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Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos Disciplina Química Tecnológica POLÍMEROS Tópicos Incluídos: 1. Histórico 02 2. Definição 03 3. Teoria da Funcionalidade 04 4. Matérias-primas para os polímeros 04 5. Classificação dos polímeros 04 6. Processos de Obtenção de Polímeros 08 7. Características e Propriedades 09 • Propriedades dos plásticos como materiais construção 12 • Fatores que afetam as propriedades dos polímeros 13 • Temperaturas de Transição Vítrea (Tg) e de Fusão Cristalina (Tm). 14 8. Polímeros de Importância Industrial 15 9 – Vulcanização e Grafitização 22 10. Sistemas poliméricos mistos 22 11. Processamento de Materiais Poliméricos 25 12. RECICLAGEM 27 Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 2 I – Polímeros 1. Histórico Desde o início dos tempo: Engenharia: - Suprir abrigo - Proporcionar conforto - Proteger dos perigos e interpéries. Cronologia: • 1839: Handcock e Goodyear – vulcanização da borracha natural com enxofre. O material mole e pegajoso a baixas temperaturas e, rígido e áspero a elevadas temperaturas tornava-se seco e flexível a qq temperatura. • 1862: Parker - celulóide – (algodão com HNO3, H2SO4 e óleo de rícino) - custo elevado. • 1868: Hyatt - celulóide plastificado com Cânfora - primeiro produto natural modificado com valor comercial - produção de bolas de bilhar e filmes fotográficos, entre outros • 1877: Friedrich A. Kekulé: hipóteses para desvender estrutura dos polímeros • 1893: Emil Fisher: celulose é formada por glicose e polipeptídeos por aminoácidos • 1894: Cross e Bevan: patenteiam o acetato de celulose • 1907: Backeland: - patenteou o baquelite (resina fenol-formaldeído Adolf von Bayer) - primeiro polímero totalmente artificial - Carcaças de telefone. Abandonada por permitir pouca variação de cor. • 1930: Staundinger – macromoléculas – resultado do encadeamento de 1000 ou + átomos de C. Carothers: macromolécular resultam de estruturas repetidas unitárias, chamadas de monômeros. Descobriu o Náilon e o neoprene. DuPont. • Segunda Guerra Mundial: - Pick and Mix - silicones, teflon, poliésteres, polietileno, acrílico, PVC, SBR. • 1950: catalisadores estéreo-específicos, descobertos por Karl Ziegler e Giulio Natta – Com isso tornou-se possível a produção de polietileno de alta densidade. • 1960: - surgimento de novos polímeros, blendas poliméricas, compósitos - indústria têxtil: fibras sintéticas • Século XXI: - substituição de metais por novos polímeros (busca-se adequar propriedades) - Produção de polímeros por via bacteriana – PHAs – PHB, PHV, PHB-PHV (Ralstonia eutropha e Escherichia coli recombinante) – Frasco de Shamppo Wella e aparelhos de barbear. A importância do plástico na nossa vida: Usos Vantagens Desvantagens Embalagens Baixo custo de produção Baixa resistência Utensílios domésticos Facilidade de fabricação em larga escala, Dificuldade de recuperação de Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 3 com diferentes formas, tamanhos e cores peças quebradas Calçados Peso reduzido Termicamente instáveis Automóveis Resistência à corrosão Maciez/ dureza Construção civil Isolamento térmico e elétrico Odores (possuem ou adquirem) Cinematografia Baixa permeabilidade a vapores Degradação lenta Possibilidade de reciclagem 2. Definições Polímeros: macromolécula formada pela repetição de pequenas moléculas, chamadas monômeros, através de ligações químicas covalentes. São geralmente orgânicas. Monômero � Polímero Etileno � polietileno (PE) --[CH2 – CH2-]-n n = grau de polimerização Homopolímeros: polímero de adição formado pela repetição de um tipo de monômero apenas (cadeia homogênea (– A – A – A – A – A )n ) Copolímero: polímero de adição formado pela repetição de dois monômero diferentes. (cadeia heterogênea (– A – B – A – B – A – B )n ) Polimerização: denominação dada ao processo empregado para converter os monômeros em polímeros • Adição: a partir de um único tipo de monômero • Condensação: a partir de um ou mais de um tipo de monômeros com liberação de uma molécula pequena. • Copolimerização: formados a partir de mais de um tipo de monômeros (adição ou condensação) Exemplos de polímeros são: • Polietileno: sacos de plástico das compras e dos brinquedos; • policarbonato, CD´s • poliestireno: isopor - copos que mantém as bebidas frias ou quentes • polipropileno: das películas para embrulhar os alimentos • Teflon: dos revestimentos antiaderentes das frigideiras • Poliester: das roupas • Nylon: das roupas, das cordas e dos tapetes • Kevlar: das canoas e dos coletes à prova de bala. Outras moléculas com peso molecular elevado: • Inorgânicos: diamante, grafite, asbesto, sílica; • Orgânicos: polissacarídeos (amido, celulose); proteínas (colágeno, hemoglobina, hormônios, albumina, etc) e ácidos nucleicos (DNA e RNA). 3. Teoria da Funcionalidade e/ou Reatividade Capacidade de um monômero de se ligar a outros, ou seja, é o número de ligações que o mesmo pode fazer. Com isso, temos os seguintes tipos de monômeros: • Monofuncionais: M- � realizam apenas uma ligação química entre si. � Não formam polímeros, no máximo um dímero. Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 4 � Ex.: metanol • Bifuncionais: -M- � Podem realizam duas ligações entre si. � Formam polímeros de estrutura linear ou ramificada � Ex.: etileno – polietileno � • Trifuncionais: -M- � Podem realizam até três ligações entre si. � Formam polímeros com estrutura final tridimensional com ligações cruzadas � Ex.: glicerina • Polifuncionais: � Podem realizam quatro ou mais ligações químicas entre si. � Formam polímeros com estrutura final tridimensional com ligações cruzadas. � Ex.: butadieno-1,3 4. Matérias-primas para os polímeros a) Produtos naturais: celulose, amido, caseina, óleo de mamona, borracha natural, etc. Celulose NaOH, CS2 Ac2O HNO3 Alcali Celulose Acetato de Celulose Nitrocelulose Fibras (Rauon) Fibras Plásticos Celofane Plásticos Filmes Filmes Verniz Explosivos b) Carvão mineral: metanol, formol, fenóis, Hidrocarbonetos aromáticos c) Petróleo: principal MP para produção de monômeros d) Álcool Etílico: usado no Brasil para obtenção de etileno, butadieno como via alternativa ao petróleo. 5. Classificação dos polímeros 5.1 – Quanto a origem a) Polímeros naturais � materiais encontrados na natureza. Ex.: seda, algodão, borracha natural, lã, celulose, linho, amido, etc. b) Polímeros artificiais, semi-sintéticos ou naturais modificados � Obtidos por transformação química dos polímeros naturais, sem modificações apreciáveis. Ex.: Nitrocelulose (celulóide), acetato e triacetato de celulose (rayon), borracha natural clorada, viscose. Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 5 c) Polímeros sintéticos � São obtidos por processo de polimerização a partir de substâncias de baixo peso molecular. • Ex.: PE, PP, PS, PVC, SBR. 5.2 – Quanto ao tipo de estrutura química a) Homopolímeros • polímero de adição formado pela repetição de um tipo de monômero apenas • (cadeia homogênea (– A – A – A – A – A )n ) • Ex.: polietileno, PE b) Copolímero: • polímero de adição formado pela repetição de dois monômero diferentes. • cadeia heterogênea (– A – B – A – B –A – B )n ) • reação: copolimerização e monômeros: comonômeros • variando os comonômeros e suas quantidades, os polímeros adquirem propriedades químicas e físicas diferentes. • Ex.SAN, NBR, SBR Etilenoglicol + tereftalato de dimetila � poli(tereftalato de etileno) (PET) Subdivisão dos copolímeros: • Copolímeros estatísticos (ou aleatórios): meros dispostos de forma desordenada na cadeia do polímero. (A – A – B – A – B – B – B – A – A – B) • Copolímeros alternados: os meros estão ordenados de forma alternada na cadeia do polímero. (A – B – A – B – A – B – A – B) • Copolímeros em blocos: copolímero formado por seqüências de meros iguais de comprimentos variados. (A – A – A – A – B – B – B – B – A – A – A – A – B – B – B – B ) • Copolímeros grafitizados (ou enxertados): a cadeia principal do copolímeros é formada por um tipo de unidade repetida, enquanto o outro mero forma a cadeia lateral (enxertada) 5.3 – Quanto ao grupo funcional dos meros que constituem o polímero • Poliolefinas (HCs insaturados =) • Poliésteres (ácido dicarboxílico + diálcool) • Poliéteres (éter (R – O – R’) • Poliamidas (ácido carboxilico e uma diamina) • Polímeros celulósicos (glicose-glicose) • Polímeros acrílicos ( -CN) 5.4 – Quanto à forma da cadeia polimérica Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 6 Lineares A cadeia do polímero não possui ramificações. Formada por monômeros bifuncionais; Plasticidade aumenta com a temperatura São termoplásticos Ramificada O polímero se apresenta ramificado, ou seja com pequenas cadeias laterais. Reticuladas Os polímeros possuem estrutura tridimensional, onde as cadeias estão unidas por ligações químicas (ligações cruzadas). Termofixos � alta densidade de ligações cruzadas Elastômeros � baixa densidade de ligações cruzadas. 