo deverá ressarcir o valor da revisão de 30.000km do carro, tendo em vista que ela não foi 
realizada conforme previsto no contrato. 
 Ricardo é responsável por todo o dano sofrido por Juliana, com a perda total do carro, tendo em vista 
que o perecimento do bem foi devido a vício oculto já existente ao tempo da tradição. 
 
Ricardo deverá ressarcir o valor das pastilhas de freio, nada tendo a ver com o acidente sofrido por 
Juliana. 
 
Ricardo não tem nenhuma responsabilidade pelo dano sofrido por Juliana (perda total do carro), tendo 
em vista que o carro estava aparentemente funcionando bem no momento da tradição. 
 
Ricardo não responde por qualquer dano. 
 
 
Explicação: O caso em questão trata do instituto do vício redibitório. O veículo pereceu por conta de vício 
oculto preexistente à tradição que teria sido identificado se Ricardo tivesse realizado a revisão do carro, 
obrigação por ele assumida e não realizada. Deve, portanto, restituir o que recebeu e ainda indenizar Juliana 
por perdas e danos, nos ditames do art. 443 do CC. 
 
 
 
 
 
 4a Questão 
 
 
 Quanto à Responsabilidade Civil entre os cônjuges, segundo a jurisprudência atual: 
 
 é possível reconhecê-la nos casos de dever de assistência e nos casos de indenização por danos 
materiais ou morais eventualmente sofridos; 
 
é possível reconhecê-la nos casos de danos materiais ou morais, tão somente; 
 
é possível reconhecê-la nos casos de dever de assistência, tão somente; 
 
só poderá ser reconhecida se houver pacto antenupcial; 
 
na verdade, todas as alternativas estão incorretas; 
 
 
Explicação: Responsabilidade entre Cônjuges 
 
 
 8a Questão 
 
 
 (CESPE - 2012 - MPE-PI - Promotor de Justiça/ADAPTADA) - Assinale a opção correta no que diz respeito à 
responsabilidade civil. 
 
 
Como os direitos da personalidade são inerentes à pessoa humana, não é juridicamente possível a 
pretensão de dano moral em relação à pessoa jurídica. 
 
A indenização pela publicação não autorizada, com fins econômicos ou comerciais, de imagem de 
pessoa dependerá de prova do prejuízo causado à pessoa. 
 A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento. 
 
No ordenamento jurídico brasileiro, para que haja responsabilidade civil, é preciso que haja conduta 
ilícita. 
 
De acordo com a teoria perte d¿une chance, o agente que frustrar expectativas fluidas e hipotéticas 
deverá responder por danos emergentes. 
 
 
Explicação: 
No que concerne à fixação do termo inicial da correção monetária, o tema já é sumulado pelo Superior 
Tribunal de Justiça, Súmula de número 362, que prescreve: A correção monetária do valor da indenização do 
dano moral incide desde a data do arbitramento. (SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, 2012). 
 Portanto, no que respeita à correção monetária, a jurisprudência já é uníssona no sentido de que incide 
somente a partir do arbitramento do dano, posto que somente a partir da sentença ou acordão, há a certeza 
de que o dano efetivamente existiu, bem como há um valor certo e exigível a ser adimplido, fazendo jus à 
vítima da pertinente correção monetária, visto que sua aplicação visa garantir o valor real da indenização. 
 
 
 
 
BANCO DE QUESTÕES 02 
(O ATO ILÍCITO - 2a aula) 
 
 
 1a Questão 
 
 
 
O Artigo 187, Código Civil, dispõe: Art. 187. Também comete ato 
ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou 
social, pela boa-fé ou pelos bons costumes., ou seja, diferentemente 
da responsabilidade ¿pura¿, esta trata-se do chamado Ato Ilícito 
Equiparado, também referendado como Abuso de Direito. 
Diferentemente do Ato Ilícito Puro, onde a conduta nasce ilícita, 
no Ato Ilícito Equiparado o causador do dano seria sujeito de 
direito, e, via de regra, poderia exercer o ato sem qualquer limite. 
Dentre as afirmativas abaixo, assinale a que exemplifica um ato Ato 
Ilícito Equiparado: 
 
 Legítima Defesa. 
 Estado de Necessidade. 
 Deterioração ou destruição de coisa alheia, a fim de 
remover perigo iminente. 
 Desrespeito ao Direito de Vizinhança. 
 Estrito cumprimento do dever legal. 
 
 
Explicação: 
Ato ilícito espécie (ou equiparado) 
Diferentemente do ato ilícito gênero (ou puro), em que a conduta por si é 
qualificada como ilícita, no ato ilícito espécie (ou equiparado) o agente que 
causa o dano é parte legítima para o exercício do direito. Que poderia ser 
exercido sem nenhum tipo de impedimento. Entretanto, ao exercê-lo, 
ultrapassa os limites tácitos impostos pela lei, no que tange ao seu exercício. 
Um exemplo simples, e capaz de ilustrar a situação narrada, é o caso do 
desrespeito ao direito de vizinhança. O sujeito que está ouvindo músicas em 
sua residência não comete nenhuma ilicitude, aliás, está ele legitimado à 
exercer tal ato, posto que não há qualquer previsão legal que o impeça de 
realizar esta atividade. Temos portanto, um ato plenamente lícito. Porém, se 
este mesmo sujeito pretenda ouvir suas músicas em volume exageradamente 
alto, em horário impróprio, ele deixou de exercer um ato lícito, pois o modo o 
qual está executando o ato o torna inadequado. 
 
 
 
 
 2a Questão 
 
 
 (TRT /1ª REGIÃO/ 2013) - O motorista de um automóvel de passeio trafegava na contra-mão de direção de 
uma avenida quando colidiu com uma ambulância estadual que transitava na mão regular da via, em alta 
velocidade porque acionada a atender uma ocorrência. A responsabilidade civil do acidente deve ser 
imputada: 
 
 
tanto ao civil quanto ao Estado, sob a responsabilidade subjetiva, em razão de culpa concorrente. 
 
ao Estado, uma vez que um veículo estadual (ambulância) estava envolvido no acidente, o que enseja 
a responsabilidade objetiva 
 
ao Estado, sob a modalidade subjetiva, devendo ser comprovada a culpa do motorista da ambulância. 
 ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente, não havendo nexo de 
causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado. 
 
ao civil que conduzia o veículo, que responde sob a modalidade objetiva no que concerne aos danos 
apurados na viaturaestadual 
 
 
Explicação: 
ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente, não havendo 
nexo de causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado. 
 
 
 
 
 3a Questão 
 
 
 (PREF. TERESINA/PI 2010 - FCC) - Para o legislador civil, o abuso do direito é um ato: 
 
 
ilícito, necessitado da prova de má-fé do agente para sua caracterização. 
 ilícito objetivo, caracterizado pelo desvio de sua finalidade social ou econômica ou contrário à boa-fé 
e aos bons costumes. 
 
lícito, embora possa gerar a nulidade de cláusulas contratuais em relações consumeristas. 
 
ilícito abstratamente, mas que não implica dever indenizatório moral. 
 
lícito, embora ilegal na aparência. 
 
