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Introdução
A cinebiografia “Um longo amanhecer” retrata a vida e obra de Celso Furtado, respeitado e renomado economista brasileiro, autor de diversas obras e projetos de importância impar para o entendimento dos problemas econômicos brasileiro e para o auxílio do desenvolvimento nacional. Entre seus papeis de destaque atuando como político, Furtado foi presidente da comissão mista CEPAL-BNDE, elaborou a “política de desenvolvimento para o Nordeste” que deu origem a SUDENE durante o governo de Juscelino Kubitschek, foi Ministro do Planejamento do governo de João Goulart e após o fim da ditadura militar foi Ministro da Cultura do governo de José Sarney. 
Trechos de destaque retirados dos depoimentos contidos no documentário “Um longo amanhecer” que destaca a vida e obra de Celso Furtado. (Por ordem de aparição no documentário.)
Francisco de Oliveira 
Francisco de Oliveira considera Celso Furtado como um dos demiurgos do Brasil, ao lado de Sergio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre e Cario Prado Jr., inventores daquilo que nós pensamos do Brasil hoje. Francisco acreditava que as influências marcantes de Max Weber e Karl Mannheim distinguia Celso Furtado dos demais pensadores brasileiros. Segundo ele, Celso Furtado não teorizava sobre o passado, e sim, sobre o presente e o futuro. 
Celso Furtado convenceu Juscelino Kubitschek de que não adianta combater a crise hídrica do Nordeste com políticas hidráulicas e que a solução para os problemas era criar um banco de apoio para o desenvolvimento da região, foi assim que surgiu a SUDENE. Celso Furtado era a razão entrando na região do patrimonialismo para resolver os problemas daquela região. 
Maria da Conceição Tavares
Maria da Conceição Tavares vai um pouco além e considera Celso Furtado como o único grande pensador brasileiro do século 20, destacando que além do pensamento avançado em relação aos demais pensadores de sua época, o horizonte moral e ânsia de superar o presente que Celso Furtado possuía. Segundo Maria da Conceição, Celso Furtado acreditava que o ciclo vicioso da pobreza podia ser rompido desde que houvessem políticas internas para alimentar o desenvolvimento da indústria e do comercio. 
Celso Furtado foi também um dos escritores das teorias desenvolvimentistas que ajudou a “vencer” os monetaristas da época, sendo a teoria de Furtado, durante boa parte do debate, o centro das discussões.
 Maria da Conceição lembra (assim como Ricardo Bielschowsky diz em seu depoimento) que todos os problemas estruturais do subdesenvolvimento brasileiro e suas consequências durante o governo de Jânio Quadros, já estavam descritos no livro de Celso Furtado de 1961: Desenvolvimento e Subdesenvolvimento. 
Quando foi convocado pelo presidente para ser o ministro do planejamento, Furtado desenvolve o plano trienal. Era um plano de três partes: Uma monetarista, uma desenvolvimentista e uma parte reformista. O problema foi o fundo monetário internacional não aprovar a parte monetária, que era fundamental para o andamento das outras duas partes. Após isso ele voltou para a SUDENE, até ir para o exilio durante a ditadura. 
Para ela, o grande problema foi quando Celso Furtado voltou do exílio pós ditadura para auxiliar na Comissão Econômica Europeia, no mesmo período em que a inflação começou a sair de controle e ele não foi convidado para ser o ministro da economia.
João Manuel Cardoso de Melo 
João Manuel afirma que Celso Furtado era um reformista, que acredita que com reformas estruturais era possível transformar o país, desde que as mesmas fossem acompanhadas por políticas econômicas responsáveis. 
João Manuel lembra que o livro “Formação Econômica do Brasil” é um dos livros mais importantes da formação do pensamento econômico do século 20. 
Segundo ele, a crítica de furtado mudou de tom após 1964, devido a mudança do desenvolvimento brasileiro, que saiu do capitalismo civilizado e planejado para aderir ao capitalismo selvagem. Com consequências das quais nós, ainda hoje, não somos capazes de avaliar. 
Antônio Barros de Castro
Antônio Barros afirma que a herança keynesiana e a experencia da guerra podiam ser fatores decisivos na história e que Celso Furtado sabia que isso era fundamental para as mudanças necessárias aquela época. Furtado via o pós-guerra como um laboratório. 
Osvaldo Sukel
Osvaldo lembra que, ao lado de Raul Prebistch, Celso Furtado foi um dos grandes formadores da teoria do “Centro-Periferia” que dividia o mundo em países desenvolvidos e subdesenvolvidos. 
Ricardo Bielschowsky
Conforme relata Ricardo, Celso Furtado participava do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, o qual visava manter a ideia de desenvolvimento nacional que vinha desde o governo Vargas. 
 
Análise de comparação com as aulas lecionadas em sala de aula.
Celso Furtado teorizava que o problema do subdesenvolvimento do Brasil estava na sua origem, na forma como se deram todos os processos econômicos desde o ciclo do açúcar e o fim da escravidão, até os problemas de sua época, como a pobreza do Nordeste. Era um reformista nato e defendia de forma concisa a intervenção direta do Estado nas políticas públicas a fim de estimular o crescimento do país e o desenvolvimento da economia nacional. 
Desde a má distribuição de renda até a falta de serviços públicos gratuitos essenciais a população, todos os problemas estruturais do Brasil têm origem na forma como o poder foi dividido e “compartilhado”. Nem mesmo a tardia industrialização e a criação de programas sociais para equalizar os problemas de desigualdade foram suficientes para extinguir tais diferenças e equalizar as classes sociais do país.

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