5.5 – Quanto ao uso (Fusibilidade e Comportamento mecânico) a) Plásticos: • Sólidos a temperatura ambiente • Com processamento tornam-se fluidos (aplicação de calor ou pressão) • Podem ser moldados e reter uma nova forma 1.) Termoplásticos • Podem ser remoldados várias vezes • Propriedades físicas reversíveis • Cadeias lineares ou ramificadas • Maior possibilidade de reciclagem • Ex.: PE, PP, OS 2.) Termofixos, termorrígidos ou termoendurecidos • Tornam-se rígidos acima de certa temperatura • Não amolecem se reaquecidos • Estrutura tridimensional com ligações cruzadas • São infusíveis e insolúveis • Difícil reciclagem (maioria não reciclável) • Ex.: baquelite, silicones, epóxis. b) Elastômeros • Exibem elasticidade em larga faixa na temperatura ambiente • Recuperam-se rápidamente e energicamente de grandes deformações • Voltam ao normal após o esforço (tração) ser removido • Ex.: borracha natural, SBR, neoprene (roupas) c) Fibras • Grande dutibilidade e resistência à tração • Permitem obter elevada relação comprimento/diâmetro • Ex.: Algodão, seda, viscose, PET, PS, etc. 5.6 – Quanto ao tipo de aplicação Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 7 a) Plásticos de Uso geral • Polímeros utilizados nas mais variadas aplicações • Ex.: PE, PP, PS b) Plásticos de engenharia • Polímeros empregados em substituição de materiais clássicos usados na engenharia (madeira, metais). • Ex.: policarbonatos (telhas transparentes, elevadores panorâmicos) poli(tetrafluor-etileno) (revestimentos, engrenagens, peças) silicone (hidro-repelentes, aditivos de tintas) 5.7 - Classificação Quanto à Escala de Fabricação Os plásticos, quanto à escala de fabricação podem ser classificados como: Plásticos de comodidade (commodieties) - Constituem a maioria dos plásticos fabricados no Mundo. Ex: Polietileno, polipropileno, poliestireno, etc. Plásticos de especialidade (specialities) - Plásticos que possuem um conjunto incomum de propriedades produzidos em menor escala. Ex: Poli(óxido de metileno) e poli(cloreto de vinilideno). 6. Processos de Obtenção de Polímeros Reação de polimerização: formação de pelo menos um centro ativo, capaz de ficar moléculas do monômero, até que a molécula de dimensões relativamente grandes do polímero esteja formada. • Quanto maior for o grau de polimerização, mais elevado será o PM do polímero. • Polímeros com elevador PM � altos polímeros Baixo PM � oligômeros • Carothers (1929): por adição e por condensação e Flory (1953): em cadeia, em etapas. a) Polimerização por Adição: • Forma polímeros a partir de um único tipo de monômero. • Características: � Apenas o monômero e as espécies propagantes podem reagir entre si. � A polimerização possui no mínimo dois processos cinéticos. � A concentração do monômero decresce gradativamente durante a reação. � A velocidade da reação cresce com o tempo até alcançar um valor máximo, na qual permanece constante. � Polímeros com um alto peso molecular se formam desde o início da reação, não se modificando com o tempo. � A composição percentual do polímero é igual ao do mero que lhe dá origem. • A reação ocorre nas etapas de iniciação, propagação e terminação, onde a reações de iniciação ocorre ativada por - agentes químicos (iniciadores), radiação (UV e raios γ) e catalisadores. • Mecanismo: via radical livre, via catiônica e via aniônica. • Ex.: PE, PP, PS Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 8 Iniciação b) Polimerização por Condensação • Forma polímeros a partir de um único tipo de monômero ou de dois monômeros diferentes, com liberação de uma molécula pequena (H2O ou NH3). • Funcionalidade é de grande importância para o tipo de estrutura a ser formada (linear, tridimensional). • Características: � composição percentual do polímero é diferente do mero que lhe dá origem. • Mecanismo: catiônico ou aniônico • As etapas de iniciação, propagação e terminação não possuem diferenças, ou seja, se processam com a mesma velocidade e com o mesmo tipo de reação. • Problemas: interferência de impurezas e ciclização. c) Modificação a partir de polímeros mais simples Sistemas poliméricos mistos. 7. Características e Propriedades 7.1 Propriedades Físicas Estão compostas pelas propriedades mecânicas, térmicas, elétricas e ópticas. As propriedades mecânicas compreendem a totalidade das propriedades que determinam a resposta dos materiais às influências mecânicas externas; são manifestadas pela capacidade de esses materiais desenvolverem deformações reversíveis e Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 9 irreversíveis, e resistirem à fratura (Higgins, 1982). Mesmo com os metais, ocorrem grandes desvios quando se emprega temperatura e deformações elevadas. Também se conhecem os efeitos de fluência por longos períodos de tempo. No entanto, com os plásticos esses desvios ocorrem mesmo em condições normais. Assim, o estudo da estrutura dos polímeros, sua deformação é extremamente dependente do tempo. A resposta molecular para se atingir o equilíbrio com as forças externas é lenta. Desta forma, o material continua a se deformar, ou flui quase indefinidamente. Quando as forças aplicadas são removidas, pode ocorrer algum grau de recuperação, mas também pode permanecer certo grau de deformação permanente. Nos plásticos, as propriedades mecânicas são melhoradas � polímeros formados por anéis aromáticos, de alta cristalinidade ou materiais reticulados. 7.1.1 - Resistência à tração, ou resistência à tração na ruptura, ou tenacidade de um material A resistência à tração é muito inferior aos metais e suas ligas e vidros, sendoabaixo de 10 kgf/mm2, apenas as fibras possuem valores superiores. Os metais apresentam valores elevados, de até 100 kgf/mm2. 7.1.2 - Alongamento na ruptura Representa o aumento percentual do comprimento da peça sob tração, no momento da ruptura. Os polímeros têm alongamentos de até 900 %, sendo uma característica de polímeros, principalmente de borrachas ou elastômeros (especialmente a borracha natural). 7.1.3 - Módulo de elasticidade ou Módulo de Young É medido pela razão entre a tensão e a deformação dentro do limite elástico, em que a deformação é totalmente reversível e proporcional à tensão. É aplicado tanto à tração quanto à compressão. Os polímeros de alta cristalinidade, os que apresentam anéis aromáticos rígidos e os que apresentam estrutura em forma de reticulado, apresentam módulo de elasticidade mais elevado. Os módulos dos polímeros em geral não excedem a 500 kgf/mm2, enquanto que para as fibras, podem atingir 1500 kgf/mm2, para os materiais cerâmicos, vítreos e metálicos, esses valores se encontram na faixa de 103-105 kgf/mm2. A recuperação representa o grau em que o material retorna às dimensões originais após a remoção da tensão. A recuperação é avaliada em percentual do valor da dimensão original. Pela atuação da força, as macromoléculas tendem a escoar; removida, retornam parcialmente à situação primitiva; sempre há uma perda de dimensão quando se ultrapassa o limite elástico do material. Quando é pouco cristalino, ou está acima de sua temperatura de transição vítrea, há maior escoamento ou fluência ("creep") e as peças sofrem deformação mais pronunciada, até mesmo escoamento sob ação de seu próprio peso ("cold flow") 7.1.4 Resistência à compressão A resistência à compressão dos termofixos é bem superior que a dos termoplásticos, porém bem inferiores aos materiais de engenharia convencionais. 7.1.5 - Resistência à flexão Representa a tensão máxima desenvolvida na superfície de uma barra quando sujeita a dobramento. Aplica- se aos materiais rígidos. A resistência à flexão dos polímeros é equivalente às cerâmicas, exceto para os elastômeros ou borrachas a qual não é significativa. 7.1.6 - Resistência ao impacto Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 10 Representa a tenacidade ou resistência de um material rígido à deformação à uma velocidade muito alta. Os materiais quebradiços ou frágeis têm pouca ou nenhuma extensibilidade durante a aplicação da carga. Os materiais tenazes ou resistentes possuem maior extensibilidade quando da aplicação da carga. O polímero mais resistente ao impacto é o policarbonato, sendo superior à do alumínio, sendo utilizado como proteção contra impactos balísticos. Dentre os outros polímeros, o polietileno de baixa densidade tem alta resistência, porém se deforma sem rompimento; abaixo dele, o polietileno de alta densidade, mais cristalino, também é bastante resistente. Podemos de certa forma afirmar, com exceção para os polímeros citados anteriormente que a resistência ao impacto dos plásticos, se situa abaixo da dos metais, acima da dos vidros e intermediária com as cerâmicas. 7.1.7 - Dureza Mede a resistência à penetração ou risco. As ligações cruzada aumentam a dureza, e a adição de plastificantes ao polímero a diminuem. Os materiais poliméricos são menos duros que os materiais cerâmicos, vítreos e metálicos. 7.1.8 - Resistência à fricção ou ao atrito A força de atrito se opõe à força de deslizamento, e depende do acabamento da superfície do material. A força de atrito é medida pelo coeficiente de atrito, o qual para a maioria dos plásticos, se situa entre 0,2 a 0,8. O teflon (PTFE) exibe um coeficiente de atrito excepcionalmente baixo (abaixo de 0,02). As borrachas macias têm um coeficiente de atrito muito alto (4 ou mais). 7.1.9 - Resistência à abrasão Significa a capacidade de o material resistir ao desgaste pela ação do atrito. Os poliuretanos são os plásticos que apresentam maior resistência à abrasão. 7.2 – Propriedades térmicas Em princípio os polímeros são maus condutores de calor; e a relação dos materiais poliméricos com a temperatura são medidas através de algumas propriedades: 7.2.1. A capacidade de transferir ou conduzir calor é medida pela condutividade e difusibilidade térmicas; temos como exemplo as seguintes condutividades: plástico 10-3 cal/cm.s.