 
Explicação: 
Silvio de Salvo Venosa ensina que juridicamente, abuso de direito pode ser entendido como fato de usar de 
um poder, de uma faculdade, de um direito ou mesmo de uma coisa, além do razoavelmente o Direito e a 
Sociedade permitem. O titular de prerrogativa jurídica, de direito subjetivo, que atua de modo tal que sua 
conduta contraria a boa-fé, a moral, os bons costumes, os fins econômicos e sociais da norma, incorre no ato 
abusivo. Nesta situação, o ato é contrário ao direito e ocasiona responsabilidade¿ (VENOSA, 2003, p. 603 e 
604). 
 O Código Civil de 2002 inovou o instituto do abuso de direito na medida em que trouxe à baila a tutela do 
abuso de direito como tratamento da matéria em um dispositivo autônomo, no artigo 187 (Oliveira et al. 
2010). Tal artigo afirma que: ¿Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons 
costumes¿ (CAHALI, 2007). 
 
 
 
 
 4a Questão 
 
 
 (FGV/ VII Exame de Ordem Unificado/2012 - adaptada) - Em relação à responsabilidade civil, assinale a 
alternativa correta. 
 
 
Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial 
implica em sucumbência recíproca. 
 O Código Civil prevê expressamente como excludente do dever de indenizar os danos causados por 
animais, a culpa exclusiva da vítima e a força maior. 
 
A responsabilidade civil objetiva indireta é aquela decorrente de ato praticado por animais. 
 
Na ação de indenização por dano material e moral, a condenação em montante inferior ao postulado 
na inicial implica em sucumbência recíproca. 
 
Empresa locadora de veículos responde, civil e subsidiariamente, com o locatário, pelos danos por 
este causados a terceiro, no uso do carro alugado. 
 
 
Explicação: 
 Excludentes do dever de indenizar: a culpa exclusiva da vítima, o fato de terceiro e o caso fortuito ou 
força maior. 
Culpa exclusiva da vítima - O agente envolvido no dano estará isento do dever de indenizar quando o 
evento aconteça independentemente de sua contribuição, isto é, se em nada contribuiu para que o dano 
ocorresse, sendo somente o instrumento de materialização daquele, devendo ser excluído o nexo de 
causalidade e, por consequente, o dever de indenizar. O Código Civil traz a possibilidade de culpa exclusiva 
da vítima em caso de possuidor de animal que comprove que não contribuiu para o dano. Há, também, a 
previsão dessa excludente em leis esparsas como o Código de Defesa do Consumidor e a lei que regula 
atividades nucleares. Um dos exemplos mais comuns é o caso do pedestre que sai de trás do ônibus para 
atravessar a rua e é atropelado. Ora, nessas situações não há como responsabilizar o motorista, pois não há 
que se prever a imprudência do pedestre, motivo pelo qual não há nexo causal entre a conduta do motorista 
e o dano (atropelamento). 
Fato de terceiro - Nesse caso tanto a vítima quanto o agente não dão causa ao dano, sendo este, então, 
causado por um terceiro. Aqui, o fato é imprevisível e inevitável, não sendo correto atrelar o dano ao agente, 
pois o fato de terceiro rompe o nexo causal e, desse modo, não há o dever de indenizar para aquele. A culpa 
de terceiro é prevista, também, no Código de Defesa do Consumidor. 
Caso fortuito ou força maior - Apesar de confundido por muitos, os dois casos apresentam diferença. 
Todavia, assemelham-se no fato de romperem o liame entre o agente e a lesão advinda de sua conduta. O 
caso fortuito relaciona-se com eventos que independem das partes envolvidas no dano ou que sejam 
imprevisíveis, como guerras, greves, rebeliões. Já a força maior está relacionada a eventos naturais que, 
ainda que previsíveis, são inevitáveis, como enchentes, terremotos. De todo modo, o Código Civil não 
distinguiu os institutos, sendo, então, somente caracterizado como evento inevitável e irresistível ao agente, 
não sendo razoável, assim, responsabilizá-lo por ato em que não teve culpa e, tampouco, tenha havido nexo 
causal com o acontecimento. 
 
 
 
 
 5a Questão 
 
 
 (TST/2012/FCC) - Segundo o Código Civil, 
 
 
o negócio jurídico nulo pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. 
 o abuso do direito é um ato ilícito, cometido por quem, ao exercê-lo, excede manifestamente os 
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
a deterioração ou a destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente, 
constitui ilícito. 
 
o negócio jurídico simulado, com subsistência do ato dissimulado, se for eficaz na substância e na 
forma, é anulável. 
 
o vício resultante do estado de perigo gera a ineficácia do negócio jurídico. 
 
 
Explicação: 
Francisco Amaral (2003, p. 550) ensina que:"¿O abuso de direito consiste no uso imoderado do direito 
subjetivo, de modo a causar dano a outrem. Em princípio, aquele que age dentre do seu direito a ninguém 
prejudica (neminemlaeditquiiure suo utitur). No entanto, o titular do direito subjetivo, no uso desse direito, 
pode prejudicar terceiros, configurando ato ilícito e sendo obrigado a reparar o dano¿. 
 
 
 
 
 6a Questão 
 
 
 (TJ/PE 2013 - FCC) - O abuso de direito acarreta: 
 
 
somente a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pelo juiz. 
 
consequências jurídicas apenas se decorrente de coação, ou de negócio fraudulento ou simulado. 
 
indenização apenas em hipóteses previstas expressamente em lei. 
 
indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. 
 
apenas a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pela parte prejudicada, 
independentemente de decisão judicial. 
 
 
Explicação: 
indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. 
 
 
 
 
 7a Questão 
 
 
 Fabíola, na tentativa de evitar um atropelamento realiza uma manobra arriscada e atinge um muro de uma 
casa causando graves prejuízos. Quanto a situação acima é correto afirmar: 
 
 Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de necessidade; 
 
Nenhuma das alternativas. 
 
Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima defesa; 
 
Praticou um ato ilícito e deverá reparar o dano; 
 
Não responderá pela reparação do dano, pois agiu em estado de necessidade; 
 
 
Explicação: 
Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de necessidade; 
 
 
 
 
 8a Questão 
 
 
 XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO Devido à indicação de luz vermelha do sinal de trânsito, Ricardo parou seu 
veículo pouco antes da faixa de pedestres. Sandro, que vinha logo atrás de Ricardo, também parou, guardando 
razoável distância entre eles. Entretanto, Tatiana, que trafegava na mesma faixa de rolamento, mais atrás, 
distraiu-se ao redigir mensagem no celular enquanto conduzia seuveículo, vindo a colidir com o veículo de 
Sandro, o qual, em seguida, atingiu o carro de Ricardo. Diante disso, à luz das normas que disciplinam a 
responsabilidade civil, assinale a afirmativa correta. 
 
 Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados aos veículos de Sandro e Ricardo 
 
Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados ao veículo de Sandro, e este deverá indenizar os 
prejuízos causados ao veículo de Ricardo 
 
Cada um arcará com seu próprio prejuízo, visto que a responsabilidade pelos danos causados deve 
ser repartida entre todos os envolvidos. 
 
Tatiana e Sandro têm o dever de indenizar Ricardo, na medida de sua culpa 
 
 
Explicação: 
Tatiana terá que indenizar porque deu causa ao evento danoso. Ao se distrair na direção não observou que os 
carros estavam parados por conta do sinal vermelho. 
 
 
 3a Questão 
 
 
 (FCC - 2005 - OAB/SP - Exame da Ordem - ADAPTADA) - Existe responsabilidade civil por ato: 
 
 
lícito ou por fato jurídico, independentemente de culpa, tão só quando constatar-se risco ao direito de 
outrem. 
ilícito, apurando-se a culpa do agente. 
 
 
lícito ainda que contrário a vontade do agente. 
 
