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Um discurso sobre as Ciências na transição para uma ciência pós-moderna - Boaventura

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE LETRAS
LET 398 – Metodologia Científica
Docente:Ana Luisa Gediel
Discente: Yasmin Lana– 78715
Resumo
O objetivo principal do texto em questão é mostrar a evolução que o pensamento científico teve desde seus primórdios. Boaventura reflete sobre as ciências e sobre algumas crises que serão citadas posteriormente. A ciência está em crise, tanto as ciências naturais, também chamadas de exatas, quanto as sociais. Precisa-se, assim, de respostas a perguntas simples, elementares e inteligíveis. Desta forma, Boaventura mantém um olhar acerca da Ordem Científica, uma ciência que não condiz bem com as reais necessidades humanas, o que gera a criação, ou melhor, a proposição de uma nova ordem científica, a qual está emergindo. O Paradigma Dominante existe desde o século XVI, é aquele que defende a existência de apenas uma forma para alcançar o verdadeiro conhecimento, um único modelo para tal, podendo ser conceituado como “modelo global”. 	Este modelo era dotado de uma metodologia específica. O conhecimento era obtido a partir da observação e da experimentação matemática, como se o conhecimento acerca da natureza fosse acessado em duas etapas. O conhecimento científico, então, avança a partir de pressupostos. Também existe uma vertente que aplica às ciências sociais um estatuto metodológico próprio, porem com uma certa dificuldade dentro desta ciência, uma vez que existe o argumento de que ação humana é subjetiva, sendo estes comportamentos difíceis de explicar, diferente dos fenômenos naturais. Atualmente, este modelo apresenta sinais de crise. Segundo o autor, esta além de profunda, é também irreversível. Algumas condições, desta forma, podem ser ditas responsáveis pelo declínio do modelo hegemônico. A mecânica quântica e o raciocínio matemático, por exemplo. O primeiro demonstra que não é possível observar ou tirar conclusões sobre algo sem interferência, o que elimina a teoria baseada em observação. O segundo afirma que a matemática não tem linguagem para provar tudo, o que era básico no Paradigma Dominante. Além disso, há também os avanços em outras áreas, como na biologia, na química e até na microfísica, avanços estes que quebram alguns modelos newtonianos. A partir de tais condições, alguns questionamentos geraram discussões acerca de tais leis científicas. Esta crise é dita por alguns, segundo o autor, como um pântano cinzento de ceticismo ou de irracionalismo. O declínio do paradigma dominante configura a emergência de novo, ou seja, do paradigma emergente. O perfil da queda do primeiro, traz as características do segundo, o qual avança por via especulativa. Uma característica sobre o paradigma emergente é que, dentro deste, não há apenas a ideia científica, há também um paradigma social. De acordo com a frase destacada pelo autor, “Todo o conhecimento científico-natural é científico-social.” Além disso, ele destaca que o conhecimento é total e local, todo conhecimento pode se definir um autoconhecimento e todo conhecimento científico é construído a partir de um senso comum. A partir destas perspectivas, Boaventura nos mostra que o novo modelo de Ciência é mais social e filosófico do que meramente “natural”. 
REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as Ciências na transição para uma ciência pós-moderna. In: estudos AVANÇADOS, Editora Graal. P. 46-66.

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