ºC; ar 0,00006 cal/cm.s.ºC; cobre 1 cal/cm.s.ºC e alumínio 0,5 cal/cm.s.ºC. 7.2.2. A capacidade de armazenar calor é avaliada pelo calor específico; Ex: plástico 0,2 a 0,5 cal/gºC; metais 0,1 cal/gºC e (água 1,0 cal/gºC). 7.2.3. As alterações de dimensões, devido à temperatura são estimadas através da expansão térmica. Os polímeros 2,3x10-4 /ºC (muito elevado) enquanto as borrachas de silicone o coeficiente chega ao dobro. As modificações observadas nos materiais quando sujeitas a variações de temperatura incluem a temperatura de fusão cristalina, Tm e de transição vítrea, Tg. Fusão cristalina Tm � A temperatura de fusão cristalina, Tm é aquela em que as regiões ordenadas do polímero, isto é os cristalitos e esferulitos se desagregam e fundem. � Envolve mudança de estado e está associada a regiões cristalinas. Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 11 � É relativamente alta em polímeros de alta cristalinidade, comparativamente com os amorfos. Termoplásticos a Tm máxima é 300ºC; os termorrígidos não apresentam fusão, porém sofrem carbonização por aquecimento. Transição vítrea Tg � Está associada às regiões amorfas dos polímeros. � A transição representa a temperatura em que há mobilidade das cadeias moleculares,. � Abaixo da Tg desaparece a mobilidade das cadeias e o material torna-se rígido. � Borrachas tem Tg abaixo da temperatura ambiente, os polímeros em geral Tg não ultrapassa 110ºC. A razão entre Tg e Tm está entre 0,5 e 0,8. Ramificações nas cadeias aumentam a mobilidade e assim abaixam a Tg. 7.3 PROPRIEDADES ELÉTRICAS Materiais poliméricos são maus condutores de eletricidade e a maioria das propriedades elétricas desses isolantes é função da temperatura. 1. Rigidez dielétrica : Indica em que grau um material é isolante; É a medida pela tensão elétrica que um material suporta antes de perder suas propriedades. Nos polimeros, cerâmicas e vidro a rigidez dielétrica está na faixa de 10-40 V/mm. O polietileno é superior aos demais polimeros. 2. Resistividade volumétrica: Mede a resistência de materiais isolantes à passagem da corrente elétrica. Os polimeros são maus condutores, apresentando valores semelhante a cerâmicas e vidros. 3. Constante dielétrica: É uma característica correlacionada com a energia elétrostática que pode ser armazenada em um capacitor que tem o material como dielétrico. As constantes dielétricas dos polimeros são muito baixas, inferiores da cerâmicas e vidro. O politetrafluoretileno é o polímero de mais baixa constante dielétrica, em torno de 2,0. 4. Fator de Potência : É uma medida relativa da perda dielétrica do material, quando o sistema age como isolante, e é comumente usada como medida de qualidade do isolante. 5. Resistência ao arco: Está relacionada à rigidez dielétrica a altas temperaturas. 7.4 PROPRIEDADES ÓTICAS Podem informar sobre a estrutura e ordenação moleculares, bem como sobre a existência de tensões ou regiões sob deformação. 1. Transparência: A transparência à luz visível é apresentada por polímeros amorfos ou com muito baixo grau de cristalinidade. É expressa pela transmitância podendo alcançar até 92 % nos plásticos. A presença de inclusões, ou de cristalitos, torna o material semitransparente, pois essas partículas atuam espalhando a luz. Polímeros muito cristalinos tornam-se translúcidos, semitransparentes, ouopacos. 2. Índice de refração: Determina-se a diminuição da velocidade da luz no vácuo para um meio. É adimensional e seu valor é importante para o emprego dos materiais em fibras óticas. Ex: polímeros tem índice de refração na faixa 1,45 -1,60; PET: 1,6; Vidro: 1,5 a 2,0 3. Birrefringência:Ocorre em materiais anisotrópicos e é a diferença entre dois dos três índices de refração, segundo as três direções do espaço. Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 12 7.5 OUTRAS PROPRIEDADES FÍSICAS 1. Densidade: Reflete a estrutura química e a sua organização molecular, as regiões cristalinas são mais compactas, Regiões amorfas são mais volumosas. Os materiais poliméricos são todos leves, densidades na faixa 0,9-1,5. A presença de halogênios aumenta a densidade. Para PTFE (politetraflúor-etileno), a densidade atinge 2,3. 2. Estabilidade dimensional: Polímero cristalino apresenta estabilidade dimensional elevada, (coesão molecular), fator importante para aplicações térmicas (engrenagens, peças de encaixe, etc), neste estão incluídos polímeros sem grupos hidroxila ou grupos amina. 7.6 PROPRIEDADES QUÍMICAS 1. Resistência à oxidação: É maior nas poliolefinas (PE, PP). Em polímeros insaturados (borrachas), a oxidação pode ocorrer nas insaturações, rompendo as cadeias, e diminuindo a resistência mecânica do material. A presença de átomos de carbono terciário na cadeia diminui a resistência à oxidação. 2. Resistência à degradação térmica: A exposição de polímeros ao calor em presença de ar causa a sua maior degradação, envolve reações químicas às vezes bastante complexas. Essas reações são causadas pela formação de radicais livres na molécula, pela presença do oxigênio, causando a cisão das ligações covalentes carbono-carbono. Além da alteração nas propriedades, ocorre mudança de coloração da peça, por oxidação. Os polímeros clorados, como o PVC e o poli(cloreto de vinilideno), são muito sensíveis à degradação térmica no processamento, devido à fácil ruptura das ligações carbono-cloro. 3. Resistência às radiações ultravioleta: As macromoléculas insaturadas apresentam baixa resistência às radiações ultravioleta, (radicais livres), a exposição de plásticos à luz solar leva a formação de fissuras e rachaduras e modificação das propriedades mecânicas pelo enrijecimento do material. 4. Resistência à água: É avaliada pela absorção de umidade pela peça, o que prejudica a aplicação em trabalhos de precisão, podendo também provocar a formação de uma rede de microfraturas na superfície, o que altera as propriedades elétricas e mecânicas. � A sensibilidade à água permite avaliar o grau de cura de resinas fenólicas; 5. Resistência a ácidos e a bases: pode causar destruição das moléculas poliméricas. � Ex: resinas melamínicas e produtos celulósicos atacados por ácidos, mesmo diluídos. E polímeros cuja estrutura apresente carboxila, hidroxila fenólica e éster, podem ser atacadas por bases. Ex: resinas fenólicas e epoxídicas, os poliésteres insaturados. 7. Resistência a solventes e reagentes: A solubilidade depende da interação das moléculas do soluto com o solvente. Quando as moléculas do solvente são mais afins com o polímero do que com elas próprias, podem penetrar entre as cadeias macromoleculares, gerando interações. A resistência a solventes pode ser aumentada nas macromoléculas muito cristalinas, os cristalitos dificultam a penetração dos solventes. Se o polímero tem estrutura reticulada, adquirida após a cura, a macromolécula torna-se gigantesca e a dispersão molecular é impossível. Estrutura aromática ou saturada também oferece resistência a solventes e reagentes. 8. Inflamabilidade: Quando um polímero orgânico é aquecido ele vai progressivamente sofrendo modificações a princípio físicas e depois químicas, terminando pela decomposição total em produtos voláteis. A combustão total não deixa cinzas. Conforme a natureza química do polímero, a decomposição térmica pode ser facilitada ou dificultada. Neste caso, materiais termorrígidos, como as resinas fenólicas, apresentam maior dificuldade de combustão, e por isso são usados na confecção de peças para uso elétrico. Polímero com anéis aromáticos e Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 13 ausência de cadeias parafínicas, há um auto-retardamento da sua inflamabilidade, sem manutenção de chama; forma-se resíduo negro, grafítico, com liberação de pouca fumaça. A existência de grupos éster favorece o desprendimento de CO2 por aquecimento, contribuindo para o auto-retardamento da chama. 7.7 PROPRIEDADES FISICO-QUÍMICAS 1. Permeabilidade a gases e vapores: Importante para sua aplicação em embalagens. Os polímeros exibem pequena permeabilidade a gases e vapores, quando ocorre, sua permeação se dá nas regiões amorfas (cadeias macromoleculares mais afastadas). Domínios cristalinos diminuem bastante a permeabilidade. Por exemplo, a borracha butírica (copolímero de isobutileno e isopreno) é mais impermeável a gases, sendo usada em câmaras de ar de pneus. 