Abusivo, ainda que sem culpa do agente. 
 
lícito ou por fato jurídico, independentemente de culpa, somente nos casos especificados em lei. 
 
 
Explicação: 
ilícito, apurando-se a culpa do agente. 
 
 
 
 
 4a Questão 
 
 
 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: PC-RS Delegado de Polícia - Bloco II 
Sobre ilicitude e responsabilidade civil, assinale a alternativa correta. 
 
 Constitui hipótese de ilicitude civil, em qualquer circunstância, a conduta de 
lesionar a pessoa a fim de remover perigo iminente. 
 O dano exclusivamente moral, provocado por omissão voluntária, em caso de 
prática de ato negligente, não conduz à caracterização de um ilícito civil. 
 Só é considerado ilícito o ato que, exercido em manifesto excesso aos limites 
impostos pelo seu fim econômico ou social, causar efetivo dano a alguém. 
 Para a caracterização do ato ilícito previsto no Art. 187 do Código Civil 
brasileiro, é necessária a aferição de culpa e dano do autor do fato. 
 
Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, quando a 
atividade desenvolvida implicar, por sua natureza, risco para os direitos de 
outrem. 
 
 
Explicação: 
CC 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica 
obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos 
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor 
do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
 
 6a Questão 
 
 
 (FCC - 2005 - OAB/SP - Exame da Ordem - adaptada) - Existe responsabilidade civil por ato: 
 
 
ilícito, apurando-se o dolo do agente. 
 
lícito ou por fato jurídico, independentemente de culpa, somente nos casos especificados em lei. 
 
abusivo, ainda que sem culpa do agente. 
 
lícito ou por fato jurídico, independentemente de culpa, tão só quando constatar-se risco ao direito de 
outrem. 
 
ilícito, apurando-se a culpa do agente. 
 
 
Explicação: 
ilícito, apurando-se a culpa do agente. 
 
 
 
 
 
 7a Questão 
 
 
 (TJ/PE 2013) - O abuso de direito acarreta: 
 
 
somente a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pelo juiz. 
 
indenização apenas em hipóteses previstas expressamente em lei. 
 
indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. 
 
apenas a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pela parte prejudicada, 
independentemente de decisão judicial 
 
consequências jurídicas apenas se decorrente de coação, ou de negócio fraudulento ou simulado. 
 
 
Explicação: 
indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. 
 
 
 
 
 8a Questão 
 
 
 
É cada vez mais comum na sociedade o surgimento de danos e 
prejuízos, com isso se manifesta a responsabilidade com a 
finalidade de reparação, seja moral ou patrimonial. Algumas 
situações são definidas a partir do momento em que um dos 
elementos ou pressupostos da responsabilidade rompe o nexo de 
causalidade, não gerando direito a uma indenização, que são as 
causas de excludente de responsabilidade civil. Dentre os institutos 
citados abaixo, qual deles caracteriza uma excludente que constitui 
o sacrifício de um bem jurídico protegido, que visa salvar de perigo 
atual e inevitável direito do agente ou de terceiro: 
 
 Caso fortuito e força maior. 
 Legítima defesa. 
 Exercício regular do direito. 
 Estado de necessidade. 
 Estrito cumprimento do dever legal. 
 
 
Explicação: 
Excludentes de ilicitude 
A excludente de ilicitude (diversa de excludente de 
responsabilidade) visa suprimir a tipificação do primeiro dos 
requisitos da responsabilidade civil, o ato ilícito. Neste tipo, a 
conduta ilícita tem uma justificativa que permite, justamente, a sua 
exclusão. Estado de necessidade. Trata-se de uma excludente de 
ilicitude que constitui o sacrifício de um bem jurídico protegido, 
visando salvar de perigo atual e inevitável direito próprio do agente 
ou de terceiro - desde que no momento da ação não seja exigido do 
agente uma conduta menos lesiva. A conduta deve ser proporcional 
ao evento, de maneira que não se ultrapasse um limite considerado 
razoável. O bem tutelado que é deteriorado, destruído ou removido 
deve ser inferior em relação ao que é salvo. 
 
 
 1a Questão 
 
 
 O instituto da Responsabilidade Civil está associado à regra geral de que 
ninguém poderá lesar, prejudicar a outrem, e, caso que isso ocorra a 
violação da norma, ou seja, o acontecimento de um ato ilícito, deverá o 
violador do direito de outrem ser obrigado pelo Estado-juiz a reparar ou 
indenizar os danos sofridos pela vítima. Essa conduta, o ato ilícito, pode ser 
caracterizado por ato ilícito gênero e ato ilícito espécie. O ato ilícito gênero 
também é conhecido como: 
 
 Ato ilícito puro. 
 Ato ilícito voluntário. 
 Ato ilícito por omissão. 
 Ato ilícito equiparado. 
 Ato ilícito por imprudência. 
 
 
Explicação: 
Ato ilícito gênero (ou puro) - art. 186 da Lei 10.406 de 2002: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. - Tal fundamento gera a 
responsabilidade civil. É, em regra, o elencado para qualificar o ato 
ilícito. Decorre de uma conduta humana (comitiva ou omissiva), 
eivada de culpa (lato sensu), a qual se faz contrária ao ordenamento 
jurídico (ilicitude), e que causou dano à outrem. 
 
 
 
 
 2a Questão 
 
 
 (OAB/MG Abril/2008) Exemplo de ato ilícito em sentido amplo, em que pode haver conseqüências 
independentemente de culpa é: 
 
 o abuso de direito e o enriquecimento sem causa. 
 
A hipótese de estado de necessidade. 
 
Todo caso em que ocorra força maior ou caso fortuito. 
 
Todo caso de responsabilidade objetiva. 
 
 
Explicação: 
Atos ilícitas são todos aqueles praticados em desacordo com as normas vigentes no país, como exemplo 
enriquecimento sem causa e o abuso do direito, tornando esta alternativa correta 
 
 
 
 
 3a Questão 
 
 
 Joana deu seu carro a Lúcia, em comodato, pelo prazo de 5 dias, findo o qual Lúcia não devolveu o veículo. 
Dois dias depois, forte tempestade danificou a lanterna e o parachoque dianteiro do carro de Joana. 
Inconformada com o ocorrido Joana exigiu que Lúcia a indenizasse pelos danos causados ao veículo. 
 
 
Lúcia incorreu em inadimplemento absoluto, pois não cumpriusua prestação no termo ajustado, o 
que inutilizou a prestação para Joana. 
 
Lúcia não responde pelos danos causados ao veículo, pois foram decorrentes de força maior. 
 Lúcia deve indenizar Joana pelos danos causados ao veículo, salvo se provar que os mesmos 
ocorreriam ainda que tivesse adimplido sua prestação no termo ajustado. 
 
Lúcia não está em mora, pois Joana não a interpelou, judicial ou extrajudicialmente. 
 
Não há de se falar em responsabilidade civil no caso em tela. 
 