7.8 - Propriedades dos plásticos como materiais de construção As propriedades que os tornam competitivos como material de construção, são: a. Baixa densidade; b. Isolantes elétricos; c. Possibilidades de coloração como parte integrante do material; d. Baixo custo; e. Facilidade da adaptação à produção em massa e processos industrializados; f. Imunes à corrosão; As propriedades que os tomam de certa maneira, desvantajosos, mas não podemos generalizá-las para todos os plásticos são: a. Baixa resistência aos esforços de tração, ao impacto e dilatação; b. Deformação sob carga; c. Rigidez; d. Resistência ao calor e ao intemperismo. A pré-fabricação total com material plástico ainda está para vir. Atualmente, isto se faz a nível experimental, na França, Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos. As pesquisas atuais nos materiais plásticos destinam-se principalmente à melhoria de suas qualidades físico- mecânicas, a fim de que o material possa tornar-se realmente competitivo, tanto em preço como em qualidade, com os demais materiais de construção. Busca-se, principalmente, a melhoria de quatro características, a saber: a. ponto de fusão: os plásticos comuns fundem-se entre 100-300 °C. Para poderem competir com as cerâmicas e os metais e suas ligas, os novos plásticos deverão ter ponto de fusão acima de 800 °C; b. módulo de rigidez: para ampliar seu campo de aplicação, os novos polímeros deverão ter módulo de rigidez pelo menos igual ao do cobre. Os índices atuais são aproximadamente iguais à metade do módulo deste material; c. alongamento de ruptura; esta característica não é, ainda, satisfatória. A meta é conseguir um plástico com alongamento máximo de 10 %. d. resistência ao ataque químico: a maioria dos plásticos ainda não possui a desejada resistência à dissolução provocada por substâncias químicas, precisando, por isso, ser muito melhoradas sob esse aspecto. A obtenção de uma ou duas das características apontadas anteriormente não é difícil. O grande problema é obter um plástico que satisfaça concomitantemente as quatro propriedades, pois a estrutura molecular formada para melhorar determinadas características quase sempre prejudica as demais. 7.8 Fatores que afetam as propriedades dos polímeros As propriedades dos polímeros dependem do tipo de monômero empregado em sua fabricação (natureza química, peso molecular e estrutura macromolecular); dependem dos processos de preparação do polímero Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 14 (poliadição, policondensação, modificação, etc.); dependem das técnicas empregadas na polimerização: em solução, em massa, em emulsão e em suspensão; se o polímero é predominantementenão-cristalino ou cristalino. 7.8.1 - Pesos moleculares em polímeros Durante a reação de polimerização, milhares de cadeias de polímeros crescem simultaneamente até que o monômero seja exaurido. O comprimento adequado da cadeia polimérica é controlado pela medida da viscosidade da massa em reação, sendo que pela adição de catalisadores poderemos parar a reação no ponto em que quisermos. Deste modo, poderemos produzir o polímero com o comprimento de cadeia adequada para determinada fínalidade (baixos, médios e altos pesos moleculares poderão ser obtidos). O tamanho da cadeia molecular é importante porque muitas propriedades do polímero dependem dela. Os principais efeitos do aumento do tamanho da cadeia consistem no aumento da rigidez, da resistência à fluência, resistência sob tensão, aumentos da temperatura de fusão e de escoamento e, finalmente, maiores dificuldade de processamento. Não se consegue obter um polímero com um tamanho exato da cadeia polimérica, por isso, trabalhamos com o conceito de peso molecular médio do polímero. Existe uma distribuição ou faixa de pesos moleculares, de modo que esta faixa pode ser estreita ou alongada, com repercussões nas propriedades do polímero. Uma distribuição estreita de pesos moleculares fornece propriedades mais uniformes, enquanto que uma distribuição alongada fornece um polímero de mais fácil processamento. Após o processo de polimerização ter se completado, o polímero deverá possuir uma estrutura de longas cadeias parecendo um macarrão, sem interconexões entre as cadeias adjacentes. Este tipo de estrutura origina os polímeros termoplásticos, isto é, moldáveis pela ação do calor. 7.8.2 - Força intermoleculares As forças atuantes no interior de uma molécula de um polímero são fortes ligações covalentes primárias. Entre as moléculas adjacentes poderão se desenvolver ligações secundárias as quais conjuntamente são denominadas de forças de Van der Waals. As ligações primárias governam as propriedades de resistência do polímero. Apesar de não haver conexão direta entre as cadeias individuais no polímero termoplástico, as força fracas entre as cadeias vizinhas tendem a impedir o movimento das cadeias, sendo sensíveis ao calor, sendo mais fortes em baixas temperaturas e fracas a altas temperaturas. Estas forças influenciam as propriedades de solubilidade, viscosidade e propriedades de atrito. As forças intermoleculares são função da sexta potência do inverso da distância entre as cadeias. Logo tanto o comprimento quanto a forma da cadeia são importantes. Ou seja, num polímero que tem forma simétrica, haverá maior desenvolvimento de forças intermoleculares do que num não simétrico. A conseqüência direta do aumento das forças intermoleculares é provocar um empacotamento mais denso e um aumento de densidade do polímero. Os polímeros de alta simetria possuem poucas cadeias ramificadas, estas poderiam diminuir a simetria molecular. Por outro lado, os polímeros que desenvolvem cadeias ramificadas tenderão a ter menor simetria, portanto menores forças intermoleculares e empacotamento menos denso (menores densidades). Uma outra importante conseqüência do desenvolvimento de forças intermoleculares é no aumento da cristalinidade do polímero. À medida que as cadeias moleculares simétricas se aproximam umas das outras abaixo de uma distância crítica, começam a aparecer áreas de empacotamento denso, formando regiões localizadas cristalinas. Uma área cristalizada é mais rígida e possui maior resistência à tração. Os polímeros altamente cristalinos possuem de 80 a 90 % de regiões cristalinas. Um polímero não cristalino por outro lado é mais flexível e tem maior resistência ao impacto. Nos polietilenos de alta cristalinidade existe uma maior resistência à fluência, ao calor e resistência à tração (stress cracking) Os polímeros cristalinos possuem maiores dificuldades em serem processados, possuem maiores viscosidades na conformação e tendem a trincar e empenar mais do que os não cristalinos. Os polímeros cristalinos, diferentemente dos amorfos, possuem um ponto de amolecimento definido numa faixa bem estreita de temperatura, isto é, eles não amolecem gradualmente com o aumento da temperatura. Eles permanecem rígidos com o aquecimento, até que bruscamente, eles amolecem diminuindo de modo notável a sua viscosidade quando atingem a temperatura de amolecimento. Os polímeros cristalinos podem ser reforçados, aumentando muito a sua tenacidade (resistência mecânica sob carga). Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 15 Os polímeros amorfos amolecem gradualmente quando aquecidos, mas a sua viscosidade diminui de modo muito gradual no processamento de modo bem diverso dos cristalinos. O reforçamento dos polímeros amorfos não melhoram de modo significativo a sua tenacidade (resistência mecânica sob carga). Exemplos de polímeros não cristalinos: ABS, POLIESTIRENO, POLICARBONATO, POLISULFETOS, E POLIETERIMIDA. Exemplos de polímeros cristalinos: POLIETILENO, POLIPROPILENO, NAILON (NYLON), ACETAL E POLIETERES. 7.9 Temperaturas de Transição Vítrea (Tg) e de Fusão Cristalina (Tm). Em temperaturas suficientemente baixas, todos os polímeros são sólidos rígidos e duros. À medida que a temperatura aumenta cada polímero obtém suficiente energia térmica para possibilitar suas cadeias moverem-se livremente, comportando-se finalmente como um líquido viscoso. Há dois modos pelos quais um polímero pode passar da fase sólida para a fase líquida, dependendo da organização interna das cadeias: a) Polímeros totalmente amorfos no estado líquido, isto é, cadeias dispostas ao acaso. Quando a amostra é aquecida, ele passa de uma temperatura de transição vítrea (Tg), acima da qual amolece e se comporta como um elastômero, sendo então mais facilmente deformável ou tornado dutil. Aumentando mais a temperatura, o polímero passa de um elastômero para um líquido viscoso. b) Polímeros perfeitamente cristalinos, isto é, cadeias formando regiões ordenadas tridimensionalmente (denominadas cristalitos) – neste caso não se observa temperatura de transição vítrea. O polímero apresenta temperatura de fusão cristalina (Tm), acima da qual forma um líquido viscoso. c) Polímeros semi-cristalinos apresentam proporções variadas de regiões ordenadas (cristalitos) e desordenadas (amorfas) na amostra. Estes polímeros apresentam, portanto, temperaturas de transição vítrea (Tg) e de fusão cristalina (Tm). A Tm é a temperatura na qual os cristalitos desaparecem, observando-se que Tm é menor que a Tm de um polímero totalmente cristalino, sendo muitas vezes um faia de fusão, devido ao espectro de comprimentos de cadeia e cristalitos de tamanhos variados. 8. Polímeros de Importância Industrial 8.1 – Polietileno - PE Estrutura química Principais Propriedades Termoplástico de baixo custo, elevada resistência química e a solventes, baixo coeficiente de atrito, macio e flexível, fácil processamento, excelentes propriedades isolantes, baixa permeabilidade a água, atóxico e inodoro. Aplicações Filmes para embalagens e recipientes para embalagens de produtos alimentícios, farmacêuticos e químicos. • Grau de polimerização: 500 a 1000 • Corresponde a 23% dos commodities produzidos nos USA. • Polietileno de baixa densidade LDPE (PEBD): � Polietileno ramificado ou de alta pressão. Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 16 � Utilizam-se peróxidos como iniciadores � Aplicações: filmes e laminados, recipientes para uso doméstico, embalagens, produtos farmacêuticos, químicos e alimentícios, brinquedos e isolamento de fios elétricos. • Polietileno de alta densidade HDPE (PEAD): � Polietileno linear (baixa pressão) � Polímero rígido, resistente à tração � Utilizam-se catalisadores deZiegles-Natta � Aplicações: Bombonas, contentores, recipientes para empacotamento de leite, sucos de frutas, água, produtos líquidos industriais e alimentos, garrafas, materiais hospitalares, brinquedos, tanques de combustível, lacres para embalagens. • Polietileno de ultra-alto peso molecular UIIMWPE (PEUAPM): � Utilizam-se catalisadores de Ziegler-Natta � Propriedades: quimicamente inerte, elevada resistência ao impacto e à abrasão, baixo coef de atrito. � Difícil de ser processado. � Aplicações: Confecção de canos, engrenagens, componentes de bombas para líquidos corrosivos, implantes de ossos artificiais, isolamente de fios e cabos, filmes, mancais, revestimento de pistas e pisos de esporte, forros de pára-quedas, correias transportadoras e trilhos guias. • Polietileno de linear de baixa densidade LLPDE: � Estrutura linear, mas com significativas ramificações. � Propriedades: igual ao polietileno de baixa densidade, mas com menor custo. � Aplicações: Embalagens de alimentos, confecção de bolsas de gelo, utensílios domésticos, canos e tubos. 8.2 – Polipropileno - PP Estrutura química Principais Propriedades Termoplástico de fácil moldagem, baixo custo, elevada resistência química e a solventes, ótima facilidade de coloração, excepcional resistência a ruptura por Fadiga, boa resistência ao impacto, boa estabilidade térmica, sensível a luz UV e agentes de oxidação, susceptível a degradações originando polímeros de baixo PM. Aplicações Recipientes, embalagens para produtos farmacêuticos, médicos, cosméticos e alimentícios, brinquedos, carcaças de eletrodomésticos, fibras, filmes orientados, tubos para cargas de canetas esferográficas, carpete, partes de ferramentas, material hospitalar esterilizável, peças automotivas (pára-choques, pedais, carcaças de baterias, lanternas, ventoinha e ventiladores), seringas de injeção descartáveis, partes de máquinas de lavar, fitas para lacre de embalagens e sacaria. 8.3 – Poliestireno - PS Estrutura química Principais Propriedades Termoplástico rígido, duro e quebradiço, com transparência cristalina, de fácil processamento e coloração, baixo custo, elevada resistência química a ácidos e álcalis, semelhança ao vidro, baixa densidade e absorção de umidade, baixa resistência a solventes orgânicos e calor. Aplicações Utensílios domésticos rígidos, brinquedos, produtos para recreação, peças de móveis, Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 17 embalagens para alimentos e cosméticos, isolamento térmico e pranchas flutuadoras. Tipos PS Cristalino ou comum PS resistente ao calor (peças internas e externas de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos, grades de aparelhos de ar-condicionado, ventiladores e exaustores). PS de alto impacto (fabricação de utensílios domésticos e brinquedos) PS expandido ou isopor (protetor de equipamentos, isolante térmico e pranchas para flutuação) 8.4 – Poli(cloreto de vinila) - PVC Estrutura química Propriedades Termoplástico de baixo custo e elevada resistência a chama Aplicações Tubos flexíveis ou rígidos, conexões, filmes, laminados, revestimento de fios e cabos elétricos, poltronas e estofamentos de automóveis, partes automotivas, pisos, toalhas de mesa, cortinas de banheiro, bolsas e roupas de couro artificial, passadeiras, brinquedos, embalagens para bebidas e alimentos, adesivos e tintas Tipos PVC flexível (revestimento de fios e cabos elétricos, tintas, cortinas de banheiro) PVC rígido (tubos, carcaças de utensílios domésticos e baterias, conectores elétricos) PVC transparente (sem adição de cargas) PVC celular (incorporação de gás à resina) 8.5 – Poli(cloreto de vinilideno) - PVDC Monômero Cloreto de vinilideno Estrutura química Principais Propriedades Termoplástico incolor, translúcido e transparente, de estrutura extremamente regular e com elevada gravidade específica, baixa inflamabilidade, difícil processamento, excepcional impermeabilidade a gases e vapores, elevada resistência química Aplicações Usado em embalagens para alimentos, retardante de chamas, filamentos para tecidos e tintas para papéis e celofane. 8.6 – Poliisobutileno PIB Monômero Isobutileno Estrutura química Principais Propriedades Termoplástico com processabilidade e elasticidade, resistente a ácidos e ozônio, susceptível ao frio Aplicações Usado na formulação de selantes e adesivos, bases para gomas de mascar, espessante para óleos lubrificantes, agente compatibilizante para poliolefinas Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 18 8.7 – Polibutadieno - BR Monômero 1,3-butadieno Estrutura química - (CH2 – CH = CH – CH2 -)n Principais Propriedades Elastômero de baixo custo, baixa histerese, elevada resistência, boa durabilidade e resistência à oxidação, baixa resistência ao rasgamento, à tração e a derrapagem, alta resiliência e resistência à abrasão, baixa deformação permanente à compressão, difícil processamento, suporta grande quantidade de óleo de extensão e cargas Aplicações Pneus (quando misturado a NR ou SBR), artefatos mecânicos, calçados, composição de tintas protetoras para interiores de recipientes metálicos 8.9 – Poli-isopreno NR e IR Estrutura química Principais Propriedades Elastômero com baixa histerese, elevada resiliência, alta resistência à abrasão e à tração, baixa deformação permanente a compressão e elevada elasticidade Aplicações Pneus para caminhões, tratores e aviões, composição de selantes e compostos para calafetagem, fabricação de dutos, elásticos, calçados e artefatos para máquinas e esporte. 8.10 – Poliacrilonitrila - PAN Estrutura química Propriedades Elevada resistência química a solventes e reagentes, a fungos e a interpéries, baixa estabilidade térmica, alta resistência à tração após estiramento, boa resistência à abrasão, difícil coloração, solúvel apenas em N,N-Dimetil-Formamida (DMF), N,N-Dimetil- Acetamida e soluções concentradas de sais inorgânicos Aplicações Fibras têxteis, macias e leves, plastificante interna para PVC, embalagens para alimentos (sopas desidratadas, temperos, carne, chocolate, etc) e complementos vitamínicos, precursor para fabricação de fibras de carbono, cordas náuticas, partes de mobílias. Copolímeros 8.11 – Copolímero de butadieno-acrilonitrila Polímero Copolímero de butadieno-acrilonitrila (NBR ou Buna-N) Monômero 1,3-butadieno e acrilonitrila Estrutura química Principais Propriedades Elastômero de elevada resistência a óleos a diferentes temperaturas, baixa resistência ao ozônio, boa resistência ao calor e à abrasão, baixa resiliência, alta histerese, boa aderência a metais, boa resistência a tração, fracas propriedades Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 19 elétricas, pequena solubilidade Aplicações Adesivos, carimbos, mangueiras de gasolina, gaxetas, válvulas, tanques de combustível e calçados 8.12 – Copolímero de butadieno-estireno (mais produzida no mundo) Polímero Copolímero de butadieno-estireno (SBR ou Buna-S) Monômero 1,3-butadieno e estireno Estrutura química Principais Propriedades Elastômero macio, de fácil processamento, baixo custo, elevada resistência à abrasão e ao ozônio, baixa resiliência, alta histerese, necessita de carga reforçadora para apresentar resistência mecânica satisfatória Aplicações Pneus, embalagens para líquidos e alimentos, aplicações médicas, artefatos mecânicos de uso geral e para automóveis, usado na fabricação de espumas. 8.13 – Terpolímero de acrilonitrila-butadineo-estireno (ABS) Polímero Terpolímero de acrilonitrila-butadineo-estireno (ABS) Monômero Acrilonitrila, 1,3-butadineo e estireno Estruturaquímica Principais Propriedades Termoplástico amorfo, de aspecto translúcido a opca, transparente ou pigmentado, de médio custo, rígido, tenaz, com elevada resistência a altas temperaturas, resistente á luz ultravioleta, excepcional resistência ao impacto a temperatura ambiente, boa resistência química à água, álcalis, ácidos fracos e sais inorgânicos, boa estabilidade térmica, boas propriedades anti-estática e elétricas, resistente à tração e abrasão Aplicações Carcaças de aparelhos e utensílios domésticos, aplicações elétricas e eletrônicas, compartimentos de bagagens, máquinas de escrever, aplicações internas e externas de automóveis, como consoles, painéis de instrumentos e auto-peças, molduras para vidros, capacetes esportivos, banheiras, forros de refrigeradores, tubos e conexão para sistemas de drenagem, bandejas, maçanetas, equipamentos para telecomunicação, cobertura de equipamentos para acampamento, cabos de ferramentas elétricas, vasilhas, engrenagens, engradados, partes de bombas compressoras, tubulações de produtos químicos corrosivos, gás natural, água potável e água salgada. 