 
Explicação: Como o prazo estabelecido no contrato para devolver o veículo estava vencido, podemos afirmar 
que Lúcia estava em mora. Trata-se da mora do devedor ex re, pois decorre do estabelecido em contrato. 
Sendo a obrigação positiva e líquida, com data fixada para o cumprimento, o inadimplemento implica em 
mora de forma automática, sem necessidade de qualquer providência do credor (mora de pleno direito ¿ art. 
397, caput, CC). É o que a doutrina chama de dies intepellat pro homine, ou seja, o termo (a data certa) 
interpela em lugar do homem (credor). Estando o devedor em mora, ele responde ainda que a 
impossibilidade para o cumprimento posterior resulte de caso fortuito ou força maior (tempestade). A única 
forma de isenção de culpa seria provar que o dano ocorreria, ainda que a obrigação fosse cumprida 
oportunamente. É o que determina o art. 399, CC: O devedor em mora responde pela impossibilidade da 
prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem 
durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse 
oportunamente desempenhada. 
 
 
 
 
 4a Questão 
 
 
 
O ato ilícito é uma das fontes das obrigações, junto com os contratos 
e os atos unilaterais de vontade; obrigação esta que pode incumbir 
um agente a reparar o dano causado a outrem, por fato deste próprio 
agente, por fato de pessoa ou coisas que dependam do agente. O ato 
ilícito decorre de uma conduta humana, eivada de culpa. Pergunta-se, 
além da conduta da pessoa humana, comitiva ou omissiva, qual o 
ente jurídico pode ter de reparar um dano a terceiro: 
 
 Sociedade de fato. 
 Sociedade com intuito lucrativa. 
 Entes despersonalizados. 
 Os hipossuficientes. 
 Pessoa jurídica. 
 
 
Explicação: 
Ato ilícito gênero (ou puro) - Tal fundamento gera a 
responsabilidade civil. É, em regra, o elencado para qualificar o 
ato ilícito. Decorre de uma conduta humana (comitiva ou 
omissiva), eivada de culpa (lato sensu), a qual se faz contrária ao 
ordenamento jurídico (ilicitude), e que causou dano à outrem. 
Destaca-se que a conduta humana não exime a pessoa não 
humana (pessoa jurídica). 
 
 
 8a Questão 
 
 
 (TST/2012/FCC) - Segundo o Código Civil, 
 
 
o negócio jurídico nulo pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. 
 
o negócio jurídico simulado, com subsistência do ato dissimulado, se for eficaz na substância e na 
forma, é anulável. 
 
o vício resultante do estado de perigo gera a ineficácia do negócio jurídico. 
 
a deterioração ou a destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo 
iminente, constitui ilícito. 
 o abuso do direito é um ato ilícito, cometido por quem, ao exercê-lo, excede manifestamente os 
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
 
Explicação: 
Francisco Amaral (2003, p. 550) ensina que:"¿O abuso de direito consiste no uso imoderado do direito 
subjetivo, de modo a causar dano a outrem. Em princípio, aquele que age dentre do seu direito a ninguém 
prejudica (neminemlaeditquiiure suo utitur). No entanto, o titular do direito subjetivo, no uso desse direito, 
pode prejudicar terceiros, configurando ato ilícito e sendo obrigado a reparar o dano¿. 
 
 
 
BANCO DE QUESTÕES 03 
(NEXO CAUSAL - 3a aula) 
 
 
 1a Questão 
 
 
 
 
No estudo da Responsabilidade Civil do Estado em caso de omissão é um dos tópicos 
mais discutidos sobre este tema. Os elementos definidores da Responsabilidade Civil do 
Estado em caso de omissão tem razão direta ligada a seus agentes, exemplificada por 
este comportamento omisso, o dano, o nexo de causalidade e, repetindo, a culpa do 
servidor público. Neste sentido, o resultado da omissão será relevante: 
 
 Isenção da responsabilidade do autor. 
 É diferencial se por si só for capaz de mudar o nexo causal. 
 É capaz de acarretar o resultado. 
 Quando o agente tiver o dever legal de agir e assim mesmo não 
o faz. 
 Se o evento danoso já existia. 
 
 
Explicação: 
Causalidade na omissão 
A relevância do instituto encontra sua justificativa, conforme Sérgio Cavalieri Filho.Progama de 
Responsabilidade Civil, (fl. 63) que: (...embora a omissão não dê causa a nenhum resultado, não 
desencadeie qualquer nexo causal, pode ser causa para não impedir o resultado.). 
A omissão não gera o dano propriamente dito. Mas, é relevante se considerarmos a conduta do 
agente causador no que tange o seu comportamento. Pois, a omissão somente será relevante 
quando o agente tiver o dever legal de agir e assim mesmo não o fizer. Fora isso, se não há o já 
citado dever legal não haverá implicância no nexo de causalidade. 
Para a doutrina majoritária que não existe nexo causal entre a omissão e o resultado, ou seja, 
não existiria liame entre a conduta omissiva e o resultado causado por esta conduta. Neste 
sentido Bitencourt (BITENCOURT: 2004) pontua: ¿ Na doutrina predomina o entendimento de 
que na omissão não existe causalidade, considerada sob o aspecto naturalístico, pois do nada 
não pode vir nada¿. 
 
 
 
 
 2a Questão 
 
 
 
 (OAB/ VII Exame Unificado/2012/adaptada) - Em relação à responsabilidade civil, assinale a alternativa 
correta. 
 
 
No que tange ao pagamento da indenização, o ordenamento jurídico brasileiro veda expressamente a 
cumulação de pedidos. 
 
O Código Civil prevê expressamente como excludente do dever de indenizar os danos causados por 
animais, a culpa exclusiva da vítima e a força maior 
 
Empresa locadora de veículos responde, civil e subsidiariamente, com o locatário, pelos danos por este 
causados a terceiro, no uso do carro alugado 
 
Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial 
implica em sucumbência recíproca 
 
A responsabilidade civil objetiva indireta é aquela decorrente de ato praticado por animais. 
 
 
Explicação: 
O Código Civil prevê expressamente como excludente do dever de indenizar os danos causados 
por animais, a culpa exclusiva da vítima e a força maior. 
 
 
 
 
 3a Questão 
 
 
 
 Ação indenizatória por danos materiais e morais movida por Antonio em face de José, fundada no seguinte 
fato: o veículo do réu (José) colidiu com a porta do veículo do autor (Antonio) no momento em que este 
desembarcava do mesmo, decepando-lhe três dedos da mão esquerda. Em contestação, o réu alega e prova 
que o autor, além de estar parado em fila dupla, abriu a porta do veículo inadvertidamente no momento em 
que passava o veículo do réu. Dando os fatos como provados, assinale a afirmativa correta, justificadamente: 
 
 
A indenização deverá ser reduzida porque houve na espécie culpa concorrente (art. 945 do C.Civil). 
 
O réu terá que indenizar porque o caso é de responsabilidade objetiva, pelo que irrelevante a 
ocorrência de culpa. 
 
O réu terá que indenizar porque violou o dever de cuidado ¿ era previsível que alguém poderia saltar 
de um veículo parado em fila dupla. 
 O réu (José) não terá que indenizar porque houve culpa exclusiva da vítima. 
 
 
Explicação:Existe uma excludente de nexo causal. 
 
 
 
 
 4a Questão 
 
 
 
 (FGV - 2012 - OAB - VII Exame da Ordem Unificado - adaptada] Em relação à responsabilidade civil, assinale 
a alternativa correta. 
 
 
Empresa locadora de veículos responde, civil e subsidiariamente, com o locatário, pelos danos por este 
causados a terceiro, no uso do carro alugado. 
 