8.14 – Poli(tereftalato de etileno) - PET Polímero Poli(tereftalato de etileno (PET) Monômero Ácido tereftálico ou tereftalato de dimetila e glicol etilênico (CH2 – CH )n (CH2 – CH = CH – CH2)m Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 20 Estrutura química Principais Propriedades Boa resistências mecânica, térmica e química, pode estar no estado altamente cristalino, parcialmente cristalino e orientado ou amorfo Aplicações Fibras fortes, fitas magnéticas para gravação, monofilamentos, partes estruturais de bagagens, mantas para filtros industriais, embalagens de alimentos, como mostarda, picles, temperos, xaropes e víveres, cosméticos e produtos farmacêuticos, suportes de filme metálico para estampagem em plásticos, estruturas de molduras e painéis, filmes e placas para radiografia, fotografia e reprografia, impermeabilização de superfícies e isolamento elétrico, frascos para refrigerantes gaseificados, fibras têxteis, em grandes partes estruturais de automóveis, carcaças de bombas, carburadores, limpadores de pára-brisas, componentes elétricos de carros como sensores, soquetes, relés e bobina elétrica, revestimentos de materiais e interiores de fornos de microondas, componentes de móveis de escritório, conectores, transformadores de áudio e vídeo. 8.15 – Resinas Epóxi Polímero Monômero Condensação da epicloridrina com difenol (ex. bisfenol) Estrutura química Principais Propriedades Flexíveis e tenazes, resistentes ao calor, ataque químico e solventes Aplicações Fabricação de tintas anti-corrosivas, adesivos. Compósitos com fibras de vidro, de carbono, de poliamida para a indústria aeronáutica. 8.16 – Poliuretanos - PU Polímero Monômero Condensação de di-isocianatos orgânicos com diálcoois. Estrutura química Principais Propriedades Adesividade, grande resistência à abrasão, agentes atmosféricos, corrosão, calor, ataque químico e baixa contração após a cura. Aplicações Adesivos, fabricação de tintas, vernizes e espuma de poliuretano (colchões). 8.17 – Policarbonatos - PC Monômero Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 21 Estrutura química Principais Propriedades Semelhante ao vidro, porém altamente resistente ao impacto, boa estabilidade dimensional, boas propriedades elétricas. Resistente à chama Aplicações Placas resistentes ao impacto, janelas de segurança, escudos de proteção, painéis de instrumentos 8.18 – PMMA – Poli(metacrilato de metila) Estrutura química Principais Propriedades Semelhante ao vidro; boa resistência química e ao impacto; alta resistência a intempéries; transparência e capacidade de refletir luz. Aplicações Placas para sinalização de tráfego; calotas e janelas de avião, lanternas, protetores de chuva de carro, luminárias, painéis e fibra ótica. 8.19 – PR – Resina fenol-formaldeído Estrutura química Principais Propriedades Alta resistência mecânica e física, boa resistência química, estabilidade dimensional, menor custo e coloração limitada. Aplicações Engrenagens, pastilhas de freio, componentes de sistemas de transmissão de carros, peças elétricas moldadas, lâminas para revestimento de mesas, divisórias 8.20 – UR – Resina uréia-formaldeído Estrutura química Propriedades Alta resistência mecânica e térmica, boa resistência química, dureza e menor custo Aplicações Chapas de compensado para móveis, vernizes para revestimento de soalhos, adesivos para madeira, moldados duros resistentes a compressão e impacto. Características dos Plásticos de uso especial ou também chamados de alta performance • Termoplasticidade: decorreente das estruturas lineares, não reticuladas e moldáveis; Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 22 • Grande resistência mecânica: alta rigidez, elevado módulo, resistência tênsil, grande dureza, pequenas deformações, decorrente da estrutura aromática, sem deformação. • Resistência a temperaturas elevadas: estrutura aromática, energia de ligação (C-C aromático 520kJ/mol e C-C alifática 335 kJ/mol) • Resistência mecânica mantida em longa faixa de temperaturas: devido a difícil destruição da ordem molecular • Resistência a intempéries e oxidação devido a inexistência de insaturações. • Efeito auto-retardamento da chama decorrente da estrutura aromática • Boa estabilidade dimensional, decorrente da rigidez permanente da molécula. • Resistência às radiações eletromagnéticas: não tem conjugação (alternância de lig saturada/insaturada) Exemplos: Poliarilatos Propriedades Estrutura química Usos Transparentes Resistência térmica Auto-retardamento de chama Boa estabilidade Durel Ind. Automobilitica (base de faróis, maçanetas de portas, lanternas, espelhos..) Ind. eletro-eletrônica LCP- Poliéster líquido cristalino Resistência térmica, uso contínuo até 200ºC Auto-retardamento de chama Boa estabilidade Substituição a partes complexas de cerâmica ou metal, na ind. Elétrica, eletrônica, química, automobilística; fibras óticas Poliamidas Aromáticas Resistência térmica excepcional (550ºC) Auto-retardamento de chama Altíssimo módulo Usado como fibra Sensível a radiação ultraviloeta Fibra de reforço em compósitos, materiais esportivos, vasos de alta pressão, jaquetas e capacetes a prova de bala; ind. Aeroespacial; isolamento elétrico de motores; substituição ao asbesto em roupas para bombeiros Poliimidas Excelentes propriedades mecânicas, estabilidade dimensional e térmica, resistência à oxidação, boa resistência química, excelente resistência ao desgaste. Auto- retardamento de chama. Substituindo vidro e metais em condições de alto desempenho na indústria eletroeletrônica, naval, automobilística, aeroespacial e embalagens, como encaixes, anéis de pistão, sedes de válvulas, eixos, partes de motor, partes de circuito impresso flexíveis. Vernizes anti-corrosivos. Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 23 PK- Policetonas Excelentes resistência térmica, boa resistência mecânica mesmo a altas temperaturas. Auto- retardante de chama, estabilidade Fácil processamento a 340 -440ºC. Usado em compósitos de alto desempenho com até 40% de fibra. Partes de automóveis; placas de compressor, partes estruturais de aeronaves; cabos para naves espaciais; filmes para circuito impresso flexívele termo-resistente; revestimento de cabos PSF- Poli-sulfonas Resistente a altas temperaturas; rigidez, estbilidade dimensional. Resistência ao escoamento. Estabilidade química; auto- retardante da chama, boas propriedaes elétricas. Substituição a metais, vidro e cerâmica; lâmpadas de projetor, indicadores luminosos; conectores elétricos para temperaturas altas. Materiais esterilizáveis para uso médico. Em compósitos com fibra de vidro ou carbono para ind. Aeronáutica. 9 – Vulcanização e Grafitização Quando se parte de um monômero diênico obtém-se um polímero que ainda terá em sua cadeia milhares de duplas ligações (insaturações). O polímero formado, embora tenha boa elasticidade, em virtude destas insaturações oxida-se facilmente ao ar, torna-se resinoso e pegajoso pela ação do calor e é pouco resistente ao desgaste. O aquecimento com enxofre ou carbono (negro de fumo) permite eliminar muitas insaturações e, ao mesmo tempo, liga as macromoléculas lineares do polímero numa rede tridimensional. No processo de vulcanização. A macromolécula reticulada produzida, de menor elasticidade, é mais estável ao calor, aos agentes oxidantes e ao desgaste. É dessa forma que se obtém a borracha. Para a obtenção de borracha natural usam-se teores de enxofre compreendidos entre 4 e 7%. Teores de enxofre maiores, de 30 a 40%, produzem uma resina rija denominada de ebonite, que é usada como isolante elétrico. � Borrachas sintéticas a) Neoprene � Resultante da polimerização do cloropreno � Tem ótima resistência a tensões, agentes atmosféricos e solventes b) BUNA-S ou SBR (Styrenne Butadiene Rubber) � Resultante da copolimerização do butadieno-1,3 e do estireno � Fabricação de pneumáticos b) BUNA-N � Resultante da copolimerização do butadieno-1,3 e da acrilonitrila � É resistente a óleos minerais, sendo usado na fabricação de mangueiras destinadas ao transporte de óleos lubrificantes em máquinas. � Adição de grafite finamente pulverizado pode trnasformá-lo em condutor elétrico. A grafite fornece umcaminho através do qual os elétrons podem fluir. Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 24 10. Sistemas poliméricos mistos Utilização de mistura de outros componentes: � Aditivos � Cargas � Plastificantes Objetivo das misturas: � Melhorar propriedades • Rigidez • Resistência ao impacto a baixas temperaturas • Estabilidade dimensional a altas temperaturas • Resistência às intempéries • Resistência a rachaduras provocadas por tensão • Resistência à chama • Processabilidade • Resistência ao envelhecimento � Diminuir custos Sistemas poliméricos mistos � Miscíveis • Misturas unifásicas • Há compatibilidade entre os componentes � Imiscíveis • Mistura com mais de uma fase • compatibilidade interfacial ou incompatibilidade total entre as fases Miscibilidade Compatibilidade Natureza dos componentes Designação Exemplo Polímero/polímero Mistura polimérica ou liga polimérica PPO/OS, PVC/NBR, PVC/MBS Miscível (unifásico) Total Polímero/não- polímero Mistura aditivada PVC/DOP Mistura polimérica PI/EPDM, PA/EPDM Polímero/polímero Compósito PEEK/PA Interfacial Polímero/não- polímero Compósito SI/Ácido silícico Sistem a p olim érico m isto Imiscível (multifásico) Inexistente Polímero/polímero Mistura polimérica incompatível BR/NBR Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 25 Polímero/não polímero SBR/CaCO3 11.1 Compósitos Poliméricos Materiais compósitos podem ser definidos como materiais formados de dois ou mais constituintes com distintas composições, estruturas e propriedades e que estão separados por uma interface. Objetivo Principal: combinar diferentes materiais para produzir um único dispositivo com propriedades superiores às dos componentes unitários. Dessa forma, compósitos com finalidades ópticas, estruturais, elétricas, opto-eletrônicas, químicas e outras são facilmente encontrados em modernos dispositivos e sistemas. • Materiais heterogêneos; multifásicos; Poliméricos ou não-poliméricos • Componente estrutural (resistência ao esforço) + componente matricial (transferência do esforço) • Componentes não se dissolvem ou se descaracterizam totalmente • Propriedades do conjunto é maior que as propriedades de cada componente. Componente Estrutural (fibra) Matricial (resina) Aplicações típicas Vidro Poliéster insaturado Telhas corrugadas, carcaças de carro, cascos de barco, piscinas, tanques, silos, reatores de pressão Carbono Resina epoxídica, ER Material esportivo, aerofólios de carros de corrida, reatores industriais Poliamida aromática Resina epoxídica Tubulações resistentes a pressões para a indústria de petróleo Celulose Resina fenólica Laminados para revestimento de móveis e divisórias, engrenagens, circuitos impressos Compósitos são materiais de moldagem estrutural, formados por uma fase contínua polimérica (matriz) e reforçada por uma fase descontínua (fibras), que se agregam físico-quimicamente após um processo de crosslinking polimérico (cura). Na moldagem destas duas fases ocorre um crosslinking polimérico através de um processo de cura, que acopla as duas fases proporcionando ao material final propriedades especiais que definem sua moderna e ampla aplicabilidade. Leveza, flexibilidade, durabilidade, resistência, adaptabilidade são algumas das propriedades que garantem aos compósitos o título de produto do futuro. Engenheiros, técnicos, procuram cada vez mais os compósitos como solução para seus projetos de engenharia. Leveza e facilidade de transporte: Devido ao peso específico das resinas e das fibras de reforço, os produtos fabricados a partir dos compósitos apresentam um baixo peso específico. Devido a esta e a outras propriedades características dos materiais compósitos é que eles são amplamente utilizados nos setores de aeronáutica, naval, automobilístico e outros. Resistência química: os compósitos apresentam excepcional inércia química, o que permite sua utilização em uma ampla gama de ambientes agressivos quimicamente. Além disso, aditivos especiais e resinas específicas estão à Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 26 disposição dos técnicos para solucionar aplicações que requeiram propriedades além das usuais. Resistência às Intempéries: Umidade, vento, sol, oscilações térmicas tem baixa ação prejudicial sobre os compósitos. E quando características não usuais são requeridas, aditivos como protetores de UV, agentes anti-dust, resinas especiais são amplamente utilizáveis. Flexibilidade Arquitetônica: Os compósitos têm uma grande vantagem sobre outros materiais estruturais, pois moldes com formas complexas são facilmente adaptáveis aos processos em utilização. Curvas, formas diferenciadas, detalhes arquitetônicos das empresas de materiais compósitos. Durabilidade e fácil manutenbção: O compósito, devido à sua composição e ao crosslinking polimérico formado durante o processo de moldagem, apresenta como característica uma alta durabilidade. Resistência Mecânica: Devido às suas características e à variedade de combinações que podem ser realizadas entre as resinas e os materiais de reforço, os compósitos apresentam uma excelente resistência mecânica que possibilita a sua utilização em aplicações no setor de aeronáutica, naval, automobilístico e outras. 11. Processamento de Materiais Poliméricos O fator determinante no processamento dos materiais poliméricos está relacionado com as propriedades reológicas do material e com a fusibilidade. Em geral o processamento ocorre seguindo as seguintes etapas:• Fusão do polímero • Aplicação de pressão forçando o material para dentro do molde • Resfriamento • Acabamento Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 27 Desta forma teremos processamentos diferenciados ao trabalharmos com materiais termoplásticos que fluem com a temperatura e os termofixos que sofrem cura por compressão. Na tabela XX temos estão citados os métodos mais comuns de processamento de materiais poliméricos. Processos de conformação Os materiais plásticos são conformados através de processos de moldagem a quente ou por extrusão que, em geral, fornece produtos intermediários para posterior processo. Os materiais termoestáveis são moldados pelos processos de compressão ou transferência. Já os termoplásticos são comumente moldados por injeção. Há ainda a possibilidade de os materiais serem usinados. Peça e utensílios fabricados a partir de folhas ou laminas de termoplásticos, são moldados pelo processo a vácuo. Recipientes são realizados em materiais termoplásticos, pelo processo de moldagem por sopro. Na tabela a seguir estão demonstrados alguns métodos de processamento e suas características técnicas. Método Características da Tecnologia Tipo Formato Notas Moldagem por compressão O material levemente pré-aquecido ou frio é moldado em um molde quente com uma grande pressão específica Termofíxo Pó ou bolinhas pré-aquecidas O mais antigo método de processamento, usado para produção de peças fomadas. Moldagem de transferência O material frio ou levemente pré-aquecido ou frio é pressionado com uma grande pressão específica do pote do molde quente para a cavidade do molde. Termofixo Pó Para a produção de peças formada. É mais produtiva que a moldagem de compressão, podendo ser mantida tolerância menores. Moldagem de injeção O material amolecido pelo calor é injetado por uma grande pressão específica numa cavidade de molde resfriada. Termoplástico Pó ou grão Para a produção de peças conformadas Intrusão O material é injetado em um molde levemente aberto, e então o molde é fechado Termoplástico Pó ou grão É conseguida maior pressão interna que na moldagem de injeção, assim as peças produzidas tem paredes mais finas. Extrusão O material amolecido pelo calor é forçado com alta pressão através de um orifício de conformação de perfil. Termoplástico ou tremofixo Pó ou grão Para a produção de barras, tubos, iras ou fibras grossas. Estiramento a quente O material pré-aquecido e amolecido é conformado a quente ou a frio no início, e subseqüentemente o molde é resfriado com baixa pressão específica Termoplástico Folha ou película Produção de peças ocas, caixas, etc. Sopro O material amolecido a quente é moldado com baixa pressão específica em molde a frio (resfriado). Termoplástico Folha, película ou tubo extrudado Produção de peças ocas, garrafas, etc. Fundição O material fundido endurecido a temperatura ambiente ou maior, sem a aplicação de pressão Termofixo Líquido ou fundido Produção de peças ou blocos conformados. Prensagem Material de consistência pastosa ou material laminado pressionado contra as paredes do molde por uma bolsa de borracha cheia de vapor ou ar comprimido. Endurecimento em fornalha ou autoclave. Termofixo Papel laminado ou pastoso, folha chapeada ou painel de fibra de vidro. Para a produção de grandes peças (ex. cascos de barco) Laminação O material frio ou levemente pré-aquecido laminado a painel ou tira por cilindros opostos em movimento de sentido contrário. Termoplástico Pó ou grão Para a produção de folhas e tiras Processamento de fibras Plástico fundido ou solução pressionada através de furos de diâmetro adequado em ar ou líquido que agem como solidificadores ou precipitadores. Termoplástico Fundido ou solução A espessura adequada da fibra é conseguida por estiramento em um ou mais estágios Banho de recobrimento O molde oco pré aquecido é mergulhado em um plástico fundido ou dissolvido, o material que adere é gelatinizado a temperatura adequada. Termoplástico Fundido ou solução Para a produção de galochas e outros objetos de paredes delgadas. Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 28 Borrifamento O material fundido é jogado sobres o objeto a ser recoberto pela aplicação de ar quente fundido em alta pressão, onde assenta e constitui uma camada contínua. Termoplástico Pó Para recobrir tanques, tubos, etc.. ADITIVOS A maioria dos plásticos e borrachas comercializados são na realidade misturas de polímero + Aditivo. Uma exceção é o PMMA que não é possível o uso de aditivos. Os principais aditivos estão listados a seguir: 1. Cargas • Diluentes ou inertes: usadas para reduzir custos. Ex: talco serragem • Reforçantes: Melhoram a resistência mecânica da peça. Ex: negro de fumo, fibra de vidro, fibra de carbono. Melhoram a estabilidade térmica, dimensional, escoamento, resistência mecânica, química, propriedades elétricas e a superfície do produto final. 2. Plastificantes Compostos não voláteis, com alto ponto de fusão, baixo peso molecular cuja função é aumentar a flexibilidade, escoamento, processabilidade e diminuir a rigidez. O PVC é o polímero onde mais se usa plastificantes. 3. Modificadores de impacto • Adiciona-se NR, NBR, ABS, EVA, para modificar a resistência ao impacto do OS e do PVC. 4. Antioxidantes Retardam o processo degradativo por O2 ou calor. 5. Retardantes de Chama PE, nylon, PS queimam facilmente. Compostos clorados ou bromados retardam a chama. 6. Lubrificantes Melhoram o escoamento, diminui a aderência ao molde. Muito usados os ésteres, ácidos graxos, silicones, óleo mineral. 7. Corantes 8. Agentes de Cura Enxofre, peróxidos, óxidos metálicos. 