O dano emergente compreende aquilo que a vítima efetivamente perdeu e o que razoavelmente deixou 
de ganhar com a ocorrência do fato danoso. Na reparação desse dano, procura-se fixar a sua extensão 
e a expectativa de lucro, objetivando-se a recomposição do patrimônio lesado 
 
Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial 
implica em sucumbência recíproca. 
 
O Código Civil prevê expressamente como excludente do dever de indenizar os danos causados por 
animais, a culpa exclusiva da vítima e a força maior. 
 
A responsabilidade civil objetiva indireta é aquela decorrente de ato praticado por animais 
 
 
Explicação: 
O Código Civil prevê expressamente como excludente do dever de indenizar os danos causados 
por animais, a culpa exclusiva da vítima e a força maior. 
 
 
 
 
 5a Questão 
 
 
 
 Marque a alternativa correta: 
 
 
É responsável pela reparação civil o empregador, por seus empregados, serviçais e prepostos, no 
exercício do trabalho que lhes compete, ou em razão dele, cuja responsabilidade é subjetiva; 
 
Na responsabilidade civil, a culpa da vítima não impede que se concretize o nexo causal; 
 
Na responsabilidade civil, a teoria do risco integral é adotada no dano ambiental, seguro obrigatório, 
danos nucleares e na responsabilidade objetiva do Estado; 
 
A responsabilidade dos pais em relação aos filhos é subjetiva, tendo que provar que houve negligência 
em relação aos cuidados necessários decorrente da guarda. 
 
Na responsabilidade civil, a culpa exclusiva da vítima impede inclusive a indenização decorrente do 
seguro obrigatório (DPVAT); 
 
 
Explicação: 
Na responsabilidade civil, a culpa da vítima não impede que se concretize o nexo causal; 
 
 
 
 
 6a Questão 
 
 
 
 Ao analisar o nexo causal é CORRETO afirmar que: I- Mesmo diante dos casos de responsabilidade civil 
subjetiva e objetiva, caso esteja presente alguma excludente o dever de indenizar será afastado. II- A 
excludente de nexo causal não afastará o dever de indenizar nos casos em que se adota a teoria do risco 
integral. III- São excludentes de nexo causal: fato exclusivo da vítima, fato de terceiro, caso fortuito e força 
maior. 
 
 
Somente a I e III estão 
corretas. 
 
Somente a II e III estão 
corretas. 
 
Somente a I e II estão 
corretas. 
 Todas estão corretas. 
 
 
Explicação: 
As afirmações são auto explicativas. 
 
 
 
 
 7a Questão 
 
 
 
 2015 - Banca: FGV - Órgão: Prefeitura de Niterói - RJ - Prova: Fiscal de Tributos - Girvane, completamente 
embriagado, ao atravessar a Avenida Roberto Silveira, em Niterói, correu na frente de um caminhão 
pertencente a uma entidade empresária do setor de construção civil, a qual estava prestando serviço para a 
Municipalidade. Consequentemente, Girvane foi atropelado e morreu. Considerando que o motorista não 
tinha como desviar de Girvane e que os sinais estavam abertos para os veículos e fechados para os 
pedestres, no momento do acidente, é correto afirmar que: 
 
 
há dever de indenizar na hipótese, já que a responsabilidade civil é objetiva; 
 
não há responsabilidade civil, já que houve um caso de fato exclusivo da vítima que excluiu a culpa; 
 não há responsabilidade civil, já que houve um caso de fato exclusivo da vítima que excluiu o nexo 
causal; 
 
não há dever de indenizar na hipótese, já que a responsabilidade civil é objetiva; 
 
há dever de indenizar na hipótese, já que a responsabilidade civil é subjetiva. 
 
 
Explicação: 
Trata-se de fato exclusivo da vítima que é uma excludentes de nexo causal capaz de afastar o dever de 
indenizar. 
 
 
 
 
 8a Questão 
 
 
 
 O motorista de um automóvel de passeio trafegava na contra-mão de direção de uma avenida quando colidiu 
com uma ambulância estadual que transitava na mão regular da via, em alta velocidade porque acionada a 
atender uma ocorrência. A responsabilidade civil do acidente deve ser imputada 
 
 
ao Estado, uma vez que um veículo estadual (ambulância) estava envolvido no acidente, o que 
enseja a responsabilidade objetiva. 
 ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente, não havendo nexo 
de causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado. 
 
ao civil que conduzia o veículo, que responde sob a modalidade objetiva no que concerne aos 
danos apurados na viatura estadual. 
 
ao Estado, sob a modalidade subjetiva, devendo ser comprovada a culpa do motorista da 
ambulância. 
 
tanto ao civil quanto ao Estado, sob a responsabilidade subjetiva, em razão de culpa concorrente. 
 
 
Explicação: R:No âmbito da responsabilidade objetiva, o nexo de causalidade é o fundamento da 
responsabilidade civil do Estado, sendo que esta deixará de existir ou incidirá de forma atenuada quando a 
atividade administrativanão for a causa do dano ou quando estiver aliado a outras circunstâncias, ou seja, 
quando não for a causa única.Na culpa exclusiva da vítima, haverá o afastamento por completo da 
responsabilidade do Estado, até porque em tal caso não houve qualquer conduta da Administração, faltando, 
assim, requisitos básicos para a responsabilização do ente público. 
(http://www.estudodeadministrativo.com.br/novosite/noticias-ver-noticia.php?id=7940 
 
 
 1a Questão 
 
 
 
No estudo da Responsabilidade Civil, o nexo causal cumpre duas 
funções básicas: permite determinar a quem se deve atribuir um 
resultado danoso e é indispensável na verificação do dano a se 
indenizar. Esse dever de indenizar ocorre caso haja um dano e uma 
ação causadora desse mesmo dano. A responsabilidade de 
indenizar nunca dispensará o nexo causal, mas pode dispensar o 
instituto da: 
 
 Causa concomitante. 
 Culpa. 
 Dano. 
 Causa superveniente. 
 Causa preexistente. 
 
 
 4a Questão 
 
 
 Ricardo, buscando evitar um atropelamento, realiza uma manobra e atinge o muro de uma csa, causando 
grave prejuízo. Em relação a situação acima, é correto afirmar que Ricardo: 
 
 
Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima defesa 
 
Pratico um ato ilícito e deverá reparar o dano 
 Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de necessidade. 
 
Não responderá pela reparação do dano, pois agiu em estado de necessidade 
 
 
Explicação: 
o estado de necessidade exclui a responsabilidade penal, mas não exclui a responsabilidade civil, desta forma 
o dano causado pelo autor do ato deve se reparado por este 
 
 
 
 
 
 5a Questão 
 
 
 O nexo causal é um dos pressupostos da responsabilidade civil, juntamente 
com a conduta e o dano. O nexo de causalidade é elemento indispensável 
em qualquer espécie de responsabilidade civil. Pode ocorrer responsabilidade 
sem culpa, mas não pode ocorrer responsabilidade sem nexo causal. Diante 
disso, foram desenvolvidas inúmeras teorias na tentativa de explicar o nexo 
causal; uma destas teorias a causa é não apenas o antecedente necessário à 
causação do evento, mas, também, adequado à produção do resultado. Esta 
teoria é denominada como: 
 
 Teoria da causalidade adequada. 
 Teoria da equivalência da causa. 
 Teoria da causa direta e imediata. 
 Teoria da causapróxima. 
 Teoria do conditio sine qua non. 
 