9. Agentes de Expansão Formam polímerios expandidos (isopor) pela formação de gas. Compostos orgânicos nitrogenados (hidrazidas, azocompostos) 12. RECICLAGEM As técnicas de reciclagem são aplicadas geralmente a termoplásticos, os materiais termorrígidos e os elastômeros são reaproveitados na forma de cargas. � Reciclagem Mecânica (Primária e Secundária) Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 29 � Reciclagem Química (Terciária) � Pirólise � Hidrogenação � Gaseificação � Quimólise � Reciclagem Energética (Quaternária) Reciclagem mecânica A reciclagem mecânica pode ser viabilizada através do reprocessamento por extrusão, injeção, termoformagem, moldagem por compressão, etc. Para este fim são necessários alguns procedimentos que incluem as etapas: 1) separação do resíduo polimérico, 2) moagem, 3) lavagem, 4) secagem, 5) reprocessamento e, finalmente, a transformação do polímero em produto acabado. O processo de separação visa reduzir as impurezas no material, pois a menor concentração de qualquer tipo de impureza altera as propriedades do polímero. A separação pode ser manual ou automatizada. A separação dos polímeros pode ser feita através da identificação da simbologia no produto acabado (figura 1) e/ou através de testes simples como o de odor dos vapores de queima, aparência da chama, temperatura de fusão e solubilidade, os quais são baseados em suas características físicas e de degradação térmica, que são distintas. A separação automatizada baseada na diferença de densidade é muito utilizada para PE, PP, PS, PVC e o PET e é realizada em tanques de flotação ou hidrociclones. Além destes métodos de separação de polímeros também são utilizados a espectroscopia Raman associada à análise multivariada ou espectroscopia na região do infravermelhopróximo, que identificam polímeros transparentes ou coloridos. Depois da separação, os resíduos poliméricos devem ser moídos em moinhos de facas rotativas e peneirados na forma aproximada de “pellets” antes do reprocessamento. Isto permite acomodar melhor o material no equipamento de processamento, como a extrusora ou a injetora. O polímero depois de moído é lavado normalmente em tanques contendo água ou solução de detergente aquecido. Nesta etapa é necessária a remoção de resíduos de detergente. A secagem do material é importante, pois alguns polímeros, como os poliésteres ou as poliamidas podem sofrer hidrólise durante o reprocessamento. O resíduo de detergente pode agir como catalisador na hidrólise. A secagem pode ser feita por processo mecânico e/ou térmico. Após a secagem, os polímeros são formulados, ou seja, são colocados aditivos como antioxidantes, plastificantes, cargas de reforço, agentes de acoplamento, etc., dependendo da aplicação final. Alguns trabalhos sobre reciclagem mecânica por extrusão convencional mostraram que existe um limite no qual as propriedades dos polímeros são mantidas, por exemplo, no caso do PET após três ciclos de processamento ocorre uma variação drástica nas propriedades mecânicas tornando-o duro e quebradiço e, portanto, não é possível utilizá-lo para as mesmas aplicações do polímero virgem. Outros trabalhos mostraram que é possível reprocessar o PP mais de dez vezes, sem que ocorra alteração significativa nas propriedades mecânicas, o que é desejável do ponto de vista industrial. Existe uma grande preocupação com a reciclagem do PVC, devido à possibilidade da liberação de HCl durante o reprocessamento. Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 30 Apesar de apenas os termoplásticos serem considerados recicláveis por métodos mecânicos, também é possível a reciclagem de termofixos e elastômeros. Os termofixos podem ser usados como carga de reforço, ou incorporados para confecção de outros termofixos. Os elastômeros reticulados podem ser incorporados na matriz de elastômero virgem ou pós-consumo desvulcanizados e misturados com termoplásticos, ou no caso específico de luvas de látex, podem ser descontaminadas, processadas por “mastigação” e misturadas em cilindros, sendo produzida uma manta que posteriormente pode ser utilizada como matéria-prima para as mesmas aplicações da borracha natural. Reciclagem química A reciclagem química ocorre através de processos de despolimerização por solvólise (hidrólise, alcoólise, amilose), ou por métodos térmicos (pirólise à baixa e alta temperatura, gaseificação, hidrogenação) ou ainda métodos térmicos/catalíticos (pirólise e a utilização de catalisadores seletivos). A solvólise é utilizada para polímeros como os poliésteres, as poliamidas e as poliuretanas107. Já os métodos térmicos e/ou catalíticos são mais utilizados para poliolefinas. A hidrólise conduz à recuperação dos monômeros de partida através de uma reação com excesso de água à alta temperatura na presença de um catalisador. A pirólise à baixa temperatura é a degradação térmica na ausência de ar ou deficiência de oxigênio. Neste caso ocorre principalmente a despolimerização e formação de pequena quantidade de compostos aromáticos e gases leves, como o metano, obtendo-se líquidos de alta temperatura de ebulição, como ceras e materiais de partida para produção de poliolefinas. Na pirólise à alta temperatura ocorre a decomposição térmica na ausência de ar ou deficiência Reciclagem energética Se o reuso do resíduo polimérico não é prático ou econômico, é possível fazer uso de seu conteúdo energético através da incineração. O conteúdo de energia dos polímeros é alto e muito maior que de outros materiais. O valor calórico de 1 kg de resíduo polimérico é comparável ao de 1L de óleo combustível e maior que o do carvão. Os polímeros que contenham halogênios (cloro ou flúor) em suas cadeias podem causar problemas durante a combustão devido à liberação de HCl ou HF, podendo também ser uma fonte de emissão de dioxinas133, e os polímeros contendo nitrogênio em sua estrutura liberam NOx. Além disso, na combustão pode ocorrer a liberação de metais, compostos orgânicos provenientes de tintas, pigmentos, cargas ou estabilizantes presentes nos polímeros. Plásticos Biodegradáveis Plásticos biodegradáveis são polímeros que sofrem degradação microbiana em um curto espaço de tempo. Dentre eles podemos citar os poli-hidroxialcanoatos, que além de ser biodegradável é produzido através de fontes de recursos renováveis como açucares e ácidos graxos e também por possuir propriedades termoplásticas e características físico-mecanicas semelhantes às do polipropileno. Outro polímero biodegradável é o polihidroxibutirato (PHB), que é extraído da sacarose e é produzido apenas no Brasil. Apesar de possuir uma grande vantagem ecológica (uma vez que eles transformam-se em gás carbônico no espaço de 6 meses) sobre os outros plásticos os biodegradáveis ainda apresentam a desvantagem de terem um custo de produção elevado em relação aos derivados do petróleo o que deixam eles com uma participação mínima no mercado. Polímeros biodegradáveis sintéticos � Ésteres alifáticos: � Possuem cadeias carbônicas hidrolisáveis, biodegradável por ação de enzimas Preparado por Rosane Costa Beber – Agosto de 2008 31 � Aplicações na biomedicina: cápsulas de liberação controlada de drogas em organismos vivos, fixadores em cirurgias (suturas, clips, pinos para ossos) e embalagens especiais. � Polímeros mais usados: poli(ácido lático), PLA; poli(ácido glicólico), PGA; poli(ácido glicólico- ácido lático), PGLA, poli(e-caprolactona), PCL. � � Biopolímeros: polímeros formados durante o ciclo de crescimento de organismos vivos, sendo por isso chamados de polímeros naturais � Plástico biodegradável (rápida decomposição por microrganismos), obtido de material e de fonte renovável � Tempo de degradação de polímeros: � PET: 200 anos � Plásticos em geral: 100 anos � Bioplástico: 1 ano � Polissacarídeos: Formados basicamente por unidades de glicose, ligadas com anéis de grupos acetais (aldeído e álcool) � grande quantidade de grupos hidroxilas. � Ex.: celulose, amido, quitosana, quitina, xantana � Ácidos algínicos: Formados de monômeros de ácido manurônico e gulurônico � Solúveis em água � Insolúveis na presença de cátions (cálcio, alumínio, ferro), formando géis para encapsulamento de drogas, herbicidas, microrganismos e células. � Polipeptídeos naturais: Gelatinas (proteínas de origem animal) � Aplicações: indústria farmacêutica, biomédica � coberturas e microencapsulação de drogas, preparo de hidrogéis � Poliésteres bacterianos: Poliésteres naturais, produzidos por microrganismos selvagens ou bactérias geneticamente modificadas � Material de reserva intracelular � Amido: barato; termicamente processável; Substituto do isopor � Vantagem: rapidamente degradado no solo � PLA – Ácido polilático � Poliéster compostável e biodegradável, derivado do ácido lático � Utilizado para fabricação de filmes, potes e garrafas � Possui transparência e brilho, barreira a aroma e sabor e resistência a óleos e gorduras � Semelhante ao poliestireno (PS). � Polihidroxialcanoatos (PHAs) � Armazenados por bactérias (Ralstona eutropha) � Matéria-prima: açúcar de fontes renováveis � Diferenciam-se na composição de seus monômeros � 1 a 10 anos para se degradarem no meio ambiente � Não contribuem para o aumento de CO2 na Terra � Aplicações: � Manufatura de garrafas e embalagens � Filmes aplicados como revestimento em papéis ou papelão � Área médica: cápsulas gelatinosas para liberação de medicamentos, hormônios Preparado por Rosane
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