 
Explicação: 
Teoria da causalidade adequada - Direito Civil 
Por esta teoria, a causa é não apenas o antecedente necessário à causação 
do evento, mas, também, adequado à produção do resultado. Nem todas as 
condições serão causa, mas apenas aquela que for a mais apropriada a 
produzir o evento. Aquela que colaborou de forma preponderante e mais 
apropriada para o evento. 
 
 
 8a Questão 
 
 
 O Direito Civil aceita determinadas causas de exclusão de responsabilidade. Indique, dentre as alternativas 
abaixo, aquela que NÃO exerce essa função. 
 
 
Caso fortuito ou força maior 
 
Culpa exclusiva da vítima 
 
Exercício regular de direito 
 
Culpa ou fato de terceiro 
 Culpa concorrente da vítima 
 
 
Explicação: 
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada 
tendo-se em conta a gravidade da sua culpa, em confronto com a do autor do dano. 
Na culpa concorrente o dever de indenizar não é afastado. 
 
 
 1a Questão 
 
 
 Quando a doutrina trata do nexo causal no âmbito do Direito Civil a teoria adotada foi a seguinte: 
 
 
causalidade adequada 
 
conditio sine qua non 
 
do risco 
 
equivalência dos antecedentes 
 
 
Explicação: 
Teoria da causalidade adequada. 
 
 
 
 
 
 2a Questão 
 
 
 FGV - DPE/RJ - Técnico Superior Judiciário. Anderson comprou um veículo usado de Cláudio pelo preço de 
trinta mil reais. Convencionaram que parte do valor seria pago de forma parcelada e que a transferência 
perante o DETRAN somente seria feita após o pagamento integral do preço, não obstante a entrega do bem 
tenha ocorrido imediatamente após a celebração do contrato. Acontece que, nesse período, antes do 
pagamento integral do preço e da transferência do bem para o nome do adquirente, Anderson, utilizando o 
veículo para trabalhar, por imprudência, perdeu o controle do carro e atropelou uma pessoa que caminhava 
pela calçada. Verifica-se na hipótese que: 
 
 há responsabilidade civil exclusiva de Anderson, já que o veículo não mais pertence a Cláudio. 
 
há responsabilidade civil exclusiva de Anderson, embora o veículo ainda pertença a Cláudio. 
 
há responsabilidade civil exclusiva de Cláudio, já que continua sendo o proprietário do veículo. 
 
há responsabilidade civil de Cláudio, por ser o proprietário do veículo, e de Anderson, por ter 
atropelado a vítima, mas a obrigação não é solidária. 
 
há responsabilidade civil solidária de Anderson e Cláudio, podendo Cláudio exercer o direito 
regressivo posteriormente perante Anderson. 
 
 
Explicação: 
há responsabilidade civil exclusiva de Anderson, já que o veículo não mais pertence a Cláudio. 
 
 
 
 
 
 3a Questão 
 
 
 (FGV/VIII Exame de Ordem Unificado/2012 - adaptada) - João dirigia seu veículo respeitando todas as 
normas de trânsito, com velocidade inferior à permitida para o local, quando um bêbado atravessou a rua, 
sem observar as condições de tráfego. João não teve condições de frear o veículo ou desviar‐se dele, 
atingindo‐o e causando‐lhe graves ferimentos. 
 
A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
 Houve rompimento do nexo de causalidade, em razão da conduta da vítima, não restando 
configurada a responsabilidade civil. 
 
Faltou um dos elementos da responsabilidade civil, qual seja, a conduta humana, não ficando 
configurada a responsabilidade civil. 
 
Houve responsabilidade civil, devendo João ser considerado culpado por sua conduta. 
 
No caso está presente um dos requisitos essenciais para caracterizar a responsabilidade civil: o dano 
indenizável e, por isso, deve ser responsabilizado. 
 
Inexistiu um dos requisitos essenciais para caracterizar a responsabilidade civil: o dano indenizável e, 
por isso, não deve ser responsabilizado. 
 
 
 
Explicação: 
A responsabilidade pode ser excluída quando: o agente tiver agido sob uma excludente de ilicitude, ou 
quando não houver nexo causal entre a conduta do agente e o dano sofrido pela vítima. 
Portanto, quando ausente o nexo causal, não há que se falar em responsabilidade do agente. "Causas de 
exclusão do nexo causal são, pois, casos de impossibilidade superveniente do cumprimento da obrigação não 
imputáveis ao devedor ou agente" (CAVALIERI, Sérgio. Programa de responsabilidade civil, 2006, pág. 89). 
Na hipótese de fato da vítima o agente causador do dano o é apenas na aparência, porque efetivamente 
quem propiciou o evento danoso foi o próprio lesado. Exemplo clássico é o suicida que de inopino se lança 
sobre a via pública, impossibilitando ao veículo atropelador evitar o resultado dano. 
A doutrina corriqueiramente fala em fato exclusivo da vítima, porque mesmo no exemplo acima citado, se o 
automóvel estivesse em alta velocidade e tal condição fosse a causa para o dano, mesmo havendo fato da 
vítima, seria possível invocar a responsabilização do agente por excesso de velocidade, ainda que atenuada. 
De todo adequada a expressão fato da vítima ¿ mais ampla ¿ e não culpa da vítima, mais estrita. Nesta 
matéria não se está a perquirir culpabilidade. Caso uma criança infortunadamente se precipite sobre um 
automóvel que trafega normalmente, não cabe falar-se em culpa, mas em fato da vítima. 
 
 
 
 
 
 4a Questão 
 
 
 
O nexo causal é um elemento indispensável para a caracterização 
da responsabilidade civil, porém, existem situações excludentes 
deste nexo causal. Uma destas excludentes se manifesta quando 
qualquer pessoa e do responsável, alguém que não tem nenhuma 
ligação com o causador aparente do dano e o lesado. A esta 
excludente chamamos de: 
 
 Fortuito externo. 
 Fato de terceiro. 
 Fato exclusivo da vítima. 
 Força maior. 
 Caso Fortuito. 
 
 
Explicação: 
Causas de exclusão de nexo de causalidade são as impossibilidades 
supervenientes do cumprimento da obrigação que não pode ser 
imputável ao devedor ou ao agente. Fato de terceiro - O terceiro é, 
segundo definição de Aguiar Dias, qualquer pessoa além da vítima e 
do responsável, alguém que não tem nenhuma ligação com o 
causador aparente do dano e o lesado. Pois, não raro acontece que 
o ato de terceiro é a causa exclusiva do evento, afastando qualquer 
relação de causalidade entre a conduta do autor aparente e a vítima. 
 
 
 
 
 
 5a Questão 
 
 
 Considere a seguinte proposição: Caminhando pelo calçamento, pedestre é atacado por cão feroz que escapou 
por buraco no muro da residência de seu dono. O dono do cão será responsabilizado, salvo se provar: 
 
 
Desconhecer que o cão era feroz 
 Motivo de força maior. 
 
Não ter tido condições financeiras para reparar o buraco. 
 
Que o pedestre estava próximo ao muro. 
 
Ser diligente nos cuidados com o cão 
 
 
Explicação: 
Motivo de força maior. 
 
 
 
 
 
 
 6a Questão 
 
 
 (CESPE - 2008 - OAB - Exame da Ordem) No que concerne ao ato ilícito e à responsabilidade civil, assinale a 
opção CORRETA: 
 
 
Os atos praticados em legítima defesa, no exercício regular de um direito ou em estado de necessidade, 
que provoquem danos morais ou materiais a outrem, embora sejam considerados como atos ilícitos, 
exoneram o causador do dano da responsabilidade pela reparação do prejuízo causado. 
 
Quando inúmeras e sucessivas causas contribuem para a produção do evento danoso, todas essas 
causas são consideradas como adequadas a produzir o acidente e a gerar a responsabilidade solidária 
para aqueles que o provocaram. Nessa situação, cabe à vítima escolher a quem imputar o dever de 
reparar. 
 
não será obrigado a indenizar,se o empregado for absolvido pelo mesmo ato, em processo criminal, por 
insuficiência de prova. 
 
A concorrência de culpas do agente causador do dano e da vítima por acidente de trânsito, por 
exemplo, no caso de colisão de veículos, acarreta a compensação dos danos, devendo cada parte 
suportar os prejuízos sofridos. 
 
A responsabilidade por ato de terceiro é objetiva e permite estender a obrigação de reparar o dano a 
pessoa diversa daquela que praticou a conduta danosa, desde que exista uma relação jurídica entre o 
causador do dano e o responsável pela indenização. 
 
 
Explicação: 
A responsabilidade por ato de terceiro é objetiva e permite estender a obrigação de reparar o 
dano a pessoa diversa daquela que praticou a conduta danosa, desde que exista uma relação 
jurídica entre o causador do dano e o responsável pela indenização. 
 
BANCO DE QUESTÕES 04 
(O DANO - 4a aula) 
 
 
 1a Questão 
 
 
 Aplicada em: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 6ª Região (PE) Prova: Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador Federal 
Em relação à responsabilidade civil, considere as afirmações a seguir. 
 
I. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à 
reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão 
subsidiariamente pela reparação. 
II. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a 
lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a 
descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro. 
III. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais 
sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se 
acharem decididas no juízo criminal. 
IV. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago 
daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou 
relativamente incapaz. 
V. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou parcialmente, sem ressalvar as 
quantias do que for devido, ficará no primeiro caso obrigado a devolver o equivalente do 
que exigiu do devedor e, no segundo caso, a pagar-lhe o dobro do que foi cobrado, em 
qualquer circunstância. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
 II, IV e V. 
 I, III e V. 
 III e V. 
 I e II. 
 II, III e IV. 
 
 
Explicação: 
I. ERRADO - CC, Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de 
outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um 
autor, todos responderão solidariamente pela reparação. 
II. CORRETA - CC, Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a 
dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que 
faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e 
a pagar as custas em dobro. 
III. CORRETA - CC, Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se 
podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, 
quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal. 
IV. CORRETA - CC, Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode 
reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for 
descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. 
V. ERRADO - CC, Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em 
parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará 
obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no 
segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição. 
 
 
 
 
 2a Questão 
 
 
 Aplicada em: 2018 Banca: MPE-BA Órgão: MPE-BA Prova: Promotor de Justiça Substituto 
 
Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta. 
 
I - A responsabilidade civil opera a partir do ato ilícito ou abuso do direito, 
com o nascimento da obrigação de indenizar, que tem por finalidade reparar 
ou compensar o lesado. 
II - Em virtude da natureza jurídica do contrato não se aplica a teoria da 
perda de uma chance a prestação de serviços advocatícios. 
III - A teoria da perda de uma chance de origem francesa se caracteriza pela 
frustração de uma expectativa, uma oportunidade futura, dentro da lógica do 
razoável, que ocorreria se não houvesse ação ou omissão do agente causador 
do dano. 
IV - A perda de uma chance caracteriza-se como um dano imaterial que 
resulte de fato não hipotético. 
 
 II e III. 
 I e II. 
 II e IV. 
 I e III. 
 III e IV. 
 
 
Explicação: 
Em caso de responsabilidade de profissionais da advocacia por condutas apontadas como 
negligentes, e diante do aspecto relativo à incerteza da vantagem não experimentada, as 
demandas que invocam a teoria da "perda de uma chance" devem ser solucionadas a 
partir de uma detida análise acerca das reais possibilidades de êxito do processo, 
eventualmente perdidas em razão da desídia do causídico. 
Vale dizer, não é o só fato de o advogado ter perdido o prazo para a contestação, como 
no caso em apreço, ou para a interposição de recursos, que enseja sua automática 
responsabilização civil com base na teoria da perda de uma chance. 
É absolutamente necessária a ponderação acerca da probabilidade - que se supõe real - 
que a parte teria de se sagrar vitoriosa. (STJ. 4ª Turma, REsp 1190180/RS, Rel. Min. Luis 
Felipe Salomão, julgado em 16/11/2010) 
 
 
 
 
 3a Questão 
 
 
 
A responsabilidade civil se manifesta por alguns requisitos para sua 
configuração, sendo indispensável a sua comprovação por parte de 
quem busca uma reparação na esfera judicial. O dano, embora não 
seja fundamental no ato ilícito, figura como um dos requisitos 
indispensáveis para configuração da responsabilidade civil. Os danos 
em espécie podem ser divididos em dos grupos: dano típico e dano 
atípico. Dentre as afirmativas abaixo, assinale aquela que se 
configura como dano atípico: 
 
 Dano material ou patrimonial. 
 Dano a Honra Objetiva. 
 Dano emergente. 
 Dano a Honra Subjetiva. 
 Dano pela perda de uma chance. 
 
 
Explicação: 
O dano típico, que está expressamente positivado em institutos normativos. E o 
dano atípico, como consequência das demais fontes do Direito. Especialmente a 
doutrina e a jurisprudência. Danos atípicos: Dano pela perda de uma chance - A 
doutrina francesa que, costumeiramente vem sendo aplicada em nossos Tribunais 
(teoria da perda de uma chance), se dá nos casos em que o ato ilícito praticado 
pelo agente retira do lesado a real possibilidade do mesmo de obter uma situação 
futura melhor, isto é, uma possibilidade, uma chance de obter alguma vantagem 
ou ainda a chance de evitar algum prejuízo. 
A teoria da perda de uma chance é uma construção doutrinária aceita no 
ordenamento jurídico brasileiro como uma quarta categoria de dano, dentro do 
tema responsabilidade civil, ao lado dos danos materiais, morais e estéticos. 
Embora bastante utilizada na prática forense, porque se trata de um dano de 
difícil verificação. O dano que se origina a partir de uma oportunidade perdida 
está lidando com uma probabilidade, uma situação que possivelmente aconteceria 
caso a conduta do agente violador não existisse. Por isso, aproxima-se dos danos 
eventuais que não são passíveis de indenização. 
Apesar disso, a teoria da perda de uma chance possibilita a reparação de danos 
nos casos em que há nitidamente a inibição, por culpa de outrem, de um fato 
esperado pela vítima, impedindo-a também de aferir um benefício consequente 
daquela ação (ou evitar uma desvantagem). Deste modo, a vítima garante a 
obtenção da reparação por parte do causadordo dano, haja vista uma 
expectativa ter sido frustrada por ele. 
 
 
 
 
 4a Questão 
 
 
 
O Dano é a um interesse jurídico tutelado, material ou moral. Para 
que o dano seja indenizável alguns requisitos são necessários: 
violação de um interesse jurídico material ou moral, certeza do dano, 
mesmo dano moral tem de ser certo e deve ocorrer a substância do 
Dano. Assinale, dentre as afirmativas abaixo, quais são os dois 
grandes grupos de espécie de dano: 
 
 Dano por negligência, imprudência e imperícia. 
 Dano voluntário e por negligência. 
 Dano voluntário e por imprudência. 
 Dano voluntário e por imperícia. 
 Dano típico e Dano atípico. 
 
 
Explicação: 
Danos em espécies 
Optamos por particioná-los em dois grandes grupos. Os danos típicos ou 
positivados, tem expressa previsão legal, como por exemplo: o dano 
material ou patrimonial (lucro cessante e dano emergente). E os danos 
atípicos ou não positivados, se inserem no grupo dos danos criados em 
especial pelo direito alienígna e pela doutrina e jurisprudência pátria. 
 
 
 
 
 
 
 
 5a Questão 
 
 
 (OAB/XXI Exame de Ordem Unificado - adaptada) - Tomás e Vinícius trabalham em uma empresa de 
assistência técnica de informática. Após diversas reclamações de seu chefe, Adilson, os dois funcionários 
decidem se vingar dele, criando um perfil falso em seu nome, em uma rede social. Tomás cria o referido 
perfil, inserindo no sistema os dados pessoais, fotografias e informações diversas sobre Adilson. Vinícius, a 
seu turno, alimenta o perfil durante duas semanas com postagens ofensivas, até que os dois são descobertos 
por um terceiro colega, que os denuncia ao chefe. Ofendido, Adilson ajuíza ação indenizatória por danos 
morais em face de Tomás e Vinícius. 
 
A respeito do caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
 
 
Adilson sofreu danos morais causados por Tomás, portanto, deve receber sua indenização de acordo 
com a lei civil vigente. 
 
Tomás e Vinícius são corresponsáveis pelo dano moral sofrido por Adilson e devem responder 
solidariamente pelo dever de indenizar. 
 
Adilson sofreu danos morais distintos: um causado por Tomás e outro por Vinícius, devendo, portanto, 
receber duas indenizações autônomas. 
 
Tomás e Vinícius apenas poderão responder, cada um, por metade do valor fixado a título de 
indenização, pois cada um poderá alegar a culpa concorrente do outro para limitar sua 
responsabilidade. 
 
Tomás e Vinícius devem responder pelo dano moral sofrido por Adilson, sendo a obrigação de 
indenizar, nesse caso, fracionária, diante da pluralidade de causadores do dano. 
 
 
Explicação: 
Todo aquele que pratica um ato ou incorre numa omissão das quais resulte dano, deverá suportar as 
consequências do seu procedimento, seja ele culposo ou doloso. ¿Em princípio, toda a atividade que acarreta 
prejuízo gera responsabilidade ou dever de indenizar.¿ (VENOSA, 2010b, p. 1). 
O dano passou a ser considerado não mais tão somente como dano à esfera patrimonial, mas também o 
dano moral em si, sendo garantido por intermédio de leis do ordenamento jurídico. ¿O dano, ou prejuízo, que 
acarreta a responsabilidade, não é apenas o material. O direito não deve deixar sem proteção as vítimas de 
ofensas morais.¿ (GONÇALVES, 2012, p. 4). 
As pretensões sociais foram alcançadas, e o dano moral definitivamente positivado e pacificado entre 
doutrinadores e órgãos jurisdicionais. Desta feita, o avançar social conferiu ao ordenamento jurídico brasileiro 
atual a garantia da reparabilidade do dano ainda que exclusivamente moral, já que assim assegura o atual 
texto constitucional e o código civil. 
Por fim, percebe-se que numa visão ampla e geral o ordenamento jurídico brasileiro se adaptou às 
pretensões sociais ao incluir entre seus ditames a tutela indenizatória para as vítimas de danos morais, de 
maneira a assentar definitivamente esse direito com base no anseio social e a grande repercussão do tema. 
 
 
 
 
 6a Questão 
 
 
 
A gravidade do dano há de medir-se por um padrão objetivo, quando 
a apreciação deve ter em linha de conta as circunstâncias em cada 
caso, e pela visão de fatores subjetivos ¿ de sensibilidade 
particularmente requerida. A gravidade é apreciada em razão da 
tutela do direito. O dano deve ser de tal modo greve que justifique a 
concessão de uma satisfação de ordem pecuniária ao lesado. O 
dano típico esta positivado de forma normativo. Um tipo de dano 
típico está descrito como o dano inerente à pessoa natural. É a 
ofensa ao psiquismo que atinja a sua dignidade, respeito próprio e 
autoestima. Este dano típico é descrito como: 
 
 Dano a honra objetiva. 
 Dano moral a pessoa jurídica. 
 Dano a honra subjetiva. 
 Dano emergente. 
 Lucro cessante. 
 
 
Explicação: 
Danos em espécies 
O dano típico, que está expressamente positivado em institutos 
normativos. E o dano atípico, como consequência das demais 
fontes do Direito. Danos típicos ¿ HONRA SUBJETIVA - Inerente à 
pessoa natural. É a ofensa ao psiquismo que atinja a sua dignidade, 
respeito próprio, autoestima etc. É a visão interna que o ser humano 
faz de sí próprio. Temos nas seguintes previsões legais as 
fundamentações que justificam o dano moral à pessoa 
jurídica: CRFB/1988:X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, 
a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. 
 
 
 
 
 7a Questão 
 
 
 
Dano é toda lesão a um bem juridicamente protegido, causando 
prejuízo de ordem patrimonial ou extrapatrimonial. Ao contrário do 
que ocorre na esfera penal, na esfera civil o dano sempre será 
elemento essencial na configuração da responsabilidade civil. A falta 
do dever originário do agente de não causar lesão ao patrimônio 
material ou imaterial do lesado pode ser causado por: 
 
 Quando o evento já existia quando da conduta ilícita do 
causador do evento danoso. 
 Impossibilidades supervenientes do cumprimento da obrigação. 
 Ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência. 
 Ação ou omissão voluntária por imperícia. 
 Apenas ação voluntária, negligência ou imperícia. 
 
 
Explicação: 
Conceito de dano - O dano é a consequência da falta ao dever jurídico originário de não causar lesão 
ao patrimônio material e/ou imaterial do lesado. Título III - Dos atos ilícitos - Art. 186. Aquele que, 
por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, 
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Dano (do latim damnum) é o mal, prejuízo, ofensa material ou moral causada por alguém a outrem, 
detentor de um bem juridicamente protegido. O dano ocorre quando esse bem é diminuído, inutilizado ou 
deteriorado, por ato nocivo e prejudicial, produzido pelo delito civil ou penal. 
 
 
 
 
 8a Questão 
 
 
 (Ano: 2015, Banca: CETAP, Órgão: MPCM, Prova: Analista - Direito) Um navio da empresa X deixou vazar 
substancia química em águas onde a pesca era regularmente autorizada. Em decorrência da poluição das 
águas provocadas pelo vazamento, a pesca na região foi proibida pelos órgãos municipais e ambientais por 
um mês. Por conta disso, João, pescador profissional, ficou privado de exercer suas atividades nesse período. 
Neste caso, de acordo com a jurisprudência consolidada do STJ, João tem direito a ser indenizado pela 
empresa X: 
 
 
apenas pelos danos emergentes e lucros cessantes. O termo inicial dos juros moratórios e a data 
da citação da empresa. 
 
apenas pelos danos emergentes. O termo inicial dos juros moratórios e a data da citação da 
empresa. 
 
pelos danos materiais e morais. O termo inicial dos juros moratórios

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